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O regime de baixo índice glicêmico


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Sintonia fina à mesa

Depois de contar calorias, carboidratos

e proteínas, os cientistas focam no índice

glicêmico para melhorar a dieta

FONTE: Revista Veja.

Há uma novidade no concorrido mundo das dietas: a dieta do baixo índice glicêmico. Para quem nunca ouviu falar em índice glicêmico, ele define a capacidade de um alimento aumentar os níveis de açúcar no sangue. E, quanto mais açúcar na corrente sanguínea, maior é a produção do hormônio insulina. Mas por que isso é ruim? "Temos fortes razões para acreditar que a insulina é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento da obesidade", diz o endocrinologista Geraldo Medeiros, professor da Universidade de São Paulo. Responsável por retirar as moléculas de açúcar da circulação e jogá-las para dentro das células, onde são transformadas em energia, a insulina em excesso faz com que o organismo produza mais gordura. Ou seja, engorda. O consumo de alimentos com altos índices glicêmicos tem ainda outro efeito perverso: promove uma falsa sensação de saciedade que dura, no máximo, duas horas. Um estudo recente feito nos Estados Unidos mostrou que o consumo de calorias foi 81% maior na refeição seguinte a uma outra feita com alimentos de altos índices glicêmicos. Se, no entanto, a primeira refeição era de índice glicêmico moderado, o total de calorias ingeridas na seguinte era 53% maior. O objetivo da dieta de baixo índice glicêmico é selecionar aqueles alimentos que fazem com que a insulina seja utilizada mais eficientemente pelo organismo, prolongam a sensação de saciedade e reduzem o risco de doenças cardiovasculares e diabetes. E, é claro, que proporcionem a perda rápida e duradoura de peso – aquilo que todo mundo quer, mas só uns poucos felizardos conseguem.

Graças aos avanços médicos, que permitiram detalhar o que acontece com um alimento assim que ele é ingerido, foi possível estabelecer uma tabela com os produtos que aumentam ou diminuem a produção de insulina. Um índice glicêmico baixo é menor do que 55, caso da maioria das frutas, legumes e vegetais. Um índice médio fica entre 56 e 69, caso de grande parte dos cereais matinais, e o índice glicêmico alto é maior do que 70 (veja quadro). Alimentos com índice baixo são, em geral, preferíveis aos alimentos com índice maior. Mas existem algumas exceções. A batata frita tem um índice glicêmico menor que o do batata cozida. Isso porque a gordura da batata frita requer um tempo maior de digestão e acaba fazendo com que a glicose suba mais lentamente no sangue. A batata cozida, no entanto, é um alimento bem mais saudável. O caso da cenoura também é curioso. Seu índice glicêmico é altíssimo, mas, como ela possui uma quantidade ínfima de carboidratos por porção, seu impacto sobre os níveis de açúcar no sangue não é grande. Não é preciso bani-la.

Casos como o da cenoura e da batata frita mostram que é sempre importante levar em conta informações como a forma de preparo dos alimentos, o tipo de carboidrato que eles contêm, sua quantidade de fibras e a presença de outras substâncias como proteína e gordura. Mas a recente constatação de que o índice glicêmico tem forte relação com a obesidade obriga médicos e pacientes a repensar algumas dietas feitas atualmente – até mesmo aquelas tidas como as mais eficientes a longo prazo. O índice é uma nova e poderosa ferramenta para refinar cardápios e torná-los mais saudáveis. As dietas que se baseiam na quantidade de calorias consumidas diariamente continuam a ser das mais equilibradas, já que se pode comer de tudo, em pequenas quantidades. Mas é bom poder escolher, além do critério das calorias, os alimentos com maior poder de saciedade, por exemplo. Um grama de farinha de trigo tem 4 calorias, a mesma quantidade de calorias de 1 grama de gelatina. A diferença é que a farinha possui alto índice glicêmico. A gelatina, ao contrário, tem proteínas que estimulam a produção do hormônio PYY, responsável pela sensação de saciedade. Grama por grama, é melhor ficar com a segunda opção.

A aposta no poder do índice glicêmico de determinar o sucesso de uma dieta é tão alta que até mesmo os produtos da popularíssima linha americana Atkins tiveram os rótulos trocados. De "net carbs" (quantidade de carboidratos) passou-se a "net Atkins count" (contagem Atkins), que nada mais é do que o índice glicêmico. O novo selo está na embalagem dos produtos desde janeiro. Os consumidores americanos já dão sinais de que perceberam, afinal, que toda aquela aversão aos carboidratos – herança da dieta do doutor Atkins – era exagerada. Dados da empresa de consultoria americana ACNielsen mostram que as vendas de produtos com baixos níveis de carboidratos caíram 10,5% no último trimestre do ano passado, nos Estados Unidos. Segundo os princípios da dieta do índice glicêmico, nem todos os carboidratos são vilões. Espaguete, pão sírio e pizza, por exemplo, vão para a listinha dos alimentos a ser consumidos com moderação.

A onda dos alimentos de baixo índice glicêmico teve origem no tratamento do diabetes. Nas vítimas da doença, o organismo não processa adequadamente o açúcar no sangue. Por causa disso, o pâncreas passa a produzir insulina em excesso. Chega um momento em que o órgão se "cansa" e praticamente pára de funcionar. Uma dieta de baixo índice glicêmico faz bem aos diabéticos – mas logo se concluiu que ela também poderia ser útil para quem se preocupa em emagrecer. Depois de cair no gosto de australianos e canadenses (cujas silhuetas estão cada vez mais arredondadas), a dieta agradou aos ingleses (que estão seguindo pelo mesmo caminho) e já é sucesso nos Estados Unidos (o país dos pesos pesados). Agora, ela começa a conquistar espaço no Brasil. Como acontece com todas as dietas da moda, essa também ganhou mais de uma dezena de livros, e um sem-número de produtos industrializados que informam em suas embalagens o índice glicêmico. Os entusiastas da dieta do índice glicêmico ressaltam ainda o que eles consideram grande avanço desse método de emagrecimento: como a gordura abdominal está relacionada à resistência à insulina, comendo alimentos com índice glicêmico mais baixo se estaria reduzindo os indesejáveis pneuzinhos no abdômen. "Já se sabe também que uma dieta de baixo índice glicêmico diminui a produção de radicais livres, que levam ao envelhecimento", diz o endocrinologista paulista Alfredo Halpern, professor da Universidade de São Paulo. Quer tentar?

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Quadro: Cardápio de baixas calorias X cardápio de baixo índice glicêmico: entenda a diferença.


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ninga falou tudo. Mas capaz de virar dieta da moda, daí as bananas, com seus IGs altos, vão encalhar nos supermercados - melhor pra mim, sobra mais :lol:

Agora essas reportagens da VEJA (e do Fantástico) que, de repente, "jogam" informações dizendo ser a verdade absoluta me enchem o saco! Nesta mesma VEJA tem uma pesquisa realizada por americanos (só pode, né?) dizendo que estar acima do peso (IMC entre 25 e 30) diminui os riscos de mortes em uns 5%. Família de gordo, ex-obeso falando, e lá vem a minha mãe me torrando a paciência com isso, principalmente pq ela fez purê de batata com bastante manteiga e eu não comi :evil:

Postado

A matéria é interessante. O que a Veja disse está totalmente correto, eu acho esta revista ótima, inclusive agente assina aqui em casa.

Mas eu ainda acho que dieta boa é aquela sem exageros, feita por quem entende do seu próprio corpo e se você quer emagracer e entende de dieta, vai saber que IG alto é só para reposição energética e que se você quer emagrecer mesmo, deve sempre manter uma alimentação com índices baixos de açúcares, como disse o ninga...

Vou ver se encontro algumas informações sobre o IG dos alimentos que eu como... Hehehehehe...

EDIT.: Pra quem quer uma tabelinha com alguns alimentos e seus índices:

http://www.copacabanarunners.net/indgeral.html?http://www.copacabanarunners.net/glice.html

http://www.diabetes.org.br/diabetes/nutricao/tabela_ig.php

http://www.cdof.com.br/nutri8.htm

Abraços, Edu...

Postado

ae acho q uma galera aqui nao intendeu mto bem isso ae.

Nao acredito q isso seja uma dieta da moda conheci os IG ano passado pesquisei mto ja sobre isso e oq entendi foi o seguinte.

Essa nao eh a dieta do Atkins mas eh parecida soh q melhorada, a dieta d Atkins cortava os carboidrados com isso a insulina baixava e vc perdia gorduras e massa magra e mta agua tb. Com um pico d insulina perdia tudo tinha q esperar 48hs para voltar a baixar o nivel. e voltar a perder peso ele falava q vc poderia comeer o tanto q desse vontade pq ninguem guenta comer 2000kcal d carne eh mta carne intao vc tem uma dieta hipocalorica.

por isso q se perde peso

ja na dieta do baixo ig vc consegue comer mtas calorias ateh mais do q o nescessario entao nao eh a dita do ig, esim uma dieta comum vc controla as calorias e o ig, sabendo q os melhores horarios para se comer alimentos d alto ig eh depois da atividade fiísica, depois do almoço, café manha

espero ter ajudado abraços galera

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