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Estudo acadêmico / Falsificação de esteróides anabolizantes no Brasil
um tópico no fórum postou Miguel V Tópicos sobre esteroides
Faz algum tempo que quero partilhar esse material, mas só agora fiquei com tempo livre. Referência: da Justa Neves DB, Marcheti RG, Caldas ED. Incidence of anabolic steroid counterfeiting in Brazil. Forensic Sci Int. 2013 May 10;228(1-3):e81-3. doi: 10.1016/j.forsciint.2013.02.035. Epub 2013 Mar 20. A pesquisa analisou 3676 produtos apreendidos pela Polícia Federal entre 2006 e 2011. Um terço dos produtos eram declarados de produção paraguaia (como a Landerlan, por exemplo) e 14% eram declarados de origem nacional. 31,7% (mais de um terço!) dos produtos eram falsificados, tendo, na série histórica analisada, apresentado um progressivo aumento da falsificação. Dos produtos falsificados, metade (ou aproximadamente 15% do total de produtos) não continham os produtos declarados. Ainda, 28.3% possuíam tão somente substâncias não declaradas no rótulo em seu conteúdo. Dito de outro modo, de cada 10 ampolas no mercado brasileiro, 3 são falsas (incluindo subdosagens ou utilização de outras substâncias ao invés daquelas declaradas no rótulo). Entrecruzando pesquisas sobre o tema, temos outro estudo, que indica que a maioria das "substituições" são feitas com testosterona, seguida por boldenona (So-Hyun Cho, Hyoung Joon Park, Ji Hyun Lee, Jung-Ah Do, Seok Heo, Jeong Hwa Jo, Sooyeul Cho. Determination of anabolic–androgenic steroid adulterants in counterfeit drugs by UHPLC–MS/MS. Journal of Pharmaceutical and Biomedical Analysis Volume 111, 10 July 2015, Pages 138–146). Outro estudo, em uma cidade na Inglaterra, apontou que quase todas as substâncias naquele mercado local eram de falsificações de baixa qualidade, enquanto os usuários acreditavam estar de posse de produtos legítimos e eficazes (COOMBER et alli. The supply of steroids and other performance and image enhancing drugs (PIEDs) in one English city: Fakes, counterfeits, supplier trust, common beliefs and access. Performance Enhancement & Health Volume 3, Issues 3–4, September–December 2014, Pages 135–144). Estudos desse tipo são escassos, mas a prática (e a perícia, geralmente em contextos de investigações) tem demonstrado um número cada vez maior de falsificações, em especial de produtos estrangeiros. Abraços.- 14 respostas
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