A NOVA ERA DA SUPLEMENTAÇÃO: WHEY PROTEIN.
A proteína do soro do leite (Whey Protein, ou simplesmente Whey) chama cada vez mais a atenção do público por ser uma das formas mais completas de proteína disponível. A indústria sensacionalista por muito tempo nos informou sobre a proteína de soja. Na grande maioria dos aspectos, a Whey é muito superior à proteína de soja.
Valor biológico (VB) é a escala de graduação usada para determinar se determinada fonte nutricional é usada por um organismo e com determinada eficiência. É uma escala particularmente aplicada na comparação de proteínas para a nutrição humana. Quanto maior for o valor biológico, mais aminoácidos e nitrogênio o organismo irá reter.
O ovo é considerado a fonte de proteína mais digerível, com porcentagem de aproveitamento pelo corpo humano de 94%. Devido a esta taxa de absorção, ele ganha a graduação 100 e todas as demais proteínas são graduadas comparativamente em sua digestibilidade em relação a proteína do ovo (no caso, a albumina). Existem proteínas tratadas sinteticamente que são ainda mais digeríveis que a proteína de ovo e possuem, em relação a este, taxas de aproveitamento maior que 94 %, recebendo, portanto, uma graduação de valor biológico superior a 100. É o caso da Whey Protein.
A proteína do soro de leite na forma isolada é considerada a de mais alto valor biológico existente no planeta. Seu VB é classificado como 159, sendo acima da whey concentrada e de qualquer outro tipo de proteína.
A capacidade de absorção da Whey isolada pelo organismo humano é muito maior e isso faz com que exista uma excelente utilização e retenção pelo corpo. Nenhuma outra proteína tem tamanha absorção e retenção. É por isso que os atletas fazem uso dessa substância há muito tempo, pois já sabiam que a proteína isolada do soro do leite corrigia a supressão imunológica, que freqüentemente ocorre em esportistas vítimas da síndrome de excesso de treinamento (Colker CM, Kalman D, Brink WD, Maharam LG. 1998). É uma pena que, só agora, conseguimos demonstrar todos os benefícios desse produto para a saúde humana, que vai além do bodybuilding.
A Whey Protein é uma forte aliada para o sistema imunológico, pois ela aumenta drasticamente nossos níveis de glutationa, antioxidante essencial solúvel em água, que protege nossas células, neutralizando as toxinas, tais como: peróxidos, metais pesados, cancinogênios e muitos outros. Em estudos experimentais, a Whey apresentou maior aumento dos níveis de glutationa do que qualquer outra proteína estudada, incluindo a de soja (Bounous G, Gold P. 1991). A glutationa é tão necessária para o sistema imunológico saudável que a nossa imunidade pode ser modulada por sua quantidade presente no organismo.
Pessoas que sofrem de doenças como: síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), aterosclerose, doença de Alzheimer e doença de Parkinson; freqüentemente apresentam níveis reduzidos de glutationa. Entretanto, um pequeno estudo em homens HIV-positivos (SIDA), que usaram proteínas do soro do leite, foram encontrados grandes aumentos dos níveis de glutationa, fazendo com que dois dos três homens atingissem seu peso ideal (Bounous G, Baruchel S, Faiutz J, Gold P. 1992).
Sabemos que, quando há um sistema imunológico forte o suficiente, o organismo é muito mais competente no combate às infecções. Animais alimentados com Whey apresentaram maior resposta do sistema imune diante das bactérias.
Diante de vários estudos, talvez o mais interessante é saber que a proteína do soro do leite também tem capacidade para combater o câncer. Muitas pesquisas mostraram que o crescimento de células de câncer de mama é fortemente inibida quando expostos até mesmo a baixas concentrações de Whey (Baruchel S, Vaiu G. Anti Cancer Research. 1996).
Em outro estudo clínico, observou-se a regressão de alguns tumores cancerígenos quando os pacientes foram suplementados com 30 gramas diárias de proteína do soro do leite (Kennedy RS, Konok GP, Bounous G, Baruchel S, Lee TD. Anti Cancer Research. 1995). Da mesma forma, os animais alimentados com Whey e depois submetidos a dimetilhidrazina (DMH), um forte agente cancerígeno, apresentaram respostas imunes muito mais vigorosas do que os animais alimentados com qualquer outro tipo de proteína. Mais importante ainda, é citar que todos os tumores persistentes foram menores e em menor número nos animais alimentados com proteína do soro do leite (Bounous G. Clin. Invest. Med. 1988).
Algumas pesquisas com animais demonstram também que a Whey pode prevenir a aterosclerose, evitando a oxidação do colesterol LDL (Kajikawa M, e cols. Biochemica et Biophysica Acta. 1994). Esse suplemento, principalmente em sua forma isolada, pode reduzir os níveis de LDL, bem como de triglicéries (Zhang X, Beynen A.C. Brit. J. of Nutri. 1993). Também constatou-se uma relação direta sobre o crescimento das células ósseas (Takada Y, Aoe S, Kumegawa M. Biochemical Research Communications. 1996). Estes resultados sugerem que a proteína contém componentes ativos que podem ativar a proliferação dos osteoblastos, desempenhando um papel importante na formação óssea. Sendo assim é importante seu consumo em idosos mesmo que não façam atividade física.
A forma isolada dessa benéfica proteína, através da extração hidrolisada, é composta de muitas sub-frações, incluindo beta-lactoglobulina, imuno-globulinas, albumina do soro bovino (BSA), lactoperoxidases, lisozima, lactoferrina, dentre outras. Cada uma dessas subfrações tem suas próprias e exclusivas propriedades biológicas e seus benefícios.
Tratando-se da lactoferrina, são vários os efeitos positivos desta sub-fração da Whey. Por exemplo, a lactoferrina é encontrada em pequenas quantidades no corpo humano e é a primeira linha de defesa do sistema imunológico. Ela se liga ao ferro com tanta força que inibe o crescimento de bactérias ferro-dependentes (Oram J, Reiter B. Biochem. Biophys. Acta. 1968), podendo até bloquear o crescimento de muitas bactérias patogênicas e fungos (Bellamy W, e cols. J. Appl. Bacteriol. 1992). Sua ação antimicrobiana pode até melhorar a ação dos antibióticos (Ellison R.T. Infect. and Immun. 1988). No aparelho digestivo, a lactoferrina pode ajudar a estimular o crescimento das células intestinais (Hagiwara T, e cols. Biosci. Biotech. Biochem. 1995) e aumentar o crescimento da "boa" microflora intestinal (Petschow B, e cols. Pediat. Res. 1991). Agindo como um poderoso antioxidante, a lactoferrina tem efeitos positivos como imunomodular e eliminar o ferro, e proteger as células da peroxidação da gordura (Gutteridge, e cols. 1981).
Somente pelos beneficios da Lactoferrina já é mais que suficiente para incorporar a Whey Protein Isolada em sua dieta, sem contar com outros motivos como: melhora do sistema imunológico, combate ao câncer e outras doenças. No que se refere a estética, a utilização desse suplemento possibilita a utilização mais eficaz da gordura corporal como fonte energética (oxidação), além da maior preservação muscular.
Prestem bem atenção na marca e na origem da matéria prima do produto, assim como o método utilizado para extrair o soro do leite sem perder a qualidade e beneficios de suas subfrações. A Whey isolada extraída de forma hidrolisada, promove resultados mais expressivos em relação a proteína concentrada do soro do leite, caseína, soja e outras proteínas.
Como escolher um bom Whey Protein?
1 - A Whey deve ser isolada e não concentrada;
2 - A proteína isolada deve ser extraída por hidrólise, logo o produto deve ser isolado e 100% hidrolisado. Os produtos a base de Whey que usam troca iônica já estão ultrapassados;
3 - Os melhores são adoçados com sucralose, embora seja difícil conseguir, e já existem os que são adoçados com xilitol, que serão melhores ainda;
4 - Cada dose (scoop) deve conter menos de 0,5g de lactose;
5 - O produto isolado sempre contém glutamina. Os bons laboratórios sempre informam no pote a quantidade de glutamina e bcaa por dose;
6 - Um laboratório respeitável especifica no rótulo do produto as microfrações mínimas para que a substância seja de boa qualidade e usadas em hospitais, que são: lactoglobulina 45-55%, alfa lactalbumina 15-25%, imunoglobulina 2-8%, albumina do soro bovino 6-8%, glicomacropeptídeos 20-22%, lactoferrina 0,1-0,5%, fragmentos peptídicos 4-6%.
7 - A melhor matéria prima vem da Glâmbia, portanto, pergunte ao laboratório que produz a Whey de onde vem sua matéria prima.
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