Oxandrolona: o que você precisa saber antes de usar este anabolizante
A oxandrolona, comumente conhecida como “ox”, é um dos esteroides anabolizantes mais usados no meio esportivo, especialmente por mulheres. Sua fama como uma droga "leve" ou "segura" muitas vezes mascara os riscos reais associados ao seu uso.
Graças à ajuda de Adam Abbas, podemos esclarecer alguns pontos sobre essa substância, e desmistificar algumas ideais que as mulheres podem ter sobre esta droga esteroide.
A diferença hormonal entre homens e mulheres
Antes de entender os efeitos da oxandrolona, é essencial compreender como os hormônios androgênicos funcionam nos corpos masculino e feminino.
- Homens produzem em média 70 mg de testosterona por semana.
- Mulheres produzem significativamente menos: entre 4 a 7 mg semanais.
Essa diferença é crucial. Quando uma mulher usa doses aparentemente "pequenas" de oxandrolona, como 5 mg por dia (ou 35 mg por semana), ela está consumindo o equivalente a cinco vezes a produção natural de andrógenos femininos. Em casos extremos, doses podem ultrapassar 300 vezes o nível fisiológico feminino, causando desequilíbrios hormonais graves.
O que torna a oxandrolona potente
A oxandrolona não é uma substância "inofensiva". Sua estrutura química é projetada para oferecer potência mesmo em doses reduzidas. Algumas características que aumentam sua força incluem:
- Modificação no primeiro anel molecular, que aumenta a afinidade pelos receptores.
- 17-alfa-alquilação, que a torna mais resistente ao metabolismo hepático, aumentando sua disponibilidade no organismo.
Embora isso garanta resultados mais rápidos, também eleva os riscos de efeitos colaterais.
Os protocolos e seus riscos
Os protocolos de uso da oxandrolona variam, mas doses entre 5 e 10 mg por dia são comuns, com frequências que vão de 8 em 8 horas até doses diárias. Apesar de parecerem seguras, essas doses frequentemente superam a capacidade natural do corpo feminino de lidar com andrógenos.
Em um caso relatado, uma mulher chegou a consumir 30 mg por dia, totalizando 210 mg por semana. Esse nível é incompatível com a biologia feminina e pode levar a:
- Colaterais virilizantes (acne, aumento de pelos, engrossamento da voz).
- Disfunções metabólicas e hepáticas.
- Desequilíbrios hormonais graves.
Como os receptores androgênicos influenciam os resultados
A eficácia da oxandrolona depende da interação com os receptores androgênicos no corpo. No entanto, o número de receptores varia entre diferentes tecidos:
- Mulheres têm menos receptores androgênicos musculares, o que significa que grandes doses nem sempre resultam em ganhos proporcionais de massa muscular.
- Glândulas sebáceas e outros tecidos frequentemente têm mais receptores, o que aumenta a propensão a efeitos colaterais, como acne e oleosidade na pele.
Portanto, doses excessivas podem gerar mais danos do que benefícios, já que a droga não será completamente aproveitada pelos tecidos-alvo, como os músculos.
Interpretação de exames hormonais: um desafio
Um exame de testosterona elevado em mulheres pode ter várias causas, incluindo:
- Abuso de esteroides anabolizantes.
- Condições médicas como a síndrome dos ovários policísticos (SOP).
- Problemas analíticos nos exames, que são projetados para medir níveis mais altos de testosterona, comuns em homens.
Se você é mulher e seu exame mostra valores acima de 20 ng/dL de testosterona, é fundamental investigar as causas com um médico especialista.
Oxandrolona: uma reflexão final
O uso de Oxandrolona deve ser abordado com extrema cautela. Apesar de sua popularidade no meio esportivo, seu potencial de causar efeitos colaterais sérios é frequentemente subestimado. O mais importante é lembrar que o equilíbrio hormonal feminino é delicado, e qualquer intervenção deve ser feita com acompanhamento médico.
Se você está considerando o uso de anabolizantes, procure um profissional capacitado. A saúde sempre deve ser a prioridade em qualquer prática esportiva.
Fontes de consulta
1. CORTES - MONSTER CAST. Oxandrolona: tudo que uma mulher precisa saber! | Adam Abbas. Disponível em: <https://youtu.be/GvC445EZudo>. Acesso em: 11 dez. 2024.
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