Ir para conteúdo
  • Cadastre-se

sci_med_bb

Membro
  • Total de itens

    7
  • Registro em

  • Última visita

Últimos Visitantes

O bloco dos últimos visitantes está desativado e não está sendo visualizado por outros usuários.

Conquistas de sci_med_bb

Novato

Novato (1/14)

22

Reputação

  1. Lógico que concordo totalmente que utilizar TRT sem indicação, tem muitos riscos. E concordo que vai zerar o eixo. Claro que sim. Não tem como negar isso. Daí que falei que acabar por induzir um hipogonadismo central. Repara.. Dá testosterona exógena, a LH e FSH vão zerar, ou diminuir bastante abaixo da referência. Quem já tem hipogonadismo, qual o mal disso? Vai induzir outro hipogodadismo? Vai. Mas hipogonadismo já o paciente tem. Agora, se o paciente não tem hipogonadismo, e vai usar TRT sem indicação, vai acabar por induzir um hipogonadismo central. Reversível e tratável na maioria das vezes, mas vai dar muita dor de cabeça até tratar. Não defendo TRT sem indicação. Volto a referir. Toda a TRT, deve partir de um pressuposto diagnóstico, e tem que chegar no patamar que já estudou tudo, todas as causas, e viu que não tem outro tipo de tratamento. Por exemplo, tratar um hipogonadismo central com TRT, sem tentar antes hcg, clomifeno ou outro SERM, é simplesmente idiotice. Agora, se não tem outro tipo de tratamento, excluiu todas causas reversiveis, porque vai deixar o individuo sintomático? Para mim não tem como. Medicina, para mim, é tratar o individuo como um todo, devolver qualidade de vida, e otimizar a saúde, e trabalhar em conjunto. Isso de ficar dizendo "tem que aprender a lidar com os sintomas", não entra comigo. Nada, nem ninguém, conhece melhor o seu corpo, do que nós próprios/próprio paciente. E, se alguém me fala que sente x ou y, só me cabe trabalhar em conjunto para investigar o problema, e tratar a causa, sempre que possível. Ou, quando não possível, manejar os sintomas da melhor forma possível. Mas, sobretudo, ninguém se deve automedicar. A internet é uma excelente fonte de informação. Tem muita coisa errada, mas tem também muita coisa boa e fiável. Não tem problema algum a pessoa estudar o assunto, e perguntar ao médico qual a opinião acerca do assunto. Perguntar, não ofende. Concordo totalmente com o que falou do proviron. É incrivel a capacidade que tem em aumentar a testosterona livre, além que nas doses recomendadas, não tem influencia valorizável no eixo. É a droga maravilha, principalmente para quem tem queda da libido dificil de controlar de outras formas.
  2. TRT pode fazer parte do fisiculturismo, desde que haja indiciação clínica para tal. Se não tem indicação, pouco ou nada vai fazer. Vejamos... Testosterona em niveis fisiológicos, ajuda a manter uma boa composição corporal. Melhora metabolismo osseo, lipidico e densidade muscular. Desde que dieta e restantes fatores sejam ajustados. Mas isto só é válido ate certo ponto. Ou seja, quem tem níveis bons de testosterona, sem sinais de hipogonadismo, não é por "tomar" testosterona em doses fisiológicas, que vai aumentar drasticamente a massa muscular. Isso não funciona assim. Vejamos os seguintes exemplos... Um dos principais sinais de deficiência de testosterona/hipogonadismo, além dos sinais e sintomas "sexuais", é mesmo a acumulação de gordura abdominal, nas ancas e coxas, sem motivo aparente. Assim como diminuição da quantidade, densidade e força muscular, também sem motivo aparente. Cogitando o seguinte caso: Individuo de 30 anos, praticamente de "musculação" há 10, que começou a notar perda notoria de massa muscular, força, e aumento de padrão de gordura do tipo "feminino". Pede todos exames, vem testosterona a 280 ng/dL, testosterona livre abaixo da referência ou no limite inferior, e restantes exames normais. Revê todo o quadro clinico, incluindo estilos de vida, dieta, treino, questões sociais/psicossociais (anda mais stressado?), medicação (existe uma quantidade enorme de medicações que diminuem testosterona, aumentam prolactina). Revê tudo, e os niveis de testosterona mantém-se baixos ou no limite inferior. Inicia TRT e de certeza que vai notar uma grande melhoria na composição corporal, diminuição da massa gorda, aumento de massa muscular, e os ganhos musculares irão aumentar no decorrer normal do que seria espectável à resposta fisiológica ao exercício. Por outro lado, tem individuo totalmente saudável, sem sintomas de hipogonadismo, com testosterona a 600 ng/dL. Supomos que inicia TRT para mais ganhos musculares, mesmo que os seus ganhos sejam o esperado à resposta fisiológica ao exercicio. Aí não vai funcionar. A testosterona não funciona assim. Se tem défice, repor testosterona vai te ajudar a ter ganhos na academia, sem sombra de duvida. Isso ao mesmo nivel comparando com outro individuo que treina sem uso de esteróides e mantém niveis normais de testosterona. Agora, já tem niveis normais de testosterona, e quer potenciar só com TRT, literalmente, te vai sair o tiro pela culatra. Só usando doses suprafisiológicas de testosterona, e/ou outros esteróides. Mas cada pessoa é única,e nós tratamos pessoas, não números analíticos. Vai que um individuo teve a sua vida inteira desde adolescência, testosterona a 300, sem grandes oscilações. Seu corpo se habituou a funcionar com esse valor, e certamente não vai ter qualquer problema ou sintoma com isso. Agora, se um individuo esteve sempre habituado a ter níveis de testosterona a 700-800 e, de repente, caiu para 300 de forma repetida e continuada, pode ter certeza que vai ficar sintomático. TRT, com ou sem indicação (mas volto a repetir, fazer TRT sem indicação, não faz sentido algum, e pode até ser mais prejudicial em termos hormonais para o individuo, pois acaba por induzir um hipogonadismo central quando suspender o uso), será sempre feito com ester de meia vida média de testosterona, aplicada 2x semana (exemplo, protocolo com 150 mg de enantato de testosterona por semana, dividido em 2 aplicações semanais de 75 mg), adicionando 250 ui de HCG dsdn, ou 500 ui 2x semana para evitar atrofia testicular e preservar fertilidade, e anastrozol sempre que necessário, só em caso de aumento de estradiol/estrona com sinais ou sintomas associados. A dose tem sempre que ser individualizada, pois estradiol demasiado baixo, pode ser tão ou mais maléfico do que estradiol ligeiramente elevado. E agora vou ser polémico, mas sou muito adepto do proviron também.
  3. Eunão defendo TRT nesses propósitos. Defendo, sim, em determinadas situações. Tem individuo com testosterona a 200, mas não apresenta nenhum sintoma de hipogonadismo? Pede exames mais a fundo, mas não tem indicação para tratar com testosterona exógena, à partida. Tem individuo com testosterona a 300, pede testosterona livre que se encontra no limite inferior do valor de referência, e individuo está sintomático? Tem que pedir mais exames, e tratar de acordo com a causa. Doseia-se LH, FSH, entre outras análises de sangue. Se for central, pede-se RMN, descarta-se determinados tumores (mesmo benignos), tenta HCG, menotropina ou derivados, clomifeno ou tamoxifeno. Não é central e é primário? Pede ultrasom testicular, eventual estudo genético, ou outros exames consoante os achados clinicos (os exames a pedir podem ser diversos). Não é central, descartou possiveis causas reversíveis, e não tem hipótese de tratamento eficaz? Ou a causa é idiopática? Então porque não partir para TRT devidamente controlada? Lembrem as seguintes premissas: - Todas as formas de testosterona vendidas na industria farmaceutica sob prescrição médica, foram feitas para tratar o hipogonadismo em individuos jovens. Existe uma panóplia enorme de condições médicas, que não têm cura nem tratamento clinico, levam ao hipogonadismo, e só podem ser controladas com testosterona exógena. - A TRT, independentemente da causa, não trata o problema, mas trata os sintomas associados. Causa "dependência" de testosterona exógena? Claro que sim! Não podemos pensar que é feito um tratamento durante os meses, paramos, e volta tudo ao normal. TRT é para a vida. - Posteriormente, começou a ser cogitado a utilização de TRT para tratar hipogonadismo associado ao avançar da idade. Aqui é que tem a maior polémica, porque as indicações da testosterona, não eram para tratar este tipo de hipogonadismo. Mas tem também imensos estudos a provar os beneficios da TRT para tratar hipogonadismo associado a idade, desde que o individuo esteja sintomático. A conhecida "andropausa". - Mas uma coisa é certa... Um hipogonadismo sintomático não tratado, tem muito mais riscos, do que uma TRT bem feita e acompanhada. Aliás, uma TRT bem feita, e bem acompanhada, não tem praticamente riscos para a saúde. Há imensos estudos a mostrar isso mesmo. Outro ponto importante... Utilizar TRT sem necessidade clínica (Testosterona em níveis normais para a faixa etária, e sem sintomas), não traz benefício algum. Nem tem qualquer necessidade. Não tem esse negócio de fazer TRT só para potenciar os efeitos anabólicos e androgénicos da testosterona. Isso não funciona com TRT. Agora que fico sem entender porquê de tanto preconceito relativamente à TRT, fico mesmo! Porque raio é que vamos deixar um individuo sintomático e sem qualidade de vida, quando temos uma substância que reverte esses sintomas, e dá qualidade de vida? Isso é uma estupidez e burrice enorme. Se tem diabetes tipo 1, tem défice de insulina. Repõe insulina exógena. Se tem hipotiroidismo? Repõe com levotiroxina. Se tem insuficiência da adrenal? Repõe com corticosteróide. Tem défice de gH/nanismo? Repõe com gh. Porque raio é que se tem défice de testosterona, não repõe com testosterona? É pelos mitos associados à mesma? Não, a testosterona não causa cancer, não causa insuficiência cardíaca, nem sindrome da apneia obstrutiva do sono, nem infarto do miocárdio, nem nada desses problemas que a media tem bombardeado sobre nós. Tudo isso acontece quando a utilização da testosterona, é feita de forma errada. Quanto a exames de sangue a pedir: Hemograma, glicemia jejum, hemoglobina glicada, insulina jejum, ureia, creatinina, AST, ALT, Gama GT, fosfatase alcalina, colesterol total, colesterol LDL, colesterol HDL, colesterol não HDL, triglicéridos e respetivos rácios; TSH, T4livre, T3 livre, anti-peroxidase, Testosterona total, Testosterona livre direta (e não a calculada), SHGB, testosterona biodisponível, estradiol, estrona, prolactina, LH, FSH, DHT, S-DHEA, sódio, potássio, cloro, magnésio, cálcio, 25hidroxi vitamina D, vitamina B12, ácido fólico, zinco, selénio, ferro, ferritina, alfafetoproteína, proteína c reativa ultrasenssível, homocisteína, velocidade de hemossedimentação. Isto seria o principal para avaliar o quadro clinico que leva a sintomas sugestivos de hipogonadismo. Existem outros, que só tem necessidade de ser pedidos, consoante achados semioógicos e no exame físico. Eventualmente, perfil do ciclo circadiano do cortisol, pode ser pedido. Se LH e FSH altos, indicam hipogonadismo de causa testicular. Nesse caso, o correto é pedir ultrasom testiculo. Eventualmente estudo genético se suspeita de síndrome de klinfelter. Se LH e FSH baixos ou ausentes, significa hipogonadismo de causa central, eo correto é pedir RMN cabeça, dosear ferro e ferritina e pedir estudo de hemocromatose. Se hipogonadismo central, tentar HCG, menotropina, ou SERMs (clomifeno tem mostrado mais eficaz). Se o hipogonadismo for testicular e a causa não for reversivel, então aí só mesmo TRT para a vida. Não tem como. Ou faz TRT, ou fica sujeito aos malefícios e sintomas do défice de testosterona. Se for hipogonadismo associado à idade, alteração de alguns estilos de vida podem ajudar. Hipogonadismo idiopático em pacientes jovens ou de idade, mas com marcadores de inflamação elevados, pode reverter com uma dieta e estilo de vida anti-inflamatório. Se for para iniciar TRT, tem de pedir PSA total. Quando em TRT, fazer todos os exames periodicamente (eu peço sempre 6-6 meses), e adicionar PSA total, livre e complexado. Benefícios da TRT, tanto em jovens como idosos: - Melhora humor e depressão. - Melhora funções cognitivas e sociais. - melhora libido e toda função sexual. - Previne demências. - Melhora metabolismo em geral, e previne síndrome metabólica. Melhora os lípidos sanguíneos e aumenta sensibilidade à insulina. - Melhora a qualidade de vida em geral. - Melhora a composição corporal e óssea, aumentando densidade óssea, diminui gordura corporal e ajuda na densidade muscular. - Previne e trata a sarcopenia e a osteoporose associadas à idade. E muitos outros. Amanhã coloco aqui links de vários estudos cientificos acerca deste assunto. Deve-me estar confundindo com alguém. Com certeza. lol
  4. Tamoxifeno e HCG não tratam todos os tipos de hipogonadismo. Na verdade, só trata, quando o hipogonadismo é central/hipogonadotrófico/secundário. TRT é uma opção muito válida para determinadas situações, especialmente quando a vida do individuo fica prejudicada seriamente. Não consigo entender o preconceito que existe em geral na sociedade, acerca deste assunto. Quando bem feita, bem aplicada, e bem monitorizada, a TRT tem mais beneficios, do que malefícios. E melhora a parte hormonal, sim. Lá por zerar a LH e FSH, que zera, não tem beneficios hormonais? Será mesmo que um individuo com testosterona a 200, sintomático, sem ânimo, deprimido, com fragilidade ossea e muscular, sem libido, sem ereção, com comprometimento das capacidades cognitivas e sociais, se pode comparar quando inicia uma TRT devidamente acompanhada e monitorizada, mantém testosterona entre 600-800m e fica com qualidade de vida melhorada? Em todos os aspetos? Será mesmo que não tem beneficios hormonais e metabólicos em geral?
  5. Se não tem colaterais de DHT em excesso, porque vai tomar um fármaco que inibe de forma bem perigosa o enzima que produz o androgeno mais potente no corpo humano? Os colaterais da finasterida são bem sérios. Há homens que ficam com o sistema hormonal zoado para o resto da vida.
  6. Em momento algum eu acho que o pessoal fala bobeira. Se assim fosse, não teria me inscrito no forum. Eu gosto de aproveitar o meu tempo com coisas positivas, significantes, e que levam ao meu crescimento, tanto pessoal, como desportivo e profissional. Não acho aqui que alguém tenha mais conhecimento que outrém. O conhecimento faz-se partilhando ideias, e discutindo as mesmas. Assim mesmo é que cresce a ciência. Questionando tudo, levantando novas hipóteses. Se há coisa que devemos desconfiar, é de toda a teoria que não é questionada, e não tem a "galera" do contra. :D. Isso mesmo é muito positivo. Por isso, em momento algum, eu levo a mal em questionarem-me. Tenho todo o gosto que o façam.:) O que referi, é que uma testosterona a 297, para mim, é questão para levantar um "red flag", e que me levam a querer investigar melhor a fundo com exames, e com correlação clinica e semiológica. Tem testosterona a 297 e está assintomático? Tudo bem, vai tratar porquê? Mas ainda que não seja para tratar, é para ir monitorizando regularmente. Porque mesmo que essa testosterona se mantenha assintomática no individuo, pode levar a doenças silenciosas e perigosas, como sindrome metabólico, osteopenia e, consequentemente, osteoporose, anemia normocitica e normocrómica, hipertensão arterial, resistência à insulina e diabetes tipo 2, etc etc. Porque não marca com endocrino antes de começar a repor a testosterona? Seria o mais indicado. Ou procura um urologista com especialidade em andrologia. Quanto ao anastrozol, por favor, não caia no erro de tomar diariamente. O ideal é tomar apenas se notar sinais e sintomas de excesso de estradiol, e tomar apenas DSDN, ou a cada 3 dias e ir controlando com exames de sangue. Tomar essa dose diariamente vai baixar demasiado o estradiol, e vai se sentir pior do que antes. Vai zoar sua libido, seu perfil lipidico, deixar os seus ossos mais fracos também.
  7. TRT não é apenas para tratar deficiencia de testosterona associada a idade. Na verdade, TRT é para tratar hipogonadismo, mesmo em pacientes com 18, 20, 30 anos. Existe diversos problemas e condições que levam à deficiência de testosterona, e alguns até nem têm causa específica. Testosterona de 297, é sim para investigar, e TRATAR. Oi. Primeiro que tudo, nós tratamos pessoas, e não exames de sangue. Os exames de sangue são apenas parte da correlação clinica para a abordagem diagnóstica ao individuo. Por isso, como estão seus sintomas? Sente-se cansado, com fraqueza e dores musculares inespecificas? Baixa libido? Ginecomastia? Nota alteração no tamanho e volume do pénis e testículos? Como é seu padrão de distribuição de gordura? Acumula mais nas ancas, nádegas, coxas, parte de baixo da coluna lombar? Nota diferença no seu humor, hábitos de sono e memória? Tem depressão? Como são seus ganhos na academia? Tudo isso é importante correlacionar. De resto, é preciso exames de sangue mais específicos. Hemograma, AST, ALT, Gama GT, fosfatase alcalina, creatinafosfoquinase total, ureia, creatinina, glicemia de jejum, insulina jejum, hemoglobina glicada, TSH, T3 e T4 livres, anti-peroxidase, colesterol total HDL e LDL e triglicéridos, testosterona total, testosterona livre e biodisponivel, SHBG, estradiol, LH, FSH, 25-hidroxivitamina D, Vitamina B12, ácido fólico, selénio plasmático, ferro, ferritina, PSA total. Isto para começar.
×
×
  • Criar novo...