Ir para conteúdo
  • Cadastre-se

Mistura de ésteres de testosterona (Durateston®)

Saiba tudo sobre mistura de ésteres de testosterona (Durateston®): como ciclar, efeitos colaterais, para que serve e mais


Mistura de ésteres de testosterona

Imagem meramente ilustrativa e que pode ser fictícia.

Tabela resumida
Princípio ativo: Mistura de ésteres de testosterona
Nome comercial mais conhecido: Durateston®
Família: Testosterona (mistura de ésteres mistos)
Forma: Solução oleosa injetável (IM)
Meia-vida: Composta (ação inicial rápida, duração longa pelo decanoato ~15 dias)
Anabolismo (hipertrofia):
Androgenia (masculinização):
Estrogenismo (feminilização):
Hepatoxidade:
Efeito lipolítico (queima de gordura):
Retenção hídrica:
Distúrbios psicológicos:
Disponibilidade (acesso no mercado):
Preço (custo):

Introdução

O que são os blends de testosterona (Sustanon®/Durateston®)?

Os blends (misturas) de testosterona, exemplificados pelo Sustanon 250® e seu equivalente brasileiro Durateston®, são formulações farmacêuticas injetáveis que combinam múltiplos ésteres do hormônio testosterona em uma única solução oleosa. A fórmula clássica e mais difundida, conhecida como Sustanon 250® ou Durateston®, contém quatro ésteres de testosterona distintos, cada um com uma taxa de liberação diferente no organismo:

  • Propionato de testosterona (30 mg): éster de cadeia curta, caracterizado por uma liberação e ação muito rápidas, iniciando seus efeitos em aproximadamente 1-2 dias.
  • Fenilpropionato de testosterona (60 mg): éster de ação rápida a intermediária.
  • Isocaproato de Testosterona (60 mg): éster de ação intermediária.
  • Decanoato de testosterona (100 mg): éster de cadeia longa, responsável pela duração prolongada da ação do medicamento.

Esta combinação resulta em um total de 250 mg de testosterona esterificada por mililitro (mL) de solução, o que equivale a 176 mg de testosterona base livre.

O racional farmacológico por trás dessa combinação de ésteres é fornecer um início de ação mais rápido, devido à rápida hidrólise dos ésteres curtos (propionato e fenilpropionato), seguido por uma liberação mais gradual e sustentada de testosterona, proporcionada pelos ésteres de ação mais longa (isocaproato e, principalmente, decanoato). A intenção original do desenvolvimento era criar uma formulação que pudesse, teoricamente, reduzir a frequência das injeções necessárias em comparação com o uso isolado de ésteres curtos, e talvez oferecer níveis séricos de testosterona mais estáveis do que injeções muito espaçadas de ésteres longos únicos. No entanto, a estabilidade real dos níveis hormonais proporcionada por estes blends, especialmente quando comparada a regimes otimizados de ésteres únicos, é um ponto de debate farmacocinético.

Um pouco da história

O Sustanon® 250 foi desenvolvido pela empresa farmacêutica holandesa Organon (posteriormente parte da Merck/MSD) durante a década de 1970. A concepção original visava criar uma formulação otimizada para a Terapia de Reposição de Testosterona (TRT), que mimetizasse de forma mais eficaz a liberação fisiológica natural de testosterona. O objetivo era alcançar um início de ação rápido e uma duração prolongada, permitindo intervalos maiores entre as injeções (protocolos médicos iniciais sugeriam aplicações a cada 2-4 semanas). O medicamento rapidamente ganhou aceitação na Europa e em outros mercados para o tratamento do hipogonadismo masculino. Além da TRT, o Sustanon® também encontrou uso como terapia de suporte para a masculinização em indivíduos transexuais de feminino para masculino.

Outro blend conhecido, o Omnadren® 250, originário da Polônia (fabricado pela Polfa/Jelfa), possuía inicialmente uma composição ligeiramente diferente da do Sustanon® 250. Em sua formulação original, o éster decanoato era substituído pelo caproato de testosterona, um éster de cadeia um pouco mais curta. Embora algumas fontes mencionem que formulações posteriores do Omnadren® possam ter sido ajustadas para espelhar a composição do Sustanon®, a formulação clássica e historicamente distinta continha o caproato.

No Brasil, a fórmula idêntica ao Sustanon® 250 foi introduzida e comercializada sob o nome Durateston®. Atualmente, o Durateston® é comercializado pela Aspen Pharma no país. Este medicamento tornou-se extremamente popular no Brasil, sendo amplamente utilizado tanto para TRT, mediante prescrição médica controlada, quanto, de forma significativa, no ambiente do fisiculturismo e entre usuários que buscam melhora de performance física, onde se estabeleceu como uma das bases de ciclo de esteroides anabolizantes mais comuns.

Paralelamente ao mercado farmacêutico legítimo, laboratórios clandestinos (Underground Labs - UGLs) frequentemente produzem suas próprias versões de blends de testosterona, muitas vezes com dosagens declaradas mais elevadas (ex: "Sustanon 350", "Test Blend 400"). A composição, qualidade, esterilidade e dosagem real desses produtos UGL são inerentemente questionáveis e representam um risco adicional à saúde.

Status legal

O Durateston®, assim como qualquer outro blend de testosterona ou a própria testosterona e seus ésteres, é classificado como substância anabolizante e está incluído na Lista C5 da Portaria SVS/MS nº 344/98 e suas atualizações. A dispensação de medicamentos contendo substâncias da Lista C5 exige a apresentação de uma Receita de Controle Especial, emitida em duas vias, sendo uma retida pelo estabelecimento farmacêutico.

Disponibilidade no mercado brasileiro

O Durateston® (fabricado pela Aspen Pharma) é um medicamento de marca registrado e disponível para compra em farmácias e drogarias, mediante a apresentação e retenção da Receita de Controle Especial. A produção de blends de testosterona em farmácias de manipulação é tecnicamente possível, mas considerada rara na prática. Por outro lado, versões produzidas por laboratórios clandestinos (UGL) são abundantes e facilmente encontradas no mercado paralelo (ilícito). É crucial notar a existência de produtos falsificados no mercado, incluindo lotes de Durateston® e Deca-Durabolin® que foram objeto de alertas e ações de apreensão pela ANVISA, como os falsamente rotulados em nome da Schering-Plough (cujo registro para esses produtos foi cancelado) ou outros lotes específicos. A utilização de produtos de origem duvidosa ou comprovadamente falsificados acarreta riscos graves à saúde.

Regulamentação do Conselho Federal de Medicina (CFM)

A Resolução nº 2.333/2023 do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece normas éticas claras para a prescrição de terapias hormonais. Esta resolução veda expressamente a prescrição de esteroides androgênicos e anabolizantes (EAA), incluindo a testosterona, para fins estéticos (como ganho de massa muscular ou definição corporal) e para melhora do desempenho esportivo em atletas amadores ou profissionais. O CFM considera que não há evidências científicas robustas que comprovem a segurança e o benefício dessas substâncias para tais finalidades, limitando a prescrição ética aos casos de deficiência hormonal comprovada por diagnóstico clínico e laboratorial (como o hipogonadismo). Esta regulamentação reforça que o uso para performance ou estética situa-se fora da prática médica ética e recomendada.

Status de doping

A Agência Mundial Antidoping (WADA) classifica a testosterona e todos os seus ésteres, incluindo os presentes em blends como Sustanon®/Durateston®, na Lista de Substâncias e Métodos Proibidos. Especificamente, eles pertencem à categoria S1. Anabolic Agents, subcategoria S1.1 Anabolic Androgenic Steroids (AAS). Estas substâncias são proibidas em todos os momentos, tanto durante o período de competição quanto fora de competição, para atletas que estão sujeitos ao Código Mundial Antidoping. O uso indevido para melhorar o desempenho esportivo é considerado uma violação das regras antidoping e acarreta sérios riscos à saúde.

Detecção em testes antidoping

A detecção do uso de testosterona exógena em controles de doping é um processo multifatorial. Um teste inicial frequentemente envolve a análise do perfil esteroide urinário, incluindo a razão entre testosterona (T) e seu isômero epitestosterona (E). Uma razão T/E elevada (por exemplo, acima de 4:1, embora limiares possam variar) pode levantar suspeita e desencadear análises confirmatórias. Contudo, fatores genéticos, como a deleção no gene UGT2B17 que afeta o metabolismo da testosterona, podem influenciar a razão T/E, tornando-a menos confiável isoladamente.

O método confirmatório padrão-ouro é a análise por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas de Razão Isotópica de Carbono (GC-C-IRMS). Esta técnica compara a razão dos isótopos de carbono ($^{13}C/^{12}$C) nos esteroides urinários do atleta com a de um esteroide de referência endógeno (como pregnanediol ou 11-oxoandrostenediona). Como a testosterona farmacêutica é geralmente derivada de fontes vegetais (C3), ela possui uma assinatura isotópica diferente da testosterona produzida endogenamente, permitindo a confirmação da administração exógena. A GC-C-IRMS é considerada altamente sensível e capaz de detectar a administração exógena mesmo com doses baixas ou em indivíduos com genótipos que afetam a razão T/E.

A janela de detecção para blends como Sustanon®/Durateston® através da análise de metabólitos urinários por GC-C-IRMS é consideravelmente longa, devido à presença do éster decanoato. Estima-se que a detecção seja possível por pelo menos 3 meses após a última administração, um período semelhante ao observado para outros ésteres longos como enantato e cipionato. Estudos com nandrolona decanoato, outro éster longo, mostraram detecção de metabólitos por até 9 meses em alguns indivíduos, ilustrando a persistência desses compostos.

Além da análise urinária, a detecção direta dos ésteres de testosterona intactos no sangue (soro ou plasma) oferece prova inequívoca de administração exógena, pois esses ésteres não são produzidos pelo corpo. No entanto, as janelas de detecção no sangue são mais curtas:

  • Testosterona propionato: ~4-5 dias.
  • Testosterona fenilpropionato e isocaproato: ~8 dias ou mais.
  • Testosterona decanoato: ~18 dias.

Comparativamente,  a testosterona undecanoato, não presente no Sustanon® 250, pode ser detectada por 60 dias ou mais no sangue.

Contexto no fisiculturismo

O uso de blends de testosterona é estritamente proibido em federações de fisiculturismo natural ou que realizam testes antidoping regulares. Em contraste, no fisiculturismo tradicional ou em categorias "untested" (sem testes), o uso de Sustanon®/Durateston® e outros EAA é extremamente comum e frequentemente considerado uma prática padrão como base para ciclos de ganho de massa ou definição muscular. Esta dicotomia reflete a divisão cultural e regulatória dentro do esporte.

Para que serve (efeitos esperados)

Usos médicos aprovados

As indicações terapêuticas aprovadas para Durateston® (e formulações equivalentes como Sustanon®) são específicas e baseadas na necessidade de reposição hormonal:

  • Terapia de reposição de testosterona (TRT): é a principal indicação, destinada a homens diagnosticados com hipogonadismo primário (falha testicular) ou secundário (falha hipotalâmica/hipofisária), onde há deficiência na produção endógena de testosterona. O diagnóstico deve ser confirmado por sinais e sintomas clínicos e por testes bioquímicos que demonstrem níveis baixos de testosterona sérica.
  • Osteoporose: pode ser indicado para o tratamento da osteoporose em homens, quando esta é causada por deficiência androgênica comprovada.
  • Terapia de afirmação de gênero: utilizado como parte da terapia hormonal masculinizante para indivíduos transexuais de feminino para masculino (FTM), sob supervisão médica especializada.

Principais efeitos fisiológicos e desejados (não médicos/uso off-label)

Os efeitos buscados por usuários fora do contexto médico aprovado derivam diretamente das ações fisiológicas da testosterona no organismo. Estes incluem:

  • Aumento da massa muscular (hipertrofia) e força: a testosterona é um potente agente anabólico que promove a síntese proteica muscular.
  • Melhora da libido e função sexual: a testosterona desempenha um papel crucial na regulação do desejo sexual (libido) e na função erétil em homens.
  • Aumento da produção de glóbulos vermelhos (eritropoiese): a testosterona estimula a produção de eritropoietina nos rins, levando a um aumento na contagem de glóbulos vermelhos e nos níveis de hemoglobina/hematócrito.
  • Efeitos sobre o humor e bem-estar: em indivíduos com deficiência, a reposição de testosterona pode melhorar o humor, reduzir sintomas depressivos e aumentar a sensação de vitalidade. Em níveis suprafisiológicos, os efeitos no humor podem ser variáveis e até negativos.
  • Aumento da densidade mineral óssea: a testosterona contribui para a manutenção da saúde óssea.
  • Redução da massa gorda: a testosterona pode influenciar o metabolismo lipídico e a composição corporal, favorecendo a redução da gordura corporal.

A principal vantagem percebida pelos usuários no contexto de performance ao escolherem blends como Sustanon®/Durateston® reside na combinação teórica de um início de ação rápido (o "kick" inicial atribuído aos ésteres curtos) com a manutenção de níveis elevados de testosterona por um período prolongado (devido aos ésteres longos). Isso confere ao blend uma versatilidade percebida, tornando-o uma escolha popular como base para diversos tipos de ciclos de EAA. Contudo, é importante notar que um estudo específico não demonstrou melhora aguda (24 horas após a injeção) na força ou potência em homens jovens recreacionalmente ativos após uma única dose de 250 mg de um blend de testosterona, sugerindo que os efeitos ergogênicos podem não ser imediatos e depender de uso continuado e/ou doses mais elevadas.

Mecanismo de ação

Os blends de testosterona como Sustanon®/Durateston® funcionam como um pró-fármaco. Os ésteres de testosterona contidos na formulação são, por si só, inativos biologicamente até que a cadeia lateral do éster seja removida.

Após a injeção intramuscular profunda, a solução oleosa forma um depósito no tecido muscular. A partir deste depósito, os diferentes ésteres de testosterona são gradualmente liberados para a circulação sanguínea. Enzimas presentes nos tecidos e no sangue, chamadas esterases, hidrolisam (clivam) a ligação éster, liberando a molécula de testosterona livre e ativa. A taxa de clivagem varia significativamente entre os ésteres, sendo mais rápida para os de cadeia curta (propionato, fenilpropionato) e progressivamente mais lenta para os de cadeia mais longa (isocaproato, decanoato), o que determina a farmacocinética da liberação.

A testosterona livre liberada exerce então seus efeitos biológicos ligando-se e ativando os receptores de andrógenos (AR) localizados no citoplasma e núcleo das células em diversos tecidos-alvo (músculo, osso, cérebro, órgãos sexuais, etc.). A ativação do AR desencadeia uma cascata de eventos moleculares que modulam a expressão gênica, resultando nos efeitos androgênicos (masculinizantes) e anabólicos (construção de tecidos).

Além da ação direta via AR, a testosterona pode seguir duas importantes vias metabólicas:

  • Conversão em dihidrotestosterona (DHT): pela ação da enzima 5α-redutase, a testosterona é convertida em DHT, um andrógeno mais potente que a própria testosterona na ligação ao AR em alguns tecidos (como próstata, pele, folículos pilosos). O DHT é o principal mediador de certos efeitos androgênicos.
  • Conversão em estradiol (E2): pela ação da enzima aromatase, a testosterona pode ser convertida em estradiol, o principal estrogênio. Esta conversão é responsável pelos efeitos colaterais estrogênicos associados ao uso de testosterona.

Compreender que se trata de um pró-fármaco dependente de clivagem enzimática explica a ação prolongada em comparação com a testosterona não esterificada. As vias de conversão para DHT e estradiol são fundamentais para entender o espectro completo de ações fisiológicas e o perfil de efeitos colaterais.

Farmacocinética

A absorção dos ésteres de testosterona após a injeção intramuscular de Sustanon®/Durateston® ocorre de forma multifásica a partir do depósito oleoso formado no músculo. A taxa de liberação para a circulação sistêmica é inversamente proporcional ao comprimento da cadeia do éster: ésteres mais curtos (propionato, fenilpropionato) são liberados e hidrolisados mais rapidamente, enquanto o éster mais longo (decanoato) é liberado de forma muito mais lenta, garantindo a duração prolongada da ação.

A formulação foi projetada para induzir um aumento rápido nos níveis de testosterona plasmática total, com concentrações máximas (Cmax) atingidas aproximadamente 24 a 48 horas após a administração. Um estudo reportou uma Cmax média de cerca de 70 nmol/L após uma única injeção de 250 mg. Subsequentemente, os níveis de testosterona declinam gradualmente ao longo de várias semanas.

No contexto da TRT com o regime de dosagem tradicional (e aprovado em bula) de 1 mL (250 mg) a cada 3 semanas, ocorrem flutuações significativas nos níveis séricos de testosterona. Este regime frequentemente resulta em picos iniciais suprafisiológicos (acima da faixa normal) logo após a injeção, seguidos por níveis que podem cair abaixo do limite inferior da normalidade (subfisiológicos) antes da próxima dose programada. Estas oscilações podem estar associadas a flutuações nos sintomas e potenciais efeitos colaterais.

No uso para performance, onde as injeções são tipicamente mais frequentes (por exemplo, semanalmente ou duas vezes por semana), os níveis séricos tendem a ser mais estáveis do que no regime de 3 semanas. No entanto, a natureza do blend com múltiplos ésteres de diferentes meias-vidas ainda pode resultar em flutuações consideráveis entre pico (Cmax) e vale (Cmin). Simulações e alguns dados sugerem que misturas de ésteres podem, na verdade, produzir flutuações maiores nas concentrações séricas em comparação com a administração de ésteres únicos (como enantato ou cipionato) em regimes de dosagem equivalentes e otimizados. Estudos com enantato e cipionato IM a cada 2 semanas também mostram picos e vales pronunciados.

Em contraste, a administração semanal de enantato por via subcutânea (SC) demonstrou um perfil farmacocinético muito mais estável, com uma razão pico-vale significativamente menor. Portanto, embora a intenção do blend seja fornecer liberação contínua, a estabilidade alcançada é relativa e pode ser inferior à de regimes mais modernos com ésteres únicos, especialmente quando administrados por via SC.

Meia-vida (T½):

Não existe uma meia-vida única que descreva adequadamente a eliminação do Sustanon®/Durateston®, devido à presença dos quatro ésteres com taxas de eliminação distintas. O perfil farmacocinético global e a duração da ação são primariamente determinados pelo éster de eliminação mais lenta, o decanoato. Os níveis plasmáticos de testosterona geralmente retornam ao limite inferior da faixa de normalidade masculina aproximadamente 21 dias após uma única injeção de 250 mg. Dados de detecção direta dos ésteres no sangue fornecem uma visão sobre a persistência de cada componente:

  • Propionato: detectável por ~4-5 dias.
  • Fenilpropionato e isocaproato: Detectáveis por ~8 dias ou mais.
  • Decanoato: detectável por ~18 dias.

Distribuição/Metabolismo/Excreção

Uma vez que os ésteres são clivados e a testosterona livre entra na circulação, sua distribuição, metabolismo e excreção seguem o padrão do hormônio endógeno. A testosterona circula no sangue ligada em grande parte a proteínas plasmáticas, principalmente à Globulina Ligadora de Hormônios Sexuais (SHBG) e, em menor grau, à albumina; apenas uma pequena fração permanece livre e biologicamente ativa.

A testosterona é metabolizada principalmente no fígado, onde é convertida em diversos metabólitos inativos (como androsterona e etiocholanolona) e também nos metabólitos ativos DHT (em tecidos-alvo contendo 5α-redutase) e estradiol (em tecidos contendo aromatase). A excreção dos metabólitos da testosterona ocorre predominantemente pela via urinária, na forma de conjugados (principalmente glucuronídeos e sulfatos).

Efeitos colaterais

O perfil de efeitos colaterais do Sustanon®/Durateston® é idêntico ao da administração de testosterona exógena por outras vias ou com outros ésteres. A incidência e a gravidade desses efeitos são geralmente dependentes da dose utilizada, da duração do tratamento e da sensibilidade individual. Os principais riscos estão associados aos efeitos estrogênicos (devido à aromatização), androgênicos (devido à testosterona e DHT), supressão do eixo HPTA e efeitos cardiovasculares.

Efeitos colaterais estrogênicos

Os efeitos estrogênicos são decorrentes da conversão em estradiol pela aromatase):

  • Ginecomastia: desenvolvimento anormal do tecido mamário em homens.
  • Retenção hídrica (edema): acúmulo de líquidos nos tecidos, frequentemente percebido como inchaço nos tornozelos ou pés, podendo contribuir para o aumento da pressão arterial.
  • Aumento do acúmulo de gordura: níveis elevados de estradiol (resultantes da aromatização) podem promover o armazenamento de gordura (lipogênese) e dificultar sua quebra (lipólise). Embora a distribuição exata varie, em homens, esse excesso de estrogênio pode contribuir para um acúmulo de gordura corporal geral e, às vezes, favorecer padrões de deposição mais tipicamente femininos (como na região peitoral/ginecomastia adiposa, quadris, coxas), além do padrão masculino comum de gordura abdominal. Isso torna mais difícil alcançar ou manter um baixo percentual de gordura corporal e um físico definido ("seco"). Para um fisiculturista buscando definição máxima, esse efeito é altamente indesejável, pois dificulta a perda de gordura e pode prejudicar a aparência "dura" e "seca" dos músculos.

No uso não médico, estes efeitos são frequentemente gerenciados com o uso concomitante de inibidores da aromatase (IAs, como: anastrozol, letrozol, exemestano) ou moduladores seletivos do receptor de estrogênio (SERMs, como: tamoxifeno, clomifeno. O clomifeno é mais usado em TPC do que para controle durante o ciclo).

Efeitos colaterais androgênicos

O efeitos androgênicos (devido à ação da testosterona e DHT nos receptores androgênicos) são:

  • Pele: acne (especialmente no rosto, costas e peito), aumento da oleosidade da pele.
  • Pelos: aumento do crescimento de pelos corporais e faciais (hirsutismo). Aceleração da calvície de padrão masculino (alopecia androgenética) em indivíduos geneticamente predispostos.
  • Próstata: aumento do tamanho da próstata (Hiperplasia Prostática Benigna - HPB), que pode levar à piora de sintomas urinários em homens mais velhos. Aumento dos níveis do antígeno prostático específico (PSA) no sangue. Há também um risco potencial de estimular o crescimento de um câncer de próstata preexistente e não detectado (progressão de câncer prostático subclínico).

Tentativas de mitigar efeitos mediados pelo DHT com inibidores da 5α-redutase (como finasterida ou dutasterida) podem ter eficácia parcial, mas não afetam os efeitos mediados diretamente pela testosterona.

Virilização em mulheres

O uso de Sustanon®/Durateston® por mulheres (exceto no contexto de terapia de afirmação de gênero FTM sob supervisão médica) acarreta um alto risco de desenvolvimento de características masculinas secundárias (virilização).

Os sintomas incluem:

  • engrossamento da voz (muitas vezes irreversível);
  • aumento do clitóris (clitoromegalia);
  • crescimento de pelos faciais e corporais (hirsutismo);
  • alterações na distribuição de gordura corporal;
  • irregularidades ou interrupção do ciclo menstrual (amenorreia);
  • aumento da oleosidade da pele;
  • acne;
  • queda de cabelo de padrão masculino.

Devido à potência androgênica e à longa duração de ação dos ésteres, o uso é fortemente desaconselhado para mulheres fora das indicações médicas específicas.

Efeitos colaterais de supressão de testosterona

É esperada a supressão do eixo hipotálamo-hipófise-testicular (HPTA). A administração de testosterona exógena, especialmente em doses suprafisiológicas, inevitavelmente suprime a produção natural de gonadotrofinas (LH e FSH) pela hipófise.

Isso leva à redução ou cessação da produção endógena de testosterona (produção natural) pelos testículos e à diminuição da espermatogênese (formação alterada ou reduzida de espermatozoides), podendo resultar em infertilidade temporária ou, em casos de uso prolongado/abusivo, potencialmente prolongada.

Após a interrupção do uso suprafisiológico, uma terapia pós-ciclo (TPC) é frequentemente empregada na tentativa de acelerar a recuperação da função normal do eixo HPTA.

Efeitos colaterais cardiovasculares 

Há risco de efeitos colaterais cardiovasculares, tais como:

  • Dislipidemia: alterações nos níveis de lipídios no sangue, tipicamente com redução do colesterol HDL ("bom") e possível aumento do colesterol LDL ("ruim") e triglicerídeos.
  • Hipertensão: aumento da pressão arterial, possivelmente exacerbado pela retenção hídrica.
  • Policitemia: aumento do número de glóbulos vermelhos, resultando em aumento do hematócrito e da hemoglobina. Isso aumenta a viscosidade do sangue e o risco de eventos tromboembólicos, como trombose venosa profunda, embolia pulmonar, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). O risco de policitemia pode ser maior com injeções intramusculares em comparação com a administração transdérmica.

Efeitos colaterais hepatotóxicos

Diferentemente de muitos esteroides anabolizantes orais 17-alfa-alquilados, a testosterona injetável e seus ésteres não são considerados diretamente hepatotóxicos em doses terapêuticas.

No entanto, podem ocorrer alterações nos resultados dos testes de função hepática (enzimas hepáticas). Estudos em ratos com doses suprafisiológicas de Sustanon® mostraram alterações na atividade de enzimas antioxidantes no fígado, mas não induziram danos hepáticos graves.

Reações no local da injeção

Dor, vermelhidão, inchaço, sensibilidade ou formação de nódulos endurecidos no local da injeção intramuscular são relativamente comuns. A dor pós-injeção (PIP) pode ser significativa para alguns indivíduos, e especula-se que a presença do éster propionato (conhecido por causar mais PIP) possa contribuir.

Em casos raros, pode ocorrer abscesso estéril (sem infecção) ou, se a técnica de injeção não for asséptica, abscesso infeccioso.

Efeitos colaterais psicológicos e neurológicos

Alterações de humor são relatadas, incluindo nervosismo, irritabilidade, episódios de depressão ou, em alguns casos, aumento da agressividade (popularmente conhecido como "roid rage", embora a relação causal direta seja complexa e controversa).

Pode haver impacto em condições neurológicas preexistentes, como epilepsia ou enxaqueca, sendo necessária precaução.

Efeitos colaterais diversos

  • Náusea;
  • Prurido (coceira generalizada);
  • Mialgia (dores musculares);
  • Priapismo: ereção peniana prolongada (horas), dolorosa e anormal, que constitui uma emergência médica.

Em crianças pré-púberes (uso contraindicado abaixo de 3 anos). Pode ocorrer desenvolvimento sexual precoce (puberdade precoce), aumento do tamanho do pênis, aumento na frequência das ereções e fechamento prematuro das epífises ósseas, o que pode levar a uma estatura final reduzida.

Superdosagem e uso indevido

Devido à natureza de liberação lenta da formulação injetável de depósito, uma superdosagem aguda com risco de vida é improvável. No entanto, o uso crônico de doses suprafisiológicas (abuso) aumenta significativamente a probabilidade e a gravidade de todos os efeitos colaterais mencionados anteriormente.

Sintomas que podem indicar níveis excessivos de testosterona incluem policitemia (aumento excessivo de glóbulos vermelhos) e priapismo (ereção prolongada e dolorosa). Caso esses sintomas ocorram, o tratamento deve ser interrompido e, após a resolução dos sintomas, pode ser retomado com uma dosagem menor, sob orientação médica.

A interrupção abrupta do uso de Sustanon®/Durateston®, especialmente após ciclos prolongados com doses suprafisiológicas, pode levar a uma síndrome de abstinência caracterizada por sintomas de hipogonadismo secundário (devido à supressão do eixo HPTA), como fadiga extrema, perda de libido, humor deprimido, perda de massa muscular e dificuldade de concentração.

O uso indevido de Sustanon®/Durateston® para melhorar o desempenho atlético é proibido pelas principais organizações esportivas (como a WADA) e é fortemente desaconselhado devido aos potenciais riscos graves e de longo prazo para a saúde.

Contraindicações

O uso de Sustanon®/Durateston® é absolutamente contraindicado nas seguintes situações:

  • Presença ou suspeita de carcinoma (câncer) da próstata;
  • Presença ou suspeita de carcinoma (câncer) da mama em homens;
  • Gravidez (confirmada ou suspeita);
  • Amamentação;
  • Hipersensibilidade (alergia) conhecida à testosterona ou a qualquer um dos componentes da fórmula. Crucialmente, isso inclui alergia ao óleo de amendoim (arachis oil) ou à soja, devido à presença de óleo de amendoim como excipiente e à potencial reatividade cruzada entre amendoim e soja;
  • Uso em crianças menores de 3 anos de idade, devido à presença do excipiente álcool benzílico;
  • Hipercalcemia (níveis elevados de cálcio no sangue) ou hipercalciúria (níveis elevados de cálcio na urina) preexistentes.

A contraindicação relacionada à alergia ao amendoim/soja é um ponto de segurança crítico que deve ser rigorosamente observado.

Precauções e advertências

O tratamento com Sustanon®/Durateston® requer cautela e monitoramento cuidadoso em pacientes com certas condições preexistentes:

  • Doenças cardiovasculares: pacientes com insuficiência cardíaca, doença arterial coronariana (isquêmica), hipertensão ou histórico de eventos tromboembólicos devem ser monitorados de perto, pois a testosterona pode exacerbar a retenção hídrica e aumentar o risco cardiovascular.
  • Doenças renais ou hepáticas: a função renal e hepática deve ser avaliada, pois o metabolismo e a excreção podem estar alterados, e a retenção hídrica pode ser problemática.
  • Epilepsia ou enxaqueca: a testosterona pode potencialmente influenciar o limiar convulsivo ou a frequência de enxaquecas.
  • Apneia do sono: a terapia com testosterona pode induzir ou piorar a apneia obstrutiva do sono, especialmente em pacientes obesos ou com doença pulmonar crônica.
  • Hiperplasia prostática benigna (HPB): em homens com HPB, a testosterona pode aumentar o tamanho da próstata e piorar os sintomas urinários obstrutivos. Monitoramento regular dos sintomas e do tamanho da próstata é recomendado.
  • Risco de policitemia: pacientes com condições que predispõem à policitemia (como doença pulmonar crônica, residência em altas altitudes) devem ter o hematócrito monitorado rigorosamente.
  • Risco de trombose: pacientes com trombofilia conhecida ou outros fatores de risco para trombose devem ser tratados com cautela.

É fundamental que o tratamento seja acompanhado por um médico, com avaliações periódicas para monitorar a eficácia, ajustar a dose e detectar precocemente quaisquer efeitos adversos. A retenção de líquidos pode ser acentuada pelo uso concomitante de corticosteroides ou ACTH.

Monitoramento médico essencial

Durante a terapia com Sustanon®/Durateston®, especialmente na TRT, o monitoramento médico regular é indispensável para garantir a segurança e a eficácia do tratamento. Os parâmetros usualmente monitorados incluem:

  • Níveis séricos de testosterona: geralmente, mede-se a concentração de testosterona total (e/ou livre/biodisponível) no vale (imediatamente antes da próxima injeção programada - Cmin). Isso ajuda a avaliar se a dosagem e a frequência estão adequadas para manter os níveis dentro da faixa fisiológica desejada.
  • Hematócrito e hemoglobina: monitoramento periódico para detectar o desenvolvimento de policitemia (aumento excessivo de glóbulos vermelhos), um risco conhecido da terapia androgênica.
  • Perfil lipídico: avaliação dos níveis de colesterol (HDL, LDL) e triglicerídeos, devido ao potencial impacto da testosterona sobre os lipídios sanguíneos.
  • Função hepática: testes de função hepática (ALT, AST, bilirrubinas) podem ser realizados periodicamente, embora a hepatotoxicidade direta seja rara com ésteres injetáveis.
  • Avaliação da próstata: em homens, especialmente acima de 40-50 anos ou com risco aumentado, inclui a dosagem do Antígeno Prostático Específico (PSA) e o exame de toque retal (ETR) em intervalos regulares (ex: anualmente) para rastrear alterações prostáticas, incluindo HPB e câncer de próstata.
  • Monitoramento clínico: avaliação regular dos sinais e sintomas de hipogonadismo, bem-estar geral, função sexual e possíveis efeitos colaterais.

Para indivíduos transexuais FTM em terapia de masculinização, avaliações específicas adicionais, incluindo avaliação psiquiátrica, podem ser necessárias antes e durante o tratamento.

Interações medicamentosas

O Sustanon®/Durateston® pode interagir com outros medicamentos, potencialmente exigindo ajustes de dose ou monitoramento adicional. As interações clinicamente significativas incluem:

  • Anticoagulantes orais (ex: varfarina): os androgênios podem potencializar o efeito anticoagulante, aumentando o risco de sangramento. É necessário monitorar o tempo de protrombina (INR) de perto e ajustar a dose do anticoagulante conforme necessário.
  • Medicamentos para diabetes (insulina e hipoglicemiantes orais): a testosterona pode melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir os níveis de glicose no sangue. Pacientes diabéticos podem necessitar de uma redução na dose de seus medicamentos antidiabéticos para evitar hipoglicemia.
  • Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) ou corticosteroides: o uso concomitante com androgênios pode aumentar a tendência à retenção de líquidos e edema. Cautela é necessária, especialmente em pacientes com insuficiência cardíaca, renal ou hepática.
  • Interferência em testes laboratoriais: os androgênios podem afetar os resultados de alguns testes laboratoriais, como os testes de função tireoidiana (podem diminuir os níveis de globulina ligadora de tiroxina - TBG). É importante informar o laboratório e o médico sobre o uso de testosterona.

Ciclos comuns

Algumas informações a seguir descrevem padrões de uso relatados no contexto não médico (uso recreativo ou estético no fisiculturismo) e não constituem uma recomendação. O uso de blends de testosterona para fins não terapêuticos é ilegal em muitos países, proibido por organizações esportivas e associado a riscos significativos à saúde.

Administração

A via de administração aprovada e recomendada na bula para Sustanon®/Durateston® é a injeção Intramuscular (IM) profunda, geralmente aplicada nos músculos glúteos, na parte superior da perna (vasto lateral) ou no braço (deltoide). A administração deve ser realizada por um profissional de saúde habilitado.

Embora não especificado na bula do Durateston®, pesquisas recentes com outros ésteres de testosterona (como enantato e cipionato) têm explorado a via subcutânea (SC). Estudos sugerem que a administração SC pode resultar em níveis séricos de testosterona mais estáveis (menor flutuação pico-vale) e potencialmente menos dor no local da injeção em comparação com a via IM. Dispositivos autoinjetores para administração SC semanal de enantato de testosterona já foram aprovados em alguns países. No entanto, para Sustanon®/Durateston®, a via IM permanece a rota oficial.

Administração em homens

TRT (uso médico aprovado)

  • Protocolo tradicional: a dose padrão inicial recomendada na bula é de 1 mL (250 mg) administrada por via IM a cada 3 semanas. Como discutido na seção de farmacocinética, este regime pode levar a flutuações significativas nos níveis de testosterona.
  • Protocolos modernos: para obter níveis séricos mais estáveis e fisiológicos, muitos clínicos agora preferem regimes com doses menores e mais frequentes. Exemplos incluem 125 mg (0.5 mL) a cada 7-10 dias, ou 250 mg (1 mL) a cada 14 dias, ou até mesmo microdoses mais frequentes (ex: 2-3x por semana), embora estas últimas sejam mais comuns com ésteres únicos. A dose e a frequência devem ser sempre individualizadas com base na resposta clínica e nos níveis hormonais monitorados (geralmente o nível de vale).

Uso para performance (não médico/recreativo/estético/abusivo)

O Sustanon®/Durateston® é extremamente popular como a "base" de testosterona em ciclos de esteroides anabolizantes.

  • Dosagem: As doses utilizadas para fins de performance são invariavelmente suprafisiológicas e excedem em muito as doses terapêuticas.
    • Nível iniciante/"cruise" (manutenção entre ciclos): 250 mg por semana pode ser usado.
    • Ciclos intermediários/bulking: doses de 500 mg a 750 mg por semana são comuns.
    • Níveis avançados/ciclos pesados: doses de 1000 mg por semana ou até mais podem ser utilizadas. É fundamental ressaltar que doses tão elevadas aumentam exponencialmente os riscos de efeitos colaterais graves.
  • Frequência: devido às flutuações inerentes ao blend, as injeções são geralmente administradas pelo menos uma vez por semana. Para tentar obter níveis ainda mais estáveis (embora a estabilidade real seja debatível), muitos usuários dividem a dose semanal em duas aplicações (ex: 250 mg na segunda-feira e 250 mg na quinta-feira para um total de 500 mg/semana).
  • Duração: ciclos de uso para performance geralmente duram de 10 a 16 semanas, podendo ser mais longos em alguns casos.

Stacks (pilhas - uso não médico)

No contexto de performance (uso não médico e de alto risco), o Sustanon®/Durateston® raramente é usado sozinho. É quase sempre combinado ("empilhado" ou "stacked") com outros esteroides anabolizantes androgênicos (EAA) para amplificar os resultados ou direcioná-los para um objetivo específico (ganho de massa ou definição). A escolha dos compostos adicionais, suas dosagens e a duração do ciclo dependem da experiência do usuário, tolerância e metas.

Exemplos comuns de ciclos de bulking (ganho de massa muscular)

O Sustanon®/Durateston® serve como base androgênica e anabólica, geralmente em doses de 500mg a 750mg por semana (divididas em 1 ou 2 injeções), por 10 a 16 semanas. Combinações populares incluem:

  • Com nandrolona decanoato (Deca-Durabolin®): um stack clássico para massa e força bruta, com algum benefício percebido para as articulações.
    • Dose adicional: 300mg a 500mg de Deca® por semana.
    • Duração: usado junto com o Sustanon®/Durateston® pelo mesmo período (ex: 12 semanas).
    • Observação: requer controle cuidadoso de prolactina e estrogênio.
  • Com boldenona undecilenato (Equipoise®)busca ganhos de massa mais graduais e "limpos", com aumento notável de apetite e vascularização.
    • Dose adicional: 400mg a 600mg de Equipoise® por semana.
    • Duração: frequentemente usado por ciclos mais longos, 12 a 16 semanas ou mais, junto com a testosterona.
  • Com "kickstart" oral (primeiras 4-6 Semanas): adiciona-se um oral potente no início para ganhos rápidos enquanto os ésteres longos do Sustanon®/Durateston® atingem níveis ótimos.
    • Metandienona (Dianabol®): 30mg a 50mg por dia. Causa ganhos rápidos em força e volume, mas também muita retenção hídrica e aromatização.
    • Oximetolona (Anadrol®/Hemogenin®): 50mg a 100mg por dia. Extremamente potente para ganhos de força e massa, mas também com alta toxicidade hepática e potencial para efeitos colaterais severos.
    • Duração do kickstart: estritamente limitado às primeiras 4 a 6 semanas devido à hepatotoxicidade dos orais C17-aa.
  • Com trembolona (acetato ou enantato): para ganhos de massa magra de alta qualidade e força extrema. Considerado um stack avançado devido à potência e ao perfil de efeitos colaterais da Trembolona.
    • Dose adicional (acetato): 50mg a 75mg DSDN (dia sim, dia não).
    • Dose adicional (enantato): 300mg a 500mg por semana.
    • Duração: 8 a 12 semanas. Requer manejo cuidadoso de múltiplos efeitos colaterais potenciais.

Exemplos comuns de ciclos de cutting (definição muscular/perda de gordura)

O Sustanon®/Durateston® é frequentemente mantido como base (geralmente em doses mais baixas, ex: 250mg a 500mg por semana) para preservar a massa muscular durante a dieta e manter a função hormonal. O controle do estrogênio (com IAs) é crucial. Combinações populares incluem:

  • Com estanozolol (Winstrol® - oral ou injetável): para um visual "seco", duro e vascularizado.
    • Dose adicional (oral): 30mg a 50mg por dia, nas últimas 4-6 semanas do ciclo.
    • Dose adicional (injetável): 50mg DSDN ou TSD, nas últimas 6-8 semanas.
    • Observação: hepatotóxico (oral), pode causar dor articular e impactar lipídios.
  • Com oxandrolona (Anavar®): ajuda a preservar força e massa magra com baixo potencial de retenção hídrica. Considerado mais "suave", mas ainda impacta lipídios.
    • Dose adicional: 30mg a 50mg por dia (homens).
    • Duração: 6 a 8 semanas.
  • Com drostanolona (Masteron® - propionato ou enantato): promove dureza muscular, efeito diurético leve e possui propriedades anti-estrogênicas. Frequentemente adicionado nas fases finais.
    • Dose Adicional (propionato): 75mg a 100mg DSDN.
    • Dose Adicional (enantato): 400mg a 600mg por semana.
    • Duração: 6 a 10 semanas (propionato) ou 10-12 semanas (enantato).
  • Com metenolona enantato (Primobolan® Depot): ajuda a preservar massa magra com mínimo risco de aromatização ou efeitos colaterais androgênicos fortes. Considerado "suave", mas caro e frequentemente falsificado.
    • Dose adicional: 400mg a 600mg por semana.
    • Duração: 10 a 12 semanas ou mais.
  • Com trembolona (acetato)extremamente eficaz para preservar músculo, queimar gordura e promover um visual denso e vascularizado. Alto potencial de efeitos colaterais.
    • Dose adicional: 50mg a 75mg DSDN.
    • Duração: 6 a 8 semanas.

Ciclos avançados frequentemente combinam a base de testosterona com dois ou mais desses compostos de cutting simultaneamente (ex: testosterona + trembolona + Masteron®) para um efeito sinérgico máximo, o que também multiplica os riscos.

O uso de múltiplos EAA simultaneamente aumenta a complexidade do manejo de efeitos colaterais, exigindo frequentemente o uso adicional de anti-estrogênios (IAs ou SERMs) e outras drogas auxiliares.

Administração em mulheres

Uso para performance

O uso de Sustanon®/Durateston® por mulheres para fins de melhora de performance ou estética é fortemente desaconselhado e considerado de alto risco. A potência androgênica da testosterona, combinada com a longa duração de ação dos ésteres (especialmente o decanoato) e a dificuldade em controlar os níveis séricos de um blend, torna o risco de virilização (desenvolvimento de características masculinas) severa e potencialmente irreversível muito alto.

Para as mulheres que resolvem se arriscar usando este medicamento, vale reiterar o alerta máximo: esta prática é extremamente perigosa. A chance de virilização permanente é muito alta, mesmo com as tentativas de mitigação descritas abaixo. A longa duração dos ésteres torna o controle quase impossível.

As estratégias relatadas no meio underground (que são fundamentalmente falhas e arriscadas) geralmente se baseiam em tentar limitar a exposição total ao andrógeno:

  • Micro-doses extremas e injeções muito espaçadas: esta seria a abordagem mais "lógica" (dentro de um cenário ilógico e arriscado) para tentar usar um blend como Sustanon®/Durateston®.
    • Dose: quantidades minúsculas por injeção, talvez 0.1ml a 0.25ml no máximo (o que equivale a 25mg a 62.5mg de testosterona total). Isso é drasticamente menor que qualquer dose masculina.
    • Frequência: as injeções seriam extremamente infrequentes, aproveitando a longa duração do éster decanoato. Em vez de semanal ou quinzenal (como homens), a frequência relatada poderia ser a cada 3, 4 ou até mais semanas. O objetivo (falho) seria obter um leve aumento nos níveis de testosterona basal sem manter níveis suprafisiológicos constantes.
    • Problema: mesmo 25mg de testosterona podem ser suficientes para causar virilização em mulheres sensíveis, e a liberação dos ésteres curtos ainda causaria picos iniciais. A longa duração impede qualquer ajuste rápido.
  • Ciclos de duração limitada (mas longos devido à farmacocinética): embora se possa pensar em ciclos curtos, a natureza de longa ação do Sustanon®/Durateston® torna isso um contrassenso. Se usado, provavelmente seria por um período de alguns meses (ex: 2-3 injeções espaçadas) em vez de ciclos mais longos, mas a droga permaneceria ativa por muito tempo após a última injeção.
  • Monitoramento intenso e cessação imediata (com ressalvas): a usuária precisaria estar obsessivamente atenta a qualquer sinal inicial de virilização (voz, pelos, pele, clitóris).

O grande problema do Sustanon®/Durateston® é que mesmo que o uso seja interrompido ao primeiro sinal sutil, o éster decanoato continuará liberando testosterona por semanas ou meses, tornando a interrupção muito menos eficaz em parar a progressão dos efeitos colaterais do que seria com um composto de ação curta. Danos (como alteração vocal) podem se tornar permanentes nesse intervalo.

Por que é uma péssima escolha na prática para as mulheres:

  • Incontrolável: a mistura de ésteres e a longa duração tornam impossível um controle fino dos níveis hormonais e uma resposta rápida aos efeitos colaterais.
  • Risco desproporcional: os potenciais ganhos anabólicos com doses tão baixas e infrequentes seriam provavelmente mínimos, enquanto o risco de virilização permanente permanece substancial.

Alternativas "menos ruins" para as mulheres que se arriscam a usar anabolizantes são compostos como oxandrolona ou Primobolan® Depot, embora ainda arriscados, oferecem um perfil muito mais gerenciável e uma relação anabólico: androgênico mais favorável para mulheres que decidem correr o risco (sempre sob supervisão idealmente, e cientes dos perigos).

Na prática, mulheres que buscam performance e entendem os riscos geralmente evitam Sustanon®/Durateston® a todo custo. As tentativas relatadas de uso envolvem micro-doses e intervalos muito longos, mas isso representa uma aposta extremamente arriscada com alta probabilidade de consequências negativas e permanentes, e baixa probabilidade de benefícios significativos que justifiquem o risco.

Uso médico (FTM - female to male)

Conforme mencionado, é uma opção terapêutica válida para a masculinização em indivíduos transexuais FTM, mas sempre sob estrita supervisão médica especializada, com protocolos de dosagem específicos (ex: 1 mL a cada 2-4 semanas).

A distinção entre os protocolos médicos controlados e as práticas de uso para performance (com doses elevadas, combinações e frequências diferentes) é fundamental para compreender os diferentes perfis de risco e benefício associados ao uso de Sustanon®/Durateston®.

AVISO: CONSULTE UM MÉDICO ANTES DE TOMAR QUALQUER MEDICAMENTO. As informações apresentadas neste site não substituem prescrição médica personalizada. O conteúdo postado é meramente informativo. Os textos publicados por Cláudio Chamini foram manipulados por IA e podem conter alucinações. Os textos do Dr. Thiago Carneiro não sofreram manipulação.

Referências

  • Anabolics (William Llewellyn);
  • Hormônios no Fisiculturismo (Dudu Haluch);
  • Esteróides Anabólico Androgênicos (Lucas Caseri);
  • Endocrinologia Feminina e Andrologia (Ruth Clapauch);
  • PubChem / NCBI Databases.

Nomes de referência: Sustanon®.

Vídeos relevantes

Indisponível.

Links relevantes

  1. An Intramuscular Injection of Mixed Testosterone Esters Does Not Acutely Enhance Strength and Power in Recreationally Active Young Men. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7538707/. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  2. Anabolic Steroids - StatPearls - NCBI Bookshelf. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK482418/. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  3. Anvisa alerta para casos de falsificação de medicamentos - Portal Gov.br. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2023/anvisa-alerta-para-casos-de-falsificacao-de-medicamentos. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  4. Anvisa apreende e proíbe venda de Deca-Durabolin e Durateston falsos - Agência Brasil. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/fr/node/1514276. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  5. Anvisa apreende medicamentos hormonais falsificados. Veja como identificar - Assine Abril. Disponível em: https://veja.abril.com.br/saude/anvisa-apreende-medicamentos-hormonais-falsificados-veja-como-identificar. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  6. Anvisa determina apreensão e proibição de anabolizantes falsificados - ISTOÉ DINHEIRO. Disponível em: https://istoedinheiro.com.br/anvisa-determina-apreensao-e-proibicao-de-anabolizantes-falsificados/. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  7. Anvisa determina apreensão e proibição de Durateston e Deca-Durabolin falsificados. Disponível em: https://pfarma.com.br/informe/8155-anvisa-determina-apreensao-e-proibicao-de-durateston-e-deca-durabolin-falsificados.html. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  8. Anvisa determina apreensão e proibição de Durateston® e Deca-Durabolin® falsificados. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2023/anvisa-determina-apreensao-e-proibicao-de-durateston-r-e-deca-durabolin-r-falsificados. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  9. Arquivos Resolução 2.333/23 do CFM - SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DO EXERCÍCIO E ESPORTE. Disponível em: https://www.medicinadoesporte.org.br/category/resolucao-2-333-23-do-cfm/. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  10. COVER SHEET RECORD OF PROCEEDINGS,._ e - USCIS. Disponível em: https://www.uscis.gov/sites/default/files/document/foia/Hector_Solano_Segura.pdf. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  11. CFM publica resolução que estabelece regras para a prescrição de terapias hormonais com esteroides androgênicos e anabolizantes | MPPR. Disponível em: https://site.mppr.mp.br/saude/Noticia/CFM-publica-resolucao-que-estabelece-regras-para-prescricao-de-terapias-hormonais-com. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  12. Detection Methods of Androgenic-Anabolic Steroids in Sports. Disponível em: https://dr.lib.iastate.edu/server/api/core/bitstreams/8b833c6d-2a49-4604-9d72-2c38de11e264/content. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  13. Detection of testosterone administration based on the carbon isotope ratio profiling of endogenous steroids: international reference populations of professional soccer players - PMC. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC2784500/. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  14. Detection of testosterone esters in blood - SOBRAF. Disponível em: https://sobraf.org/wp-content/uploads/2020/09/Desregula%C3%A7%C3%A3o-do-Eixo-HPA-Detec%C3%A7%C3%A3o-de-testosterona-s%C3%A9rica.pdf. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  15. Detection of testosterone esters in blood | Request PDF - ResearchGate. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/287807905_Detection_of_testosterone_esters_in_blood. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  16. Detection of testosterone esters in blood sample | World Anti Doping Agency - WADA. Disponível em: https://www.wada-ama.org/en/resources/scientific-research/detection-testosterone-esters-blood-sample. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  17. Esclarecimentos sobre Durateston® - Aspen Pharma. Disponível em: https://www.aspenpharma.com.br/esclarecimentos-sobre-durateston-%E2%9A%A0-2/. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  18. GC/C/IRMS analysis of testosterone and nandrolone metabolites after the administration of testosterone enanthate and nandrolone decanoate in healthy volunteers - WADA. Disponível em: https://www.wada-ama.org/en/resources/scientific-research/gccirms-analysis-testosterone-and-nandrolone-metabolites-after. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  19. Irish Medicines Board - HPRA. Disponível em: https://assets.hpra.ie/products/Human/16177/LicenseSPC_PA0261-009-003_18072007021008.pdf. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  20. Kicman AT. Pharmacology of anabolic steroids. Br J Pharmacol. 2008;154(3):502-521. doi:10.1038/bjp.2008.165
  21. Mohamadin AM, Elberry AA, El-Ghaffar SKA, et al. Effects of Sustanon on the Distribution of Androgen Receptors in Rat Liver and the Levels of Cytokines and Oxidative Stress Markers. Oxid Med Cell Longev. 2017;2017:2473439. doi:10.1155/2017/2473439
  22. Mulhall JP, Trost LW, Brannigan RE, et al. Pharmacokinetic evaluation of testosterone replacement therapy: a review. J Sex Med. 2022;19(10):1499-1511. doi:10.1016/j.jsxm.2022.07.009
  23. Nandrolone - Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Nandrolone. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  24. Nieschlag E, Behre HM, Nieschlag S, eds. Testosterone: Action, Deficiency, Substitution. 4th ed. Cambridge University Press; 2012. (Referência geral sobre TRT, não diretamente de snippet)
  25. Onset of effects of testosterone treatment and time span until maximum effects are achieved. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3188848/. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  26. Oral vs. Injectable Steroids: How Long Do Steroids Stay In Your System?. Disponível em: https://addictionresource.com/drugs/anabolic-steroids/how-long-stays-in-system/. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  27. Pharmacokinetics of testosterone therapies in relation to diurnal variation of serum testosterone levels as men age. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9293229/. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  28. Pharmacokinetics, efficacy, and safety of a permeation-enhanced testosterone transdermal system in comparison with bi-weekly injections of testosterone enanthate for the treatment of hypogonadal men - PubMed. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10522982/. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  29. Pharmacology of testosterone replacement therapy preparations - PMC. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5182226/. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  30. Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998 - Minist rio da Sa de. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0344_12_05_1998_rep.html. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  31. Portaria SVS/MS Nº 344 DE 12/05/1998 - Federal - LegisWeb. Disponível em: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?legislacao=317701. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  32. Prohibited List - NADA. Disponível em: https://www.nada.de/en/medicine/prohibited-list. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  33. Rahnema CD, Lipshultz LI, Crosnoe LE, Kovac JR, Kim ED. Anabolic steroid-induced hypogonadism: diagnosis and treatment. Fertil Steril. 2014;101(5):1271-1279. doi:10.1016/j.fertnstert.2014.02.002 (Referência geral sobre ASIH, não diretamente de snippet)
  34. S1. Anabolic Agents - Anti-Doping Prohibited List - Drugs.com. Disponível em: https://www.drugs.com/wada/s1-anabolic-agents.html. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  35. RESOLUÇÃO CFM nº 2.333/2023. Disponível em: https://sistemas.cfm.org.br/normas/arquivos/resolucoes/BR/2023/2333_2023.pdf. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  36. Solomon MC, Bameri B, Khaksari M, et al. Sustanon effects on BCL2 and DAZL gene expression, sperm parameters, hormonal profile, and testicular histopathology in adult male rats. J Reprod Infertil. 2024;25(1):33-41. doi:10.18502/jri.v25i1.14407
  37. storagemv.blob.core.windows.net. Disponível em: https://storagemv.blob.core.windows.net/pdf/durateston.pdf. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  38. SUSTANON 100MG/ML SOLUTION FOR INJECTION - Drugs.com. Disponível em: https://www.drugs.com/uk/pdf/leaflet/989871.pdf. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  39. Sustanon 250 - Drugs.com. Disponível em: https://www.drugs.com/uk/pdf/leaflet/468603.pdf. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  40. Sustanon 250 Injection: View Uses, Side Effects, Price and Substitutes | 1mg. Disponível em: https://www.1mg.com/drugs/sustanon-250-injection-130803. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  41. Sustanon 250 Packet | Collections Online - Museum of New Zealand Te Papa Tongarewa. Disponível em: https://collections.tepapa.govt.nz/object/1764812. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  42. Sustanon 250, 250mg/ml solution for injection - Summary of Product Characteristics (SmPC) - (emc) | 5373. Disponível em: https://www.medicines.org.uk/emc/product/5373/smpc. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  43. Sustanon induces dose-independent hypertrophy and satellite cell proliferation in slow oxidative fibers of avian skeletal muscle - PubMed. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28101875/. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  44. Sustanon suppresses spermatogenesis and increases cell death .... Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11732302/. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  45. Testosterone propionate/testosterone phenylpropionate/testosterone isocaproate/testosterone caproate - Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Testosterone_propionate/testosterone_phenylpropionate/testosterone_isocaproate/testosterone_caproate. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  46. Testosterone Therapy With Subcutaneous Injections: A Safe, Practical, and Reasonable Option - PMC - PubMed Central. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9006970/. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  47. Testosterone and bone mineral density in men with osteoporosis without classical hypogonadism. J Endocrinol Invest. 2016;39(3):331-338. doi:10.1007/s40618-015-0376-5 (Referência sobre T e osso, não diretamente de snippet)
  48. Testosterone deficiency, insulin resistance and the metabolic syndrome. Nat Rev Endocrinol. 2009;5(12):673-681. doi:10.1038/nrendo.2009.212 (Referência sobre T e metabolismo, não diretamente de snippet)
  49. Testosterona 250mg Injetável 1ml Ampola Durateston ASPEN - Magazine Médica. Disponível em: https://magazinemedica.com.br/produtos/testosterona-250mg-injetavel-1ml-ampola-durateston-aspen/. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  50. The interaction effects of resistance training and sustanon abuse on liver antioxidant activities and serum enzymes in male rats - PMC. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5700702/. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  51. The Prohibited List | World Anti Doping Agency - WADA. Disponível em: https://www.wada-ama.org/en/prohibited-list. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  52. Understand the Prohibited List - Athletics Integrity Unit. Disponível em: https://www.athleticsintegrity.org/know-the-rules/understand-the-prohibited-list. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  53. Voluntary Anti-Doping Association Official Prohibited List - VADA. Disponível em: https://vada-testing.org/wp-content/uploads/2024/12/VADA-Prohibited-List-2025.pdf. Acesso em: 3 de maio de 2025.
  54. WORLD ANTI-DOPING CODE INTERNATIONAL STANDARD PROHIBITED LIST 2025. Disponível em: https://www.wada-ama.org/sites/default/files/2024-09/2025list_en_final_clean_12_september_2024.pdf. Acesso em: 3 de maio de 2025.

Publique seu conteúdo como colaborador

       (0 avaliações)

Comentários

Crie um conta ou entre para deixar uma avaliação

Você precisar ser um membro para fazer uma avaliação

Criar uma conta

Crie uma conta 100% gratuita!

Crie uma nova conta

Entrar

Já tem uma conta? Faça o login.

Entrar agora

Não há avaliações para exibir.





×
×
  • Criar novo...