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Dr. Clayton Neves Camargos

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Novato

Novato (1/14)

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Reputação

  1. 1. Quais os ingredientes dessa bebida e que reações cada um deles provoca no organismo? De maneira geral consistem em uma mistura de carboidratos (aproximadamente 11g/dl), taurina (aproximadamente 400mg/dl), cafeína (aproximadamente 32mg/dl), glucoronolactona (aproximadamente 240mg/dl) e vitaminas do Complexo B (100% da ingestão diária recomendada). Os carboidratos: um mix de associação que pode conter frutose, maltodextrina e sacarose, por exemplo. Podem oferecer energia para o organismo, e conseqüentemente tornam-se aliados potentes contra quadros de hipoglicemia. Por outro lado, essas bebidas portam concentrações razoáveis de açúcares simples, o que inclusive pode trazer prejuízos para portadores de sobrepeso, obesidade, diabetes tipo I e II ou mesmo àqueles que estão em tratamento de dietas em restrições calóricas. A taurina: no sistema nervoso está associada à osmorregulação, antioxidação, detoxificação e estímulo da glicólise e glicogênese. No fígado, a taurina conjuga-se com ampla variedade de produtos tóxicos como metabólitos de medicamentos e xenobióticos, permitindo que estas toxinas sejam rapidamente excretadas pelo organismo, ou seja, um efeito desintoxicante. A cafeína: prolonga e intensifica o estado ativo das fibras musculares, aumentando sua força e freqüência de contração, resultando aumento do rendimento cardíaco. A glucoronalactona: essencial para a desintoxicação metabólica, por meio da associação hepática, que são excretados na urina. As vitaminas do Complexo B: ocorre a associação de cinco vitaminas, são elas: niacina, piridoxina, cianocobalamina, riboflavina e ácido pantotênico. Auxiliam à oferta de micronutrientes frente à ingestão diária recomendada. 2. Que tipo de benefícios ela pode trazer? Em estudos científicos com essas substâncias observou-se efeito positivo na resposta hormonal, e conseqüente melhoria no desempenho e tempo de exercício. Além disso, tanto os batimentos cardíacos e as concentrações de hormônios catabólicos foram mais baixos, sendo estes efeitos os prováveis responsáveis pela resistência prolongada, sobretudo em atletas praticantes de modalidades esportivas de endurance. 3. O consumo em excesso pode resultar em conseqüências negativas? Por quê? Sim, por conta da sobrecarga renal e hepática, bem como elevação da pressão arterial, e em situações mais graves picos hipertensivos, desidratação, arritimias cardíacas e até mesmo infarto agudo do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais. 4. A combinação de energéticos com álcool é nociva? Pode vir a provocar dependência de álcool? Claro, pois apesar da recomendação dos fabricantes de não se associar álcool às bebidas energéticas é muito comum observar essa prática por muitos jovens. E com o aumento dos níveis de álcool no sangue dispara-se o efeito depressor do sistema nervoso central e o processo de intoxicação alcoólica. Em doses muito elevadas a intoxicação é grave podendo ocorrer anestesia, coma, diminuição de reflexos, paralisia respiratória e inclusive a morte. Por sua vez, o aumento dos efeitos estimulantes produzidos pelas bebidas energéticas pode fazer com que o indivíduo superestime a sua capacidade de desenvolver atividades, como dirigir, por exemplo, e assim aumentar o risco de se envolver em acidentes.
  2. A suplementação esportiva na última década adquiriu uma maior profissionalização, em especial por conta dos novos investimentos em pesquisa, ciência e tecnologia. Nessa direção: Observa-se uma recente oportunidade para a personalização de compostos dirigidos às necessidades dos praticantes de atividades físicas. Ou seja: A prescrição de formulações para manipulação em farmácias especializadas é uma realidade positiva. Como isso ocorre? O profissional prescritor baseado nos objetivos, sexo, idade, composição corporal, tipo/intensidade de atividade física e dieta fará a prescrição de formulações com ativos para a finalidade de cada indivíduo. Quem pode prescrever? Exclusivamente médicos e/ou nutricionistas. Mas cabe ressaltar que não é todo profissional médico e nutricionista que estão capacitados à prescrição desses produtos; considerando que é necessário ao menos uma especialização, formação complementar ou expertise que habilite o profissional prescritor para essa prática. Como são esses produtos? Os compostos manipulados podem ter diversas apresentações, destacam-se: cápsulas, comprimidos, pastilhas sublinguais, sprays orais, cremes com passagem transdérmica, saches em base shake e dispersíveis, chás ou infusões, chocolates, gomas, dentre outros. Essas tecnologias partem do princípio da nutracêutica: ciência que produz a formulação de carboidratos, proteínas, lipídeos, aminoácidos isolados, minerais, vitaminas e fitoterápicos com finalidade farmacêutica. Quais as vantagens? Sobretudo, ocorre a possibilidade de se montar formulações com vários ativos diferentes para uma única finalidade, potencializando assim o alcance dos resultados. Em exemplo: formulação em sache anticatabólico (pré-treino), onde se pode incluir arginina, ornitina, l-glutamina, caseína, creatina, bicarbonato de sódio, cloreto de potássio e maltodextrina. A funcionalidade principal está na possibilidade de se utilizar diversos ativos em uma mesma composição sem a necessidade de adquirir vários produtos diferentes, fazer a dose de cada um e depois proceder à mistura. E o custo? Os ativos, especialmente os de procedência e qualidade confiáveis são na sua maioria importados, o que encarece o produto ao consumidor. Ademais, cabe ainda ressaltar que as tecnologias empregadas pelas farmácias de manipulação também são sofisticadas o que pode repercutir no valor do produto final. É confiável? Sim, mas é sempre importante considerar se a farmácia detém know how na área esportiva, se o profissional prescritor referencia o estabelecimento e se os profissionais farmacêuticos que lá prestam assistência possuem conhecimento sobre o assunto, além disso vale questionar a procedência dos produtos e exigir ativos que detenham selos de qualidade. De toda sorte, essa é uma tecnologia recente e, de fato, apenas sob a prescrição de profissionais capacitados os resultados acontecerão na medida da expectativa de cada paciente. Abraços cordiais!
  3. Um questionamento corriqueiro que me deparo na prática clínica é se a proteína isolada do soro do leite (Whey Protein) repercute no aparecimento de acne. Pois bem: o consumo isolado dessa proteína, per si, não é um produtor desse tipo de lesão dérmica. Entretanto, sabe-se que as atividades de força e hipertrofia potencializam a secreção do hormônio testosterona, e um dos primeiros efeitos colaterais do aumento de sua produção é a acne. Esse hormônio leva à hipertrofia das glândulas sebáceas com aumento de sua liberação e proliferação de bactérias causadoras da afecção da pele. Por sua vez, a proteína do soro do leite pode agravar esse efeito colateral dos hormônios masculinos, pois é portadora de um importante efeito estimulante do hormônio insulina e um efeito sinérgico à testosterona, provocando acne. E, muitas vezes, além de associar a Whey Protein ao treino de hipertrofia, ocorre ainda a combinação com dietas hiperprotéicas: certamente a chance de aparecimento de lesões acnéicas poderá ser aumentada. De toda sorte, como já dito anteriormente, não ocorrem estudos que validem cientificamente o consumo isolado da Whey Protein à caracterização de acne. No entanto, cada organismo se comporta de uma maneira, e é importante que o consumo dessas substâncias seja feito sob supervisão profissional. E caso o prescritor (nutricionista ou nutrólogo) observe o aparecimento dessas lesões poderá tomar condutas corretivas, que poderão incluir: realização de exames laboratoriais correspondentes, correção da posologia, suspensão do suplemento e encaminhamento para avaliação de um profissional dermatologista.
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