Rastermition Postado 5 de julho de 2003 Postado 5 de julho de 2003 Po, valeu Thiago, tirou minha dúvida
torque Postado 5 de julho de 2003 Postado 5 de julho de 2003 É fácil. O primeiro combustível utilizado pelo aeróbico é a glicose e depois glicogenio e gordura. A musculação, como é um exercício de contração rápida, e de curta duração, necessita de açúcar disponível de forma rápida. Se vc faz aeróbicos antes, vc diminui a qtdade de açúcares necessários p/o treino anaeróbico. Já se vc fizer aeróbico depois, além de não atrapalhar a musculação, como vc gastou parte de seu açúcar na musculação, vc começaria a utilizar a gordura em maior qtdade, mais rapidamente. thiago, Concordo que para quem visa hipertrofia, o ideal é fazer o aeróbio após a musculação.Contudo,caso o aeróbio seja feito antes,o principal fator da queda de rendimento na musculação pós-aeróbio não é a diminuição do glicogênio muscular ou açúcar , uma vez que se a pessoa estiver bem alimentada, as reservas de glicogênio muscular são suficientes para desenvolver o treino de musculação de forma satisfatória, a não ser que se malhe perna após o aeróbio, uma vez que nesse caso a mesma musculatura será trabalhada de forma intensa em ambos os exs., e aí sim poderá ocorrer depleção do glicogênio muscular,o que pode afetar o rendimento muscular em função da falta de açúcar.Já os outros grupos musculares são pouco exigidos no aeróbio, e suas reservas de glicogênio muscular permanecem praticamente intactas após o aeróbio. Concluindo, o grande fator da queda de rendimento na musculação pós-exercício aeróbio não é a carência de substratos energéticos, mas sim o acúmulo de lactato sanguíneo em decorrência do aeróbio,o qual, uma vez na circulação,se distribui por todo o corpo.Fisiologicamente, uma concentração elevada de H+ decorrente de um aumento da concentração de lactato,contribui para a fadiga do músculo reduzindo a força por ponte cruzada, pois o íon H+ não só se opõem à ligação do Ca++ à troponina, como também inibe a liberação do próprio Ca++ do retículo sarcoplasmático, o que vai fazer com que haja,dependendo da concentração do lactato sanguíneo, uma maior ou menor diminuição do número de pontes cruzadas ativas, e é claro, uma redução na capacidade do músculo de produzir tensão, ocasionando fadiga periférica. Um abraço.
Cu-de-Teta Postado 7 de julho de 2003 Postado 7 de julho de 2003 É fácil. O primeiro combustível utilizado pelo aeróbico é a glicose e depois glicogenio e gordura. A musculação, como é um exercício de contração rápida, e de curta duração, necessita de açúcar disponível de forma rápida. Se vc faz aeróbicos antes, vc diminui a qtdade de açúcares necessários p/o treino anaeróbico. Já se vc fizer aeróbico depois, além de não atrapalhar a musculação, como vc gastou parte de seu açúcar na musculação, vc começaria a utilizar a gordura em maior qtdade, mais rapidamente. thiago cara eu tenho quase 100% de certeza de que o primeiro conbustivel eh o glicogenio... mais nao importa a ordem para este caso se vc faz qualquer exercicio seja ele aerobico ou anaerobico antes da musculação vc ira estar quemando o combustivel do musculo que ele estara queimando na ora da musculação
thiago_sa Postado 7 de julho de 2003 Postado 7 de julho de 2003 Peraí, não entendi sua colocação, vc acha q o glicogenio vai ser utilizado antes da glicose?
thiago_sa Postado 7 de julho de 2003 Postado 7 de julho de 2003 thiago, Concordo que para quem visa hipertrofia, o ideal é fazer o aeróbio após a musculação.Contudo,caso o aeróbio seja feito antes,o principal fator da queda de rendimento na musculação pós-aeróbio não é a diminuição do glicogênio muscular ou açúcar , uma vez que se a pessoa estiver bem alimentada, as reservas de glicogênio muscular são suficientes para desenvolver o treino de musculação de forma satisfatória, a não ser que se malhe perna após o aeróbio, uma vez que nesse caso a mesma musculatura será trabalhada de forma intensa em ambos os exs., e aí sim poderá ocorrer depleção do glicogênio muscular,o que pode afetar o rendimento muscular em função da falta de açúcar.Já os outros grupos musculares são pouco exigidos no aeróbio, e suas reservas de glicogênio muscular permanecem praticamente intactas após o aeróbio. Concluindo, o grande fator da queda de rendimento na musculação pós-exercício aeróbio não é a carência de substratos energéticos, mas sim o acúmulo de lactato sanguíneo em decorrência do aeróbio,o qual, uma vez na circulação,se distribui por todo o corpo.Fisiologicamente, uma concentração elevada de H+ decorrente de um aumento da concentração de lactato,contribui para a fadiga do músculo reduzindo a força por ponte cruzada, pois o íon H+ não só se opõem à ligação do Ca++ à troponina, como também inibe a liberação do próprio Ca++ do retículo sarcoplasmático, o que vai fazer com que haja,dependendo da concentração do lactato sanguíneo, uma maior ou menor diminuição do número de pontes cruzadas ativas, e é claro, uma redução na capacidade do músculo de produzir tensão, ocasionando fadiga periférica. Um abraço. Torque, Posso estar errado, mas não me parece que em intensidade média, o aeróbico irá acumular lactato que possa ser prejudicial ao treino, ainda me parece o fator de baixo carbo mas crucial nisto. De qualquer forma, gostaria de sua opinião, vc acha que mesmo em intensidade média de 15 a 30min, a produção de lactato será assim grande.
torque Postado 8 de julho de 2003 Postado 8 de julho de 2003 Thiago, Vou fazer algumas considerações sobre treinamento aeróbio para que fique clara minha posição. 1- O treinamento aeróbio feito abaixo do limiar anaeróbio 1 (LA1), é um treino predominantemente aeróbio e pouco condicionante em relação à capacidade aeróbia.É um treino basicamente voltado para qualidade de vida(welness), e nessas condições , o lactato tem um pequeno incremento no sangue, mas não chega a se acumular(mantem-se entre 1 e 1,5 mmol/litro de sangue). 2- O treinamento aeróbio feito entre o limiar anaeróbio 1(LA1) e o 2(LA2), mas mais próximo do 1,é um treino predominantemente aeróbio, mas onde já há um aumento razoável de lactato(entre 2 e 3 mmol/l). Esse é um treino condicionante em relação à capacidade aeróbia e chamado de fitness(mescla desempenho e qualidae de vida). 3- O treinamento aeróbio também feito entre o LA1 e LA2, mas mais próximo do 2, é um treino predominantemente aeróbio, mas já com uma alta concentração de lactato da ordem de 3 a 4 mmol/l. É um treino voltado p/ maximizar o desempenho aeróbio(treinamento p/ performance) 4- Acima do LA2, o treino já é predominantemente anaeróbio . Agora, vamos às análises: Quem faz um treino do tipo 1 (welness), realmente vai ter um pequeno aumento do lactato e H+, o que muito pouco influenciaria no rendimento posterior da musculação.Nesse caso, as reservas de glicogênio da musculatura da perna, vão depender do volume do treino aeróbio.Qto. mais longo for o treino, mais as reservas do glicogênio serão utilizadas. Isso imaginando que se iria treinar perna após o aeróbio, porque o glicogênio muscular só é catabolizado dentro da própria musculatura que está sendo trabalhada.Assim , se após fazer aeróbio abaixo do LA1, malhar-se outros grupos musculares, as reservas estarão praticamente intactas e a musculação não será em quase nada prejudicada,nem pelo ácido lático, nem pela falta de glicose intramuscular. Quem treina entre o LA1 e o LA2(fitness e performance), vai ter um aumento significativo de lactato e íons H+ na concentração (lactato de 2 a 4mmol/l), e nesse caso, ocorrerá queda no rendimento da musculação, e essa queda será tanto maior quanto maior for a concentração de lactato pelos motivos que eu citei no outro post. Com excessão de obesos e cardiopatas,(que devem treinar abaixo do LA1),as pessoas saudáveis devem treinar entre o LA1 e o LA2 , visando aumentar a sua potência aeróbia, que é importante como fator de proteção às doenças cardiovasculares.Ou seja, treinar no welness pode ser bom, mas treinar no fitness, com certeza será bem melhor. Já o treino para desempenho é mais voltado p/ quem deseja competir em provas de fundo, o que não é o caso das pessoas aqui do fórum. Concluindo, o ideal é se treinar fitness, e nesse caso, o lactato já se acumula na corrente sanguínea o suficiente para acarretar uma queda no rendimento da musculação.
torque Postado 8 de julho de 2003 Postado 8 de julho de 2003 Peraí, não entendi sua colocação, vc acha q o glicogenio vai ser utilizado antes da glicose? Thiago, qdo se fala em glicogênio muscular, deve-se ter em mente que se está falando em glicose intramuscular, uma vez que o glicogênio nada mais é que uma cadeia de moléculas de glicose agrupadas entre si.Em qualquer exercício moderado a intenso, seja ele aeróbio ou anaeróbio, o primeiro substrato energético a ser utilizado é o ATP-CP, pois sempre que se começa qquer exercício, se está em déficit de O2, e os fosfatos de alta energia possibilitam a aquisiçao de energia de forma rápida e sem a necessidade de reações em cadeia.Na sequência, o próximo substrato a fornecer energia mais rapidamente é o glicogênio muscular. que é "quebrado" num processo chamado glicogenólise, gerando moléculas de glicose que entram numa série de reações em cadeia(glicólise) e , dependendo da disponibilidade de O2, será aeróbia(glicólise alática) ou anaeróbia(glicólise lática). Em seguida, os ácidos graxos(intramusculares e provenientes dos adipócitos), a glicose proveniente da circulação sanguínea(hepática), além é claro das proteínas.
thiago_sa Postado 8 de julho de 2003 Postado 8 de julho de 2003 Thiago, qdo se fala em glicogênio muscular, deve-se ter em mente que se está falando em glicose intramuscular, uma vez que o glicogênio nada mais é que uma cadeia de moléculas de glicose agrupadas entre si.Em qualquer exercício moderado a intenso, seja ele aeróbio ou anaeróbio, o primeiro substrato energético a ser utilizado é o ATP-CP, pois sempre que se começa qquer exercício, se está em déficit de O2, e os fosfatos de alta energia possibilitam a aquisiçao de energia de forma rápida e sem a necessidade de reações em cadeia.Na sequência, o próximo substrato a fornecer energia mais rapidamente é o glicogênio muscular. que é "quebrado" num processo chamado glicogenólise, gerando moléculas de glicose que entram numa série de reações em cadeia(glicólise) e , dependendo da disponibilidade de O2, será aeróbia(glicólise alática) ou anaeróbia(glicólise lática). Em seguida, os ácidos graxos(intramusculares e provenientes dos adipócitos), a glicose proveniente da circulação sanguínea(hepática), além é claro das proteínas. Qdo me refiro a glicose, estou me referindo a glicose sanguínea, já q o glicogenio(polimero) não pode ser comparado a glicose(monomero). Qto ao aeróbico torque, qdo vc fala no glicogenio nas pernas, vc teria que levar em consideração a bicicleta e a esteira, né? Pois há outros aeróbicos em que outros musculos são utilizados, apesar de que até a esteira utiliza a musculatura do ombro e braços(apesar de pouco)
torque Postado 9 de julho de 2003 Postado 9 de julho de 2003 Qdo me refiro a glicose, estou me referindo a glicose sanguínea, já q o glicogenio(polimero) não pode ser comparado a glicose(monomero). Qto ao aeróbico torque, qdo vc fala no glicogenio nas pernas, vc teria que levar em consideração a bicicleta e a esteira, né? Pois há outros aeróbicos em que outros musculos são utilizados, apesar de que até a esteira utiliza a musculatura do ombro e braços(apesar de pouco) Thiago, Com relação ao aeróbio, estou me referindo aqueles que são os mais utilizados(esteira e bicicleta). Com relação a sua afirmação de que a glicose sanguínea ser o principal substrato no início do exercício,respeito a sua opinião,mas posso lhe assegurar não ser verdadeira e que no início do exercício, o principal substrato energético para o trabalho muscular é o carboidrato oriundo do glicogênio muscular.A razão disso é que em repouso nós temos em toda a corrente sanguínea cerca de 10g de glicose, e na transição repouso/exercício , é necessário um período de transição para o organismo adequar as demandas do ex. à manutenção da concentração de glicose sanguínea sob o risco de se ter uma hipoglicemia. A necesidade de se ter energia imediata faz com que a prioridade seja a utilização de substratos dentro do músculo ativo.A liberação dessa energia(anaeróbia, já que se está em déficit de O2), se dá a partir das primeiras contrações dos músculos ativos , onde parte do cálcio liberado do retículo sarcoplasmático se une a uma molécula protéica denominada calmodulina, e que uma vez ativada, aciona a enzima glicogênio fosforilase, a qual promove a glicogenólise e rápida disponibilidade de glicose para gerar energia de forma rápida(glicólise lática).A glicose sanguínea é utilizada de forma inversamente proporcional ao glicogênio muscular, ou seja, conforme se aumenta o tempo de exerc. e se depleta o glicogênio muscular, se aumenta a importância da glicose sanguínea para gerar energia.
thiago_sa Postado 9 de julho de 2003 Postado 9 de julho de 2003 Bom, nunca fui bom nessa parte e como não sou tão bem informado com relação as prioridades de utilização de energia, vou ter que confiar na sua afirmação. Mas tenho uma dúvida torque: O caso da utilização do glicogenio seria só durante o exercício, digo, em repouso, a primeira fonte de energia seria a glicose sanguínea não é?
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