ENTREVISTA COM NAHIANY BERBET (NB) NERY BY TAIS OSHITA (TO)
OBS: Usamos @ como linguagem inclusiva, serve para eles e elas.
TO: Como foi sua infância?
NB: Nasci em Campo Mourão, Paraná, de família mourãoense, tive minha infância como uma criança normal, meus pais se preocupando com minha educação e meu futuro. Quando criança tive aulas de balé clássico, jazz, dentre outras atividades, mas que nunca foram levadas a diante, pois quando criança sofri muito, afinal era uma criança acima do peso, e isso me incomodava bastante. Quando adolescente resolvi que mudaria esse quadro, passei a cuidar mais de minha alimentação passei a praticar algumas atividades, mas sem intuito competitivo, e aos poucos fui construído um estilo de vida AL qual me adaptei muito bem, e com o passar do tempo as mudanças começam a aparecer, posso dizer que esse foi o ponto de partida para o que sou hoje.
TO: Como descobriu o fisiculturismo e o que te encantou nele?
NB: Sempre gostei de fazer exercícios físicos, venho mantendo uma rotina já alguns anos. Quando conheci meu marido e treinador Mauro Nery e também meu nutricionista Rodolfo Peres, a partir de então os treinos foram sendo direcionados para um físico competitivo.
TO: Como é sua rotina de treinos?
NB: Divido meu treino em grupamento musculares combinado ao treino aeróbio, pois tenho que manter a definição muscular para que posso continuar competindo.
TO: Quais são os principais resultados deste trabalho desde que começou a treinar, em relação ao seu corpo e a alimentação?
NB: Quando se pratica um esporte, seja la qual for, de forma amadora algumas regras são ignoradas, já quando o trabalho é feito de forma profissional muita coisa muda, na verdade a sua vida muda! Algumas pessoas me vêem na rua e acham que estou passando fome, me matando, o que elas não sabem é que tenho uma acessória profissional, e como somente o que é necessário para me manter com um físico atlético, quando estou fora de temporada me dou ao luxo de comer algumas guloseimas.
TO: Que dica você da para quem quer começar?
NB: Que a prática de exercício físico é boa a saúde não há duvida, porém se você tem um intuito competitivo, muita coisa muda, sua vida muda, primeiramente procure uma acessória, profissionais ligados ao esporte e com experiência; pois a maioria desiste em menos de seis meses de treinamento, já se a pratica for somente visando saúde e melhora a estética inicie com qualquer esporte que goste, mais lembre-se que mudanças vem com o tempo e paciência.
TO: Existe preconceito com relação ao fisiculturismo para mulheres, já que o esporte é mais conhecido pela prática entre homens?
NB: Todo preconceito surge daquilo que não conhecemos, mas vamos tentar aqui esclarecer, competições destinadas a musculação feminina remontam a década de 60, com competições com o miss physique e miss America, no entanto quase ninguém sabe disso, pois vivemos no país do futebol. O preconceito é uma forma de negação, de não aceitação como feito na era do apartheid. É claro que o maior evento relacionado ao esporte está no fisiculturismo masculino (Mr Olimpia), porém as mulheres estão la marcando presença e ganhando títulos, e com feminilidade.
TO: Como as pessoas reagem ao notarem seus músculos? Já ouviu algum comentário que a deixasse chateada, e no trabalho você sente curiosidade dos clientes em saber mais sobre o esporte?
NB: Vivo em uma cidade do interior onde pouca gente tem conhecimento em relação ao que faço, já ouvi de tudo, comentários bons e ruins, mas isso não me abala, porque sei que estes não conhecem o esporte e talvez nunca conheçam, sou uma atleta como qualquer outra, a minha diferença é que carrego o esporte comigo. Meus companheiros de trabalho sempre me deram muito apoio e torcem por mim.
TO: Você recebe apoio para as competições? De quem?
NB: Este talvez é o maior problema de um atleta, conseguir um patrocínio, vivemos uma realidade muito difícil, pois gasta muito na preparação até as competições, com alimentação, suplementação, roupas, viagens e outros, porém no momento recebo suporte de alguns como, meu nutricionista Rodolfo Peres, meu treinador Mauro Nery que é meu marido, a fotógrafa Salete Kuyava, a academia Trainer que me cede seu espaço e meu padrinho Dr Calixto que cuida da minha saúde.
TO: Qual a meta com este esporte e em quanto tempo pretende alcançar?
NB: A meta de qualquer atleta é ser campeã, a minha meta é ser campeã Brasileira e chegar ao Mundial quem sabe no próximo ano na Espanha.
TO: Qual sua posição sobre suplementos alimentares? Você acredita que eles podem melhorar a performance d@s atlet@s?
NB: Isso já é mais que comprovado pela ciência, o que falta é esclarecimento e estudo por partes daqueles que se julgam profissionais do ramos, esses que são desprovido de conhecimento e não tem medo de dar um passo no escuro e falar o que não sabe, é muito mais fácil dizer que faz mal tomar suplementos do que buscar em livros e artigos científicos as informações necessárias.
TO: Sabemos da dificuldade d@s atlet@s brasileir@s viver do esporte. Como isto é para você?
NB: No Brasil é muito difícil viver do esporte, isso é para poucos, mais o que não deixe a esperança morrer é a paixão pelo esporte, e como não saber se posso conseguir se não tentar,os frutos você colhe com o tempo de trabalho e dedicação.
TO: Que mensagem você gostaria de passar as pessoas?
NB: O fisiculturismo é o esporte que vem crescendo no Brasil, com grandes atletas ganhando títulos internacionais fortalece assim o esporte nacional. A categoria body fitness na qual venho competindo já trouxe para o Brasil vários títulos internacionais e já levou algumas atletas a competir profissionalmente nos EUA. Espero num futuro breve escrever meu nome junto dessas atletas.
Fotos da Atleta:
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Vídeo da Atleta no YouTube:
Fonte: Fotos e informações enviadas por e-mail.
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