
Imagem meramente ilustrativa e que pode ser fictícia.
Tabela resumida | |
Princípio ativo: | Testosterona suspensão |
Nome comercial mais conhecido: | Testosus® |
Família: | Testosterona (base, sem éster) |
Forma: | Suspensão aquosa injetável (IM) |
Meia-vida: | < 24 horas |
Anabolismo (hipertrofia): | |
Androgenia (masculinização): | |
Estrogenismo (feminilização): | |
Hepatoxidade: | |
Efeito lipolítico (queima de gordura): | |
Retenção hídrica: | |
Distúrbios psicológicos: | |
Disponibilidade (acesso no mercado): | |
Preço (custo): |
Introdução
O que é a testosterona suspensão?
A testosterona suspensão é uma preparação farmacêutica injetável, administrada por via intramuscular (IM), que contém testosterona pura, ou seja, não esterificada. Sua característica fundamental reside na ausência de uma molécula de éster ligada à testosterona, diferindo-a de praticamente todas as outras formas injetáveis comuns do hormônio, como o enantato, cipionato ou propionato de testosterona. Nesta formulação, a testosterona encontra-se na forma de microcristais suspensos em um veículo aquoso (à base de água).
A ausência do éster tem uma consequência farmacocinética crucial. Uma vez injetada, a testosterona não necessita passar pelo processo de clivagem enzimática (hidrólise do éster) para se tornar ativa. Em vez disso, os microcristais se dissolvem gradualmente no fluido intersticial do músculo, e a testosterona livre é absorvida diretamente para a corrente sanguínea de forma muito rápida. Embora a dissolução dos cristais module a liberação, a cinética geral é dominada pela rápida absorção e curta meia-vida da testosterona livre, resultando em um início de ação quase imediato comparado às formas esterificadas. Historicamente, representa uma das primeiras tentativas de administrar testosterona exógena por via parenteral após sua descoberta e síntese. A identidade central da testosterona suspensão, portanto, está na sua estrutura não esterificada, que dita seu perfil farmacocinético único e suas características de uso.
Um pouco da história
A história da testosterona suspensão remonta aos primórdios da endocrinologia moderna. Após o isolamento e a síntese da testosterona na década de 1930, surgiu a necessidade de desenvolver formas farmacêuticas para sua administração terapêutica. A suspensão aquosa de testosterona microcristalina foi uma das primeiras preparações parenterais (injetáveis) criadas, preenchendo uma lacuna antes do desenvolvimento dos ésteres de testosterona.
Inicialmente, foi utilizada na medicina para induzir rapidamente os efeitos androgênicos desejados em pacientes com hipogonadismo. Contudo, suas limitações farmacocinéticas logo se tornaram evidentes. A ausência de um éster resulta em uma absorção muito rápida, mas também em uma eliminação igualmente veloz, conferindo-lhe uma duração de ação extremamente curta, tipicamente inferior a 24 horas. Isso exigia injeções muito frequentes – diárias ou até múltiplas vezes ao dia – para manter níveis terapêuticos minimamente estáveis, o que se revelou impraticável e inconveniente para a maioria das aplicações clínicas, especialmente para a terapia de reposição de testosterona (TRT) de longo prazo.
Com o advento de ésteres como o propionato (ação curta, mas mais longa que a suspensão) e, posteriormente, o enantato e o cipionato (ação prolongada), que permitiam intervalos de administração mais convenientes (de dias a semanas), o uso médico da testosterona suspensão tornou-se largamente obsoleto.
Apesar de sua obsolescência clínica, a testosterona suspensão encontrou um nicho persistente no mundo do fisiculturismo e dos esportes de força, particularmente entre atletas experientes ou "hardcore". A razão para essa sobrevida reside paradoxalmente em sua principal desvantagem médica: a ação extremamente rápida e potente. A capacidade de gerar um pico hormonal agudo e intenso poucas horas após a injeção é explorada por esses usuários como um "impulso" pré-treino ou pré-competição, buscando um aumento imediato na força, agressividade percebida e vascularização ("pump"). Assim, a testosterona suspensão exemplifica como uma característica farmacocinética indesejável para a terapia pode ser reinterpretada como vantajosa em contextos de melhoria de performance não médicos, onde a estabilidade hormonal é sacrificada em prol de um efeito agudo e transitório.
Status legal
No Brasil, a testosterona, em todas as suas formas, incluindo a suspensão aquosa, é classificada como substância anabolizante e está sujeita a controle especial. Ela consta na Lista C5 (Lista de Substâncias Anabolizantes) da Portaria SVS/MS nº 344/98 e suas atualizações, como a RDC nº 98/2000 que explicitamente incluiu a testosterona nesta lista. A dispensação de medicamentos contendo testosterona exige a apresentação de Receita de Controle Especial em duas vias, ficando uma retida na farmácia.
Adicionalmente, o Conselho Federal de Medicina (CFM), através da Resolução CFM nº 2.333/2023, estabeleceu normas éticas rigorosas para a prescrição de terapias hormonais com esteroides androgênicos e anabolizantes (EAA). Esta resolução proíbe expressamente a prescrição e o uso dessas substâncias, incluindo a testosterona, para fins estéticos (como definição muscular), para ganho de massa muscular (hipertrofia) ou para melhora do desempenho esportivo em atletas amadores ou profissionais. A resolução enfatiza que a terapia hormonal só é eticamente permitida para tratar condições médicas de deficiência hormonal comprovada, onde haja nexo causal estabelecido e evidências científicas de benefício.
Disponibilidade no mercado brasileiro
A testosterona suspensão é extremamente rara nos canais farmacêuticos legais no Brasil. Praticamente não existem produtos comerciais registrados e aprovados pela ANVISA que contenham exclusivamente esta formulação. A complexidade técnica envolvida na produção de suspensões aquosas microcristalinas estéreis também dificulta sua obtenção através de farmácias de manipulação.
Como consequência direta dessa indisponibilidade legal e das restrições regulatórias para uso não médico, a presença da testosterona suspensão no mercado brasileiro está quase que inteiramente restrita ao mercado paralelo, operado por laboratórios clandestinos (Underground Labs - UGLs). Isso acarreta riscos significativos para o usuário, relacionados à falta de controle de qualidade, esterilidade duvidosa, subdosagem ou superdosagem, e potencial contaminação com outras substâncias ou microrganismos. A dificuldade de acesso legal, combinada com a proibição do CFM para usos de performance, empurra os potenciais usuários para fontes ilícitas e perigosas.
Regulamentação do Conselho Federal de Medicina (CFM)
Conforme mencionado, a Resolução CFM nº 2.333/2023 veda categoricamente a prescrição de testosterona e outros EAA para finalidades estéticas ou de melhora de desempenho físico ou esportivo. Qualquer médico que prescreva testosterona suspensão para esses fins está sujeito a sanções ético-profissionais.
Status de doping
A testosterona é classificada pela Agência Mundial Antidoping (WADA) como um S1.1 Agente Anabólico Androgênico Esteróide (EAA) exógeno na Lista de Substâncias e Métodos Proibidos. Conforme a lista válida para 2025, seu uso é proibido a todo momento, tanto em competição quanto fora de competição, para atletas sujeitos ao Código Mundial Antidoping. A testosterona é considerada uma substância não-especificada, o que geralmente implica sanções mais severas em caso de violação das regras antidoping.
Detecção em testes antidoping
A detecção do uso de testosterona suspensão apresenta particularidades devido à sua farmacocinética. Sendo testosterona pura, ela é quimicamente indistinguível da testosterona endógena uma vez na corrente sanguínea.
- Níveis hormonais e razão T/E: a testosterona livre administrada pela suspensão é metabolizada e eliminada rapidamente. Consequentemente, os níveis de testosterona na urina e a razão Testosterona/Epitestosterona (T/E), um marcador inicial de triagem, podem retornar a níveis considerados normais dentro de um período relativamente curto após a última injeção, possivelmente em 2 a 5 dias. Historicamente, essa rápida normalização da T/E tornou a suspensão atraente para atletas que tentavam evitar a detecção em testes que se baseavam primariamente nesse parâmetro, especialmente se houvesse um curto intervalo entre o uso e o teste.
- Teste IRMS (Isotope Ratio Mass Spectrometry): no entanto, os métodos antidoping modernos utilizam a técnica de Espectrometria de Massa de Razão Isotópica acoplada à Cromatografia Gasosa e Combustão (GC/C/IRMS). Este teste não mede apenas a quantidade de hormônios, mas sim a sua origem (endógena vs. exógena). Ele se baseia na diferença da razão entre isótopos de carbono (¹³C/¹²C) na molécula de testosterona ou seus metabólitos. A testosterona sintética, geralmente derivada de fontes vegetais (plantas C3 como soja ou inhame mexicano), possui uma assinatura isotópica (um valor δ¹³C) diferente (mais "leve" ou depletada em ¹³C) daquela produzida naturalmente pelo corpo humano. O teste IRMS é capaz de detectar essa assinatura isotópica exógena mesmo após a normalização da razão T/E.27 A janela de detecção por IRMS para a testosterona suspensão é mais curta do que para os ésteres de ação longa (como enantato ou undecanoato), mas ainda assim pode se estender por semanas (estimativas variam, mas possivelmente 1-2 semanas ou mais), dependendo da dose, duração do uso, metabolismo individual e sensibilidade do teste. Portanto, o uso de testosterona suspensão ainda representa um risco significativo de detecção para atletas submetidos a testes antidoping modernos e abrangentes. A detecção direta de ésteres no sangue é uma ferramenta adicional para ésteres, mas não se aplica à suspensão, embora ilustre a sofisticação crescente dos métodos.
Contexto no fisiculturismo
Devido ao seu status na lista da WADA, a testosterona suspensão é estritamente proibida em competições de fisiculturismo natural ou testado. Seu uso persiste em federações ou categorias não testadas ("Untested", "Tradicional"), onde os atletas podem utilizá-la estrategicamente para obter picos de performance e aparência (vascularização, "pump") imediatamente antes de competições ou durante fases específicas de treinamento intenso, explorando sua rápida ação e curta duração percebida (embora o risco de IRMS permaneça).
Para que serve (efeitos esperados)
Usos médicos aprovados
Atualmente, a testosterona suspensão é considerada praticamente obsoleta para uso médico rotineiro. Sua farmacocinética desfavorável – caracterizada por picos e vales hormonais extremos e uma duração de ação muito curta – torna-a inadequada para a terapia de reposição de testosterona (TRT) ou outras condições que requerem níveis hormonais estáveis e sustentados. As formulações de testosterona esterificada (como cipionato, enantato, undecanoato) oferecem perfis farmacocinéticos muito superiores, permitindo administração menos frequente e níveis hormonais mais fisiológicos e previsíveis.
Principais efeitos fisiológicos e desejados (não médicos)
O uso contemporâneo da testosterona suspensão está quase inteiramente confinado ao âmbito não médico, particularmente no fisiculturismo e esportes de força, onde sua única característica distintiva – a rapidez de ação – é explorada para fins específicos:
- Ação anabólica/androgênica imediata: os efeitos da testosterona tornam-se perceptíveis muito rapidamente após a injeção, frequentemente em questão de horas. Isso pode incluir um aumento agudo na força muscular, uma sensação de maior energia e agressividade para o treino, aumento da vascularização visível e um intenso "pump" muscular durante o exercício. Essa rapidez é o principal atrativo para usuários de performance.
- Impulso pré-treino/pré-competição: este é o uso mais comum relatado. Atletas utilizam a suspensão imediatamente antes de sessões de treino consideradas cruciais ou nos dias/horas que antecedem uma competição para maximizar a performance física e obter um efeito psicológico de aumento de confiança e intensidade.
- Kickstart de ciclos: ocasionalmente, pode ser usada no início de um ciclo de esteroides que inclui ésteres de ação longa (como enantato ou cipionato). O objetivo é "sentir" os efeitos anabólicos/androgênicos rapidamente enquanto os ésteres mais lentos levam dias ou semanas para atingir níveis terapêuticos. No entanto, esteroides orais de ação rápida, como a metandrostenolona (Dianabol®), são frequentemente preferidos para essa finalidade devido à maior conveniência e menor dor associada à administração.
- Inadequação para ganhos sustentados: é fundamental notar que a testosterona suspensão não é uma escolha prática ou eficaz para ciclos longos focados no ganho de massa muscular sustentado. A necessidade de injeções extremamente frequentes (pelo menos duas vezes ao dia para tentar manter níveis minimamente elevados) e a dor pós-injeção (PIP) notoriamente severa tornam seu uso prolongado insustentável e indesejável para a maioria dos indivíduos. Sua utilidade reside no efeito agudo, não na construção de massa a longo prazo.
Mecanismo de ação
O mecanismo de ação da testosterona suspensão, uma vez que a testosterona livre entra na corrente sanguínea, é o mais direto possível, pois se trata da molécula hormonal ativa em sua forma pura, não esterificada. Diferentemente das preparações esterificadas, não há necessidade de uma etapa intermediária de clivagem do éster por enzimas esterases nos tecidos para liberar a testosterona ativa.
Assim que os microcristais se dissolvem no local da injeção e a testosterona é absorvida, ela circula no sangue (ligada em grande parte a proteínas como SHBG e albumina, e uma pequena fração livre) e exerce seus efeitos ao se ligar diretamente aos Receptores de Andrógenos (AR) presentes no citoplasma e/ou núcleo das células-alvo em diversos tecidos (músculo esquelético, osso, pele, sistema nervoso central, órgãos sexuais, etc.). A ligação da testosterona ao AR desencadeia uma cascata de eventos moleculares que modulam a expressão gênica, levando aos efeitos fisiológicos conhecidos dos andrógenos, incluindo os efeitos anabólicos (síntese proteica, crescimento muscular) e androgênicos (desenvolvimento de características sexuais masculinas, efeitos na libido, pele, etc.).
Além da ação direta via Receptores Andrógenos (AR), a testosterona também serve como substrato para duas enzimas chave:
- 5-alfa-redutase: esta enzima converte a testosterona em dihidrotestosterona (DHT), um metabólito que se liga ao AR com afinidade ainda maior e é o principal responsável pelos efeitos androgênicos em tecidos como a pele (acne, oleosidade), folículos capilares (calvície de padrão masculino em indivíduos predispostos) e próstata.
- Aromatase (CYP19A1): esta enzima converte a testosterona em estradiol (E2), o principal estrogênio humano. A aromatização é responsável pelos efeitos colaterais estrogênicos associados à terapia com testosterona, como ginecomastia e retenção hídrica.
A ausência de um éster não altera esses mecanismos fundamentais de ação ou metabolismo, mas permite que a testosterona livre atinja os receptores e as enzimas metabolizadoras de forma muito mais rápida e em concentrações de pico mais elevadas logo após a administração, comparado às formas esterificadas.
Farmacocinética
A farmacocinética da testosterona suspensão é única entre as preparações injetáveis de testosterona e dita suas características de uso e perfil de efeitos colaterais.
- Absorção: a absorção da testosterona a partir do local da injeção intramuscular (IM) é muito rápida. Os microcristais de testosterona suspensos no veículo aquoso se dissolvem no ambiente tecidual e a testosterona livre é rapidamente transferida para a circulação sistêmica.
- Níveis séricos e Tmax: este processo resulta em um pico (Tmax) muito rápido e acentuado nos níveis de testosterona sérica, geralmente ocorrendo poucas horas após a injeção. As concentrações atingidas no pico podem ser significativamente suprafisiológicas.
- Queda rápida: tão rapidamente quanto sobem, os níveis séricos de testosterona começam a cair de forma acentuada após o pico, à medida que a testosterona livre é distribuída aos tecidos e metabolizada.
- Flutuações: o resultado líquido desse perfil de absorção e eliminação rápidas são flutuações extremas nos níveis hormonais ao longo do dia. Mesmo com múltiplas injeções diárias (e.g., duas vezes ao dia), o usuário experimenta picos muito altos seguidos por vales relativamente baixos antes da próxima dose, criando um ambiente hormonal instável.
- Meia-vida (T½): a meia-vida farmacocinética da testosterona livre endógena no sangue é intrinsecamente curta (estimativas variam, mas na ordem de minutos a poucas horas). Embora a dissolução dos microcristais da suspensão prolongue um pouco a liberação em comparação com uma injeção IV de testosterona livre, a duração efetiva da ação de uma única injeção de suspensão é limitada, geralmente considerada inferior a 24 horas. Isso necessita da administração frequente para manter os níveis elevados.
- Distribuição/metabolismo/excreção: uma vez na corrente sanguínea, a testosterona proveniente da suspensão segue as vias normais de distribuição (ligação a proteínas plasmáticas), metabolismo (principalmente hepático, para metabólitos como androsterona e etiocolanolona) e excreção (principalmente renal, como conjugados glicuronídeos e sulfatos).
Em resumo, a farmacocinética da testosterona suspensão é caracterizada por um "tudo ou nada": um pico rápido e intenso seguido por uma queda rápida, resultando em instabilidade hormonal. Este perfil explica tanto o efeito imediato desejado em contextos de performance quanto a impraticabilidade para uso terapêutico e a necessidade de dosagem frequente e dolorosa.
Efeitos colaterais
A testosterona suspensão compartilha todos os potenciais efeitos colaterais associados a outras formas de testosterona exógena. No entanto, a natureza de sua farmacocinética – com picos suprafisiológicos rápidos e flutuações extremas – pode exacerbar a incidência, a velocidade de início e a severidade de alguns desses efeitos adversos.
Dor pós-injeção extrema
Este é talvez o efeito colateral mais notório e distintivo da testosterona suspensão. As injeções são frequentemente descritas como extremamente dolorosas, muito mais do que as injeções de testosterona em base oleosa. A dor pode ser intensa, acompanhada de inchaço significativo, vermelhidão, calor local e dificuldade ou incapacidade de usar o músculo injetado por vários dias. As causas prováveis incluem a irritação causada pelo veículo aquoso, a presença dos microcristais de testosterona no tecido muscular, o volume injetado e a frequência das injeções que impede a recuperação tecidual adequada. A necessidade potencial de usar agulhas de maior calibre (e.g., 21G-23G) para administrar a suspensão pode agravar ainda mais a dor. Esta PIP (pos injection pain) severa é um fator limitante significativo para o uso da suspensão.
Risco de abscesso ou infecção
O risco de desenvolver um abscesso (acúmulo de pus) ou infecção no local da injeção é significativamente maior com a testosterona suspensão por duas razões principais:
- a necessidade de injeções muito frequentes (diárias ou múltiplas vezes ao dia), que aumenta exponencialmente as oportunidades de contaminação por falha na técnica asséptica;
- e a proveniência quase exclusiva de laboratórios clandestinos (UGLs), cujos produtos podem não ser estéreis, contendo bactérias ou outros contaminantes.
Infecções podem variar de celulite local a abscessos que requerem drenagem cirúrgica e antibioticoterapia, e em casos extremos, podem levar a complicações sistêmicas ou necrose tecidual.
Efeitos colaterais estrogênicos
O pico rápido e elevado de testosterona fornece um grande influxo de substrato para a enzima aromatase, levando a uma conversão rápida e potencialmente massiva em estradiol. Isso aumenta significativamente o risco de efeitos colaterais estrogênicos de início rápido, como:
- ginecomastia (desenvolvimento de tecido mamário);
- retenção hídrica acentuada (inchaço, aumento da pressão arterial);
- acúmulo de gordura corporal.
O controle desses efeitos geralmente requer o uso concomitante e agressivo de Inibidores de Aromatase (IAs) desde o início do ciclo.
Efeitos colaterais androgênicos
Da mesma forma, os picos de testosterona e seu metabólito DHT podem levar ao rápido aparecimento ou piora de efeitos colaterais androgênicos. Isso inclui:
- acne (especialmente no rosto, costas e ombros);
- pele excessivamente oleosa;
- aceleração da queda de cabelo (calvície de padrão masculino) em indivíduos geneticamente predispostos;
- aumento da libido também é comum.
Efeitos colaterais de supressão de testosterona
Também pode haver a Supressão HPTA (Eixo Hipotálamo-Pituitária-Testicular). A administração de testosterona exógena suprime rapidamente a produção natural de gonadotrofinas (LH e FSH) pela hipófise, levando à interrupção da produção endógena de testosterona pelos testículos. Essa supressão é imediata e profunda com a testosterona suspensão. Embora teoricamente a recuperação do eixo HPTA após a cessação do uso possa ser mais rápida do que com ésteres de ação muito longa (devido à eliminação mais rápida do composto exógeno), isso só se aplica se o período de uso foi curto. Durante o uso, a supressão é severa.
Efeitos colaterais cardiovasculares
Os riscos cardiovasculares associados ao uso de EAA em geral também se aplicam, e podem ser influenciados pelas flutuações hormonais. Isso inclui potencial para:
- dislipidemia (redução do HDL, aumento do LDL);
- aumento da pressão arterial;
- policitemia (aumento do número de glóbulos vermelhos, medido pelo hematócrito, que pode aumentar a viscosidade do sangue e o risco de trombose);
- a longo prazo, risco de hipertrofia ventricular esquerda e outros problemas cardíacos.
A magnitude desses riscos depende da dose, duração do uso, predisposição genética e estilo de vida.
Efeitos colaterais psicológicos
As rápidas e extremas oscilações nos níveis hormonais causadas pela testosterona suspensão são particularmente associadas a um risco aumentado de instabilidade emocional e psicológica. Isso pode se manifestar como:
- irritabilidade aumentada;
- impaciência;
- agressividade desproporcional ("roid rage");
- ansiedade;
- alterações de humor abruptas ("montanha-russa emocional");
- em casos mais raros ou em indivíduos predispostos, pode contribuir para sintomas depressivos, mania ou episódios psicóticos.
Efeitos colaterais hepatotóxicos
A testosterona suspensão não é considerada diretamente hepatotóxica porque não possui a modificação química C17-alfa-alquilação, que está associada à toxicidade hepática de muitos esteroides orais.
Virilização em mulheres
O uso de testosterona suspensão por mulheres é absolutamente contraindicado e extremamente perigoso. Devido à sua potência androgênica e aos picos hormonais elevados e rápidos, o risco de desenvolver efeitos masculinizantes (virilização) de forma rápida e muitas vezes irreversível é quase certo. Estes efeitos incluem:
- engrossamento da voz;
- crescimento de pelos faciais e corporais (hirsutismo);
- aumento do clitóris (clitoromegalia);
- alterações na distribuição de gordura;
- acne severa;
- irregularidades menstruais.
Superdosagem e uso indevido
Uma superdosagem aguda, resultante da injeção de uma quantidade excessiva de testosterona suspensão de uma só vez, pode levar a uma manifestação rápida e intensa dos efeitos colaterais, particularmente os psicológicos (agitação extrema, agressividade, ansiedade) e cardiovasculares (picos de pressão arterial, palpitações).
O abuso crônico, definido como o uso prolongado de doses suprafisiológicas, embora possa ser dificultado pela dor excruciante das injeções frequentes e pela inconveniência geral da administração, acarreta todos os riscos severos associados ao uso abusivo de EAA a longo prazo. Estes incluem danos cardiovasculares potencialmente irreversíveis, supressão prolongada da função testicular, infertilidade, alterações psicológicas persistentes, e outros problemas de saúde sistêmicos. O uso indevido ocorre fora de qualquer indicação médica legítima e sem supervisão profissional, aumentando exponencialmente os riscos.
Contraindicações
As contraindicações para o uso de testosterona suspensão são, em geral, as mesmas aplicáveis a qualquer terapia com testosterona:
- Suspeita ou confirmação de câncer de próstata;
- Câncer de mama em homens;
- Hipersensibilidade conhecida à testosterona ou a qualquer componente da formulação aquosa;
- Policitemia (hematócrito excessivamente elevado) grave e não tratada;
- Insuficiência cardíaca congestiva grave não controlada (risco de exacerbação por retenção hídrica);
- Insuficiência hepática ou renal graves;
- Apneia obstrutiva do sono grave e não tratada (a testosterona pode piorar a condição).
Além disso, devido ao seu perfil específico e aos riscos acentuados:
- É absolutamente contraindicada para uso em mulheres devido ao risco extremo e rápido de virilização.
- É contraindicada em crianças e adolescentes (exceto em raríssimas indicações médicas específicas e sob estrito controle especializado, o que não se aplica à suspensão na prática atual), devido ao risco de fechamento prematuro das epífises ósseas (comprometendo a altura final) e efeitos virilizantes indesejados.
A presença de condições como hiperplasia prostática benigna (HPB) sintomática ou doença cardiovascular pré-existente exige extrema cautela, sendo consideradas contraindicações relativas ou absolutas dependendo da gravidade, especialmente dada a natureza flutuante e potente da suspensão.
Precauções e advertências
Além das precauções gerais aplicáveis a toda terapia com andrógenos (como monitoramento periódico de parâmetros sanguíneos e avaliação prostática em homens), o uso de testosterona suspensão exige advertências e precauções específicas e enfáticas:
- Dor pós-injeção (PIP) extrema: os usuários devem ser explicitamente advertidos sobre a altíssima probabilidade de dor severa, inchaço e limitação funcional no local da injeção. A PIP com suspensão aquosa é notoriamente pior do que com preparações oleosas e pode ser um fator limitante significativo.
- Técnica asséptica rigorosa: dada a necessidade de injeções muito frequentes (diárias ou múltiplas vezes ao dia), a manutenção de uma técnica de injeção estéril impecável é absolutamente crucial para minimizar o risco elevado de infecções locais, formação de abscessos estéreis ou sépticos.
- Agitar vigorosamente o frasco: é essencial agitar bem o frasco antes de CADA retirada de dose. Os microcristais de testosterona tendem a sedimentar no fundo do frasco. Não agitar resulta em dosagem inconsistente (retirada de apenas veículo aquoso ou concentração variável de cristais) e pode afetar a eficácia e o perfil de liberação.
- Flutuações hormonais e efeitos rápidos: alertar para o potencial de instabilidade de humor, irritabilidade e início rápido de efeitos colaterais (estrogênicos, androgênicos) devido às oscilações acentuadas e picos elevados nos níveis hormonais.
- Riscos associados a produtos de UGL: como a maior parte da testosterona suspensão disponível provém do mercado paralelo, os usuários devem estar cientes dos riscos inerentes a produtos de UGL (underground, mercado negro), incluindo dosagem imprecisa, falta de esterilidade, presença de contaminantes ou solventes nocivos, e ausência total de controle de qualidade.
Monitoramento médico essencial
Embora o monitoramento médico seja essencial para qualquer uso de EAA, ele se torna particularmente complexo com a testosterona suspensão.O monitoramento médico do uso de testosterona suspensão é desafiador e, na prática, raramente ocorre de forma adequada, dado que seu uso é predominantemente não médico e ilícito.
A principal dificuldade reside na interpretação dos níveis séricos de testosterona. Devido às flutuações extremas e rápidas (picos e vales acentuados em questão de horas), uma medição pontual do nível de testosterona no sangue fornece informações muito limitadas sobre a exposição hormonal geral ou a adequação da dose. Medir no pico esperado pode mostrar níveis extremamente suprafisiológicos, enquanto medir no vale pode mostrar níveis baixos, sem que nenhum dos dois reflita a dinâmica hormonal completa. Portanto, o ajuste de dose baseado em níveis séricos, como é feito na TRT com ésteres, é impraticável e pouco informativo para a suspensão.
O foco do monitoramento, caso ocorresse em um cenário hipotético de supervisão, deveria ser direcionado para:
-
Marcadores gerais de saúde e segurança: avaliação periódica de parâmetros que podem ser afetados pelo uso de EAA, como:
- Hemograma completo: para detectar policitemia (aumento do hematócrito/hemoglobina).
- Perfil lipídico: para monitorar alterações adversas no colesterol HDL e LDL.
- Função hepática (AST/ALT): embora não seja diretamente hepatotóxica, serve como avaliação geral da saúde hepática.
- Antígeno prostático específico (PSA): em homens acima de 40-45 anos ou com risco aumentado, para monitorar a saúde da próstata.
- Pressão arterial: monitoramento regular é crucial.
-
Avaliação clínica de sinais e sintomas: observação atenta e relato de quaisquer efeitos colaterais, incluindo:
- Sinais de excesso estrogênico (ginecomastia, edema).
- Sinais de excesso androgênico (acne severa, queda de cabelo acelerada).
- Alterações de humor significativas ou instabilidade psicológica.
- Dor excessiva, inchaço persistente, vermelhidão ou sinais de infecção nos locais de injeção.
É crucial reiterar que o uso não supervisionado de testosterona suspensão, especialmente de fontes UGL, carrega riscos substanciais que não podem ser adequadamente gerenciados sem acompanhamento médico, o qual é eticamente vedado para fins não terapêuticos no Brasil.
Interações medicamentosas
A testosterona, independentemente da sua forma de administração, pode interagir com outros medicamentos. As interações potenciais da testosterona suspensão são as mesmas esperadas para outras formas de testosterona, embora as flutuações rápidas nos níveis hormonais possam, teoricamente, tornar o manejo de algumas interações mais complexo:
- Anticoagulantes orais (ex: varfarina): a testosterona pode aumentar a sensibilidade aos anticoagulantes cumarínicos, potencializando seu efeito e aumentando o risco de sangramento. Monitoramento rigoroso do tempo de protrombina (INR) e ajuste de dose do anticoagulante podem ser necessários.
- Insulina e hipoglicemiantes orais: andrógenos podem alterar a sensibilidade à insulina e o metabolismo da glicose. Pacientes diabéticos podem necessitar de ajuste na dose de seus medicamentos antidiabéticos para evitar hipoglicemia.
- Corticosteroides (ex: prednisona, hidrocortisona): o uso concomitante de andrógenos e corticosteroides pode aumentar o risco de edema (retenção de fluidos), especialmente em pacientes com doença cardíaca, renal ou hepática preexistente.
- Medicamentos que afetam enzimas hepáticas: fármacos que induzem ou inibem as enzimas do citocromo P450 hepático (responsáveis pelo metabolismo de muitos medicamentos, incluindo esteroides) podem, teoricamente, alterar a taxa de metabolismo da testosterona, embora a relevância clínica dessa interação para a testosterona injetável seja geralmente considerada baixa.
- Propranolol: há relatos de que a testosterona pode diminuir os níveis séricos de propranolol.
É fundamental que os usuários informem seus médicos sobre todos os medicamentos, suplementos e substâncias que estão utilizando para avaliar potenciais interações.
Ciclos comuns
As informações a seguir descrevem padrões de uso relatados no contexto não médico (uso recreativo ou estético no fisiculturismo) e não constituem uma recomendação. O uso de testosterona suspensão para fins não terapêuticos é ilegal em muitos países, proibido por organizações esportivas e associado a riscos significativos à saúde.
Administração
- Via de administração: exclusivamente por injeção Intramuscular (IM) profunda. Não deve ser administrada por via intravenosa ou subcutânea.
- Agitar o frasco: é imperativo agitar vigorosamente o frasco antes de cada retirada para garantir que os microcristais estejam uniformemente suspensos no veículo aquoso.
- Agulha: a escolha da agulha pode ser mais crítica do que para soluções oleosas. Devido à natureza da suspensão (partículas em líquido), pode ser necessária uma agulha de calibre ligeiramente maior, como 21G, 22G ou 23G, para permitir a passagem da suspensão sem entupir a agulha ou exigir pressão excessiva no êmbolo. Agulhas mais finas (e.g., 25G) podem ser usadas com algumas formulações menos viscosas, mas o risco de entupimento existe. O comprimento da agulha deve ser adequado para atingir o músculo alvo (geralmente 1 a 1.5 polegadas, ou 25 a 38 mm, para adultos).
- Local da injeção: devido à frequência das injeções e à dor severa (PIP), a rotação rigorosa dos locais de injeção é essencial. Os locais mais comuns são os músculos grandes: glúteo máximo (quadrante superior externo), vasto lateral (parte externa da coxa) e deltoide (músculo do ombro, adequado apenas para volumes menores).
Administração em homens
Como já visto, a testosterona suspensão não é usada para a terapia de reposição de testosterona (TRT) (meia vida curta e muita dor em aplicações constantes).
Uso não médico para performance (fisiculturismo/esportes)
- Frequência: a meia-vida curta exige injeções muito frequentes para manter os níveis de testosterona elevados. A administração diária (uma vez ao dia) é considerada o mínimo. No entanto, para tentar mitigar as flutuações extremas (sem eliminá-las), muitos usuários optam por administrar duas vezes ao dia (BID), dividindo a dose total diária. Alguns podem usar injeções ainda mais frequentes, como uma dose pela manhã e outra imediatamente antes do treino.
- Dosagem: as dosagens comumente relatadas no meio do fisiculturismo variam, mas uma faixa típica pode ser de 50mg a 100mg por dia no total, divididos em uma ou (mais comumente) duas ou mais injeções. Por exemplo, 25mg a 50mg pela manhã e 25mg a 50mg antes do treino ou à noite. Doses mais elevadas aumentam drasticamente os riscos e a severidade da PIP - dor pós-injeção.
-
Duração do uso: devido à dor intensa e à inconveniência das injeções frequentes, a testosterona suspensão é geralmente utilizada por períodos curtos, tipicamente de 1 a 4 semanas. É mais frequentemente empregada em fases específicas:
- Pré-competição: nas semanas finais antes de uma competição para um efeito de "endurecimento", vascularização e força.
- Quebra de platôs: para superar um período de estagnação nos ganhos de força.
- Kickstart: no início de um ciclo mais longo com outros esteroides, como mencionado anteriormente. Não é uma escolha prática ou sustentável para ciclos longos de ganho de massa muscular.
-
Stacks (combinações): raramente é usada isoladamente, exceto talvez para o efeito pré-treino agudo. Em ciclos, é geralmente adicionada por um curto período a uma base de outros esteroides anabolizantes (orais ou injetáveis de ação mais longa) para fornecer um efeito inicial rápido ou um pico final antes de uma competição.
-
Stack pré-competição (foco em plenitude e densidade - últimos dias/semana):
- Base: testosterona suspensão (ex: 50-100mg/dia, divididos em 2 injeções).
-
Combinação comum:
- Masteron® (propionato): ex: 100mg DSDN ou até diário nos últimos dias - para dureza muscular, efeito anti-estrogênico leve e "polimento".
- Winstrol® (injetável ou oral): ex: 50mg/dia - para um look seco, duro e vascularizado. Usado por curto período devido à hepatotoxicidade (oral) e potencial dor articular.
- Trembolona acetato: ex: 50-75mg/dia ou DSDN - para densidade extrema, vascularização e força. Uma combinação muito potente e com alto potencial de efeitos colaterais.
- Auxiliares essenciais: inibidor de aromatase (IA) potente (ex: Letrozol ou Aromasin) para controlar rigorosamente a aromatização rápida da testosterona suspensão e evitar retenção hídrica de última hora. Diuréticos também podem ser usados (com extremo cuidado) nesta fase.
- Objetivo: maximizar a plenitude muscular (efeito da testosterona) enquanto se usa compostos "secos" para densidade e se controla agressivamente o estrogênio e a água subcutânea para a aparência final no palco.
-
Stack pré-treino (foco em força e agressividade):
- Base: testosterona suspensão (ex: 50mg injetados 1-2 horas antes do treino).
-
Combinação possível (alto risco):
- Halotestin® (fluoximesterona): ex: 10-20mg oral 1-2 horas antes do treino - para um aumento extremo na força e agressividade neural, sem ganho de peso significativo. Extremamente hepatotóxico e duro nos lipídios. Usado pontualmente para treinos chave ou recordes.
- Cheque Drops® (mibolerona): uso ainda mais raro e controverso - outro andrógeno potente usado pré-evento para agressividade.
- Objetivo: obter um pico máximo de força e intensidade para uma sessão de treino específica ou competição de força (powerlifting, strongman), onde os efeitos agudos são mais importantes que a estética ou efeitos colaterais de longo prazo.
-
Kickstart de ciclo (menos comum que orais):
- Base do ciclo: testosterona enantato ou cipionato (ex: 500mg/semana) +/- nandrolona decanoato (ex: 400mg/semana).
- Kickstart com suspensão: testosterona suspensão (ex: 50-100mg/dia, divididos) pelas primeiras 1-4 semanas.
- Auxiliar essencial: inibidor de aromatase (IA) desde o primeiro dia devido à rápida aromatização da suspensão.
- Objetivo: sentir os efeitos anabólicos/androgênicos (força, pump, libido) mais rapidamente enquanto os ésteres longos do ciclo principal atingem níveis terapêuticos. A principal desvantagem aqui é a dor e frequência das injeções da suspensão, tornando orais como Dianabol ou Anadrol geralmente preferíveis para kickstarts.
-
Stack pré-competição (foco em plenitude e densidade - últimos dias/semana):
Administração em mulheres
Reitera-se que o uso de testosterona suspensão por mulheres é extremamente perigoso e absolutamente desaconselhado. O risco de virilização rápida, severa e, em grande parte, irreversível é quase uma certeza, mesmo com doses baixas, devido à potência androgênica direta da testosterona e aos picos hormonais que ela induz. Não há cenário de uso seguro ou justificável para mulheres fora de pesquisa clínica altamente controlada ou indicações médicas extremamente raras e específicas (que não envolvem esta formulação).
Nenhum esteroide anabolizante é completamente seguro para mulheres, e todos carregam o risco de efeitos colaterais, incluindo virilização, especialmente em doses suprafisiológicas ou com uso prolongado. A sensibilidade individual varia enormemente. O termo "mais seguro" é altamente relativo neste contexto.
Dito isso, com base na estrutura química e na relação anabólico/androgênico, alguns compostos são frequentemente citados em discussões (principalmente em meios underground e anedóticos, não sendo uma recomendação médica) como tendo um menor potencial de virilização em doses baixas e controladas em comparação com a testosterona ou outros esteroides altamente androgênicos. Os mais comuns são:
- Oxandrolona (Anavar®): é frequentemente considerada a opção "padrão ouro" ou de "primeira linha" para mulheres devido à sua natureza relativamente suave e boa separação entre efeitos anabólicos e androgênicos. Foi originalmente desenvolvida com aplicações terapêuticas que incluíam mulheres e crianças. Possui uma classificação androgênica significativamente menor que a testosterona. Ainda assim, pode causar virilização, especialmente se as doses aumentarem (acima de 10-15mg/dia, os riscos sobem consideravelmente para muitas mulheres). Outros efeitos colaterais incluem impacto negativo no perfil lipídico (colesterol HDL/LDL) e potencial supressão leve do eixo HPTA (embora menos que outros). É também um dos EAA mais caros e frequentemente falsificados. Doses comuns para mulheres variam de 5mg a 10mg por dia, por ciclos curtos (ex: 4-8 semanas).
- Metenolona (Primobolan® - principalmente enantato injetável - Depot): também tem uma reputação de ser relativamente "suave" e possuir uma relação anabólico:androgênico favorável, com baixo potencial androgênico direto e sem aromatização (não converte em estrogênio). A forma injetável (enantato) é geralmente preferida sobre a oral (acetato) devido à melhor biodisponibilidade e menor frequência de administração. A virilização ainda é um risco, embora talvez menos provável ou mais lento para se manifestar do que com outros compostos em doses equivalentes. A disponibilidade de Primobolan® legítimo é um problema, sendo também caro e frequentemente falsificado. A forma oral (acetato) tem baixa biodisponibilidade e não é C17-aa, mas pode ter algum estresse hepático em altas doses. Doses comuns da forma injetável (enantato) para mulheres variam de 50mg a 100mg por semana, por ciclos de 6-10 semanas.
Existem também outros compostos "viáveis" com maiores ressalvas:
- Nandrolona (decanoato ou fenilpropionato - NPP): é menos androgênica que a testosterona, mas ainda possui atividade androgênica significativa e pode causar virilização. Além disso, tem atividade progestogênica, que traz seu próprio conjunto de potenciais efeitos colaterais (retenção hídrica, impacto no humor, supressão do eixo mais complexa). Usada com menos frequência e mais cautela por mulheres experientes.
- Estanozolol (Winstrol® - oral ou injetável): frequentemente superestimado em termos de segurança para mulheres. Embora popular, tem uma afinidade androgênica significativa e é conhecido por causar virilização, além de efeitos colaterais como ressecamento articular, impacto negativo nos lipídios e hepatotoxicidade (forma oral). Muitos consideram Anavar® e Primobolan® opções superiores em termos de risco/benefício.
Para evitar a todo custo em mulheres pelo custo extremamente maior do que o benefício (alto risco de virilização):
- Testosterona (todas as formas);
- Trembolona (todas as formas);
- Masteron® (drostanolona);
- Dianabol® (metandrostenolona);
- Anadrol® (oximetolona);
- Halotestin® (fluoximesterona).
Embora nenhum EAA seja isento de riscos para mulheres, oxandrolona (Anavar®) e, em segundo lugar, metenolona enantato (Primobolan® Depot) são os compostos geralmente considerados como tendo o menor potencial relativo de causar efeitos colaterais androgênicos (virilização) quando usados em doses baixas e por curtos períodos. No entanto, o risco nunca é zero e depende criticamente da dose, duração, sensibilidade individual e pureza do produto. A monitorização atenta e a interrupção imediata ao primeiro sinal de virilização são essenciais, mas nem sempre suficientes para prevenir efeitos permanentes.
AVISO: CONSULTE UM MÉDICO ANTES DE TOMAR QUALQUER MEDICAMENTO. As informações apresentadas neste site não substituem prescrição médica personalizada. O conteúdo postado é meramente informativo. Os textos publicados por Cláudio Chamini foram manipulados por IA e podem conter alucinações. Os textos do Dr. Thiago Carneiro não sofreram manipulação.
Referências
- Anabolics (William Llewellyn);
- Hormônios no Fisiculturismo (Dudu Haluch);
- Esteróides Anabólico Androgênicos (Lucas Caseri);
- Endocrinologia Feminina e Andrologia (Ruth Clapauch);
- PubChem / NCBI Databases.
Nomes de referência: Testobase, T-SUS, Test-Susp, T - SUSPENSION, Testro, Aquabol, Testosterone Suspension.
Vídeos relevantes
Indisponível.
Links relevantes
- 7.4 Intramuscular Injections – Clinical Procedures for Safer Patient Care - BC Open Textbooks. Disponível em: https://opentextbc.ca/clinicalskills/chapter/6-8-iv-push-medications-and-saline-lock-flush/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Adverse effects of testosterone replacement therapy: an update on the evidence and controversy - PubMed. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25360240/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Anabolics - William Llewellyn - Google Books. Disponível em: https://books.google.com/books/about/Anabolics.html?hl=es&id=afKLA-6wW0oC. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Anabolics by William Llewellyn - Goodreads. Disponível em: https://www.goodreads.com/book/show/13141112-anabolics. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- An interlaboratory study of the pharmacokinetics of testosterone following intramuscular administration to Thoroughbred horses - PubMed. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21366623/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Arquivos Resolução 2.333/23 do CFM - SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DO EXERCÍCIO E ESPORTE. Disponível em: https://www.medicinadoesporte.org.br/category/resolucao-2-333-23-do-cfm/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Athlete Biological Passport Operating Guidelines - WADA. Disponível em: https://www.wada-ama.org/sites/default/files/2023-07/guidelines_abp_v9_2023_final_eng_1.pdf. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Body Builder's Nightmare: Black Market Steroid Injection Gone .... Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5055016/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA-IPA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOCIÊNCIAS E REABILITAÇÃO MESTRADO ACADÊMICO EM BIOCIÊ - Lume UFRGS. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/172624/001059916.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- CFM proíbe prescrição de terapias hormonais para alguns fins - CREMERJ. Disponível em: https://www.cremerj.org.br/informes/exibe/5661. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- CRM-SC debate Resolução que proíbe prescrição de anabolizantes para fins estéticos ou de melhoria do desempenho esportivo. Disponível em: https://crmsc.org.br/noticias/crm-sc-debate-resolucao-que-proibe-prescricao-de-anabolizantes-para-fins-esteticos-ou-de-melhoria-do-desempenho-esportivo/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- DEPO-MEDROL® Single-dose Vial (methylprednisolone acetate injectable suspension, USP) Dosage and Administration | Pfizer Medical Information - US. Disponível em: https://www.pfizermedicalinformation.com/depo-medrol-single-dose-vial/dosage-admin. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Detection of Synthetic Testosterone Use by Novel Comprehensive Two-Dimensional Gas Chromatography Combustion Isotope Ratio Mass Spectrometry (GC×GCC-IRMS) - PMC. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3176586/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Detection of testosterone administration based on the carbon isotope ratio profiling of endogenous steroids: international reference populations of professional soccer players - PMC. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC2784500/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Detection of testosterone esters in blood - SOBRAF. Disponível em: https://sobraf.org/wp-content/uploads/2020/09/.... Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Detection of testosterone esters in blood sample | World Anti Doping Agency - WADA. Disponível em: https://www.wada-ama.org/en/resources/scientific-research/detection-testosterone-esters-blood-sample. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Efeitos Cardiovasculares da Testosterona - SciELO. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abc/a/8bCbNf7MmxvcnxyYDPnDNMK/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- farmacopeia brasileira - Portal Gov.br. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/.... Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- GC/C/IRMS analysis of testosterone and nandrolone metabolites after the administration of testosterone enanthate and nandrolone decanoate in healthy volunteers - WADA. Disponível em: https://www.wada-ama.org/en/resources/scientific-research/.... Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Here's How to Know What Size Needle You Need for IM Injections - GoodRx. Disponível em: https://www.goodrx.com/drugs/medication-basics/im-injection-needle-size. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Hormus Undecilato de Testosterona Eurofarma 250mg Suspensão Injetável 4ml. Disponível em: https://www.coopdrogaria.com.br/hormus-undecilato-de-testosterona-eurofarma-250mg-suspensao-injetavel-4ml/p. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Improving the long-term detection of testosterone and testosterone prohormone misuse in athletes - WADA. Disponível em: https://www.wada-ama.org/en/resources/scientific-research/improving-long-term-detection-testosterone-and-testosterone. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Injectable Aqueous Suspensions of Sex Hormones and How Depot Injectables Work. Disponível em: https://transfemscience.org/articles/aqueous-suspensions/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Intramuscular - Pharmlabs. Disponível em: https://pharmlabs.unc.edu/wp-storage/labs/parenterals/intramuscular.htm. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Intramuscular Injection - StatPearls - NCBI Bookshelf. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK556121/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- jefferson tancon efeitos fisiológicos dos esteróides anabolizantes androgênicos - Acervo Digital da UFPR. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/xmlui/bitstream/handle/.... Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Lista de substâncias sujeitas a controle especial no Brasil .... Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/controlados/lista-substancias. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Listas - Ministério da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2019/rdc0277_16_04_2019.pdf. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Long vs short acting testosterone treatments: A look at the risks - PMC. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9925408/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Long-Acting Injectables - Sierra Health and Life. Disponível em: https://sierrahealthandlife.com/content/dam/.... Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Nandrolone Decanoate: Use, Abuse and Side Effects - PMC - PubMed Central. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7696474/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- National Athletic Trainers' Association Position Statement: Anabolic-Androgenic Steroids - PMC - PubMed Central. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3465038/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Nova Resolução CFM veta terapias hormonais para fins estéticos e de desempenho esportivo | Portal Médico. Disponível em: https://portal.cfm.org.br/noticias/cfm-proibe-a-prescricao-medica.... Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Patterns and Correlates of Anabolic-Androgenic Steroid Use - National Drug & Alcohol Research Centre. Disponível em: https://ndarc.med.unsw.edu.au/sites/default/files/ndarc/resources/TR.048.pdf. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Pen-Aqueous for Animal Use - Drugs.com. Disponível em: https://www.drugs.com/vet/pen-aqueous.html. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Penicillin G Procaine Injectable Suspension - 1 mL and 2 mL Syringe with needle - Pfizer. Disponível em: https://labeling.pfizer.com/showlabeling.aspx?id=718. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Pharmacokinetics and pharmacodynamics of testosterone enanthate and dihydrotestosterone enanthate in non-human primates - PubMed. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/2333732/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Pharmacokinetics, bioefficacy, and safety of sublingual testosterone cyclodextrin in hypogonadal men: comparison to testosterone enanthate--a clinical research center study - PubMed. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/8530600/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- (PDF) National Athletic Trainers' Association Position Statement: Anabolic-Androgenic Steroids - ResearchGate. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/232254791_National_Athletic_Trainers'_Association_Position_Statement_Anabolic-Androgenic_Steroids. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- (PDF) Patterns and Correlates of Anabolic-Androgenic Steroid Use - ResearchGate. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/265039414_Patterns_and_Correlates_of_Anabolic-Androgenic_Steroid_Use. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- (PDF) Testosterone and doping control - ResearchGate. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/6985646_Testosterone_and_doping_control. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Potential Side Effects of TRT Therapy - Manual. Disponível em: https://www.manual.co/blog/trt-side-effects. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Prohibited List - NADA. Disponível em: https://www.nada.de/en/medicine/prohibited-list. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Promotores de permeação para a liberação transdérmica de fármacos:uma nova aplicação para as ciclodextrinas - SciELO. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbcf/a/Yf8jbyzDzykfB4bYC8tXYcy/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- RESOLUÇÃO - RDC Nº 607, DE 23 DE FEVERE... DE 2022 (_) - DOU. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/controlados/arquivos/RDC607.pdf. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- resolução rdc nº 98, de 20 de novembro de 2000 - Minist rio da Sa de. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2000/rdc0098_20_11_2000.html. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Resolucao nº 351-ANVISA - Planalto. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/cciviL_03//Portaria/Resolucao%20n%C2%BA%20351-ANVISA.htm. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Resolução do CFM veta terapias hormonais para fins estéticos e de desempenho esportivo. Disponível em: https://www.gov.br/abcd/pt-br/acesso-a-informacao/noticias/.... Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Revisão bibliográfica sobre a testosterona - Brazilian Journals Publicações. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/download/62956/45277/153354. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Short-acting testosterone appears to have lesser effect on male reproductive potential compared to long-acting testosterone in mice. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7480784/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- sistemas.cfm.org.br. Disponível em: https://sistemas.cfm.org.br/normas/arquivos/resolucoes/BR/2023/2333_2023.pdf. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Testosterone Injection in Thane, टेस्टोस्टेरोन इंजेक्शन, ठाणे, Maharashtra - IndiaMART. Disponível em: https://dir.indiamart.com/thane/testosterone-cypionate.html. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Testosterone Injection: MedlinePlus Drug Information. Disponível em: https://medlineplus.gov/druginfo/meds/a614041.html. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Testosterone isobutyrate - Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Testosterone_isobutyrate. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Testosterone propionate - Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Testosterone_propionate. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Testosterone therapy: Potential benefits and risks as you age - Mayo Clinic. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/sexual-health/in-depth/testosterone-therapy/art-20045728. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Testosterone esters in serum: application to an oral testosterone undecanoate administration study and implementation of an inter-laboratory comparison - WADA. Disponível em: https://www.wada-ama.org/en/resources/scientific-research/testosterone-esters-serum-application-oral-testosterone-undecanoate. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Testosterona: a biografia de um hormônio | Portal Fiocruz. Disponível em: https://fiocruz.br/es/livro/testosterona-biografia-de-um-hormonio. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Το εύρος των ψυχολογικών παρενεργειών ή / και ψυχιατρικών διαταραχών - CORE. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/132799481.pdf. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Understand the Prohibited List - Athletics Integrity Unit. Disponível em: https://www.athleticsintegrity.org/know-the-rules/understand-the-prohibited-list. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Uso indiscriminado e sem indicação médica de testosterona - Portal da Urologia. Disponível em: https://portaldaurologia.org.br/publico/dicas/uso-indiscriminado-e-sem-indicacao-medica-de-testosterona. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Vaccine Administration: Needle Gauge and Length | CDC. Disponível em: https://www.cdc.gov/vaccines/hcp/admin/downloads/vaccine-administration-needle-length.pdf. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- Voluntary Anti-Doping Association Official Prohibited List - VADA. Disponível em: https://vada-testing.org/wp-content/uploads/2024/12/VADA-Prohibited-List-2025.pdf. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- WADA Imposes Six-Month Partial Suspension Of Havana Lab - SwimSwam. Disponível em: https://swimswam.com/wada-imposes-six-month-partial-suspension-of-havana-lab/. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- WADA's 2025 Prohibited List now in force | World Anti Doping Agency. Disponível em: https://www.wada-ama.org/en/news/wadas-2025-prohibited-list-now-force. Acesso em: 26 de abr. de 2025.
- www.wada-ama.org. Disponível em: https://www.wada-ama.org/sites/default/files/2024-09/2025list_en_final_clean_12_september_2024.pdf. Acesso em: 26 de abr. de 2025.