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  1. O jornal Correio Braziliense apresentou em 16 de novembro de 2009 uma matéria crítica sobre a situação do controle antidoping no Brasil. Por falta de organização, os testes são escassos e geralmente realizados em épocas em que as drogas não podem ser detectadas, facilitando a vida de quem trapaceia. É bom lembrar que o doping está inserido em praticamente todas as modalidades esportivas, não sendo um problema exclusivo dos campeonatos de fisiculturismo e halterofilismo. Leia a matéria completa abaixo: Brasil não combate o doping Anunciado como país sede dos Jogos Olímpicos de 2016, Brasil registrou 30 casos só este ano. Falta uma política nacional para evitar que o problema continue # Thalita Kalix Um teste surpresa feito pela Federação Internacional de Ginástica acusou que Daiane dos Santos estava dopada. O resultado, anunciado no último 30 de outubro, foi o mais chocante, mas não o único caso de doping a chamar atenção do Brasil. Em agosto, dez dias antes do Mundial de atletismo, cinco brasileiros foram pegos nos testes também — e voltaram para casa. À parte às controvérsias se o número está ou não dentro da normalidade, ele reflete uma realidade grave do país que vai receber os Jogos Olímpicos de 2016: o Brasil não tem uma política de combate ao doping. O Ministério do Esporte tem uma Comissão de Combate ao Doping, mas a única função do órgão, criado em 2004, é aprovar a lista de substâncias da Agência Mundial Antidoping (WADA). “A comissão foi criada para manter a legislação brasileira de acordo com a internacional”, justifica o médico Eduardo de Rose, membro do Comitê Olímpico Brasileiro e presidente da Comissão. “Eventualmente, ela poderia até fazer algo, mas não tem recursos para isso”, justifica. Alexandre Pagnani, membro da comissão, presidente da Associação Brasileira de Estudo e Combate ao Doping (ABECD) e presidente da Confederação Brasileira de Culturismo e Musculação, reclama que o problema vai além. Como a comissão é subordinada ao Conselho Nacional do Esporte (CNE), nem as orientações que dá são necessariamente acatadas e chegam a virar ação. “Montar a comissão, do jeito que ela está, simplesmente para se reunir uma vez por ano para aprovar a lista de substâncias, que por lei tem que passar por aprovação, e depois passa na CNE, está sendo inútil.” Mas há quem defenda o funcionamento da comissão. Para o representante do Conselho Federal de Educação Física, Alexandre Nunes, o grupo cumpre o seu papel dentro do possível. “O andamento dentro do processo democrático é lento. Mas discutimos as demandas que os representantes das 13 instituições levam.” E ele destaca que o papel de combate ao doping será feito pela Agência Brasileira Antidoping (ADA). “Qualquer fiscalização em um país do tamanho do Brasil é difícil. As confederações têm dificuldades e nem a comissão nem o ministério têm poder de gerir isso.” A comissão se reunirá hoje, e a pauta, mais uma vez, é apenas a lista de substâncias da WADA. O e-mail de convocação para os membros diz que “outros assuntos serão pautados oportunamente”. Poucos encontros A Comissão foi criada em 2004. Ela tem 13 membros: representantes de órgãos do governo, do esporte e da sociedade, ligados ao tema doping. De acordo com os membros, já houve anos em que foram realizadas quatro reuniões. Em 2009 só uma aconteceu, por enquanto. Muitas promessas, nenhuma ação Como a Comissão de Combate ao Doping não tem poder de decisão nenhum, não há quem responda pelo tema no Ministério do Esporte. Alexandre Pagnani denuncia que o governo prometeu ajudar as confederações nacionais, cedendo cotas de análise de doping, no Ladetec, mas não pagou. “Desde 2006 o governo prometeu cotas de controle de exame antidoping, tanto aos esportes olímpicos quanto aos não olímpicos, e não cumpriu com seu papel na doação dessas cotas de análise de controle. A alegação do governo, e visitei várias áreas do ministério, é que não existe dotação e nem rubrica orçamentária específicas para a ação do sistema de controle antidoping.” A confusão começa por não saber a quem reportar sobre o tema, dentro do ministério, denuncia Pagnani. “O alto rendimento declarou, pelo antigo secretário, que não é competência dele, a ciências e tecnologia, não é competência dela, a educacional, não é competência dela, de quem é então? Estamos no limbo.” Procurado pela reportagem do Correio, o Ministério do Esporte simplesmente respondeu que neste mês de novembro, o ministério receberá a visita de uma missão da Wada que vai ajudar a definir um plano nacional antidoping que contemple a criação de uma agência e a demanda de investimentos em laboratório de controle de dopagem. Informações sobre quanto tem sido reservado do orçamento ou quem é o responsável no órgão pelo tema combate ao doping não foram prestadas. Casos deixados ao acaso Das 29 modalidades olímpicas, poucas fazem controles permanentes. De acordo com o médico Eduardo de Rose, maior autoridade em doping no país, futebol, atletismo, natação, ciclismo e vôlei mantêm uma boa regularidade de controle. “A maioria faz antes dos mundiais”, explica o médico. “As demais modalidades não o fazem e só são realizados quando entra a ação do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), na participação dos Jogos Sul-Americano, que é o Odesur, Pan-Americano e Olimpíada. Fora isso, não existe controle”, garante Alexandre Pagnani. O COB não quis entrar na discussão e, por meio de sua assessoria, disse apenas ter a informação dos exames feitos pelas confederações, mas que elas são confidenciais. Muitas das confederações, entretanto, confirmam: exame antidoping só nas principais competições e olhe lá. No pentatlo moderno, por exemplo, os atletas só são avaliados quando o COB pede. A razão, explica Celso Sasaqui, diretor técnico e vice-presidente da confederação, é o alto custo e o baixo número de atletas. “A gente não faz o controle com exames. É mais na confiança. Os técnicos nos avisam quando algum atleta tem que tomar um remédio que esteja na lista proibida da WADA.” Hoje, um exame completo simples, custa cerca de US$ 500 por atleta. O custo também é o argumento da Confederação Brasileira de Esgrima, que só faz o controle no campeonato brasileiro. “É um exame um pouco caro”, justifica Edinilson Cesano, do departamento técnico da confederação. Mas ele logo lembra que o ciclo olímpico ainda está no início e garante que ano que vem o controle deve ser regular. Pagnani questiona o argumento do custo. “Nós temos que abrir o leque de ser declarado, eu como dirigente até mesmo de um esporte polêmico (culturismo), quanto mais controle fizer, mais vai pegar. Será que é vantagem em que o mundo saiba o que acontece no Brasil? Por que não fazer esses controles? Há alegações de que não há recursos por parte das confederações — as olímpicas eu desconsidero, já que elas têm o repasse da Lei Piva, elas poderiam separar 1% desse valor que eles recebem para destinar a campanhas educativas de controle. Algumas confederações iniciam o controle e param de repente.” Prejuízo e constrangimento Sem dinheiro para fazer o controle regular na sua confederação, Alexandre Pagnani teve uma atleta campeã mundial pega tentando burlar o exame antidoping durante a competição: Anne Becker pôs água na urina. A punição veio em seguida para a atleta, que será suspensa, e para o técnico e a Confederação. Mas tudo isso poderia ter sido evitado, lamenta Pagnani: “É preferível que pegue aqui dentro para não nos sujeitar à multa (de dois mil dólares) e ao ridículo lá fora.” Agência Brasileira também gera polêmica Eduardo Nicolau/AE - 13/7/07 Eduardo de Rose diz que maioria dos esportes não realiza exames com frequência Desde outubro do ano passado, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) já abriga a Agência Brasileira Antidoping (ABA), uma exigência da Agência Mundial Antidoping (Wada) para o país. Só que ela ainda tem uma ação restrita. “A agência está em desenvolvimento. Ainda este mês devemos ter uma reunião com a Wada para tomar decisões. Mas depende de um entendimento com o Ministério do Esporte”, explica Eduardo de Rose. O médico ainda explica que a ABA deverá ser formada por membros do comitê e do ministério, meio a meio. “Ela não pertenceria a nenhum dos dois. Tanto que pode ter sede tanto no COB quanto no Ministério. Depende do que for decidido.” A ligação intrínseca do comitê com o órgão regulador, entretanto, é questionada por Alexandre Pagnani. “A sugestão nossa é de que a Anvisa absorva a agência, com as cabeças profissionais que o Ministério do Esporte oferece, como os que trabalham na Comissão Nacional e outros, para consolidar essa agência nacional, porque o Comitê Olímpico se ofereceu a montar a agência. Mas, numa teoria jurídica, por mais que o COB não tenha maldade, as pessoas imaginam que ele é o maior interessado em que estas situações não apareçam.” A Anvisa alega apenas que não foi contactada, mas que hoje, não tem estrutura para isso. O COB simplesmente alega estar cumprindo uma exigência da Wada. Palavra de especialista Críticas pesadas “Testar atletas nas competições é mais um teste de QI do que um teste antidoping, porque o atleta precisa ser muito estúpido para ser flagrado numa competição. Você usa esteroides durante a pausa da temporada, porque é quando você constrói a base de sua força, e isso serve para vocês por meses e meses adiante durante as competições. Tem que se aumentar os testes no quarto trimestre, que é quando os atletas usam as drogas. Mas, em vez de aumentar o número dos testes no quarto período, como eu aconselhei, eles reduzem pela metade. Ou eles estão promovendo o uso de doping ou eles são ignorantes” Victor Conte Fundador do laboratório Balco, dos EUA, responsável pelo primeiro escândalo por uso de esteroides, com os velocistas Marion Jones e Tim Montgomery, que conquistaram medalhas olímpicas e recordes mundiais. Estatísticas e curiosidades A Confederação Brasileira de Futebol é a instituição que mais faz controle antidoping no país. Enquanto o Comitê Olímpico Brasileiro fez 600 exames pré-evento, ano passado, para ir às Olimpíadas, o esporte bretão faz cerca de quatro mil análises por ano. Esse número engloba as séries A, parte da B e da C, do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil, da Libertadores e da Copa Sul-Americana. No total, o Brasil realiza de cinco a seis mil exames antidoping por ano. “Nem tanto ao mar nem tanto à terra. Tem países que fazem mais de 10 mil, mas outros não fazem nem mil. Fazemos bastante, mas poderíamos fazer mais”, argumenta o médico Eduardo De Rose. Fonte: Jornal Correio Braziliense de 16 de novembro de 2009, caderno Super Esportes, fls. 14 e 15.
  2. O jornal Correio Braziliense apresentou nos dias 15 e 16 de dezembro de 2009 matérias sobre o doping nos esportes paraolímpicos e o aumento do número de casos constatados de maneira geral em todas as modalidades esportivas. Leia a matéria completa abaixo: Dia 15 de dezembro de 2009 Doping - Maculada pela vergonha Suely Guimarães, uma das maiores atletas paraolímpicas do país, é flagrada em caso de dopagem. Suspensa por um ano, ela pede desculpas e promete voltar Recife – Bicampeã paraolímpica. Recordista mundial e um dos principais nomes do paradesporto brasileiro. A pernambucana Suely Guimarães, 51 anos, presente em Paraolimpíadas desde 1992, em Barcelona, foi flagrada no exame antidoping, durante a etapa de Fortaleza do Circuito Nacional Loterias Caixa. A atleta, que foi convocada pela primeira vez para integrar a delegação brasileira paraolímpica em 1986, quando representou o país no Parapan-Americano de Porto Rico, abriu mão da contra-prova e foi suspensa por um ano. Desde 12 de setembro, quando se submeteu ao teste de dopagem, Suely optou pelo silêncio até o dia do julgamento, realizado no último domingo. Após análise da comissão antidoping do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), saiu o veredicto. Na amostra de urina coletada, foi encontrada a substância hidroclorotiazida, um diurético que mascara o possível uso de outras substâncias proibidas. Ontem à tarde, em sua casa, no bairro da Várzea, em Recife, aparentemente tranquila — apesar de alterar a voz de acordo com o rumo da entrevista — Suely fez questão de prestar esclarecimentos sobre o assunto. “Foi uma bomba, uma surpresa para mim. Mas vou dar a volta por cima”, adiantou a atleta. Doping “Jamais faria uso de um remédio sabendo que ele seria proibido. Nunca tomei um remédio para dor de cabeça que não consultasse meus médicos. Assumo parte da culpa por não ter consultado a lista de remédios proibidos. Mas o clorana (que contém a substância hidroclorotiazida), que tomo apenas metade do comprimido, era para tratar problemas de pressão alta. Estava tomando ele associado ao losartion. Comecei a usar o clorana desde que voltei do Parapan do Rio de Janeiro, em 2007. Na verdade, desde 2004 tomo remédios para o controle da pressão arterial.” O dia da coleta “Terminei de competir em Fortaleza por volta das 16h. Bati o recorde mundial no disco. Depois fui para o hotel e, às 18h, tomei o clorana. Já passava das 20h quando a comissão antidoping bateu na porta do meu quarto para coletar o exame. Não me neguei e fiz tudo conforme eles me pediram. Quando veio o resultado, me senti injustiçada. Acho que, pela minha história no Comitê Paraolímpico Brasileiro, eu merecia, pelo menos, que o médico do CPB, Roberto Vital, fizesse algum alerta sobre os remédios que estava fazendo uso. Ele foi covarde. Afinal de contas, antes mesmo de preencher o formulário para o pessoal do exame, indiquei estar utilizando o clorana e losartion. Eles sabiam que eu estava tomando o remédio. Acho que faltou um pouco de respeito. Eles disseram que, por não estar competindo pelo Brasil, pois a competição era Nacional, eles não teriam essa obrigação de me alertar. Uma pena que eles só tenham atenção com a gente quando ganhamos medalhas. Esquecem-se de que somos seres humanos.” Contraprova “Tenho muito respeito por Edilson Alves da Rocha, o Tubiba, e ele me orientou a não repetir o exame. Conversei com meu técnico e ele também disse que não valeria a pena recorrer. Vou esperar minha punição e cumpri-la. Passei momentos muito difíceis por causa do atletismo, jamais colocaria tudo a perder. Conversei com meus médicos (Jéssica Garcia e Esdras Gaspar) e, momentaneamente, vou fazer uma pausa no uso do clorana. Mas na próxima semana, por conta própria, pretendo repetir esse tipo de exame. Quero fazer o antidoping limpa e também usando o clorana. Aqui, não tem laboratório especializado. Vou colher e enviar para São Paulo.” CPB “Na semana passada estive no Rio porque fui indicada ao prêmio de destaque na minha categoria. Não consegui falar com Andrew Parsons (presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro) porque sabia que, no desabafo, iria chorar. Não estava ali para isso. Fui de cabeça erguida, apesar de estar vivendo todo esse drama. Deixei muita coisa de lado em virtude da minha carreira. Não estou me isentando totalmente da culpa. Sei que deveria ter mais cuidado. Mas o que custa ao Comitê reforçar a consulta da lista de remédios proibidos? Às vezes, tenho a impressão que os atletas mais veteranos estão sendo deixados de lado.” Futuro “Nada é por acaso. Vi que pessoas poderiam me ajudar nessas horas e preferiram ficar indiferentes. Vou continuar treinando em 2010. Quero testar minha cadeira nova, onde vou conseguir girar 360 graus. Idealizei a cadeira porque se fosse esperar pelo CPB... Vou ficar sem competir ano que vem, mas não vou parar de treinar. Peço a compreensão de todos os pernambucanos e brasileiros. Peço desculpas. Mas minha carreira não se encerrou. Se é isso o que muita gente quer, aviso que vou voltar. E em grande estilo. Fazendo o que sempre fiz. Bater recordes e conquistar medalhas.” Suely Guimarães, uma das maiores atletas paraolímpicas do país, é flagrada em caso de dopagem. Suspensa por um ano, ela pede desculpas e promete voltar DOPING Suely alegou estar tomando remédio para controle da pressão e prometeu dar a volta por cima, com novos recordes Memória Vários casos de doping marcaram o ano de 2009 no esporte brasileiro. Confira alguns. Março * O jogador Bob, do Brasil Vôlei Clube, foi flagrado com a substância delta-9- tetraidrocanabinol, presente na maconha, em exame realizado após partida contra o Joinville, pelos playoffs da Superliga Masculina de Vôlei. Abril * Seis ciclistas foram flagrados no exame antidoping durante a Volta de Santa Catarina, com a substância eritropoietina (EPO), que eleva a resistência física. A Confederação Brasileira de Ciclismo só divulgou o nome de quatro deles: Alex Diniz, Cleberson Weber, Alex Arsenio e Alcides Vilela. * Quatro integrantes da equipe de atletismo não passaram no exame antidoping em diferentes competições. Marcos Felix, Hamilton Castilho, Marcelo Moreira e Jenifer do Nascimento haviam utilizado substâncias estimulantes ou esteroides. Maio * Emerson Júnior Barbosa, halterofilista paraolímpico, apresentou o anabolizante oxandrolona, em exame realizado no Regional de São Paulo. Junho * Onze integrantes da equipe de atletismo foram flagrados com diversas substâncias em exames antidoping. Um dos maiores escândalos do esporte brasileiro. * Denílson Raimundo de Souza, halterofilista paraolímpico, teve teste positivo para a substância diurética hidroclorotiazida, no Circuito Regional Loterias Caixa, em Natal. Agosto * Uma amostra de sangue do fundista Daniel Lopes Ferreira, coletada no Circuito de Corridas e Caminhada da Longevidade, acusou presença de mefentermina, um estimulante. * A triatleta brasiliense Mariana Ohata, de 30 anos, foi flagrada em um exame antidoping, que acusou presença de um diurético. Foi o segundo caso de Mariana, que está ameaçada de ser banida do esporte. Outubro * A ginasta Daiane dos Santos foi flagrada em um exame antidoping que deu positivo para a substância proibida furosemida, um tipo de diurético que pode ser utilizado para perda de peso e na redução da absorção de líquidos. Novembro * O atacante Jobson foi flagrado em um exame feito após o jogo do Botafogo, onde jogava, contra o Coritiba, em 8 de novembro, que apontou uma substância proibida. A definição da punição para o jogador, que pode ser de até dois anos, ainda aguarda a contraprova, que acontecerá em 16 de dezembro. Cartola promete tolerância zero Apesar de lamentar a descoberta de mais um caso positivo de doping para o país, principalmente tratando-se de uma atleta experiente, o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, garante intensificar o combate ao uso de substâncias proibidas. "Mesmo sendo a Suely, a nossa filosofia é de tolerância zero ao doping", afirmou. O flagrante foi o terceiro envolvendo atletas paraolímpicos do Brasil neste ano. De acordo com o presidente do CPB, Suely não quis fazer a contra- prova. "Ela abriu mão da amostra B. Quando há o resultado positivo da amostra A, o atleta é notificado e a ele é dado um prazo para abrir a amostra B. Se ele declina, está aceitando o resultado da amostra A", explicou Parsons. A punição de Suely Guimarães ainda poderá ser julgada pelo Comitê Paraolímpico Internacional, que pode manter ou vetar a decisão do CPB. "A gente informa. Pode ser que eles confirmem a suspensão ou que eles optem por fazer um julgamento próprio", considerou Andrew Parsons. Para 2010, Parsons garante que ampliará tanto os testes — dentro e fora de competições — quanto às campanhas educativas — que visam a conscientização de atletas e treinadores dos perigos do doping e da legislação sobre o assunto. "A gente faz palestras, distribui cartilhas explicativas e temos o programa de testes. No ano que vem, pela primeira vez, o antidoping vai estar dentro do orçamento do CPB. Serão R$ 150 mil diretamente ligados a ações de combate ao doping", declarou. Estímulos proibidos Doping refere-se ao uso de drogas que melhoram a perdormance e são proibidas pelas organizações que regulam as competições esportivas. É considerado anti ético devido à ameaça à saúde, à busca de igualdade de condições de disputa e ao efeito exemplar que o esporte limpo tem sobre o público. Os três tipos mais comuns de dopagem estão descritos a seguir: Esteróides anabólicos São hormônios químicos sintéticos que agem como os anabólicos da testosterona, ativando o metabolismo protéico que fortalece o músculo. Diuréticos Atuam nos rins, aumentando o volume e a diluição da urina. Existem vários tipos, sendo que todos elevam a eliminação de líquido, embora de formas diferentes. Hidroclorotiazida É o caso de Suely. Trata de um diurético tiazídico. Age inibindo a capacidade de retenção de água do rim, reduzindo o volume sanguíneo. É frequentemente usada no tratamento da hipertensão arterial, da insuficiência cardíaca congestiva, do edema sintomático e na prevenção de pedras nos rins. Eleva consideravelmente a eliminação de líquido, mascarando a presença de outras substâncias dopantes no organismo. Estimulantes Do grupo das anfetaminas, aumentam o nível de atividade do sistema nervoso central, gerando estímulos, aumentando a performance e diminuindo a dor do atleta. Dia 16 de dezembro de 2009 Comitê ignora desculpas Apesar das justificativas e críticas apresentadas pela para-atleta Suely Guimarães, dirigente de entidade descarta abrandamento da pena de suspensão Mesmo bombardeado de críticas pela atleta paraolímpica Suely Guimarães após o anúncio do doping na última segunda-feira, o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) não quis responder a qualquer das acusações feitas. Em entrevista exclusiva publicada ontem no Correio, Suely declarou se sentir injustiçada. “Acho que, pela minha história no Comitê Paraolímpico Brasileiro, eu merecia, pelo menos, que o médico do CPB, Roberto Vital, fizesse algum alerta sobre os remédios que estava fazendo uso. Ele foi covarde.” A atleta foi punida com suspensão de um ano e não participará de competições até setembro de 2010. A assessoria de imprensa do CPB se limitou a divulgar uma nota com a posição do presidente da entidade, Andrew Parsons, em relação às críticas. Segundo o comunicado, ele diz que a atleta veterana sempre foi conhecida pelo Helder Tavares/DP/D.A Press - 14/12/09 gênio forte e que está passando por um momento muito difícil na carreira. Por isso, Parsons considera as acusações irrelevantes e reafirma a confiança no trabalho do médico Roberto Vital, que também não quis dar nenhuma declaração à reportagem. A possibilidade de redução da pena não foi considerada. O silêncio do Comitê Paraolímpico Brasileiro reforça a política de tolerância zero adotada pelo presidente da entidade, que está intensificando o combate e a prevenção ao doping, que já teve três casos neste ano. No entanto, Suely Guimarães, que se desculpou pelo ocorrido e admitiu parte da culpa pelo fato de não ter consultado a lista dos remédios proibidos, acha que o CPB poderia reforçar o alerta em relação às substâncias dopantes, principalmente aos atletas mais experientes. “Às vezes, tenho a impressão que os atletas mais veteranos estão sendo deixados de lado”, desabafou. Mais dois flagrantes Além do caso de Suely, em 2009, o esporte paraolímpico nacional teve outras duas ocorrências de flagrante de doping. Em maio, em São Paulo, exame com o halterofilista Emerson Barbosa acusou a presença do anabolizante oxandrolona. No mês seguinte, em Natal, o também halterofilista Denílson de Souza teve teste positivo para a substância diurética hidroclorotiazida. Personagem da notícia Suely Guimarães, pernambucana de São José do Belmonte, perdeu as duas pernas após ser atropelada na calçada por um motorista bêbado, aos sete anos de idade. Hoje, é uma das atletas paraolímpicas de maior destaque do país. Entre as principais conquistas, estão: ouro no lançamento de disco – Jogos Paraolímpicos de Atenas (2004); ouro no lançamento de disco e arremesso de peso – Campeonato Mundial, na França (2002); ouro no lançamento de disco e dardo e no arremesso de peso – Campeonato Mundial, na Inglaterra (1998); bronze no lançamento de disco – Jogos Paraolímpicos de Atlanta (1996); ouro no lançamento de disco e dardo e no arremesso de peso – Campeonato Mundial, na Alemanha (1994), e ouro no lançamento de disco – Jogos Paraolímpicos de Barcelona (1992). Entenda o caso A bicampeã paraolímpica Suely Guimarães diz que fazia uso da substância proibida hidroclorotiazida — encontrada na amostra de urina coletada para o exame antidoping —, com o objetivo de controlar a pressão arterial, desde o Parapan do Rio de Janeiro, em 2007, e não sabia da proibição. Suely afirma que o CPB tinha conhecimento de que ela usava o remédio Clorana, mas, mesmo assim, a entidade não a teria alertado, como costuma fazer, pelo fato de ela não estar representando o Brasil em uma competição internacional. A verificação foi realizada durante a etapa de Fortaleza do Circuito Nacional Loterias Caixa, em setembro. A substância encontrada é um diurético tiazídico que inibe a retenção de água do rim, reduzindo o volume sanguíneo e elevando consideravelmente a eliminação de líquido, o que pode mascarar a presença de outras substâncias dopantes no organismo. Segundo o presidente do CPB, este é o motivo da proibição da hidroclorotiazida, pois, caso Suely tivesse usado algum tipo de estimulante ou anabolizante, o exame não revelaria. A atleta, no entanto, garante que nunca utilizou coisas do tipo. “Passei momentos muito difíceis por causa do atletismo, jamais colocaria tudo a perder.” ENTREVISTA//EDUARDO DE ROSE Denúncias aumentam os flagrantes » FELIPE SEFFRIN São Paulo – Diretor do Departamento Brasileiro de Antidoping do COB, o fisiologista Eduardo de Rose dá duas razões para a onda de casos de doping no Brasil. A primeira diz respeito à mudança de estratégia do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) no controle antidoping. Antes, os exames ocorriam por amostragem ou sorteio. Agora, são realizados diretamente em atletas suspeitos ou denunciados, aumentando a incidência de testes positivos, mesmo sem crescer significativamente o número de exames. A segunda justificativa é a velha falta de cuidado por parte dos atletas. O tiro certo nos atletas dopados é também uma medida econômica. No ano passado, foram realizados cerca de cinco mil exames, ao valor de cerca de R$ 1 mil cada, chegando ao custo total aproximado de R$ 5 milhões. Questionado sobre os culpados por tantos casos, o especialista em antidoping se exime de apontar suspeitos, mas lembra que a alta premiação em determinados esportes pode ser um dos motivos principais para o uso de substâncias ilícitas. Porque tantos casos de doping Também estou achando exagerado. Pelos meus cálculos, devemos estar com 41 casos neste ano. Teve um pequeno aumento no número de controles, mas foi pequeno, não é para justificar o aumento de casos. Mas há duas vertentes que podem explicar esse aumento. Uma é que os exames foram feitos com muito mais objetividade. Trocamos o exame por posição ou por sorteio para fazer um exame direcionado, baseado em informações que nos levam a suspeitar que existe uma possibilidade grande de encontrarmos algo. A outra razão é que os atletas não estão cuidando de coisas que são primárias. Essa atleta paraolímpica tomou diurético por que é hipertensa. Se ela sabia dos problemas de pressão, deveria comunicar ao Comitê e buscar orientação para uma medicação certa. É o mesmo caso da Daiane dos Santos, que não tinha conhecimento de que estava fazendo um tratamento com substâncias proibidas. Nova política antidoping Esse tipo de exame direcionado é chamado de “exame inteligente”. O atleta pode achar que é perseguição, mas não é perseguição. Cada exame custa muito caro, não dá para sair fazendo em todo mundo. Tem que ser o mais dirigido possível. Este ano, em pelo menos 15 casos de violação da regra antidoping, nova nomenclatura para casos positivos, chegamos por meio de denúncias de alguma possibilidade muito grande de termos resultados positivos. Os exames na equipe de atletismo no Mundial da Alemanha e nos ciclistas na Volta de Santa Catarina e São Paulo são exemplos disso. Prejuízo ao esporte brasileiro Não tem nenhum prejuízo concreto. Se você pensar na Olimpíada, tivemos quase 27 casos de doping em Pequim, em duas semanas, e isso não diminuiu a qualidade da performance e nem desvalorizou a Olimpíada. Se nos tornarmos um país que não faz antidoping e onde não se tem nenhum teste positivo, isso não nos torna um país melhor. O problema é quando passarmos de 2% dos exames, que é o recomendado. No ano passado, tivemos 0,75% de casos positivos. Neste ano, ainda não fechamos as contas, mas devemos ficar por volta de 2%, que é a média internacional. Culpados pelo doping Não tenho que apontar nenhum culpado. Não é a minha função. Minha função é detectar os casos, informar atletas e entidades responsáveis e baixar ao máximo o número de casos. Mas posso dizer que uma das explicações ou respostas é o fato de que hoje no esporte se ganha muito dinheiro, o que não ocorria antigamente. Prêmios de US$ 100 mil, US$ 1 milhão, não são incomuns no esporte. Fonte: Jornal Correio Braziliense de 15 de dezembro de 2009 (caderno Super Esportes, fls. 2 e 3) e 16 de dezembro de 2009 (caderno Super Esportes, fls. 4 e 5). http://www.correioweb.com.br/
  3. Desde os tempos mais remotos, o homem busca formas de aprimorar suas capacidades a fim de superar seus limites. O uso de substâncias tidas como capazes de aumentar as aptidões físicas não é algo recente. Sua utilização pela humanidade remonta das civilizações mais antigas, quando se acreditava que as propriedades de algumas ervas ou alimentos tinham o poder de aumentar a força, resistência e agilidade dos guerreiros. Na China, há mais de 2000 anos A.C., já eram conhecidos os efeitos de uma erva denominada Ma-huang, que tinha como característica o aumento da resistência. Também datam desta época a Ephedra e a Mandrágora. A cola já era usada na África como estimulante e o ópio era muito consumido na Grécia e Ásia da antiguidade. No século XVI, ao colonizarem a América do Sul, os espanhóis observaram o curioso hábito de mascar folhas de coca como um recurso dos nativos para aumentar a capacidade e vigor físicos. Neste ínterim, utilizava-se na Europa bebidas contendo cafeína. A morfina foi isolada no início do século XIX e passou a ser utilizada em cavalos na Inglaterra. A utilização de recursos como meio de aumentar as habilidades físicas e psíquicas teve uma estreita relação com as guerras e conflitos entre os povos. Para produzir guerreiros capazes de defender seus interesses, cada nação lançava mão do uso de substâncias “milagrosas”. A própria morfina foi utilizada como anestésico durante a guerra civil americana, ainda no século XIX. A invenção da agulha hipodérmica facilitou e popularizou seu uso nos fronts de combate. No século seguinte, os soldados recebiam em seu kits de sobrevivência anfetaminas que os mantinham acordados e em estado de alerta. Mais tarde estas substâncias seriam largamente utilizadas nos esportes, evidenciadas pelo consumo excessivo e ocorrência de óbitos entre alguns atletas, o que deu origem à preocupação quanto ao uso de compostos desta natureza nas competições esportivas. Os anabolizantes esteróides androgênicos datam de 1935, quando se conseguiu sintetizar testosterona a partir de colesterol em laboratório. A partir dai, a recém-descoberta testosterona sintética foi utilizada em situações terapêuticas na quais havia dificuldade de síntese e retenção protéica. Antes deste feito, a testosterona era obtida através de testículos de animais. Alguns anos após, durante a 2ª guerra mundial, alemães administraram testosterona em seus soldados, cientes dos poderosos benefícios ergogênicos deste composto. O uso destas substâncias se estendeu para o esporte e colocou os atletas do bloco oriental em superior vantagem em relação ao resto do mundo. A partir da constatação do uso abusivo de substâncias otimizadoras da performance, se fez necessária uma vigilância quanto à utilização destes produtos, não tão somente pela busca da igualdade de condições entre os atletas, mas também pelo número crescente de casos de óbito entre os usuários destes recursos. Nos anos 60, durante os jogos olímpicos no México, o COI – Comitê Olímpico Internacional – divulgava para o mundo o conceito de doping e sua proibição no esporte. Desde então, tem sido travada uma batalha por parte dos comitês para estabelecer, regulamentar e dispor acerca das proibições quanto ao uso de drogas no esporte. Embora haja uma larga fiscalização por parte das autoridades responsáveis, sempre houve relatos de tentativas de burlar as proibições impostas pelo COI. Muitos atletas, em conjunto com médicos e bioquímicos, conseguiram mascarar o uso e passar ilesos nos testes anti-doping. Estas manobras tem levado o COI a sempre revisar e atualizar não só a lista de substâncias proibidas, bem como o rigor na confecção dos testes. Alguns atletas são chamados aleatoriamente para realizar testes mesmo fora do período de competição (out of competition) para que o uso não se restrinja somente à fase dos jogos. Através da busca incessante por representantes cada vez mais fortes, velozes e ágeis, surgiu uma inevitável tendência por parte de cada nação em fabricar campeões. A guerra entre muitos países conheceu uma relativa trégua nos campos de combate e foi transferida para os ginásios, arenas e pistas. Especialmente em tempos de expansão nazista, Hitler e sua Alemanha ariana se recusaram a aceitar a vitória de afro-americano Jesse Owens sobre os atletas alemães. Na primeira edição dos Jogos Olímpicos transmitida ao vivo, o mundo assistiu atônito à retirada de Hitler para não ter que premiar um atleta de raça “inferior”. Hoje, o esporte assumiu vultosa influência no comportamento das pessoas levando a hipervalorização corporal e sobretudo à necessidade de superação de limites. A indústria do esporte movimenta cifras bilionárias ao redor do mundo e cresce a cada dia. Os atletas são considerados heróis nacionais e exemplo a ser seguido. Os EUA investem altas quantias para manter a invencibilidade e hegemonia dos seus atletas de tal sorte que as medalhas olímpicas parecem representar a força de cada nação, medida pela capacidade física de seus esportistas. Toda essa valorização exacerbada, porém, se desvanece quando um desses representantes é flagrado usando métodos proibidos. Não está em questão se o atleta realmente faz uso ou não: o que realmente está em jogo é a comprovação dessa utilização. Até aquele momento, o “super-homem” é o exemplo máximo de conduta moral, até chegar o fatídico momento do teste positivo. Para muitos atletas significa o fim da uma carreira, da aceitação e carisma perante o público, sobretudo é também a confirmação cruel de que ele era simplesmente humano; que seus poderes eram fruto exclusivo de alguma fórmula mágica. Apesar das restrições, a procura pelo Graal do rendimento esportivo continua a ser buscada incessantemente. Novas descobertas, novos recursos são criados à passos largos. Atualmente, a pesquisa cientifica avança em relação à manipulação genética como um meio promissor de alterar determinadas características fenotípicas (e até genotípicas!). Embora muitas dessas pesquisas não tenham como objetivo a melhora da performance e sim a terapêutica em patologias especificas, a história se repete. O doping genético, como ficou conhecido, é a mais recente evolução dos antigos métodos de otimização do desempenho atlético. Todas as funções metabólicas de nosso organismo são mediadas por atividade gênica. Muitos genes são responsáveis por características que favorecem ou limitam a capacidade do individuo. Genes que codificam bloqueadores de miostatina, síntese de GH, IGF-1, endorfinas, eritropoietina, leptina etc. são os mais estudados para este fim. Esta manipulação gênica também é interessante não tão somente do ponto de vista do aumento do desempenho, mas também da recuperação de lesões e traumas comuns à prática esportiva. Muitas vezes incidentes como esses acarretam o fim da carreira de grandes atletas. A prática da terapia gênica se dá pela ativação ou inativação de determinado gene de células-alvo específicas. A introdução do material genético é feita através da ação de vetores virais (que tem a capacidade de se agregar à estrutura do DNA, modificando sua expressão gênica), lipossomas ou macro moléculas conjugadas ao DNA. Ainda se desconhece que tipo de efeitos decorrentes desta manipulação possam acontecer, por se tratar de uma técnica relativamente recente. A maior preocupação reside no uso de vetores virais para introdução do material genético, justamente por sua capacidade mutagênica. Abaixo, alguns exemplos de terapia gênica considerados como doping genético. BLOQUEADORES DE MIOSTATINA O interesse por parte da comunidade científica nesta área de estudo surgiu da observação de uma peculiaridade de uma raça bovina em particular, o Belgian Blue. Estes animais tinham como característica uma massa muscular exagerada, praticamente o dobro de outras raças, sem uso de nenhuma ração especial ou administração de esteróides anabólicos, cujo uso é comum em rebanhos bovinos. Os cientistas descobriram que estes animais apresentavam uma mutação em certos genes que codificam proteínas reguladoras do crescimento muscular, sendo uma delas conhecida como miostatina. Através de terapia gênica em laboratório, foi feita alteração nos genes responsáveis pela produção de miostatina em ratos e foi observado efeito semelhante ao ocorrido no Belgian Blue. Os inibidores de miostatina imediatamente foram associados à alterações capazes de aumentar o desempenho atlético, por iinduzir crescimento muscular. Algumas empresas de suplementação até se aproveitaram da idéia e lançaram supostos produtos com esta capacidade de inibição da miostatina, porém sem muito sucesso. Todavia, mesmo conseguindo excelentes efeitos nos experimentos realizados com ratos, os estudos não são conclusivos uma vez que os roedores eram transgênicos, ou seja, suas características foram alteradas ainda em fase embrionária. A manipulação foi responsável tanto por hipertrofia como por hiperplasia, mas durante o crescimento a hiperplasia é comum tanto em ratos quanto humanos. Resta saber se em indivíduos em idade adulta, estes dois fenômenos ocorreriam. Também há a possibilidade, segundo os pesquisadores, de alterações em outros tipos de tecido muscular, como o cardíaco e o liso, o que poderia trazer problemas em relação à atividade de órgãos compostos por estes tipos de músculo, como o coração e trato entérico, respectivamente. Os estudos prosseguem enquanto crescem as expectativas quanto às possibilidades do emprego de inibidores da miostatina tanto no campo terapêutico, quanto no rendimento esportivo. GH e IGF-1 Em relação ao GH – hormônio do crescimento humano, já se sabe há muito de sua utilização no esporte como recurso ergogênico, inclusive este figura como método proibido na classe de peptídeos e análogos da lista do COI. Entretanto, a terapia gênica do GH produziria de maneira endógena a super-expressão da síntese deste hormônio, que tem como grande mediador dos efeitos relacionados ao crescimento, as somatomedinas insulino-miméticas, ou IGFs, particularmente o IGF-1 (insulin-like growth factor 1), também utilizado como poderoso recurso ergogênico em modalidade que necessitam de força e tamanho musculares. Atualmente, ambos figuram na lista de substâncias proibidas, contudo, sua detecção não é tão fácil como as demais substâncias. Outros peptídeos como os MGFs (mecano growth factors), VEGFs (vascular endhotelial growth factors), PDGFs (plateled derivated growth factors), FGFs (fibroblast growth factors) e HGFs (hepatocyte growth factors) estão na última edição da lista. Segundo muitos especialistas no assunto, o doping genético será uma realidade nas competições esportivas dentro de pouquíssimo tempo. Neste exato momento, há pessoas trabalhando no estudo destes recursos voltados à performance esportiva, isto é um fato. Obviamente, toda uma discussão acerca de ética quanto à utilização destes métodos deve ser fomentada à medida que se avançam os estudos. Como mencionou Pierre Levy em seu livro “O que é o Virtual”: a humanidade vivenciará reconstruções que as possibilitarão virtualizar o corpo, alterando o metabolismo pelas drogas, regulando as emoções e controlando a reprodução. Ao que tudo indica, esta é uma evolução que está apenas começando. BONS TREINOS E ATÉ A PRÓXIMA!!!
  4. Boa noite Galera, sou novo aqui e gostaria de algumas informações se possível!? Quanto tempo é necessário para sair do organismo a durateston? Tomei apenas uma ampola em fevereiro, mas acabei ficando com receio e não tomei mais, por medo de cair no doping. Vi em alguns posts que o tempo de detecção é de 3 meses, seria esse o tempo pela URINA? Pois os exames que corro o risco de fazer é pela urina!!! Desde já agradeço
  5. Clenbuterol cai nos exames de doping?
  6. O controle de dopagem compulsório nos Jogos Olímpicos começou efetivamente em 1968. A caracterização da dopagem tem por base a identificação de uma substância considerada doping e/ou seus metabólitos em amostras biológicas (urina, sangue) fornecidas pelos atletas em competição ou durante a fase de treinamento visando a uma competição [1]. Nesse artigo pretendo discutir brevemente algumas das técnicas e métodos mais usados entre atletas para escapar de exames antidoping. A ênfase será em drogas mais populares nos esportes de força, como esteroides androgênicos e peptídeos, mas também em drogas usadas em esportes de resistência (como a EPO). Todos os esteroides androgênicos conhecidos podem ser detectados nos exames de urina (espectrometria de massa- cromatografia a gás) por um período de tempo após a última dose. A detecção destas drogas depende de vários fatores, incluindo sua estrutura química, metabolismo, forma em que são administradas, padrão de dosagem e uso concomitante de outras drogas [2]. Abaixo segue o tempo de detecção das drogas mais populares entre bodybuilders e atletas de força [3]: - Decanoato de nandrolona (deca – durabolin) = 18 meses - fenilpropionato de nandrolona = 12 meses - boldenona undecilinato, trembolona (acetato, enantato e parabolan), dianabol injetável = 4 a 5 meses - Testosterona -mix (Durateston , Omnadren), enantato de testosterona, cipionato de testosterona = 3 meses - oximetolona (hemogenin), fluoximesterona (halotestin), stanozolol injetável (winstrol), propionato de drostanolona (masteron) = 2 meses - dianabol oral, proviron = 5-6 semanas - enantato de metenolona (primobolan) =4-5 semanas - Oxandrolona ( Anavar ), stanozolol oral, propionato de testosterona = 3 semanas - Undecanoato de testosterona oral (Andriol) = 1 semana - testosterona de suspensão = 1- 3 dias - Clenbuterol =4-5 dias - efedrina = 6- 10 dias - diuréticos (furosemida, hidroclorotiazida e triantereno) = 1-2 dias A avaliação de uso ilegal de testosterona é baseada na relação urinária de testosterona:epitestosterona, com a relação 6:1 (em alguns lugares 4:1) sendo o limite superior de corte legal. Como a testosterona não é convertida imediatamente em epitestosterona, a utilização exógena desta droga aumenta a relação. Alguns atletas injetam epitestosterona antes do teste de drogas para tentar mascara o uso exógeno de testosterona. A contraprova dessa estratégia é que conscentrações de epitestosterona superiores a 200 ng/mL são consideradas provas de manipulação de epitestosterona. Além disso, formas de curta duração de testosterona (testosterona aquosa) podem elevar as concentrações de testosterona por apenas algumas horas, após as quais a relação de testosterona/epitestosterona volta aos limites basais. A detecção de utilização de testosterona representa um desafio significativo para os laboratórios de controle de doping [2]. Razoavelmente, o uso mais eficaz de diuréticos no esporte doping seria antes de um teste antidoping. Diuréticos aumentam o volume de urina e diluir quaisquer agentes de dopagem , bem como os seus metabólitos presentes na urina e fazer a sua detecção mais problemática pela análise antidoping convencional. Por esta razão , os diuréticos são classificados como agentes na Lista de Substâncias Proibidas da WADA (classe S5 : ‘ Diuréticos e outros agentes mascarantes ‘) mascaramento ( WADA , 2009b ). Os diuréticos são proibidos no desporto , porque eles podem ser usados ​​para: ( i) diretamente, para produzir uma rápida perda de peso , que pode ser crucial para satisfazer uma categoria de peso em acontecimentos desportivos , e / ou (ii ) indiretamente, para alterar o metabolismo / excreção perfil normal de outras drogas doping. Em ambos os casos, a administração de diuréticos pode ser aguda ou crônica , com doses administradas marcadamente que podem exceder os níveis terapêuticos. Em geral , os atletas podem usar diuréticos em dose única de algumas horas antes de uma competição (ou seja, os lutadores ou desportistas para fins de mascaramento ) ou cronicamente abusá-los por meses (ou seja, ginastas ) . É importante notar que os diuréticos mais abusado por atletas ( furosemida, hidroclorotiazida e triantereno ) tem uma meia -vida curta e , portanto, são indetectáveis ​​na urina se as amostras não são coletadas dentro de 24-48 horas após a última administração [4]. O hormônio do crescimento (GH) e o fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1) são frequentemente utilizados por atletas como agentes dopantes. Estima-se que até 25% dos atletas que usam esteroides anabólicos androgênicos também tomam GH. Os dados disponíveis não confirmam a influência dos preparativos de GH ou IGF-1 na melhora do desempenho físico. GH é frequentemente abusado em combinação com esteroides anabolizantes e insulina. Algumas das ações anabólicas da GH são mediadas através da geração de IGF -I, e acredita-se que este também é abusado. Os atletas estão se expondo a dano potencial de auto- administração de grandes doses de GH , IGF -I e insulina. Embora GH está na lista da Agência Mundial Antidoping de substâncias proibidas, a detecção de abuso com GH é um desafio. Teste de IGF -I e insulina estão em sua infância, mas a medida de marcadores de ação do GH também pode detectar o uso de IGF- I Os exames de sangue para detectar o abuso de hormônio do crescimento estão disponíveis há vários anos. Surpreendentemente, ninguém tenha sido comprovada a usar agentes dopantes ilegais influenciam eixo GH/IGF-1 [5]. O doping sanguíneo e a EPO (eritripoetina) podem melhorar a capacidade aeróbia e o desempenho em atividades ou esportes aeróbios. Isso ocorre graças ao aumento na capacidade do sangue de transportar oxigênio, atribuível principalmente à elevação do número de eritrócitos [6]. Antes de 2000, não existia teste para distinguir a versão sintética da EPO da sua contraparte natural, por isso, enquanto os atletas tomavam doses que iriam manter o seu hematócrito (uma medida da porcentagem de volume de sangue constituído por células vermelhas do sangue ) num alcance plausível ( abaixo de 50 por cento) , eles poderiam usar esta droga com impunidade. E o relatório da United States Anti-Doping Agency (USADA) afirma que a equipe pré -2000 de Lance Armstrong fez exatamente isso, alimentando a sua vitória no Tour de France de 1999. Mas a USADA também afirma que o abuso de EPO de Armstrong não parou após a introdução de um teste de urina capaz de detectar a droga, em 2000, apenas tomou uma forma mais dissimulada. Médicos conspiraram, o relatório afirma, instruindo Armstrong e seus companheiros de equipe para injetar EPO por via intravenosa (em oposição à via subcutânea, ou em uma camada interna da pele) e à noite, quando os testes surpresa eram improváveis. Estas medidas permitem que as baixas doses de EPO sintética a ser removidas a partir do sistema de um ciclista no momento em que ele acordou. Em situações em que os testes de EPO em atletas recentemente dosados ​​eram inevitáveis​​, os médicos da equipe também poderiam ter injetado água salina, ou de sal, para diluir o sangue de um piloto e conduzir rapidamente para baixo o hematócrito. Essa forma de ofuscar injeção de solução salina era uma prática comum para Armstrong e sua equipe, de acordo com o relatório da USADA . Transfusões de sangue : transfusões sanguíneas estratégicas, em que um atleta re-injeta unidades de backup armazenados de sangue para um aumento de células vermelhas do sangue, conseguir os mesmos efeitos que o uso sintético EPO , evitando marcadores de teste de assinatura da droga. Uma vez que o processo envolve apenas o próprio sangue de um atleta, é notoriamente difícil de detectar [7]. A seguir um resumo de alguns métodos usados por atletas para burlar o exame antidoping [8]: - Além da grande dificuldade dos métodos para detectar o uso de hormônio de crescimento humano , insulina, IGF, também não existem métodos de controle para os inibidores da miostatina , doping genético e terapia com células-tronco . • existem esteroides Designer, que são estruturalmente esteroides anabolizantes manipulados, especialmente desenvolvidos por químicos para os atletas para ser indetectável pelos testes antidoping atuais (por exemplo, tetrahidrogestrinona , ou THG ) . • Vários esteroides anabolizantes, pro-esteroides e precursores de esteroides ainda não são classificados como substâncias controladas, e são indetectáveis ​​por testes de doping atuais. • Vários medicamentos orais , incluindo esteroides anabolizantes, não são mais do que alguns dias ou semanas rastreáveis ​​por meio de testes de doping atuais. Insulina já desaparece algumas horas após a administração. • Epitestosterona é usado para mascarar o uso de testosterona exógena. • Adição de determinados produtos químicos (detergente, sabão em pó) para uma amostra de sangue ou de urina pode causar um teste de doping falso negativo . • Os medicamentos orais são tomadas de encobrimento para esconder vestígios de produtos dopantes na urina. • As amostras de urina podem ser diluídos para fazer traços doping indetectável por beber muita água ou usar diuréticos. • Usando pequenas quantidades de muitas drogas diferentes podem manter o nível de cada droga do indivíduo baixo o suficiente na amostra de teste para permanecer indetectável. • Um método muito eficaz que os atletas usam durante os testes de doping é dar uma amostra de urina limpa , em vez de sua própria amostra de urina fresca. Esta urina limpa pode provir de um doador, ou pode ser preparada a partir de urina em pó, que pode ser auto -fabricada ou mesmo comprada na internet. A urina é geralmente limpa dissimulada num recipiente ou pode ser injetado na bexiga do atleta diretamente através de uma agulha ou através de um catéter através da uretra. - A técnica mais básica para evitar testes surpresa, com base em depoimentos de alguns dos ex- companheiros de equipe de Armstrong , estava simplesmente fugindo ou se escondendo. Testes para facilitar fora de competição, os ciclistas profissionais são obrigados a informar suas agências nacionais antidoping de suas posições em todos os momentos . Atletas que recebem três advertências em um período de 18 meses para ambos não fornecer seu paradeiro precisão ou a não apresentação da informação em tudo pode ser punido como se tivesse tido um teste de drogas positivo. Dizendo que ” a adequação de surpresa , testes sem aviso prévio ocorrendo no esporte do ciclismo continua a ser uma preocupação”, Usada delineou vários métodos utilizados por Armstrong e seus companheiros de equipe para burlar o sistema . O mais simples foi fingindo não estar em casa quando os testadores chegaram. REFERÊCIAS: [1] Nutrição, Metabolismo e Suplementação na Atividade Física, Julio Tirapegui, 2ª edição. http://www.infoescol...mes-antidoping/ [2] Williams Tratado de Endocrinologia, 11ª edição. [3] http://www.anabolics...f-Steroids.html http://www.steroid.c...tion_times.php# http://24hoursppc.org/blog/?p=84 http://www.steroidol...tion-times.html http://anabolicminds...tion-times.html [4] The abuse of diuretics as performance-enhancing drugs and masking agents in sport doping: pharmacology, toxicology and analysis http://www.ncbi.nlm....les/PMC2962812/ [5] [Growth hormone and IGF-1 as doping agents in competitive sport]. http://www.ncbi.nlm....pubmed/19885810 Growth hormone, IGF-I and insulin and their abuse in sport http://www.ncbi.nlm....les/PMC2439509/ http://www.true-natu...ping-tests.html [6] Fisiologia do Esporte e do Exercício; Kenney, Wilmore, Costill, 5ª edição. [7] How Did Lance Armstrong Avoid a Positive Doping Test? http://www.livescien...ping-tests.html [8] Passing the Doping Tests http://www.true-natu...ping-tests.html What are the 19 known methods of cheating to pass performance enhancing drug tests? http://sportsanddrug...sourceID=002706 Report Describes How Armstrong and His Team Eluded Doping Tests http://www.nytimes.c...tests.html?_r=0 abraços, DUDU HALUCH
  7. Porque existem atletas que utilizam anabolizantes e não são pegos no exame anti doping? Como os esteroides "se escondem"?
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