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Esta questão de nomenclatura assume uma dúvida que é relacionada inteiramente à posição de cada praticante, escolhas, atitudes e interesses com a musculação. Segundo o exemplar mestre Waldemar Guimarães, treinador de alto nível, a nomenclatura Malhar surgiu em uma época em que Jô Soares comandava um quadro chamado Malhando com o Jô, ou alguma coisa do tipo, não recordo-me completamente. Já o termo Treinar / Treinamento diz respeito ao processo em que atletas – sejam eles profissionais ou amadores – se submetem para condicionar alguma capacidade física, com ênfase total no rendimento e performance. Na tentativa de colocar a musculação em um patamar mais sério e comprometido, este mesmo mestre defende fervorosamente a idéia de que no treinamento com pesos, não devemos Malhar, e sim Treinar. Pra quem freqüenta uma academia na busca pelo convívio social, com preocupação restrita apenas no momento da sessão sem envolvimento completo com as outras variáveis que envolvem o resultado, ou pratica a musculação por obrigação sem interesse total pelo que realiza, ou então freqüenta nos períodos estratégicos do ano ou sem freqüência fixa, ou simplesmente não objetiva resultado algum, então este sujeito não está envolvido em um Programa de Treinamento. Outra apresentação comum entre alguns praticantes desta modalidade, desinformados, ou principalmente mulheres com padrões estéticos conservadores, é o acreditar que a musculação foi feita para homens, ou então apenas para aumentar a massa muscular. E ainda mais, que se realizarem séries mais pesadas ou com um número de repetições menores, estará estimulando em grandes proporções a hipertrofia muscular. É como se a intensidade e a hipertrofia dependessem totalmente destes dois fatores, carga em quilogramas e número de repetições. Para completar, comum também a crença feminina na “facilidade” em ganhar massa muscular, e que não quer fazer exercícios para a parte superior do corpo, principalmente se forem “pesados”, pois ficará com “braço de homem”. Estas são situações comuns para quem trabalha e convive diariamente com públicos que aderem à musculação, com conceitos empobrecidos já formados. Pois quaisquer destas situações reportam este praticante à Malhação, e de maneira alguma ao Treinamento. Cabe ao responsável pelos praticantes estimular de maneira consciente e tentar modificar a atitude deste aluno. Agora para aqueles que freqüentam com assiduidade à academia, envolvendo-se com a musculação ou qualquer outro planejamento de exercício, e agregando ao treinamento o descanso recuperativo ideal, a dieta e a suplementação consciente, malhar terá um significado inútil. Treinar é para aquele que executa cada repetição de sua série como sendo a última! Pode até não ter um imenso prazer pelo que realiza, mas não executa uma série contando com o final do treino, impedindo seu rendimento máximo. Cada ciclo da estrutura anual, cada dia de treino, cada grupo muscular, cada exercício, cada série, cada repetição, cada fase de contração, levada á sério, ao extremo de entrega, ao máximo de concentração, ao máximo de comprometimento! Não é simples treinar. Não é só aquele momento na academia, é todo o tempo que precede a sessão, é a refeição pré treino, a refeição pós treino, é o descanso e a recuperação. Também é a privação de certas coisas do dia a dia, para o benefício de seus próprios resultados. E o principal. A não ser que você seja geneticamente muito privilegiado, você só terá resultados satisfatórios com atitude de quem Treina, não atitudes de quem Malha. Se não houver envolvimento total, a amplitude de seus avanços lhe empurrarão para a desistência. Com estas características apresentadas, fica simples identificar qual sua atitude em relação ao exercício que realiza ou pretende realizar. E a partir disso, também fica simples a escolha de que posição você deverá assumir.