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Tá aí mais um post muito interessante colocado pelo Paulo Muzy.... ótima leitura a todos.
Abs!!!

 

 

 

JEJUM GÁSTRICO E JEJUM METABÓLICO

Jejum gástrico seria o que estamos acostumados a atravessar, que nada mais é do que a ausência de refeições durante um determinado período, cuja sensação que experimentamos é a de “vazio”gástrico”, falta de energia, e claro a percepção psíquica de todo este desconforto, a qual chamamos de fome (se bem que as vezes usamos este nome para vontade de comer, não é verdade?)

Jejum metabólico seria o período compreendido entre o termino da refeição, o tempo de digestão e esvaziamento gástrico e a disponibilização destes nutrientes para o nosso corpo de forma a possibilitar que realizemos uma rotina diária ou uma rotina de exercícios com um desempenho satisfatório.

Diferente do jejum gástrico, este não apresenta uma sensação tão pronunciada. O que acabamos experimentando é na realidade uma continuidade da sensação de falta de força e disposição, que no caso do período pós-prandial acaba por ser confundida ou intensificada pela alcalose pós-prandial – aquela sensação de sono e cansaço praticamente incontrolável que apresentamos especialmente depois de refeições muito volumosas e com alto teor de gordura.

Sendo assim, nos são apresentadas duas situações extremamente importantes e um questionamento que deixo no ar para podermos debater:

Primeira questão: a refeição anterior a que fazemos para nos preparar para o treinamento também é de vital importância, porque é dela que tiramos reserva energética para irmos para uma refeição mais focada o exercício sem que esta tenha de suprir as faltas energéticas e nutricionais do período antes dela e ainda preparar para a atividade física que está por vir.

Segunda questão: a refeição anterior ao exercício deve ser programada também de acordo com o intervalo entre esta refeição e o exercício que está para ser realizado, sob pena de, os nutrientes necessários para a realização deste, não estarem disponíveis no momento em que se fizerem necessários.

Percebo que as pessoas ficam focadas em gastos calóricos e nutrientes adequados como se fossem os aspectos mais importantes da refeição pré-treinamento, esquecendo-se de que a absortividade é que vai determinar se todo aquele cálculo valerá a pena, afinal, um cálculo de absortividade enganado e a sessão de treinamento ficará prejudicada apesar dos esforços em disposição contrária. Claro que o equilíbrio de calorias e macronutrientes, o índice glicêmico, as relações da atividade com a fadiga e propriedades ergogênicas são de vital importância ao programarmos uma refeição de preparo ou de recuperação do treinamento (sim, de recuperação também!), mas se nos esquecermos da capacidade e velocidade de absorção e disponibilização, estaremos jogando nossos cálculos no lixo.

Depois dessas elucubrações cientificas, continuemos a história:

Havia 30 minutos disponíveis então optei por uma refeição liquida, mista, com carboidrato e proteínas, inclusive BCAAs. (utilizei uma mistura de um whey da Probiótica com 7g de BCAAs por dose mais um hipercalórico, para antes e depois do treinamento modificando apenas a concentração do pré-treinamento e do pós-treinamento. Optei ainda por misturar em água para acelerar a velocidade de absorção – há trabalhos na literatura mostrando que preparados misturados com leite podem levar mais de 150 minutos até que haja esvaziamento gástrico completo. O Edu, que a essa altura estava com um pacote de pão light e 300g de peito de peru, resolveu seguir meu conselho e assim fizemos. Como disse, fizemos o pós-treino com outra solução de carboidratos e proteínas, aproveitando a janela de oportunidade pós-treino. Após o banho e a troca de roupa, comemos os sanduíches de peito de peru (2 fatias de pão light com 150g de peito de peru fatiado), fizemos nossa cirurgia com todo pique apesar do treino intenso a priori e ainda ficamos bem para podermos agüentar mais uma urgência que acabou entrando para o centro cirúrgico antes de conseguirmos almoçar. Afinal estas coisas acontecem e estamos lá para dar o melhor de nós. E o nosso melhor só pode ser buscado quando nós nos tratamos com o melhor...

A questão que levanto diante disso é que acredito que deveríamos ser mais rigorosos com a forma de nos alimentar, não só na qualidade dos alimentos, mas também nas propriedades de cada um deles, principalmente na cinética que eles adquirem quando entram no nosso organismo (algo como uma farmacocinética ou farmacodinâmica dos alimentos - e por que não começarmos a utilizar os termos nutrocinética e nutrodinâmica?). Sendo assim, suplementos alimentares dariam vazão as nossas necessidades diárias com vantagens que deveriam ser avaliadas caso a caso. Fica a sugestão: uso suplemento alimentar para quem precisa e não para quem quer, e você?

Pensem e me contem? (mas por favor, não pensem enquanto estão jejum – tanto gástrico quanto metabólico... ;) )

Abraço, saúde e sucesso (com muita performance e muita, mas muita saúde mesmo!)

Ótima quarta!

www.superperformance.blogspot.com


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