
Tudo que fisiculturismo postou
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Anabolic Halo da MuscleTech
O que é essa sensação de refrigeração? A tecnologia criogênica do Anabolic Halo não deixa outra opção aos músculos a não ser crescerem... Os seus componentes invadem o corpo e tragam os músculos, esmagando o catabolismo! É a fórmula mais avançada no arsenal da musculação. É o Anabolic Halo! Em apenas alguns segundos, sente-se um intenso frio glacial, é como se ressecasse a parte posterior de sua garganta. O “surto sub-zero” começou! De imediato, parece que todo o organismo congela através das veias com a ingestão da mega-dose de mais de 75 (setenta e cinco) ingredientes da fórmula de Anabolic Halo. Com a sua primeira dose, o suplemento mais hardcore do planeta emite uma onda poderosa de construtivos musculares que correrão em suas veias! O que é isso que você está sentindo? É o poder de -320ºF. O Anabolic Halo sincroniza 3 (três) tecnologias farmaceuticamente inspiradas (Tecnologia Sub-Zero™): a Tecnologia Termomolecular Criogênica, a Liofilização e a Tecnologia Crystallographic. A primeira, a Tecnologia Termomolecular Criogênica, usa explosões mecanicamente medidas em baixa temperatura de nitrogênio líquido, tão fria quanto -320ºF. A segunda, chamada de Liofilização, é tão moderna que muda diretamente o estado físico de sólido para gasoso de um complexo anticatabólico no Anabolic Halo, a qual explora os processos micromoleculares de sublimação. Por fim, a Tecnologia Crystallographic dá descargas de nitrogênio líquido a -150ºF em um composto avançado. A estrutura molecular resultante é diferente de tudo o que já visto no fisiculturismo! Uma dose de Anabolic Halo potencializa a sua máquina anabólica, forçando os músculos a explodir em tamanho! COMO A TECNOLOGIA TERMOMOLECULAR CRIOGÊNICA FUNCIONA Não se iluda, o Anabolic Halo foi projetado para que se atinjam músculos mais hardcore. Trata-se de uma fórmula anabolizante implacável, feita de uma potente mistura sequencial de 6 (seis) elementos indutores de crescimento muscular garantido, de modo a fazer que seus músculos cheguem a proporções monstruosas, como você nunca viu antes! É simples, o Anabolic Halo o conduz a um estado anabólico que realmente deve ser experimentado. Pesquisadores da MuscleTech encontraram uma maneira de conduzir a testosterona anabolicamente ativa diretamente aos músculos, a nível celular! OS SEIS ELEMENTOS INDUTORES DO CRESCIMENTO MUSCULAR Com a primeira dose, a fórmula do Anabolic Halo é rapidamente conduzida às células musculares. Você pode até não estar pronto para a sobrecarga de musculação contínua, que garante a fase de crescimento implacável, de músculos grossos e densos, pressionadores da vascularização através da pele, exigindo que sejam vistos, todavia, ficará chocado ao ver os seus músculos em expansão como nunca antes – mas será tarde demais! Uma pessoa que usa Anabolic Halo pode amplificar a concentração celular do músculo em mais de 100% em apenas 28 dias! PERGUNTAS FREQUENTES 1) O que é Anabolic Halo? O Anabolic Halo é um suplemento de indução de crescimento muscular, que aborda seis elementos de tecnologia avançada necessários para que os músculos fiquem ridicularmente enormes. É formulado com compostos anabólicos criogenicamente transformados, a fim de trabalhar para congelar o catabolismo, forçando a expansão muscular. 2) Quais são esses seis elementos que me deixarão enorme? Os 6 (seis) elementos abordados são os seguintes: a maior utilização de testosterona livre, o anabolizante fator de transcrição (ATF-4 modulação), a manipulação de insulina, a inibição de máquinas catabólicas, a ativação de células satélites e o aumento da área de fibra muscular. 3) Quais são as tecnologias criogênicas encontradas no Anabolic Halo? O Anabolic Halo sincroniza três tecnologias farmaceuticamente inspiradas (Tecnologia Sub-Zero™): a Tecnologia Termomolecular Criogênica, a Liofilização e a Tecnologia Crystallographic. A primeira, a Tecnologia Termomolecular Criogênica, usa explosões mecanicamente medidas em baixa temperatura de nitrogênio líquido, tão fria quanto -320ºF. A segunda, chamada de Liofilização, é tão moderna que muda diretamente o estado físico de sólido para gasoso de um complexo anticatabólico no Anabolic Halo, a qual explora os processos micromoleculares de sublimação. Por fim, a Tecnologia Crystallographic dá descargas de nitrogênio líquido a -150ºF em um composto avançado. A estrutura molecular resultante é diferente de tudo o que já visto no fisiculturismo! 4) O que é Tecnologia Termomolecular Criogênica? A Tecnologia Termomolecular Criogênica é recente e condiz com um espetacular avanço na suplementação do mundo da musculação. Ela hipressuriza uma porção precisa de um motor fundamental anabólico, encontrado em Anabolic Halo, em uma câmara criogênica e, em seguida, permite explosões com nitrogênio líquido a temperaturas incrivelmente baixas, tão frias como -320ºF (tão frio como o clima do planeta Netuno). O composto termomolecular criogenicamente reforçados e alterados é diferente de tudo já visto. 5) Existem estudos acerca do Anabolic Halo? Múltiplos estudos clínicos humanos mostram o quão eficaz são os ingredientes-chave de Anabolic Halo, aptos a forçar os seus músculos em um estado predominantemente anabólico. Primeiro, os cientistas da MuscleTech utilizaram uma pesquisa da Universidade de Connecticut, na qual foi descoberta uma maneira de conduzir ativos anabólicos, como a testosterona livre, em células musculares com nenhum feedback negativo. Num estudo clínico em humanos de 21 (vinte e um dias), publicado em um jornal de prestígio, mostrou-se que o Anabolic Halo aumentou dramaticamente o número de andrógenos receptores em comparação àqueles que tomaram placebo. (1) Em outro estudo, pesquisadores observaram um poderoso agente anabólico no Anabolic Halo capaz de ampliar drasticamente o número de células satélites por fibra muscular em mais de 100% (cem por cento) em apenas 28 (vinte e oito) dias! (2) Mas fica ainda melhor: o complexo anabólico realmente proporciona o aumento da área de fibra muscular numa incrível média de 16,8% (dezesseis vírgula oito por cento) em apenas 16 (dezesseis) semanas! (3) Numa pesquisa da University of Texas Southwestern Medical Center, mais tarde publicada em um importante jornal, os cientistas examinaram a modulação do fator de transcrição anabolizantes (ATF-4). (4) O ATF-4 mostrou ser um fator de transcrição insulino-mediada, em que anabolizantes desempenham um papel central na regulação hormonal de anabolismo pelo acoplamento da captação de aminoácidos e síntese protéica. 1 Kraemer, W., et al. (2006). Medicine and Science in Sports and Exercise, 38(7):1288-1296. 2 Olsen, S., et al. (2006) Journal of Physiology, 573(2):525-534. 3 Ibid. 4 Adams, C. (2007). The Journal of Biological Chemistry, 282(23):16744-16753. 6) Como eu tomo o Anabolic Halo? O Anabolic Halo é um produto anabolizante extremamente poderoso. Assim que estiver pronto, deve-se começar a consumir 1 dose (1 colher) misturado em 120ml de água fria após o treino. Quando você compreender o poder da Anabolic Halo, aumente a sua dose para 3 porções (3 colheres) misturadas em 360ml de água fria. Em dias sem treino, consumir 3 colheres na parte da manhã. Não exceder 3 colheres em um período de 24 horas. Leia todo o rótulo antes de usar e siga as instruções fornecidas. TESTEMUNHOS “Fui o primeiro fisiculturista do mundo a tentar o Anabolic Halo e nunca tinha experimentado nada parecido. Eu podia sentir meus músculos ficando mais apertados e bombados. Com o Anabolic Halo vou ficar maior do que nunca!” (Jay Cutler – Mr. Olympia) "Este é um suplemento extremamente potente. Eu conseguirei incríveis ganhos em tamanho e força no mais curto espaço de tempo.” (Gustavo Badell – 2-Time IFBB Pro Champion) Tradução: Oksana Maria FONTE: O texto original em inglês e as imagens foram obtidas do site Bodybuilding. ATENÇÃO: A venda deste produto não é autorizada no Brasil, porque ele não tem registro na ANVISA. Ao comprar este produto nos Estados Unidos, o adquirente fica sujeito ao pagamento de tributos e à apresentação de receita médica para sua liberação na ANVISA.
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Orelhas Modeladas pelo Jiu-Jitsu
O jornal Correio Braziliense apresentou no dia 20 de dezembro de 2009 matéria sobre as orelhas deformadas pelo jiu-jitsu. Alguns lutadores dizem que as orelhas não deformadas são um ponto fraco e a dor pode representar a perda de uma luta, por isso esfregam a faixa nas orelhas para deformá-las. Outros dizem que a deformação é consequencia do próprio treinamento. Fato é que as orelhas deformadas já passam a ser uma característica que identifica lutadores de jiu-jitsu. Leia a matéria completa abaixo: Dia 20 de dezembro de 2009 JIU-JITSU Orelhas marcadas pelo esporte Constante atrito com o chão cria hematomas que devem ser tratados por especialistas. Lutadores dizem que deformação não significa status dentro do esporte # VAGNER VARGAS Acompanhando um treino ou uma luta de jiu-jitsu, é comum logo notar a orelha dos praticantes, muitas vezes deformada. Há quem diga que alguns lutadores provocam a lesão. Quem participa das disputas, no entanto, garante que os hematomas são naturais, consequência dos treinos e das competições. Os especialistas, no entanto, alertam para o perigo da lesão. “É muito difícil reconstituir uma orelha, mesmo com cirurgia plástica. Em alguns casos, fica tão feio que até parece que a orelha é malformada de nascimento”, destaca o otorrinolaringologista Francisco José de Paula Lima. O ideal é, ao machucar a região em um treino ou luta, procurar ajuda médica. “O local pode infeccionar e causar dor. No futuro, ele pode perder a sensibilidade, ter inflamação na pele do ouvido e outros problemas.” Acostumado a receber casos de orelhas “couve-flor” — como são popularmente conhecidas —, o também otorrino Krishnamurti Sarmento Junior diz que, em muitos casos, o paciente não quer reverter a deformação. “Atendi diversas pessoas que se orgulhavam das lesões e não queriam reconstituir a orelha. Para alguns, é como um troféu, uma conquista, algo que os identifica como lutador. Quanto mais deformada, melhor para eles”, relata. Consequência Em cima do tatame, os praticantes de jiu-jitsu garantem: orelha ‘estourada’ — como eles dizem — não é sinônimo de bom lutador. Recém-promovido à faixa marrom, Lúcio Fernandes acredita que tudo não passa de consequência do esporte. “Não tem nada a ver com a capacidade do atleta. A orelha sofre muito contato e a cartilagem não aguenta, mas há muita gente graduada que luta há muitos anos e não tem nenhuma deformação”, garante ele, que tentou treinar com protetores, mas não se adaptou. De acordo com Lúcio, muitos jovens que entram no jiu-jitsu acham que a orelha é algo importante e identifica o lutador, mas não é algo importante. “Geralmente são os mais novos que procuram até maneiras de machucar a própria orelha para parecer que é mais forte. Mas eu aconselho qualquer um que se machucar a procurar um médico”, afirma. Treinando há cinco anos, o educador físico Flávio Henrique, de 29 anos, já teve lesões, porém não ficou com nenhum hematoma. “Depois de machucar, sempre procuro colocar uma compressa de gelo. Tem também os protetores de cabeça, mas não são muito comuns, porque são caros”, informa. Felipe Carvalho, 21, é outro que não tem nenhuma deformação. Ele acredita que há maneiras de se evitar o problema. “São ossos do ofício, mas sempre procuro proteger a região durante os treinamentos. Tem gente que acha bonito, mas eu penso o contrário, acho muito feio.” Não tem nada a ver com a capacidade do atleta. A orelha sofre muito contato e a cartilagem não aguenta (Lúcio Fernandes, lutador de jiu-jitsu) Para alguns, é como um troféu, uma conquista, algo que os identifica como lutador (Krishnamurti Sarmento Junior, otorrinolaringologista) Couve-Flor O constante atrito da orelha dos lutadores com o solo e com o corpo do adversário causa hematomas entra a cartilagem e o pericôndrio - pele que reveste a orelha. As lesões acarretam em acúmulo de sangue na região, deformando a orelha, que fica parecida com uma couve-flor. Para corrigir a deformidade, é preciso drenar o sangue acumulado e colar a cartilagem a pela novamente. Porém, este processo só dá resultado se for feito logo após alesão. Casos mais antigos só podem ser revertidos com cirurgia plástica, mesmo assim, é difícil a orelha voltar ao estado original. Fonte: Jornal Correio Braziliense de 20 de dezembro de 2009 (caderno Super Esportes, fl. 4). http://www.correioweb.com.br/
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Doping Paraolímpico
O jornal Correio Braziliense apresentou nos dias 15 e 16 de dezembro de 2009 matérias sobre o doping nos esportes paraolímpicos e o aumento do número de casos constatados de maneira geral em todas as modalidades esportivas. Leia a matéria completa abaixo: Dia 15 de dezembro de 2009 Doping - Maculada pela vergonha Suely Guimarães, uma das maiores atletas paraolímpicas do país, é flagrada em caso de dopagem. Suspensa por um ano, ela pede desculpas e promete voltar Recife – Bicampeã paraolímpica. Recordista mundial e um dos principais nomes do paradesporto brasileiro. A pernambucana Suely Guimarães, 51 anos, presente em Paraolimpíadas desde 1992, em Barcelona, foi flagrada no exame antidoping, durante a etapa de Fortaleza do Circuito Nacional Loterias Caixa. A atleta, que foi convocada pela primeira vez para integrar a delegação brasileira paraolímpica em 1986, quando representou o país no Parapan-Americano de Porto Rico, abriu mão da contra-prova e foi suspensa por um ano. Desde 12 de setembro, quando se submeteu ao teste de dopagem, Suely optou pelo silêncio até o dia do julgamento, realizado no último domingo. Após análise da comissão antidoping do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), saiu o veredicto. Na amostra de urina coletada, foi encontrada a substância hidroclorotiazida, um diurético que mascara o possível uso de outras substâncias proibidas. Ontem à tarde, em sua casa, no bairro da Várzea, em Recife, aparentemente tranquila — apesar de alterar a voz de acordo com o rumo da entrevista — Suely fez questão de prestar esclarecimentos sobre o assunto. “Foi uma bomba, uma surpresa para mim. Mas vou dar a volta por cima”, adiantou a atleta. Doping “Jamais faria uso de um remédio sabendo que ele seria proibido. Nunca tomei um remédio para dor de cabeça que não consultasse meus médicos. Assumo parte da culpa por não ter consultado a lista de remédios proibidos. Mas o clorana (que contém a substância hidroclorotiazida), que tomo apenas metade do comprimido, era para tratar problemas de pressão alta. Estava tomando ele associado ao losartion. Comecei a usar o clorana desde que voltei do Parapan do Rio de Janeiro, em 2007. Na verdade, desde 2004 tomo remédios para o controle da pressão arterial.” O dia da coleta “Terminei de competir em Fortaleza por volta das 16h. Bati o recorde mundial no disco. Depois fui para o hotel e, às 18h, tomei o clorana. Já passava das 20h quando a comissão antidoping bateu na porta do meu quarto para coletar o exame. Não me neguei e fiz tudo conforme eles me pediram. Quando veio o resultado, me senti injustiçada. Acho que, pela minha história no Comitê Paraolímpico Brasileiro, eu merecia, pelo menos, que o médico do CPB, Roberto Vital, fizesse algum alerta sobre os remédios que estava fazendo uso. Ele foi covarde. Afinal de contas, antes mesmo de preencher o formulário para o pessoal do exame, indiquei estar utilizando o clorana e losartion. Eles sabiam que eu estava tomando o remédio. Acho que faltou um pouco de respeito. Eles disseram que, por não estar competindo pelo Brasil, pois a competição era Nacional, eles não teriam essa obrigação de me alertar. Uma pena que eles só tenham atenção com a gente quando ganhamos medalhas. Esquecem-se de que somos seres humanos.” Contraprova “Tenho muito respeito por Edilson Alves da Rocha, o Tubiba, e ele me orientou a não repetir o exame. Conversei com meu técnico e ele também disse que não valeria a pena recorrer. Vou esperar minha punição e cumpri-la. Passei momentos muito difíceis por causa do atletismo, jamais colocaria tudo a perder. Conversei com meus médicos (Jéssica Garcia e Esdras Gaspar) e, momentaneamente, vou fazer uma pausa no uso do clorana. Mas na próxima semana, por conta própria, pretendo repetir esse tipo de exame. Quero fazer o antidoping limpa e também usando o clorana. Aqui, não tem laboratório especializado. Vou colher e enviar para São Paulo.” CPB “Na semana passada estive no Rio porque fui indicada ao prêmio de destaque na minha categoria. Não consegui falar com Andrew Parsons (presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro) porque sabia que, no desabafo, iria chorar. Não estava ali para isso. Fui de cabeça erguida, apesar de estar vivendo todo esse drama. Deixei muita coisa de lado em virtude da minha carreira. Não estou me isentando totalmente da culpa. Sei que deveria ter mais cuidado. Mas o que custa ao Comitê reforçar a consulta da lista de remédios proibidos? Às vezes, tenho a impressão que os atletas mais veteranos estão sendo deixados de lado.” Futuro “Nada é por acaso. Vi que pessoas poderiam me ajudar nessas horas e preferiram ficar indiferentes. Vou continuar treinando em 2010. Quero testar minha cadeira nova, onde vou conseguir girar 360 graus. Idealizei a cadeira porque se fosse esperar pelo CPB... Vou ficar sem competir ano que vem, mas não vou parar de treinar. Peço a compreensão de todos os pernambucanos e brasileiros. Peço desculpas. Mas minha carreira não se encerrou. Se é isso o que muita gente quer, aviso que vou voltar. E em grande estilo. Fazendo o que sempre fiz. Bater recordes e conquistar medalhas.” Suely Guimarães, uma das maiores atletas paraolímpicas do país, é flagrada em caso de dopagem. Suspensa por um ano, ela pede desculpas e promete voltar DOPING Suely alegou estar tomando remédio para controle da pressão e prometeu dar a volta por cima, com novos recordes Memória Vários casos de doping marcaram o ano de 2009 no esporte brasileiro. Confira alguns. Março * O jogador Bob, do Brasil Vôlei Clube, foi flagrado com a substância delta-9- tetraidrocanabinol, presente na maconha, em exame realizado após partida contra o Joinville, pelos playoffs da Superliga Masculina de Vôlei. Abril * Seis ciclistas foram flagrados no exame antidoping durante a Volta de Santa Catarina, com a substância eritropoietina (EPO), que eleva a resistência física. A Confederação Brasileira de Ciclismo só divulgou o nome de quatro deles: Alex Diniz, Cleberson Weber, Alex Arsenio e Alcides Vilela. * Quatro integrantes da equipe de atletismo não passaram no exame antidoping em diferentes competições. Marcos Felix, Hamilton Castilho, Marcelo Moreira e Jenifer do Nascimento haviam utilizado substâncias estimulantes ou esteroides. Maio * Emerson Júnior Barbosa, halterofilista paraolímpico, apresentou o anabolizante oxandrolona, em exame realizado no Regional de São Paulo. Junho * Onze integrantes da equipe de atletismo foram flagrados com diversas substâncias em exames antidoping. Um dos maiores escândalos do esporte brasileiro. * Denílson Raimundo de Souza, halterofilista paraolímpico, teve teste positivo para a substância diurética hidroclorotiazida, no Circuito Regional Loterias Caixa, em Natal. Agosto * Uma amostra de sangue do fundista Daniel Lopes Ferreira, coletada no Circuito de Corridas e Caminhada da Longevidade, acusou presença de mefentermina, um estimulante. * A triatleta brasiliense Mariana Ohata, de 30 anos, foi flagrada em um exame antidoping, que acusou presença de um diurético. Foi o segundo caso de Mariana, que está ameaçada de ser banida do esporte. Outubro * A ginasta Daiane dos Santos foi flagrada em um exame antidoping que deu positivo para a substância proibida furosemida, um tipo de diurético que pode ser utilizado para perda de peso e na redução da absorção de líquidos. Novembro * O atacante Jobson foi flagrado em um exame feito após o jogo do Botafogo, onde jogava, contra o Coritiba, em 8 de novembro, que apontou uma substância proibida. A definição da punição para o jogador, que pode ser de até dois anos, ainda aguarda a contraprova, que acontecerá em 16 de dezembro. Cartola promete tolerância zero Apesar de lamentar a descoberta de mais um caso positivo de doping para o país, principalmente tratando-se de uma atleta experiente, o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, garante intensificar o combate ao uso de substâncias proibidas. "Mesmo sendo a Suely, a nossa filosofia é de tolerância zero ao doping", afirmou. O flagrante foi o terceiro envolvendo atletas paraolímpicos do Brasil neste ano. De acordo com o presidente do CPB, Suely não quis fazer a contra- prova. "Ela abriu mão da amostra B. Quando há o resultado positivo da amostra A, o atleta é notificado e a ele é dado um prazo para abrir a amostra B. Se ele declina, está aceitando o resultado da amostra A", explicou Parsons. A punição de Suely Guimarães ainda poderá ser julgada pelo Comitê Paraolímpico Internacional, que pode manter ou vetar a decisão do CPB. "A gente informa. Pode ser que eles confirmem a suspensão ou que eles optem por fazer um julgamento próprio", considerou Andrew Parsons. Para 2010, Parsons garante que ampliará tanto os testes — dentro e fora de competições — quanto às campanhas educativas — que visam a conscientização de atletas e treinadores dos perigos do doping e da legislação sobre o assunto. "A gente faz palestras, distribui cartilhas explicativas e temos o programa de testes. No ano que vem, pela primeira vez, o antidoping vai estar dentro do orçamento do CPB. Serão R$ 150 mil diretamente ligados a ações de combate ao doping", declarou. Estímulos proibidos Doping refere-se ao uso de drogas que melhoram a perdormance e são proibidas pelas organizações que regulam as competições esportivas. É considerado anti ético devido à ameaça à saúde, à busca de igualdade de condições de disputa e ao efeito exemplar que o esporte limpo tem sobre o público. Os três tipos mais comuns de dopagem estão descritos a seguir: Esteróides anabólicos São hormônios químicos sintéticos que agem como os anabólicos da testosterona, ativando o metabolismo protéico que fortalece o músculo. Diuréticos Atuam nos rins, aumentando o volume e a diluição da urina. Existem vários tipos, sendo que todos elevam a eliminação de líquido, embora de formas diferentes. Hidroclorotiazida É o caso de Suely. Trata de um diurético tiazídico. Age inibindo a capacidade de retenção de água do rim, reduzindo o volume sanguíneo. É frequentemente usada no tratamento da hipertensão arterial, da insuficiência cardíaca congestiva, do edema sintomático e na prevenção de pedras nos rins. Eleva consideravelmente a eliminação de líquido, mascarando a presença de outras substâncias dopantes no organismo. Estimulantes Do grupo das anfetaminas, aumentam o nível de atividade do sistema nervoso central, gerando estímulos, aumentando a performance e diminuindo a dor do atleta. Dia 16 de dezembro de 2009 Comitê ignora desculpas Apesar das justificativas e críticas apresentadas pela para-atleta Suely Guimarães, dirigente de entidade descarta abrandamento da pena de suspensão Mesmo bombardeado de críticas pela atleta paraolímpica Suely Guimarães após o anúncio do doping na última segunda-feira, o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) não quis responder a qualquer das acusações feitas. Em entrevista exclusiva publicada ontem no Correio, Suely declarou se sentir injustiçada. “Acho que, pela minha história no Comitê Paraolímpico Brasileiro, eu merecia, pelo menos, que o médico do CPB, Roberto Vital, fizesse algum alerta sobre os remédios que estava fazendo uso. Ele foi covarde.” A atleta foi punida com suspensão de um ano e não participará de competições até setembro de 2010. A assessoria de imprensa do CPB se limitou a divulgar uma nota com a posição do presidente da entidade, Andrew Parsons, em relação às críticas. Segundo o comunicado, ele diz que a atleta veterana sempre foi conhecida pelo Helder Tavares/DP/D.A Press - 14/12/09 gênio forte e que está passando por um momento muito difícil na carreira. Por isso, Parsons considera as acusações irrelevantes e reafirma a confiança no trabalho do médico Roberto Vital, que também não quis dar nenhuma declaração à reportagem. A possibilidade de redução da pena não foi considerada. O silêncio do Comitê Paraolímpico Brasileiro reforça a política de tolerância zero adotada pelo presidente da entidade, que está intensificando o combate e a prevenção ao doping, que já teve três casos neste ano. No entanto, Suely Guimarães, que se desculpou pelo ocorrido e admitiu parte da culpa pelo fato de não ter consultado a lista dos remédios proibidos, acha que o CPB poderia reforçar o alerta em relação às substâncias dopantes, principalmente aos atletas mais experientes. “Às vezes, tenho a impressão que os atletas mais veteranos estão sendo deixados de lado”, desabafou. Mais dois flagrantes Além do caso de Suely, em 2009, o esporte paraolímpico nacional teve outras duas ocorrências de flagrante de doping. Em maio, em São Paulo, exame com o halterofilista Emerson Barbosa acusou a presença do anabolizante oxandrolona. No mês seguinte, em Natal, o também halterofilista Denílson de Souza teve teste positivo para a substância diurética hidroclorotiazida. Personagem da notícia Suely Guimarães, pernambucana de São José do Belmonte, perdeu as duas pernas após ser atropelada na calçada por um motorista bêbado, aos sete anos de idade. Hoje, é uma das atletas paraolímpicas de maior destaque do país. Entre as principais conquistas, estão: ouro no lançamento de disco – Jogos Paraolímpicos de Atenas (2004); ouro no lançamento de disco e arremesso de peso – Campeonato Mundial, na França (2002); ouro no lançamento de disco e dardo e no arremesso de peso – Campeonato Mundial, na Inglaterra (1998); bronze no lançamento de disco – Jogos Paraolímpicos de Atlanta (1996); ouro no lançamento de disco e dardo e no arremesso de peso – Campeonato Mundial, na Alemanha (1994), e ouro no lançamento de disco – Jogos Paraolímpicos de Barcelona (1992). Entenda o caso A bicampeã paraolímpica Suely Guimarães diz que fazia uso da substância proibida hidroclorotiazida — encontrada na amostra de urina coletada para o exame antidoping —, com o objetivo de controlar a pressão arterial, desde o Parapan do Rio de Janeiro, em 2007, e não sabia da proibição. Suely afirma que o CPB tinha conhecimento de que ela usava o remédio Clorana, mas, mesmo assim, a entidade não a teria alertado, como costuma fazer, pelo fato de ela não estar representando o Brasil em uma competição internacional. A verificação foi realizada durante a etapa de Fortaleza do Circuito Nacional Loterias Caixa, em setembro. A substância encontrada é um diurético tiazídico que inibe a retenção de água do rim, reduzindo o volume sanguíneo e elevando consideravelmente a eliminação de líquido, o que pode mascarar a presença de outras substâncias dopantes no organismo. Segundo o presidente do CPB, este é o motivo da proibição da hidroclorotiazida, pois, caso Suely tivesse usado algum tipo de estimulante ou anabolizante, o exame não revelaria. A atleta, no entanto, garante que nunca utilizou coisas do tipo. “Passei momentos muito difíceis por causa do atletismo, jamais colocaria tudo a perder.” ENTREVISTA//EDUARDO DE ROSE Denúncias aumentam os flagrantes » FELIPE SEFFRIN São Paulo – Diretor do Departamento Brasileiro de Antidoping do COB, o fisiologista Eduardo de Rose dá duas razões para a onda de casos de doping no Brasil. A primeira diz respeito à mudança de estratégia do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) no controle antidoping. Antes, os exames ocorriam por amostragem ou sorteio. Agora, são realizados diretamente em atletas suspeitos ou denunciados, aumentando a incidência de testes positivos, mesmo sem crescer significativamente o número de exames. A segunda justificativa é a velha falta de cuidado por parte dos atletas. O tiro certo nos atletas dopados é também uma medida econômica. No ano passado, foram realizados cerca de cinco mil exames, ao valor de cerca de R$ 1 mil cada, chegando ao custo total aproximado de R$ 5 milhões. Questionado sobre os culpados por tantos casos, o especialista em antidoping se exime de apontar suspeitos, mas lembra que a alta premiação em determinados esportes pode ser um dos motivos principais para o uso de substâncias ilícitas. Porque tantos casos de doping Também estou achando exagerado. Pelos meus cálculos, devemos estar com 41 casos neste ano. Teve um pequeno aumento no número de controles, mas foi pequeno, não é para justificar o aumento de casos. Mas há duas vertentes que podem explicar esse aumento. Uma é que os exames foram feitos com muito mais objetividade. Trocamos o exame por posição ou por sorteio para fazer um exame direcionado, baseado em informações que nos levam a suspeitar que existe uma possibilidade grande de encontrarmos algo. A outra razão é que os atletas não estão cuidando de coisas que são primárias. Essa atleta paraolímpica tomou diurético por que é hipertensa. Se ela sabia dos problemas de pressão, deveria comunicar ao Comitê e buscar orientação para uma medicação certa. É o mesmo caso da Daiane dos Santos, que não tinha conhecimento de que estava fazendo um tratamento com substâncias proibidas. Nova política antidoping Esse tipo de exame direcionado é chamado de “exame inteligente”. O atleta pode achar que é perseguição, mas não é perseguição. Cada exame custa muito caro, não dá para sair fazendo em todo mundo. Tem que ser o mais dirigido possível. Este ano, em pelo menos 15 casos de violação da regra antidoping, nova nomenclatura para casos positivos, chegamos por meio de denúncias de alguma possibilidade muito grande de termos resultados positivos. Os exames na equipe de atletismo no Mundial da Alemanha e nos ciclistas na Volta de Santa Catarina e São Paulo são exemplos disso. Prejuízo ao esporte brasileiro Não tem nenhum prejuízo concreto. Se você pensar na Olimpíada, tivemos quase 27 casos de doping em Pequim, em duas semanas, e isso não diminuiu a qualidade da performance e nem desvalorizou a Olimpíada. Se nos tornarmos um país que não faz antidoping e onde não se tem nenhum teste positivo, isso não nos torna um país melhor. O problema é quando passarmos de 2% dos exames, que é o recomendado. No ano passado, tivemos 0,75% de casos positivos. Neste ano, ainda não fechamos as contas, mas devemos ficar por volta de 2%, que é a média internacional. Culpados pelo doping Não tenho que apontar nenhum culpado. Não é a minha função. Minha função é detectar os casos, informar atletas e entidades responsáveis e baixar ao máximo o número de casos. Mas posso dizer que uma das explicações ou respostas é o fato de que hoje no esporte se ganha muito dinheiro, o que não ocorria antigamente. Prêmios de US$ 100 mil, US$ 1 milhão, não são incomuns no esporte. Fonte: Jornal Correio Braziliense de 15 de dezembro de 2009 (caderno Super Esportes, fls. 2 e 3) e 16 de dezembro de 2009 (caderno Super Esportes, fls. 4 e 5). http://www.correioweb.com.br/
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Oito grandes erros cometidos em dietas
Em matéria publicada na revista FLEX, de dezembro de 2008, Joe Wuebben traz as oito maiores tolices de uma dieta e, ao mesmo tempo, explica como não cometê-las e o jeito correto de manter a boa forma. 1º erro => ser sovina no café da manhã Comer pouco no café-da-manhã pode colocar o seu organismo em estado catabólico, o que causa a perda de massa muscular, retarda o metabolismo e impede a queima de gordura. Chris Aceto, autor do livro Championship Bodybuilding and Everything You Need to Know about Fat Loss, ensina que, com a baixa taxa de açúcar no sangue aliada à falta de proteínas recentemente digeridas, o corpo parece entrar num estado catabólico, no qual os músculos são mais queimados do que construídos. Aceto aconselha a comer grande quantidade de carboidratos pela manhã, o que aumenta o nível de açúcar na corrente sanguínea, aliviando, assim, a carga sobre as proteínas e a massa muscular. Veja-se que, quando se está dormindo, a condição de jejum faz com que o organismo, à procura de energia, recorra aos músculos. O ideal, segundo o artigo, é começar o dia com 80 ou 100g de carboidratos – os de rápida digestão irão imediatamente para o sangue e aqueles que são digeridos lentamente darão energia para passar o dia – e de 30 a 50g de proteínas. 2º erro => ingerir pouca proteína Chega a ser ofensivo acreditar que é excessivo comer mais de 200g de proteína por dia. Aceto explica que “a proteína é igual a um reparador de danos – quando se vai para a academia, mesmo sendo um iniciante, a fibra muscular é danificada e o ingrediente primário para a sua reconstrução é a proteína”. A indicação da FLEX é de que o consumo de proteína precisa ser de, no mínimo, 1g por cada 1kg de nosso peso corporal todos os dias. Para hardgainers, a proporção deve ser de 1,5g a cada 1kg, por isso, a maioria dos fisiculturistas consomem, diariamente, shakes de proteína. 3º erro => exagerar no carboidratos simples Wuebben clareia que a escolha dos tipos de carboidratos deve ser feita com atenção, pois, a ingestão de muitos carboidratos simples pode resultar no aumento da gordura corpórea. A melhor opção é comer carboidratos de digestão lenta, tais como inhame, batata-doce, aveia e pães integrais. Já o consumo de carboidratos simples – pão branco, doces, açúcares – deve ser mínimo, exceto, é claro, imediatamente após o treino, quando é aconselhável ingerir entre 40 e 100g de carboidratos de rápida absorção, a fim de iniciar-se a reconstrução muscular. 4º erro => não balancear as refeições Em toda refeição, é preferível que a quantidade de proteínas esteja em equilíbrio com a de carboidratos, porque, consoante pontua Aceto, um prato constituído de carboidratos excessivos trará picos de açúcar no sangue, a diminuição de energia e barreiras à queima de gordura. De outro lado, quando a proteína encontra-se presente em grande número e ausentes são os carboidratos (por exemplo, tomar somente whey protein após a malhação), os aminoácidos não serão efetivamente absorvidos pelos músculos devido à carência de insulina. A recomendação é de que a porção de proteína seja exatamente igual a de carboidrato, um para um (1:1), com uma moderada combinação de gordura saudável. Todavia, Chris diz que “se você tem o metabolismo acelerado, sinta-se à vontade para comer mais carboidratos”. 5º erro => eliminar as gorduras É uma questão de lógica, comer gordura pode deixá-lo gordo, mas proteína e carboidrato em excesso também, logo, batatas fritas estão fora de cogitação e a boa gordura deve ser abraçada. Alimentos como ovos, salmão, carne vermelha magra e azeite de oliva são providos de “blocos de construção” para os hormônios que regulam o crescimento e a queima de gordura. É um erro eliminar por completo a gordura de uma dieta, pois o organismo está contantemente procurando gordura sadia, necessária à facilitação das mudanças positivas. A FLEX indica o consumo de uma a três gemas de ovos por dia, de carne magra uma vez ao dia – a gordura saturada encontrada num bife elevará o nível de testosterona –, de óleo de oliva em saladas, de nozes, amêndoas e amendoins. Em resumo, de 15 a 30% dos nutrientes diários devem ser provenientes da gordura saudável. 6º erro => indisciplina O fisiculturismo não é loteria; até mesmo aqueles que são agraciados geneticamente (Ronnie Coleman, Jay Cutler, Arnol Schwarzenegger) não moldaram seus físicos da noite para o dia. Isso leva tempo e, mais do que qualquer coisa, disciplina. Chris Aceto ensina que “você tem que ser disciplinado e comer corretamente todos os dias para atingir os seus objetivos e, assim, a seu tempo, o sucesso chegará”. 7º erro => comer muito antes de dormir É fato que o metabolismo torna-se mais lento à noite, já que durante o dia, as pessoas são mais ativas. E, em função disso, as calorias consumidas ao final do dia ficam propensas a serem armazenadas em forma de gordura – o que acontece verdadeira e intensamente com os carboidratos. Isso não significa que tem-se de pular a última refeição, é só se manter longe dos carboidratos antes de ir para a cama. O ideal, de acordo com Joe, é ingerir de 20 a 40g da proteína caseína (de lenta disgestão), provendo aos músculos um afluxo constante de aminoácidos durante o sono, o que manterá o anabolismo, não o catabolismo. 8º erro => não ter objetivo Em qualquer coisa que se faça, primeiramente deve-se delinear, jamais vagamente, uma meta. O objetivo precisa ser tangível, específico, claro. Com dietas não é diferente. Apenas dizer que quer ficar grande e enxuto não basta; requer-se uma dieta nutricional diferenciada. Por que os fisiculturistas devem seguir dietas diferentes antes de uma competição e fora de temporada? Não adianta fixar um objetivo de ganhar 10kg de massa muscular e comer como um passarinho. Você deve comer proteínas suficientes e fazer as outras coisas necessárias ao ganho de músculos, incluindo a quantia certa de carboidratos e gorduras, bem como de suplementos alimentares. FONTE do artigo: Revista FLEX de dezembro de 2008
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O Brasil não combate o doping
O jornal Correio Braziliense apresentou em 16 de novembro de 2009 uma matéria crítica sobre a situação do controle antidoping no Brasil. Por falta de organização, os testes são escassos e geralmente realizados em épocas em que as drogas não podem ser detectadas, facilitando a vida de quem trapaceia. É bom lembrar que o doping está inserido em praticamente todas as modalidades esportivas, não sendo um problema exclusivo dos campeonatos de fisiculturismo e halterofilismo. Leia a matéria completa abaixo: Brasil não combate o doping Anunciado como país sede dos Jogos Olímpicos de 2016, Brasil registrou 30 casos só este ano. Falta uma política nacional para evitar que o problema continue # Thalita Kalix Um teste surpresa feito pela Federação Internacional de Ginástica acusou que Daiane dos Santos estava dopada. O resultado, anunciado no último 30 de outubro, foi o mais chocante, mas não o único caso de doping a chamar atenção do Brasil. Em agosto, dez dias antes do Mundial de atletismo, cinco brasileiros foram pegos nos testes também — e voltaram para casa. À parte às controvérsias se o número está ou não dentro da normalidade, ele reflete uma realidade grave do país que vai receber os Jogos Olímpicos de 2016: o Brasil não tem uma política de combate ao doping. O Ministério do Esporte tem uma Comissão de Combate ao Doping, mas a única função do órgão, criado em 2004, é aprovar a lista de substâncias da Agência Mundial Antidoping (WADA). “A comissão foi criada para manter a legislação brasileira de acordo com a internacional”, justifica o médico Eduardo de Rose, membro do Comitê Olímpico Brasileiro e presidente da Comissão. “Eventualmente, ela poderia até fazer algo, mas não tem recursos para isso”, justifica. Alexandre Pagnani, membro da comissão, presidente da Associação Brasileira de Estudo e Combate ao Doping (ABECD) e presidente da Confederação Brasileira de Culturismo e Musculação, reclama que o problema vai além. Como a comissão é subordinada ao Conselho Nacional do Esporte (CNE), nem as orientações que dá são necessariamente acatadas e chegam a virar ação. “Montar a comissão, do jeito que ela está, simplesmente para se reunir uma vez por ano para aprovar a lista de substâncias, que por lei tem que passar por aprovação, e depois passa na CNE, está sendo inútil.” Mas há quem defenda o funcionamento da comissão. Para o representante do Conselho Federal de Educação Física, Alexandre Nunes, o grupo cumpre o seu papel dentro do possível. “O andamento dentro do processo democrático é lento. Mas discutimos as demandas que os representantes das 13 instituições levam.” E ele destaca que o papel de combate ao doping será feito pela Agência Brasileira Antidoping (ADA). “Qualquer fiscalização em um país do tamanho do Brasil é difícil. As confederações têm dificuldades e nem a comissão nem o ministério têm poder de gerir isso.” A comissão se reunirá hoje, e a pauta, mais uma vez, é apenas a lista de substâncias da WADA. O e-mail de convocação para os membros diz que “outros assuntos serão pautados oportunamente”. Poucos encontros A Comissão foi criada em 2004. Ela tem 13 membros: representantes de órgãos do governo, do esporte e da sociedade, ligados ao tema doping. De acordo com os membros, já houve anos em que foram realizadas quatro reuniões. Em 2009 só uma aconteceu, por enquanto. Muitas promessas, nenhuma ação Como a Comissão de Combate ao Doping não tem poder de decisão nenhum, não há quem responda pelo tema no Ministério do Esporte. Alexandre Pagnani denuncia que o governo prometeu ajudar as confederações nacionais, cedendo cotas de análise de doping, no Ladetec, mas não pagou. “Desde 2006 o governo prometeu cotas de controle de exame antidoping, tanto aos esportes olímpicos quanto aos não olímpicos, e não cumpriu com seu papel na doação dessas cotas de análise de controle. A alegação do governo, e visitei várias áreas do ministério, é que não existe dotação e nem rubrica orçamentária específicas para a ação do sistema de controle antidoping.” A confusão começa por não saber a quem reportar sobre o tema, dentro do ministério, denuncia Pagnani. “O alto rendimento declarou, pelo antigo secretário, que não é competência dele, a ciências e tecnologia, não é competência dela, a educacional, não é competência dela, de quem é então? Estamos no limbo.” Procurado pela reportagem do Correio, o Ministério do Esporte simplesmente respondeu que neste mês de novembro, o ministério receberá a visita de uma missão da Wada que vai ajudar a definir um plano nacional antidoping que contemple a criação de uma agência e a demanda de investimentos em laboratório de controle de dopagem. Informações sobre quanto tem sido reservado do orçamento ou quem é o responsável no órgão pelo tema combate ao doping não foram prestadas. Casos deixados ao acaso Das 29 modalidades olímpicas, poucas fazem controles permanentes. De acordo com o médico Eduardo de Rose, maior autoridade em doping no país, futebol, atletismo, natação, ciclismo e vôlei mantêm uma boa regularidade de controle. “A maioria faz antes dos mundiais”, explica o médico. “As demais modalidades não o fazem e só são realizados quando entra a ação do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), na participação dos Jogos Sul-Americano, que é o Odesur, Pan-Americano e Olimpíada. Fora isso, não existe controle”, garante Alexandre Pagnani. O COB não quis entrar na discussão e, por meio de sua assessoria, disse apenas ter a informação dos exames feitos pelas confederações, mas que elas são confidenciais. Muitas das confederações, entretanto, confirmam: exame antidoping só nas principais competições e olhe lá. No pentatlo moderno, por exemplo, os atletas só são avaliados quando o COB pede. A razão, explica Celso Sasaqui, diretor técnico e vice-presidente da confederação, é o alto custo e o baixo número de atletas. “A gente não faz o controle com exames. É mais na confiança. Os técnicos nos avisam quando algum atleta tem que tomar um remédio que esteja na lista proibida da WADA.” Hoje, um exame completo simples, custa cerca de US$ 500 por atleta. O custo também é o argumento da Confederação Brasileira de Esgrima, que só faz o controle no campeonato brasileiro. “É um exame um pouco caro”, justifica Edinilson Cesano, do departamento técnico da confederação. Mas ele logo lembra que o ciclo olímpico ainda está no início e garante que ano que vem o controle deve ser regular. Pagnani questiona o argumento do custo. “Nós temos que abrir o leque de ser declarado, eu como dirigente até mesmo de um esporte polêmico (culturismo), quanto mais controle fizer, mais vai pegar. Será que é vantagem em que o mundo saiba o que acontece no Brasil? Por que não fazer esses controles? Há alegações de que não há recursos por parte das confederações — as olímpicas eu desconsidero, já que elas têm o repasse da Lei Piva, elas poderiam separar 1% desse valor que eles recebem para destinar a campanhas educativas de controle. Algumas confederações iniciam o controle e param de repente.” Prejuízo e constrangimento Sem dinheiro para fazer o controle regular na sua confederação, Alexandre Pagnani teve uma atleta campeã mundial pega tentando burlar o exame antidoping durante a competição: Anne Becker pôs água na urina. A punição veio em seguida para a atleta, que será suspensa, e para o técnico e a Confederação. Mas tudo isso poderia ter sido evitado, lamenta Pagnani: “É preferível que pegue aqui dentro para não nos sujeitar à multa (de dois mil dólares) e ao ridículo lá fora.” Agência Brasileira também gera polêmica Eduardo Nicolau/AE - 13/7/07 Eduardo de Rose diz que maioria dos esportes não realiza exames com frequência Desde outubro do ano passado, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) já abriga a Agência Brasileira Antidoping (ABA), uma exigência da Agência Mundial Antidoping (Wada) para o país. Só que ela ainda tem uma ação restrita. “A agência está em desenvolvimento. Ainda este mês devemos ter uma reunião com a Wada para tomar decisões. Mas depende de um entendimento com o Ministério do Esporte”, explica Eduardo de Rose. O médico ainda explica que a ABA deverá ser formada por membros do comitê e do ministério, meio a meio. “Ela não pertenceria a nenhum dos dois. Tanto que pode ter sede tanto no COB quanto no Ministério. Depende do que for decidido.” A ligação intrínseca do comitê com o órgão regulador, entretanto, é questionada por Alexandre Pagnani. “A sugestão nossa é de que a Anvisa absorva a agência, com as cabeças profissionais que o Ministério do Esporte oferece, como os que trabalham na Comissão Nacional e outros, para consolidar essa agência nacional, porque o Comitê Olímpico se ofereceu a montar a agência. Mas, numa teoria jurídica, por mais que o COB não tenha maldade, as pessoas imaginam que ele é o maior interessado em que estas situações não apareçam.” A Anvisa alega apenas que não foi contactada, mas que hoje, não tem estrutura para isso. O COB simplesmente alega estar cumprindo uma exigência da Wada. Palavra de especialista Críticas pesadas “Testar atletas nas competições é mais um teste de QI do que um teste antidoping, porque o atleta precisa ser muito estúpido para ser flagrado numa competição. Você usa esteroides durante a pausa da temporada, porque é quando você constrói a base de sua força, e isso serve para vocês por meses e meses adiante durante as competições. Tem que se aumentar os testes no quarto trimestre, que é quando os atletas usam as drogas. Mas, em vez de aumentar o número dos testes no quarto período, como eu aconselhei, eles reduzem pela metade. Ou eles estão promovendo o uso de doping ou eles são ignorantes” Victor Conte Fundador do laboratório Balco, dos EUA, responsável pelo primeiro escândalo por uso de esteroides, com os velocistas Marion Jones e Tim Montgomery, que conquistaram medalhas olímpicas e recordes mundiais. Estatísticas e curiosidades A Confederação Brasileira de Futebol é a instituição que mais faz controle antidoping no país. Enquanto o Comitê Olímpico Brasileiro fez 600 exames pré-evento, ano passado, para ir às Olimpíadas, o esporte bretão faz cerca de quatro mil análises por ano. Esse número engloba as séries A, parte da B e da C, do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil, da Libertadores e da Copa Sul-Americana. No total, o Brasil realiza de cinco a seis mil exames antidoping por ano. “Nem tanto ao mar nem tanto à terra. Tem países que fazem mais de 10 mil, mas outros não fazem nem mil. Fazemos bastante, mas poderíamos fazer mais”, argumenta o médico Eduardo De Rose. Fonte: Jornal Correio Braziliense de 16 de novembro de 2009, caderno Super Esportes, fls. 14 e 15.
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naNO Vapor da MuscleTech
O naNO Vapor é um dos suplementos alimentares mais procuradoros atualmente. Foi um dos precursores da nova onda NO2, de suplementos de óxido nítrico, que prometem mais vascularização, força e volume muscular. Em artigo publicado em nosso site, o colunista Fábio Véras teceu os seguintes comentários sobre o produto: NANO VAPOR é hoje um sucesso dentre os atletas. A MUSCLETECH, laboratório responsável pela elaboração desse produto, sempre foi conhecida pela seriedade envolvida na pesquisa e testes realizados com sua linha de produtos, como o primeiro sucesso, HYDROXYCUT. Somente com a pesquisa dos ingredientes do NANO VAPOR foram gastos 8 anos de estudos e destrinchados mais de 2.100 estudos científicos. É um produto que exerce seu efeito em questão de 30 minutos. O NANO é derivado da nanotecnologia utilizada na fabricação. Isso quer dizer que seus compostos foram reduzidos a níveis ultra-microscópicos, 7400% menores do que o que você encontra em qualquer outro produto fabricado com os padrões do mercado. Para se ter uma idéia, as partículas são tão pequenas que um dos problemas encontrados foi a dispersão atmosférica. Para simplificar. Seu NANO VAPOR tem um pó tão fino que se o pote ficar aberto dentro de algumas horas não restará muita coisa lá dentro. As partículas simplesmente são mais leves que o ar e irão se dispersar facilmente. Em termos de composição o NANO VAPOR atua basicamente em 6 diferentes áreas: • No que diz respeito a estimulação psíquica. Uma matriz neuro amplificadora composta de mais de 10 ingredientes, aumenta seu foco, concentração e a velocidade com que seus impulsos nervosos são transmitidos ao músculo. • Agentes que estimulam a resposta anabólica de hormônios como HGH e testosterona, elevam a síntese de proteína e reduzem os níveis de cortisol estão presentes no NANO VAPOR. Os aminos BCAA, creatina, arginina e mais uma dezena de compostos anabólicos naturais tiveram sua cadeia molecular modificada para aumentar ainda mais os ganhos em cada sessão de treino. • No que diz respeito a volumização celular e vasodilatação, basicamente mais água entra na célula muscular juntamente com o irrigação sanguinea aumentada. Não se esqueçam que os músculos são 70% água, e que, com mais sangue, água e nutrientes dentro da célula você estará num estado anabólico otimizado durante todo o treino e também nas dus horas seguintes. Enfim quem já pôde experimentar um produto com essa qualidade sabe do que eu estou falando. Trata-se de tecnologia de ponta, produto caro e certamente um marco na maneira como os atletas poderão quebrar novos recordes sem o uso de substâncias ilegais. ATENÇÃO: A venda deste produto não é autorizada no Brasil, porque ele não tem registro na ANVISA. Ao comprar este produto nos Estados Unidos, o adquirente fica sujeito ao pagamento de tributos e à apresentação de receita médica para sua liberação na ANVISA Para participar de discussão sobre os efeitos do naNO Vapor, clique no link abaixo: >> Participar da discussão sobre os efeitos do NANO Vapor da MuscleTech <<
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Matheus Cecin - O magricelo que se tornou gigante
Matheus Cecin tem pouco mais de 20 anos e é mineiro, de Uberlândia. Antes de se dedicar à musculação, adotava o futebol como esporte. Aos 17 anos passou a levantar peso para ganhar massa muscular, por se considerar muito magro, o que derrubava sua autoestima. Depois que começou a treinar com pesos desenvolveu uma bela musculatura e passou a se sentir mais auto-confiante. Atualmente o atleta treina na academia Personal e Cia, juntamente com seu pai. O treinamento de Matheus segue o padrão ABC, com séries de 10 a 12 repetições. O exercício mais mais gosta é o supino inclinado, e o que menos aprecia é o agachamento. A dieta do atleta é controlada, com 8 refeições diárias, onde mescla carboidratos e proteínas. Na fase que antecede os campeonatos, Matheus aumenta a quantidade de proteínas e reduz a quantidade de carboidratos. O atleta confessa que uma boa pizza é o que o provoca a fugir da dieta, sendo que fica estressado na fase de pré-competição. Como suplementação alimentar, Matheus usa Whey Protein, Glutamina, Vitamina C e Aminoácidos. Na sua carreira já conquistou os seguintes títulos: 2008 - vice-campeão mineiro 2009 - vice-campeão mineiro, campeão da copa goiana de musculação e campeão brasileiro Uma das experiências mais marcantes para o atleta no fisiculturismo se deu quanto seu pai entregou o troféu de campeão em Goiânia. A pior foi ter sido vice-campeão mineiro em 2009, quando se considerada em condições de ser o campeão, tanto que conquistou o brasileirão em seguida. Na época de campeonato o atleta pesa aproximadamente 89 kg, e quando está em off costuma ficar acima dos 100 kg. Para quem pretende ser fisiculturista, Matheus alerta para que tenha muita paciência. A respeito de anabolizantes esteróides, o atleta gosta de lembrar o dito popular: se não houvesse os esteróides, os campeões seriam os mesmos. Seu maior ídolo é o seu pai, que é um grande incentivador e companheiro de treino. Matheus Cecin é patrocinado pela loja de suplementos Saúde do Corpo [Av. Floriano Peixoto, 49, Uberlândia/MG. Fone: (34) 3223-4949]. Quem quiser entrar em contato com o atleta pode procurá-lo no Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=7822300811109954968 Fontes: Dados e fotos encaminhas pelo atleta por e-mail. Comente sobre o atleta em nosso fórum: >> Participar do Tópico sobre Matheus Cecin << [gallery columns=2]
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Combos: dois suplementos alimentares são melhores do que um
A publicação do mês de março de 2009 da revista FLEX abarca um artigo acerca de suplementação alimentar escrito por Jordana Brown e o PHD Jim Stoppani. Segundo os autores, os suplementos alimentares oferecem melhores resultados se utilizados aos pares. WHEY + CARNITINA = SUPLEMENTAÇÃO MATINAL O organismo, ao acordar, está com o nível de testosterona elevado e irriquieto por proteínas, as quais são retiradas dos músculos. O whey é essencial pela manhã e funciona melhor do que outras proteínas de rápida digestão (a exemplo da soja), eis que, além dos aminoácidos serem levados ao sangue, também são dilatados os vasos sanguíneos. Depreende-se da leitura que a carnitina aumenta o número de receptores de androgênio, responsáveis pela captação de testosterona no interior das células musculares, portanto, possibilita a sua ação anabólica, tal como o crescimento dos músculos. A carnitina garante que toda T seja absorvida. Os pesquisadores da Universidade de Connecticut (Storrs) concluíram que tomar o whey e a canitina conjuntamente é o rumo certo ao crescimento muscular. A carnitina aumenta o número de receptores de androgênio que se ligam à testosterona e o whey encaminha o excesso de testosterona ao interior dos músculos. O shake de whey, quando ingerido depois da malhação (outra hora que a testosterona atinge o cume), diminui o nível de testosterona. A dose recomendada na matéria é de 40g (quarenta gramas) de whey protein associados a 1-3g (um-três gramas) de L-carnitina, acetil-L-carnitina, L-carnitina L-tartarato ou proprionil-L-carnitina logo que acordar. CAFEÍNA + CoQ10 = ANTES DO TREINO Todo mundo precisa preparar o corpo para treinar. Isso quer dizer que não é só comer a correta combinação de proteínas e de carboidratos de lenta digestão, mas também um suplemento alimentar energético, o que pode favorecer o aumento da força. A cafeína é o mais popular estimulante legalizado. Estudos têm mostrado que a cafeína pode reduzir a dor muscular, o que faz com que a musculação torne-se mais confortável, e deixar a pessoa mais forte. Em 2006, no Jornal de Pesquisas sobre a Força e o Condicionamento Físico, cientistas reportaram que quem tomou cafeína uma hora antes do treino foi capaz de realizar mais séries com muito peso do que aqueles que ingeriram placebo. A coenzima Q10 é um poderoso antioxidante utilizado, na maioria dos casos, para manter o coração saudável, prevenir o câncer e, principalmente, produzir adenosina trifosfato (ATP) – combustível que as células usam para a contração muscular, que é exatamente o que os músculos tem de fazer ao levantar peso. A ingestão de CoQ10 antes da malhação proporciona energia para um treino mais pesado e mais difícil, consoante demonstrado num estudo do Jornal Nutrição. Assim, tomar CoQ10 junto com cafeína pode aumentar tanto a força quanto a resistência corporais, de modo que o treino apresente resultados mais efetivos. A cafeína permite a liberação de gordura a ser queimada pela produção de ATP e a CoQ10 melhora a conversão da gordura pela ATP em energia continuada. No que diz respeito à dosagem, a revista FLEX indica de 200 a 400mg (duzentos a quatrocentos gramas) de cafeína e 300mg (trezentos miligramas) de CoQ10 de 30 a 60 (trinta a sessenta) minutos antes de ir à academia. ARGININA + PICNOGENOL = EFEITO “PUMP” O aumento do volume muscular ocorre porque os resíduos produzidos durante a contração retiram água do sangue e das células musculares, causando inchaço. O alongamento também atua nas membranas que cercam as células musculares, o que estimula o crescimento dos músculos. A arginina é o combustível tradicional para o inchaço muscular, pois, no organismo, ela se converte em óxido nítrico – responsável pela dilatação dos vasos sanguíneos –, permitindo a passagem de mais fluidos e nutrientes até às células musculares e o efeito “pump”. Derivado do pinheiro marítimo francês, o picnogenol oferece uma enorme quantidade de benefícios, como a mantença de articulações sadias, a habilidade de melhorar a conversão de arginina em óxido nítrico e, consequentemente, o acirramento de seu nível. Além disso, o picnogenol força a sintase do óxido nítrico – enzima que converte arginina em ON – a trabalhar mais e os seus antioxidantes eliminam os radicais livres que podem degradar o óxido nítrico. Acrescente-se que um estudo publicado no Jornal de Pesquisas sobre a Hipertensão mostrou que o picnogenol também eleva a produção de ON do próprio organismo. Os autores recomendam de 3 a 5g (três a cinco gramas) de L-arginina, arginina alfa-cetoglutarato, arginina cetosocaproate, arginina malato ou arginina éster etílica acompanhada de 100 a 200g (cem a duzentos gramas) de picnogenol de 30 a 60 (trinta a sessenta) minutos antes do treino. WHEY + CASEÍNA = APÓS A MUSCULAÇÃO A malhação rasga as fibras musculares em pedaços, uma vez que o processo de cura é que torna os músculos maiores. E é por isso que a ingestão de proteínas é essencial após o treino: os músculos necessitam da quantidade máxima de proteínas possível para que sejam recontruídos grandes. Tradicionalmente, de acordo com o exposto no artigo, o whey protein é conhecido como a pedra angular da refeição pós-treino: é de rápida digestão, o que permite que os aminoácidos se dirijam diretamente às carências dos músculos, a fim de iniciar o seu processo de reparação e crescimento. Ele contém a maior parte dos aminoácidos de cadeia ramificada, quais sejam, leucina, isoleucina e valina – responsáveis pelo crescimento muscular. O whey ainda deixa o nível de insulina mais alto do que as demais proteínas em pó, o que é importante para guiar os aminoácidos e outros nutrientes para o interior das células musculares. Já a caseína é uma proteína digerida lentamente, que se transforma em gel no estômago. Há alguns anos, ela não era recomendada depois de malhar, todavia, um estudo publicado em agosto de 2006 no Jornal de Pesquisas sobre a Força e o Condicionamento Físicos mudou tal pensamento, pois, após 10 (dez) semanas de suplementação e de treino pesado, aqueles que tomaram um mix de whey e de caseína experimentaram um maior aumento de massa muscular em comparação aos que não fizeram a mistura. A dose aconselhada no texto é de 20 a 30g (vinte a trinta gramas) de whey e de 10 a 20g (dez a vinte gramas) de caseína 30 (trinta) minutos posteriores à musculação. CREATINA + BETA-ALANINA = MASSA E FORÇA Um antigo recurso utilizado para o crescimento muscular, sustentado por centenas de estudos, é a creatina. As pesquisas demonstram que ela aumenta a ATP, logo, aumenta a força e o tamanho dos músculos, puxando mais água para o interior das células musculares. A creatina também eleva a quantidade do fator de crescimento I semelhante à insulina, primordial ao crescimento muscular. A beta-alanina é descoberta recente e ainda vem ganhando suporte clínico devido ao reforço muscular que oferece. A creatina pode funcionar ainda melhor se ingerida juntamente com o aminoácido beta-alanina, tendo em vista que, dentro das células musculares, a beta-alanina liga-se à histidina, formando um dipeptídeo chamado carnosina; os estudos mostram que o nível elevado de carnosina acirra a força e a resistência e aumenta os músculos. Uma reportagem de 2006 do Jornal Internacional de Nutrição Esportiva e do Funcionamento do Metabolismo informa que quem usou ambos os suplementos alimentares (creatina e beta-alanina), em 10 (dez) semanas, obteve maiores ganhos no que tange à força e aos músculos do que os que só usaram a creatina. A FLEX indica de 3 a 5g (três a cinco gramas) de creatina e de 1 a 2g (um a dois gramas) de beta-alanina 30 (trinta) minutos antes e 30 (trinta) minutos depois de malhar. CRONOGRAMA AO ACORDAR => WHEY + CARNITINA 30-60 MINUTOS ANTES DO TREINO => CAFEÍNA + CoQ10 / ARGININA + PICNOGENOL 30 MINUTOS ANTES DO TREINO => CREATINA + BETA-ALANINA (ACRESCIDO DO SHAKE) 30 MINUTOS APÓS O TREINO => WHEY + CASEÍNA / CREATINA + BETA-ALANINA FONTE do artigo: Revista FLEX de março de 2009 Interpretação do texto em inglês realizada por: Oksana Maria
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Bárbara Miranda Campos - Dedicação e Superação
Bárbara Miranda Campos é gaúcha e antes de entrar para o mundo do fisiculturismo praticava rugby, mai thay e boxe. Após ter uma filha, passou a treinar musculação. Os ótimos resultados a estimularam a continuar treinando. Com a musculação, Bárbara recuperou sua autoestima e ganhou pique para as atividades diárias. Atualmente ela treina em 3 academias diferentes: na academia Alternativa (próxima de casa), na academia Mega GYM (do seu técnico Marcio Renz, que também é fisiculturista) e na Verkus (do técnico e personal trainer Guilherme Homero da Rocha). Seu treinamento é dividido por grupos musculares, peito e triceps, costas, biceps e ombro e perna. São 4 a 5 séries de 10 a 12 movimentos. Duas vezes por semana ela usa os conceitos do treinamento no levantamento olímpico para intensificar o treino. Os exercícios preferidos de Bárbara são: agachamento, tríceps na roldana, supino e levantamento terra. Não é muito fã de rosca direta e exercicios de bíceps em geral. No leg 45 a atleta já fez 2 séries de 7 repetições com impressionantes 700 kg. No período que antecede as competições a alimentação da atleta se resume em frango ou peixe (proteína), 100gr de batata ou massa (carboidratos), muita água e salada verde (fibras, vitaminas e minerais). Isso come pela manhã à noite. Nessa fase tem dificuldades para resistir a um bom churrasco, lembrando que é gaúcha. Por outro lado, em OFF season, a dieta se torna mais balanceada, com muitas frutas, legumes, cereais, evitando frituras com exesso de gordura. Bárbara gosta de suplementar a alimentação com Whey Protein com pouco carboidrato, BCAAs e colágeno. Os seus suplementos preferidos são: Whey Protein da linha Arnold Nutrition, no sabor chocolate, BCAA da Probiótica para usar após os treinos, e Colágeno da Neo-Nutri, que ajuda na manutenção da qualidade da pele, além do Mega Pack da IntegralMédica, que dá um excelente gás nos treinos e ajuda muito na resposta muscular. No pouco tempo que compete Bárbara já foi vice-campeã estreante e campeã gaucha em 2008 e campeã gaúcha NABBA e campeã categoria figure IFBB em 2009. Para se ter uma ideia do reconhecimento que a atleta está conquistando, ela foi muito elogiada pelo presidente da NABBA do Rio Grande do Sul, homem de visão que treinou Silvia Finochi. As medidas corporais de Bárbara no último campeonato que participou eram: altura: 1,80 m peso: 63 kg biceps: 32 cm cintura: 70 cm coxa: 60 cm panturrilha: 40 cm percentual de gordura: 5% Fora de temporada de competição, a atleta costuma apresentar as seguintes medidas: peso: 77kg biceps: 37 cm cintura: 74 cm coxa: 68 cm panturrilha: 45 cm percentual de gordura: 18% O físico que a atleta desenvolveu é alvo de muitos elogios, principalmente das mulheres, que vivem perguntando como fazer para ficar com a mesmas pernas bonitas, com o baita corpão. Ninguém acredita que Bárbara já tem uma filha e que tem mais de 30 anos. De acordo com a atleta, o fisiculturismo não é apenas um esporte, assim como não é uma seita, mas é um estilo de vida. Não há como construir um físico maravilhoso como o da Larissa Reis da noite para o dia, ou apenas porque as vantagens genéticas favorecem. Um bom fisiculturista somente é bom quando ele vive o culturismo, com treinos sistemático, com rotina e rigor na alimentação e muita disciplina . E quem estiver iniciando deve saber que serão necessários muitos anos de treino. Muita paciência e dedicação. Para a atleta, fisiculturismo não é sinônimo de bomba. Os recursos ergogênicos auxiliam o fisiculturista, porém eles não fazem o fisiculturista. O bom fisiculturisita modela o corpo com treino e alimentação, e para isso é necessária muita dedicação e uma superação da mente sobre o corpo, sobre a vontade de comer coisas como chocolate, batata frita e tantas outras delícias. Existem momentos onde o fisiculturista se permite comer de tudo, e beber também. Ao contrário do que muitos "marombeiros de verão" acreditam, tomar bomba para ficar bem pro verão só serve para destruir a saúde, até porque muitos deles não treinam o ano todo, e quando chega perto do verão querem milagre. Da mesma forma, muitas mulheres querem emagrecer para o verão fazendo dietas malucas. E todo o fisiculturista traz em sua bagagem anos e anos de treino e dedicação. Não se engane, dizer que "isso aí é só bomba" é pura falta de conhecimento. Os atletas brasileiros do fisiculturismo que Bárbara mais admira são: Larissa Reis, Silvia Finochi, Lilian Okubo, Alex dos Anjos, Samoel Vieira, Luiz Fernando Sardinha e Eduardo Correia. Ficou impressionato com o desempenho de Bárbara? Saiba que ela pode ser sua personal trainer. Ela é professora formada pelo IPA e dá aula de pernal trainer. Contato: (51) 3319-9060 ou celular (51) 9323-2947, barbara_campos@terra.com.br e no Orkut: barbara_campos. Fonte: Dados e fotos encaminhas pela atleta por email.
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A verdade sobre os anabolizantes: a diferença entre o iso e o abuso
O site Bodybuilding.com é referência sobre fisiculturismo na internet. Nele foi publicado um artigo escrito por Wayne Mercer, onde o autor diz que o problema dos anabolizantes esteróides não é o seu uso, mas o seu abuso. Para o autor, o uso cuidadoso e responsável de anabolizantes esteróides traria mais benefícios que malefícios. O tema é polêmico, e o artigo tem que ser lido com ressalvas. Ele revela a opinião do seu autor, contrária às opiniões que costumam se apresentar na imprensa de um modo geral. Como qualquer droga, os esteróides causam efeitos colaterais, portanto, os efeitos negativos existem efetivamente. É sempre bom lembrar que no Brasil o uso de anabolizantes esteróides somente pode ser prescrito por médicos para fins de tratamento de saúde, e sua venda somente pode se dar em farmácias, com a apresentação da respectiva prescrição. Wayne Mercer, escritor do artigo, diz que, quando começou a levantar pesos, só ouvia falar mal acerca de suplementação, musculação, dietas e, principalmente, esteróides. Existe uma gama de informações sobre os efeitos dos anabolizantes no organismo. O primeiro ele pôde constatar pessoalmente no passado quando jogava futebol na faculdade: fez um ciclo (oito semanas) de uma droga bastante leve e parou no tempo certo para não ser pego no antidopping da NCAA. A sua opinião é que se você não tiver um objetivo específico, como seguir uma carreira esportiva ou ser um fisiculturista, então, você provavelmente não precisa ingerí-los. Antes de Mercer começar o ciclo, ele fez suas próprias pesquisas para saber tudo o que podia a respeito tanto dos perigos quanto das benéfices dos esteróides. A realidade é que aprendeu ao longo dos anos. Por meio da internet, soube que a maioria das informações estão em alemão, mas, de início, leu uma matéria escrita por Dan Duchaine – o guru e um dos maiores conhecedores do assunto – na revista Muscle Media. Os textos redigidos por médicos trazem reiteradamente a mesma palavra: abuso. O que é preciso entender é a diferença entre o uso e o abuso de esteróides. A grande quantidade deles, como de qualquer outra substância, é prejudicial à saúde. Assim, se você decidir realizar um ciclo, deve fazê-lo com inteligência. Wayne aconselha a, primeiramente, ir ao médico, fazer um exame de sangue, especialmente para checar se o fígado encontra-se em condições normais. Depois disso é que se deve esclarecer ao doutor quais os seus planos para que ele lhe dê conselhos adicionais. Após quatro semanas do ciclo, é bom que se faça outro exame de sangue. Daí, sim, você decidirá o que fazer e por quanto tempo. É o melhor modo de se determinar o que é uso, abuso e, até mesmo, estabilidade. Quanto aos efeitos colaterais, geralmente, associam-se os esteróides-anabolizantes a um comportamento agressivo (“roid rage”), o que pode variar de pessoa para pessoa. O autor descreve que, em sua experiência pessoal, sentiu-se pouquíssimo nervoso, porém, se naturalmente você for uma pessoa agitada, a sua ingestão faz com que se acirre o nervosismo. Há outros, por quais ele não passou, tais como queda de cabelo, encolhimento dos testículos, ginomastia, ocorridos, principalmente, com quem faz muitos ciclos seguidos. O corpo acusa um nível elevado de testosterona e pára a sua produção. Isso acontece porque, por vezes, quem vende “bomba” não oferece HCG, Andro, DHEA ou tribulus, os quais estimulam o corpo a produzir testosterona naturalmente. A ginomastia ou “tetas” podem ser prevenidas pelo uso do chrisin, espécie de tratamento terapêutico, uma vez que evita a transformação de testosterona em estrogênio. O autor diz que a sua motivação foi estética e que faria tudo de novo, pois os efeitos positivos superam os negativos se o ciclo de esteróides for realizado com cuidado e responsabilidade. Autor do texto em inglês: Wayne Mercer (CMERCER@hot.rr.com) Interpretação do texto em inglês realizada por: Oksana Maria FONTE do artigo: bodybuilding.com/fun/mercer6.htm
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Carne em pó - será o fim do reinado da whey protein?
O jornal CORREIO BRAZILIENSE publicou em 8/8/2009, em fl. 30, uma matéria muito interessante sobre o desenvolvimento de um produto que muito deve interessar aos praticantes de musculação, pelo custo e pela praticidade: trata-se da carne de boi em pó, com elevado teor de proteínas e reduzido teor de gorduras. O produto está sendo desenvolvido, inicialmente, para pessoas com problemas de saúde que impedem a mastigação da carne. No entanto, não há dúvida que o novo produto despertará grande interesse por todos aqueles que adotam dietas hiperprotéicas, em razão da praticidade do consumo do produto em pó e, principalmente, em virtude do alardeado custo 60% inferior em comparação aos suplementos protéicos atualmente disponíveis no mercado. O novo produto ainda não recebeu aval da ANVISA, mas a promessa é de que até o final deste ano já esteja disponível aos consumidores. Será que o novo suplemento alimentar derivado da carne de boi irá desbancar a famosa Whey Protein? A proteína da clara do ovo (albumina), apesar de muito mais barata que a Whey, não a ameaça, dado que os suplementos derivados da clara do ovo geralmente têm problemas de sabor, não têm valor biológico tão elevado e costumam causar incômodos gastrointestinais (muitos gases). Resta saber se o novo suplemento derivado da carne terá, efetivamente, elevado valor biológico, sabor agradável e preço competitivo. Que venha logo o novo suplemento alimentar! Criamos em nosso fórum um tópico para saber a opinião de nossos usuários sobre o prometido novo suplemento alimentar: Leia a reportagem que foi publicada no Jornal CORREIO BRAZILIENSE: "Carne em pó: mistura protéica é desenvolvida em São Paulo O alimento pode acompanhar receitas doces e salgadas, como vitaminas e sopas Uma pesquisa realizada por nutricionistas da Universidade de São Paulo (USP), de Bauru, e da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), de Botucatu, desenvolveu um tipo de carne em pó. Chamada de mistura protéica, o produto vai ajudar pessoas que têm dificuldade de mastigar, ou não podem ingerir alimentos sólidos. O benefício atinge pacientes que se submeteram a cirurgia de redução de estômago, lábio leporino, acidente vascular cerebral (AVC), mal de Alzheimer, problemas na boca e tratamento quimioterápico. Na mistura protéica, pedaços de carne magra são cozidos, depois passam por um processo especial de secagem e são moídos. O resultado é um pó bastante fino e facilmente solúvel em água, que pode ser adicionado a sopas e caldos. Além de preservar praticamente todas as suas vitaminas e proteínas, a mistura protéica é mais saudável do que a normal, pois é feito com cortes somente de carne magra e não possui adição de conservantes ou temperos. Em 100g da mistura, 80g são de proteínas de alto valor biológico. A quantidade de gordura na mesma amostra é de 1,6g, muito menor do que de carne normal. A cada 100g de contrafilé, 2,02g são gordura, já no lombo grelhado essa quantidade sobe para 3,30g. Outra vantagem da carne em pó é o preço. Ela custa, em média 60%, menos que os suplementos de proteína já existentes no mercado, feitos à base de soja e milho. Suely Prieto Barros, nutricionista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP, que trabalha há 25 anos com pacientes que fizeram operações na boca, ajudou a desenvolver a carne em pó. Ela explica que para seus pacientes existia uma grande dificuldade de se conseguir nutrientes provenientes da carne, já que todos os alimentos devem ser líquidos. “Quando colocávamos carne nas sopas e coávamos, ela ficava quase toda na peneira. Tínhamos uma perda financeira e um aproveitamento mínimo dos nutrientes, com prejuízo à cicatrização cirúrgica”, conta. Depois de desenvolvido, o pó passou por um teste de palatabilidade, ou sabor. Ele foi oferecido a 32 pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica, em um hospital em Jaú, no interior de São Paulo. O teste foi coordenado por Silvia Papini-Berto, professora da Faculdade de Medicina da Unesp. Segundo ela, o sabor da carne foi aprovado. “Os pacientes consideraram a carne em pó bastante leve e saborosa”, conta. “Esses pacientes passarão pelo menos dois meses se alimentando somente de líquidos, por isso a importância do gosto ser agradável”, justifica. A fase seguinte da pesquisa foi adaptar o produto para fabricação em escala industrial. Uma indústria de alimentos adaptou a fórmula. De acordo com Lúcio Caleffi, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Bertin Alimentos, foram feitos vários testes de formulação para chegar a uma mistura ideal. “Testamos várias formas de aplicação, tais como sopas, vitaminados, sucos e caldos. Também fizemos as análises de perfil de aminoácidos e tabela nutricional.” Desses testes, resultou a mistura atualmente desenvolvida. No futuro, o alimento poderá ser usado para complementação da merenda escolar, e por pessoas que não estão doentes. “O produto não tem contraindicação, pois é baseado nas proteínas da carne. Seu consumo pode contribuir para uma dieta balanceada”, completa Lúcio. A carne em pó está atualmente em fase de registro na à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e deve chegar aos consumidores até o fim do ano." Fonte: Jornal CORREIO BRAZILIENSE de 8/8/2009, fl. 30.
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O uso da Contração Isotônica Negativa nos Treinos para Hipertrofia Muscular
A menor unidade contrátil do músculo é chamada sarcômero, que contém os filamentos de actina, também chamado de filamento liso, e o filamento de miosina, chamado de filamento grosso. Nossos músculos possuem vários sarcômeros para tornar a contração muscular possível. Para que a contração muscular ocorra o filamento grosso (miosina) se conecta ao filamento fino (actina) tracionando-o, ou seja, se conecta e puxa o filamento de actina, ocorrendo o encurtamento da fibra muscular, e assim erguendo o membro em questão (contração Isotônica Positiva). A contração isotônica negativa, conhecida também como fase excêntrica da contração, onde o músculo se alonga durante o tempo em que está exercendo tensão, merece uma atenção especial durante o treino, se o objetivo for a hipertrofia muscular. Segundo estudos esses filamentos estão constantemente realizando a contração isotônica positiva, ou seja, contração onde há encurtamento das fibras vencendo uma resistência ou carga e erguendo-a. Para essa fase da contração é gerado um estímulo para que o músculo se empenhe em apenas se contrair e erguer a carga sem se preocupar com a descida da mesma. Quando se usa à fase excêntrica da contração (isotônica negativa) o músculo recebe um estímulo diferenciado do habitual, pois além dele ter que erguer a carga ele terá que ser capaz de descê-la lentamente, e quando o músculo faz isso ocorre um grande atrito nos filamento de actina e miosina, pois eles são forçados a se desconectar aos poucos para que a carga desça de vagar, obrigando ao músculo a se empenhar ainda mais para concluir o exercício, e levando o estímulo até as fibras menores e de difícil excitabilidade, ou seja estimulando mais fibras musculares. Este princípio é aplicado no método super lento, ou super slow, onde a fase concêntrica é feita normalmente, levando aproximadamente 1 ou 2 segundos, e a fase excêntrica é feita lentamente, levando 6 ou mais segundos. Essa é uma dica para se diversificar e potencializar o treino, dar novos estímulos ao músculo e favorecer o seu desenvolvimento, então, não apenas levante grandes cargas, mas também se preocupe em dar um bom estímulo na fase excêntrica, ou negativa do movimento, que com certeza os resultados aparecerão. Um exemplo de como usar esse método nos treino é levar 1 ou 2 segundo na fase concêntrica (suspendendo o peso) e 6 ou mais segundos na fase excêntrica (descendo o peso) em todas as repetições. Outra forma é alternar as repetições, como por exemplo, realizar três repetições normais, depois três repetições dando mais ênfase as contrações isotônicas negativas, depois mais três repetições normais, dentro de uma mesma série. Essas são apenas duas das várias formas de incorporar esse importante estímulo em seus treinos, fique a vontade para diversificar.
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Os suplementos BCAAs (aminoácidos de cadeia ramificada - leucina, isoleucina e valina)
O A, B, C DOS BCAAs De acordo com texto publicado na revista FLEX do mês de agosto de 2008, de autoria do PHD Jim Stoppani, antes de a creatina, a arginina ou o whey protein serem os suplementos mais populares do mercado, os aminoácidos de cadeia ramificada (branched-chain amino acids – BCCAs) eram uns dos mais usados. Hoje em dia, eles estão de volta porque os atletas acreditam em seus bons resultados quanto ao crescimento muscular, à força e energia e à perda de gordura. OS TRÊS AMINOÁCIDOS Jim delineia que os BCAAs são compostos de três aminoácidos essenciais – a leucina, a isoleucina e a valina. O nome (aminoácidos de cadeia ramificada) advém da estrutura do trio, uma vez que há bifurcação entre eles, como ramos, e, apesar de existirem vinte tipos de aminoácidos, estes três perfazem um terço do total dos aminoácidos presentes nos músculos. O que realmente os diferencia dos demais é a maneira que o corpo lida com eles. Os aminoácidos passam pelo fígado, o qual quebra suas cadeias, de maneira a utilizá-los como combustível. O fígado tende a enviar os BCAAs diretamente aos músculos. Primeiramente, durante a malhação, os músculos usam prontamente os BCAAs como fonte de energia e atuam no crescimento muscular em seguida, portanto, quanto mais intensa e duradoura for a atividade física, mais BCAAs serão utilizados pelo organismo. Assim, conforme esclarece o autor, o correto é tomar o suplemento logo antes de ir à academia, pois os aminoácidos ficarão disponíveis, propiciando, até, mais disposição na realização do treino. MODO DE ATUAÇÃO NO CÉREBRO Depreende-se da leitura que os BCAAs também agem por outro mecanismo que envolve o cérebro: pesquisadores franceses descobriram que, durante a prática de exercícios físicos, o aminoácido metaboliza uma substância conhecida como 5-hydroxytryptamine (5-HT), mandando sinais para o cerébro de que o corpo se encontra fatigado e que tem de reduzir a força e tolerância muscular. O aminoácido tryptophan é responsável pela produção do 5-HT no cerébro e é nesta fase que entra o BCAA valina. Diversos estudos científicos confirmaram que tomar os BCAAs antes da musculação diminui a quantidade de tryptophan no cérebro e, consequentemente, a quantidade de 5-HT. Desse modo, podem ajudar a prevenir o cansaço, permitindo maiores esforços, treinos mais longos, o aumento do tamanho dos músculos e a redução da fadiga cerebral. MECANISMO DE ATUAÇÃO NOS MÚSCULOS O benefício mais interessante dos BCAAs para os fisiculturistas é, sem dúvida, a hipertrofia muscular. O suplemento auxilia no crescimento dos músculos pelo estímulo direto da síntese de proteínas, sendo um aminoácido por vez, exatamente como se constrói uma parede de tijolos. Estudiosos da Universidade de Medicina no Texas (Galveston) descobriram que a leucina é a chave dentre os três aminoácidos BCAAs. A leucina atua, metaforicamente falando, como uma chave numa fechadura dentro do músculo, o que instiga o processo da síntese protéica. RELAÇÃO COM OS HORMÔNIOS DO CRESCIMENTO, INSULINA E CORTISOL A leucina dispara o nível de insulina – hormônio anabólico que também estimula a síntese de proteínas, mas por uma via distinta da leucina. Apesar de ela ser definitivamente o MVP dos BCAAs, a revista diz que a melhor cartada é ingerir a leucina em conjunto com a isoleucina e a valina, porque, assim, as benéfices serão mais intensas. Os BCAAs também atuam no crescimento muscular através do hormônio do crescimento. Um estudo italiano de 2001 mostrou que os atletas que os tomaram durante um mês tiveram o nível de produção da proteína ligadora do hormônio do crescimento (growth hormone binding protein – GHBP) acirrado depois da musculação. A GHBP é importante porque age como uma carregadora do GH no sangue, levando-o aos músculos para que estes sejam aumentados. A matéria cita outro hormônio que é atingido pela ação dos BCAAs: o cortisol. Uma pesquisa de 2006, apresentada no encontro anual da Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva, relatou que aqueles que consumiram BCAAs tiveram uma redução significativa do nível de cortisol durante e após o treino em comparação ao grupo do placebo. Isto é importantíssimo, pois o cortisol é um hormônio catabólico que interfere negativamente, com o embotamento da membrana muscular. FORÇA MUSCULAR Um dos benefícios da ingestão dos BCAAs condiz com o aumento da força corporal. Uma pesquisa em Roma (Itália), de 2003, reportou que os homens que os tomaram por dois dias aumentaram a sua força se comparados àqueles que ingeriram placebo. Depois de oito semanas de suplementação com leucina e whey protein (rico em BCAAs), acompanhados de um programa de exercícios físicos com pesos para as pernas, os pesquisadores da Universidade do Estado da Califórnia (Fullerton) detectaram o aumento do nível do hormônio anabólico testosterona e pernas com músculos mais fortes. De fato, inúmeros estudos, tal como um feito no Japão, reiterou que os atletas que tomaram os BCAAs tiveram redução significativa do catabolismo depois de malhar. Uma pesquisa feita na Austrália, no ano de 2006, publicada no Jornal Europeu de Psicologia Aplicada, demonstrou que seis semanas de suplementação à base de leucina aumenta a força muscular. RELAÇÃO COM O GLICOGÊNIO Os BCAAs mantêm níveis altos de glicogênio nos músculos, conforme elucidou a Universidade de São Paulo (Brasil). O glicogênio é uma das formas que se tem de acumular carboidratos nas células musculares. Jim afirma que, normalmente, o glicogênio cai durante a atividade física, uma vez que é combustível para os músculos. Isto pode comprometer o tamanho deles, porque o glicogênio puxa água para os músculos, deixando-os cheios e grandes. Como os BCAAs são utilizados de imediato pelo corpo como fonte de energia durante a malhação, o nível de glicogênio dos músculos fica alto após os treinos, mantendo o inchaço muscular. PERDA DE GORDURA CORPORAL Um estudo realizado em 1997, entre lutadores bem competitivos, comprovou que aqueles que usaram os BCAAs, com uma dieta de baixa caloria, emagreceram e perderam gorduras localizadas, particularmente na região abdominal, ao contrário dos que tomaram placebo. Dentre os três aminoácidos, a leucina é a que proporciona melhores efeitos em relação à perda de gordura. Uma pesquisa brasileira de 2006 mostrou que a leucina tomada por seis semanas é capaz de reduzir a massa gorda significativamente, sob o fundamento de que a leucina estimula a síntese protéica e o aumento da energia despendida ajuda a queimar gordura. REDUÇÃO DA FOME A leucina ainda influencia diretamente o cérebro, no sentido de diminuir a fome, em consonância com pesquisa da Universidade de Cincinnati, de 2006, publicada no Jornal Ciência. Depois de se injetar leucina no cérebro de ratos, observou-se que eles comeram menos e ganharam menos peso do que aqueles que receberam placebo. A teoria é que, no cérebro, o nível de leucina indica o nível de aminoácidos na corrente sanguínea. Assim, segundo explica Stoppani, a suplementação baseada em leucina pode enganar o cérebro e fazer com que ele pense haver muita energia disponível (na forma de aminoácidos), não precisando consumir muita comida. Isso pode propiciar uma considerável diminuição da fome quando se está em regime alimentar. POSOLOGIA A FLEX recomenda entre cinco e dez gramas de BCAAs por dose e, ao menos, quatro doses ao dia: uma pela manhã, uma trinta minutos antes de ir à academia e uma trinta minutos após o treino (considerados períodos críticos) e uma com a última refeição. Interpretação do texto em inglês realizada por: Oksana Maria BCAA no Brasil No Brasil, os suplementos de BCAA foram liberados pela ANVISA, e há uma ampla variedade de opções no mercado. Não é um suplemento caro, sendo que podem ser encontrados produtos com preço por volta de R$ 30,00 e outros cujos preços superam R$ 100,00. Antes de se decidir, não leve em consideração apenas o preço do produto, leia bem o rótulo para saber a dosagem indicada e a quantidade total presente na embalagem, de modo que possa calcular o custo-benefício. Às vezes, um produto aparentemente mais barato pode ter pior custo-benefício. Por exemplo, dois produtos BCAA com 100 cápsulas cada podem custar a mesma coisa, mas um proporciona 3g de BCAA em 3 cápsulas enquanto que outro demanda 5 cápsulas para fornecer os mesmos 3g de BCAA. Fique atento! Existem alguns produtos diferenciados, que combinam os BCAA com outras substâncias. O BCAA Stack da Universal (assim como o Xtend da Scivation) combina BCAA com glutamina. E o BCAA Top Gradual Release da BodySize combina o BCAA com vitamina B6, prometendo uma liberação gradual. Você já usou BCAA? Na sua opinião, este produto é eficiente ou ineficiente? Vale a pena combiná-lo com outras fontes de proteínas como a Whey Protein? Não deixe de dar a sua opinião em nosso fórum, de modo que a sua experiência pessoal possa ajudar outros usuários acerca deste suplemento alimentar. >> Participe da discussão sobre a eficácia do BCAA e da sua combinação com outros suplementos alimentares <<
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Esteróides e a Lei
O advogado Marcelo Cintra publicou artigo no site do escritório Bueno & Constanze Advogados onde conclui que a venda ilegal de anabolizantes não configura crime de tráfico de drogas. Somente no caso de substâncias proibidas de entrar no Brasil é que poderia se configurar o crime de contrabando. Leia o artigo do jurista: "Prática muito corriqueira em academias e por esportistas de alto desempenho, e a utilização de substâncias químicas (esteróides), para aumentar seus rendimentos físicos. Esteróides são lipídeos (gorduras) que são encontrados em plantas e animais. São incluídos neste grupo de substâncias o colesterol, numerosos hormônios, precursores de vitaminas, ácidos biliares, alcoóis (esteróis) e venenos. Neste contexto esportivo, esteróides são sinônimos de esteróides anabolizantes ou simplesmente anabolizantes, que são substâncias dopantes utilizadas por atletas para melhorar seu desempenho físico. Os esteróides anabolizantes são hormônios naturais ou sintéticos que tem como função, promover o crescimento e a divisão celular, gerando um grande aumento da massa muscular. A testosterona é o esteróide anabolizante natural mais conhecido e utilizado por atletas. Apesar desta substância promover o crescimento físico rapidamente, o abuso de esteróides anabolizantes causa inúmeras reações adversas, tais como: elevação dos níveis pressóricos e do colesterol sangüíneo, irritabilidade e agressividade, depressão, acne intensa, calvície precoce, impotência sexual e atrofia testicular. Em homens, pode ocorrer ginecomastia. Em mulheres, masculinização. Tais risco foram inclusive reconhecidos internacionalmente e pela legislação brasileira, que definiu as substâncias que necessitam controle especial e os procedimentos para sua prescrição e dispensação. Apesar de nossa legislação definir expressamente as substâncias que podem circular, e a forma de sua circulação, não e difícil encontrarmos tais substâncias circulando livremente em academias, podendo ser adquiridas sem qualquer prescrição médica ou qualquer controle. Ai se pergunta, quais as penalidades para quem comercializa tais substancias sem as devidas receitas médicas ou ainda clandestinamente? Do ponto de vista técnico, os anabolizantes não se enquadram no conceito de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, como descrito no parágrafo único do artigo 1º, da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, in verbis, tão pouco se encontra relacionada em listas atualizadas periódicamente pelo Poder Executivo da União como substância que cause dependência física. Art. 1°. Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes. Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periódicamente pelo Poder Executivo da União. Assim, o comércio ilegal de substâncias anabolizantes não poderia ser reprimido pela citada lei, tampouco pelo artigo 243, in verbis, da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), por força do princípio da legalidade penal. Art. 243. Vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, sem justa causa, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida: Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. (Redação dada pela Lei n° 10.764, de 12.11.2003). Poderíamos também discutir o enquadramento da venda irregular de anabolizantes à luz do artigo 278 do Código Penal, uma vez que a expressão substância nociva à saúde, contida em seu verbo, tem gerado divergências entre a jurisprudência e/ou a doutrina. Outras substâncias nocivas à saúde pública Art. 278 - Fabricar, vender, expor à venda, ter em depósito para vender ou, de qualquer forma, entregar a consumo coisa ou substância nociva à saúde, ainda que não destinada à alimentação ou a fim medicinal: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Contudo, devemos nos atentar principalmente em até que ponto um medicamento pode ser considerado uma substância nociva à saúde? É possível para o farmacêutico controlar a destinação final do produto? O que podemos te certeza, é que a venda de medicamento em desconformidade com a receita médica é punida nos termos do artigo 280 do Código Penal: Medicamento em desacordo com receita médica Art. 280. Fornecer substância medicinal em desacordo com receita médica: Pena - detenção, de um a três anos, ou multa. Modalidade culposa Parágrafo único. Se o crime é culposo: Pena - detenção, de dois meses a um ano. Contudo, a venda de um medicamento sem a devida receita médica não constituiria crime, uma vez que o tipo penal acima transcrito e taxativo, falando apenas em fornecer substância medicinal em desacordo com a receita médica. É necessário destacar, ainda, que muitos anabolizantes não têm o seu devido registro na Agencia Nacional de Saúde, entrando no mercado brasileiro ilegalmente, por meio do contrabando. Assim, o acesso aos anabolizantes por parte de atletas, especialmente nas academias de ginástica, indica, antes, problemas com a comercialização ilegal do produto, além do mais, pode-se verificar, que as vendas irregulares dessas substâncias ocorrem ainda, em casas agropecuárias e pela internet. Enxergando referido problema, foi proposto perante o senado projeto de Lei, PLS nº 124, de 2005, que pretende a criminalização específica da venda irregular de esteróides ou peptídeos anabolizantes, o que certamente contribuirá para o combate a essa prática." Dados do Artigo Autor: Bueno e Costanze Advogados Contato: franmarta@terra.com.br Informações Bibliográficas: Conforme a NBR 6023:2002 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto científico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: Costanze, Bueno Advogados. (ESTERÓIDES E A LEI). Bueno e Costanze Advogados, Guarulhos, 12.02.2009. Disponível em: FONTE: Escritório Bueno & Constanze Advogados - http://buenoecostanze.adv.br/index.php?option=com_content&task=view&id=4506&Itemid=81 Atenção: Apesar de a venda ilegal de anabolizantes não configurar tráfico de drogas, não deixa de ser uma atividade ilícita. No Brasil, esteróides anabolizantes somente podem ser vendidos em farmácia e com a apresentação de prescrição médica.
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Bigger Stronger Faster - Crítica aos Heróis Norte-Americanos e Preconceito no uso de Esteroides Anabolizantes
O documentário Bigger Stronger Faster - Is it still cheating if everyone's doing it? (em tradução livre: Maior Mais Forte Mais Rápido - deixa de ser trapaça quando todo mundo trapaceia?) é uma crítica acirrada à cultura norte-americana, onde a população se apresenta contrária ao uso de anabolizantes esteróides nos esportes e para fins estéticos, mas ao mesmo tempo venera atletas que fazem uso de substâncias ilegais. Dentre os famosos que são venerados pelos norte-americanos, e que fazem ou que fizeram uso de anabolizantes esteróides, o filme apresenta Hulk Hogan, Sylvester Stallone, e Arnold Schwarzenegger. Segundo o documentário essas personalidades influenciam crianças, jovens e adultos apresentando físicos extremamente musculosos, mas escondem a verdade por trás das montanhas de músculos: anabolizantes esteróides. O filme apresenta uma realidade obscura dos esportes de elite, que não incomoda apenas o fisiculturismo de alto rendimento, mas praticamente todas as modalidades esportivas que dependem de músculos fortes e rápidos: o doping. Para o documentário, o atleta de elite é compelido a usar anabolizantes para atingir o topo nos esportes, sem os quais nunca seria um campeão, certo que todos os competidores fazem uso de alguma substância proibida. São apresentados no vídeo os casos dos velocistas Ben Johnson e Carl Lewis, do ciclita Floyd Landis e dos jogedores de baseball José Canseco, Barry Bonds e Mark McGwire. No filme são entrevistados médicos, advogados, parlmentares, atletas profissionais e ratos de academia. O autor do documentário critica o pânico que a mídia levanta em torno dos anabolizantes, sem base científica ou prática para tratá-los como drogas homicidas. Apresenta 450.000 como o número de mortes causadas por cigarro a cada ano; 75.000 por álcool; e apenas 3 por anabolizantes esteróides. Nos números de emergência de hospital, o documentário apresenta como primeiro colocado no lista o álcool, como segundo colocado a cocaína, terceiro a maconha, e somente na centésima quadragésima segunda posição os anabolizantes esteróides. Há no documentário depoimento do médico Norm Fost, segundo o qual não haveria dúvida de que os esteróides anabolizantes esteróides causam sérios efeitos colaterais, mas que eles não teriam sido devidamente demonstrados ainda. Também há depoimento do médico Gary Wadler, que é contra os anabolizantes e representa a entidade Antidoping, e que diz que os efeitos colaterais dos esteróides não podem ser demonstrados porque seria antiético. No filme são apresentados os efeitos colaterais da Vitamina C, pelo médico Carlon Colker, e que são muito semelhantes àqueles imputados aos anabolizantes esteróides. Segundo o médico, até amendoim é perigoso, pessoas alérgicas podem morrer por causa dele. Mas não é por isso que o amendoim é proibido para consumo. Um dos irmãos do produtor do documentário, que é usuário de esteróides, diz que sentiu como efeitos colaterais: acne e crescimento de pelos no peito e nas costas. O outro irmão, que também é usuário da droga, afirma que ao usar esteróides tem reduzidas as "bolas do saco". Uma atleta profissional diz que o efeito colateral é o som grosso da voz e o crescimento de pelos. De acordo com o documentário, não haveria alteração de personalidade pelo uso de esteróides, ou ataques de raiva, como é divulgado na mídia. Segundo o documentário, os esteróides anabolizantes têm sim efeitos colaterais, como qualquer outro medicamento, mas eles seriam reversíveis com o fim do uso da droga. São mencionados os seguintes efeitos colaterais: acne, crescimento de pelos, aumento do colesterol, diminuição dos testículos e diminuição dos espermas (até mesmo esterilidade). Todos esses efeitos seriam reversíveis. Para o produtor do documentário, os esteróides não causam calvície (mas podem adiantá-la se for um traço genético). Os esteróides também causam ginecomastia nos homens, e nas mulheres, além de acne e crescimento de pelos, causam engrossamento da voz, problemas menstruais e podem aumentar o clitóris. Alguns desses efeitos não seriam reversíveis. Nas crianças, os esteróides poderiam prejudicar o crescimento dos ossos, mas isso não foi provado. Também não foi provado que os esteróides causam câncer ou problema nos rins. Problemas no fígado seriam causados apenas por esteróides de administração oral. Quanto aos problemas de coração, diz o documentário que não há prova que os esteróides os causem, mas afirma que baixa testosterona também traz problemas de coração. No que toca à agressividade, o documentário afirma que apenas 5% da população apresenta esse efeito colateral. Sobre efeitos colaterais a longo prazo, não se pode dizer nada, porque não há nenhum estudo. Em entrevista, o advogado Rick Collins afirma que a sociedade norte-americana aceita que as pessoas se exponham a inúmeros riscos desnecessários, tais como cirurgias plásticas, lipoaspirações, bungee jump, saltos de pára-quedas, esquiar na neve e assim por diante. Os riscos dessas atividades são tremendos, sem qualquer necessidade. Se todos esses riscos são permitidos, por que não permitir o uso de anabolizantes esteróides para fins estéticos? De acordo com o advogado, os usuários de esteróides são em sua grande maioria (85%) ratos de academia, e não atletas, o que não justificaria a proibição dos esteróides por razões de trapaça nos esportes. No vídeo é apresentada uma entrevista com o médico Wade Exum, diretor do comitê olímpico norte-americano de controle de doping, o qual revelou que mais de 2.000 atletas falharam no antidoping, mas que os resultados foram escondidos. O documentário ainda aborda o caso nebuloso de um adolescente que se suicidou e cujos pais e a mídia culparam os esteróides, o que deu origem a uma lei dura contra os anabolizantes no Congresso norte-americano. No entanto, o adolescente tinha outros problemas completamente alheios aos anabolizantes. Por fim, o filme critica a indústria de suplementos alimentares, a falta de controle sobre os produtos e as propagandas enganosas em torno dela. Em resumo, o documentário é uma forte crítica a alguns valores sociais. Permite-se que o cidadão assuma inúmeros riscos sem necessidade, para fins estéticos ou de prazer, mas não se permite que use esteróides. Cigarro e álcool são drogas que matam milhares de vezes mais do que esteróides, mas são permitidos. Não há demonstração científica de que os esteróides causem mortes, mas eles são os primeiros a serem apontados como causa de morte quando algum de seus usuários falece. E os grandes heróis norte-americanos, produtos de filmes como Rocky, Rambo, Exterminador do Futuro e outros, foram estrelados por pessoas que usam ou usavam esteróides, mas são veneradas pelos mesmos que condenam o uso das drogas. Assista ao filme no YouTube: Obs.: Atenção: Apesar de o documentário criticar a proibição do uso de anabolizantes para fins estéticos, cumpre lembrar que no Brasil a sua venda também é proibida para esse fim. Somente podem ser adquiridos por razões de saúde e com prescrição médica. Não se esqueça que todos os medicamentos têm efeitos colaterais, e o mau uso de anabolizantes pode causar severos efeitos colaterais. Você acha que os anabolizantes esteróides deveriam ser permitidos para fins estéticos? Ninguém duvida que os esteróides anabolizantes proporcinam impressionantes ganhos de força e massa muscular, mas o seu usuário se sujeita a riscos por conta de efeitos colaterais já comprovados, bem como por outros ainda não demonstrados. Se a sociedade aceita o consumo de drogas como o álcool e o cigarro (que comprovadamente causam severos danos à saúde), e de intervenções cirúrgicas de risco para fins estéticos (desnecessárias), deveria também aceitar o uso de anabolizantes por adultos para melhora da massa muscular e aparência geral do corpo? A proibição ou a liberação do uso depende de lei, e a lei, em teoria, decorre da vontade do povo. Criamos em nosso fórum um tópico para que os usuários discutam sobre o uso de anabolizantes esteróides para fins estéticos. Se você é contrário ou a favor, não deixe de expressar a sua opinião. Para participar da discussão, clique no link abaixo: