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Café, chá e cafeína: descubra como eles podem proteger sua saúde cardiometabólica Se você é amante de café ou chá, prepare-se para boas notícias! Um estudo recente publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism revela que o consumo moderado dessas bebidas, além de ser uma ótima companhia no dia a dia, pode desempenhar um papel crucial na prevenção de doenças cardiometabólicas, como diabetes tipo 2, doenças coronarianas e AVCs. Aqui, desvendamos as descobertas mais importantes dessa pesquisa e explicamos como a cafeína pode ser uma aliada na sua saúde metabólica. O que é multimorbidade cardiometabólica? Multimorbidade cardiometabólica (MC) é o termo usado para descrever a coexistência de pelo menos duas condições como diabetes tipo 2, doença coronariana e acidente vascular cerebral. Essas doenças estão entre as principais causas de mortalidade e morbidade no mundo. Apesar de conhecermos os fatores de risco para cada uma dessas condições isoladamente, pouco se sabe sobre como preveni-las simultaneamente. É aqui que o estudo faz a diferença, investigando os efeitos do café, chá e cafeína na prevenção da MC. O estudo e seus achados Os pesquisadores analisaram dados de mais de 188 mil participantes do UK Biobank, todos livres de doenças cardiometabólicas no início do estudo. Durante um acompanhamento de quase 12 anos, eles observaram como o consumo dessas bebidas influenciou o surgimento da MC. Café e chá: uma dose de prevenção Café: consumir cerca de 3 xícaras por dia reduziu o risco de MC em até 48%. A ingestão moderada de café foi eficaz em todos os estágios da progressão da MC, desde a prevenção inicial até a redução de complicações subsequentes. Chá: beber 5 ou mais xícaras por dia também mostrou benefícios significativos, especialmente na prevenção de diabetes tipo 2. Cafeína: entre 200-300 mg/dia de cafeína (o equivalente a 2-3 xícaras de café) foi associado a um risco 40% menor de MC. O papel dos biomarcadores metabólicos Os pesquisadores identificaram mais de 80 metabólitos relacionados ao consumo de café, chá e cafeína. Entre eles: Subclasses de HDL (colesterol "bom"), associadas a benefícios cardiometabólicos. Redução de VLDL (colesterol de densidade muito baixa), que pode causar disfunções metabólicas. Histidina, um aminoácido com impacto positivo na regulação metabólica. Redução de biomarcadores inflamatórios, como a glicoproteína acetilada (GlycA). Esses resultados sugerem que os compostos bioativos do café e do chá, como antioxidantes e polifenóis, podem atuar no metabolismo lipídico e na inflamação, fatores-chave no desenvolvimento de doenças cardiometabólicas. Como incorporar o café e chá à sua dieta esportiva? Para quem pratica esportes, o café e o chá podem ser aliados poderosos: Melhoram a performance: a cafeína é conhecida por aumentar o foco, reduzir a percepção de esforço e melhorar o desempenho em treinos intensos. Protegem o metabolismo: os efeitos preventivos contra diabetes e doenças cardíacas ajudam a manter o organismo saudável a longo prazo. Aumentam a queima de gordura: a cafeína estimula o metabolismo, promovendo a oxidação de gorduras durante os exercícios. Mas atenção: o consumo excessivo pode causar insônia, taquicardia e ansiedade. A moderação é a chave. Conclusão Seja um espresso de manhã ou uma xícara de chá no fim da tarde, incorporar essas bebidas na sua rotina pode trazer benefícios que vão além do prazer momentâneo. Estudos como este mostram que o consumo moderado de café, chá e cafeína é uma estratégia simples, acessível e saborosa para proteger a saúde metabólica. Lembre-se, antes de fazer mudanças significativas na sua dieta, consulte um nutricionista para personalizar as estratégias ao seu estilo de vida e objetivos. Fontes de consulta 1. LU, Xujia et al. Habitual Coffee, Tea, and Caffeine Consumption, Circulating Metabolites, and the Risk of Cardiometabolic Multimorbidity. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 2024. Disponível em: <https://doi.org/10.1210/clinem/dgae552>. Acesso em: 16 dez. 2024. Deixe nos comentários como você aproveita o café e o chá no seu dia a dia ou se você usa suplemento com cafeína!
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Creatina x Cafeína - problemas de absorção?
um tópico no fórum postou finoboy Tópicos sobre suplementação
Já me disseram algumas vezes que é bom evitar o consumo de cafeína, pois ela pode "atrapalhar" de alguma forma a absorção da Creatina pelo organismo. Porém eu dei uma pesquisada na internet e nao achei nenhum estudo neste sentido. Pode ser que eu nao tenha procurado da maneira certa. Alguem teria por favor algum link/texto a respeito disto ? Estou tomando há 2 semanas a crea da Universal, e diminui (nao parei totalmente) a ingestão de café, por via das duvidas... Qq dica ou informação eu agradeço! Abraços! -
O que é cafeína? A cafeína (1,3,7-trimetilxantina) é uma substância psicoativa popularmente conhecida e que tem sido utilizada por esportistas em âmbito mundial em razão de seu potencial ergogênico, caracterizado pelo aperfeiçoamento do desempenho físico. Fontes de cafeína Além de esta substância fazer parte da composição de um grande número de suplementos alimentares, ela está presente, sob diversas formas, na composição de várias bebidas e alimentos comumente utilizados no padrão alimentar humano, como cafés, guaranás, chás, refrigerantes, chocolates, guloseimas, e até mesmo em medicamentos analgésicos. Benefícios da suplementação com cafeína A cafeína pode ser utilizada por meio de suplementação por proporcionar, em tese, a maximização do desempenho de atletas. Isso se dá por meio da mobilização de ácidos graxos livres do tecido adiposo, aumentando o suprimento de gordura ao músculo, suprimindo a utilização do glicogênio muscular e melhorando a função neuromuscular, prolongando o tempo de exercício e retardando a fadiga. Além disso, a cafeína atua na melhora da contratilidade dos músculos esqueléticos e cardíacos. Também atua como um estimulante do SNC (sistema nervoso central), o que é benéfico em atividades que requerem concentração. Outro efeito da cafeína consiste no cruzamento da barreira hematoencefálica e antagonização dos efeitos da adenosina, resultando em altas concentrações de neurotransmissores estimulatórios e, dessa maneira, aumentando o estado de vigília e melhora o humor. Os benefícios do uso da cafeína não se limitam ao desempenho esportivo. Seu consumo está associado à prevenção de inúmeras doenças crônicas, como alguns tipos de câncer, diabetes mellitus tipo 2, doenças renais, cardiovasculares, neurológicas, hepáticas e distúrbios endócrinos. Doses recomendadas A suplementação de cafeína em um estado anidro exerce um efeito ergogênico maior em relação ao café. A ciência tem demonstrado também que a cafeína é eficaz como recurso ergogênico quando administrada em doses baixas a moderadas (3-6 mg/kg/dia - para um indivíduo de 70kg: 210-420 mg) sem resultar em aprimoramento adicional no desempenho quando consumido em doses mais elevadas (≥ 9 mg/kg/dia - para um indivíduo de 70kg: 630 mg). A individualidade biológica (peso, idade, sexo, fatores genéticos, e etc.) deve ser levada em conta ao se considerar a metabolização da cafeína no organismo. Um teto de menos que 500 mg de cafeína é considerado como uma dose segura a ser consumida diariamente. Para pacientes com doenças cardíacas ou hepáticas, a dose deve ser mais baixa, ou não deve ser prescrita a cafeína. Não parece existir clara evidência na ciência de que o consumo exagerado da cafeína resulte em certo risco relevante para a saúde em pessoas saudáveis. Porém, devido à variabilidade biológica, uma mesma dose de cafeína pode ser tolerada por um indivíduo e levar a reações adversas em outro. Efeitos adversos (colaterais) da cafeína Dentre os efeitos adversos mais frequentes da ingestão de cafeína podem ser citados: insônia; irritabilidade; ansiedade; dependência; sensibilidade; taquicardia; sensação de zumbido no ouvido; distúrbios visuais; cefaleia; cansaço; prejuízo na concentração e na memória (por interrupção repentina do uso); tensão muscular crônica (tremores e palpitações); náuseas; desconforto gastrointestinal (podendo ser agravado em pacientes com tendência a úlcera ou gastrite). Esses efeitos adversos relacionados à utilização da cafeína são mais frequentes em indivíduos que utilizam a substância de maneira excessiva (dose maior do que a recomendada no tópico anterior) ou nos que possuem maior sensibilidade à substância. A cafeína pode ainda estar relacionada com o aumento da temperatura corporal, o que sugere um aumento na produção de calor em repouso devido ao seu potencial termogênico, podendo, dessa forma, prejudicar o desempenho de esportistas em exercícios sobre altas temperaturas. Por inibir o hormônio antidiurético (ADH), a cafeína pode levar ao aumento da diurese e potencializar a excreção de cálcio e magnésio pela urina. Como consequência, pode prejudicar o desempenho de atletas levando a uma possível desidratação durante a competição. Entretanto, a ciência mostra um efeito diurético sutil, sem grande impacto na desidratação em massa de atletas. Conclusão O efeito ergogênico dessa substância vem sendo comprovado por inúmeros estudos e parece estar envolvido com mecanismos de ação relacionados com o sistema nervoso central, além de alterações metabólicas e fisiológicas que melhoram o desempenho atlético. Em relação aos possíveis efeitos colaterais enumerados no texto, não parece existirem evidências na ciência de que o consumo exagerado resulte em riscos relevantes para a saúde de pessoas saudáveis. As alegações dos efeitos adversos da cafeína sobre o sistema cardiovascular ainda são inconclusivos. O que deve ser levado em conta é a individualidade biológica dos indivíduo, atentando-se para a sensibilidade à substância que alguns indivíduos podem apresentar.
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A maioria do suplementos alimentares termogênicos e pré-treino contém cafeína como principal elemento ativo. No senso comum popular, recomenda-se não se consumir cafeína em momentos próximos de dormir, porque o sono seria prejudicado. A sabedoria popular acaba de ser confirmada pela ciência. Uma pesquisa descrita na Science Translational Medicine foi realizada com 3 (três) mulheres e 2 (dois) homens, monitorados por 49 (quarenta e nove) dias. Foram quatro as situações de estudo: penumbra e pílula placedo; penumbra e pílula com 200 mg de cafeína; luz intensa e pílula placedo; luz intensa e pílula com 200 mg de cafeína; Foram medidas as taxas de melatonina (hormônio do sono produzido pela glândula pineal). Os participantes que tomaram a cafeína na situação de penumbra tiveram um atraso de aproximadamente 40 (quarenta) minutos no ritmo circadiano noturno, em comparação àqueles que tomaram o placebo. Concluiu-se que a cafeína bloqueia os receptores celulares no neurotransmissor adenosina, relacionado com a promoção do sono e redução da agitação. Portanto, se quiser uma boa noite de sono, cuide-se para tomar o seu suplemento com cafeína em horário adequado. Lembre-se que o estudo comprovou que 200 mg de cafeína já são suficientes para alterar o sono. Os suplementos pré-treino ou termogênicos costumam ter doses muito maiores (há suplementos com mais de 600 mg de cafeína por dose). Fonte: Coffee disrupts the body’s internal clock
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Cafeína melhora a performance em dietas restritivas em carboidratos
a nota rápida postou fisiculturismo Suplementos
Somente quem está fazendo uma dieta restritiva em carboidratos (low carb) sabe o quanto o humor fica pessimamente alterado, além de ser evidente a queda no desempenho físico. A cafeína é bem conhecida como uma substância capaz de aumentar a performance nas atividades físicas por reduzir o grau subjetivo de fatiga e esforço. Um grupo na Griffith Universy In Australia estudou se a cafeína poderia superar a queda de performance dos indivíduos sujeitos a dietas restritivas em carboidratos. Foram analisadas pessoas em dietas restritivas em carboidratos e pessoas em dietas sem restrição de carbo. Além disso, dentro de cada grupo, algumas pessoas receberam uma pequena dose de cafeína (3mg por kg de peso corporal - ex. um indivíduo de 80 kg receberia 240mg) ou um placebo. Todos realizaram exercícios de alta intensidade. Os pesquisadores descobriram que os indivíduos que ingeriram cafeína tiveram aumento de performance, seja no grupo em dieta restritiva em carboidratos, sejam em dieta não restritiva. Os indivíduos em dieta restritiva em carboidratos não tiveram o mesmo desempenho daqueles em dieta sem restrição, mas a cafeína ajudou a melhorar a performance física. Concluíram os cientistas que a cafeína pode aumentar a performance física independentemente da concentração de glicogênio nos músculos, mas ainda assim não seria capaz de equiparar o desempenho do indivíduo em dieta restritiva em carbo com o indivíduo em dieta sem restrição. Fonte: Carb-Free Focus: Caffeine Enhances Performance onLow-Carb Diets. FLEX, pp. 128, maio de 2013.- 2 comentários
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A Revista Flex procurou saber o que deixava o atleta mais ligarão. Baseou-se numa pesquisa da Universidade do Arkansas, onde os pesquisadores utilizaram dois produtos do mercado americano: Nodoz ou Vivarin, que são pura cafeína, e o Red Bull, que é cafeina com taurina. No estudo, eles compararam a elevação da pressão em voluntários que bebiam Nodoz e outros que bebiam Red Bull quatro vezes ao dia. O resultado surpreendeu, porque a cafeína tem fama de causadora de ataques cardíacos, aumento de pressão, aumento de colesterol e de outros danos ao funcionamento do corpo. Pois bem, os tomadores de Red Bull tiveram aumento muito maior da pressão em relação aos da simples cafeina. Esse resultado mostra que você, que toma Red Bull regularmente, deve ficar esperto, porque, segundo o estudo, as outras drogas contidas nessa bebida é que fazem mal, e não a simples cafeina. Fonte: Revista Flex, abril 12, artigo de Jim Stoppani
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A cafeína é um suplemento pré-treino. As pesquisas mostram que a cafeína pode aumentar a força e a resistência muscular, permitindo que você treine mais pesado por mais tempo, além de ajudar a queimar mais gordura corporal durante o treino. Um estudo de pesquisadores da Índia confirma sua eficácia. Os pesquisadores indianos estudaram grupos de pessoas consumindo doses de aproximadamente 4, 8 e 12 mg de cafeína por kg de massa corporal, ou aproximadamente 400 mg, 800 mg e 1200 mg de cafeína para uma pessoa de 100 kg, 1h antes de testar suas forças e resistências musculares isométricas (estáticas). Os resultados mostraram uma correlação positiva entre o aumento da cafeína ingerida e o aumento da força muscular. O grupo que ingeriu a dose de 2 mg de cafeína por kg de massa corporal obteve um aumento de 15% na força muscular. A dose de 4 mg de cafeína resultou em um aumento de 40% e o grupo que ingeriu 6 mg de cafeína por kg apresentou um aumento de 50% em sua força muscular isométrica. O mesmo padrão foi observado pelos pesquisadores ao testarem a resistência muscular após ingestão de cafeína. A dose de 2 mg de cafeína por kg de massa corporal resultou em um aumento de 20% na resistência muscular isométrica. O grupo com a dosagem de 4 mg de cafeína apresentou uma aumento de 40% na resistência muscular e, por fim, o grupo que ingeriu 6 mg de cafeína por kg de massa corporal apresentou aumento de 50% na resistência muscular isométrica. Recomenda-se tomar de 200 a 400mg de cafeína aproximadamente uma hora antes do seu treino. Todavia, antes de um treino mais pesado, ou se quiser um aumento significativo na força muscular, considere aumentar a dose para aproximadamente 800 mg. Mas atenção: você pode acabar desenvolvendo tolerância à cafeína. Então, para garantir que a técnica mantenha sua eficácia ao longo do tempo, a dose mais alta de cafeína deve ser ingerida apenas ocasionalmente. Fonte: BROWN, Jordana. Strong Caffeine, Revista Flex, março de 2010, pp. 122.
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A cafeína é um poderoso agente modulador do desempenho atlético, entretanto, deve-se ficar atento aos achados em alguns estudos científicos. A Cafeína A cafeína, uma possível exceção à regra geral contra a ingestão de estimulantes, continua sendo uma droga controlada/restringida nas competições atléticas. A cafeína pertence ao grupo de compostos denominados metilxantinas, encontrados naturalmente nos grãos de café, nas folhas de chá, no chocolate, nos grãos de cacau e nas nozes da cola, sendo acrescentada frequentemente às bebidas efervescentes e aos remédios vendidos sem prescrição médica (McArdle & Katch, 2002). Dependendo do preparo, uma xícara de café fervido contém entre 60 e 150 mg de cafeína. Como elemento de referência, 2,5 xícaras de café coado contém 250 a 400 mg, ou geralmente entre 3 e 6 mg por kg de massa (peso) corporal. A absorção da cafeína pelo intestino delgado se processa rapidamente, alcançando concentrações plasmáticas máximas entre 30 e 120 minutos, após a ingestão, para exercer sua influência sobre os sistemas nervoso, cardiovascular e muscular. A meia-vida metabólica da cafeína, de 3 horas, significa que é eliminada pelo corpo com bastante rapidez, certamente após uma noite de sono (Cohen et al 1996). Efeitos da Cafeína no Desempenho Esportivo Nem todos os estudos confirmam benefícios ergogênicos da cafeína. Entretanto, já foi demonstrado que a ingestão de 2,5 xícaras de café coado, a 1 hora antes do exercício, amplia muito a capacidade de resistência no exercício moderadamente extenuante. Os indivíduos que haviam bebido cafeína se exercitavam por uma média de 90,2 minutos, em comparação com 75,5 minutos durante 1 sessão de exercícios sem cafeína. Apesar de terem sido observados valores semelhantes para freqüência cardíaca e captação de oxigênio durante os dois ensaios, a cafeína fazia com que o trabalho parecesse mais fácil. Em concordância com seus efeitos estimulantes (característica dos compostos a que a cafeína faz parte – as metilxantinas), foi comprovado que a cafeína proporciona também um benefício ergogênico durante os desempenhos máximos de natação completados em menos de 35 minutos. Em um estudo experimental duplo-cego, sete homens e quatro mulheres nadadores experientes de longa distância (<25 min para 1.500m), consumiram cafeína 2,5 horas antes de nadarem 1.500m. O tempo total de natação foi em média 1,9% menor com cafeína do que sem cafeína (20min 58 segundos vs 21min 21 segundos). Uma concentração plasmática mais baixa de potássio antes do exercício e níveis sanguíneos mais altos de glicose no final do ensaio acompanhavam o desempenho com cafeína. Isso sugeriu que o equilíbrio eletrolítico e a disponibilidade de glicose podem ser fatores-chave no efeito ergogênico da cafeína (McArdle & Katch, 2002). A Cafeína e o Metabolismo Energético durante o Exercício A cafeína afeta quase todos os sistemas do organismo, sendo que seus efeitos mais óbvios ocorrem no sistema nervoso central (SNC). Quando consumida em baixas dosagens (2mg/kg), a cafeína provoca aumento do estado de vigília, diminuição da sonolência, alívio da fadiga, aumento da respiração e da liberação de catecolaminas, aumento da freqüência cardíaca, aumento no metabolismo e diurese. Em altas dosagens (15mg/kg) causa nervosismo, insônia, tremores e desidratação. Segundo Spriet (1995), existem pelo menos três teorias que podem tentar explicar o efeito ergogênico da cafeína durante o exercício físico. A primeira envolve o efeito direto da cafeína em alguma porção do sistema nervoso central, afetando a percepção subjetiva de esforço e/ ou a propagação dos sinais neurais entre o cérebro e a junção neuromuscular. A segunda teoria pressupõe o efeito direto da cafeína sobre co-produtos do músculo esquelético. As possibilidades incluem: alteração de íons, particularmente sódio e potássio; inibição da fosfodiesterase (PDE), possibilitando um aumento na concentração de adenosina monofosfato cíclica (AMPc); efeito direto sobre a regulação metabólica de enzimas semelhantes às fosforilases (PHOS); e aumento na mobilização de cálcio através do retículo sarcoplasmático, o qual contribui para o potencialização da contração muscular (Spriet, 1995). A terceira teoria diz respeito ao aumento na oxidação das gorduras e redução na oxidação de carboidratos (CHO). Acredita-se que a cafeína gera um aumento na mobilização dos ácidos graxos livres dos tecidos e/ou nos estoques intramusculares, aumentando a oxidação da gordura muscular e reduzindo a oxidação de CHO (Sinclair, et al 2000). Muitos estudos sugerem que a cafeína é um poderoso agente modulador do desempenho atlético, que pode ser adaptável aos diferentes tipos de estímulos envolvidos nos mais diversos tipos de exercícios. Atualmente, pesquisadores têm nos demonstrado que a ingestão de 3 a 6 mg de cafeína por kg (massa corporal), melhora a performance em atletas, sem que sejam detectados casos positivos no exame antidoping. Pesquisas recentes têm apontado um aumento da força muscular acompanhado de uma maior resistência à instalação do processo de fadiga muscular após a ingestão de cafeína. Ainda não está totalmente esclarecido qual o mecanismo de ação responsável pelo aumento da força muscular; todavia, acredita-se que isso ocorra em maior intensidade muito mais pela ação direta da cafeína no SNC do que pela sua ação em nível periférico (Kalmar & Cafarelli, 1999). Isto sugere que a cafeína exerce um efeito ergogênico direto e específico sobre o músculo esquelético durante a estimulação repetitiva de baixa frequência. A cafeína poderia também influenciar a sensibilidade das miofibrilas ao Ca++ (McArdle & Katch, 2002). Em relação aos exercícios de intensidades máximas e extenuantes de curta duração, boa parte dos estudos demonstra que a ingestão de cafeína pode melhorar significativamente o desempenho e a performance nas práticas de até 5 minutos. O mesmo não se pode dizer com relação a tais exercícios quando precedidos por exercícios submáximos prolongados, quando o desempenho físico parece não sofrer qualquer alteração (Spriet, 1995). Nos exercícios físicos prolongados, alguns estudos apontam que o uso da cafeína otimiza funcionamento do metabolismo energético durante o esforço o que, por conseqüência, contribui para a melhora da performance. Entretanto, uma explicação precisa para o efeito de aprimoramento do exercício por parte da cafeína continua sendo enganosa. Com toda probabilidade, o efeito ergogênico da cafeína (e de outros componentes correlatos tipo metilxantina) no exercício de endurance de alta intensidade resulta da utilização facilitada da gordura como combustível para o exercício. Além disso, o suposto efeito diurético provocado pelo uso dessa substância, acarretando aumento no volume de urina, e portanto uma maior perda hídrica durante o esforço, não tem sido confirmado na prática. Segundo Wemple et al (1994) o comprometimento do estado de hidratação corporal parece estar relacionado somente ao emprego de mega-doses desta substância. Concluindo Grande parte dos estudos que envolvem a utilização de cafeína, associada ao exercício físico, sugerem resultados que apontam esta substância como um poderoso estimulante para o trabalho físico. Atletas que comumente realizam atividades que envolvem resistência, força e trabalho muscular em intensidades máximas, podem, de alguma forma, se beneficiar da ingestão de cafeína. Contudo, vale a pena citar que alguns fatores, como a dosagem, o estado nutricional, e a sensibilidade do organismo às metilxantinas, podem afetar significativamente os resultados. Referencial - Cohen , B.S., et al. Effects of caffeine ingestion on endurance racing in heat and humidity. European Journal Appl. Physiology. 73:358, 1996 - McArdle W. Katch F. Katch V. Fundamentos de Fisiologia do Exercício. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2002 - Conlee, R.K. Amphetamine, caffeine and cocaine. Em: D.R. Lamb, M.H. Williams. Ergogenics: Enhancement of Performance in Exercise and Sport. New York, Benchmark Press, 1991 p. 285-310 - Spriet, L.L. Caffeine and performance. International Journal of Sports Nutrition. 5:84-99, 1995 - Sinclair, C.J.D. & Geiger, J.D. Caffeine use in sport: a pharmacological review. J. Sports Med. Phys. Fitness, 40: 71-79, 2000 - Kalmar, J.M. & Cafarelli, E. Effects of caffeine on neuromuscular function. J. Appl. Physiol., 87: 801- 808, 1999 - Wemple, R.D.; Lamb, D.R.; Bronstein, A.C. Caffeine ingested in a fluid replacement beverage during prolonged exercise does not cause diuresis. Medical Science of. Sports Exercise, 26: S204, 1994
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Provavelmente você já tenha usado um suplemento alimentar termogênico com cafeína. É bem provável, também, que você já tenha suplementado com CLA para queimar gordura. Se você não usou esses suplementos, pelo menos já ouviu falar deles. Sabe que eles são indicados para perda de peso. A criatividade humana é surpreendente. Se antes você podia suplementar com cafeína e CLA para queimar gordura do corpo, agora você pode aplicar cafeína e carnitina sobre a barriga! Pelo menos essa é a proposta do gel redutor de gordura abdominal lançado pela Bio-Médicin. Será que esse negócio funciona? Segundo o rótulo do produto, o X-Fat foi testado clinicamente pelo Laboratório Ecolyzer. Em 60 dias, 39% dos homens que usaram o X-Fat teriam perdido mais de 6,5 cm de circunferência abdominal. Você tem noção do que é isso? No caso das mulheres, em 60 dias, 25% delas teriam perdido mais de 6,5 cm de circunferência abdominal. Procuramos pelo teste clínico n. 005033.R na internet, mas não encontramos nenhuma referência. Pesquisamos, então, pelo Laboratório Ecolyzer Ltda, sendo que encontramos a seguinte página: http://www.ecolyzer.com.br. No entanto, nada há sobre o teste do X-Fat da Bio-Médicin. Prosseguindo as buscas, encontramos no site da ANVISA uma referência ao laboratório, com autorização para atuação em Eficácia de Cosméticos. Veja mais em: https://www.smerp.com.br/anvisa/?ac=prodDetail&anvisaId=208330589 Não há motivo aparente para duvidar do teste clínico mencionado na embalagem do X-Fat. O problema é que não se sabe quem foram os homens e mulheres objetos de estudo. Quais foram os parâmetros? Eram pessoas obesas? Além de usar o gel redutor de gordura abdominal essas pessoas fizeram dieta ou exercícios físicos? Sem respostas para essas perguntas, fica difícil confirmar a eficiência fenomenal do X-Fat. A verdade é que o resultado do teste clínico com o X-Fat é tentador. Perder mais de 6,5 cm de circunferência abdominal em 60 dias é um resultado espantoso para um mero gel de cafeína e CLA. Além da cafeína e do CLA (supostamente usados para queimar a gordura da barriga), o X-Fat também tem centella asiática, algas marinhas, cavalina e hera (substâncias que provocariam a drenagem da gordura queimada). Pudemos experimentar o gel redutor de gordura abdominal X-Fat, mas não pudemos fazer a prova de redução de circunferência abdominal prometida (necessidade de um grupo de pessoas acompanhadas por 60 dias e com atividade física e dieta controladas). O gel se espalha facilmente pelo abdome e provoca uma levíssima queimação nas áreas afetadas, mas nada que provoque desconforto. É algo assemelhado a uma sensação de refrescor. A pele fica um pouco pegajosa após a aplicação. Depois de seco o gel, fricção da mão sobre a área afetada libera pequenos fragmentos, como se a pele estivesse descascando. Nesse aspecto, o X-Fat tem o comportamento esperado de um gel cutâneo. É bom lembrar que o X-Fat tem uma versão masculina, chamada X-Fat Man e uma versão feminina, chamada X-Fat Woman. A composição de ambos os géis é praticamente a mesma. Os princípios ativos para queima de gordura e drenagem são os mesmos. A diferença na fórmula deve estar atrelada a peculiaridades de absorção do gel na pele masculina e feminina. Afinal, vale a pena usar o X-Fat? Para quem está lutando contra a gordura localizada abdominal e já está fazendo dieta e exercícios físicos, o gel redutor de gordura abdominal pode ser mais uma arma contra a banha. Quem pretende vida fácil, isto é, confiar na conquista do abdome sarado ou da barriga tanquinho só usando o gel, provavelmente irá se decepcionar. Mesmo que o gel ajude a reduzir gordura localizada abdominal, mesmo que elimine alguns centímetros de barriga, o aspecto atlético do abdome somente virá com dedicação a atividade física e alimentação balanceada.
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A fabricante de suplementos alimentares Nutracom (do Grupo Cimed) lançou recentemente o termogênico Lipobio X. No rótulo o produto é definido como suplemento de cafeína para atletas. O nome comercial e pomposo do produto é Lipobio X Abdominal Top Definition. A pompa também está presente na descrição dos componentes principais do produto: Flaxseed oil & Caffeine. O uso de palavras em inglês nos rótulos de suplementos alimentares desenvolvidos e produzidos no Brasil ainda é uma prática comum, decorrente de uma cultura que dá mais credibilidade aos suplementos importados e que desconfia da qualidade dos produtos nacionais. O Lipobio X não fugiu dessa regra e adotou muitos termos em inglês. As cápsulas do Lipobio X são bem interessantes. São divididas em duas partes: interna e externa. A parte externa contém ômegas (o tal Flaxseed oil ou óleo de semente de linhaça). A parte interna contém cafeína time release (cafeína de liberação gradual). A tabela de informação nutricional do Lipobio X é bem simples. A dose sugerida de 4 cápsulas contém 18 kcal, 2 gramas de gorduras e 420 miligramas de cafeína. Segundo a Nutracom, o Lipobio X utiliza a mais inovadora e eficaz tecnologia em encapsulamento e isolamento de ingredientes para liberação prolongada dos componentes da fórmula. Fase 1 - Cápsula externa: ômegas de absorção imediata. Fase 2 - Cápsula interna: cafeína anidra time release. Parece demasiadamente pretensiosa a propaganda da Nutracom sobre o Lipobio X como Abdominal Top Definition. Os suplementos alimentares termogênicos, tais como os suplementos de cafeína, auxiliam na perda de peso gordo, mas não existe suplemento que queime gordura localizada abdominal. Nem mesmo os exercícios abdominais queimam gordura localizada. Resumindo: o Lipobio X pode te ajudar a ter uma definição abdominal “top”, mas isso vai ter que se verificar em todo resto do corpo, não só no abdome. Afinal, o Lipobio X é só mais um suplemento alimentar de cafeína? O óleo de semente de linhaça acrescido em sua fórmula o torna mais eficiente que os demais suplementos termogênicos? Não se duvida que a cafeína tem efeito termogênico, e que as “gorduras boas” (ômegas 3 e 6 presentes no óleo de linhaça) também ajudam na queima de gordura corporal. Mas teria a combinação desses elementos efeito sinergético (eficácia superior se comparada ao uso isolado de cada substância)? De acordo com a Nutracom, na primeira fase de ação do Lipobio X, a cápsula externa dissolve-se rapidamente, liberando as substâncias que estimulam a quebra de gordura da região abdominal. A cápsula interna (com cafeína), seria mais resistente, e o seu contéudo liberado tardiamente. A ação termogênica ocorreria quando já realizado o estímulo anterior para a quebra de gordura pelos ômegas 3 e 6. Além disso, na segunda fase de liberação das substâncias, haveria aumento de energia, disposição, retardo na fadiga muscular e inibição do apetite. Em rápida pesquisa pela internet, não encontramos estudos científicos para embasar a proposta do produto. Se a eficácia do produto dependesse da embalagem, o Lipobio X poderia ser considerado um dos melhores termogênicos do mercado. A Nutracom caprichou na embalagem e nas cápsulas, revelando um cuidado especial, nos mínimos detalhes. O design é diferenciado e o aspecto geral de qualidade impressiona. Um exemplo a ser seguido por outros fabricantes de suplementos alimentares. Assista a um vídeo promocial da Nutracom sobre o modo de ação do Lipobio X (duas fases de ação do suplemento alimentar - cápsula externa e interna): O Lipobio X já está à venda nas melhores lojas de suplementos alimentares do Brasil. Se o produto não for tão revolucionário e eficaz como descrito no vídeo produzido pelo fabricante, ao menos parece ser um suplemento alimentar de cafeína e de óleo de linhaça de excelente qualidade, o que se denota logo na embalagem e nas distintas cápsulas duplas.