hellraiser Postado 2 de novembro de 2002 Postado 2 de novembro de 2002 o Prof. Luiz Carlos de Moraes, Educador Físico, há 26 anos no Mercado do Fitness e Esportes e Consultor de alguns jornais na área de Fisiologia do Exercício: Durante décadas falou-se muito nos exercícios aeróbios criando-se, de certa forma uma imagem negativa com relação aos anaeróbios. Por conta disso, a musculação ficou ainda mais cercada de mitos, entre eles, "que só serve pra ficar forte" e, "não emagrece" - Diziam - Ledo engano. A comunidade científica já provou ser o emagrecimento na musculação igual aos exercícios aeróbios mais tradicionais como as caminhadas, as corridas e o ciclismo. A explicação é simples. A gente sabe que os aeróbios utilizam a gordura como principal fonte de energia. Sabe-se também que determinadas zonas de intensidade gastam mais gorduras do que outras e esse gasto também se relaciona com o tempo de permanência nessa zona. Tudo isso é verdade e está cientificamente comprovado. Mas, também é verdade, e a literatura fidedigna mostra que os anaeróbios como a musculação emagrecem na mesma proporção. A diferença é que na hora do exercício o corpo utiliza o glicogênio muscular como principal fonte de energia. Depois tem que repor e vai buscar nas gorduras proporcionando o emagrecimento. O Dr. José Maria Santarém cita: "os exercícios anaeróbios propiciam emagrecimento no período pós-exercícios, quando toda atividade metabólica de síntese proteica e glicídica ocorre às custas de energia aeróbia proveniente, na sua maior parte, dos ácidos graxos do tecido adiposo". Sabe-se que o aumento da massa muscular acelera o metabolismo basal fazendo a longo prazo o corpo gastar mais energia parado. Como o que vale nessa questão é o balanço calórico, se for positivo, engorda; negativo emagrece. É a lógica, ou não? A olhos vistos, os fisioculturistas têm um percentual de gordura tão baixo quanto os atletas de resistência. Steven Fleck cita no seu livro Fundamentos do Treinamento de Força Muscular que nesses atletas o percentual de gordura varia de 8,3 a 12,2% e as mulheres da mesma modalidade estão na média de 13,2 a 20,4%. Portanto, muito abaixo da maioria considerada normal que é de 14 a 16% para os homens e 20 a 24% para as mulheres. Claro, tudo isso só funciona também se vier acompanhado de uma dieta saudável. Se o sujeito malhar bastante e depois comer mais do que o necessário não adianta absolutamente nada. Aí tanto faz se o exercício é aeróbio ou anaeróbio. O fato é que a musculação emagrece, dá mais disposição e aumenta o metabolismo. Na prática, quem faz musculação visando hipertrofia, quando usa atividade aeróbia antes da série, o faz a título de aquecimento. Só uns cinco a dez minutos. Muitos, preferem fazer esse aquecimento com a própria atividade recorrendo ao recurso de uma série mais leve acompanhado por um alongamento básico dos grupos musculares a serem trabalhados deixando a parte aeróbia para depois da musculação. Nesse caso, além dos objetivos citados, ajuda a remover o lixo metabólico anaeróbio. Se por um lado existe pouca pesquisa provando essa tese, também não existe registros com suporte suficiente condenando essa prática. De modo geral é a ciência que quase sempre corrobora a sabedoria popular. Daqui há algum tempo, quem sabe? Referências: 1) link quebrado 2) Fleck Steven J.- Fundamentos do Treinamento de Força Muscular - 2ª edição - Porto Alegre - R.S. - Editora Artes Médicas Sul Ltda. - 1999. 3) ZATSIORSKY, Vladimir M. - Ciência e Prática do Treinamento de Força - São Paulo - S.P. - Phorte Editora Ltda, 1999. 4) http://www.cdof.com.br/consult15.htm
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