Pesquisar na comunidade
Resultados para as tags 'alimentos industrializados'.
Encontrado(s) 2 registros
-
Os perigos dos alimentos ultraprocessados para a saúde humana: o que todo atleta precisa saber No mundo da nutrição esportiva, manter uma alimentação equilibrada é essencial para otimizar o desempenho e promover a saúde geral. Contudo, a presença crescente de alimentos ultraprocessados na dieta moderna levanta preocupações significativas. Um estudo recente oferece uma visão abrangente dos impactos negativos que esses alimentos podem ter na saúde, trazendo à tona evidências importantes para atletas e profissionais da área. O que são alimentos ultraprocessados? Os alimentos ultraprocessados, conforme classificados pelo sistema NOVA, são formulações industriais contendo cinco ou mais ingredientes, como conservantes, aromatizantes e adoçantes artificiais, além de níveis elevados de sal, açúcar e gorduras. Exemplos incluem refrigerantes, salgadinhos, bolachas recheadas e pratos prontos. Embora convenientes, esses produtos frequentemente possuem baixo valor nutricional e podem fazer com que muitas pessoas substituam alimentos minimamente processados, como frutas, verduras e fontes naturais de proteína. Os impactos na saúde De acordo com uma revisão sistemática de meta-análises publicada recentemente, o consumo de alimentos ultraprocessados está associado a diversos problemas de saúde: Mortalidade geral: a cada 50g adicionais de alimentos ultraprocessados consumidos diariamente, o risco de mortalidade aumenta em 2%. Doenças cardiovasculares: o consumo regular desses alimentos está associado ao aumento de 5% no risco de mortalidade por doenças cardiovasculares e 4% na incidência dessas doenças. Diabetes tipo 2: um aumento de 10% no consumo de calorias provenientes de ultraprocessados eleva o risco de diabetes tipo 2 em 12%. Câncer colorretal: o risco também cresce em 4% para cada 10% de aumento na ingestão desses alimentos. Por que os ultraprocessados são prejudiciais? Os efeitos adversos desses alimentos podem ser explicados por diversos mecanismos: Composição nutricional desequilibrada: além de pobres em fibras e nutrientes essenciais, esses alimentos contêm altos níveis de substâncias prejudiciais, como gorduras saturadas e trans. Impactos na microbiota intestinal: a presença de aditivos artificiais e a baixa qualidade nutricional podem prejudicar o equilíbrio da microbiota, fundamental para a saúde metabólica. Alterações no comportamento alimentar: alimentos ultraprocessados são altamente palatáveis (muito gostosos) e promovem um consumo excessivo devido à textura macia e alta densidade calórica (picos de insulina), dificultando a saciedade. Implicações para atletas Para atletas, os efeitos desses alimentos podem ser ainda mais significativos. Uma dieta rica em ultraprocessados pode comprometer: Recuperação muscular: a falta de nutrientes essenciais, como vitaminas e minerais, pode atrasar a recuperação após o treino. Desempenho esportivo: o excesso de açúcares simples e gorduras ruins pode levar a oscilações energéticas e reduzir a eficiência metabólica. Saúde geral: problemas crônicos, como inflamação e disfunções metabólicas, podem surgir com o tempo. Estratégias para reduzir o consumo Escolha alimentos minimamente processados: priorize fontes naturais e integrais, como frutas, legumes, cereais integrais e carnes magras. Planeje suas refeições: preparar comida em casa ajuda a controlar os ingredientes e evitar aditivos desnecessários. Desenvolva o prazer de cozinhar em casa e de testar receitas saudáveis. Leia os rótulos: identifique produtos com menos aditivos e menor quantidade de açúcar, gordura e sal. Conclusão A revisão deixa claro que, para manter a saúde e o desempenho esportivo, é essencial minimizar o consumo de alimentos ultraprocessados. Além de melhorar a qualidade da dieta, adotar hábitos alimentares saudáveis pode prevenir uma série de doenças crônicas. Lista de consulta 1. BARBARESKO, Janett et al. Ultra-processed food consumption and human health: an umbrella review of systematic reviews with meta-analyses. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 2024. DOI: 10.1080/10408398.2024.2317877. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/38363072/>. Acesso em: 19 dez. 2024. Você consome alimentos processados com regularidade? Por qual motivo? Deixe nos comentários.
-
Na revista FLEX do mês de janeiro de 2009 foi publicado o artigo “Nasty Nutrients” (Nutrientes Ruins) de Jordana Brown, o qual relata que a dieta é essencial para moldar o físico, mas que a maioria das pessoas não se preocupa muito com o que digerem, armazenando em sua cozinha comida industrializada e que por isso é importante entender o que escondem os alimentos processados e produzidos em massa. Xarope de milho: elevados níveis de frutose Depreende-se da leitura que, embora você possa estar seguindo uma dieta, o HFCS (high-fructose corn syrup, xarope de milho de alta frutose em português) está presente em muitos alimentos e pode levar a uma rápida elevação dos níveis de insulina. A Associação dos Refinadores de Milho tem executado uma série de comerciais exaltando as virtudes do xarope de milho. Note-se que ele é feito de milho, tem o mesmo número de calorias que o açúcar e, tal como o açúcar, é bom se consumido com moderação. O xarope de milho e o açúcar de mesa são compostos pelos mesmos dois açúcares simples: glicose e frutose. O açúcar de mesa contém metade de glicose e metade de frutose. O xarope de milho é constituído em torno de 55% de frutose e de 45% de glicose. De outro lado, o xarope de milho não apresenta moléculas de glicose e de frutose ligadas. Toda essa conversa sobre a química é importante porque, apesar do açúcar e do xarope de milho agirem rapidamente sobre os níveis de insulina, é muito provável que o xarope de milho eleve os níveis de insulina mais rapidamente devido ao fato de que ele requerer menos uma etapa para ser digerido (não tem que esperar por enzimas para romper as ligações entre glicose e frutose) antes de entrar no sangue. Há alegações que o xarope de milho pode afetar a saciedade e que a sensação de fome constante associada ao seu consumo poderia, por sua vez, ser responsável por problemas de obesidade. Todavia, existem vários estudos que não encontraram qualquer relação entre a saciedade e o consumo de xarope de milho. O palpite da autora é que nada que seja tão altamente processado como o xarope de milho possa ser bom para o corpo humano em grandes quantidades. O aconselhamento dado é no sentido de limitar o seu consumo, e a melhor forma de evitá-lo é lendo os ingredientes de todos os alimentos a serem comprados, e de procurar alternativas orgânicas, quando possível. Gordura trans As gorduras trans podem elevar a gordura corporal e diminuir a absorção de aminoácidos. Se o xarope de milho é um triunfo da ciência moderna de alimentos, a gordura trans é um infortúnio. Na década de 1970, os nutricionistas concluíram que a gordura contém mais calorias por grama do que qualquer outro nutriente, devido à epidemia da obesidade que estava amanhecendo. No entanto, além dos diversos conselhos dos nutricionistas, a mania da dieta de baixa gordura também provocou a propagação de um dos compostos mais mal intencionados sempre a aparecer nas prateleiras dos supermercados. As empresas de óleos vegetais, na equivocada tentativa de criar um produto mais saudável, trouxeram ao seu produto mono e poliinsaturado a solidez da manteiga: as gorduras trans são criadas quando as moléculas de hidrogênio são adicionadas ao óleo. Quando a dieta de baixa gordura decolou (uma tendência que ainda tem de realmente morrer), as pessoas fugiram da manteiga e passaram a utilizar a margarina. Agora é sabido que as gorduras trans são perigosas, uma vez que não só contribuem para doenças cardíacas, diabetes e lesões no fígado, mas também podem prejudicar os músculos em, pelo menos, duas maneiras. A primeira coisa que as gorduras trans fazem é engordar (o que não é surpresa). Um estudo publicado na edição de julho de 2007 da revista “Obesity” (Obesidade) descreve que um grupo de macacos foi alimentado com uma dieta que continha gorduras trans e outro grupo com uma dieta que continha gorduras saudáveis. As dietas de ambos os grupos foram de calorias controladas, de modo que nenhum grupo deveria elevar o peso. Entretanto, o grupo saudável aumentou cerca de 2% de gordura corporal, enquanto que o de gordura trans aumentou mais de 7%, com uma grande probabilidade desse ganho de peso ir direto para a barriga. Depreende-se, portanto, da leitura que, além de simplesmente esconder seus músculos sob uma camada de gordura, comer uma grande quantidade de gorduras trans pode realmente afetar o modo como eles crescem, diminuindo a captação de aminoácidos, bem como comprometer a integridade da membrana da célula muscular, o que pode levar à degradação dos músculos. Maltodextrina Como o xarope de milho, a maltodextrina pode deixar os alimentos mais doces. Não há nada inerentemente prejudicial na maltodextrina. Em comparação com a gordura trans, é bastante benigna, uma vez que não afeta o sistema cardiovascular. Poderia, no entanto, contribuir para a diabetes ou enterrar os músculos sob uma camada fofa de gordura. A maltodextrina é derivada do milho (ou de outros amidos a exemplo da batata), obtida por um método semelhante ao do xarope de milho. Ela também é usada como adoçante, porque não é tecnicamente açúcar, mas sim um polissacarídeo (longa cadeia de moléculas de açúcar), assim, não está listada como açúcar nos rótulos dos produtos. Mas apenas porque não é o açúcar de acordo com o dicionário produtores de alimentos não significa que o seu corpo não irá interpretá-lo como açúcar. Em geral, quanto maior a cadeia de moléculas, mais ligações o seu corpo tem que quebrar a fim de digerir uma substância e, portanto, mais tempo demora. A maltodextrina, apesar de ser composta por cadeias mais longas de açúcares, é um raro carboidrato complexo (como a batata branca) que é digerido rapidamente. A maltodextrina ilustra bem o fato de que você não pode confiar apenas na etiqueta nutricional dos alimentos. Certifique-se de examinar os ingredientes para quaisquer surpresas, mas não há necessidade de excluir completamente os alimentos que contenham maltodextrina. Como a autora diz, ela não vai matá-lo, mas se comer na hora errada (ou seja, qualquer hora que não seja imediatamente após a musculação), pode retardar seus ganhos musculares. Farinha de trigo enriquecida Na farinha de trigo enriquecida inexiste a maior parte do valor nutritivo dos grãos e das fibras, logo, a ingestão da farinha de trigo integral é muito mais benéfica. Mas cada fabricante quer que se acredite que comer a sua comida vai mantê-lo saudável. Atualmente, um dos conceitos em nutrição é comer-se uma dieta rica em fibras, repleta de cereais integrais, por isso o pão de muitas empresas têm em seus rótulos que contém grãos. Numa edição anterior da FLEX (“Label Lies”, de março/2008) mostrou-se o mascaramento: quando você ler “farinha de trigo enriquecida” como um dos principais ingredientes de um pão de forma, é melhor colocá-lo de volta na prateleira. A matéria explica. Existem três componentes comestíveis nos cereais integrais: o farelo (camada externa que contém toda a fibra), o germe (contém vitaminas e minerais, bem como proteína e gordura) e o endosperma (o amido, o carboidrato). Quando os grãos são refinados, o farelo e o endosperma são removidos, assim, as empresas de panificação substituem a falta de vitaminas e minerais através de um processo chamado “enriquecimento”. Aconselha a revista a ignorar os pães ou outros produtos de grãos que contenham farinha de trigo enriquecida, uma vez que foram eliminados os seus nutrientes e a sua fibra, e a procurar pela farinha de trigo integral, pois terá certeza de estar comprando o melhor para a lenta digestão de carboidratos. Álcoois de açúcar Como você não quer que compostos hidrogenados fermentem em seu intestino, a FLEX indica o que procurar e o que ignorar nas prateleiras dos supermercados. A probabilidade de você não ver a palavra “ álcool de açúcar” no rótulo de um produto é grande. Aparecem as palavras maltitol, manitol, sorbitol, xilitol ou hidrolisados de amido. Os álcoois de açúcar representam mais uma tentativa de adoçar alimentos sem adicionar açúcar ou carboidratos. A maioria deles se encontram presentes em frutas e legumes, mas o HSH (hydrogenated starch hydrolysate) é criado pela união de moléculas de hidrogênio e carboidratos, cujo resultado é um doce composto que não afeta drasticamente o açúcar no sangue e é mal absorvido pelo organismo. Isso significa que é ótimo para pessoas em dietas de baixo carboidrato, mas não tanto para o intestino. Quando diz-se que álcoois de açúcar não são bem absorvidos pelo corpo, significa que, quando atingem o intestino, o corpo não sabe o que fazer com eles, por isso são ignorados. Ao ficarem no intestino, fermentam, causando inchaço, gases e outros aborrecimentos. Algumas pessoas são mais sensíveis a eles do que outras, mas estes álcoois devem ser definitivamente evitados. A autora entende que as empresas que fazem os alimentos processados que estão nas prateleiras dos supermercados não se preocupam com o tamanho do seu bíceps, da sua cintura ou quão limpas são as suas artérias. Tudo o que lhes importa é o quanto você vai gastar. Isso quer dizer, especialmente para aqueles que são de fato profundamente preocupados com o físico e a saúde, que têm de tornar-se super vigilantes, tudo na tentativa de não adquirir o que tais empresas fornencem, para não colocar em perigo a saúde e não colocar os músculos em jogo. Nutrientes bons que parecem ruins Monoglicerídeos e diglicerídeos À página 226, da edição de janeiro de 2009, a FLEX explica que a maioria das gorduras na dieta são chamadas de triglicerídeos, pois contêm três componentes ácidos gordurosos. Assim como seus nomes implicam, os monoglicerídeos têm apenas um componente ácido gorduroso e os diglicerídeos têm dois. As pesquisas têm descoberto que esses dois tipos de gordura são queimados mais rapidamente como fonte de energia do que armazenados como gordura se comparados aos triglicerídeos. Lecitina A lecitina é, com frequência, derivada da soja e usada como emulsificante, o que significa que ajuda a misturar ingredientes que normalmente não se harmonizam. Hoje em dia, a lecitina tem beneficiado os fisiculturistas (embora a quantidade presente na maioria dos alimentos não é suficiente para proporcionar um benefício real). A lecitina também é conhecida como fosfatidilcolina, pois fornece colina. A colina é importante para movimentar a gordura nas células e também é um componente do neurotransmissor acetilcolina. A acetilcolina é uma molécula que é liberada dos nervos motores, estimulando os músculos a se contraírem. Durante um treino intenso, esse neurotransmissor fica empobrecido e leva à fadiga muscular. Se ingerir-se colina em quantidade extra, ajudar-se-á a repor a acetilcolina, o que pode auxiliar a fazer mais repetições. Inulina A inulina é uma fibra derivada da chicória, usada na comida como substituta do açúcar à gordura, não tem praticamente nenhum impacto calórico, é excelente para manter o funcionamento do intestino, aumenta a absorção de cálcio e age como prebiótico, incentivando o crescimento de úteis bactérias intestinais. FONTE do artigo: Revista FLEX de janeiro de 2009
-
- alimentos industrializados
- lecitina
- (e 5 mais)