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  1. Se você está gordinho, você não é saudável, independente se seus exames estão bonitinhos. Vou falar bastante sobre esse assunto. A obesidade e excesso de gordura corporal é extremamente preocupante e é algo que quero estudar até o resto da minha vida. A sociedade está e é doente, e quando o indivíduo quer mudar, ele busca o caminho mais "fácil" ou mais rápido, causando diversos problemas e desordens metabólicas. Farei vários posts a respeito dos meus novos conhecimentos adquiridos e que estão sendo adquiridos. Abaixo vai a introdução do meu TCC de educação física. Segundo Conde e Borges (2011), no Brasil nos anos de 2008 a 2009, cerca de 10% da população adulta se encontra com obesidade, é estimado também que cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo estão com excesso de peso, e 300 milhões destas são obesas. Estimativas para o ano de 2025 é de que 40% da população dos EUA, 30% na Inglaterra e 20% no Brasil se encontram obesas. A obesidade está associada ao desenvolvimento de doenças crônicas e aumento de mortalidade precoce. É estimado que as doenças crônicas foram responsáveis por 70% das mortes no Brasil no ano de 2000. Um terço dos norte-americanos adultos estão acima do peso. Em 1960 o percentual de americanos extremamente obesos era zero, sendo em 2010 6% da população (FRYAR; CARROLL; OGDEN, 2012). 45% das mulheres e 30% dos homens norte-americanos estão sempre tentando reduzir a massa corporal, e é estimado que a cada ano, 300 mil indivíduos norte americanos morrem de doenças relacionadas com a obesidade (KRAEMER; FLECK; DESCHENES; 2013). Um levantamento telefônico randomizado foi feito com 110 mil adultos norte-americanos e foi constatado que 70% das pessoas se esforçam para perder peso ou apenas para manter o peso corporal, dentre estas, 30% são homens e 40% eram mulheres. Os que tentam perder peso gastam cerca de 40 bilhões de dólares por ano com produtos e serviços destinados a reduzir o peso, sendo a maior parte das vezes utilizando práticas dietéticas e medicamentos potencialmente prejudiciais ao mesmo tempo que ignoram programas sensatos de redução ponderal. Cerca de 2 milhões de norte-americanos gastam mais de 125 milhões de dólares em pílulas dietéticas supressoras de apetite que são obtidas sem receita médica (McARDLE; KATCH; KATCH, 2008). A obesidade é um problema de saúde pública no mundo, é a principal causa de morte evitável. Ela é resultante da ação de fatores ambientais como hábitos alimentares, atividade física e condições psicológicas, fazendo-se necessária a mudança de estilo de vida (ROCHA, et al, 2014). O consumo de açúcares pode contribuir consideravelmente para o desenvolvimento e prevalência da obesidade (RICCO, 2016). O sono e sua qualidade, tem influência sobre os hábitos alimentares e pode levar a um aumento de consumo de carboidratos simples (CARVALHO, et al, 2016). A obesidade além de ser um fator primário relacionado a diabetes tipo 2, hipertensão, artrite, gota, e anormalidades menstruais, também tem sido relacionada com diversos outros tipos de doenças como aterosclerose, doença cardiovascular, efeitos negativos no perfil lipídico do sangue, apneia do sono, osteoartrite, complicações na gravidez e cirurgia, alguns tipos de câncer e doença da vesícula biliar. A deposição de gordura corporal na área abdominal é mais fortemente relacionada as doenças anteriormente ditas do que a deposição de gordura concentrada na porção periférica (KRAEMER; FLECK; DESCHENES; 2013). Estudos apontam que indivíduos obesos metabolicamente normais apresentam maiores riscos de eventos em comparativo com pessoas de peso normal metabolicamente saudáveis. Não existe um nível ou padrão saudável de aumento de peso (KRAMER; ZINMAN; RETNAKARAN, 2013). A mudança desfavorável da composição corporal como redução de massa muscular e aumento do tecido adiposo está associado ao maior risco de morbidade e mortalidade precoce. Em um estudo epidemiológico com 588 369 mulheres e 457 785 homens adultos norte-americanos com idade superior a 30 anos avaliaram a relação entre índice de massa corporal (IMC) e o risco de morte por todas as causas em quatro subgrupos, caracterizados de acordo com tabagismo, raça, histórico de doença e idade. Os resultados deste estudo mostraram que o ponto mais baixo da curva entre índice de massa corporal e mortalidade foi observado no IMC entre 23,5 e 24,9k/m² nos homens e 22 e 23,4kg/m² nas mulheres. Aumento significativo no risco de morte por doença cardiovascular foi observado a partir de 25kg/m² nas mulheres e 26,5kg/m² nos homens (COELHO; BURINI; 2009).
  2. Eu sempre falo, quer melhorar seu físico? ter menos fome? DURMA!!!! Pouco sono = menos GH, menos testosterona, menos serotonina... entenda mais abaixo: A má qualidade e privação do sono aumenta o risco de obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis; também tem influência sobre os hábitos alimentares aumentando a vulnerabilidade em comer em excesso com dietas de má qualidade. As alterações do sono estão relacionadas ao aumento de cortisol com aumento de tecido adiposo intra-abdominal, e também com baixos níveis de serotonina que podem levar a um aumento de consumo de carboidratos simples afim de estimular a secreção de serotonina. (CARVALHO, et al, 2016). O exercício físico aumenta a liberação de serotonina (MORAES, et al, 2007) e (VALIM, et al, 2013). Em um estudo com 121 jovens adultos e concluiu que os exercícios intensos agudos aumentam mais serotonina que exercícios de leve ou baixa intensidade (ZIMMER, et al, 2016). A serotonina tem efeitos na homeostase corporal, uma de suas funções é a regulação hidroeletrolítica, modulando a sede e o apetite, digestão alimentar, balanço energético, regulação da emoção e processos do controle comportamental (KLEBER, et al, 2014). Com o envelhecimento há uma redução na quantidade de sono de ondas lentas. Como a secreção máxima do hormônio do crescimento (GH) ocorre durante o sono de ondas lentas, uma redução nos níveis de GH é evidente em pessoas mais velhas. Na apneia do sono não tratada(acontece na OBESIDADE), o sono é fragmentado e o sono de ondas lentas é reduzido. Os níveis noturnos de GH na apneia do sono também são reduzidos. Em uma meta-análise de estudos indicou uma associação entre sono de curta duração com prevalência de diabetes, indicando um risco aumentado de 28% com o sono de duração curta sendo este menor que 5 a 6 horas por noite (KRYGER; AVIDAN; BERRY, 2015). A obesidade e a glicose sérica aumentada também são fatores que inibem a secreção de GH (HALL, 2017). O GH também conhecido como somatotropina é um hormônio que provoca o crescimento de quase os tecidos do corpo que são capazes de crescer como principalmente os ossos. Ele apresenta também apresenta diversos efeitos metabólicos específicos como aumento de quase todos os aspectos da captação de aminoácidos e da síntese proteica pelas células, e ao mesmo tempo, reduz a destruição de proteínas. Outra função é o aumento da mobilização dos ácidos graxos no sangue e aumento da utilização dos ácidos graxos como fonte de energia e reduzindo a utilização de glicose e proteína pelo organismo, sendo assim, um papel importante no ganho de massa muscular. Um dos fatores que estimulam a secreção do GH são diminuição da glicose no sangue, diminuição dos ácidos graxos livres no sangue, exercícios e o sono profundo (HALL, 2017). A restrição do sono também afeta outros eixos endócrinos. Após uma semana de restrição de sono para 5 horas por noite, os níveis de testosterona durante o dia diminuíram em homens jovens saudáveis (KRYGER; AVIDAN; BERRY, 2015). A atividade física pode promover uma redução de níveis de ansiedade e ter efeitos antidepressivos contribuindo para a promoção do sono (PEREIRA, et al, 2014). Aqui está meu tópico sobre COMO ACONTECE E COMO QUEIMAR GORDURA. FISIOLOGIA
  3. O senso comum quando se pergunta às pessoas dicas sobre como queimar ou perder gordura geralmente são: "Retire os carboidratos da sua dieta", "faça dieta low carb"? "Pare de comer / feche a boca"? "Faça uma dieta cetogênica / dieta da proteína"?. Quando você está comendo 2000 ou 3000 calorias e começa a comer metade das calorias que você normalmente consome por algumas semanas, seu metabolismo cai como se fosse em um abismo. Observe bem o gráfico. 3 semanas está mais que provado e é mais do que suficiente para destruir seu metabolismo e eu vou te mostrar isso. EI é a ingestão de energia e EE é o gasto energético. [1] No gasto de energia, são mais do que apenas as calorias necessárias para ter uma função normal de seus órgãos e outras células, entra também o efeito térmico dos alimentos e a atividade física. É normal que as pessoas percam peso nas primeiras semanas, obviamente, você perde peso quando queima mais calorias do que consome em sua dieta, mas agora verá que isso não é simples. Você perdeu muito peso, você está sentindo tanta fome, ansiedade, menos energia, seu metabolismo se encontra lento, você já não consegue mais dormir muito bem, então agora você diz a si mesmo que agora você merece comer normalmente de novo porque já perdeu 5kgs e agora, você está no 95% das pessoas de acordo com o New York Times[2] que recuperam o peso perdido depois de fazerem dietas da moda. Na segunda parte da imagem você pode ver o seu metabolismo que está todo prejudicado e lento, e agora você começou a comer como antes, por que você acha que esse excesso de calorias não faria você ganhar gordura?[1] Mesmo fisiculturistas com hormônios não podem criar tanto músculo com toneladas de hormônios anabólicos e exercícios intensos. Atletas naturais experientes levam um ano inteiro para ganhar 2kg de massa muscular. Alguns dos fisiculturistas com ótimo direcionamento conseguem subir uns 5kg a mais de músculo seco de uma competição para outra. Porém em 5 anos, quantos você vê que conseguiram aumentar 25kg? 7700kcal são a energia necessária para você acumular 1kg de gordura. Você sabe quanto músculo por dia você consegue ganhar? Isso obviamente depende de quanto você já ganhou anteriormente, não posso dizer nem 5g e nem 25g. Outro estudo diz que mais de 80% das pessoas falham quando querem manter o peso reduzido após uma perda de peso bem-sucedida. [3] O problema real da restrição calórica é que seu corpo não perde apenas gordura, seu corpo perde músculo e massa de órgãos. [1][4] Quanto mais desesperado você for para perder peso ou gordura, mais problemas metabólicos você terá. Muller et al[4] fizeram um estudo que mostra que uma restrição de 50% do consumo de energia por 3 semanas foi suficiente para reduzir em 159 gramas por dia de massa muscular e massa de órgãos (massa livre de gordura), que totalizou a mais de 3 kg em apenas 3 semanas de restrição calórica. Mas a maioria das pessoas só quer ver um número menor na balança, certo? No estudo, você pode ver que você perde mais massa livre de gordura do que massa gorda, os números estão no estudo. Se esta informação não foi suficiente para você, eu darei mais: Os pacientes não só perderam peso, mas agora eles têm uma freqüência cardíaca lenta (-14%), eles gastam menos energia quando andam (-22%), eles têm níveis mais baixos de hormônios da tireóide (T3 -39%), níveis mais baixos de testosterona (-11%) e muito mais ... [3]. Então, agora você acha que a solução é suplementar com testosterona, hormônios tireoidianos e suplementos termogênicos? Você pode fazer isso se você quiser se tornar mais um dependente de hormônios, você também pode fazer isso se você quiser estressar mais o seu corpo do que você já estava fazendo com restrição calórica, você também pode fazer isso se você quiser aumentar seus níveis de cortisol, que é o hormônio do estresse, que induz há um maior acúmulo de gordura central (sua barriga). Quantas pessoas estressadas você conhece que têm um corpo bonito? Agora você pode ver porque os suplementos que suprimem o apetite podem ser terríveis? Termogênicos? Agora vou mostrar-lhe um estudo com uma pessoa que tem acompanhamento em como se exercitar e fazer dieta e você verá as conseqüências quando você vai para o extremo que é o que os atletas fazem. Você pode ter um corpo incrível sem ir ao extremo, mas precisa do caminho certo, não do jeito rápido, não com excesso de estresse. Rosslow et al fez um estudo com um fisiculturista natural, eles acompanharam um atleta por 12 meses ao total, 6 meses antes e depois da competição. O estudo mostra que em 6 meses de restrição calórica com treinamento, teve sua frequência cardíaca reduzida de 53 para 27 batimentos por minuto. A pressão arterial do atleta diminuiu de 132/69 para 104/56 mmHG. A porcentagem de gordura corporal do atleta diminuiu de 14,8% para 4,5%. Os níveis de testosterona diminuíram de 9,22 para 2,27 ng / ml. A força do atleta diminuiu drasticamente neste período. A perturbação do humor aumentou de 6 para 43 unidades durante a preparação. A pressão arterial e a força do atleta não foram restauradas mesmo após 6 meses de competição. O atleta retornou para 14,6% da gordura corporal. [5] A fisiologia nos mostra que você não pode ter um exercício intenso com frequência cardíaca baixa ou pressão arterial baixa, e sem exercícios intensos você não pode queimar muitas calorias ou ganhar músculos, então preste atenção no que você está fazendo ou quem você está copiando. Existe uma grande interligação de fatores. Tá bom Maurice, agora você falou o porque... agora eu quero saber como e quando? Nem sei quantos vão ler esse texto até o final e não dá pra falar tudo em um textinho. Primeiro eu avalio o que a pessoa ingere para ver como está seu metabolismo, se a pessoa tem um metabolismo rápido, eu trabalho de uma forma, se a pessoa tem um metabolismo normal, eu trabalho de outra forma, se a pessoa tem um metabolismo mais lento, eu trabalho de outra maneira. O problema também pode estar no excesso de exercícios, ou na ingestão de água, ou pela falta de exercícios, ou pouca proteína, ou pouco carboidrato, baixos níveis de vitaminas essenciais que são necessárias para ter uma função ótima do metabolismo. Tive que construir um questionário que hoje tem 5 páginas, espero crescer esse número para conseguir entender o mais rápido possível os meus futuros pacientes para que eu possa ajudar um maior número de pessoas possíveis com meu tempo; digo futuros pois ainda faltam 3 meses para minha graduação em nutrição. aqui no Brasil tem 5 páginas. Se eu tivesse uma dica/solução rápida para curar a obesidade ou queimar gordura a longo prazo sem danos, eu certamente seria bilionário. Hoje eu só posso dizer que você precisa de um nutricionista que pratique exercícios e que faça dieta, um nutricionista preguiçoso pode não ajudá-lo com o que você está procurando porque eles não conseguem imaginar e ter uma visão de como você pode estar sentindo ou reagindo com uma dieta. Posso garantir que sofri mais do que você, porque já fiquei em último lugar em campeonatos, e me custou 5 anos de treino fazendo muita cagada para ganhar meu primeiro troféu. Já tomei gramas de hormônios anabólicos, já tomei hormônios de tireóide, já tomei cafeína suficiente para fadigar completamente meu sistema nervoso central a ponto de nem conseguir fazer um treino na academia. Tenho experiência suficiente para dizer que o hormônio melhora o que você já faz, se você não faz direito, ele não te melhora. Ainda farei mais textos. Escrito por Maurice Sircus. [1] Casanova, N., Beaulieu, K., Finlayson, G. e Hopkins, M. (nd). Adaptações metabólicas durante balanço energético negativo e seu potencial impacto no apetite e consumo alimentar. Proceedings of the Nutrition Society, 1-11. 2019. doi: 10.1017 / S0029665118002811 [2] https://www.nytimes.com/1999/05/25/health/95-regain-lost-weight-or-do-they.html [3] [Strategies for successful weight reduction - focus on energy balance]. Dtsch Med Wochenschr. 2012 Oct;137(43):2223-8. doi: 10.1055/s-0032-1327232. Epub 2012 Oct 17. [4] Metabolic adaptation to caloric restriction and subsequent refeeding: the Minnesota Starvation Experiment revisited. Am J Clin Nutr. 2015 Oct;102(4):807-19. doi: 10.3945/ajcn.115.109173. Epub 2015 Sep 23 [5] Natural bodybuilding competition preparation and recovery: a 12-month case study. Int J Sports Physiol Perform. 2013 Sep;8(5):582-92. Epub 2013 Feb 14.
  4. Quem nunca desistiu de fazer uma dieta por que achava que tudo era a base de frango e batata doce? Eu mesmo não como sempre, e quando como, são "pequenas" quantidades, pois ela me dá excesso de gases. A batata doce não é algo essencial em nenhuma dieta, aliás, você pode sim comer arroz branco, macarrão e/ou outros alimentos no lugar sem problema algum e também falar que está em dieta PORÉM seguir dieta é seguir um planejamento, pois tudo deve ser calculado, FIBRAS??? Você sabe quanto come de fibras para justificar comer arroz branco? Você sabe a recomendação diária de fibras? Você calcula seus micronutrientes? Isso é a profissão de um nutricionista. Macronutrientes por si só não lhe dá saúde e nem melhora de composição corporal, por isso existem os micronutrientes. Dieta "flexível" serve pra quem? Pra quem entende de carga glicêmica de refeição, de fibras, de micronutrientes, de sensibilidade a insulina, de resistência a insulina e entre outros. Segundo a tabela taco, 100g de batata doce cozida possui 2,2g de fibras enquanto o arroz branco possui 1,6g de fibra(olhando a tabela nutricional de marcas diversas nos supermercados, as vezes vejo 0g de fibras, a marca que comprei arroz parboilizado não tem fibras). O maior diferencial da batata doce para os outros carboidratos refinados é promover maior saciedade devido ao seu menor índice glicêmico e fibras(sim você precisa ter sensibilidade a insulina para direcionar a sua ingestão de carboidratos para ganho de músculo ao invés de ganho de gordura), além de ter uma quantidade interessante de vitamina C e potássio. Com uma variedade de carboidratos complexos na dieta como arroz integral, aipim, macarrão integral e entre outros, você consegue suprir suas necessidades de micronutrientes, assim você entende que não é necessário ficar apenas com um alimento fonte de carboidrato na dieta. Quer arroz branco? no mínimo coloque feijão nesta refeição, ou quantidade suficiente de legumes e verduras para deixar sua refeição rica em fibras. Meu relato diário:
  5. Atualmente em minha prática clínica eu não utilizo 500 kcal de deficit calórico. Depende do indivíduo e a quantidade de gordura corporal total que este possui. Posso dizer que varia entre 150kcal a 500kcal. Isso já contando que tento fazer ajustes para aumentar a intensidade de treino do individuo para que este consiga manter o máximo de massa muscular possível(fora rotina de aeróbios quando este pode fazer). Este texto abaixo é uma parte do meu desenvolvimento do TCC de educação física que fiz. A gordura em nosso corpo é a forma mais abundante de energia potencial disponível quando comparado aos carboidratos e proteínas, representa quase uma fonte ilimitada de combustível. As reservas de gordura de um jovem adulto provém de duas fontes principais, a primeira se encontra nas células adiposas que corresponde de 60.000 a 100.000 kcal e a segunda os triglicerídeos intramusculares que corresponde a cerca de 3000kcal, fazendo-se assim, bem superior aos estoques de reservas energéticas de carboidratos que corresponde a menos de 2000kcal (McARDLE; KATCH; KATCH, 2008). Para a gordura ser transformada em energia, é necessária a hidrólise ou lipólise do triglicerídeo, este é transformado em três moléculas de ácidos graxos e um glicerol. Os hormônios adrenalina, noradrenalina, glucagon e somatotropina aceleram a ativação da lipase, gerando lipólise e mobilização de ácidos graxos livres pelo tecido adiposo. As concentrações desses hormônios lipolíticos são aumentados durante as atividades físicas para uma contínua liberação rica em energia. Dependendo do estado nutricional do indivíduo, do nível da atividade, intensidade e duração do exercício, as moléculas lipídicas suprem entre 30 a 80% da energia necessária para o trabalho biológico. Quando um exercício de alta intensidade e longa duração depleta os estoques de glicogênio, a gordura passar a constituir o combustível primário energético para o exercício e recuperação. Uma dieta rica em lipídeos e baixa em carboidratos gera adaptações enzimáticas que aprimoram a capacidade do indivíduo de realizar a oxidação lipídica durante o exercício (McARDLE; KATCH; KATCH, 2008). Para uma redução da massa corporal, devemos ter um gasto calórico total superior a ingestão de calorias totais em um período de tempo. O gasto calórico total inclui a taxa metabólica basal (TMB) e as calorias gastas na atividade física, sendo esta última de grande importância para a mudança da massa corporal. A TMB tem relação positiva com a massa muscular, mulheres e crianças possuem menor TMB que indivíduos homens adultos devido a menor quantidade de massa muscular. Esta relação se faz importante pois ao realizar dietas sem atividade física, uma grande quantidade de peso corporal é advinda da massa muscular consequentemente reduzindo a TMB, assim sendo importante o conjunto com a prática de atividade física (KRAEMER; FLECK; DESCHENES; 2013). O percentual de gordura corporal pode ser reduzido apenas com o ganho de massa muscular advindo da atividade física (KRAEMER; FLECK; DESCHENES; 2013). As comparações do treinamento de resistência com o treinamento de endurance foram significativamente superiores em um teste de 12 semanas com jovens adultos sedentários que não faziam dieta, ambos os tipos de atividades físicas apresentaram quedas significativas na redução do percentual de gordura porém apenas os praticantes de treinamento resistido apresentaram maior peso corporal isento de gordura quando submetidos ao método antropométrico da pesagem hidrostática (McARDLE; KATCH; KATCH, 2008). Na maioria das pessoas há uma diminuição do apetite após o exercício físico ao invés de um aumento para compensar o gasto energético advindo do exercício, isso se deve a diversos fatores, um destes é a regulação do hormônio insulina e aumento dos hormônios lipolíticos. Para indivíduos sedentários recomenda-se um gasto de energia de 150 a 400 kcal durante a atividade física associado a uma dieta, atingindo um déficit calórico de pelo menos 500kcal diárias (KRAEMER; FLECK; DESCHENES; 2013). A frequência cardíaca proporciona uma estimativa do consumo de oxigênio, consequentemente uma estimativa do gasto energético (McARDLE; KATCH; KATCH, 2008). Abaixo tem o link do tópico sobre a introdução do meu TCC (OBESIDADE NO BRASIL E NO MUNDO. RISCOS PELO EXCESSO DE GORDURA CORPORAL)
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