Administrador fisiculturismo Postado 9 de fevereiro de 2003 Administrador Postado 9 de fevereiro de 2003 Dá para acreditar? Novo programa de musculação promete corpo sarado com meia hora de exercício por semana Bel Moherdaui A grande sensação entre as centenas de programas de exercício disponíveis em livro, vídeo e academias nos Estados Unidos é o sonho dourado de quem reclama da falta de tempo para entrar em forma – basicamente todo mundo. Trata-se de uma sessão de musculação de alta intensidade, que promove a perda de gordura e o ganho de músculos, como os exercícios convencionais, mas dura no máximo trinta minutos por semana; nos outros seis dias, descanso. Nada de esteira, bicicleta nem aeróbica. O equipamento imprescindível dos malhadores em câmera lenta é o peso: quanto mais, melhor. Os propagadores da nova técnica, que ficou conhecida como SuperSlow (superlento), prometem resultados visíveis em seis semanas. No Brasil, por enquanto, a novidade só é oferecida em poucas academias, em versões menos rigorosas que a original. O SuperSlow já foi chamado até de revolução das academias, mas seu princípio é básico: uma aula de musculação com muito peso e poucas repetições. Cada exercício, feito com a carga máxima suportável, é repetido de cinco a seis vezes. Cada repetição (flexão e extensão) deve durar cerca de vinte segundos. O esforço exigido é muito maior que na musculação convencional, em que cada movimento dura por volta de quatro segundos (menos, se o professor não estiver olhando) e é executado em séries de oito a doze repetições. O propósito de tanta lentidão é elevar a resistência do músculo a níveis cada vez maiores. A título de comparação, experimente levantar e abaixar os braços com uma garrafa de 2 litros de refrigerante cheia em cada mão. Fácil? Agora tente fazer a mesma coisa lentamente, contando até 20. Isso é SuperSlow (com um pesinho de nada, diga-se). A idéia é mesmo tornar o exercício bem difícil. "Usando uma carga alta em movimentos lentos, você não pode contar com os impulsos que ajudam a erguer o peso e facilitam o trabalho dos músculos", diz o americano Fredrick Hahn, autor do livro The Slow Burn Fitness Revolution (A Revolução da Boa Forma pela Malhação Lenta). Como toda novidade, o SuperSlow tem de ser encarado com cuidado. "Não acredito que funcione. Meia hora de exercício por semana é muito pouco para chegar ao resultado prometido", diz o professor de musculação Carlos Eduardo Ferreira, da Companhia Athletica. "Faz sentido dizer que, quanto mais tempo o músculo ficar sob tensão, mais trabalho mecânico fará e mais resultados se alcançarão. Mas ainda não existe nenhuma evidência científica de que essa técnica seja realmente benéfica para o corpo", adverte o professor Valmor Tricoli, da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, que está estudando o SuperSlow. Outra crítica que pode ser feita ao programa é sua apregoada capacidade emagrecedora. Uma pesquisa recente coordenada pelo fisiologista paulista Turibio Leite de Barros comprovou que só exercício físico emagrece muito pouco. Analisando 110 pessoas que seguiram as orientações de seu livro O Programa das 10 Semanas, Barros constatou que, entre os que se submeteram só ao programa de exercícios, as mulheres perderam em média 1,7 quilo e os homens, 1,9 quilo. Já quem fez apenas dieta perdeu muito mais: as mulheres, 3,8 quilos; os homens, 6 quilos. Melhor mesmo, claro, é fazer os dois. E sofrer um bocado com aqueles movimentos muuuito lentos. O BÊ-Á-BÁ DO SUPERSLOW Peso: o máximo que conseguir Duração: vinte segundos cada movimento Repetições: cinco a seis Carga horária: trinta minutos por semana FONTE: REVISTA VEJA link quebrado removido
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