Ir para conteúdo
  • Cadastre-se

Post Destacado

Postado

GLUTAMINA


A glutamina é um aminoácido presente em elevadas concentrações no plasma e músculos esqueléticos.

Em situações de hipermetabolismo e hipercatabolismo, estas concentrações são defasadas no organismo tornando-se necessário sua suplementação via dieta. Por esta razão, a glutamina é classificada como condicionalmente essencial, sendo o combustível preferido de células de rápida proliferação.

Baixos níveis plasmáticos deste aminoácido estão associados a resultados clínicos
não satisfatórios (1,2,3).

Indicações do uso e suplementação na terapia nutricional com glutamina incluem: patologias digestivas, pacientes críticos ou convalescentes de queimaduras, traumas, choque séptico e nos submetidos a transplante de medula óssea (TMO) (4,5).

Muitos estudos tem mostrado efeito benéfico na utilização deste aminoácido para a redução do estresse metabólico, preservação da integridade e permeabilidade da mucosa intestinal, manutenção da função imune, redução de infecções, proteção contra translocações bacterianas, diminuição do número de complicações, mortalidade e tempo de internação em pacientes queimados (6).

Existe evidência ainda de que esta suplementação preserva os níveis de glutationa no fígado (7). Segundo a ESPEN (2006) o uso de glutamina em dietas enterais para pacientes queimados e traumáticos, tem grau de evidência A.

Na pancreatite aguda e em pacientes críticos o uso da nutrição enteral suplementada com glutamina preserva o trofismo das células intestinais evitando translocação bacteriana e diminuindo o risco de sepse (8,9).

A terapia aplicada no TMO induz a toxicidade gastrointestinal (10,11,12). De acordo com Albertini & Milton (2001), a administração de glutamina parenteral ou enteral, parece ser segura e eficaz nestes pacientes, pois melhora o balanço nitrogenado e reduz o número de infecções.

Além disso, o uso deste aminoácido entre os atletas também tem sido estudado. Durante e após a prática de exercícios intensos e prolongados ocorre redução das concentrações plasmáticas e intramusculares de glutamina e sua suplementação pode auxiliar na melhora da imunocompetência, ressíntese de glicogênio, desempenho e força (13,14).

Referências
1. Lacey JM, Wilmore DW. Is glutamine conditionally essential amino acid? Nutr Rev. V.48, p.297-309, 1990.
2. Borges, M.C., Rogero, M.M, Tirapegui, J. Suplementação enteral e parenteral com glutamina em neonatos pré-
termo e com baixo peso ao nascer. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, vol. 44, n. 1, jan/mar, 2008.
3. Bonet, A; Grau, T. La glutamina, un aminoácido casi indispensable en el enfermo crítico. Med Intensiva, v.31,
p.402-6, 2007.
4. Furst P, Pogan K, Stehle P. Glutamine dipeptides in clinical nutrition. Nutrition, v.13, p.731-737, 1997.
5. Savy GK. Enteral glutamine supplementation: clinical review and practical guidelines NCP, v.12, p.259 . 262,
1997.
6. Albertini, S.M., Ruiz, M.A. O papel da glutamina na terapia nutricional do transplante de medula óssea.
Rev.bras.hematol.hemoter., p. 41-47, 2001.
7. Furst P. Old and new substrates in clinical nutrition. J Nutr, p. 789-96, 1998.
8. Furst, P. The role of antioxidants in nutritional support. Proc. Nutr. Soc, p.945.961, 1996.
9. Buchman AL, Moukarzel AA, Bhuta S, Belle M, Ament ME, Eckhert CD, et al. Parenteral nutrition is associated
with intestinal morphologic and functional changes in humans. JPEN J Parenter Enteral Nutr, v. 19, p.453-60,
1995.
10. Olah A, Belagyi T, Issekutz A, Gamal ME, Bengmark S. Randomized clinical trial of specific lactobacillus and
fibre supplement to early enteral nutrition in patients with acute pancreatitis. Br J Surg, p. 1103-7, 2002.
11. Hadjibabaie, M., et al. Evaluation of nutritional status in patients undergoing hematopoietic SCT. Bone Marrow
Transplantation, v.42, p.469.473. 2008.
12. Iestra, J.A., et al. Body weight recovery, eating difficulties and compliance with dietary advice in the first year
after stem cell transplantation: a prospective study. Bone Marrow Transplantation, v.29, p.417-424. 2002.
13. Seguy, D., et al. Enteral Feeding and Early Outcomes of patients undergoing allogeneic stem cell
transplantation following myeloablative conditioning. Transplantation, v.82, n.6, p.835-839. 2006.
14.Gleeson, M. DosingandEfficacyofGlutamineSupplementation in Human Exercise and Sport Training. J. Nutr.,
v.138 p. 2045S.2049S, 2008.
15. Rogero, M.M; Tirapegui, J. Aspectos nutricionais sobre glutamina e atividade física. Nutrire Rev. Soc. Bras. Aliment. Nutr;25:87-112, jun. 2003.
16. Agostini F, Biolo G. Effect of physical activity on glutamine metabolism. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. V.13, p.58-64, Jan 2010.
17. Kreymann K.G., Berger, M.M., Deutz, N.E., Hiesmaryr, M., Jolliet, P., Kazandjiev, G, et al. ESPEN Guidelines on enteral nutrition: intensive care. Clin Nutr. 2006.


Postado

Repare como a glutamina tem muitas indicações clinicas semelhante a alguns aes.. como trauma, queimadura, situações de estresse metabólico...

Muito bom, geral que toma glutamina deveria saber disso.

  • 2 semanas depois...
Postado

legal mesmo... só um adendo... estudos mostram que atletas que apresentam baixa de Glutamina plasmática, acabam entrando em overtraining!!!

vou procurar esse estudo nas minhas coisas e postar aqui!!!

ABS

  • 5 semanas depois...
  • 5 semanas depois...

Crie uma conta ou entre para comentar

Você precisar ser um membro para fazer um comentário

Criar uma conta

Crie uma conta 100% gratuita!

Crie uma nova conta

Entrar

Já tem uma conta? Faça o login.

Entrar agora
×
×
  • Criar novo...