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Testosterona não aumenta o risco de câncer de próstata


Testosterona não aumenta o risco de câncer de próstata

A testosterona é um hormônio amplamente utilizado por atletas, principalmente fisiculturistas. Recentemente, a testosterona passou a ser prescrita por médicos para reposição hormonal em homens e mulheres, cuja produção natural decaiu em função da idade (terapia de reposição hormonal).

Acreditava-se que um dos efeitos colaterais do uso da testosterona seria o aumento do risco de câncer de próstata. Um estudo publicado no Journal o Urology rechaçou essa crença. Os cientistas norte-americanos afirmaram que terapia de reposição de testosterona por cinco anos não resultou em desenvolvimento de tumor agressivo na próstata.

De um total de 52.579 homens diagnosticados com câncer de próstata, cinco anos antes da descoberta da enfermidade, somente 1% deles havia se submetido a terapia de reposição de testosterona. O estudo também não encontrou vínculos entre a dose de testosterona administrada e o aumento de risco de surgimento de carcinoma.

Esse estudo reforçou as vantagens da terapia de reposição de testosterona: melhora a libido, a perda de peso gordo e a densidade óssea.

Fontes:

  1. Long-Term Exposure to Testosterone Therapy and the Risk of High Grade Prostate Cancer

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andinho1970

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Testosterona e saúde cardiovascular...

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Dr Anderson Luiz da Silva

Com o envelhecimento há um aumento na prevalência de doenças cardiovasculares. Paralelamente, ocorre redução progressiva na concentração sérica dos hormônios sexuais masculinos, sendo que nas faixas etárias mais avançadas a testosterona pode estra reduzida em mais de 50% dos indivíduos. Os receptores de androgênios distribuem-se amplamente nos tecidos vasculares, como a aorta, vasculatura periférica e células cardíacas. Dessa forma, é possível supor que os hormônios sexuais exerçam influência no desenvolvimento das doenças cardiovasculares.

Os níveis de hormônios sexuais masculinos sofrem alterações com o envelhecimento, independentemente da presença de doenças específicas. As concentrações séricas de hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo estimulante (FSH) se elevam com o avançar da idade, o que demonstra declínio da atividade gonadal (testículos e ovários). Dentre os hormônios que sofrem alterações com o envelhecimento, deve-se enfatizar a diminuição das frações isoladas de testosterona livre e total. Após os 30 anos, a concentração sérica de testosterona apresenta redução gradual e progressiva. Outros fatores como o genético, o tabagismo, a obesidade e o alcoolismo podem acelerar o declínio da testosterona. O coração é um músculo, e como todo músculo, a testosterona tem ação revigorante.

Efeitos da testosterona no sistema Cardiovascular

O efeito anabólico do andrógeno no músculo esquelético é também evidente no coração. A relação da testosterona com a função cardíaca foi observada em estudo experimental com ratos gonadectomizados (testículos foram retirados). Após esse procedimento, houve redução importante dos níveis de testosterona e se observou diminuição da massa muscular corporal e do peso do coração, além de uma significante redução do bombeamento cardíaco, da pressão arterial sistólica, da fração de ejeção e do consumo de oxigênio pelas células do coração. A alteração da função cardíaca foi atribuída a deficiência de testosterona. A resposta de cultura de células do coração em contato com testosterona foi a hipertrofia das células musculares mediada por um receptor específico de andrógeno. Outro estudo mostrou que a administração por três meses de testosterona em ratos leva a um melhor trabalho cardíaco sem induzir danos às estruturas do coração.

Num estudo conduzido no INCOR em São Paulo, 110 pacientes com insuficiência cardíaca sintomática foram internados, sendo que 66 pacientes tinham baixos níveis de testosterona e 44 pacientes tinham níveis normais. Ao final, os autores concluíram que baixos níveis de testosterona constituem um fator de risco independente para reinternação hospitalar no prazo de 90 dias e para aumento de mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca. Isso demonstra que o coração, assim como qualquer músculo no corpo, possui uma enorme quantidade de receptores para testosterona.

Conclusão:

1) A testosterona é essencial para a libido e a função sexual, mas também desempenha um papel crucial no humor, energia, composição corporal e saúde cardiovascular.
2) A terapia de reposição de testosterona pode ser realizada após a devida comprovação de deficiência através da avalição médica e exames laboratoriais.
3) Nem todas as pessoas podem realizar a terapia de reposição de testosterona, só seu médico pode avaliar a necessidade e a forma de reposição.

Referências: 

1. Goldberg RJ. Coroanary Heart Disease: Epidemiology and Risk Factors. In: Ockene IS and Ockene JK. (eds). Prevention of Coronary Heart Disease. First Edition. Boston/Toronto/London: Little, Brown and Company, 1992: 3-40.

2. Schaible TF, Malhotra A, Siabrone G, Scheuer J. The effects of gonadectomy on
left ventricular function and cardiac contractile proteins in male and female rats.
Circ Res 1984; 54: 38-49.

3. Hayward CS, Kelly RP, Collins P. The roles of gender, the menopause replacement on cardiovascular function. Cardiovasc Res 2000; 46: 28-49.

4. Trifunovic B, Norton GR, Duffield MJ, et al. An andrgenic steroid decreases left
ventricular compliance in rats. Am J Physiol 1995; 268: 1096-105.

5. Anker SD, Chua TP, Ponikowski P, et al. Hormonal changes and catabolic/anabolicimbalance in chronic heart failure and their importance for cardiac cachexia.Circulation 1997; 96: 526-34.

6. http://www.scielo.br/pdf/abc/2015nahead/pt_0066-782X-abc-20150078.pdf
Deficiência de Testosterona Aumenta Readmissão Hospitalar e Mortalidade em Pacientes do Sexo Masculino com Insuficiência Cardíaca

Acessem:

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