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Além do peso e do IMC A busca por um corpo "definido", "tonificado" ou simplesmente "saudável" é um objetivo comum. Frequentemente, essa busca se traduz em números na balança ou no cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). No entanto, essas métricas populares, embora úteis em certos contextos, não contam a história completa. O verdadeiro protagonista na avaliação da nossa composição corporal, tanto para a saúde quanto para a estética, é o percentual de gordura corporal (%GC), também conhecido internacionalmente como Body Fat Percentage (BF%). Mas existe muita confusão sobre o que esse número realmente significa. Nesta matéria vamos desmistificar o %GC. Você aprenderá: O que exatamente ele representa? Quais os tipos de gordura no nosso corpo? Por que o %GC é uma métrica superior ao peso e ao IMC para avaliar sua saúde e composição corporal real? Quais as limitações do peso na balança e do IMC? O objetivo é fornecer informações confiáveis e baseadas em evidências para que você entenda melhor sua própria composição corporal. Vamos começar! Afinal, o que é percentual de gordura corporal (%GC)? Para navegar no mundo da saúde e do fitness, entender o %GC é fundamental. Definição simples e composição corporal O Percentual de Gordura Corporal (%GC) representa qual proporção do seu peso total é composta por tecido adiposo (gordura). Ele é calculado como a massa total de gordura dividida pela massa corporal total, multiplicada por 100. Avaliar a composição corporal significa entender quanto do seu peso vem da massa gorda (gordura) versus a massa livre de gordura (MLG), que inclui músculos, ossos, órgãos, água e outros tecidos. Saber seu %GC dá uma visão muito mais precisa da sua saúde e condicionamento do que apenas o peso ou o IMC. Tipos de gordura no corpo Nosso corpo possui diferentes tipos de gordura, cada um com sua função essencial. Primeiramente, temos a gordura essencial, que é o mínimo necessário para funções vitais. Ela está presente nos nervos, cérebro, medula óssea e órgãos, sendo crucial para a regulação hormonal e funções reprodutivas. É importante notar que mulheres necessitam de uma porcentagem maior de gordura essencial (cerca de 10-13% segundo o American Council on Exercise - ACE) do que homens (cerca de 2-5%), devido às demandas específicas do corpo feminino. Reduzir a gordura corporal abaixo desses níveis essenciais é perigoso e compromete gravemente a saúde. Além da gordura essencial, temos a gordura de armazenamento. Esta funciona como nossa reserva de energia, além de fornecer isolamento térmico e proteger os órgãos internos contra choques. A gordura de armazenamento se divide principalmente em dois tipos: a gordura subcutânea, localizada logo abaixo da pele (aquela que conseguimos "beliscar"), que compõe a maior parte do armazenamento e influencia nossa aparência; e a gordura visceral, que se acumula profundamente na cavidade abdominal, envolvendo órgãos vitais como fígado e pâncreas. Embora o excesso de gordura subcutânea não seja ideal, a gordura visceral é considerada metabolicamente mais ativa e perigosa, sendo um fator de risco significativo para diversas doenças crônicas. Portanto, entender essa estrutura é crucial. A meta não é eliminar toda a gordura, mas sim preservar a essencial, controlar a de armazenamento e, principalmente, minimizar a gordura visceral. Nomes e siglas comuns Você pode encontrar essa métrica sendo referida como: %GC: Percentual de Gordura Corporal. BF%: Body Fat Percentage (sigla internacional comum). IMG: Índice de Massa Gorda. Apesar das siglas diferentes, todas se referem à porcentagem de gordura no corpo. A Importância do %GC em diferentes contextos Monitorar e entender seu %GC é importante por várias razões interligadas, que vão além da simples perda de peso. A importância do percentual de gordura se manifesta em diversas áreas: Para a saúde: o %GC é um indicador de saúde mais robusto que o peso ou o IMC. Níveis elevados de gordura corporal, particularmente a gordura visceral, estão fortemente associados a um risco aumentado de doenças crônicas graves, impactando diretamente a saúde cardiovascular (risco de infarto, AVC), além de aumentar chances de desenvolver diabetes tipo 2, hipertensão arterial e síndrome metabólica. Isso ocorre porque o tecido adiposo em excesso libera substâncias inflamatórias. Por outro lado, um %GC excessivamente baixo também acarreta riscos significativos (desequilíbrios hormonais, baixa imunidade, fadiga). Manter o %GC numa faixa saudável é, portanto, vital. Para o desempenho atlético: para atletas, a composição corporal é um fator determinante. Em muitos esportes, um menor %GC pode ser vantajoso, melhorando a relação potência-peso e a eficiência. Contudo, a massa muscular é igualmente crucial. O %GC ideal varia enormemente dependendo do esporte. Uma ênfase excessiva na redução do %GC pode levar a práticas prejudiciais e à condição RED-S, comprometendo saúde e desempenho. Para a estética: o %GC desempenha um papel central na aparência física "definida". A visibilidade da musculatura depende diretamente da espessura da camada de gordura subcutânea que a cobre. Quanto menor o %GC, mais aparentes se tornam os músculos. Reconhecer que a faixa ideal de %GC difere para saúde, performance e estética é fundamental para uma abordagem equilibrada. %GC vs. IMC vs. peso: entendendo as diferenças fundamentais No universo da avaliação corporal, três métricas frequentemente surgem: o peso na balança, o Índice de Massa Corporal (IMC) e o Percentual de Gordura Corporal (%GC). Entender a diferença entre IMC e percentual de gordura, assim como suas vantagens e desvantagens sobre o peso na balança, é crucial. Peso na balança: simples, mas superficial O peso indica apenas a massa total. Sua principal limitação é não diferenciar os componentes dessa massa: músculo, gordura, ossos, água, etc. Por que o peso na balança não mostra a composição corporal? Porque você pode perder gordura e ganhar músculo, melhorando sua composição corporal, mas a balança pode não refletir esse progresso positivo. Flutuações diárias também mascaram mudanças reais na gordura. IMC: uma ferramenta de triagem com falhas individuais O IMC (Índice de Massa Corporal) é uma medida calculada que relaciona o peso de uma pessoa à sua altura, usando a fórmula: IMC = peso (kg) / altura (m)². É útil para triagem populacional, mas falho individualmente. Ele não mede gordura diretamente e, crucialmente, não diferencia massa gorda de magra. É aqui que entendemos por que o IMC pode enganar atletas ou indivíduos musculosos: eles podem ser classificados como "sobrepeso" ou "obesidade" pelo IMC mesmo tendo baixo %GC, pois o índice não reconhece a massa muscular. Além disso, o IMC não indica onde a gordura está localizada (a localização visceral é mais perigosa) e pode gerar o diagnóstico equivocado de "falso magro" em pessoas com peso normal mas alto %GC e baixa musculatura, mascarando riscos metabólicos. Fica claro por que o IMC não é suficiente para avaliar a saúde de forma isolada. %GC: a visão mais clara da sua composição corporal Reafirmando, o %GC mede diretamente a proporção da massa corporal total que é composta por gordura. As vantagens do percentual de gordura sobre o peso na balança e o IMC são claras para avaliações individuais: ele quantifica a adiposidade real, reflete mudanças verdadeiras na composição corporal (gordura vs. músculo), é um melhor indicador de risco metabólico e alinha-se com metas estéticas. Especialistas o consideram uma métrica superior para avaliações personalizadas de saúde e fitness. Qual métrica usar e quando? A visão integrada A abordagem mais completa envolve usar as métricas em conjunto, entendendo o papel de cada uma. Use o peso na balança para monitoramento frequente de tendências gerais (semanalmente), ciente das flutuações. Utilize o IMC como uma ferramenta inicial de triagem de risco populacional, interpretando o resultado individual com cautela. E use o %GC para uma avaliação precisa da composição corporal, acompanhamento de mudanças reais, avaliação de risco e metas estéticas. Como interpretar o percentual de gordura corporal em conjunto com as outras métricas? Veja os exemplos: Peso estável + %GC diminuindo = Provável recomposição corporal (ótimo!). Peso diminuindo + %GC estável ou aumentando = Possível perda de músculo (alerta!). Peso aumentando + %GC aumentando = Ganho de gordura. Peso aumentando + %GC diminuindo = Provável ganho de músculo (bom para hipertrofia). IMC "normal" + %GC elevado = "Falso magro" (focar em melhorar a composição). Conclusão Nesta matéria, desvendamos o que é percentual de gordura corporal, por que ele é tão importante e quais as diferenças cruciais entre %GC, IMC e peso. Entender essas bases é o primeiro passo para uma jornada mais informada sobre sua saúde e composição corporal. Fontes de consulta Body fat percentage - Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Body_fat_percentage. Acesso em 26 de abr. de 2025. Body Fat Percentage: Understanding and Measuring Body Fat | Withings. Disponível em: https://www.withings.com/us/en/health-insights/about-body-fat. Acesso em 26 de abr. de 2025. 9.3 Body Composition - Nutrition and Physical Fitness. Disponível em: https://pressbooks.calstate.edu/nutritionandfitness/chapter/9-3-body-composition/. Acesso em 26 de abr. de 2025. BODY COMPOSITION. Disponível em: https://co.ng.mil/Portals/25/H2F/Body%20Composition.pdf. Acesso em 26 de abr. de 2025. Body Composition | UC Davis Sports Medicine UC Davis Health. Disponível em: https://health.ucdavis.edu/sports-medicine/resources/body-fat. Acesso em 26 de abr. de 2025. Normal Weight Obesity: How to Manage a 'Skinny Fat' Body Composition - NASM Blog. Disponível em: https://blog.nasm.org/skinny-fat. Acesso em 26 de abr. de 2025. BMI vs. Body Fat Percentage: What's the Difference?. Disponível em: https://primarypreventioncenter.com/body-fat-percentage. Acesso em 26 de abr. de 2025. O que significa a sigla "bf" usada nas academias. Disponível em: https://maisenergiaesaude.com.br/edfisica/significado-sigla-bf-academia/. Acesso em 26 de abr. de 2025. Risks of Too Little and Too Much Body Fat - Nutrition: Science and .... Disponível em: https://openoregon.pressbooks.pub/nutritionscience2e/chapter/unknown-3/. Acesso em 26 de abr. de 2025. Adipose Tissue (Body Fat): Anatomy & Function - Cleveland Clinic. Disponível em: https://my.clevelandclinic.org/health/body/24052-adipose-tissue-body-fat. Acesso em 26 de abr. de 2025. A Guide To Achieving a Healthy Body Fat Percentage | InBody USA. Disponível em: https://inbodyusa.com/blogs/inbodyblog/your-body-and-you-a-guide-to-body-fat/. Acesso em 26 de abr. de 2025. ACE Body Composition Percentage Chart - TomTom. Disponível em: http://download.tomtom.com/open/manuals/band/html/en-us/ACEBodyCompositionPercentageChart-Ibiza.htm. Acesso em 26 de abr. de 2025. Ideal Body Fat Percentage: For Men and Women - Healthline. Disponível em: https://www.healthline.com/health/exercise-fitness/ideal-body-fat-percentage. Acesso em 26 de abr. de 2025. Body Fat Percentage: Calculation, Age and Gender Chart - MedicineNet. Disponível em: https://www.medicinenet.com/what_should_your_body_fat_percentage_be/article.htm. Acesso em 26 de abr. de 2025. Ideal Body Fat Percentage For People Assigned Male At Birth - Klarity Health Library. Disponível em: https://my.klarity.health/ideal-body-fat-percentage-for-people-assigned-male-at-birth/. Acesso em 26 de abr. de 2025. What Body Fat Percentages Actually Look Like - Kubex Fitness. Disponível em: https://kubexfitness.com/blog/body-fat-percentages-actually-look-like/. Acesso em 26 de abr. de 2025. Body Fat Percentage Averages for Men & Women (Very Well Health .... Disponível em: https://www.acefitness.org/about-ace/press-room/in-the-news/8602/body-fat-percentage-charting-averages-in-men-and-women-very-well-health/. Acesso em 26 de abr. de 2025. Best practice recommendations for body composition considerations .... Disponível em: https://bjsm.bmj.com/content/57/17/1148. Acesso em 26 de abr. de 2025. Body composition: What are athletes made of? - NCAA.org. Disponível em: https://www.ncaa.org/sports/2015/5/21/body-composition-what-are-athletes-made-of.aspx. Acesso em 26 de abr. de 2025. Subcutaneous adipose tissue & visceral adipose tissue - PMC. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6702693/. Acesso em 26 de abr. de 2025. Body Fat - The Nutrition Source. Disponível em: https://nutritionsource.hsph.harvard.edu/healthy-weight/measuring-fat/. Acesso em 26 de abr. de 2025. What is Skinny Fat? (And How to Tell if You Are) - InBody USA. Disponível em: https://inbodyusa.com/blogs/inbodyblog/how-to-tell-if-youre-skinny-fat-and-what-to-do-if-you-are/. Acesso em 26 de abr. de 2025. Percentual de gordura corporal: como calcular (e como diminuir) - Tua Saúde. Disponível em: https://www.tuasaude.com/gordura-corporal-ideal/. Acesso em 26 de abr. de 2025. BMI Not Always a Good Indicator of Metabolic Health, Study Shows. Disponível em: https://www.health.com/bmi-vs-body-fat-percentage-8424360. Acesso em 26 de abr. de 2025. Body fat percentage vs. BMI - Which is important? | BCM. Disponível em: https://www.bcm.edu/news/body-fat-percentage-vs-bmi-which-is-important. Acesso em 26 de abr. de 2025. Percentual de gordura: 5 mitos e verdades que você não imaginava. Disponível em: https://www.unimedfortaleza.com.br/blog/cuidar-de-voce/percentual-de-gordura-mitos-e-verdades. Acesso em 26 de abr. de 2025. Falso magro: entenda por que peso não mensura saúde - Forbes. Disponível em: https://forbes.com.br/forbessaude/2023/06/eduardo-rauen-falso-magro/. Acesso em 26 de abr. de 2025. The Best Ways to Get Abs (With or Without a Six-Pack) - Healthline. Disponível em: https://www.healthline.com/nutrition/best-ways-to-get-abs. Acesso em 26 de abr. de 2025. Você sabe o percentual de gordura ideal para o corpo? Saiba aqui! - Epulari. Disponível em: https://www.useepulari.com.br/blog/percentual-de-gordura-ideal. Acesso em 26 de abr. de 2025. Open-access Avaliação da composição corporal pela densitometria de corpo inteiro: o que os radiologistas precisam saber - SciELO. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/xCP7kTVvddp4Qr9FG9PD8CN/?lang=pt. Acesso em 26 de abr. de 2025. Sebenta composição corporal - Sigarra. Disponível em: https://sigarra.up.pt/fadeup/pt/conteudos_service.conteudos_cont?pct_id=42280&pv_cod=1712qaTawyc8. Acesso em 26 de abr. de 2025. IMC: Por que a fórmula não é suficiente para determinar quadro .... Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/alimentacao/imc-por-que-a-formula-nao-e-suficiente-para-determinar-quadro-nutricional/. Acesso em 26 de abr. de 2025. Composição corporal por densitometria: princípios e aplicação clínica - Fleury. Disponível em: https://www.fleury.com.br/medico/artigos-cientificos/composicao-corporal-por-densitometria-principios-e-aplicacao-clinica. Acesso em 26 de abr. de 2025. Advantages And Disadvantages Of Different Types Of Scales: Body Composition Scales Vs. Bathroom Scales | Kinetik Wellbeing. Disponível em: https://www.kinetikwellbeing.com/advantages-disadvantages-different-scales-body-composition-scales/. Acesso em 26 de abr. de 2025. About Body Mass Index (BMI) | BMI | CDC. Disponível em: https://www.cdc.gov/bmi/about/index.html. Acesso em 26 de abr. de 2025. BMI Frequently Asked Questions | BMI | CDC. Disponível em: https://www.cdc.gov/bmi/faq/index.html. Acesso em 26 de abr. de 2025. IMC: você sabe calcular seu peso adequado? - Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-ter-peso-saudavel/noticias/2017/imc-voce-sabe-calcular-seu-peso-adequado. Acesso em 26 de abr. de 2025. INDICADORES DE SAÚDE -SISVAN - DataSUS. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/SISVAN/CNV/notas_sisvan.html. Acesso em 26 de abr. de 2025. sigarra.up.pt. Disponível em: https://sigarra.up.pt/fadeup/pt/conteudos_service.conteudos_cont?pct_id=42280&pv_cod=34aaXairaa2f. Acesso em 26 de abr. de 2025. O que vale mais para você? BF, IMC ou peso na balança? Compartilhe nos comentários.
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ectomorfo Dieta para Ganho de Peso e Massa Muscular (específico) - urgente
um tópico no fórum postou Warmonger Tópicos sobre nutrição
Gostaria de sugestões de dietas com ótima relação de custo-beneficio para ganho de peso & massa muscular/magra. Por favor, incluam esses alimentos nutritivos (e fáceis de serem encontrados):😁 - Batata-doce rosa - Mandioca (também conhecida como macaxeira ou aipim) - Barra de Whey Protein Informações importantes: Idade: 26 Sexo: Masculino Peso: 62.2kg Altura: 1,84m Biotipo Corporal: Ectomorfo Metabolismo: Acelerado IMC (Índice de Massa Corporal): 18.37 (levemente abaixo do peso) GCT (Casto Calórico Total): 2518kcal TMB (Taxa Metabólica Basal): 1629kcal Objetivo: sair de 62,2kg pra 80~85kg.- 1 resposta
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Um erro grotesco cada vez mais crescente e alarmante ao se medir resultados ou traçar metas é tomar por base os quilos que você ve na balança. A balança está longe de ser o melhor parâmetro para medições de resultados. Quer um exemplo simples? Jay Cutler, um dos maiores fisiculturistas do mundo pesa cerca de 125kg em competição, e isso com apenas cerca de 4 , 5% de gordura corporal. Enquanto isso, um senhor obeso qualquer no mundo, tem o mesmo peso que Jay Cutler, porém com mais de 30% de gordura corporal. O espelho não mente, a balança sim. De que adianta voce se enganar feliz por ter perdido 10 kg, se estes foram de massa muscular e na frente do espelho você ainda tem uma aparencia flácida e gorda? Ou de que adianta voce se vangloriar por ter ganhado 10kg se estes foram de pura banha? Acompanhe sempre a relação de seu IMC com seu BF, e trace metas reais, em cima disso, e tome cuidado com a empolgação da balança, pois ela passa na verdade uma falsa informação do que a realidade mostra. Bons treinos!
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Caros leitores, hoje pretendo fazer um alerta sobre uma medida de avaliação que a maioria de vocês deve conhecer. Trata-se do IMC, o índice de massa corpórea, aplicado por nutricionistas e, mais recentemente, até mesmo por médicos, para avaliar a saúde do paciente em termos de peso ideal. O IMC é calculado dividindo-se o peso pela altura ao quadrado. Sugere-se, então, que o resultado deste cálculo indique se o paciente está acima, abaixou ou dentro da faixa de peso adequada para sua altura. Mais que isto, o IMC parece mostrar qual o grau de baixo peso ou obesidade do paciente, se este for constatado e, ainda, que riscos esta alteração de peso ideal pode trazer à saúde do indivíduo. Na figura abaixo, apresentam-se as possíveis faixas de IMC e a situação de saúde a que cada uma delas se associa conforme Lambert Quételet, que desenvolveu estes cálculos no fim do século XIX. Um exemplo de cálculo de IMC seguido pela avaliação rápida do resultado é dado a seguir: A rapidez e a praticidade do procedimento de cálculo do IMC são inquestionáveis. Enquanto outros métodos de avaliação mais complexos costumam exigir horas de trabalho e recursos financeiros claramente inacessíveis à maioria dos segmentos da população, o índice de massa corpórea leva minutos para ser estipulado e exige apenas uma calculadora. Hoje em dia, vejo médicos e empresas de alimentos fornecendo aos seus clientes um círculo de papel contendo, ao seu redor, todas as faixas de altura e peso existentes numa população. Associados através de uma seta ajustada no interior do círculo, eles fornecem imediatamente o IMC do paciente, o que elimina, por sua vez, a necessidade de cálculo. Tanta facilidade desperta o fascínio de muitos. Seria prático e maravilhoso mexer numa setinha de um círculo de papel e, em questão de segundos, informar-se a respeito da sua própria situação de saúde, sendo alertado pelas aparentemente “bem-intencionadas” indústrias de alimentos e profissionais de saúde, mais uma vez, aparentemente “bem-intencionados” quando se trata dos riscos gerados pelo baixo peso ou pelo seu excesso. Antes de mais nada, porém, friso a importância de tomarmos consciência de que, no procedimento de avaliação corporal de um indivíduo, todo e qualquer método aplicado apresenta falhas e desvios, desde o IMC, o mais barato e simples de todos, até os mais complexos e caros. A complexidade de um método de avaliação pode aumentar a precisão dos resultados e garantir, desta forma, que o diagnóstico seja aplicado da melhor forma possível, e é nisto que muitos nutricionistas trabalharam durante anos a fim de proporcionar segurança no tratamento dos seus pacientes. O IMC, por sua vez, ao promover comodidade, elimina também as chances de exatidão do resultado final, o que prejudica sua firmeza na questão da precisão e distorce facilmente o diagnóstico. E como isto ocorre? A base para a ausência de fidedignidade do IMC estabelece-se no fato de que ele usa como dado principal o peso do indivíduo, eliminando o dado “composição corporal”. Isto significa que se uma pessoa, por exemplo, é diagnosticada pelo IMC como saudável (estando na faixa entre 18,5 a 24,9 pontos) e tem alto índice de gordura, compensado no peso pelo baixo índice de massa magra, ela ainda assim será uma pessoa com má composição corporal identificada como saudável, o que, por sua vez, impossibilita a intervenção do profissional na orientação de controle alimentar e prática de atividade física como tentativa de modificar os percentuais de gordura e massa muscular do indivíduo, tornando-o uma pessoa menos susceptível, em longo prazo, à incidência de doenças metabólicas. Este é só o começo da lista de argumentos que coloca definitivamente o IMC na lista de métodos de avaliação física ultrapassados. Ele é tão falho que ultimamente tem sido eliminado da rotina de avaliação de nutricionistas, pois, segundo eles, é apenas “perda de tempo” em meio a tantos caminhos novos e eficazes de avaliação. Médicos e empresas de alimentos ainda divulgam em massa o método do IMC. Por trás disto, não existe apenas ignorância científica, mas também interesses ligados à facilidade com a qual se pode convencer uma pessoa de que ela não precisa de tratamento nutricional, mas apenas medicamentoso. Além do mais, pessoas referidas como portadoras de sobrepeso são o alvo das indústrias alimentícias, frequentemente afinadas com a venda de produtos light e com a divulgação da imagem da magreza como verdade oficial. A Revista Pública de Saúde publicou, em 1992, uma importante pesquisa relacionando os valores de IMC ao risco relativo do desenvolvimento de tuberculose, cânceres, diabetes de AVC. Para tal, uma amostra da população norueguesa foi acompanhada durante dez anos e registrou-se o IMC de cada indivíduo em determinada época, acompanhado do registro do estado de saúde do mesmo. Com isto, foi possível fazer uma associação registrada no gráfico abaixo. Note que, para a surpresa dos fiéis seguidores da prática do cálculo do IMC, o risco de desenvolvimento de doenças graves foi especialmente encontrado em indivíduos com IMC inferior a 22, dobrando nos casos em que o IMC era inferior a 18. O peso ideal, livre de complicações, foi dado pelo estudo como aquele que fornecesse, através do cálculo do IMC, a faixa entre 22 e 33 pontos, considerada “sobrepeso” pelos padrões comumente divulgados. Este fato indica, mais uma vez, a necessidade de marketing alimentício refletido na venda da informação de que o peso saudável relaciona-se com IMC inferior a 25. Para concluir, enfatizo a importância de tomar como base dados pessoais como a qualidade da dieta e a freqüência de atividade física do indivíduo para o diagnóstico da saúde do mesmo. O “peso ideal” é completamente independente do IMC e pode ser facilmente determinado pela faixa de peso que o paciente mantém com facilidade em estado de saúde e bem-estar, alimentando-se adequadamente e exercitando se conforme recomendação profissional. Bibliografia consultada: Anjos, L. A. Índice de massa corporal (massa corporal.estatura-2) como indicador do estado nutricional de adultos: revisão da literatura. São Paulo, 1992.
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