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Muita informação sobre trembolona


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Apesar de ser um derivado direto da nandrolona,
não se deve confundir os efeitos dessas duas drogas. Estruturalmente a
diferença entre os dois esteróides são as ligações duplas presentes na
molécula da trembolona nos carbonos 9 e 11, ligações essas que não estão presentes na molécula de nandrolona.


[ad#2]As Características


Tempo de ação: 2-3 dias

Dosagem relatada: 200-700mg por semana

Aromatiza: não

Converte-se em DHT: não

Acne: sim

Retenção hídrica: não

Pressão Alta: sim

Inibe o eixo HPT: sim, muito

Hepatotóxica: não

Nefrotóxica: não (LEIA O TEXTO E SABERÁ O PORQUE)


Os Efeitos


Apesar de ser um derivado direto da
nandrolona, não se deve confundir os efeitos dessas duas drogas.
Estruturalmente a diferença entre os dois esteróides são as ligações
duplas presentes na molécula da trembolona nos carbonos
9 e 11, ligações essas que não estão presentes na molécula de
nandrolona. Essas ligações duplas são responsáveis pela diferença nos
efeitos das duas drogas, especialmente a ligação dupla situada no
carbono 9, que impede que a molécula de trembolona seja convertida em estrógeno pela enzima aromatase, diferente da nandrolona que apesar de ser um substrato.


Sem os colaterais estrogênicos (como
retenção hídrica, rápido acumulo de gordura, diminuição na lipólise) e
sendo um potente andrógeno a trembolona é uma ótima escolha para os ciclos de definição. A ação androgênica da trembolona
é muito mais forte que da nandrolona – na verdade ela é muito mais
androgênica que a própria testosterona (4) – por dois motivos. Em
primeiro lugar, a trembolona se fixa muito bem aos
receptores androgênicos, sendo esta uma característica das 19nor. As
ligações duplas nos carbonos 9 e 11 aumentam a fixação da molécula de trembolona nos receptores androgênicos (2), tornando-a um agonista mais potente que a sua droga mãe. Depois, e ainda mais importante, a trembolona
não é reduzida pela enzima 5-alfa-reductase (1), isso faz com que ela
entre nas células de vários tecidos com o mesmo poder de fixação que
entra nas células musculares. Isso explica o porque da nandrolona (que é
reduzida pela 5-alfa-reductase) ser bem menos androgênica.


Assim como as células musculares, as células de gorduras também possuem receptores androgênicos (5), e sendo a trembolona
um forte agonista desses receptores, é responsável pela excepcional
queima de gordura que já é bem conhecida entre os seus usuários e
comprovada em estudos científicos (3)(6). Ao que tudo indica, quanto
mais forte o andrógeno se liga aos receptores, maior é a queima de
gordura (6). No entanto é válido observar que a perda de gordura
proporcionada pela trembolona não ocorre quando ela
está competindo com estrógeno circulante (3), que é um metabólito usual
de drogas como metandrostenolona e testosterona. Some a isso o aspecto
muscular sólido e compacto decorrente da forte ação androgênica da trembolona
e entendemos porque muitos culturistas a consideram indispensável em um
ciclo de cutting. Como muitos autores e usuários, acredito também que
não exista droga melhor para esta finalidade.


No entanto não devemos relegar a trembolona aos ciclos de cutting e esquecer suas propriedades anabólicas. Quando se fala em construção muscular, muitas vezes vemos a trembolona
ser colocada lado a lado com drogas como a testosterona e a
metandrostenolona, porém esta é uma comparação falha. O fato de não se
converter em estrógeno tem influência negativa sobre os resultados, uma
vez que o estrógeno também é esteróide com propriedades anabolizantes,
agindo diretamente nos mecanismos de utilização de glicose pelo músculo,
na produção de GH e IGF-1, e na proliferação de receptores andrógenos
(7)(8). No entanto, se compararmos miligrama por miligrama, a trembolona
certamente proporciona mais músculos que a nandrolona ou qualquer outra
droga que não tenha ação estrogênica. Assim, o que podemos esperar
quando usamos apenas trembolona são ganhos razoáveis de massa muscular, com ótima qualidade e mantidos facilmente.


Os mecanismos pelos quais a trembolona
promove a construção muscular ainda não são entendidos na íntegra,
porém vale enumerar aquilo que já conhecemos sobre eles. Como você deve
imaginar, a trembolona aumenta a retenção de nitrogênio no organismo (9), o que significa mais material para a formação de músculos. A trembolona
também aumenta a proliferação e maturação das células satélite, como
resultado do aumento da sensibilidade dessas células ao IGF-1 (10).
Sinergicamente, ela também aumenta a liberação do próprio IGF-1 (11).
Com grande efeito sobre a força e recuperação dos músculos pós-treino, a
trembolona promove aumento na síntese de glicogênio e fosfocreatina (8).


Do outro lado da equação, a trembolona
combate os efeitos do cortisol em vários níveis, atuando como um
inibidor deste hormônio (12), bloqueando seus receptores (13) e
alterando-os durante e após o seu uso (14). Isso significa que mesmo
depois de encerrada a administração de trembolona você
ainda contará com menor atividade catabólica. Isso explica em partes o
porque dos resultados obtidos com esta droga serem mantidos com maior
facilidade do que aqueles obtidos com outras drogas.


O Uso


A trembolona é uma
droga muito versátil, podendo ser colocada em praticamente qualquer
ciclo, independente do objetivo. Como já dito anteriormente, a trembolona
sozinha é uma droga fantástica para ciclos de definição. Porém, quando
outras drogas muito androgênicas e sem ação estrogênica (como a
drostonolona) são utilizadas em conjunto os resultados são muito mais
visíveis. A medida que a relação andrógenos/estrógenos aumenta, a
presença de líquido subcutâneo diminui, favorecendo ainda mais a
definição e a queima de gordura. Drogas mais anabólicas, como o
estanozolol, também se encaixam bem para este objetivo ou mesmo para
ciclos em que o objetivo é ganhar massa magra com pouca ou nenhuma
retenção hídrica.


Alias, o estanozolol tem se mostrado uma ótima combinação para a trembolona por dois motivos. Em primeiro lugar, a trembolona
é um agonista dos receptores de progesterona (mais sobre este assunto a
seguir) e o estanozolol age no sentido contrário, como um antagonista
destes mesmos receptores. E depois, a trembolona como
já sabemos se liga com muita força aos receptores androgênicos,
promovendo assim os efeitos mediados por esta ligação. Já o estanozolol
se liga de maneira muito fraca aos receptores androgênicos, exercendo
sua ação majoritariamente por outras vias que não a dos receptores.
Apesar deste tipo de ação ainda não ser bem compreendido já se sabe que
ele existe. Assim, quando trembolona e estanozolol se
encontram em um mesmo ciclo, você conta com ação nos dois sentidos:
mediados e não mediados pelos receptores androgênicos.


Se o objetivo é ganhar massa muscular
sem muita retenção hídrica, drogas que possuam pouca ação estrogênica
são as escolhas ideais. Entre elas estão o propionato de testosterona e a
boldenona. A presença de quantidades controladas de estrógeno irá
favorecer o anabolismo sem prejudicar tanto a qualidade muscular. Estas
drogas ainda podem ser utilizadas em um ciclo de definição, desde que
utilizada em conjunto com um inibidor de aromatase afim de
reduzir/eliminar a conversão em estrógeno.


Quando o que se deseja é ganhar muito
volume, drogas como enantato ou cipionato de testosterona, oximetolona
ou metandrostenolona irão adicionar a ação estrogênica necessária para
obter grandes resultados, porém sem contar com muita qualidade muscular.


Os Colaterais


Mesmo não sendo atingida pela enzima 5-alfa-reductase, que normalmente reduz os esteróides à formas mais androgênicas, a trembolona
por si só é capaz de produzir efeitos colaterais desta natureza, como
pele oleosa, acne, queda de cabelo e hipertrofia da próstata. Comparando
o valor androgênico da testosterona (100) e da trembolona
(500) fica mais fácil entender porque a redução não é necessária para
que estes colaterais se manifestem, de forma que o uso de finasterida
para evitar alguns desses colaterais é ineficaz. Ainda sobre os
colaterais androgênicos, a trembolona pode induzir os
usuários a se comportar de forma agressiva. Este colateral costuma ser
relatado em sua maioria por pessoas que estão sob os efeitos da trembolona
durante longos períodos e com doses excessivas. Apesar de este ser
considerado por alguns um efeito colateral, outros se beneficiam desta
agressividade aplicando-a durante o treino para aumentar o desempenho.
Por certo você já percebeu que os pesos costumam ficar mais leves quando
você vai treinar depois de uma briga com a patroa ou quando alguém
consegue te tirar do sério a caminho da academia (neste ponto sempre
encontramos uma pessoa disposta a ajudar!).


Quanto aos colaterais estrogênicos a preocupação deve ser mínima. A trembolona
não é convertida em estrógeno, logo não induz efeitos colaterais como
ginecomastia, retenção hídrica ou ganho acelerado de gordura por esta
via. Então porque a preocupação deve ser mínima e não nula? A molécula
de trembolona (assim como a nandrolona) é parecida com a
molécula de progesterona, sendo capaz de se ligar aos seus receptores
(15)(16). Um efeito conhecido da progesterona é a sua capacidade de
potencializar os efeitos do estrógeno (17). Assim, o cuidado deve ser
redobrado quando a trembolona é usada em conjunto com outra droga de ação estrogênica.


A progesterona, tecnicamente, é capaz de induzir por si só efeitos colaterais estrogênicos, porém quando a trembolona
é usada sem a presença de estrógeno raramente é associada à retenção
hídrica, e mais raramente ainda à ginecomastia e acumulo de gordura
acelerado. Apesar de não existirem estudos comprovando que a ação
progestênica da trembolona por si só é incapaz de
produzir colaterais estrogênicos, as evidências apontam nesta direção.
Mesmo sendo a progesterona um estrógeno, seus receptores também mediam
alguns efeitos androgênicos secundários. Drogas como a trembolona,
nandrolona e estanozolol parecem ativar estes efeitos quando se ligam
aos receptores da progesterona, podendo causar perda de libido e
disfunção erétil (8), sendo o estanozolol muito mais brando quanto a
este efeito se comparado às drogas da família 19-nor. Em todo caso,
existem drogas que podem ser utilizadas em conjunto para combater o
efeito progestênico da trembolona, como o estanozolol e
o citrato de tamoxifeno que agem como leves antagonistas dos receptores
de progesterona. Para uma ação anti-progestênica mais eficaz existem
também outras duas opções, que são o fulvestrante e a droga conhecida
por RU-486 (pílula abortiva), porém essas duas drogas também possuem
seus efeitos colaterais, são muito caras e de difícil acesso.


A trembolona inibe a
produção endógena de testosterona. Apesar de não se converter em
estrógeno, que o maior vilão quando o assunto é inibição do eixo HPT, o
poder androgênico da trembolona suprime o eixo hormonal
muito rapidamente. Como todos os esteróides sexuais tem efeitos
negativos sobre o eixo, não podemos eliminar a ação progestênica da trembolona sobre este colateral.


Em muitos lugares se comenta sobre a nefrotoxidade da trembolona,
no entanto não existem evidências que confirmem este colateral. Ao que
parece o rumor sobre este colateral se originou graças a coloração da
urina que costuma ficar mais escura, normalmente em um tom de cor entre o
laranja e o marrom. Porém isto não acontece por sobrecarga renal e sim
devido à molécula de trembolona sofrer pouca alteração antes de ser excretada, e assim modificando a cor natural da urina. Já notou que a trembolona
tem a cor mais escura que as outras drogas? E que a cor da urina fica
bem parecida? A urina costuma ficar muito escura quando a trembolona
é usada em doses excessivas, o que assusta os usuários induzindo-os a
pensar que existe sangue sendo excretado em conjunto ou que indica a
nefrotoxidade da droga, mas como já explicado, isto é um erro. Mesmo não
provocando retenção de água e sal a trembolona é
conhecida por aumentar a pressão sanguínea de seus usuários, e isto sim
pode gerar problemas renais, juntamente com a perda rápida de água
causada pelo aumento no metabolismo basal, de forma que durante o uso de
trembolona é uma boa pratica checar a pressão sanguínea regularmente e aumentar a ingestão de água.


A questão da toxidade ao fígado causada pela trembolona também tem sido levantada com muita freqüência. No entanto, isso parece ser mais um mito. A trembolona não é um 17aa, logo não deve apresentar riscos ao fígado. A única referência séria que encontrei até o momento afirmando que a trembolona
é hepatotóxica foi do autor L. Rea (8), porém recentemente ele voltou
atrás no teor da sua publicação e apontou o excesso de álcool benzílico
presente em algumas conversões, bem como as soluções não estéreis de
Finaplix, como causadores desta toxidade (18).


Alguns usuários sofrem de um ataque súbito de tosse após as injeções de trembolona.
Ela se manifesta de forma violenta e incontrolável na maioria das
vezes, por um período de no máximo um minuto ou dois, e depois some.
Existem usuários que manifestam este colateral todas as vezes que
administram a droga, alguns o manifestam exporadicamente e outros sofrem
com a tosse raramente ou nunca sofreram. Esta tosse ainda não tem uma
explicação definitiva, apesar de existirem várias teorias para explicar
este colateral. Uma delas alega que a trembolona possui
um mecanismo único que causa bronquioconstrição, porém esse mecanismo
não teria uma ação tão rápida para provocar a tosse logo após a injeção
de trembolona. Além do mais, esta tosse não parece ser exclusiva da trembolona,
já que alguns usuários alegam ter sofrido este colateral ao usar outros
EAAs como boldenona ou cipionato de testosterona. Outra possibilidade
seria a quantidade excessiva de álcool benzílico presente nas conversões
de alguns laboratórios underground. Contudo, sendo esta teoria
verdadeira, a tosse ocorreria com o uso de outras substâncias que levam a
mesma quantidade de álcool benzílico, como o propionato de
testosterona, fato que não acontece. A teoria mais aceita, e que parece
fazer mais sentido, atribui este efeito à pureza da droga. A trembolona
é uma substância muito difícil de ser refinada (bem como a boldenona e o
cipionato de testosterona), então dependendo do grau de sua pureza, a
solução contém uma parcela menor ou maior detrembolona oxidada, que
seria o agente causador deste colateral, procando uma espécie de
anafilaxia. Esta teoria se valida pela experiência de alguns usuários ao
relacionar este colateral à cor da solução de trembolona, que quanto mais clara (ou seja, mais pura) menos chances tem de se manifestar.


Infelizmente, a trembolona reduz a produção de T3 (19). Apesar da trembolona
ser uma ótima droga para definição, este é um colateral
contraproducente. Adicionar T3 exógena ao ciclo é uma pratica eficaz
para maximizar os efeitos da trembolona.



 


Referências:

1. J Chromatogr. 1991 Apr 5;564(2):485-92.

2. Toxicol Sci. 2002 Dec;70(2):202-11.15

3. J Anim Sci 1987 May, 64 (5): 1428-33

4. Neumann F. Environ Qual Saf Suppl 1976 (5) 253-64

5. Am J Physiol. 1998 Jun;274(6 Pt 1):C1645-52.

6. Biochim Biophys Acta. 1995 May 11;1244(1):117-20.

7. http://www.mesomorphosis.com/articles/llewellyn/trenbolone.htm

8. Rea, Building The Perfect Beast, 2003.

9. J Anim Sci 1994 Feb;72(2):515-22.

10. Endocrinology 1989 May, 124 (5): 2110-7

11. J Cell Physiol. 2004 Nov;201(2):181-9.

12. J Anim Sci. 1990 Sep;68(9):2682-9

13. APMIS. 2001 Jan;109(1):1-8.

14. Rea, Chemical Muscle Enhancement, 2002.

15. Apmis, Volume 108, Number 12, December 2000 , pp. 838-846(9)

16. Cancer Research 38, 4186-4198, November 1, 1978

17. Endocrinology, 1978 Jul;103(1):186-92.

18. L Rea, On THe Issue of Tren Toxicity, www.anabolicminds.com

19. Res Vet Sci. 1981 Jan;30(1):7-1

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Fodástica a trembo. Ainda preciso de mais maturidade e experiencias com ciclos mas já estou estudando-a para um futuro.

Foda é mexer com T3

conselho de amigo?

 

acho que sou considerado o mais porra louca do forum...

não viaja em t3 não, vc pode dar sorte de acertar, mas o erro minimo vai fuder com vc forever e n tem jeito!

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