Introdução: para além do hype – o que realmente constrói glúteos fortes
No cenário atual do fitness, onde a informação é abundante, mas a precisão é escassa, a busca por um físico bem desenvolvido, especialmente na região glútea, levou à proliferação de listas de "melhores" e "piores" exercícios. Embora bem-intencionadas, essas classificações muitas vezes simplificam excessivamente uma questão biomecânica e fisiológica complexa. Esta matéria visa a transcender essas listas superficiais, oferecendo uma análise aprofundada e baseada em evidências científicas sobre o que de fato estimula a hipertrofia dos músculos glúteos.
A validação de um exercício não pode depender apenas de sua popularidade ou da sensação subjetiva de "queimação". Critérios como a capacidade de gerar alta tensão muscular, a segurança articular e o potencial para progressão de carga são pontos de partida válidos. No entanto, uma avaliação verdadeiramente rigorosa exige um framework mais robusto. A eficácia de qualquer movimento para o desenvolvimento muscular é determinada pela sua capacidade de alinhar-se com os princípios fundamentais da ciência do exercício.
Portanto, esta análise será estruturada em três pilares essenciais que, juntos, formam a base para uma seleção de exercícios inteligente e eficaz:
Anatomia funcional: uma compreensão detalhada não apenas de quais são os músculos glúteos, mas de como eles funcionam – suas ações, suas divisões e suas interações sinérgicas.
Mecanismos de hipertrofia: uma exploração dos processos fisiológicos que levam ao crescimento muscular, identificando o principal estímulo que deve ser maximizado durante o treino.
Análise biomecânica: uma avaliação crítica de como diferentes exercícios aplicam forças aos músculos glúteos, considerando fatores como amplitude de movimento, perfil de resistência e a relação entre o estímulo gerado e a fadiga induzida.
Ao final desta análise, será evidente que a construção de glúteos fortes e desenvolvidos não se resume a encontrar o "único exercício perfeito", mas sim a construir um programa que respeite a complexa arquitetura e função desta região muscular vital.
A arquitetura do poder: desvendando a anatomia funcional dos glúteos
Para treinar um músculo de forma eficaz, é imperativo primeiro compreender sua estrutura e função. O complexo glúteo não é uma massa muscular monolítica, mas sim um sistema integrado de três músculos distintos, cada um com papéis primários e secundários que são cruciais para a estabilidade, força e movimento humano.
Glúteo máximo (GMax): o motor principal
O glúteo máximo (GMax) é o maior e mais potente músculo do corpo humano, constituindo a maior parte do volume e da forma das nádegas. Sua arquitetura robusta o posiciona como o principal motor da extensão do quadril, uma ação fundamental para movimentos como levantar-se de uma cadeira, subir escadas, correr e saltar. Além de ser o principal extensor do quadril, o GMax é também um potente rotador externo do fêmur. Sua função é tão central para a postura ereta que o seu desenvolvimento é uma característica distintiva da evolução humana, associada à transição para o bipedalismo.
Glúteo médio (GMed) e mínimo (GMin): os estabilizadores cruciais
Abaixo do glúteo máximo encontram-se o glúteo médio (GMed) e o glúteo mínimo (GMin). Embora menores que o GMax, esses músculos são de importância crítica. O GMed, em particular, é um músculo substancial, representando cerca de 60% da área de secção transversal total dos músculos abdutores do quadril.
As funções primárias do GMed e do GMin são a abdução do quadril (afastar a perna da linha média do corpo) e a estabilização da pelve. Durante atividades unipodais como caminhar, correr ou realizar um exercício unilateral, o GMed e o GMin do lado de apoio contraem-se vigorosamente para impedir que a pelve do lado oposto (sem apoio) caia. Uma fraqueza nesses músculos pode levar a padrões de movimento compensatórios, como o valgo dinâmico do joelho (quando o joelho colapsa para dentro), que está associado a um maior risco de lesões.
O papel do glúteo médio vai além da simples estabilização e da contribuição estética para a "prateleira superior" dos glúteos. A pesquisa científica revela uma função muito mais crítica no desempenho atlético. O GMed atua como um extensor secundário do quadril e foi identificado como um gerador importante de impulsos propulsivos durante a corrida acelerada. Isso significa que a força do GMed não apenas previne lesões e mantém o alinhamento adequado, mas contribui diretamente para a produção de força horizontal e potência. Um glúteo médio fraco pode, portanto, atuar como um limitador para a expressão máxima da força do glúteo máximo, tornando seu treinamento um componente essencial não apenas para a estética, mas para a otimização do desempenho funcional e atlético geral.
A divisão funcional: superior vs. central vs. inferior é real?
A ideia de dividir os glúteos em porções "superior", "central" (ou "média" - não confundir com glúteo médio) e "inferior" para fins de treinamento, embora uma simplificação anatômica, encontra respaldo em uma análise funcional. O glúteo máximo, devido à sua vasta área de origem e inserção, possui fibras com diferentes linhas de tração. Estudos de anatomia funcional demonstram que as fibras superiores do GMax auxiliam na abdução do quadril, enquanto as fibras inferiores podem auxiliar na adução.
Essa diferenciação funcional justifica a seleção de uma variedade de exercícios. Movimentos que incorporam abdução ou rotação externa (como a abdução de quadril na máquina ou o levantamento terra sumô) podem dar maior ênfase às fibras superiores do GMax e ao GMed. Por outro lado, exercícios que promovem um alongamento profundo na flexão do quadril (como agachamentos profundos e o levantamento terra romeno) aplicam uma tensão significativa nas fibras inferiores, na junção glúteo-isquiotibial. Portanto, um programa completo deve incluir movimentos que desafiem o complexo glúteo através de múltiplos vetores e planos de movimento para garantir um desenvolvimento abrangente.
Os mecanismos do crescimento: como a hipertrofia realmente acontece
Para selecionar os exercícios mais eficazes, é fundamental entender os mecanismos fisiológicos que sinalizam o crescimento muscular, ou hipertrofia. A ciência do exercício identifica três mecanismos principais: tensão mecânica, dano muscular e estresse metabólico. No entanto, a compreensão moderna desses fatores evoluiu, e o consenso científico atual é claro.
Princípio #1: tensão mecânica é rei
A tensão mecânica é a força gerada dentro das fibras musculares quando elas se contraem contra uma resistência externa. Este é, inequivocamente, o principal impulsionador da hipertrofia muscular. As células musculares possuem mecanorreceptores que detectam essa tensão, desencadeando uma cascata de sinalização bioquímica que culmina no aumento da síntese de proteínas contráteis, resultando em fibras musculares maiores e mais fortes.
Hipertrofia mediada pelo alongamento (stretch-mediated hypertrophy)
Um aspecto crucial da tensão mecânica, e muitas vezes subestimado, é a importância de aplicá-la quando o músculo está em uma posição alongada. Uma crescente base de evidências científicas demonstra que treinar um músculo em comprimentos musculares longos (ou seja, na porção do movimento em que ele está sob alongamento) proporciona um estímulo hipertrófico especialmente potente. Isso ocorre porque a tensão total em um músculo alongado é a soma da tensão ativa (gerada pela contração) e da tensão passiva (a resistência elástica do próprio tecido muscular ao ser esticado). Exercícios que desafiam os glúteos em uma posição de flexão profunda do quadril, como agachamentos profundos e levantamentos terra romenos, capitalizam sobre este mecanismo de forma muito eficaz.
Princípio #2: sobrecarga progressiva é inegociável
O corpo humano é uma máquina de adaptação. Para que os músculos continuem a crescer, o estímulo de treinamento deve aumentar progressivamente ao longo do tempo. Este é o princípio da sobrecarga progressiva, a pedra angular de qualquer programa de treinamento de força bem-sucedido. Se o desafio permanecer o mesmo, o corpo se adaptará e o crescimento estagnará. A progressão não se limita apenas a adicionar mais peso à barra. Pode ser alcançada através de várias estratégias :
Aumento da carga: levantar mais peso para o mesmo número de repetições.
Aumento do volume: realizar mais repetições com o mesmo peso ou adicionar mais séries.
Aumento da frequência: treinar o grupo muscular com mais frequência.
Melhora da técnica/amplitude: aumentar a amplitude de movimento ou melhorar a qualidade da execução.
Redução do descanso: diminuir o tempo de descanso entre as séries.
Este princípio invalida a eficácia a longo prazo de exercícios que são difíceis de sobrecarregar, como os movimentos com peso corporal ou faixas elásticas leves.
Princípio #3: a relação estímulo-fadiga (SFR - stimulus-to-fatigue ratio)
Nem todos os exercícios são criados iguais em termos de eficiência. A relação estímulo-fadiga (SFR) é um conceito prático para avaliar a qualidade de um exercício. Um exercício com uma SFR favorável proporciona um alto estímulo hipertrófico ao músculo-alvo, gerando uma fadiga sistêmica (neural e geral) relativamente baixa. Em contrapartida, um exercício com uma SFR desfavorável pode gerar uma fadiga desproporcional ao estímulo que oferece, o que pode comprometer a recuperação e o volume total de treino. O levantamento terra convencional, por exemplo, embora seja um excelente construtor de força geral, possui uma SFR menos ideal para a hipertrofia pura dos glúteos devido à sua alta demanda sobre o sistema nervoso central e os músculos estabilizadores da coluna.
O grande equívoco da eletromiografia (EMG)
Uma das armadilhas mais comuns na seleção de exercícios é a interpretação equivocada dos dados de eletromiografia (EMG). A EMG mede a atividade elétrica ou o "sinal neural" enviado a um músculo, e por muito tempo foi usada como um indicador direto do potencial de um exercício para gerar hipertrofia. Estudos de EMG agudos frequentemente mostram que a elevação de quadril ou elevação pélvica gera maior ativação do glúteo máximo do que o agachamento. Com base nisso, muitos concluíram que a elevação de quadril é superior para o crescimento dos glúteos.
No entanto, a ciência longitudinal – que mede o crescimento muscular real ao longo de semanas de treinamento – conta uma história diferente e mais precisa. Um estudo marcante de 2023 comparou diretamente um grupo que treinou apenas com agachamentos com um grupo que treinou apenas com elevação de quadril por nove semanas. O resultado? O crescimento do glúteo máximo foi semelhante entre os dois grupos. O estudo concluiu explicitamente que os dados de EMG agudos não previram de forma confiável os resultados de hipertrofia a longo prazo.
A razão para essa discrepância reside no que a EMG realmente mede. Ela quantifica o impulso neural, mas não captura a tensão mecânica total experimentada pelas fibras musculares, especialmente a tensão passiva gerada pelo alongamento. Um músculo pode exibir alta atividade EMG em uma posição totalmente contraída e encurtada (como no topo de uma elevação de quadril), mas esse estímulo pode não ser tão potente para o crescimento quanto uma atividade EMG moderada combinada com alta tensão mecânica em uma posição alongada (como no fundo de um agachamento profundo). Esta distinção é fundamental. A seleção de exercícios deve priorizar a criação de alta tensão mecânica através de uma amplitude de movimento completa, com ênfase particular na fase alongada, em vez de simplesmente perseguir a sensação de "pico de contração" ou basear-se exclusivamente em estudos de ativação aguda.
Análise crítica dos exercícios: uma classificação baseada em evidências científicas
Com base nos princípios de anatomia funcional e nos mecanismos de hipertrofia, é possível agora realizar uma análise crítica e fundamentada de cada exercício, fornecendo um veredito mais preciso do que uma simples classificação em níveis. Os níveis serão de S para super até F para fracasso. Entre eles temos A, B, C e D, totalizando 6 níveis de classificação.
1. Movimentos de extensão de quadril (ênfase no encurtamento)
Estes exercícios caracterizam-se por aplicar a maior carga aos glúteos quando estes estão em ou perto da sua posição mais encurtada (extensão total do quadril).
Elevação do quadril (barra, máquina, unilateral)
A elevação de quadril ou elevação pélvica (hip thrust) é inegavelmente eficaz para sobrecarregar o glúteo máximo em sua função de extensor do quadril. Estudos de EMG confirmam consistentemente que ele gera níveis muito elevados de ativação do GMax, principalmente no final da amplitude de movimento, onde a contração é máxima. Sua principal vantagem é a capacidade de isolar a extensão do quadril com um perfil de resistência horizontal, permitindo uma sobrecarga progressiva significativa e segura.
No entanto, sua principal limitação biomecânica é a falta de um alongamento profundo dos glúteos. O movimento normalmente ocorre em uma amplitude de flexão de quadril mais limitada em comparação com o potencial total da articulação. Como discutido, os dados longitudinais mostram que, apesar da maior ativação EMG, a elevação de quadril resulta em hipertrofia glútea semelhante ao agachamento, não superior.
A versão em máquina oferece maior estabilidade e conforto, o que pode melhorar a SFR ao reduzir o tempo de preparação e o desconforto da barra. A variação unilateral aumenta a demanda sobre os estabilizadores GMed e GMin para manter a pelve nivelada.
Veredito revisado: nível A (excelente construtor de glúteo máximo, foco no pico de contração). Não é um exercício de "nível S" como um construtor geral e completo, devido à falta de estímulo na posição alongada. No entanto, é uma ferramenta de primeira linha e quase indispensável para sobrecarregar os glúteos na posição encurtada, complementando perfeitamente os movimentos baseados em alongamento.
Ponte para glúteo & ponte para glúteo borboleta
A ponte para glúteo (glute bridge) é biomecanicamente uma versão da elevação de quadril com uma amplitude de movimento ainda mais reduzida, executada com as costas no chão. A ponte para glúteo borboleta (frog pump) adiciona abdução e rotação externa, o que pode aumentar ligeiramente a ativação das fibras superiores do GMax e do GMed. O principal problema de ambos os exercícios é a dificuldade em aplicar sobrecarga progressiva de forma eficaz. Eles são limitados a altas repetições com cargas leves ou peso corporal, o que os torna inadequados como o principal estímulo hipertrófico para indivíduos além do nível iniciante.
Veredito revisado: nível C (contextual/iniciante). Podem ser úteis como exercícios de ativação em um aquecimento, para ensinar a contração dos glúteos a iniciantes, ou como um finalizador de alto volume para induzir estresse metabólico. São inferiores à elevação de quadril para o objetivo primário de hipertrofia.
2. Movimentos de extensão de quadril (ênfase no alongamento)
Estes exercícios desafiam os glúteos de forma mais intensa quando estão em uma posição alongada (flexão profunda do quadril), aproveitando a hipertrofia mediada pelo alongamento.
Agachamento (barra & smith)
O agachamento é um exercício fundamental para o desenvolvimento da parte inferior do corpo. A chave para maximizar o envolvimento dos glúteos é a profundidade. Agachar até ou abaixo do paralelo (onde a coxa está paralela ao chão) aumenta significativamente a ativação e a tensão no glúteo máximo. Modificações na técnica, como uma posição de barra baixa (low-bar) nas costas e uma maior inclinação do tronco para a frente, aumentam o braço de momento da extensão do quadril, tornando o movimento mais dominante para os glúteos em comparação com os quadríceps.
O agachamento na máquina smith oferece maior estabilidade, o que pode permitir um foco maior na musculatura-alvo. A colocação dos pés mais à frente no smith, uma técnica popular, altera a mecânica, mas a alegação de que isso isola mais os glúteos é mecanicamente questionável. Manter os pés mais alinhados sob a barra tende a criar uma distribuição de torque mais equilibrada entre o joelho e o quadril.
Veredito revisado: nível S (fundamental). Quando executado com amplitude e técnica adequadas, o agachamento é um dos estímulos mais potentes para a hipertrofia do glúteo máximo, precisamente por causa da alta tensão mecânica na posição alongada. O fato de também treinar fortemente os quadríceps não diminui seu valor como construtor de glúteos.
Agachamento búlgaro (bulgarian split squat)
Este é um exercício unilateral de elite. Ele impõe um alongamento profundo no glúteo máximo da perna da frente, ao mesmo tempo que a natureza unilateral do movimento cria uma demanda massiva de estabilização pélvica, recrutando intensamente o glúteo médio. Para maximizar o foco nos glúteos em detrimento dos quadríceps, é crucial adotar uma passada mais longa (pé da frente mais distante do banco) e permitir uma inclinação do tronco para a frente durante a descida. Embora seja difícil de sobrecarregar com cargas muito pesadas e seja sistemicamente muito fatigante, o estímulo que proporciona é de altíssima qualidade.
Veredito revisado: nível A (elite). Combina de forma única um alongamento profundo para o GMax com um trabalho intenso de estabilização para o GMed. É um dos exercícios mais completos e eficazes para o desenvolvimento geral dos glúteos.
3. Movimentos de dobradiça de quadril (hinge)
Estes movimentos envolvem flexão e extensão primariamente na articulação do quadril, com mínimo movimento no joelho.
Levantamento terra romeno (RDL)
O levantamento terra romeno é indiscutivelmente o exercício principal para a hipertrofia mediada pelo alongamento da cadeia posterior. Ele coloca uma tensão mecânica imensa sobre os glúteos e isquiotibiais em sua posição mais alongada na parte inferior do movimento. Comparado ao levantamento terra convencional, ele permite um foco maior na fase excêntrica (descida controlada) e possui uma SFR muito mais favorável para a hipertrofia, pois utiliza cargas menores e gera menos fadiga neural e sistêmica. Variações como o levantamento terra romeno unilateral aumentam ainda mais a demanda sobre os estabilizadores do quadril.
Veredito revisado: nível A (essencial). O exercício de eleição para o desenvolvimento da porção inferior dos glúteos e da junção glúteo-isquiotibial, capitalizando de forma ideal sobre o princípio da tensão em alongamento.
Levantamento terra (convencional & sumô)
São construtores de força fenomenais para todo o corpo. No entanto, quando o objetivo é estritamente a hipertrofia dos glúteos, sua SFR é questionável. A alta carga e a complexidade técnica geram uma fadiga sistêmica e espinhal significativa que pode limitar o volume total de trabalho direcionado aos glúteos. Estudos de EMG não encontraram diferenças significativas na ativação do GMax entre as posturas convencional e sumô. No entanto, a postura mais ampla e com os pés virados para fora do sumô exige maior abdução e rotação externa do quadril, o que provavelmente aumenta o envolvimento do GMed e dos adutores.
Veredito revisado: nível B (ótimo para Força, subótimo para hipertrofia pura). Se o objetivo principal for o crescimento dos glúteos, o RDL é uma escolha mais eficiente e com melhor SFR.
Extensão de tronco no banco inclinado (extensão lombar a 45 graus - 45-degree hyperextension)
Frequentemente mal interpretado como um exercício apenas para a lombar, este movimento é, na verdade, uma poderosa extensão de quadril. Estudos confirmam que ele pode induzir níveis muito elevados de ativação do GMax. A chave para maximizar o trabalho dos glúteos é modificar a técnica padrão: arredondar a parte superior das costas (para inibir a ação dos eretores da espinha) e girar os pés ligeiramente para fora (para facilitar a rotação externa do quadril). Este exercício oferece um perfil de resistência único, mantendo a tensão nos glúteos tanto na posição alongada (embaixo) quanto na encurtada (em cima).
Veredito revisado: nível S (subestimado e poderoso). Um exercício fantástico com uma excelente SFR, que permite o isolamento eficaz do GMax através de uma grande amplitude de movimento.
Extensão de tronco com o cabo entre as pernas (cable pull-through)
Este exercício utiliza uma polia baixa para criar um movimento de dobradiça de quadril com um perfil de resistência único, fornecido pelo cabo. Sua principal virtude é como ferramenta de ensino. Para indivíduos que têm dificuldade em aprender o padrão de movimento de dobradiça (como no RDL), o cabo entre as pernas oferece um feedback tátil, "puxando" o quadril para trás e guiando o praticante através do movimento correto. Ele mantém a tensão nos glúteos ao longo de toda a amplitude, com ênfase na contração final.
Contudo, sua principal limitação é o baixo potencial de sobrecarga progressiva. À medida que as cargas aumentam, o exercício torna-se desajeitado e o fator limitante passa a ser a capacidade de segurar o cabo confortavelmente, em vez da força dos glúteos.
Veredito revisado: nível B- (ferramenta de ensino/iniciante). Excelente para introduzir o padrão de dobradiça de quadril com uma ótima SFR em cargas leves, mas é superado por exercícios com barra e halteres como principal motor de hipertrofia a longo prazo.
4. Movimentos unilaterais e dinâmicos
Estes exercícios envolvem ações em que cada membro trabalha de forma independente ou em padrões de movimento mais complexos. Eles contribuem para melhorar equilíbrio, coordenação, estabilidade do quadril e simetria muscular, além de estimular os glúteos em diferentes planos de movimento.
Afundo (passada, estático, estático com step & cruzado)
Uma categoria de exercícios extremamente versátil e funcional. A eficácia do afundo para os glúteos depende criticamente de duas variáveis: o comprimento da passada e a inclinação do tronco. Uma passada mais longa e uma inclinação do tronco para a frente aumentam o braço de alavanca no quadril, exigindo maior trabalho do GMax para estender o quadril e retornar à posição inicial.
O afundo andando (passada - walking lunge) é mais dinâmico, exigindo maior controle e estabilização a cada passo em comparação com a versão estática. O afundo cruzado (curtsy), com seu passo cruzado para trás, cria um movimento de adução e rotação do quadril, colocando um estresse único e valioso no GMed e nas fibras superiores do GMax.
Uma variação de elite que merece destaque e justifica a classificação "S" é o afundo com step, frequentemente executado com o pé da frente elevado sobre um step. A mecânica por trás de sua superioridade é a amplificação de um princípio fundamental: a hipertrofia mediada pelo alongamento. Ao elevar o pé da frente, permite-se que o quadril desça abaixo da linha do joelho, aumentando drasticamente a amplitude de movimento na flexão do quadril. Isso submete as fibras do glúteo máximo a um alongamento significativamente maior sob carga no ponto mais baixo do movimento. É essa tensão mecânica maximizada na posição mais alongada que fornece um estímulo hipertrófico de altíssima qualidade, tornando esta variação uma das mais potentes para o desenvolvimento dos glúteos.
Veredito revisado (passada): nível S (padrão ouro funcional). A combinação de alongamento profundo, carga unilateral, estabilização dinâmica e natureza funcional o torna um dos melhores exercícios gerais para os glúteos.
Veredito revisado (afundo com step): nível S (elite para alongamento). A amplitude de movimento aumentada maximiza a tensão de alongamento no GMax, tornando-o um dos estímulos hipertróficos mais potentes.
Veredito revisado (afundo cruzado): nível B (variação útil). Excelente para direcionar o GMed, mas é mais difícil de sobrecarregar progressivamente e pode ser estressante para a articulação do joelho em alguns indivíduos.
Subida no banco (step-ups)
Um exercício unilateral que demonstra consistentemente níveis muito elevados de ativação do GMax em estudos de EMG, muitas vezes superando outros movimentos compostos. O sucesso da subida no banco (step-up) depende inteiramente da técnica. É crucial usar uma plataforma de altura adequada (aproximadamente na altura do joelho) e focar em impulsionar o corpo para cima exclusivamente com a perna de apoio, minimizando qualquer impulso da perna de trás. A necessidade de estabilizar o corpo em uma única perna também recruta significativamente o GMed.
Veredito revisado: nível A (excelente). Um construtor de glúteos de primeira linha quando executado com controle e técnica impecáveis. A dificuldade em manter a forma correta sob cargas pesadas é sua principal limitação.
5. Movimentos de abdução e isolamento
Estes exercícios têm como foco principal a ativação direta dos glúteos, especialmente do glúteo médio (GMed) e do glúteo mínimo (GMin), por meio de movimentos de abdução do quadril ou variações que reduzem a participação de músculos auxiliares. São fundamentais para o fortalecimento da estabilidade pélvica, melhora do controle motor e correção de desequilíbrios musculares.
Abdução de quadril na polia/cabo & máquina (cadeira abdutora)
Este é o método mais direto e eficaz para isolar e fortalecer o GMed e o GMin. A estabilidade oferecida pela máquina (cadeira abdutora) permite um foco máximo na contração dos abdutores com excelente potencial para sobrecarga progressiva. A dica de inclinar o tronco para a frente é biomecanicamente sólida: flexionar o quadril em cerca de 30 graus alinha melhor as fibras do GMed e das porções superiores do GMax com a linha de força, potencialmente aumentando a ativação e a amplitude de movimento.
Veredito revisado: nível S (cadeira abdutora: o melhor para glúteo médio). Insuperável para o objetivo específico de hipertrofiar os músculos laterais e superiores do quadril, contribuindo tanto para a estética quanto para a estabilidade pélvica.
Veredito revisado: nível B (abdução de quadril na polia). Chata para montar no pé, difícil para pegar sobrepeso e instável.
Extensão de quadril na polia (cable kickbacks)
Um exercício de isolamento superior para o GMax. A principal vantagem do cabo em relação às versões com peso corporal ou caneleiras é a provisão de tensão constante ao longo de toda a amplitude de movimento. Ele permite uma sobrecarga progressiva praticamente infinita e um alto grau de foco na contração do glúteo. Estabilizar o tronco e evitar a hiperextensão da lombar é fundamental para garantir que o movimento seja puramente de extensão do quadril. Chutar ligeiramente na diagonal para fora pode incorporar mais as fibras abdutoras do GMax superior e do GMed.
Veredito revisado: nível A (ótimo isolador). Uma excelente ferramenta para adicionar volume de treinamento direcionado ao GMax com uma ótima SFR.
6. Exercícios de baixa carga e "ativação"
Estes exercícios utilizam pouca resistência e têm como objetivo principal melhorar a conexão neuromuscular com os glúteos, facilitando sua ativação antes de treinos mais intensos. Também são úteis para reabilitação, aquecimento ou como complemento para aumentar o volume de trabalho sem sobrecarregar as articulações.
Coice de burro (donkey kicks) & glúteo cachorrinho (fire hydrants)
A falha fundamental desses exercícios para a hipertrofia reside em seu perfil de resistência e na incapacidade de aplicar sobrecarga progressiva. A tensão é máxima no final do movimento (posição encurtada), mas quase nula no início (posição alongada), onde o estímulo de alongamento seria mais benéfico. Embora possam induzir uma sensação de "queimação" e são úteis para ensinar iniciantes a "sentir" a contração dos glúteos (ativação neuromuscular), eles não fornecem a tensão mecânica necessária para estimular o crescimento a longo prazo em indivíduos treinados.
Veredito revisado: nível F (uso limitado). Adequados para aquecimentos, iniciantes absolutos ou contextos de reabilitação muito específicos, mas são ineficazes como exercícios primários de hipertrofia em um programa de treinamento sério.
Passada lateral com elástico (caminhada lateral com faixa - lateral banded walk)
Sofre das mesmas limitações dos exercícios acima. A tensão da faixa é mínima quando os pés estão juntos, que é a posição em que o GMed estaria mais alongado e onde a tensão seria mais desejável. É uma ferramenta de ativação popular, mas não pode ser carregada o suficiente para impulsionar a hipertrofia de forma significativa.
Veredito revisado: nível D (uso limitado).
6. Exercícios de potência
Estes exercícios enfatizam a geração rápida de força e velocidade, explorando a capacidade explosiva dos glúteos. São especialmente úteis para o desenvolvimento de desempenho atlético, contribuindo para melhorias em corrida, saltos e mudanças de direção, além de estimular fibras musculares de contração rápida.
Balanço com kettlebell (kettlebell swings)
O balanço com kettlebell (kettlebell swing) é um exercício balístico de dobradiça de quadril, excepcional para o desenvolvimento de potência, capacidade de trabalho e condicionamento cardiovascular. No entanto, a hipertrofia é otimizada pelo tempo sob tensão, particularmente com uma fase excêntrica controlada. O swing, por sua natureza explosiva, maximiza a aceleração e minimiza o tempo sob tensão, além de não possuir uma fase excêntrica controlada. Isso o torna uma ferramenta subótima quando o objetivo principal é o aumento da massa muscular.
Veredito revisado: nível D (inadequado para hipertrofia). Um exercício de elite para o desenvolvimento de potência e condicionamento, mas uma escolha inadequada se o objetivo principal for a hipertrofia dos glúteos.
Construindo o programa ideal de treino: síntese e recomendações práticas
A análise detalhada dos exercícios revela uma verdade fundamental: não existe um único "melhor" exercício para os glúteos. Uma classificação simplista de "S" a "F" falha em capturar o contexto e o propósito biomecânico de cada movimento. A abordagem mais inteligente e eficaz para o desenvolvimento completo dos glúteos não é encontrar o exercício perfeito, mas sim construir um programa que ataque o complexo glúteo de múltiplos ângulos, respeitando suas diversas funções.
Além dos níveis: uma abordagem funcional
Um programa de treinamento para glúteos verdadeiramente abrangente deve incorporar exercícios que treinem sistematicamente todas as principais funções e desafiem os músculos em diferentes comprimentos. A combinação de movimentos que enfatizam a tensão na posição alongada com aqueles que enfatizam a tensão na posição encurtada, juntamente com o trabalho direto de abdução, garante que todas as fibras musculares do GMax, GMed e GMin recebam um estímulo robusto para o crescimento.
O princípio da variação inteligente
Para garantir um desenvolvimento completo e equilibrado, um programa de treino de glúteos bem estruturado deve incluir, ao longo de uma semana de treino, pelo menos um exercício de cada uma das seguintes categorias funcionais:
Movimento primário com foco no alongamento: a base do programa, para capitalizar sobre a hipertrofia mediada pelo alongamento. Exemplos de elite incluem o agachamento profundo, o levantamento terra romeno e o afundo andando (com passada longa e inclinação do tronco).
Movimento primário com foco no encurtamento: para sobrecarregar os glúteos em pico de contração e trabalhar um perfil de resistência diferente. Os melhores exemplos são a elevação de quadril (preferencialmente em máquina para estabilidade) e a extensão de tronco no banco inclinado (extensão lombar a 45 graus), com técnica focada nos glúteos.
Movimento de abdução e estabilização: para direcionar especificamente o GMed e o GMin, cruciais para a estética da "prateleira superior" e, mais importante, para a saúde e estabilidade do quadril. O exercício padrão-ouro aqui é a abdução de quadril na máquina (cadeira abdutora). Exercícios unilaterais como o agachamento búlgaro também cumprem um papel importante nesta categoria.
A tabela a seguir sintetiza esta abordagem funcional, classificando os exercícios de elite com base em sua principal contribuição biomecânica e muscular, fornecendo uma ferramenta prática para a construção de programas de treinamento.
Tabela de seleção de exercícios para glúteos baseada em evidências:
Exercício | Classificação | Foco Principal | Pontos Positivos (prós) | Pontos negativos (contras) |
PASSADA | 👑 S | Geral (Superior, Médio e Inferior) | Excelente alongamento, dinâmico, trabalha todo o glúteo. | Requer espaço e equilíbrio; pode ser muito cansativo. |
CADEIRA ABDUTORA | 🏆 S | Superior (Glúteo Médio/Mínimo) | Isola perfeitamente a parte superior, fácil de progredir. | Não é o melhor construtor para o glúteo máximo geral. |
EXTENSÃO DE TRONCO NO BANCO INCLINADO | 🔥 S | Geral | Trabalha o glúteo na posição alongada e encurtada. | Requer técnica específica para focar nos glúteos e não na lombar. |
AFUNDO NO SMITH COM STEP | 🔥 S | Inferior / Geral | Aumenta a amplitude de movimento e o alongamento dos glúteos. | Exige mais controle e mobilidade que o avanço normal. |
AGACHAMENTO BÚLGARO | A+ | Superior / Geral | Alongamento profundo, excelente para trabalho unilateral. | Cansativo, difícil de sobrecarregar com cargas muito altas. |
LEVANTAMENTO TERRA ROMENO | A+ | Inferior (Conexão Glúteo-Posterior) | Ótimo para a base dos glúteos, permite alta sobrecarga. | Também exige muito dos posteriores de coxa. |
ELEVAÇÃO DE QUADRIL NA MÁQUINA | A | Médio / Geral | Confortável, estável e prático para sobrecarga progressiva. | Não desafia os glúteos em uma posição muito alongada. |
AGACHAMENTO (BARRA/SMITH) | A | Médio / Geral | Grande construtor de força e massa na parte inferior do corpo. | Não isola os glúteos; trabalha muito o quadríceps. |
ELEVAÇÃO DE QUADRIL UNILATERAL | A | Superior / Geral | Corrige desequilíbrios, maior ativação de estabilizadores. | Não é ideal para cargas muito pesadas. |
EXTENSÃO DE QUADRIL NA POLIA | A | Superior | Isola os glúteos sem fadigar as pernas. | Não proporciona um grande alongamento. |
SUBIDA NO BANCO | A | Superior / Geral | Funcional, unilateral e com bom alongamento. | Pode ser difícil manter o equilíbrio no início. |
LEVANTAMENTO TERRA SUMÔ | B+ | Superior / Geral | Enfatiza mais o glúteo médio que a versão convencional. | Sistemicamente cansativo. |
ELEVAÇÃO DE QUADRIL COM BARRA | B | Médio / Geral | Permite levantar cargas altas, muito estudado e eficaz. | A barra pode ser desconfortável no quadril; montagem demorada. |
PONTE PARA GLÚTEO | B- | Geral | Simples, bom para iniciantes, não precisa de banco. | Amplitude de movimento limitada. |
ABDUÇÃO DE QUADRIL NA POLIA | B | Superior | Boa alternativa se não houver a máquina de abdução. | Menos estável e mais demorado para montar. |
LEVANTAMENTO TERRA CONVENCIONAL | B- | Inferior / Geral | Construtor de força total, bom alongamento na descida. | Muito cansativo, baixa relação estímulo-fadiga para hipertrofia. |
AFUNDO CRUZADO | B- | Superior | Desafia o glúteo médio em um ângulo diferente. | Difícil de sobrecarregar por conta do equilíbrio exigido. |
EXTENSÃO DE TRONCO COM O CABO ENTRE AS PERNAS | B- | Geral | Ótimo para ensinar o movimento de dobradiça do quadril. | Fica desajeitado e limitado com cargas mais altas. |
PASSADA LATERAL COM ELÁSTICO | C | Ativação (Glúteo Médio) | Excelente para aquecimento e ativação. | Tensão insuficiente para gerar crescimento muscular significativo. |
PONTE PARA GLÚTEO BORBOLETA | C | Superior | Pode ser usado como um finalizador de altas repetições. | Quase impossível de adicionar carga; pouco alongamento. |
COICE DE BURRO | F | Ativação | Serve para sentir a contração do glúteo no aquecimento. | Incapaz de gerar tensão e sobrecarga para hipertrofia. |
GLÚTEO CACHORRINHO | F | Ativação / Mobilidade | Útil para mobilidade do quadril e aquecimento. | Não serve como exercício principal para crescimento. |
BALANÇO COM KETTLEBELL | D | Potência | Ótimo para condicionamento e potência explosiva. | Perfil de tensão não é ideal para hipertrofia. |
Tabela simplificada com a classificação dos melhores exercícios:
Classificação | Exercícios |
S | PASSADA, CADEIRA ABDUTORA, EXTENSÃO DE TRONCO NO BANCO INCLINADO, AFUNDO NO SMITH COM STEP |
A | AGACHAMENTO BÚLGARO, LEVANTAMENTO TERRA ROMANO, ELEVAÇÃO DE QUADRIL NA MÁQUINA, AGACHAMENTO (BARRA/SMITH), ELEVAÇÃO DE QUADRIL UNILATERAL, EXTENSÃO DE QUADRIL NA POLIA, SUBIDA NO BANCO |
B | LEVANTAMENTO TERRA SUMÔ, ELEVAÇÃO DE QUADRIL COM BARRA, PONTE PARA GLÚTEO, ABDUÇÃO DE QUADRIL NA POLIA, LEVANTAMENTO TERRA CONVENCIONAL, AFUNDO CRUZADO, EXTENSÃO DE TRONCO COM O CABO ENTRE AS PERNAS |
C | PASSADA LATERAL COM ELÁSTICO, PONTE PARA GLÚTEO BORBOLETA |
D | BALANÇO COM KETTLEBELL |
F | COICE DE BURRO, GLÚTEO CACHORRINHO |
Conclusão
A hipertrofia dos glúteos é o resultado da aplicação consistente e progressiva de tensão mecânica através de uma seleção inteligente de exercícios. A ciência atual demonstra que a dependência excessiva de estudos de ativação muscular aguda (EMG) pode ser enganosa e que uma compreensão mais profunda da biomecânica e dos resultados de treinamento a longo prazo é necessária.
O programa mais eficaz não é aquele que inclui apenas os exercícios "da moda" ou os que produzem a maior "queimação". É aquele que, de forma sistemática, desafia os glúteos em toda a sua amplitude de movimento, com ênfase especial na sobrecarga da posição alongada, complementada por trabalho direcionado na posição encurtada e em abdução. Ao selecionar exercícios das categorias funcionais delineadas e aplicar diligentemente o princípio da sobrecarga progressiva, é possível construir uma base sólida para o desenvolvimento máximo da força, função e estética do complexo glúteo.
Fontes de consulta
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