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Dermatologia no Esporte


Dermatologia no Esporte

A prática de esporte é uma das melhores decisões possíveis que levam ao bem estar, sendo recomendada por todos os médicos, com muito entusiasmo, aos seus pacientes. Alguns problemas de pele melhoram com o simples fato de se aumentar a atividade física, como eczema, psoríase, alergia, vitiligo e até queda de cabelo.

Porém, a pele abafada, a transpiração, o atrito e pequenos ferimentos diminuem a barreira cutânea predispondo os atletas amadores e profissionais a riscos de doenças dermatológicas que alteram a performance esportiva.

A fricção presente na pele, mesmo em moderada intensidade, causa seu descolamento e ocorre a formação da bolha, que só deverá ser drenada em caso de dor, com o uso de agulha descartável na base da lesão. É importante não retirar o teto, que serve como curativo biológico, para evitar infecção.

Durante uma maratona, as zonas de maior atrito devem ser revestidas por uma pele artificial formada por camadas: “bandaid” – vaselina – micropore – vaselina e meia de algodão. O desodorante nos pés (em talco ou spray) ameniza o suor e evita a umidade diminuindo a incidência dessas afecções dermatológicas, assim como o uso de 2 pares de meia, que amortizam o impacto entre a pele e o tecido de algodão.

Os nadadores, especialmente os de pele e cabelos claros podem apresentar coloração esverdeada dos cabelos que é provocada pelo cobre dos algicidas e tubulações associada a participação do cloro usado no tratamento de água. A solução é a aplicação de peróxido de hidrogênio deixando atuar por trinta minutos.

O contato freqüente com a água também pode facilitar a remoção do cerume que protege o canal auditivo e favorece a ocorrência da otite externa, denominada otite dos nadadores. Recomendamos, portanto, o uso de protetores moldáveis durante a prática da natação.

A orelha quebrada dos lutadores ou orelha de “couve-flor” é conseqüência do atrito e do impacto provocados pelo quimono no pavilhão auricular dos judocas e praticantes de jiu-jitsu formando hematoma no local. Passado o quadro agudo, surge aumento do volume da pele, alteração na pigmentação e deformação da região, com descontinuidade da cartilagem.

Nos esportes praticados ao ar livre, apenas 32% dos brasileiros que se expõem ao sol usam protetor solar. As conseqüências do descuido só aparecem com o tempo, pois os raios UVA e UVB do sol são cumulativos e sem volta, responsáveis pelo aparecimento do câncer de pele. Quanto mais escura for a pele, maior é a produção de melanina e sua capacidade de auto proteção.

Nenhum protetor solar até o momento é capaz de garantir 100% de segurança, então, podem ser acrescentados aos cuidados de um atleta, roupas com fios especiais que barram a ação dos raios solares em 98% (usadas em pacientes que já desenvolveram câncer de pele), além da proteção dos olhos com lentes de contato e lentes de óculos que bloqueiam os raios UVA e UVB, porque a radiação do sol predispõe o indivíduo a catarata podendo levar a cegueira.

Procure seu dermatologista que terá condições de fazer uma melhor avaliação para indicar uma terapêutica com maior chance de sucesso. Descansar adequadamente é fundamental, para evitar o overtraining (treinamento excessivo que desgasta o esportista) e proteção extra é necessária em todas as modalidades esportivas!

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