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Encontrado(s) 10 registros

  1. Salve pessoal, sou novo por aqui. Tenho treinado um misto de musculação e calistenia a pouco mais de um ano. De umas 3 semanas pra cá tenho sentido muita dor no ombro direito, mas uma dor diferente da pós-treino, parece mais uma dor de articulação mesmo. Temo que meu tempo de recuperação não esteja sendo suficiente, ou meu treino estaria excessivo. Se alguém puder opinar, agradeço muito. Meu treino (AB) Levo os exercícios compostos até bem próximo da falha e os isolados até a falha. Idade 47, peso 82k. Segunda A - Terça B - Quinta A - Sexta B Treino A: - Supino Reto com halteres 5x10 - Supino Inclinado com halteres 5x10 - Crucifixo no cross 5x10 - Flexão Solo 4x8 - Desenvolvimento máquina 4x10 - Elevação lateral 4x10 - Pulley Tríceps no cabo 4x12 - Extensão de Tríceps no cabo 4x12 - Tríceps Testa 5x10 - Elevação de pernas nas paralelas 4x12 Treino B: - Barra fixa 4x8 - Puxada vertical no cabo 5x10 - Remada horizontal no cabo 5x10 - Rosca direta barra 5x10 - Rosca martelo 5x10 - Rosca Scott 5x10 - Agachamento com barra 4x10 - Afundo com halteres 4x10
  2. O Paradoxo do Exercício Físico Todos sabemos que a atividade física proporciona benefícios ao organismo, e que estes são estendidos à melhoria de inúmeras funções corporais, como melhora da flexibilidade, da resistência cardiovascular, da força, dentre outros benefícios. Vale a pena comentar também que o exercício físico, diferente da atividade física, proporciona outros ganhos ao corpo humano, principalmente por acelerar processos metabólicos e induzir o organismo à níveis de atividade mais intenso o que, conseqüentemente, favorece o processo de adaptação. Vamos partir do princípio de que, todo o tipo de estímulo que o organismo recebe, gerará respostas que, conforme a intensidade destas, gerará adaptação (em níveis molecular, celular e tecidual). Entretanto, quando a intensidade e a frequência do exercício físico atingem níveis máximos, o organismo começa a responder (e adaptar-se) de maneira diferente da que pretendemos, propiciando o que chamo de “estresse excessivo do treinamento” comumente conhecido como “síndrome do overtraining”. A Síndrome do Overtraining Em definição básica, a síndrome do overtraining consiste em um estado de treinamento muito além que o indivíduo pode suportar, ocasionando sérios problemas no organismo em níveis psicológicos e fisiológicos. Estes problemas vão desde lesões em articulações ou músculos (e, conforme o caso, fraturas ósseas), até problemas mais sérios como insônia, depressão, irritabilidade, impotência e problemas reprodutivos, propensão a problemas respiratórios e gastrointestinais, perda de peso e baixa imunidade. Os sinais que indicam overtraining nem sempre são claros, o que dificulta seu diagnóstico, principalmente pelo fato de envolver fortes fatores psicológicos que demoram a se manifestar. Todavia, depois de instalada esta síndrome o corpo pode levar vários meses, ou mesmo alguns anos, até que o distúrbio deixe de existir e os sinais e problemas fisiológicos desapareçam por completo. Entre os sinais físicos e psíquicos mais conhecidos, encontram-se: Diminuição da Performance (força/peso); Diminuição da Massa Muscular; Diminuição dos níveis de Testosterona; Aumento dos níveis de Cortisol; Irritabilidade e apatia; Depressão; Diminuição da Glutamina e, Aumento exponencial da vulnerabilidade infecciosa. A alta incidência desta síndrome entre os atletas deixa cada vez mais clara a necessidade de se analisar as possíveis causas desse fenômeno. O desencadeamento da Síndrome do Overtraining é um processo complexo, resultado de drásticas alterações de fluxo hormonal em função da maior ativação do sistema nervoso autônomo e do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, além da supressão do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal (Lehmann & col, 1998). Essa afirmação fica clara quando encara-se o exercício físico intenso como um dos fatores desencadeadores do estresse, tanto físico quanto psicológico. Contudo, alguns autores classificam estas alterações do sistema endócrino como uma conseqüência do overtraining, e não necessariamente a sua causa. Como possíveis causas, algumas pesquisas sugerem que são: lesão e inflamação; redução drástica dos estoques de glicogênio (muscular e hepático); diminuição da disponibilidade de glutamina durante o exercício; hipótese de fadiga central. Vale a pena citar que grandes Volumes de treinamento físico vem por originar a maior parte das causas citadas para o desencadeamento do overtraining, com mais influência do que a que sua Intensidade, confirmando que a quantidade de exercício influencia com maior grau o aparecimento dos efeitos negativos desse fenômeno. Outro fator necessário de citação diz respeito à importância da Glutamina para otimizar o sistema imunológico e suprimir os efeitos do overtraining. A glutamina é um aminoácido não essencial (ou seja, o organismo pode sintetizá-lo a partir do ácido glutâmico, valina e isoleucina). A síntese da glutamina acontece primariamente nos músculos, mas ocorre também nos pulmões, fígado, cérebro e possivelmente no tecido adiposo. É importante citar que em condição de overtraining (e também lesões ou estresse), os órgãos necessitam de uma demanda muito maior de glutamina, o que não pode ser suprido apenas pela síntese corporal, sendo sugestiva a possibilidade de suplementação com este aminoácido. Concluindo Como mencionado, a atividade física bem como o exercício físico regular, promove a melhoria de inúmeras funções corporais. Todavia, em efeito contrário, quando o exercício intenso é realizado com freqüência que não facilita a recuperação do organismo, o indivíduo começa a sofrer os efeitos malignos do excesso de treinamento. A sobrecarga de exercício excessivo e prolongado com inadequada recuperação e descanso leva ao engano, leva ao estado de fadiga central, leva ao overtraining! Referencial Bibliográfico - Lehmann, M. Foster, C. Dickhuth, H. Gastmann, U. Autonomic Imbalance Hypothesis and Overtraining Syndrome. Medicine Science Sports & Exercise 1998; 30:1140-5; - McArdle W. Katch F. Katch V. Fundamentos de Fisiologia do Exercício. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2002.
  3. A Glutamina é o aminoácido livre mais presente no corpo humano, representando a maior parte do total de aminoácidos livre presentes no plasma. Atualmente é um dos suplementos nutricionais mais utilizados por atletas de musculação, principalmente por ser natural e auxiliar na promoção do crescimento muscular em vários mecanismos. Vamos analisar então como é o funcionamento deste poderosíssimo aminoácido. A Glutamina A Glutamina é um aminoácido não essencial, ou seja, o organismo está apto a sintetizá-lo a partir do ácido glutâmico, valina e isoleucina. Todavia, mesmo estando presente no organismo, muitos autores ainda sugerem sua suplementação, principalmente aos atletas envolvidos em treinamentos de alta intensidade e/ou duração. Este aminoácido atua como precursor de síntese de nucleotídeos como o ATP (adenosina trifosfato), purinas, pirimidinas e outros aminoácidos (Bulus, 1989). Um dos principais sítios de síntese e liberação para corrente sanguínea de glutamina é o tecido muscular. No caso de trauma, queimaduras, estresse e atividade física intensa (estados catabólicos) e na acidose, o tecido muscular é capaz de aumentar a taxa de síntese e liberação de glutamina para a corrente sanguínea, a fim de suprir a necessidade de outros tecidos. Contudo, todas essas alterações parecem ser insuficientes para manter os níveis plasmáticos de glutamina, o que sugere-nos sobre a importância de suplementação com este aminoácido. A glutamina é extremamente necessária para a proliferação de células intestinais, absorção de fluídos e eletrólitos, bem como é essencial na regulação do balanço nitrogenado em estados normais e patológicos (Palanch, 2000). Isso demonstra inclusive a sua importância na absorção de outros aminoácidos que, em consonância com o treinamento, facilitam a promoção da hipertrofia muscular. A Suplementação com Glutamina Primeiramente, a suplementação com glutamina fundamenta-se principalmente no aumento da síntese protéica (efeito anabólico) e/ou redução da proteólise (efeito anticatabólico). Isso ocorre porque este aminoácido é substrato para gliconeogênese (o que preserva outras proteínas) além de servir como combustível do sistema imunológico, evitando a imunossupressão após o exercício físico intenso (Kreider, 1999). E ainda mais, a glutamina participa ativamente da ressíntese de glicogênio e da síntese de neurotransmissores, e ainda diminui a acidose metabólica (Welbourne, 1998). Durante anos se pensou que a glutamina era responsável pelo estado anabólico. Mas atualmente sabemos que ela age à esse estado de maneira indireta, promovendo o crescimento através da hidratação provocada nas células musculares. A quantidade de água nas células do corpo muda rapidamente, passando de um estado plenamente hidratado para um estado de desidratação. É comprovado que a quantidade de água dentro da célula altera o seu metabolismo, em especial a síntese protéica. Assim sendo, foi demonstrado que níveis mais elevados de glutamina hidratam o músculo esquelético, aumentando o volume celular, diminuindo ainda a degradação de proteínas (Antonio & Street, 1999). Ainda mais, quando aumenta a presença de água dentro da célula muscular, ocorre um estímulo à síntese de proteínas e glicogênio. Nesta situação, a glutamina facilita a entrada de outros aminoácidos na célula (juntamente com a entrada de sódio), o que induz à absorção de água, configurando um estado anabólico. De maneira contrária, se uma célula fica desidratada, ela encolhe e imediatamente inicia um estado catabólico, que degrada as proteínas vitais do músculo. Quanto ao melhor horário para a ingestão, várias pesquisas comprovaram que o pico máximo de concentração de glutamina plasmática ocorre cerca de 30 minutos após a suplementação. Além disso, Welbourne e colaboradores (1998) estudaram outros efeitos fisiológicos conseqüentes da suplementação com glutamina, e os resultados encontrados foram no mínimo fascinantes! Este pesquisador verificou que após a ingestão de glutamina, a concentração plasmática de hormônio do crescimento (gH) aumentava, o que indica-nos mais um fator em que esse aminoácido auxilia para a o crescimento muscular. Esses dados vem de encontro com estudos que reforçam a importância da suplementação deste aminoácido em atletas, confirmando que esta suplementação com glutamina promove o crescimento muscular. Na pesquisa de Colker (2000), foram encontrados excelentes resultados na melhoria/manutenção da composição corporal e na performance de exercícios resistidos, em atletas de musculação suplementados com glutamina, proteína e aminoácidos de cadeia ramificada durante um período de 10 semanas. Vale lembrar que não foram relatados efeitos adversos significativos da suplementação com glutamina. Ao mesmo tempo, nem todas as pesquisas confirmaram melhorias no desempenho de maneira satisfatória o que, em parte, deve-se muito à alguns fatores como: relação dose/resposta; nível de treinamento; hábitos nutricionais; peso corporal; fatores genéticos da amostra; dentre outros. Quanto a dosagem mais aceita, alguns estudos verificaram melhoria da performance com a administração de 5 a 25 miligramas de glutamina/dia. Concluindo Por possuir efeito anticatabólico, principalmente por se um composto anticortisol, a glutamina é muito utilizada como suplemento em períodos de intenso treinamento ou, até mesmo, no tratamento da síndrome do overtraining. Para o auxílio à hipertrofia o trabalho da glutamina é primordial, sendo que age inclusive no processo de ressíntese do glicogênio muscular, promovendo a recuperação. É importante mencionar que estão sendo feitos, atualmente, estudos que envolvem a suplementação oral com glutamina e a relação direta com a alteração hormonal normal e a resposta ao treinamento. Dessa forma, no futuro, teremos mais conclusões a respeito dos efeitos desde aminoácido. Referências Bibliográficas - Bulus, N. Physiologic Importance of Glutamine. Metabolism. 1989; 38:1-5 - Palanch, A. C. Metabolismo da glutamina no intestino, In: CURI, R. Glutamina: metabolismo e aplicações clínicas e no esporte. RJ, Sprint, 2000, p.85-96 - Kreider, R. B. Dietary supplements and the promotion of muscle growth with resistance exercise. Sports Med. 1999; 27:97-110. - McArdle W. Katch F. Katch V. Fundamentos de Fisiologia do Exercício. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2002 - Welbourne, T. et al. An oral glutamine load enhances renal acid secretion and function. American Journal of Clinical Nutrition. 1998; 67:660-663 - Forti, F. Cancelliero, K. Guirro, R. Silva, C. Efeitos da Glutamina e da Estimulação Elétrica sobre o Perfil metabólico de Músculos Desnervados. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. São Paulo, v.18 – nº3, p273-81, 2004. - Antonio, J. Street, C. Glutamine: a potentially useful supplement for athletes. Canadian Journal App Physiology. 1999; 24:1-14. - Colker, C. M. et al. Effects of supplemental protein on body composition and muscular strength in healthy athletic male adults. Cur Therapeutic Research. 2000; 61:19-28
  4. INTRODUÇÃO Barbanti(1997) refere o treinamento desportivo como uma atividade bastante antiga, que vem evoluindo em uma progressão geométrica através dos tempos. Há milhares de anos, no Egito e na Grécia, já é possível constatar o uso de alguns princípios do treinamento para preparar atletas para os Jogos Olímpicos e para a guerra. Tal fato é afirmado por Tubino (1984) quando relata que é na Antigüidade grega que se encontra o ponto de partida para o desenvolvimento dessa área, fato que se deve ao grande número de jogos lá praticados, principalmente os Jogos Olímpicos, que serviram, inclusive, de inspiração ao barão Pièrre de Coubertin para a criação das Olimpíadas modernas. Essa necessidade de organização que surgiu desde antiguidade, no sentido de melhorar a capacidade do atleta em termos de treinamento em ciclos, fases, períodos, deu origem ao termo periodização, que é conceituado por Silva (1998), a divisão da temporada de preparação em períodos e etapas de treino com objetivos, orientações e características particulares, o que implica a definição de procedimentos e orientações de treino específicos. A periodização, portanto, constitui-se numa das etapas mais importantes do planejamento do treino, uma vez que influi de forma decisiva na organização e estruturação do treino. Dentro da musculação em academias e no fisiculturismo mais especificamente, a periodização é levado a sério pelos atletas sérios, aos quais denominamos de musculadores, sendo estes não só praticantes, mas estudiosos do assunto. E uma das fases de suma importância, não só a de hipertrofia e de definição, e competição, é a fase de transição. Embora muitas vezes esquecida por diversos atletas. REFERENCIAL Fleck & Kraemer (1999), analisando os estudos sobre periodização do treinamento desportivo foram, logo de início, desenvolvidos entre os levantadores de peso da Europa Oriental objetivando uma maneira de mudar as sessões de treinamento desses atletas ao longo do tempo visando permitir-lhes uma melhor recuperação e, com isso, maiores ganhos em força e potência. Para Matvéiev (1986), somente a presença de todos esses componentes permite afirmar que o atleta se encontra em boa forma. Seguindo essa concepção, o treinador organizar através da periodização, pela aplicação de cargas de treino adequadas, conduzir as várias etapas da forma do atleta, buscando fazer coincidir o período de resultados elevados com a época das grandes competições. A proposta clássica de MATVÉIEV (1986), demonstra os seguintes limites para os ciclos que caracterizam a periodização do treinamento desportivo: período preparatório: de três a quatro meses (principalmente nos ciclos semestrais) e até cinco a sete meses nos ciclos anuais; período competitivo: de 1,5 a dois meses, podendo se estender até quatro ou cinco meses; período de transição: de três a quatro semanas até seis semanas. Os técnicos e cientistas esportivos europeus orientais notaram que o volume e a intensidade de treinamento de atletas bem-sucedidos seguiam um certo padrão durante o ano de treinamento: no início do ano, o volume era alto e a intensidade baixa; conforme o ano progredia, o volume diminuía e a intensidade aumentava; antes de uma competição, o volume estava no seu ponto mais baixo e a intensidade, no ponto mais alto. Em virtude da necessidade de recuperação para uma competição, a intensidade também era ligeiramente diminuída imediatamente antes dela (FLECK & KRAEMER, 1999). Para Zakharov & Gomes (1992), convém destacar os quatro níveis de organização, a saber: macrociclo; mesociclo; microciclo; sessão de treinamento. Conforme relato exposto pelos autores acima, há de se esperar que resultados satisfatórios com baixo níveis de lesões e alto indicie de organização são possíveis através da periodização, elucidando todas as fases que a compõe, sem esquecer a importância de cada uma separadamente, já que a seguinte dependerá dos resultados obtidos na fase anterior. Bompa(2000, p.52) , “depois da fase de transição, um novo plano anual deve começar”. A fase de transição, parece representar “um descanso ativo” necessário para uma nova fase de treinamento. No período de transição, músculos, tendões, ossos, permitem uma recuperação mais completa para uma nova fase que vem a seguir, sendo então um período primordial. CONSIDERAÇÕES FINAIS A periodização é a maneira pela qual qualquer pessoa/atleta poderá obter resultados satisfatórios em termos de treinamento, seja ele no esporte, ou em uma simples prática para saúde e qualidade de vida. Pois os princípios que o regem permitem a perfeita estruturação da carga e valências/qualidades físicas a serem trabalhadas em cada fase do treinamento. Sendo assim, cada fase do treinamento tem a sua devida importância, não devendo nenhuma ser esquecida. Assim como o “jogo Lego”, cada fase (peça) se encaixam perfeitamente na montagem do programa. Sem a fase de transição, a nova fase de treinamento poderá comprometer toda a estrutura fisiológica de ossos, tendões e músculos, impedindo até a regeneração e propiciando o overtraining. REFERÊNCIAS 1. BARBANTI, V.J. Teoria e prática do treinamento esportivo. 2.ed., São Paulo: Edgard Blücher, 1997. 2. BOMPA, TUDOR O. & CORNACCHIA, LORENZO J. Treinamento de Força Consciente. São Paulo: Phorte Editora, 2000. 3. FLECK, S.J. & KRAEMER, W.J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 2ª ed., Porto Alegre: Artes Médicas, 1999. 4. MATVÉIEV, L.P. Fundamentos do treino desportivo. Lisboa: Livros Horizontes, 1986. 5. SILVA, F.M. Planejamento e periodização do treinamento desportivo: mudanças e perspectivas. In: Treinamento desportivo: reflexões e experiências. João Pessoa: Editora Universitária, p. 29-47, 1998. 6. TUBINO, M.J.G. Metodologia científica do treinamento desportivo. 3.ed., São Paulo: Ibrasa, 1984. 7. ZAKHAROV, A. & GOMES, A.C. Ciência do treinamento desportivo. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport, 1992.
  5. O exercício físico apresenta diversos benefícios, entre eles, redução da pressão arterial e do risco de doenças cardiovasculares, aumento do HDL colesterol, melhora do diabetes tipo 2 e resistência à insulina, proteção contra complicações vasculares, modulação da secreção hormonal, da produção e consumo de energia e consequentemente melhor qualidade de vida e longevidade. Entretanto, ocorrem diversas adaptações fisiológicas durante a atividade física, sendo necessários ajustes cardiovasculares e respiratórios para compensar e manter o esforço realizado. O exercício físico intenso pode aumentar a produção de radicais livres ou espécies reativas de oxigênio no músculo esquelético e em outros tecidos, associadas ao metabolismo energético acelerado. Essas espécies podem contribuir para danos tissulares e celulares e prejudicar o desempenho físico. Caso a produção de EROs (espécie reativa de oxigênio) seja prolongada, pode sobrecarregar as defesas antioxidantes celulares naturais, levando à perda da função da membrana e organelas das células, latência do retículo sarcoplasmático e desacoplação da mitocôndria, podendo ser uma das causas de atrofia muscular, fadiga e overtraining. Os mecanismos que envolvem a produção de EROs nos exercícios aeróbio e anaeróbios são distintos. É bem aceito que a produção de EROs e dano tecidual subsequente resultante de exercício aeróbico é em grande parte devido ao aumento do fluxo no transporte de elétrons levando ao aumento da fuga de radicais superóxido. Já durante e após o exercício anaeróbio pode ser mediada através de outras vias, tais como, a ativação da cadeia de transporte de elétrons, a síntese aumentada das enzimas xantina-oxidase e NADPH-oxidase, o prolongado processo de isquemia e reperfusão tecidual e a atividade fagocítica. Além disso, o aumento da síntese de ácido láctico, catecolaminas e o processo inflamatório elevado após exercícios anaeróbios com intensidades supra-máximas também contribuem significativamente para a produção de EROs. Antioxidantes são substâncias capazes, mesmo em concentrações relativamente baixas, de retardar ou inibir a oxidação do substrato, através de sua capacidade de doar elétrons para o radical livre. Alternativas nutricionais para estimular defesas antioxidantes têm sido estudadas, para reduzir os efeitos oxidantes promovidos pelo exercício extenuante, dentre elas a suplementação com vitamina A, C e E, B- caroteno, selênio, zinco, creatina, glutamina e ômega-3. Há evidências de que a suplementação de vitaminas possa prejudicar processos adaptativos do exercício, podendo resultar na redução do processo de biogênese mitocondrial, a suplementação deve ser evitada na proximidade do treino, já os alimentos que possuem vitaminas antioxidantes podem ser ingeridos nas proximidades dos treinos, esses não vão interferir na biogênese mitocondrial, pois, apenas vão modular o estresse oxidativo e não vão interferir nas adaptações fisiológicas da atividade física. Diferentemente dos estudos com vitaminas, a suplementação de flavonoides parece ser uma estratégia interessante, pois além do possível aumento da biogênese mitocondrial, também apresenta proteção antioxidante. Os compostos fitoquímicos geralmente são manipulados e devem ser prescritos por nutricionistas para que o organismo possa absorvê-los de forma mais eficiente e que sejam utilizadas estratégias corretas na suplementação destes nutrientes. Esses nutrientes são encontrados em alimentos como: abacate, suco de uva integral, suco de cereja e tomate. Os polifenóis representam grande variedade de compostos, divididos em diversas classes, tais como, ácidos hidroxibenzóicos, ácidos hidroxicinâmicos, antocianinas, flavonóis, flavonas, flavonoides, flavononas, isoflavonas, estilbenos e lignanas. São moléculas abundantes na dieta, e há crescente interesse sobre suas ações na prevenção de doenças degenerativas, por apresentarem função antioxidante, anti-inflamatória, atividades cardioprotetoras e anticancerígenas. As antocianinas são pigmentos amplamente distribuídos na natureza, solúveis em água e de cor intensa, responsáveis pela coloração azul, vermelha, violeta e púrpura de muitas espécies do reino vegetal. As fontes de antocianinas comercialmente utilizadas são as cascas de uva e repolho roxo, há inúmeros outros frutos e flores que são estudadas como fonte deste pigmento; jabuticaba, açaí, berinjela, batata- doce roxa e alguns frutos não convencionais como camu- camu. É importante incluir na alimentação de praticantes de atividades físicas, alimentos ricos em vitaminas antioxidantes e polifenóis para fazer a modulação do estresse oxidativo sem inibir as adaptações da atividade física ocorrendo assim a biogênese mitocondrial. A suplementação de vitaminas antioxidantes deve ser feita em horários distantes dos treinos, e caso seja necessário. Importante ter um acompanhamento de nutricionista esportivo para que exames periódicos de micronutrientes sejam feitos para saber se realmente há necessidade de se usar uma suplementação. Referências Bibliográficas: GONÇALVES, Lívia de Souza. Efeitos da suplementação da quercetina sobre o rendimento físico em esteira ergométrica e indicadores metabólicos do exercício exaustivo em atletas de futebol. 2014. 64f. Dissertação (Mestrado) - Pós-graduação em Patologia da Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 2014. PEREIRA, Milena Biazi Prado. O papel dos antioxidantes no combate ao estresse oxidativo observado no exercício físico de musculação. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 7, n. 40, p. 233- 245, jul/ago. 2013. ROCHA, Juliana de Cássia Gomes. Adição dos corantes naturais antocianinas e luteína em bebidas formuladas com proteínas de soro de leite. 2013. 128f. Dissertação (Mestrado) - Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, 2013.
  6. Uma dúvida que costuma pairar sobre a minha cabeça é sobre a execução de treinamento aeróbico pela manhã e treinamento com pesos à noite. Normalmente esta divisão do treinamento é feita ao argumento de que a sessão de treinamento não pode ultrapassar o tempo médio de 40 minutos, quando o cortisol passa a se elevar no organismo. Minha pergunta é: a divisão do treinamento em dois períodos no decorrer do dia (manhã e tarde) realmente é eficiente para obtenção de maior hipertrofia? Como tem sido a sua experiência com seus atletas? Essa prática não pode resultar em overtraining?
  7. Você sabe o que Overtraining e Overuse? Fique esperto pra não se LESIONAR!
  8. Não se sinta culpado. Descanso e recuperação não são sinônimos de faltar em treinos. Atletas bem sucedidos em todos os níveis usam esse componente crucial a seu favor. Você provavelmente já sabe que para obter os resultados que deseja na musculação deve desafiar seu corpo, superar alguns limites, ter disciplina, entre outras coisas. Porém, o que muitas pessoas não sabem é que os ganhos reais ocorrem durante o descanso, e não quando treinamos. Usando o descanso adequado em conjunto com uma boa série de treinamentos e uma alimentação adequada, você maximizará seus esforços produzindo resultados excelentes. Isso não significa que você deve parar de treinar e ficar dormindo o dia inteiro, e sim que você deve encontrar o equilíbrio entre a sua rotina de atividades, incluindo o descanso adequado em sua lista de tarefas. Você deve focar em uma formação de qualidade, não de quantidade. Se você treinar no limite de sua aptidão todos os dias, corre grande risco de entrar em overtraining. Isso pode fazer com que sua energia diminua consideravelmente, e até agravar o risco de lesões. Incluindo o descanso ideal em sua rotina de atividades, você irá aumentar a produtividade dos seus treinos. Procure reservar ao menos 1 dia de descanso total em cada semana. Isso é importante tanto para a saúde física quanto mental. Se você não agüenta ficar sequer um dia longe de atividades físicas, procure fazer algum tipo de alongamento ou uma corrida leve, nada de muito exagerado. Também é interessante variar os exercícios de sua rotina de treinos sempre que possível. Dessa forma, você trabalhará várias regiões musculares, evitando a sobrecarga de treinos para a mesma região. Fonte:http://definicaototal.com.br
  9. Bom pessoal, gostaria de tirar uma duvida. Faço um treino de segunda a sexta ABCDE segunda quarta e sexta faço judo e terça e quinta(de vez em quando só terça e quinta) sabado e domingo eu nado umas 3 a 4 horas por dia dependendo da semana. Tem vezes que eu não nado, e tem vezes que por dia sabado e domingo ao total dá umas 6 horas no minimo de remada. Gostaria de saber se isso cheira a overtraining no geral? Tenho uma dieta especifica com suplementos, se precisar da dieta para informações eu passo. Abraços
  10. Focos e distorções Esse tópico estarei expondo meu lado filosofo para tentar expor minha opinião sobre o atual estado do treinamento com pesos, fato que nos une nesse forum em busca de suporte. Quando alguém cria um tópico aqui tem o objetivo de ser ajudado com sua rotina ou dieta, isso não é o problema, é bom que venha e seja ajudado. O grande problema que vejo é o foco errado de 99% das pessoas que pedem ajuda aqui e em varios foruns por ai. Geralmente o cara vem com uma rotina extremamente volumosa e com treinos de 5-6 dias, usada pelo Jay Cuttler ou algum outro profissional que já foi Mister Olympia. Agora me diz, quem aqui aguenta treinar "forte" com tal volume e frequencia e não entrar em overtrainig em 1-2 meses? Eu sinceramente não consigo, depois o cara vai e muda todo o treino, todos os exercicios, adiciona mais meia duzia de isoladores para dar um pump e posta aqui perguntando se treinar com ainda mais volume ainda seria a solução para sua estagnação... Há uma distorção no que se aprende e querer colocar em pratica. Todos sabemos que as os musculos crescem no descanso, então qual o objetivo de ter mais dias de treino na semana do que de descanso? Na logica deveriamos ter no maximo 3 dias de treinos por semana. Mas outro dia fui dar essa dica para um user e ele disse que não ia pagar academia para treinar 3X na semana, dei minha dica. Qual seria o foco? Bem, pra mim o foco deveria ser nos exercicios que me deixasse mais forte e permitissem eu levantar mais peso em cada momento que eu pisar na academia. É mais que batido que agachamento, levantamento terra, desenvolvimento, supino, pulldown, barra fixa, paralelas, remada curvada, leg press são os exercicios que constroem musculos pois permitem mover grandes grupos musculares a erguer muito peso, e esse devia ser o foco, mas não é. Agora, você fez seu agachamento hoje, 10 repetições e está exausto, seu corpo precisa descansar, seu corpo precisa crescer, você voltaria na academia para treinar amanhã? Eu não pois gosto de ver meus musculos crescerem, voce não gosta? Levantar peso é oneroso para o corpo e para suas articulações, logo suas articulações também precisam se fortalecer, e então como você iria fortalecer se hoje você treina puxada, amanhã supino e depois desenvolvimento, a articulação do ombro e do cotovelo não tiveram descanso de jeito nenhum, uma lesão ai se torna ainda mais possivel. O que quero passar aqui é que o basico funciona e muito, rotinas simples com 3-4 exercicios fazem o serviço e permitem você adicionar muito musculo, se claro permitir o descanso necessario, e mais, ter uma dieta de qualidade. Os suplementos tem seu lugar, mas não como a galera supõe, se você não treinar pesado, essas 30g de proteínas que você está consumindo no seu shake serão usadas como energia e se essa energia não for usada, será transformada em gordura, nossa capacidade de assimilação de proteínas é muito limitada, e novamente, pesquisas mostram que o brasileiro possui uma dieta hiperproteica por natureza. 100g de carne tem 30g de proteínas, eu, por exempo, como umas 200-300g de carne no almoço, fora a proteínas que vem dos ovos que consumo, do arroz, do feijão, do leite. Pode ter certeza, se você ganhar 2Kg numa semana, mais da metade disso é gordura, pesquisas mostram que a média de ganhos de musculo por semana é de 0,5 - 1Kg, isso na fase inicial onde os ganhos vem rapido, logo, em um mes você pode ganhar no maximo 4Kg, isso é incrivel ainda! Se você começar uma rotina abreviada agora e segui-la com incrementos pequenos em peso, com consistencia e ótima forma, além de dieta de qualidade com foco em proteínas, em 6 meses você pode ganhar 10Kg de musculo, isso é uma meta realista, e fariam uma diferença incrivel ao seu aspecto, mas o que vejo aqui é gente querer o ultimo suplemento para ficar fortinho para o verão... Abraços, Carlos
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