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Bebida alcoólica e seu efeito no treinamento


Raquel Reis Personal
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Bebida alcoólica e seu efeito no treinamento

Para conquistar um corpo bonito é necessário que haja uma alimentação balanceada que supra todas as demandas energéticas do nosso organismo aliada a prática de exercício físico. Parece simples, entretanto, o mais difícil costuma ser conciliar alimentação saudável com a vida social e o mais freqüente é a burlada na dieta no final de semana, sair com os amigos para um barzinho beber é uma rotina de muitos. O que não se sabe, ou melhor, não se tem consciência, é que o álcool é um grande vilão para nosso corpo e atrapalha em muito a busca para um corpo e vida saudável.

Uma curiosidade: O consumo moderado (dosagem recomendada) segundo alguns estudos é de 3 copos de 200mL de cerveja para homens e 2 copos de 200mL para mulheres; doses elevadas podem causar prejuízo na performance de uma forma geral e por um considerável período de tempo

De acordo com estudos existem malefícios causados pelo consumo de bebidas alcoólicas antes, durante ou após a prática esportiva. Dentre esses efeitos adversos, podemos citar:

  1. O álcool estimula a diurese, portanto, ao invés de reidratar o indivíduo (o necessário durante a prática de atividade física), proporciona desidratação potencializada somada ao exercício, o que pode provocar fraqueza, tontura e diversos danos;
  2. É absorvido rapidamente pelo organismo e influencia o metabolismo negativamente, dificultando seu funcionamento natural e a capacidade em restabelecer a glicemia (presença de açúcar no sangue);
  3. Diminui a massa magra por elevar o nível de hormônio cortisol (hormônio do catabolismo), diminui os níveis de testosterona (hormônio também responsável pelo aumento de massa magra) e causa deficiência de vitaminas B1, B2, B6, B12 e C. Vitaminas de extrema importância para aqueles que procuram aumento de massa muscular;
  4. O valor calórico da cerveja (altamente calórica, 7Kcal por grama) não é aproveitado pelo organismo na forma de glicose, não fornecendo combustível para as células do corpo;
  5. Alteração do metabolismo dos lipídios, favorecendo ao acúmulo da gordura na região visceral.

Atenção: aquela barriga de “chope” que é a principal queixa dos adeptos a “levantamento de copo” nos finais de semana é decorrente exatamente do alto valor calórico dos chopes e afins e pela influência do álcool no metabolismo do carboidrato e lipídio.

E mais: o consumo de energético junto com o álcool reduz o efeito deste, uma vez que o estimulante diminui o efeito depressor do álcool sobre o sistema nervoso, como reduz a percepção da embriaguez, normalmente as pessoas acabam por ingerir maior quantidade de álcool apenas por não saberem os riscos e aparentemente não transparecerem estar “bêbadas”. Uma super-dosagem desta substância aumenta a freqüência cardiorrespiratória e pode provocar irritação estomacal e intestinal.

O que a princípio é euforia e excitação, pode transformar-se em tontura e desmaio. O Álcool é depressor do SNC (sistema nervoso central) e afeta primeiramente os centros superiores (o que se repercute na fala, pensamento, cognição e juízo crítico) e posteriormente deprime os centros inferiores (afetando a respiração, os reflexos, e em casos de intoxicação aguda, podendo levar ate morte). Mesmo alimentado, o organismo alcoolizado não consegue absorver com eficiência os componentes dos alimentos — principalmente as vitaminas B1, B6, B3 e o ácido fólico.

Isso faz com que a pessoa tenha falta de apetite, e essa deficiência alimentar provoca reações danosas, causadas também pela queda acentuada de potássio, magnésio, cálcio, zinco e fósforo. Estudos recentes também comprovam que o álcool diminuiria os níveis de testosterona do corpo, conforme podemos ler o que Dr. João Pinheiro (CRMSP 74184 - Fisiologia Hormonal e Esportiva /Nutrição Esportiva) aponta:“Teses e estudos recentes comprovam que o álcool é hiper-estrogênico, ou seja, nas mulheres, faz seu fígado produzir muito hormônio feminino (estradiol/estrona), e nos homens, esse efeito silencioso é refletido na inibição dos receptores da testosterona no tecido muscular e hipotálamo.

Neste último, os danos são ainda mais graves. Eles malham e a fibra somente fica “inchada”, a força não vem, a fadiga e a agressividade aumentam, libido e ereção diminuem cada vez mais.”

O processo para depurar (limpar) o sangue é demorado e é função do fígado. Quando o consumo é rotineiro e elevado, as células do fígado começam a acumular gordura, podendo ocorrer inflamação e destruição das células, resultando em uma hepatite alcoólica que pode desencadear a cirrose hepática.

Esta, se não tratada no início, pode levar à morte. Nosso fígado como principal metabolizador do álcool, pode ser ajudado e protegido com uma boa hidratação e alimentação rica em elementos que ajudam a desintoxicar o organismo como brócolis, repolho, couve flor, couve de Bruxelas, couve verde, agrião, rúcula, acelga não esquecendo dos antioxidantes e carboidratos presentes nas frutas e verduras em geral. Um adendo: evite a associação de bebidas alcoólicas com alimentos gordurosos porque é mais trabalho para o fígado!

Portanto, evite ao máximo o consumo de bebidas alcoólicas mesmo durante as saídas, afeta muito a dieta e o metabolismo além de afetar o efeito de grande parte de produto ou medicamento utilizado.

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