Ir para conteúdo
  • Cadastre-se

Sérgio da Cunha Neves Júnior

Colaborador
  • Total de itens

    19
  • Registro em

  • Última visita

Últimos Visitantes

O bloco dos últimos visitantes está desativado e não está sendo visualizado por outros usuários.

Conquistas de Sérgio da Cunha Neves Júnior

Novato

Novato (1/14)

3

Reputação

  1. Com o intuito de alertar os profissionais de educação física e outros sobre a importância dos achados clínicos das lesões do quadril mais comuns relacionadas à prática esportiva, faz-se necessária uma revisão literária sobre as condutas mais assertivas na identificação e tratamento destas lesões. Os profissionais necessitam compreender a anatomia funcional e os mecanismos anátomo-fisiopatológicos dessa articulação, buscando não somente o tratamento, mas a prevenção. Este informativo não tem a intenção de esgotar o assunto, mas sim, instigar à busca constante pela informação científica. Anatomia do Quadril Nos ossos do quadril identificam-se três articulações: a sinfisiana referente à união das sínfises, a sacroilíaca, união entre o osso sacro e os ilíacos, e a coxofemoral (Ghorayeb et al., 1999; Rasch et al., 1977; Gardner et al., 1988), sendo esta última de maior significância para o estudo das lesões. A coxofemoral é uma das articulações do membro inferior (M.I) a qual tem a função especifica de sustentação e locomoção do corpo humano. Esta é classificada como sinovial, esferoidal, permitindo movimento nos três planos (frontal, sagital e transversal) sendo o mesmo limitado pelas estruturas ósseas, capsulares e mioligamentares (Hall, 2000; Weineck, 1990; Filho, 1994, Bienfait, 1900; Gould III, 1900). A articulação coxofemoral é composta por duas estruturas ósseas: o acetábulo constituído pelo encontro de três ossos (Ílio, Ísquio e Púbis) e a cabeça do fêmur sendo 2/3 esférica localizada na epífise proximal do fêmur. O acetábulo sendo côncavo (fossa do acetábulo), possui, aderido a sua orla, uma estrutura fibrocartilaginosa formando o lábio do acetábulo unindo-se ao ligamento transverso em sua incisura possibilitando à cabeça do fêmur, estrutura convexa, um encaixe profundo favorecendo a coaptação (Rasch, 1900; Hall, 2000; Gardner et al., 1988; Gould III, 1900). Vale salientar que o colo do fêmur, parte óssea que antecede superiormente a cabeça do fêmur, é considerado a parte mais fraca do fêmur por ser constituído por osso trabecular e possuir menor diâmetro em relação as demais partes (Hall, 2000). O colo do fêmur forma com a diáfise do fêmur o ângulo colo-diafisário direcionando o fêmur medialmente e para baixo do quadril (Hall, 2000; Weineck, 1990). Este mesmo ângulo pode ser denominado de ângulo de inclinação, podendo variar de acordo com idade, sexo e maturação óssea, seu valor médio no adulto é de 125°, quando este ângulo apresenta-se excessivo denomina-se de coxa valga, e quando diminuído, coxa vara (Gardner et al., 1988; Gould III, 1900). Este ângulo favorece a ação dos músculos inseridos nesta região propiciando maior torque muscular (Weinek, 1990; Gould III, 1900). A cápsula articular e os ligamentos capsulares e extracapsulares são considerados estabilizadores passivos e os músculos estabilizadores ativos (Hall, 2000; Gould III, 1900). Inserido à fóvea, pequena reentrância na cabeça do fêmur, encontra-se o ligamento da cabeça do fêmur também denominado ligamento redondo o qual se fixa à fossa do acetábulo na incisura e ligamento transverso, tendo pequena contribuição na fixação da cabeça do fêmur ao acetábulo (Hall, 2000; Gould III, 1900), sendo sua principal função conduzir vasos sanguíneos à cabeça do fêmur (Gardner et al., 1988; Gould III, 1900). Os ligamentos iliofemoral, pubofemural e isquiofemoral, tendo seus nomes relacionados a suas inserções, aderem-se externamente a cápsula articular e são de vital significância para esta articulação os quais reforçam a cápsula articular (Hall, 2000; Gould III, 1900; Garden et al., 1988), além de rodarem durante a extensão da coxo-femoral a cabeça do fêmur dentro da fossa do acetábulo, isto, devido à conformação estrutural destes (Hall, 2000; Weineck, 1990). Na posição de extensão total do quadril identifica-se a maior estabilidade desta articulação devido a maior tensão dos ligamentos extracapsulares, no entanto na flexão os ligamentos e cápsula mostram-se afrouxados, desta forma tornando-se a articulação mais propícia a luxações por trauma no joelho (Gould III, 1900). As bursas ou bolsas são cápsulas revestidas por membrana sinovial cheias de líquido sinovial e possuem a função específica de evitar constantes atritos entre as estruturas ósseas e tecidos moles adjacentes (Hall, 2000; Gould III, 1900). As bursas de significância para esta articulação são: ileopectínea, interposta acima dos ligamentos iliofemural e pubofemural, a trocantérica profunda, localizada entre o trocanter maior do fêmur e o glúteo máximo, e a isquiática, fixada entre o ísquio e glúteo máximo (Gould III, 1900; Mellion, 1997). A cintura pélvica (ílios, ísquios e púbis), devido a sua coordenação com fêmur e coluna vertebral, propicia maior amplitude de movimentos (A.D.M) aos M.I. Devemos ter em mente que a articulação coxofemoral é alvo de grandes compressões devido às forças internas e externas chegando a mais ou menos 500% do peso corporal numa corrida (Hall, 200; Gould III, 1900), superando 870% do peso corporal ao cambalear (Hall, 2000). São inúmeros os músculos envolvidos na cinemática desta articulação (Hall, 2000; Moore, 1990): AÇÃO MÚSCULOS Flexão Íliopsoas / Sartório / Reto Femoral / Tensor da fáscia lata / Adutor magno Extensão Glúteo máximo / Semitendinoso / semimembranoso / Bíceps femoral / Adutor magno Abdução Tensor da fáscia lata / Sartório / Glúteo médio / Glúteo mínimo / Piriforme / Obturador interno / Gêmeos superior e inferior Adução Pectíneo / Adutor longo, curto e magno / Grácil Rotação interna Glúteo máximo e mínimo / Tenso da fáscia lata Rotação externa Glúteo máximo / Piriforme / Obturador interno / Quadrado da coxa / Gêmeo superior e inferior Lesões da Articulação Coxofemoral no Esporte Frontera et. al (2001), atenta para o fato de que todas as doenças articulares possuem fatores intrínsecos como: a rigidez, a dor, a deformidade articular, a contratura dos tecidos moles, atrofia muscular, o descondicionamento físico generalizado e a diminuição da função. A perda da força pode vir associada aos fatores citados. O profissional de Educação Física deve atentar-se para a pertinência da lesão. Através da acuidade para os aspectos morfológicos, a correlação com queixas referidas, associada à execução de manobras específicas, pode alertar e/ou indicar o cliente (aluno) a buscar um profissional responsável com intenção de diagnosticar possível anomalia e, posteriormente, tratá-la com maior especificidade. Fraturas de Avulsão Esta desinserção ou arrancamento muscular é ocasionada pela violenta e repentina contração dos músculos (movimentos explosivos) em fase excêntrica ou concêntrica (Mellion, 1997; Gould III, 1900), sendo as mais comuns no músculo sartório, reto femoral, tendão dos músculos posteriores da coxa, reto abdominal, e o íliopsoas. Todas estas se caracterizam por referidas algias no local da avulsão (inserção muscular). A maior incidência desta encontra-se em velocistas, saltadores, jogadores de futebol, ginastas e futebol americano (Mellion, 1997). Constatada a avulsão, deve-se evitar a prática esportiva até recuperar-se a ADM, e força do M.I. Inicia-se o tratamento com gelo, repouso e mudança das rotinas físicas pelo período aproximado de 2 a 4 meses, podendo ser necessária à utilização de utensílios que auxiliem na deambulação, com finalidade de se evitar a sobrecarga no M.I lesado. Após o retorno da ADM, torna-se necessário o trabalho gradual de força muscular, sendo este de vital importância para o retorno do atleta ou esportista a sua prática (Mellion, 1997; Gould III, 1900). Distensão da Coxa De forma geral, a distensão é ocasionada pela rápida e/ou máxima contração muscular associada a grande extensibilidade muscular (alongamento) (Hall, 2000; Mellion, 1997; Gould III, 1900). Os adutores e os ísquio-tibiais são os mais acometidos estando, o último, relacionado a atletas velocistas (Hall, 2000; Mellion, 1997). Os sintomas da distensão dos ísquios tibiais podem ser identificados pela descrição do paciente em ter ouvido um estalo, seguido de dor local intensificando-se na flexão da articulação coxofemoral com joelho em extensão, a perda da capacidade funcional do M.I afetado, sensibilidade ao toque do ventre muscular e inserção proximal (Mellion, 1997). Até o desaparecimento da sensibilidade, o tratamento consiste em crioterapia, atadura e ultra-som. Após, alongamento e ciclismo de alta velocidade (Mellion, 1997). Os sintomas dos adutores caracterizam-se por dores ao realizar os movimentos de adução e flexão da articulação coxofemoral com resistência. O tratamento consiste em crioterapia, proteção, compressão, elevação e suporte, dependendo da gravidade enfaixamento da virilha e ultra-som (Mellion, 1997). De acordo com Gould III (1900), os esportes como corrida, salto, ciclismo , esqui e futebol americano são mais suscetíveis a este tipo de lesão, acrescentando ser importante treinos de flexibilidade para possível diminuição destas. O mesmo apresenta a lesão do reto femoral como significativa, e sugere o retorno precoce aos exercícios físicos de forma progressiva evitando-se as dores, com o intuito de beneficiar a cicatrização tecidual nas distensões. Luxação da Articulação Coxofemoral A luxação é a separação das superfícies articulares, proporcionando frouxidão dos tecidos circundantes e capsulares, devido ao estiramento além de seus limites elásticos, sendo em sua essência, traumática. 90 % das luxações posteriores estão relacionadas a esportes de velocidade e impacto como no futebol americano e esqui. Na luxação posterior, a articulação coxofemoral encontra-se fletida, aduzida, rodada medialmente, trocanter maior e região glútea proeminentes, com M.I aparentemente mais curto. Na luxação anterior, a articulação coxofemoral apresenta-se levemente fletida, abduzida, rotada lateralmente, M.I aparentemente mais curto, podendo ainda a cabeça do fêmur estar proeminente. Nestes casos deve ser feita imobilização com tala e direcionar o lesionado para o hospital (Mellion, 1997). Fratura de Estresse do Colo Femoral Já mencionamos sobre as altas cargas tensivas nesta articulação, assim como a maior fragilidade do colo do fêmur, associado a microtraumas repetitivos. A maior parte dos lesionados são corredores referenciando dores insistentes na região da virilha, identificando-se sensibilidade ao toque na região inguinal, limitação da A.D.M na flexão e rotação medial seguida por dor (Mellion, 1997). Considerações Devemos ter em mente que apesar da grande estabilidade da articulação coxofemoral, esta está associada a grandes cargas tencionais e a grandes amplitudes de movimento, sendo de suma importância a harmonia dos grupos musculares agonistas e antagonistas favorecendo a coordenação intermuscular a fim de evitarmos lesões e uma inadequada postura corporal, já que a articulação e os músculos intrínsecos a mesma estão relacionados à sustentação do corpo e manutenção da postura. Outra consideração importante relaciona-se com a boa execução técnica dos movimentos esportivos a qual pode atenuar as lesões mioarticulares nas práticas esportivas, devendo o profissional de Educação Física ter grande acuidade para as debilidades e disfunções de seus clientes (alunos) direcionando os trabalhos físicos (exercícios) de acordo com as necessidades funcionas dos mesmos. Este profissional tem uma importante função na área da saúde prevenindo e, eventualmente, reabilitando tais lesões sendo de sua competência capacitar-se e esmerilhar-se em seu pronto atendimento, mostrando socialmente sua grande valia.
  2. --------------------- obrigado pelo querido! mas já sou comprometido (hahah) oque vc menciona são os efeitos relacionados ao treinamento de força (aumento vascular periférico, aumento serico de hormônios e etc) sendo estes denominados efeitos agudos. A hipertrofia esta relacionada aos efeitos crônicos do treinamento de força, sendo esta miofibrilar e ou sarcoplasmática. A sarcoplasmática esta relacionada ao aumento da rede de capilares e como citado por vc aumento das reservas de glicogênios intra muscular (as moléculas de h2o estão agregadas aos carboidratos). onde cursou ed. física e sua pós? um abraço. cordialmente, sergio da c. neves jr. graduado em educação física. UCB-brasília pós em treinamentode força e musculação. UGF -RJ
  3. -------------------------- sempre vale relembrar. o ATP (adenosina trifosfato), é considerado como a moeda corente em nosso organismo, sendo a contração muscular dependente deste. Durante exercícios sub-máximos , a ressínte de ATP se dá pelo processo oxidativo dos carboidratos e gorduras porém se a disponibilidade destes combustíveis for limitatada, como na depleção de oxigênio, a oxidação dos aminoácidos para prover energia torna-se importante. No exercíco de longa duração e intensidade moderada a oxidação das proteínas como fonte energética total não ultrapassa 6%, sendo que no período de repouso no turnover do ATp chega a mais de 10%. O exercício de alta intensidade apos alguns segundos, acentua a utilização da glicogenólise e da glicólise na ressíntese do ATP, devido ao esgotamento total ou quase total da fosfocreatina armazenada no citossol, assegurando a ressíntese de ATP. Dependendo do seu destino os aminoácidos são classificados como glicogênicos ou cetogênicos. Os aminoácidos degradados nos mamíferos são: Alanina, ác. aspártico, ác. glutâmico, leucina, isoleucina e valina. A homeostasia entre as reações metabólicas (anabolismo / catabolismo) responsáveis pela síntese proteica e prejudicada por muitos fatores, inclusive os exercícios físicos. O treinamento de força com cargas moderadas a altas induz a hipertrofia, diferente dos exercícios de resistência. referências: BROOKS, G.A. Amino acidd and protein metabolism during exercise and recovery. Med. Sci. Sport Exerc., 19 (5, suppl.), s150-156, 1987. DOHM, G.L. Protein as a fuel for endurance exercisi. Exerc. Sport Sci. Rev., 1, 143-73, 1986. LEMON, P. W. R. Effect of exercise on protein requeriments. J. Sport Sci., 9 (special issue), 53-70, 1991). WAGENMAKERS, A.J.M; BECKERS, E.J; BROUNS, F; KUIPERS, H; SOETERS, P.B; et al. Carboydrate suplementation, glycogen depletion, and amino acid meetabolism during exercise. AM J. Physiol., 260, E883-890, 1991. cordialmente, Sergio da C. Neve Jr graduado em educação física pós em treinamento de força e musculação
  4. ------------------------- deve ser feito pelos meus colegas um estudo sobre oq vem a ser suplementação, para não insidirem em erros. atividades físicas de longa duração utilizam-se da gliconeogênese, para produção de glicose sérica, onde as proteínas são utilizadas como tal. fatores que enfluenciam: intensidade e volume de treinamento, e reservas energéticas. Cajo haja perda de massa muscular, esta é reposta num processo denominado anabolismo muscular. para que ocorra tal processo é necessário uma adequada alimentação. Caso seja necessário alguns artigos ou referências bibliográficas postarei a pedido. cordialmente, SNevesJr
  5. enquanto professores se utilizarem de termos xulos, reaalmente fica difícel melhorar a imagem do profissional de educação física. se vc vier a praticar atletismo ou pratica e não soube se espressar adequadamete, vc deve realizar uma periodização a fim de poder inserir em seu programa determinados objetivos, otimizando seus ganhos. caso vc esteja somente fazendo uma caminha ou ensaiando uma corrida, esta atividade dificelmente irá interferir no processo anabólico, porem o segredo está na alimentação e descanso adequado entre outros inúmeros fatores. procure um profissional de educação físico competente. cordialmente, SNevesJr graduado em educação física pós em treinamento de força e musculação
  6. crônico e agudo não é denominado como hipertrofia e sim respostas ocorridas de um treinamento em um determinado tempo (efeito crônico ou agudo). cordialmente, SNevesJr graduado em educação física pós em treinamento de força e musculação
  7. em primeiro lugar deve ser verificado sua intenção de treino. existe a hipertrofia sarcoplasmática e miofibrilar portanto o numero de repetições influenciará neste resulatado. Caso vc esteja malhando peitoral porque nao malhar tríceps? sua intenção não e tambem estressar esta musculatura? existe várias formas de treinamento cada indivíduo reage de forma diferente "principio da individualidade". Estímulos diferênciados devem ser empregados na série para quebra do homeostasia, existem outras importâncias como período de contração, tempo total da série e etc que refletirão no recrutamento das fibras e estímulos hormonais. porque 10 repetições ? porque 3 repetições? antes de indicarem receitas de bolo pesquisem o porque! trabalhe em cima de 1RM com %RM(repetições máximas). o achismo raramente leva ao sucesso porem a ciência se preza para tal fim. existem profissionais prontos a lhe atender. cordialmente, sergio c. neves jr(graduado em educação física - pós graduado em treinamento de força e musculação)
×
×
  • Criar novo...