O jornal CORREIO BRAZILIENSE publicou em 8/8/2009, em fl. 30, uma matéria muito interessante sobre o desenvolvimento de um produto que muito deve interessar aos praticantes de musculação, pelo custo e pela praticidade: trata-se da carne de boi em pó, com elevado teor de proteínas e reduzido teor de gorduras.
O produto está sendo desenvolvido, inicialmente, para pessoas com problemas de saúde que impedem a mastigação da carne. No entanto, não há dúvida que o novo produto despertará grande interesse por todos aqueles que adotam dietas hiperprotéicas, em razão da praticidade do consumo do produto em pó e, principalmente, em virtude do alardeado custo 60% inferior em comparação aos suplementos protéicos atualmente disponíveis no mercado.
O novo produto ainda não recebeu aval da ANVISA, mas a promessa é de que até o final deste ano já esteja disponível aos consumidores.
Será que o novo suplemento alimentar derivado da carne de boi irá desbancar a famosa Whey Protein?
A proteína da clara do ovo (albumina), apesar de muito mais barata que a Whey, não a ameaça, dado que os suplementos derivados da clara do ovo geralmente têm problemas de sabor, não têm valor biológico tão elevado e costumam causar incômodos gastrointestinais (muitos gases).
Resta saber se o novo suplemento derivado da carne terá, efetivamente, elevado valor biológico, sabor agradável e preço competitivo. Que venha logo o novo suplemento alimentar!
Criamos em nosso fórum um tópico para saber a opinião de nossos usuários sobre o prometido novo suplemento alimentar:
Leia a reportagem que foi publicada no Jornal CORREIO BRAZILIENSE:
"Carne em pó: mistura protéica é desenvolvida em São Paulo
O alimento pode acompanhar receitas doces e salgadas, como vitaminas e sopas
Uma pesquisa realizada por nutricionistas da Universidade de São Paulo (USP), de Bauru, e da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), de Botucatu, desenvolveu um tipo de carne em pó. Chamada de mistura protéica, o produto vai ajudar pessoas que têm dificuldade de mastigar, ou não podem ingerir alimentos sólidos. O benefício atinge pacientes que se submeteram a cirurgia de redução de estômago, lábio leporino, acidente vascular cerebral (AVC), mal de Alzheimer, problemas na boca e tratamento quimioterápico.
Na mistura protéica, pedaços de carne magra são cozidos, depois passam por um processo especial de secagem e são moídos. O resultado é um pó bastante fino e facilmente solúvel em água, que pode ser adicionado a sopas e caldos. Além de preservar praticamente todas as suas vitaminas e proteínas, a mistura protéica é mais saudável do que a normal, pois é feito com cortes somente de carne magra e não possui adição de conservantes ou temperos.
Em 100g da mistura, 80g são de proteínas de alto valor biológico. A quantidade de gordura na mesma amostra é de 1,6g, muito menor do que de carne normal. A cada 100g de contrafilé, 2,02g são gordura, já no lombo grelhado essa quantidade sobe para 3,30g. Outra vantagem da carne em pó é o preço. Ela custa, em média 60%, menos que os suplementos de proteína já existentes no mercado, feitos à base de soja e milho.
Suely Prieto Barros, nutricionista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP, que trabalha há 25 anos com pacientes que fizeram operações na boca, ajudou a desenvolver a carne em pó. Ela explica que para seus pacientes existia uma grande dificuldade de se conseguir nutrientes provenientes da carne, já que todos os alimentos devem ser líquidos. “Quando colocávamos carne nas sopas e coávamos, ela ficava quase toda na peneira. Tínhamos uma perda financeira e um aproveitamento mínimo dos nutrientes, com prejuízo à cicatrização cirúrgica”, conta.
Depois de desenvolvido, o pó passou por um teste de palatabilidade, ou sabor. Ele foi oferecido a 32 pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica, em um hospital em Jaú, no interior de São Paulo. O teste foi coordenado por Silvia Papini-Berto, professora da Faculdade de Medicina da Unesp. Segundo ela, o sabor da carne foi aprovado. “Os pacientes consideraram a carne em pó bastante leve e saborosa”, conta. “Esses pacientes passarão pelo menos dois meses se alimentando somente de líquidos, por isso a importância do gosto ser agradável”, justifica.
A fase seguinte da pesquisa foi adaptar o produto para fabricação em escala industrial. Uma indústria de alimentos adaptou a fórmula. De acordo com Lúcio Caleffi, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Bertin Alimentos, foram feitos vários testes de formulação para chegar a uma mistura ideal. “Testamos várias formas de aplicação, tais como sopas, vitaminados, sucos e caldos. Também fizemos as análises de perfil de aminoácidos e tabela nutricional.” Desses testes, resultou a mistura atualmente desenvolvida.
No futuro, o alimento poderá ser usado para complementação da merenda escolar, e por pessoas que não estão doentes. “O produto não tem contraindicação, pois é baseado nas proteínas da carne. Seu consumo pode contribuir para uma dieta balanceada”, completa Lúcio. A carne em pó está atualmente em fase de registro na à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e deve chegar aos consumidores até o fim do ano."
Fonte: Jornal CORREIO BRAZILIENSE de 8/8/2009, fl. 30.
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