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A versão vegetariana da dieta das proteínas, a "Eco-Atkins"


As dietas com baixo teor de carboidratos (como pão, arroz, macarrão etc) e carnes à vontade podem até promover uma perda rápida de peso, mas nem sempre ajudam a reduzir o colesterol ruim (LDL). O exemplo mais conhecido é o da famosa dieta do Dr. Atkins, criticada por muitos médicos por estimular o consumo excessivo de gordura saturada.

Sabe aquele esquema "carne com salada", típico das dietas com baixo teor de carboidratos, ele leva à perda rápida de peso, mas nem sempre faz o nível de colesterol ruim baixar.

A alternativa saudável para os adeptos do esquema "low-carb", que nos EUA já tem sido chamada de "Eco-Atkins", acaba de ser testada em um estudo publicado no periódico Archives of Internal Medicine, com resultados positivos.

Pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, analisaram os efeitos da alimentação "vegan" (sem qualquer proteína de origem animal), com alta quantidade de proteínas vegetais (provenientes de glúten, soja, nozes e castanhas) e baixo índice de carboidratos (26% do total de calorias), durante quatro semanas.

O estudo contou com 47 homens e mulheres com excesso de peso e colesterol alto. Metade do grupo adotou a "Eco-Atkins", enquanto a outra parte consumiu uma dieta lacto-ovo-vegetariana, com boa proporção de carboidratos ricos em fibras (58%) e baixo índice de gordura. Ambos os cardápios continham poucas calorias, cerca de 60% da necessidade diária.

No fim da pesquisa, ambos os grupos apresentaram redução de peso - cerca de 4 kg. Mas, enquanto os que consumiram mais carboidratos tiveram redução de 12% no nível de colesterol ruim, o grupo que adotou a dieta vegan apresentou queda de 20%.

O coordenador do estudo, o médico e professor David Jenkins, explica que pesquisas recentes têm preconizado o aumento do consumo de vegetais e uma ingestão menor de carnes. Por outro lado, a redução dos carboidratos ajudaria a reduzir a resistência à insulina, hormônio que regula o açúcar no sangue. Reunir os dois pilares - pouca carne e pouco carboidrato - seria uma opção para quem precisa perder peso e equilibrar o colesterol.

Na realidade qualquer dieta que corte calorias e gordura saturada é capaz de baixar o peso e o colesterol ruim. O problema é que ninguém consegue seguir um cardápio restritivo demais por muito tempo. "Além disso, uma dieta sem proteínas de origem animal pode provocar deficiência de zinco, selênio e ferro, a não ser que a pessoa tenha acompanhamento nutricional constante", diz.

Outros estudos mostram que, no decorrer de cinco anos, uma dieta com restrição global e proporcionada, com 40-50% de carboidratos, e acompanhada de atividade física, surte mais efeito que a dieta "low-carb". "Restringir carboidratos emagrece, mas depois de um tempo a pessoa acaba engordando ainda mais", conclui.

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