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O exercício do voador é tradicionalmente destinado ao desenvolvimento do peitoral e a porção anterior do deltóide e deve seguir alguns
procedimentos respeitando a biomecânica a saber:
*O ajuste do banco no aparelho deve ser feito deforma a posicionar a articulação dos cotovelos um pouco abaixo da linha dos ombros e não formando um ângulo de 90º. Esse angulação pode estressar os ligamentos e articulações escápulo-umeral.
* Os braços devem se posicionar alinhados com a posição natural da escápula, um ângulo de 30º formado com o plano frontal (Kapandji 2000).
* Durante a execução, fase concêntrica, o aluno deve manter todo o antebraço apoiado em contato com a almofada. Há uma tendência de afastar o cotovelo e ou flexionar o punho na passagem da vantagem para desvantagem mecânica quando o exercício se torna mais pesado.
* Na fase excêntrica, negativa, a velocidade deve ser controlada amortecendo o movimento sem deixar as placas "baterem", ato que pode
provocar "trancos" nas articulações e possíveis dores articulares.
* As curvaturas da coluna devem ser mantidas nas posições naturais e o ato de basculação anterior do quadril "encaixar o quadril", só deve ser recomendado à pessoas com hiperextensão lombar, assim mesmo, de modo a corrigir apenas o excesso de curvatura. Ou seja, sentado direito!

Este exercício, como na maioria dos com aparelho, trás a vantagem de concentrar o trabalho nos músculos visados com menor participação dos músculos estabilizadores, como por exemplo os extensores do cotovelo.
Vale lembrar que a cintura escapular tem movimentos que facilitam a execução de vários exercícios mas, essa articulação tem ângulos anatômicos a serem respeitados. A escápula, por exemplo, não fica, no plano frontal e sim oblíquo, formando com o plano frontal um ângulo de 30º e com a clavícula 60º. Esse fato é importante, por exemplo, na execução do exercício voador. A posição inicial, a princípio, deve partir dessa angulação, sobretudo para os iniciantes porque é uma posição de conforto. Partindo do plano frontal os músculos peitoral e as porções I e II do deltóide, partirão da posição em pré-estiramento com as escápulas abduzidas e aproximadas. Nesse caso o ângulo entre a escápula e a clavícula tende a aumentar em aproximadamente 70º. MOVIMENTO DE DESLOCAMENTO LATERAL, segundo Kapandji 2000.
Se por um lado o iniciante deve respeitar esses ângulos anatômicos na execução dos exercícios, o intermediário e o avançado, se não treinar
angulações máximas, a flexibilidade diminui. Portanto, nos exercícios voador, no supino e no crucifixo, a abdução máxima horizontal, dependendo
do indivíduo, deve ser treinada pelo menos de vez em quando. O fastamento máximo entre as posições extremas das escápulas no plano posterior é de 15 cm. MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO LATERAL.
Na execução do tradicional exercício de encolher os ombros, destinado ao trapézio, a escápula faz o movimento de TRANSLAÇÃO VERTICAL com um deslocamento de 10 a 12 cm. Outro movimento descrito por Kapandji é o de SINO OU BASCULAÇÃO. Na abdução dos braços de 0 a 180º, o lado inferior as escápula (ângulo inferior) desloca-se para fora com um eixo de rotação percorrendo um
ângulo total de 60º.
Nunca é demais lembrar, também, que a prescrição dos exercícios passa pela observação dos exercícios agônicos e antagônicos. Ao se programar o voador não devemos esquecer do crucifixo invertido. As musculaturas devem estar em equilíbrio na correção da postura.

fonte:CDOF


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