Poliane Maia Postado 19 de novembro de 2013 Postado 19 de novembro de 2013 Olá! Este é meu primeiro post no forum! Em uma recente discussão sobre treinamento, algumas pessoas ditas com conhecimento de causa foram categóricas ao afirmar o seguinte: """""Não é possível moldar um músculo através de exercícios. O músculo só cresce ou diminui, não muda de forma. Ou seja, é um grande mito da musculação usar diferentes ângulos e exercícios isoladores para "pegar áreas deficitárias" da musculatura. Por exemplo: usar rosca concentrada para tornar o bíceps mais pontudo. Algumas pessoas caem no mito que um exercício tipo cadeira extensora "separa" a musculatura do quadríceps e dá pouco volume, enquanto agachamento volumiza, aumenta a musculatura. Nenhum exercício define músculo, não "separa", não é possível tornar mais perceptíveis a separação, por exemplo, do reto femoral, do vasto lateral e medial do quadríceps, através de exercícios. O uso de exercícios isoladores é muito ineficaz para trazer hipertrofia muscular. Os exercícios compostos livres são os verdadeiros formadores de músculo. Máquinas são totalmente dispensáveis e, inclusive, contribuem enormemente para lesões por terem sua biomecânica "travada", um movimento-guia, forçando as estruturas do corpo, o que não ocorre nos exercícios livres, comprovado cientificamente""""" Gostaria de saber se há realmente algum sentido nesse tipo de colocação, inclusive científica, pois eu acho muito estranho o fato de vários atletas de musculação, senão todos, usarem exercícios livres e também isoladores e também máquinas. De acordo com o texto acima, apenas exercícios compostos livres seriam mais que suficientes para a hipertrofia, pois são os que realmente desenvolvem músculo e que também não existe isso de moldar musculatura via exercícios. Obrigado a todos pela participação! Everton Santos 1
Everton Santos Postado 19 de novembro de 2013 Postado 19 de novembro de 2013 Seja bem-vinda!!! A discussão é bem colocada, ainda mais agora, quando nos aproximamos do verão.... O grande problema é saber filtrar o que se lê e o quanto de crédito vc vai dar a quem está escrevendo, por mais que a fonte seja um renomado doutor com zilhões de artigos e livros publicados, ou seja a um atleta com inúmeros títulos na prateleira e um físico impecável. Em geral, os discursos que tentam imprimir uma imagem de extremismo devem ser ignorados. Algo como: "Máquinas são totalmente dispensáveis e, inclusive, contribuem enormemente para lesões por terem sua biomecânica "travada"... é uma prova disso. Boas máquinas convergentes serão seguras para realizar o trabalho necessário permitindo excelente adaptação mecânica por parte do atleta e isso vai refletir na exposição a fatores lesivos, diminuindo-a é claro. Muito do que se discursa quando alguns teóricos falam que determinados ângulos não vão melhorar determinados pontos e feixes musculares, são baseados em "padronizações burocráticas" dos achados científicos, por exemplo, (é só um exemplo) para ser considerado "aceito" um determinado estudo com 2 variações de execução de Leg Press precisa apresentar dados de maior ou menor ativação muscular em 5% de diferença, abaixo disso não é "cientificamente aceito". Porém, esses 5% que eles desconsideram e alguns maus cientistas (aqueles que nunca entraram embaixo de uma barra de supino) passam a declarar como perda de tempo e blá blá blá.... podem realmente não ser potencialmente influentes para um praticante iniciante, mas, quando falamos em pessoas em níveis mais avançados de treino e principalmente de atletas, esses 5% podem ser a barreira que os impede de conquistar um título. Acho que um dos principais exemplos é o aeróbio em jejum, antes amplamente condenado hoje já é visto com outros olhos por muitos profissionais e cientistas, embora ainda encontremos profissionais afirmando cegamente que vc vai MORRER se fizer isso!!!!! Enfim, saiba filtrar o que vc lê. Pois vc pode encontrar aí fora um médico jurando de pés juntos que vc vai morrer se fizer aeróbio em jejum e depois descobrir que o cara é pediatra, ou otorrino, ou geriatra..... sedentário e que não tem a menor relação com atividades físicas e esportes (ou seja, não sabe sobre o que está falando). Assim como vc pode encontrar um educador físico recomendando vc a tomar um relaxante muscular após o primeiro dia na academia, pq o mesmo não tem ferramentas ou capacidade para prescrever um treino "não massacrante" no primeiro dia. Escrevi demais né... rs Danibrg., Vinicius Souza, Kabul e 3 outros 6
Poliane Maia Postado 19 de novembro de 2013 Autor Postado 19 de novembro de 2013 Obrigado Everton, muito contundente a sua resposta e por maior que seja o texto, se tiver boas informações como o seu, nunca será demais, hihihih! Entendi o que você quis dizer, mas não ficou suficientemente claro para mim. Tentarei exemplificar: O uso do supino inclinado e declinado realmente NÃO tem influência alguma na modelagem do peitoral? Se tiver alguma influência mínima, como os citados 5% em seu texto, então seria lícito dizer que isso só faria diferença em atletas competitivos? Se assim for, por que aos atletas iniciantes ou intermediários ou até mesmo avançados, sem pretensões competitivas, são prescritos exercícios isoladores e em máquinas? Não seria melhor apenas focar apenas nos básicos? Obrigado!
Pokoyô Postado 19 de novembro de 2013 Postado 19 de novembro de 2013 Eu não concordo. Percebi em fotos minhas que meu peito ficava melhor desenhado antes. Passei a pensar que exercício (s) que eu retirei tinha provocado isso. Lembrei que tinha uma máquina de supino reto na outra academia e como só malho supinos em máquina agora só faço inclinado. Também lembrei de outros exercícios que fazia e deixei de fazer pra peito. Só não retornei o reto na máquina porque na academia atual não tem, mas retornei sim os outros exercícios e peito já começa a reagir. Acredito sim que há certos exercício com pesos livres ou em máquinas que modelam sim os músculos, claro que dentro dos parâmetros genéticos.
RCruz2011 Postado 19 de novembro de 2013 Postado 19 de novembro de 2013 """""Não é possível moldar um músculo através de exercícios. O músculo só cresce ou diminui, não muda de forma. Ou seja, é um grande mito da musculação usar diferentes ângulos e exercícios isoladores para "pegar áreas deficitárias" da musculatura. Por exemplo: usar rosca concentrada para tornar o bíceps mais pontudo"""". É preciso dar muita atenção a essa parte do texto, para que não se faça uma interpretação equivocada. O texto diz respeito a moldar a musculatura, mas pode deixar a entender que não seria necessário utilizar angulações diferentes, acredito que a forma de cada músculo é determinada pela genética, e talvez, não passível de modificações significativas, porem as angulações podem trabalhar "cabeças" menos desenvolvidas de dada musculatura, melhorando seu aspecto e simetria. Veja bem não estou dizendo em relação a todo o texto, mas sim a área em destaque, que pode levar um leigo a entender ( de forma errada) que não existe necessidade de variação de angulações. Vinicius Souza 1
Poliane Maia Postado 19 de novembro de 2013 Autor Postado 19 de novembro de 2013 """""Não é possível moldar um músculo através de exercícios. O músculo só cresce ou diminui, não muda de forma. Ou seja, é um grande mito da musculação usar diferentes ângulos e exercícios isoladores para "pegar áreas deficitárias" da musculatura. Por exemplo: usar rosca concentrada para tornar o bíceps mais pontudo"""". É preciso dar muita atenção a essa parte do texto, para que não se faça uma interpretação equivocada. O texto diz respeito a moldar a musculatura, mas pode deixar a entender que não seria necessário utilizar angulações diferentes, acredito que a forma de cada músculo é determinada pela genética, e talvez, não passível de modificações significativas, porem as angulações podem trabalhar "cabeças" menos desenvolvidas de dada musculatura, melhorando seu aspecto e simetria. Veja bem não estou dizendo em relação a todo o texto, mas sim a área em destaque, que pode levar um leigo a entender ( de forma errada) que não existe necessidade de variação de angulações. Em relação à isso de treinar as cabeças e porções específicas do músculo, aqueles que citei afirmam que também não existe isso. Um agachamento usa todo o quadríceps, uma barra fixa usa todo o dorsal etc. Ou seja, pra eles, os básicos são muito mais que suficientes para desenvolver musculatura. Um exemplo que eles citam é o abdômen. Sabe aqueles abdomens trincados, mas com um "quadrado" muscular acima do outro? Uma foto para exemplificar melhor: Note a parte esquerda do abdômen, com um quadrado acima do outro. Não há exercício no mundo que faça parte direita do abdômen desse cara ficar da mesma altura da parte esquerda. Portanto, não existem exercícios que moldem o músculo, ele sempre terá a aparência que está geneticamente determinada. O músculo só cresce ou diminui. Esse é o argumento deles. O que achas? Locemar 1
Everton Santos Postado 19 de novembro de 2013 Postado 19 de novembro de 2013 Esse é o ponto, nas primeiras semanas de treinos o aluno consegue receber um bom estímulo com 1 ou 2 exercícios para cada grupo muscular, nesse momento ele realmente não tem necessidade de variar tanto o estímulo. Maaaas, em poucas semanas ou meses o aluno estará mais treinado e cada vez mais vai precisar de variações no treino. Usando o próprio caso dos supinos (inclinado, reto e declinado), essa variação na angulação é, entre outras coisas, uma estratégia para promover maior stress mecânico para as fibras do peitoral devido à sua anatomia em forma de "leque", permitindo esse foco em diferentes feixes alterando a angulação do tronco em relação à barra/halter. E principalmente quando eu cito aqueles 5% é para melhorar assimetrias ou pontos fracos, para essas pessoas os 5% podem ser muito influentes e quando pensamos em atletas isso toma uma importância maior ainda, pois esses detalhes além de visíveis são pontuados pelos juízes. Valendo ressaltar também, que quando falamos em seres humanos esses 5% podem equivaler a 10% ou 20%, assim como podem equivaler a 1% ou 2%. Locemar 1
Everton Santos Postado 19 de novembro de 2013 Postado 19 de novembro de 2013 O caso desse abdome aí é assimetria, nunca trabalhei com correção de assimetria da musculatura abdominal, não tenho como afirmar o potencial de mudança nesse caso, embora seja possível pensar em algumas alternativas. Quanto ao exemplo do agachamento e de focar só nos básicos é ignorar os princípios básicos do treinamento que a própria ciência orienta: - princípio da individualidade biológica - princípio da continuidade e princípio da variabilidade (estão diretamente ligados) - princípio da especificidade E o principal: - princípio da adaptação Seguindo o que essa sua fonte dita como regra e sob um olhar "perverso" , a única forma de alterar a intensidade do treinamento seria aumentando as cargas, um cara começa agachando com 5kg de cada lado e em 1 ano de treino não terá mais pesos na academia para agachar.... Vinicius Souza e Locemar 2
Poliane Maia Postado 19 de novembro de 2013 Autor Postado 19 de novembro de 2013 O caso desse abdome aí é assimetria, nunca trabalhei com correção de assimetria da musculatura abdominal, não tenho como afirmar o potencial de mudança nesse caso, embora seja possível pensar em algumas alternativas. Quanto ao exemplo do agachamento e de focar só nos básicos é ignorar os princípios básicos do treinamento que a própria ciência orienta: - princípio da individualidade biológica - princípio da continuidade e princípio da variabilidade (estão diretamente ligados) - princípio da especificidade E o principal: - princípio da adaptação Seguindo o que essa sua fonte dita como regra e sob um olhar "perverso" , a única forma de alterar a intensidade do treinamento seria aumentando as cargas, um cara começa agachando com 5kg de cada lado e em 1 ano de treino não terá mais pesos na academia para agachar.... É o que concordo também, mas eles dizem que o principal fator de crescimento é a progressão de cargas, especialmente para quem não treina hormonizado. Veja bem, ser o principal fator não significa ser o único, mas que eles demonizam as máquinas, como o agacho Hack (que dizem só serve para lesionar o joelho), isso eles dizem sim! Também dizem que há diversos estudos sobre a inutilidade das máquinas frente aos exercícios compostos (pena que não vi esses estudos...). Dizem que essas técnicas de drop set, bisérie, trisérie etc. só funcionam em hormonizados, para naturais não... Sendo também perverso , pode-se citar nomes de usuários de outros forums aqui? Obrigada! Pokoyô 1
RCruz2011 Postado 19 de novembro de 2013 Postado 19 de novembro de 2013 Em relação à isso de treinar as cabeças e porções específicas do músculo, aqueles que citei afirmam que também não existe isso. Um agachamento usa todo o quadríceps, uma barra fixa usa todo o dorsal etc. Ou seja, pra eles, os básicos são muito mais que suficientes para desenvolver musculatura. Um exemplo que eles citam é o abdômen. Sabe aqueles abdomens trincados, mas com um "quadrado" muscular acima do outro? Uma foto para exemplificar melhor: Note a parte esquerda do abdômen, com um quadrado acima do outro. Não há exercício no mundo que faça parte direita do abdômen desse cara ficar da mesma altura da parte esquerda. Portanto, não existem exercícios que moldem o músculo, ele sempre terá a aparência que está geneticamente determinada. O músculo só cresce ou diminui. Esse é o argumento deles. O que achas? Nesse caso é preciso deixar claro, que cada musculo tem suas particularidades, no abdomem por exemplo, fica óbivio uma dificuldade maior em se trabalhar a assimetria pela dificuldade de enfatizar cada parte em específico, se analisarmos o triceps braquial, considero a variação de extrema importancia para um desenvolvimento equilibrado. Em relação ao agachamento, de uma forma geral, o trabalho muscular com exercicios compostos seria mais produtivo mesmo no quesito hipertrofia por questões que não julgo necessárias dizer aqui no momento, porem um trabalho específico em cadeira extensora, flexora, etc, podem ser não menos importante, nesse mesmo objetivo, como bem disse o Everton logo acima, cada caso é um caso, individualidade, tempo de treino, objetivos, limitações etc, devem ser considerados.
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