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Deca-Durabolin® e problemas articulares: o que você precisa saber O Deca-Durabolin® (decanoato de nandrolona) é amplamente conhecido como um dos esteroides anabólicos androgênicos mais utilizados, tanto no meio esportivo quanto em alguns contextos médicos. Mas será que ele é eficaz para tratar problemas articulares, como inflamações ou degenerações? O Dr. Cláudio Guimarães, médico urologista, andrologista e especialista em medicina esportiva, abordou essa questão em detalhes. Vamos explorar os principais pontos discutidos por ele. O que é o Deca-Durabolin®? O Deca-Durabolin® é a forma comercial do decanoato de nandrolona, um esteroide anabólico derivado da 19-nortestosterona. Ele passa por uma modificação no carbono 19 da molécula de testosterona, o que aumenta sua potência anabólica (capacidade de promover o crescimento muscular e a densidade óssea) e reduz seus efeitos androgênicos(responsáveis por oleosidade da pele, acne, agressividade, entre outros). Além do decanoato, outra forma encontrada no mercado é o fenilpropionato de nandrolona (NPP), que tem o mesmo composto ativo, mas com uma liberação mais rápida no organismo. Principais usos clínicos Embora o uso do Deca-Durabolin® seja mais popular no meio esportivo, ele possui aplicações clínicas reconhecidas, como: Mulheres menopausadas: para tratar sarcopenia (perda de massa muscular), osteopenia e osteoporose. Pós-operatório: auxilia na recuperação de massa muscular após cirurgias de grande porte. Pacientes com insuficiência renal crônica: estudos mostram sua eficácia na reversão da perda de massa muscular nesses pacientes. Caquexia: ajuda em casos de perda severa de massa muscular, comum em pacientes com neoplasias ou outras condições crônicas debilitantes. Deca-Durabolin® e problemas articulares A grande questão levantada por muitos usuários é se o Deca-Durabolin® pode substituir medicamentos como anti-inflamatórios para tratar dores ou inflamações nas articulações. O Dr. Cláudio Guimarães explica que, embora o Deca tenha algumas características que podem beneficiar as articulações, não é a melhor escolha para tratar diretamente condições articulares. Efeitos potenciais na articulação 1. Aumento da musculatura ao redor da articulação: O Deca promove o ganho de massa muscular, o que pode indiretamente proteger as articulações, fornecendo suporte estrutural. 2. Hidratação do tecido conjuntivo: Ele pode agir em receptores progestagênios e aumentar a aromatização (produção de estradiol ou progesterona), hidratando as articulações e melhorando o tecido conjuntivo periarticular. 3. Efeito glicocorticoide-like: Essa interação pode levar a retenção hídrica e melhorar temporariamente o líquido sinovial e os tecidos ao redor das articulações. Limitações Apesar dessas possíveis ações, os estudos disponíveis são insuficientes: Poucos estudos relevantes: pesquisas são rasas, com poucos participantes e sem conclusões sólidas sobre benefícios diretos nas articulações. Não é um substituto de anti-inflamatórios: medicamentos como nimesulida ou corticoides são mais eficazes para tratar dores articulares. Riscos e uso indevido Um erro comum é o uso do Deca para tratar efeitos colaterais de outros esteroides, como o ressecamento articular causado pelo Stanozolol. Isso é considerado uma extrapolação de conceitos e pode ser prejudicial à saúde. Além disso, o Deca Durabolin pode: Inibir o eixo hormonal: a nandrolona tem maior impacto na supressão do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal do que a testosterona. Causar queda de libido: isso ocorre porque a molécula é menos androgênica, embora a reação varie entre os indivíduos. Aumentar retenção hídrica: embora possa ser visto como benefício para hidratação articular, essa retenção pode ser indesejável para muitos usuários. Quando o Deca-Durabolin® pode ser considerado? O Deca pode ser uma opção em casos específicos, mas somente sob orientação médica, como: Mulheres na menopausa com perda de densidade óssea. Pacientes com doenças crônicas que causam perda severa de massa muscular. Porém, não deve ser usado como tratamento primário para dores articulares ou inflamações. Orientação final O Dr. Cláudio Guimarães enfatiza que qualquer problema articular deve ser avaliado por um especialista, como um ortopedista ou reumatologista. Esses profissionais poderão diagnosticar corretamente a causa do problema (inflamação, degeneração, infecção, etc.) e indicar o melhor tratamento. Esteroides anabólicos não são substitutos de medicamentos convencionais para tratar problemas articulares. Eles têm indicações específicas e devem ser usados com cautela, sempre com acompanhamento médico. Conclusão Embora o Deca Durabolin possa oferecer suporte indireto às articulações, seu uso para tratar problemas articulares é questionável e carece de evidências científicas robustas. Caso você esteja enfrentando dores ou inflamações nas articulações, procure orientação médica e evite automedicação. A saúde vem em primeiro lugar, e tratamentos eficazes começam com um diagnóstico correto! Siga @drclaudioguimaraes no Instagram. Fontes de consulta 1. GUIMARÃES, Cláudio. Entenda o impacto do deca durabolin nas articulações! Disponível em: <https://youtu.be/adaB4KvelQc>. Acesso em: 22 dez. 2024. Compartilhe nos comentários se você já fez uso de Deca-Durabolin® para tratar problemas articulares.
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Deca, Stanozolol e suas articulações Separando fatos da ficção Eu estive de certa forma amaldiçoado por certas questões desde que eu comecei a ler sobre esteroides uma década atras. Certas ideias nunca encaixaram bem comigo...e infelizmente, quando eu fiz mais perguntas, eu somente recebi respostas parecidas. Quando eu fui apresentado ao mundo dos grupos de esteroides da internet cerca de meia década atras, eu fiz as mesmas perguntas aos "poderosos" dos grupos que eu era membro. Eu recebi muitas das mesmas respostas, mas as minhas mensagens privadas e e-mails aos moderadores e os staffs em vários grupos pedindo referencias ou algum tipo de lógica foram todas deixadas sem resposta. As vezes eu era avisado de que "isso é bem conhecido...etc..." e dito para parar de perguntar. Bem conhecido pra quem? Certamente não é bem conhecido pra mim. Um dos mais irritantes "fatos bem conhecidos" é o que Decanoato de Nandrolona (Deca) melhora e suaviza suas articulações por reter água nelas. E, vice versa, Stanozolol tem um efeito "reverso osmótico" nas suas articulações, que faz elas doerem quando você o usa, porque ele extrai água do seu corpo, incluindo as articulações. Reverso Osmótico? Wow...se nós usamos palavras realmente grandes, talvez pareceremos espertos e as pessoas irão parar de fazer perguntas. Eu acredito que este seja o dito mais encontrado em grupos de esteroides anabolizantes ,e provavelmente como os staffs nesses grupos começam suas orações noturnas... Minha primeira pista para resolver esse mistério é que Stanozolol é um derivado de DHT, assim como Masteron, e eu tenho um amigo que teve problemas de articulação quando usava ambos eles. Um pouco de pesquisa revelou que muitas pessoas dividem essa aflição. E é bem obvio que muitas pessoas que usaram Deca encontraram um alívio em problemas crônicos de articulação e dor. Eu sei que Deca é um esteroide derivado 19-nor, e também sei que é uma progestina, e por isso pode estimular o receptor de progesterona (15) cerca de 20% bem como a progesterona. Eu também sei que ela aromatiza (converte em estrogênio) em um nível muito menor que testosterona (16). Será que a resposta de alguma forma se encontra nos níveis de estrogênio? Bem, Deca realmente não aromatiza tanto, então talvez tenha uma sinergia entre a estimulação de progesterona da Deca e seu baixo efeito estrogênico? Nós certamente sabemos que a depleção de Estrogênio pode diminuir a densidade mineral óssea e a reposição de estrogênio rapidamente restaura a perda óssea (18). Além disso, nós sabemos que estrogênio é auxiliado nisso pela progesterona, porém estrogênio é mais importante (19). Colágeno também melhoraria pela adição de estrogênio e progesterona (20). Mas isso é tudo? Por que suas juntas "sentem" melhor com deca? E onde isso nos leva, em termos de que Stanozolol e Masteron causar dor nas articulações? Eu sempre achei que tinha algo mais além disso. E eu acho que a resposta se encontra em DHT. Veja, a administração de DHT é documentada por diminuir os níveis de estrogênio através de uma variedade dos mecanismos no tecido periférico (1). DHT inibe diretamente atividade estrogênica nos tecidos, ou agindo como um competitivo antagonista no receptor de estrogênio ou diminuindo a ligação do receptor de estrogênio. De qualquer jeito, esses são dois mecanismos claros da possibilidade de ação no tecido periférico. DHT e seus metabolitos têm ainda demonstrado inibir aromatização, e esse é um possível mecanismo onde pode reduzir os níveis circulantes de estrogênio no seu corpo. De fato, DHT, androsterona, e 5alpha-androstandiona são todos potentes inibidores da formação de estrona por androstandiona. Finalmente, DHT age no HPT para diminuir a secreção de gonadotropinas (ela à inibe). De fato, é tão potente em reduzir estrogênio que o gel transdérmico DHT aplicado na área afetada tem sido usado para tratar ginecomastia (5)(6). Estrogênio é o culpado primário em gineco (8), contudo nós sabemos que progesterona pode ser sinergista com estrogênio nesse (e outros) aspecto(s). DHT também tem um efeito negativo nas células de biossíntese de Progesterona (7), e ainda tem a capacidade de inibir a elevação de progesterona causada pelo estrogênio (10). Portanto DHT seria (e é) muito efetivo em reduzir gineco porque ele reduz ambos estrogênio bem como a progesterona. Essa propriedade tem com esteróides derivados do DHT, em sua maior parte, desde que Masteron foi observado em alguns casos em ter efeitos positivos em reduzir tumores no tecido mamário(9), que é essencialmente o que ginecomastia é (embora benigno). Você continua comigo? Bom, porque eu quero que você guarde essa primeira ideia (DHT reduz estrogênio e progesterona), e ponha isso na parte de trás da sua mente enquanto você lê essa próxima parte, que é sobre seu sistema imunológico. Células T auxiliares 1 (TH1) secretam citosinas pró-inflamatórias bem como promove respostas imunes mediada por células, enquanto que as células TH2 desencadeiam produção de anticorpos (2). Hormônios sexuais (tal como progesterona) que promove o desenvolvimento de uma resposta de TH2 também aparece para antagonizar o aparecimento de células TH1. Por isso, quando os níveis de progesterona (ou o receptor de progesterona, PgR) forem estimulados, você terá mais citosinas anti-inflamatórias flutuando e menos citosinas pro-inflamatórias. Aspirina, Tylenol, e todos os anti-inflamatórios de balcão também são úteis como analgésicos. Os efeitos anti-inflamatórios estão altamente ligados com a atividade analgésica. O que acontece quando mulheres com artrite engravidam? Elas apresentam uma típica redução de dor nas articulações. Isso, eu afirmo, é devido ao aumento do estrogênio e progesterona durante a gravidez, e o efeito anti-inflamatório que eles geram. Progesterona, assim como testosterona, ambos estimulam a imunidade humoral, (o TH2) e suprimem a imunidade celular (resposta TH1). Logo, progesterona tem um efeito anti-inflamatório. Deca é uma progestina, que significa que ela estimula o receptor de progesterona. E é por isso que ela alivia dores articulares. Lembra daquela velha ideia de que Deca promove "retenção de água" nas articulações, e por isso ajuda na melhora de suas articulações? Besteira. Você acabou de ler o real motivo de deca ajudar nas articulações. Deca realmente funciona de dois modos como um andrógeno —que tem efeitos bem documentados nos corticoesteroides— e como uma progestina para reduzir inflamação. Vamos em frente.... Estrogênio exerce um conhecido efeito bifásico (duas fases). Em baixas quantidades, como um pró-inflamatório, porque ela estimula o braço de TH1 do sistema imune (imunidade celular) e inflamação. Em maior(es) quantidade(s), é na verdade um anti-inflamatório (2). Então quando alguém usa um anti-estrogênico muito forte (ou inibidor de aromatase), esse alguém perde água (porque estrogênio causa retenção hídrica) bem como sente dores nas articulações devido ao efeito pró-inflamatório gerado pelos baixos níveis de estrogênio. Letrozol, que reduz níveis de estrogênio no plasma sanguíneo devido a inibição de aromatase, é o melhor exemplo disso. Ele é famoso por causar dores nas articulações. Letrozol diminui ambos atividade da aromatase bem como (obviamente) níveis de estrogênio no plasma, em adição reduz níveis de progesterona (3). Por isso quando pessoas usam Letrozol, elas afirmam que ele "tira água de suas juntas" e faz eles sofrerem. Novamente, isso é uma total besteira. Baixando o estrogênio reduz a retenção de água, mas com a mesma importância ele também vai limitar a habilidade do seu corpo de produzir reações anti-inflamatórias mediados por estrogênio para a musculação. Você perde água e suas articulações doem, por isso há o mito de que quando você perde água nas articulações é a causa do desconforto. É verdade que você perde água subcutânea quando os níveis de estrogênio estão baixos, mas simplesmente não é verdade que perdendo essa água vai fazer suas articulações doerem. Nós também podemos afirmar que Testosterona pode ter algum efeito anti-inflamatório ambos pela sua aromatização em estrogênio tão bem como os efeitos nos corticoesteroides. Isso também, é bem documentado. Agora, vamos ver se podemos trazer de volta o trecho que eu pedi que você se lembrasse....o trecho onde eu te disse que DHT reduz estrogênio e progesterona. Até agora nós estabelecemos que a redução de ambos os hormônios (Estrogênio e Progesterona) são causados por DHT e derivados do DHT, que carregam muitas das mesmas propriedades e produzem metabolitos semelhantes. E essa redução no Estrogênio/Progesterona, causado pelo DHT, reduz a produção de citosinas anti-inflamatórias e analgésicas do seu corpo. E é isso que Stanozolol, Masteron, etc. fazem causando dor nas articulações. E como percebemos no começo desse artigo, quando alguém diminui estrogênio e progesterona, a densidade mineral óssea e o colágeno irão sofrer efeitos deletérios. Então nós temos finalmente uma explicação plausível para os efeitos contrastantes de Deca e Stanozolol sobre as articulações. Desconheço o autor do texto, caso alguém conheça, sinta-se a vontade pra deixar os devidos créditos. Referências 1. MacDonald PC, Madden JD, Brenner PF, Wilson JD, Siiteri PK 1979 Origin of estrogen in normal men and in women with testicular feminization. J Clin Endocrinol Metab 49:905–916 2. Science, Vol 283, Issue 5406, 1277-1278 , 26 February 1999 3. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2002 Nov 15;105(2):161-5. 4. J Clin Endocrinol Metab. 1995 Sep;80(9):2658-60. 5. Successful percutaneous dihydrotestosterone treatment of gynecomastia occurring during highly active antiretroviral therapy: four cases and a review of the literature. 6. Clin Infect Dis. 2001 Sep 15;33(6):891-3. Epub 2001 Aug 10. 7. Androgens and the immunocompetence handicap hypothesis: unraveling direct and indirect pathways of immunosuppression in song sparrows. 8. Am Nat. 2004 Oct;164(4):490-505. Epub 2004 Sep 1. 9. Nippon Sanka Fujinka Gakkai Zasshi. 1988 Mar;40(3):331-7. 10. Progesterone is not essential to the differentiative potential of mammary epithelium in the male mouse. Freeman, Topper. Endocrinology. 1978 Jul;103(1):186-92 11. Eur J Cancer Clin Oncol. 1983 Sep;19(9):1231-7. 12. Biol Reprod. 1989 Jun;40(6):1201-7. 13. Metabolism. 1990 Nov;39(11):1167-9. 14. Effects of nandrolone decanoate on bone mineral content R, Righi GA, Turchetti V, Vattimo A. 15. Cancer Res 1978 Nov;38(11 Pt 2):4186-98 16. Biosynthesis of Estrogens, Gual C. et al. Endocrinology 71 (1962) 920-25 17. Comparative effects and mechanisms of castration, estrogen anti-androgen, and anti-estrogen-induced regression of accessory sex organ epithelium and muscle.Invest Urol. 1981 Jan;18(4):229-34. 18. [Clinical aspects of estrogen and bone metabolism] Clin Calcium. 2002 Sep;12(9):1246-51. Japanese. 19. The effects of progestins on bone density and bone metabolism in postmenopausal women: a randomized controlled trial. 20. Bone response to treatment with lower doses of conjugated estrogens with and without medroxyprogesterone acetate in early postmenopausal women. Osteoporos Int. 2005 Apr;16(4):372-9. Epub 2005 Jan 15. 21. Am J Obstet Gynecol. 2005 Apr;192(4):1316-23; discussion 1323-4.
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