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Mais um artigo, mais uma linha de suplementação, mais uma análise crítica. Não escrevo com intuito exclusivo de falar mal dos suplementos esportivos, nem tentar convencer ninguém que suplemento faz mal à saúde, ou que suplementar é errado. Na realidade, os grupos de suplementos já confirmados, pesquisados, e mais utilizadas no mundo (como os hiperproteicos) já tem uma linha de defesa muito ampla, não necessitando porém de mais um apoio por escrito, confirmando sua eficácia. Porém, críticas sobre algumas outras novidades em suplementação são mais raras, ou então não apresentam um apelo tão significativo que sensibilize públicos emergentes menos informados, que acabam por investir em estratégias de suplementação pouco efetivas, se comparadas ao valor de venda do produto. No mundo do treinamento, do fitness, da musculação, comumente estamos sujeitos a escutar profecias como: suplemento faz mal para a saúde, para os rins, para o fígado, para o coração, para seja lá o que for. Além disso, ainda existe o comparativo entre os suplementos e os esteróides anabolizantes, relacionando seus efeitos prejudiciais. Também é possível escutar que suplementando os resultados são alcançados muito mais rápidos, que é possível ganhar ou perder até 10kg em um mês, e que o aumento de massa muscular só é possível com algum suplemento. Bom, escutar isso de alguém não envolvido com o treinamento ou de alguém que nunca experimentou suplemento algum, não é de todo o mal, afinal, a mídia vende muito bem cada linha de suplementos. Agora este mesmo raciocínio vindo de um praticante experiente, ou qualquer sujeito que treina, alimenta-se, descansa e suplementa sério, daí é inadmissível. Qualquer coisa dá resultado para que não tem todas as variáveis ajustadas ao extremo. E nenhum atleta de bom nível se forma sem o ajuste fino destas variáveis. Então não é o suplemento que vai transformar você, nem somente o treino, nem somente a dieta. Somente todos juntos, e com estrutura voltada para cada pessoa, pode levar alguém ao sucesso pretendido. Suplementar significa complementar, suprir ou potencializar a função nutricional dos alimentos básicos. Ora, se as necessidades energéticas diárias de um certo macro ou micronutriente de um praticante de musculação for menor que o que ele ingere, este excesso torna-se desnecessário, podendo apenas ser eliminado ou armazenado de alguma forma indesejada. Agora se a necessidade energética for elevada, relacionada ao gasto calórico diário acrescido ao gasto do treino, e se o objetivo for de síntese, a administração de algum suplemento pode ser indispensável. O que quero transmitir é que não se faz necessário o acréscimo de qualquer suplemento, se a intensidade do treinamento não estiver em um nível elevado. Antes de pensar em suplementar, pense em treinar melhor, ajustar a alimentação visando seus objetivos, descansar o suficiente (não somente o descanso relacionado ao sono diário, mas sim a recuperação entre estímulos/treinos, que por vezes é insuficiente), para ai sim, quando atingir um platô ou estabilização dos avanços, estruturar sua suplementação. Assim como o que quero transmitir é que de nada adianta preconizar a construção e o ganho, se o gasto energético que seu treino provoca é maior que a ingesta diária que você realiza. Antes de pensar em evoluções, reajuste seu balanço calórico diário, de forma que a síntese seja maior que a degradação. Toda esta introdução se fez necessária para o bom entendimento e interpretação das críticas a esta linha de suplementos que irei citar: os chamados “Packs”. Veja abaixo os modelos mais vendidos no Brasil, sendo parte deles de indústria nacional e alguns importados. Veja também as frases mais comuns que vem acrescidas à venda destes produtos: Anabolic Extreme Pack, Monster Nitro Pack NO2, Mega Pack, Extra Pack NO2, Performance Pack, Energy Pack, Monster Extreme Black, Ultimate Beast Pack, Designer Omega Pack, Radical Pack NO2, Double Pack System, Body Pack IGF-1. Amplia o resultado da suplementação Combinação perfeita de concentrados nutricionais Efeito metabólico positivo Proteção anticatabólica Nutrientes anabólicos Alta absorção muscular Pura intensidade animal Aumento da resistência Mais energia Rápida recuperação Síntese de proteínas Aumento do peso corporal Definição muscular extrema Pack é a classificação popular que os suplementos Multivitamínicos e Multiminerais recebem. Um Pack é uma porção fechada de alguns comprimidos, tabletes e cápsulas, semelhantes a um sache, que representa uma porção fechada única a ser ingerida pré ou pós treino, conforme orientação específica de cada marca. Algumas marcas classificam como energético, alimento protéico ou compensador protéico para atletas, ou então como suplemento pré treino, e também pós treino. Podem e devem também ser classificados como multivitamínicos e minerais. Segundo minha avaliação, todos eles não passam de compensadores nutricionais, ricos em alguns aminoácidos, bcaas, vitaminas, minerais, e fatores vasodilatadores e estimulantes, como a arginina, guaraná e cafeína. Seria a união de vários suplementos que cada marca produz, em um saquinho fechado. Se a alimentação for deficiente em algum destes componentes, vitaminas e minerais, é bem provável que o reajuste provocado pela administração destes, resulte em alguma vantagem em termos de treinamento e ganhos, afinal, é clara a importância que algumas vitaminas e minerais em específico possuem no metabolismo de quem treina. Caso contrário, se a dieta já promover a assimilação de todos os minerais e vitaminas necessária para um dia, o acréscimo desta advinda da suplementação será em grande parte eliminada pela urina (principalmente as vitaminas hidrossolúveis), pois não possuímos estrutura metabólica para armazenar estes micronutrientes. O valor protéico que alguns destes packs possuem, está relacionada ao whey protein que possuem em alguns tabletes, distribuídos na forma hidrolisada ou concentrada. Além destes, grande parte também vêm dos aminoácidos essenciais, como a leucina, a albumina, os bcaas, e da proteína hidrolisada do trigo. Mas geralmente não ultrapassam 10 gramas de proteína por porção/Pack. Pra ter-se uma ideia, a cada 100 gramas de peito de frango, 31 são de proteína, ou seja, mesmo que em maior biodisponibilidade, sendo uma proteína pré digerida e de valor biológico elevado, não será esta porção protéica a maior responsável pelo sucesso deste suplemento. Os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs) apresentam um efeito construtivo / anticatabólico considerável, sendo portanto um dos componentes de maior relevância deste suplemento. Outro componente deste suplemento diz respeito aos fatores hemodilatadores e estimulantes. Algumas marcas acrescentam na porção tabletes de ZMA, de Arginina e de outros complexos vasodilatadores e estimulantes de liberação hormonal, promovendo um maior rendimento durante a sessão (quando administrados pré treino). O ZMA é considerado um pré hormônio da testosterona, sendo portanto um complemento que traria os benefícios que uma maior circulação deste hormônio provoca. Não creio que a liberação hormonal da testosterona dependa totalmente do acréscimo de Zinco, Magnésio e Vitamina B6. Mas talvez o poder psicológico tenha sua importância. A Arginina já é bem mais promissora, sendo ela a maior contribuinte no fator vasodilatação. Este aminoácido é o precursor da enzima Óxido Nítrico Sintetase, que produz a vasodilatação a nível muscular. A contribuição destes comprimidos/cápsulas diz respeito inteiramente à vasodilatação predominantemente periférica, resultando em um significativo inchaço durante e pós treinamento. Mas isso não significa hipertrofia muscular a nível de construção, porém isso não diminui sua importância, principalmente à nível de satisfação pessoal e recompensa com o esforço realizado de forma aguda. Outro componente raramente encontrado é a Creatina. Ela também compõe o Pack de algumas poucas marcas importadas. Em relação a esta não se faz necessário maiores detalhes, pois trata-se de um dos suplementos mais confirmados pela sua eficiência e resultados. Por fim, os componentes finais deste suplemento são a Cafeína e o Guaraná que algumas marcas possui. O guaraná, assim como a cafeína, entra em uma classificação de ervas estimulantes, com efeito semelhante ao da cafeína. Ambas estimulam o sistema nervoso central, liberando uma quantidade maior de hormônios como a adrenalina, aumentando o poder de rendimento atlético, resultando em maior rendimento no treinamento. Pelo que pude experimentar, os efeitos estimulantes destes componentes não apresentam uma proporção tão grande que mereça à suplementação. Talvez para atletas de nível mais expressivo, que estão a cada dia mais no limite extremo do treinamento e do potencial genético, esta administração possa fazer sentido. Além destes, não vejo componentes à mais com certa relevância. Se analisarmos, destes vários componentes, alguns deles tem sua importância considerável. Mas por causa destes, talvez tenhamos que comprar um pacote completo que inclui outros por vezes desnecessários, trazendo junto um valor de mercado bastante elevado. Por isso, acredito ser mais valioso comprar aqueles considerados importantes de maneira isolada, e até mesmo de marcas diferentes. A decisão sobre usar ou não, qual ou quais utilizar, quando, que horários, e quantidades, passa inteiramente pela avaliação da parte nutricional de cada um. Isso não quer dizer que a decisão sobre estas variáveis esteja na mão exclusivamente de um nutricionista. Até porque nem sempre teremos acesso a algum especializado em Nutrição Esportiva. A distribuição diária dos macronutrientes, os objetivos com o treinamento e a fase de treino que o sujeito se encontra devem sempre ser levados em consideração no momento da escolha.
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