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10 hábitos super simples e fáceis que são subestimados para emagrecer (comece hoje!)
Marcos e 4 outros reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
É possível que todos nós já tenhamos passado por várias transformações no shape. Ao melhorarmos os nossos métodos, essas transformações no shape podem ficar muito mais fáceis. Neste artigo vamos tratar dos 10 hábitos subestimados que podemos incorporar para uma transformação de shape de aproximados 30% de gordura corporal para aproximados 10% de gordura. Mesmo pessoas com mais de 50 anos e super ocupadas no trabalho podem aproveitar a vida e transformar o shape. Ao implementar todos os 10 hábitos que irei tratar neste artigo, tenho certeza que você conseguirá emagrecer, especialmente se estiver começando na faixa elevada de 30% de gordura corporal. Comece hoje mesmo! 1. Caminhar mais O primeiro hábito subestimado é a arte de caminhar, e caminhar uma quantidade específica de passos. Isso é tão importante quanto a sua dieta. Para que a gente se livre de 500 gramas de gordura, a gente precisa queimar, aproximadamente, 3.500 calorias. Essa é a quantidade de energia necessária para que esta gordura desapareça completamente. A partir daí vem a equação cujo resultado diz que você precisa estar em um déficit diário de 500 calorias para perder 500 gramas de gorduras, porque 3.500 dividido por 7 dias na semana dará 500 calorias. Aqui é onde entra a caminhada. Os números que vou apresentar dependem da sua altura e do seu peso. Porém, são necessários aproximadamente 10.000 passos para que uma pessoa, com altura e peso médios, queime 500 calorias. Caso você seja mais alto e mais pesado, pode ser uma quantidade um pouco menor de passos. Caso seja menor e mais magro, pode precisar de um pouco mais de passos. Mas 10.000 passos é o número geral que você precisa atingir para queimar 500 calorias. Vamos imaginar que você não mudou mais nada na sua dieta e treino além de adicionar a caminhada de 10.000 passos diários. Você perderá peso, você irá emagrecer. Fazendo as contas, se conseguirmos queimar 500 calorias por dia, 3.500 calorias em 1 semana, perdemos cerca de 1,8 kg de gordura em 1 mês, isso apenas como resultado da caminhada. Portanto, aproveite todas as oportunidades que puder para caminhar, seja indo ao supermercado, ao parque, ao shopping, à academia, e etc. Onde quer que você encontre uma oportunidade, caminhe. Caminhe na rua, caminhe na esteira, caminhe em reuniões online e assim por diante. Seguindo com a matemática, você pode ser capaz de queimar mais de 10 kg de gordura por ano se simplesmente adicionar 10.000 passos de caminhada todos os dias. E a beleza disso é que é muito fácil. Além disso, pesquisas mostraram que, como a caminhada é de baixa intensidade, ela vai usar principalmente suas reservas de gordura como fonte de energia (atividade aeróbica - leia o artigo "Perder gordura rápido: qual é o melhor método? Correr ou caminhar? Aeróbico ou anaeróbico? Alta intensidade ou baixa intensidade?"). À medida que você aumenta a intensidade de qualquer exercício, seu corpo vai utilizar uma fonte de energia que está prontamente disponível, neste caso, a glicose. E é por isso que geralmente os exercícios de treinamento intervalado de alta intensidade vão usar sua fonte de glicogênio. Portanto, você perceberá que, se você apenas começar a caminhar mais, sem mudar nada na dieta e nos treinos, suas roupas começarão a caber melhor, suas calças começarão a ficar folgadas, e você talvez até precise de um novo guarda-roupa. 2. Fazer jejum intermitente Para ser capaz de perder peso, você precisa estar em um déficit calórico. No entanto, porque esta é uma dica subestimada, queremos ter a maneira mais fácil de perder esse peso sem que se dependa de algum esforço. A maneira mais fácil de se fazer isso é o que chamamos de alimentação restrita no tempo, e você pode conhecer como jejum intermitente. Imagine a sua alimentação num dia. Imagine que você toma seu café da manhã, almoça, janta e faz um lanche no meio da tarde. Como você está comendo durante todo o dia, a probabilidade de você comer mais calorias é muito maior. No entanto, se você pular algumas refeições, como o almoço, e só sendo capaz de comer o seu jantar e um lanche à tarde, consequentemente, você consumirá menos calorias. Isso ocorre porque, essencialmente, você pulou uma refeição inteira, e seu estômago só pode receber uma quantidade limitada de comida numa refeição. Por conta disso, o jejum intermitente é a maneira mais fácil de você dispõe para se colocar em um déficit calórico. Além disso, a principal mágica por trás do jejum intermitente é que ele é muito fácil de ser compreendido. Você pode ou não saber que o café da manhã na verdade significa ‘quebrar o jejum’ e foi realmente criado como uma tática de marketing para fazer as pessoas começarem a comprar alimentos pela manhã para comerem. Nem todo mundo é igual, mas fazer o jejum intermitente pode ser fortemente recomendado para emagrecer. Isso torna o seguimento de um plano de emagrecimento muito mais fácil. Fazer jejum intermitente dá resultado, facilita o déficit calórico. Além disso, quando se está em jejum intermitente, porque há menos ingestão de calorias, é possível até admitir ocasionalmente a ingestão de muitos alimentos diferentes e mais calóricos, porque há margem no déficit calórico. Ocasionalmente pode-se até comer hambúrguer, batatas fritas, arroz, e outros alimentos que possam lhe dar prazer, pelo simples fato de se eliminar as calorias do café da manhã e alocá-las para o meu almoço ou para o jantar, permitindo-se muitas opções de alimentos. A maneira fácil de se entender isso é como a lógica de um cartão de crédito. Imagine que você tem R$ 2.000,00 para gastar num dia, e que representam 2.000 calorias da sua ingestão diária. Você gostaria de gastar esse crédito em 1 café da manhã, 1 almoço, 1 jantar e 1 lanche (4 refeições), ou preferiria gastar em 2 ou 3 refeições muito melhores e com mais consistência? Não é difícil emagrecer se você compreender essa lógica do jejum intermitente. O que também é realmente benéfico pelo jejum intermitente é que há um aumento nos níveis de energia pela manhã, porque deixar de comer afasta o cansaço e a lentidão pós-refeição. Como você pode imaginar, seu corpo tem que colocar recursos e energia para digerir o café da manhã. Mas quando você já começa o dia focado no seu trabalho ou em outra atividade, você não está pensando em comida, e realmente consegue desempenhar melhor as suas atividades. As manhãs são muito mais produtivas sem ter que tomar o café da manhã. Alguma pessoas fazem isso por mais de uma década. Tente seguir esta dica subestimada e você apenas notará que, apenas com o jejum intermitente, você terá hábitos alimentares muito mais saudáveis, consequentemente, consumirá menos calorias. Mas novamente, para a perda de peso, o que conta são calorias ingeridas versus calorias gastas. Sem nem mesmo ter que pensar nisso, ou sem ter que pesar a comida, comer menos refeições por dia fará com que você coma menos calorias no geral, automaticamente. Você não precisa fazer os extenuantes 16/8 (jejuns diários de cerca de 16 horas e uma janela de alimentação com 8 horas de duração) ou 20/4 (20 horas de jejum e 4 horas para alimentação). Você pode começar com 12/12 (12 horas de jejum e 12 horas para alimentação) e já perceberá os benefícios. Progrida apenas se desejar. Conheça o seu corpo. Alguns atletas de fisiculturismo, em período de pré-competição, podem chegar a níveis muito baixos de calorias para secar, até o ponto de jejuar por 20 horas, e comer em uma janela de 4 horas. 3. Comer mais proteínas Comer mais proteína terá um efeito profundo não só na sua capacidade de perder gordura, mas, também, na sua capacidade de construir músculos. Comer entre 40 a 60 g de proteínas por refeição e, talvez até 50 g por refeição, pode trazer este efeito. A quantidade ideal de proteína varia de pessoa para pessoa. Para quem pretende emagrecer e ganhar massa muscular, um parâmetro objetivo pode ser 1,6 g a 2,2 g de proteína por kg de peso corporal. Vamos adotar o valor de 1,6 g por kg (quilo) corporal. Outro parâmetro objetivo para identificar a quantidade ideal de proteína é 1 g de proteína por cm (centímetro) de altura. Outra forma é mesclar os dois parâmetros e fazer uma média entre eles. Imagine uma pessoa com 80 kg de peso corporal e 174 cm de altura. Pelo primeiro parâmetro (peso), a quantidade ideal de proteína seria de 128 g de proteínas por dia. Pelo segundo parâmetro (altura), a quantidade de proteína seria de 174 g. Pelo terceiro parâmetro (média), a quantidade de proteína seria de 151 g. Essa quantidade de proteína garante que você está dando ao seu corpo os blocos de construção certos. Quando você treina, você danifica o tecido muscular, cria microlesões no seu músculo. Ao comer proteína, você fornece ao corpo os elementos para a reconstrução muscular. Caso você cumpra esse processo ao longo do tempo, por 1 mês, 2 meses, 6 meses, 1 ano, e assim por diante, você cria camadas suficientes para adicionar mais músculo ao corpo. Além disso, o que é excelente sobre adicionar músculo, é que esse músculo requer mais energia para ser mantido, então, consequentemente, você precisará comer mais calorias, porque este é um tecido ativo, que precisa viver, precisa ser mantido com mais energia, por ter mais volume. Compreenda que a construção de músculos é um investimento de longo prazo. Quanto mais você come proteína, mais blocos de construção para construir músculos você fornecerá ao seu corpo. Ademais, há outros benefícios ao se comer mais proteína. Ela tem um efeito incrível de fazer você se sentir satisfeito após as refeições. Lembre-se do que acontece quando você come um peito de frango ou um bife de carne vermelha. Eu nunca ouvi alguém dizer: "Eu engordei comendo peito de frango, bife ou claras de ovos". Isso decorre do fato de esses alimentos serem extremamente saciantes, eles fazem você se sentir satisfeito, e quanto mais satisfeito e saciado você se sentir ao longo do dia, menos calorias você comerá e mais gordura você perderá. A beleza de comer mais proteínas é que você garante a ingestão de elementos para a construção muscular, ingere menos calorias, proporcionando déficit calórico e ainda se sente saciado, sem passar fome. E não é difícil ingerir muita proteína. Imaginemos que você precisa de 200 g de proteínas por dia, considerando seu peso corporal e sua altura. Com 170 g de carne moída magra você obtém 50g de proteína. Com 170 g de peito de frango magro você consegue 50 g de proteína. Com 14 claras de ovos você consegue 50 g de proteínas. Com 8 ovos inteiros você consegue 50 g de proteínas. Com 250 g de tilápia você consegue 50 g de proteínas. Tudo o que você precisa fazer é dividir a quantidade de proteína diária que você precisa pelo número de refeições que você quer no dia. Vamos dizer, por exemplo, que você quer atingir 200 g de proteína e quer fazer 4 refeições. Neste caso, você precisa garantir que em cada refeição você esteja comendo 50 g. Serão 50g para o café da manhã. Você pode ingerir aveia com whey protein, por exemplo. Ou você ingerir claras de ovos na torrada. Ou você pode ingerir iogurte grego misturado com whey protein, albumina ou proteína isolada de arroz. Há muitas opções. Para o almoço (mais 50 g), você pode ingerir carne moída magra e arroz 7 grãos, para o jantar (mais 50 g), você pode ingerir 1 peito de frango e massa integral ou 1 peito de frango com arroz integral, qualquer combinação que você quiser. A forma mais prática e simples para quem tem dificuldade para cozinha é beber um shake de proteína com cada refeição (whey protein, albumina, proteínas vegetais isoladas do arroz, da soja, da ervilha e assim por diante). Essa ingestão elevada de proteína fará uma grande diferença na sua fisiologia, porque você estará atingindo a sua ingestão de proteína suficiente para a construção muscular e também vai se sentir muito mais satisfeito. Por fim, comer mais proteína também vai acelerar o seu metabolismo. Quando você come mais proteína, mais o corpo trabalha seu corpo para quebrar essa proteína e digeri-la, isso em comparação com os carboidratos e as gorduras. É o chamado efeito térmico dos alimentos. Toda vez que você ingere mais proteínas, mais calorias seu corpo terá que queimar para digerir essas proteínas. Talvez a única desvantagem de se comer mais proteína é se você tem uma condição renal. No entanto, se você é uma pessoa saudável, se não tem problemas de fígado e se não tem problemas renais, parece não haver problemas em ingerir até 2,2 g de proteínas por kg corporal. Alguns atletas de fisiculturismo podem chegar a ingerir até 2,85 g de proteína por kg corporal, especialmente se eles não têm nenhum problema de saúde renal ou hepática. Isso faz com que essas pessoas não sintam fome, e possam comer bastante peito de frango, bife ou peixe, e só vendo resultados positivos no aumento de massa magra e redução da gordura corporal. 4. Gozar de 1 refeição livre por semana Este hábito é bastante controverso. Alguns nutricionistas defendem, outros repudiam. Eu entendo que 1 vez por semana desfrutar de 1 refeição livre pode ter um efeito psicológico maravilhoso para manter a adesão à dieta nos demais dias da semana. Como seres humanos, nós realmente gostamos da coisa planificada, estou em dieta ou não estou em dia. Normalmente não gostamos da zona cinzenta, da coluna do meio. Porém, o que pode acontecer é que você passe por 1 mês super motivado, sem comer nenhum bolo, nenhum hambúrguer, nenhuma pizza, sem comer nenhuma porcaria. À medida que o tempo passa, você pode começar a desejar um determinado alimento e a sua força de vontade pode ir por água abaixo, e você pode se entregar aos prazeres da carne, passar a ingerir, descontroladamente, guloseimas contra as quais conseguiu resistir por alguns meses. Esse descontrole pode arrebentar com alguns dias da sua dieta ou para alguns, significar a desistência, jogar a toalha branca no ringue. No entanto, se você está seguindo fielmente seu planejamento de treino e de dieta, pesquisas mostraram que se você tem 1 refeição livre a cada semana, apenas 1 vez por semana, você poderá ter melhores resultados. Vale esclarecer o conceito de refeição de realimentação ou "refeed". Uma refeição de realimentação é uma estratégia nutricional frequentemente utilizada por atletas, fisiculturistas e pessoas que estão em dietas restritas em calorias por um período prolongado. A ideia por trás da refeição de realimentação é aumentar temporariamente a ingestão de calorias e carboidratos, enquanto se mantém a ingestão de proteínas moderada, por um curto período de tempo, geralmente de um dia na semana. Isso é feito com o objetivo de estimular o metabolismo, reabastecer os estoques de glicogênio muscular e hepático, regular os hormônios relacionados à fome e ao metabolismo (como a leptina e a grelina) e proporcionar um alívio psicológico do rigor da dieta. Durante uma refeição de realimentação, é comum consumir uma quantidade maior de carboidratos, especialmente aqueles de digestão rápida, como arroz, batata, massas, frutas, entre outros. Isso pode resultar em um aumento temporário no peso devido ao aumento da retenção de água associada à reposição de glicogênio. Ao se comparar dois grupos, um grupo que não tinha refeição livre ou realimentação (refeed), e o segundo grupo que tinha 1 refeição livre ou realimentação (refeed), o segundo grupo conseguiu manter e reter mais tecido muscular. Ao ter uma refeição livre de realimentação, eles se sentiam mais energéticos no dia seguinte. Com o "refeed", ao se fazer uma refeição de realimentação no domingo, a pessoa se sentirá com mais energia na segunda, terça e quarta-feira. Nesses dias, a pessoa treina com mais intensidade e consegue uma pausa psicológica de uma dieta monótona. Para algumas pessoas, isso implica em seguir o plano alimentar da semana com mais dedicação, por saber que no domingo haverá essa refeição como recompensa pelo trabalho duro da semana. Isso permite que o plano alimentar rigoroso seja sustentável a longo prazo. E aqui falamos sobre ter 1 refeição livre, não é 1 dia livre. É apenas 1 refeição mesmo no dia. E 1 refeição livre não quer dizer ingerir hambúrguer, batatas fritas, milkshake e depois esperar 1 hora e em seguida ingerir alguns biscoitos ou outras porcarias ultraprocessadas. Deve ser realmente 1 única refeição livre, talvez seja comer hambúrguer com batatas fritas e pronto. Não é um abuso em todas as refeições num dia inteiro. O problema psicológico da ausência de 1 refeição livre fica evidente em atletas de fisiculturismo depois da sua apresentação no palco do campeonato. Ao passar por uma preparação severa sem nenhuma refeição livre, geralmente, eles tendem a recuperar muito do peso gordo após o campeonato porque têm esse alto desejo por todos esses alimentos que resistiram nos últimos 4 a 6 meses. Psicologicamente, é muito mais fácil passar por uma transformação de vida inteira tendo 1 refeição livre por semana, em vez de nenhuma, a probabilidade de resistir à dieta severa por longos meses é muito pequena. Portanto, considerando os benefícios físicos e mentais, parece um bom hábito fazer 1 refeição livre por dia, sendo sensato sobre a refeição livre que se tem. Ser sensato pode ser, por exemplo, ingerir uma pizza pequena em vez de uma pizza gigante. Além disso, ter 1 refeição livre permite que você possa compartilhar 1 refeição com a família, socializando e não abrindo mão do seu estilo de vida, tornando a dieta muito mais aceitável e agradável na prática social. 5. Manter um estilo de vida compartilhado As pessoas tendem a querer perder gordura rápido e querem fazer isso sozinhas, mas você tende a recuperar todo o peso quando vai rápido demais (efeito sanfona, vai e volta). Como seres humanos, trabalhamos muito melhor em um ecossistema maior, porque é muito melhor compartilhar com os outros, trabalhar junto, em uníssono. Essa mesma abordagem pode ser adotada com a sua perda de gordura. Se você puder encontrar um grupo de amigos ou membros da família que possam se responsabilizar mutuamente, essa passa a ser uma das ferramentas mais poderosas que você pode ter para ser capaz de alcançar um determinado objetivo. Sempre que você se encontrar em uma situação em que pensa em desistir da sua dieta, em que deseja sair para beber ou ter muitas refeições livres, você pensará em todas as outras pessoas que também estão dependendo de você, ou que estão trabalhando no mesmo objetivo específico de emagrecer, e provavelmente você terá mais força para fazer o seu melhor pensando nos outros. Outra forma de compartilhar o seu estilo é contratar um treinador pessoal. É ele que pode dar uma opinião objetiva e alguém que quer o melhor resultado para você e sempre será capaz de motivá-lo. Também pode te ajudar a levantar quando você cair, quando pensar em desistir. Por isso, um hábito bom é compartilhar a sua luta por emagrecimento ou ganho de massa com outras pessoas, sejam seus familiares, amigos, ou um treinador pessoal. 6. Dormir mais É muito importante que você durma mais. A maneira como você precisa encarar o sono é: óleo para a sua máquina corporal funcionar bem. Imagine que você tenha uma Ferrari, no entanto, se o motor não tiver óleo algum, o motor não terá a potência máxima possível e pode até se arrebentar. Isso acontece com a maioria das pessoas, elas não estão dormindo o suficiente, não há óleo suficiente no motor corporal. E não adianta tentar suprir essa falta de óleo do sono aos finais de semana com comidas suculentas ou bebidas alcoólicas, procurar a serotonina por esses meios não preenche a carência gerada pela falta de sono. O sono é o cavalo certo para apostar na perda de gordura de muitas pessoas Algumas pessoas com aproximadamente 15% de gordura corporal em 6 horas de sono diário não conseguem reduzir esse percentual. Ao aproveitar 8 horas de sono diária, com mais tempo para o corpo se recuperar, mais tempo para queimar mais calorias dormindo, sem comer, podem chegar aos 10% de gordura. Mais sono pode melhorar os níveis de produção de testosterona, porque agora o corpo fica mais lubrificado, trabalha melhor em tudo. As pessoas que dormem pouco precisam fazer muito mais exercícios cardiovasculares e cortar muito mais calorias e manter muito mais a disciplina, apenas pelo fato de estarem dormindo pouco. O simples fato de mudar o padrão de sono de, por exemplo, de 6 horas para 7 horas, já permite se perceber a diferença. A pessoa fica menos faminta, com menos vontade de sair para comer McDonald’s, Pizza Hut ou outra porcaria ultraprocessada. E ao elevar a quantidade de sono para 8 horas, o peso simplesmente continua caindo. O déficit calórico aumenta, porque o corpo está trabalhando sem o seu esforço durante o sono, o metabolismo fica otimizado, o perfil hormonal fica incrível. Um hábito que você deve adotar para melhorar o seu emagrecimento, ganho de massa e qualidade de vida é dormir mais. Apenas por dormir mais, você deseja comer alimentos melhores, porque simplesmente se sentirá melhor, se sentirá mais saudável, mais energético. Você sabe quando você não está dormindo o suficiente porque você se sente muito cansado. Quando você dorme mais, quando dorme bem, você tem desejo de ser ativo, tem desejo de viver plenamente. Você naturalmente treina melhor e come melhor ao dar ao corpo tempo suficiente para se recuperar. Você não pode subestimar o quanto o sono tem um efeito benéfico para o corpo. Quem está na adolescência, talvez possa se safar dormindo menos, porque a testosterona está num nível muito alto na fase de crescimento, queimando muitas calorias. Mas uma vez que a pessoa atinge 25, 30, 40, 50 anos, fica muito mais difícil e a pessoa precisa ter mais cuidado com o sono e a reparação corporal. A primeira coisa que você pode fazer é simplesmente decidir ir para a cama mais cedo ou decidir acordar um pouco mais tarde, uma decisão tão simples que tem um efeito profundo na sua vida. E mesmo que trabalha muito, vai ser muito mais produtivo ao dormir de 7 a 8 horas por noite. A pessoa é mais eficiente no trabalho, faz mais em menos tempo, tem melhores ideias, melhor humor, é melhor para todos ao redor. 7. Mudar de ambiente Ao conviver com pessoas que não estão atrás do mesmo objetivo que você, fica muito mais difícil alcançá-lo. Se você tem biscoitos no balcão da sua cozinha, se você abre a geladeira e tem pizza sobrando e bebidas calóricas, seu ambiente não é adequado para o objetivo de perder peso. A probabilidade de você errar é muito maior. É muito mais difícil resistir ao que está à sua disposição do que simplesmente evitar completamente por não ter a oferta do desvio do caminho à vista. Atletas de fisiculturismo em preparação para competição, tem que se livrar de barras de chocolate, biscoitos, refrigerantes e outras porcarias. Não podem ter nada disso à vista em casa. Quando você torna difícil alcançar alimentos que não são benéficos, isso resulta em resultados muito melhores, porque você acaba comendo menos biscoitos, pizzas, sorvetes, balas, bolos, salgadinhos, bebidas alcoólicas, e assim por diante, alimentos que podem estragar o resultado da sua dieta Portanto, se você tem algo em seu ambiente que não está contribuindo para a sua perda de peso, você não está facilitando seu plano de emagrecimento. A melhora do ambiente começa no supermercado. Simplesmente não compre nada que não lhe beneficie. Mudar seu ambiente tem um efeito enorme em sua capacidade para o sucesso, e isso não se aplica apenas à sua capacidade de perder gordura e ficar magro, mas também se aplica a tudo em sua vida. 8. Praticar musculação Pessoas que querem perder gordura devem fazer musculação, devem fazer treinamento de resistência. A pesquisa mostrou que indivíduos que treinam mais resistência conquistam melhores resultados porque são muito mais consistentes. Aderem mais à dieta. Um bom treino exige uma boa alimentação. Além de fazer musculação, alguns ainda recomendam que o treino seja realizado pela manhã, pois isso poderia trazer ainda mais consistência aos resultados, porque as pessoas que treinam pela manhã se sentem melhor ao longo do dia e tendem a não faltar nenhum treino. Não há uma explicação científica para o porquê disso, mas muitas pessoas relatam que são mais produtivas ao treinar pela manhã, sentindo-se muito mais dispostas ao longo do dia, e muito mais felizes por treinar pela manhã, pela sensação de dever cumprido. Talvez seja por conta da liberação de endorfinas no treinamento matinal. Se você está procurando uma boa maneira de começar o dia de forma feliz e consistente, sugiro que acorde cedo treine pela manhã. A musculação ou treinamento de resistência constrói mais músculos a longo prazo, você obtém aquela fisionomia esteticamente desejada e ainda aumenta o seu metabolismo, há muitos benefícios. Talvez na primeira semana seja um desafio treinar pela manhã cedo, mas, logo você notará que é um bom hábito e ele se tornará perfeito na sua rotina diária. Além de treinar pela manhã, descanse mais cedo à noite, indo para a cama mais cedo, isso é muito melhor no geral. 9. Beber mais água Beba mais água ao longo do dia, você vai sentir menos fome. Muitos sinais de fome que você pode sentir ao longo do dia são, na verdade, sinais de sede e desidratação. Uma regra simples para saber mais ou menos quanto de água beber ao longo do dia é utilizando seu peso corporal. Multiplique o seu peso corporal em kg por 35 ml de água. Imagine que você pesa 80 kg. Por essa fórmula, você precisa beber em torno de 2.800 ml (2,8 l) de água por dia. Em geral, a recomendação é beber entre 3 a 4,5 l de água todos os dias. Em primeiro lugar, isso deve ajudar o seu metabolismo. Se você está bebendo água fria, seu corpo precisa aquecer essa água e isso vai acelerar o seu metabolismo. Isso pode não desempenhar um papel muito relevante, o mais importante é manter você hidratado. Em segundo lugar, haverá menos probabilidade de consumir muito mais calorias, porque você estará passando muito tempo bebendo mais água e seu estômago vai estar mais cheio. Ademais, beber muita água é incrível para a sua pele. Lembre-se que nosso corpo é formado basicamente por água. 10. Não desistir nunca O principal problema na busca pelo emagrecimento é que muitas pessoas desistem. E quando eu digo isso, estou falando sobre consistência também. Se você não está em boa forma, se você tem 30% de gordura corporal, levou algum tempo para chegar nesse percentual elevado. Certamente você não foi de 10% para 30% em 1 mês, levou 2 meses, 3 meses, 4 meses, talvez até 6 anos, ou você tem sido assim a vida toda. Fazer uma mudança em termos de entrar em forma pode levar o mesmo tempo, claro que pode ser mais curto se você souber o que está fazendo. Mas seja paciente com seu corpo. Muitas pessoas desistem muito cedo ou simplesmente não esperam tempo suficiente para o corpo delas se adaptar à nova rotina saudável. É comum ouvir pessoas dizendo: "Eu estive acima do peso a vida inteira. Eu tomei esteroides anabolizantes com testosterona, tomei Ozempic® (semaglutida), fiz contagem de calorias, fiz CrossFit, fiz todas essas coisas e ainda estou acima do peso. Eu tentei tudo e estou pronto para desistir." Tenha paciência, persistência e resiliência. O corpo leva anos para chegar num estado de grande acúmulo de gordura. Pode levar outros anos para que você atinja seus objetivos. Saiba que você está dando um passo à frente a cada dia e, mesmo que seja pequeno, por muitos dias, a diferença será grande a longo prazo, e você se sentirá feliz. Fontes de consulta 1. GONZALES, Carlos Alberto; FIORILLO, Marília; PUGNANI, Daniel. Emagrecer com inteligência: um guia completo para perda de peso saudável e duradoura. Elsevier, 2021. 2. BREUS, Michael; TROTT-CARTER, Wendy. A dieta do sono: descubra como dormir melhor e emagrecer com saúde. Intrínseca, 2019. 3. LUDWIG, David. Mentes Magras: a ciência por trás do emagrecimento definitivo. Best Seller, 2019. 4. DUHIGG, Charles. O poder do hábito: como mudar sua vida no dia a dia. Objetiva, 2012. 5. DAVIDSON, Patricia; SASSO, Tatiana. Cozinhar é terapêutico: receitas saudáveis e deliciosas para o seu dia a dia. Editora Alaúde, 2020. 6. DIAMONDS, Mike. 10 Underrated Habits To Get Lean, Starting at 30% Body Fat. Disponível em: <https://youtu.be/-XNLbhX1fdM>. Acesso em: 28 abr 2024. 7. BEIGREZAEI, S; YAZDANPANAH, Z; SOLTANI, S. et al. The effects of exercise and low-calorie diets compared with low-calorie diets alone on health: a protocol for systematic reviews and meta-analyses of controlled clinical trials. Disponível em: <https://systematicreviewsjournal.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13643-021-01669-7>. Acesso em: 28 abr 2024. 8. ROBINSO, Eric Robinson; STENSEL, David. Does physical activity cause weight loss?. NATURE. Disponível em: <https://www.nature.com/articles/s41366-022-01247-4.pdf>. Acesso em: 28 abr 2024. 9. KANDOLA, Aaron. 6 best exercises for weight loss: Research and other weight loss tips. MEDICAL NEWS TODAY. Disponível em: <https://www.medicalnewstoday.com/articles/best-exercise-for-weight-loss>. Acesso em: 28 abr 2024. 10. The Endocrine Society. Poor fitness may impede long-term success in weight loss program. ScienceDaily. ScienceDaily, 31 March 2020. Disponível em: <https://www.sciencedaily.com/releases/2020/03/200331130033.htm>. Acesso em: 28 abr 2024. 11. BREEN, Audrey. Study: Fitness, Physical Activity Appear Superior to Weight Loss for Reducing Risks of Obesity. UVA TODAY. Disponível em: <https://news.virginia.edu/content/study-fitness-physical-activity-appear-superior-weight-loss-reducing-risks-obesity>. Acesso em: 28 abr 2024. Este artigo foi útil para você? Vai tentar adotar algum hábito mencionado no artigo? Já havia adotado algum hábito com sucesso? Deixe nos comentários. Está com dificuldade para emagrecer? Crie seu tópico no fórum.5 pontos -
Proteína antes de dormir? Whey protein ou caseína? Novo estudo surpreendente!
Batata... e 3 outros reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
A ideia de consumir proteína antes de dormir não é nova. A ciência atual sobre o assunto ainda não alcançou o ponto de aceitar a ideia de tomar um shake de proteína logo antes de se deitar como uma recomendação. Porém, um novo estudo (Pre-sleep Protein Ingestion Increases Mitochondrial Protein Synthesis Rates During Overnight Recovery from Endurance Exercise: A Randomized Controlled Trial, de 2023), bem recente, adiciona dados ao pequeno conjunto de informações sobre o consumo de proteína pré-sono, e há algumas percepções interessantes que podem mudar nossa maneira de pensar. A importância do sono Não há dúvida de que o sono é um dos fatores-chave, senão o fator mais importante, para nossa capacidade de se restaurar e se adaptar a todos os estressores da vida, incluindo o exercício. Precisamos de um bom sono para nos recuperarmos dos danos causados pelo exercício às nossas fibras musculares. Mas, além de simplesmente ter uma boa qualidade de sono, seria ótimo garantir que obtivéssemos os nutrientes adequados durante essa fase importante de recuperação. A importância da proteína E o nutriente mais essencial para nossos músculos é, de fato, a proteína, juntamente com seus constituintes de aminoácidos. Portanto, teoricamente, faz sentido afirmar que o consumo de proteína antes de dormir aumenta a recuperação e adaptação muscular, bem como possivelmente a síntese de proteínas musculares, o processo que impulsiona o crescimento muscular. Já temos alguns estudos que sugeriram que isso pode ser possível, mas, novamente, o conjunto total de dados é bastante escasso. Portanto, a esperança é que novos estudos, como o que vamos tratar neste artigo, possa nos mover em direção a uma imagem mais clara. Há no novo estudo algumas descobertas inesperadas. Como foi feito o estudo No estudo objeto deste artigo, 36 homens jovens e saudáveis foram recrutados e foram aleatoriamente designados a um dos três grupos que consumiram um shake antes de dormir. Os shakes continham 45 gramas de suplemento de proteína de soro de leite (whey protein), ou 45 gramas de suplemento de proteína de caseína (casein protein), ou uma mistura de placebo não calórico. Cerca de duas horas antes de dormir, os participantes também realizaram 60 minutos de ciclismo de resistência a 60% da capacidade de treino. Logo de cara, há algumas coisas intrigantes a apontar. Uma é que este não é apenas um estudo sobre proteína antes de dormir, mas especificamente sobre dois tipos de suplementos de proteína: soro de leite (absorção rápida) e caseína (absorção lenta). É amplamente acreditado que a proteína de caseína é superior à de soro de leite para consumo noturno porque é considerada uma proteína de digestão mais lenta, fornecendo um fluxo constante de aminoácidos durante a noite, enquanto o soro de leite fornece um grande pico de aminoácidos nos primeiros 90 minutos, seguido de um fluxo muito menor após os primeiros 90 minutos. E a segunda coisa interessante é que o protocolo de treino foi baseado em resistência, o que deu aos pesquisadores um novo resultado a medir. Além da síntese de proteínas musculares, os pesquisadores agora podem analisar a síntese de proteínas mitocondriais também, o que pode nos fornecer dados sobre adaptações de resistência, algo que não havia sido considerado nos estudos anteriores. Durante o dia experimental, todos os participantes receberam uma ingestão basal de proteína de 1,2 gramas por quilograma de peso corporal, o que, de maneira geral, deveria ser suficiente para adaptações relacionadas ao exercício. Além disso, um grande ponto positivo para este estudo é que tanto os protocolos de treino quanto os de sono foram monitorados em um ambiente de laboratório. Amostras de sangue foram coletadas várias vezes durante o estudo, incluindo 6 vezes enquanto os participantes dormiam. Os objetivos finais dos pesquisadores eram, novamente, medir as taxas de síntese de proteínas musculares e mitocondriais e também ver se havia alguma diferença no efeito entre o soro de leite e a caseína. Resultados do estudo Primeiro, em relação às concentrações de aminoácidos, como esperado, o consumo de proteína de soro de leite aumentou os níveis de concentração de leucina nos primeiros 90 minutos, mas caiu significativamente depois. A caseína, como esperado, sustentou níveis de concentração modestos, mas elevados, durante toda a noite. O que não se esperava, no entanto, é que o soro de leite, no geral, ainda sustentasse níveis de concentração semelhantes ou superiores aos da caseína em todos os momentos, exceto nas últimas duas horas de sono. Em outras palavras, apesar da grande queda após o pico, o soro de leite ainda levou a um nível alto e sustentado de concentração de aminoácidos durante a noite, que o equiparou à caseína. E isso parece ter desempenhado um papel no restante dos resultados. Primeiro, para a síntese de proteínas mitocondriais, a ingestão de proteína de caseína resultou em um aumento médio de 23% em relação ao placebo. A ingestão de proteína de soro de leite levou a um aumento médio de 37%. E, finalmente, para a síntese de proteínas musculares, a caseína levou a um aumento médio de 18% em relação ao placebo, enquanto o soro de leite teve um aumento médio de 35%. As surpresas no estudo Por um lado, este estudo sugere que a ingestão de proteína antes de dormir pode ser uma boa estratégia para melhorar as adaptações de resistência. Esta é uma nova descoberta que pode ser útil para atletas de resistência, especialmente porque tendem a consumir quantidades relativamente baixas de proteína em comparação com a maioria dos outros atletas. Claro, para ganhos musculares tradicionais, este estudo reforça ainda mais as descobertas anteriores. E a esta altura, há um fluxo bastante consistente de evidências que pelo menos torna a ideia de consumir proteína antes de dormir digna de consideração. Mas o que me surpreendeu mais do que qualquer outra coisa foram os resultados entre o soro de leite e a caseína. Acreditava-se há muito tempo que a superioridade da caseína estava em seus efeitos de digestão lenta, o que deveria ser especialmente vantajoso para o consumo noturno. Mas, agora, com este estudo, não apenas parece que os efeitos de concentração da caseína não são muito melhores, mas o mecanismo real de crescimento muscular, a síntese de proteínas musculares, também ficou bem atrás do soro de leite. Isso pode muito bem fazer do soro de leite o melhor suplemento de proteína à base de leite e, talvez, o melhor suplemento de proteína em geral. Dito isso, como sempre, uma ressalva: este é apenas um estudo. E uma pequena coisa a considerar também é que, ao receber os shakes de proteína, os grupos de soro de leite e caseína consumiram mais proteína total ao longo do dia em comparação com o grupo placebo. No entanto, como o estudo está especificamente analisando os efeitos noturnos, não acho que isso mudaria muito os resultados, mas ainda vale a pena considerar. Conclusão Ao que parece consumir whey protein antes de dormir pode ser uma boa estratégia nutricional em dietas de pessoas que buscam mais massa muscular. Fontes de consulta 1. RES, Peter T.; KERKSICK, Chad M.; CAMPBELL, Bill I. Effects of Pre-Sleep Protein Ingestion on Skeletal Muscle Adaptive Responses. Journal of Nutrition and Metabolism, v. 2012, p. 1-10, 2012. 2. SNOWSILL, Georgia. Does Pre-sleep Protein Intake Enhance Overnight Muscle Protein Synthesis in Resistance-Trained Individuals? International Journal of Sports Nutrition and Exercise Metabolism, v. 30, n. 1, p. 45-51, 2020. 3. JAGER, Ralf; KERKSICK, Chad M.; CAMPBELL, Bill I. International Society of Sports Nutrition Position Stand: Protein and Exercise. Journal of the International Society of Sports Nutrition, v. 14, n. 1, p. 20-35, 2017. 4. ORMSBEE, Michael J.; CAMPBELL, Bill I. Nutrition and Exercise: An Overview of Pre-sleep Protein Metabolism. Journal of the American College of Nutrition, v. 29, n. 5, p. 469-475, 2010. 5. WEST, Daniel W. D.; BURD, Nicholas A.; TARNOPOLSKY, Mark A. Elevations in Naturally Occurring Testosterone Impact Postexercise Myofibrillar Protein Synthesis and Whole-Body Protein Balance. FASEB Journal, v. 24, n. 10, p. 4220-4229, 2010. 6. BEELEN, Mike; RES, Peter T.; ERASMUS, Leon J. Influence of Pre-sleep Protein Ingestion on Overnight Muscle Protein Synthesis Rates. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 40, n. 10, p. 1901-1910, 2008. 7. TROMMELEN, Jorn; LEEUWENBURGH, Claire; VAN LOON, Luc J. C. Effect of Pre-sleep Protein Intake on the Skeletal Muscle Adaptive Response to Exercise in Elite Athletes. Nutrients, v. 8, n. 12, p. 1-15, 2016. 8. ANTONIO, Jose; ELIAS, Jayson A.; PEARL, Michelle S. The Effects of Pre-sleep Protein Supplementation on Muscle Recovery and Performance. Journal of Strength and Conditioning Research, v. 29, n. 10, p. 2719-2725, 2015. 9. VAN LOON, Luc J. C.; RES, Peter T.; CAMPBELL, Bill I. The Role of Pre-sleep Protein Supplementation in Muscle Recovery and Adaptation. Sports Medicine, v. 43, n. 10, p. 1-14, 2013. 10. PICTUREFIT. Protein Before Bed - Not Bro Science? New Study. Disponível em: <https://youtu.be/4htbVSyRRl8>. Acesso em: 23 mai 2024. 11. TROMMELEN, Jorn et al. Pre-sleep Protein Ingestion Increases Mitochondrial Protein Synthesis Rates During Overnight Recovery from Endurance Exercise: A Randomized Controlled Trial. Sports Medicine, v. 53, p. 1445-1455, 2023. Disponível em: <https://link.springer.com/article/10.1007/s40279-023-01822-3>. Acesso em: 24 mai 2024. 12. RES, Peter T.; BEELEN, Mike; JAGER, Ralf. The Impact of Pre-sleep Protein Intake on Recovery and Performance in Athletes. Nutritional Strategies for Maximizing Performance, v. 5, n. 1, p. 50-60, 2011. Gostou deste artigo sobre proteínas antes de dormir? Caso tenha ficado com alguma dúvida, deixe nos comentários. Conte também se você já adota a estratégia de consumir proteínas antes do sono e se isso trouxe melhores resultados.4 pontos -
Trembolona: 50x mais poderosa e mais perigosa do que a testosterona
Alice Oliveira S. e 3 outros reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Os tolos aprendem com os próprios erros Todo mundo já ouviu a célebre frase: "Os tolos dizem que aprendem com os seus próprios erros; eu prefiro aprender com os erros dos outros" (Otto von Bismarck). Neste artigo, vamos apresentar um relato sobre a trembolona do famoso atleta de fisiculturismo, treinador pessoal e influenciador digital Laércio Refundini. Ao final, quero saber se você aprenderá com os erros dos outros, ou se optará pode apreender pelos próprios erros. Relato de uso da trembolona Num vídeo publicado no YouTube, o grande Laércio Refundini relata de modo completo, sincero, e sem meias palavras, a sua experiência com a trembolona, uma droga anadrogênica anabólica esteroide extremamente poderosa e extremamente perigosa. A trembolona quase arruinou a vida do atleta. Acompanhe o relato até o final e obtenha o conhecimento da prática do fisiculturismo com o uso dessa droga, tanto dos efeitos esperados quanto daqueles totalmente indesejados. A ação da trembolona: 50x mais potente do que a testosterona Para você ter uma ideia do poder da trembolona, ela é uma substância que é usada em gado para aumentar o seu peso e o seu apetite. É uma droga usada em animais grandes. Alguns fisiculturistas usam doses muito maiores do que aquelas recomendadas para esses animais grandes. Dentro do corpo, ela age com uma potência 50 vezes maior que a da testosterona. A trembolona é uma substância derivada da testosterona, assim como todos os outros anabolizantes esteroides androgênicos. Para entender como funciona a testosterona, vamos fazer um exercício de imaginação. Ao ser injetada, a testosterona passa pela corrente sanguínea, e chega ao músculo. No músculo, ela encontra o receptor androgênico. Ao se conectar com esse receptor androgênico, a testosterona vai para o núcleo do músculo e lá promove a síntese proteica. Quando uma molécula de trembolona se conecta a esse receptor androgênico, acontece a mesma coisa. Porém, tem um efeito 50 vezes mais poderoso que a testosterona. É uma das substâncias mais potentes para aumento muscular. Também uma das melhores em termos de efeitos termogênicos, o que promove uma enorme redução de gordura corporal. Não é surpresa que as pessoas que usam a trembolona desenvolvem físicos muito bonitos. Mas ela cobra muito, muito caro por isso. A destruição causada pela trembolona Apesar de ser uma droga incrível para promover o crescimento da massa muscular e da queima de gordura, Laércio relata que durante seus dias de competição, quando ainda usava a trembolona (reafirma que "usava", porque nos últimos campeonatos ficou longe dela, não queria nem saber dela) sofria com colaterais terríveis. Mau humor A primeiro colateral percebido era se tornar antissocial. Ele entrava na academia pela manhã para fazer cardio, com o boné abaixado, rezando para que ninguém dissesse "bom dia". O que estava começando a acontecer com ele? Na época, ele era personal, e o personal costuma ensinar os alunos presencialmente. Imagine como ele se comportava nessa aulas? Perdeu muitos alunos pelo mau humor. Somente depois de um tempo que a ficha caiu. Ele devia estar realmente insuportável, e isso teve um impacto muito negativo na sua profissão. O momento do treino com o personal tem que ser agradável, tem que ser descontraído, mesmo com treino mais pesados e mais sérios. Ninguém aguenta um personal mau humorado, rabugento, ou mal educado. Quando o personal ensina, tudo deve ser voltado para agradar o aluno. O momento é do aluno. Ele merece o melhor treino e um ambiente legal, não só para o treino ser bom, mas para o momento ser bom. Tudo isso foi por água abaixo quando Laércio usou a trembolona, o lado profissional foi severamente afetado. Além disso, ele relata que naquela época era casado. Imagine a relação em casa com a esposa? Ele demorou para entender isso. Demorou muito para cair a ficha. Ao observar essa intolerância social em outros atletas que também usavam trembolona, ele comentou sobre essa agressividade que percebia, mas eles não conseguem enxergar o quanto antissociais haviam se tornado. Excesso de suor noturno Muitas pessoas relatam os famosos suores noturnos com a trembolona, e Laércio também sentiu isso. Não raramente acordava com o corpo completamente molhado de suor, por causa da trembolona. Sono prejudicado Outro colateral relatado tem a ver com o sono. Sabemos que o sono é importantíssimo para o descanso do cérebro, longevidade e recuperação muscular.. Com a trembolona, o sono é completamente agitado, o usuário parece não chegar ao sono profundo. Essa droga deixa o cérebro mais ativado, mais alerta. Para dormir, é preciso relaxar. A trembolona não permite que o usuário relaxe. Ereção prejudicada Outro colateral que Laércio experimentou foi a dificuldade em ter uma boa ereção. Ele não soube identificar se o problema na ereção se deve à agitação dos pensamentos ou a algum mecanismo do órgão sexual. Em conversas com amigos, ouviu relatos semelhantes de outros usuários de trembolona. Segundo o atleta, quando se trata de um ato sexual, a pessoa tem que estar aproveitando o momento, não pode estar irritada ou ansiosa. A ansiedade atrapalha. Mas ele não tem conclusão definida. Não sabe dizer se a ereção ruim é por conta da ansiedade ou se há outros mecanismos biológicos, mas sentiu uma grande diferença na ereção por causa da trembolona. Não conseguia mais ficar com o pênis ereto. Perturbação dos pensamentos Depois de começar a usar a trembolona, o atleta relata que toda a sua vida parou. A única coisa que importava eram os campeonatos de fisiculturismo. Ele não queria viver a vida, só queria continuar a preparação para os campeonatos. Só pensava em treino, cardio, dieta e suplementos alimentares. Qualquer outro pensamento era tido como um empecilho para a preparação. Se alguém o parasse para dizer "olá", o que passava pela sua cabeça era "essa pessoa está me incomodando." A trembolona fez isso com ele e pode fazer a mesma coisa com todos que a usam. A pessoa fica focada no físico e qualquer outra coisa além disso não funciona mais. Isso causa muita irritação. Ocitocina e relações sociais sob estresse A ocitocina é um neurotransmissor (hormônio) responsável por nossos relacionamentos sociais. Vivemos em sociedade por causa da ocitocina. Claro que não apenas por conta dela, mas em razão dela também. Esse neurotransmissor faz a gente viver em sociedade, faz a gente gostar de passar tempo com as pessoas. Quando a testosterona está muito alta no corpo, a produção de ocitocina diminui. Como a trembolona é 50 vezes mais poderosa que a testosterona, fica ainda mais prejudicada a ocitocina. A questão pode ser tornar mais delicada. Quando uma pessoa está sob estresse, o estresse inibe a produção de ocitocina. Essa inibição quer dizer zerar a ocitocina. Adivinhe qual é o principal sintoma de quem usa trembolona? Estresse. A pessoa se torna extremamente irritada, mas isso não é tudo. Deterioração cerebral Muitos estudos mostraram categoricamente que a trembolona deposita uma substância chamada placa beta-amiloide no cérebro do usuário. Essa é a mesma substância encontrada em grandes quantidades nos cérebros de pessoas com Alzheimer, com demência mental (17β-trenbolone, an anabolic-androgenic steroid as well as an environmental hormone, contributes to neurodegeneratio). Laércio relata que viu pessoas próximas, que usam altas doses de trembolona, com muita dificuldade em pensar. Tosse assustadora Essa droga é tão ruim para o ser humano que ela causa a famosa "tosse da trembo". O atleta relata de uma vez que experimentou essa tosse muito forte. Ele aplicou a trembolona e a tosse começou. É uma tosse tão forte que deixa o usuário desesperado, porque ao tossir sem parar não é possível respirar. É uma combinação de tosse e falta de ar, causa uma sensação de que a morte está próxima. A tosse não para, e o usuário fica sem fôlego. É uma sensação de "vou morrer". O mais impressionante é que há pessoas que adoram isso, há pessoas que dizem "se não tiver tosse, não bate, não é bom." O nível de degradação mental causada por essa droga é assustador. Essas pessoas realmente querem morrer? Outros colaterais A maioria das pessoas já chama os esteroides anabolizantes androgênicos de veneno. E isso tem uma razão, certo? Existem vários outros efeitos colaterais comuns entre a trembolona e outros esteroides, como: pressão alta, risco de trombose, e acne absurda pelo corpo todo. Conclusão Antes de usar qualquer esteroide anabolizante androgênico, pense muito bem. Tomou a decisão? Não use tremblona. Há drogas menos agressivas. E sempre tenha acompanhamento médico constante. Lembre-se que você pagará pela sua estética com a sua saúde. Fontes de consulta 1. MA, F. et al. 17β-trenbolone, an anabolic-androgenic steroid as well as an environmental hormone, contributes to neurodegeneration. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25461682/>. Acesso em: 7 jul 2024. 2. MOTSINGER, L. et al. Understanding the Effects of Trenbolone Acetate, Polyamine Precursors, and Polyamines on Proliferation, Protein Synthesis Rates, and the Abundance of Genes Involved in Myoblast Growth, Polyamine Biosynthesis, and Protein Synthesis in Murine Myoblasts. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10045634/>. Acesso em: 7 jul 2024. 3. YARROW, J. et al. 17β-Hydroxyestra-4,9,11-trien-3-one (trenbolone) exhibits tissue selective anabolic activity: effects on muscle, bone, adiposity, hemoglobin, and prostate. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6189634/>. Acesso em: 7 jul 2024. 4. REFUNDINI, Laércio. Essa substância quase destruiu a minha vida. Disponível em: <https://youtu.be/mEaxNjNSuls>. Acesso em 7 jul 2024. Este artigo foi útil para você decidir sobre o uso da trembolona? Deixe nos comentários seu relato e eventuais dúvidas.4 pontos -
5 motivos para você caminhar todos os dias
Alice Oliveira S. e 2 outros reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Caminhar emagrece Você acreditaria que é possível perder 50 quilos com dieta e apenas com caminhada como atividade física? Isso é possível. Acredite. Simplesmente caminhe e faça dieta. Neste artigo, vou expor os benefícios da caminhada e por que isso é tão vantajoso quando se trata de preservar músculos. A população está ficando obesa Para começar, vamos analisar um artigo que foi publicado recentemente e que é impressionante (Projected U.S. State-Level Prevalence of Adult Obesity and Severe Obesity). O estudo projeta que, até o ano 2030, 1 em cada 2 pessoas será obesa e 1 em cada 4 pessoas será severamente obesa nos Estados Unidos. Isso não é assustador? No Brasil, os números são menores, mas não menos alarmantes. Até 2030, 3 em cada 10 adultos podem se tornar obesos. O estudo feito por aqui revelou que a prevalência de obesidade aumentou de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019, e chegará a 29,6% em 2023 (Time trends and projected obesity epidemic in Brazilian adults between 2006 and 2030) Segundo a pesquisa, a previsão é que até 2030, 68,1% da população brasileira esteja com algum sobrepeso, e 29,6% com obesidade (doença). Esse é um caminho muito perigoso que estamos seguindo, colocando em risco a saúde e a qualidade de vida da maioria da população. Caminhar aumenta a expectativa de vida Um estudo de metanálise publicado no Lancet, que considerou outros 15 estudos independentes, dividiu as pessoas em 4 categorias simples (Daily steps and all-cause mortality: a meta-analysis of 15 international cohorts): pessoas que caminhavam cerca de 3.500 passos por dia; 5.800 passos por dia; 7.800 passos por dia; pouco menos de 11.000 passos por dia. Houve uma relação dose-dependente entre quanto as pessoas caminhavam e a mortalidade por todas as causas. Pessoas que caminhavam 5.800 passos por dia tinham 40% menos probabilidade de morrer do que pessoas que caminhavam 3.500 passos por dia. Pessoas que caminhavam 7.800 passos por dia tinham 45% menos probabilidade de morrer, menor risco de mortalidade por todas as causas. Pessoas que caminhavam perto de 11.000 passos por dia tinham 53% menos risco de mortalidade por todas as causas em comparação com o grupo de 3.500 passos. Isso não é só para te assustar, é para realmente demonstrar que a coisa mais simples que podemos fazer é apenas caminhar. Para que você tenha uma ideia de tempo, numa caminhada de intensidade moderada de 5 km/h, para que sejam dados os passos sugeridos no estudo, é necessário o seguinte tempo: 32 minutos para 3.500 passos; 53 minutos para 5.800 passos; 71 minutos (1 hora e 11 minutos) para 7.800 passos; 100 minutos (1 hora e 40 minutos) para 11.000 passos. Caminhar melhora a resistência à insulina Do ponto de vista metabólico, a resistência à insulina pode ser dramaticamente mitigada ao mover os nossos músculos pela caminhada. O treinamento de musculação é muito conhecido por seus benefícios metabólicos quando se trata de melhorar a resistência à insulina. Mas muitos se esquecem que caminhar promove o movimento dos maiores músculos do nosso corpo: glúteos, quadríceps e isquiotibiais. Quando movimentamos esses músculos, grandes algo milagroso acontece. A contração desses músculos suga a glicose do sangue sem que a insulina sequer seja necessária, o que significa que dá um descanso ao pâncreas, que não precisa produzir insulina, enquanto as células em suas pernas sugam glicose do sangue. Essa glucose sugada do sangue é aquela que está flutuando no sangue e que pode causar danos se estiver muito elevada. É muito mais fácil fazer alguém adotar uma rotina saudável de caminhadas treinos de musculação (treino de resistência aos pesos). Comece com a caminhada. Houve outro estudo que demonstrou que se você aumentar a sua caminhada diária em 1.000 passos, você terá um risco 12% menor de mortalidade por todas as causas (Daily Step Count and All-Cause Mortality: A Dose–Response Meta-analysis of Prospective Cohort Studies). Temos que fazer uma ressalva. Não podemos aumentar indefinidamente o número de passos. É o famoso "tudo em excesso faz mal". O ideal é que o número de passos diários numa caminhada não seja superior a 17.000. Após esse ponto, há uma linha de retorno decrescente. Caminhar queima mais gordura do que correr Caminhar também utiliza mais gordura como porcentagem de "combustível" para o corpo. Você pode argumentar que correr por 60 minutos vai queimar mais calorias e, em última análise, queimar mais gordura, do que caminhar por 60 minutos. Isso é verdade, mas, deixando de lado números absolutos, considerando porcentagens, caminhar queima mais gordura, proporcionalmente, do que correr. E isso é incrível, porque você pode caminhar por um longo período de tempo. Em outras palavras, quanto mais tempo você caminhar em baixa intensidade, mais gordura você estará utilizando, e menos carboidratos e outros combustíveis estará utilizando. Se você tiver tempo para caminhar, e apenas caminhar casualmente, vai queimar muita gordura e, talvez, apenas gordura. Por isso, não vai usar músculo como "combustível" do corpo na caminhada. Este é o nosso próximo ponto. Caminhar não queima os músculos Caminhar preserva muito os músculos. Precisamos ter um equilíbrio de atividades de alta capacidade aeróbica (VO2 máximo), onde realmente estressamos nosso sistema cardiorrespiratório e o fortalecemos, mas a maior parte da nossa queima calórica deveria ser proveniente de uma simples caminhada. Isso poupa muito os músculos, melhora o que chamamos de angiogênese, melhora como você consegue mais fluxo sanguíneo para a área muscular, fazendo com que a musculatura possa se ativar melhor e ser preservada. Além disso, como já vimos, a baixa intensidade é muito boa quando se trata de utilizar gorduras como fonte de energia, e é isso que vai poupar a quebra da massa muscular. Uma coisa muito importante é que ao caminhar você está queimando eletrólitos, ainda que você não perceba, por não estar suando loucamente. Por isso, é importante uma dieta equilibrada em vitaminas e minerais. Caminhar não prejudica as articulações O próximo motivo para preferir a caminhada é simples: não é uma atividade traumática, não machuca suas articulações, como ocorre em outras atividades. É um exercício de baixo impacto. Não entenda mal, as atividades intensas têm as suas funções nos treinos, como os cardios intensos, as corridas e os treinos de musculação com carga elevada. Porém, na maior parte do tempo ativo para queima de gordura e manutenção da saúde, apenas a caminhada já é suficiente. O atleta que passa a maior parte do meu tempo ativo correndo, provavelmente não terá as articulações tão boas e preservadas quanto à aquele que se dedica mais às caminhadas. Portanto, caminhar é bom para a preservação muscular e também é muito bom para poupar as articulações. O ponto principal é que você não está machucando seu corpo, é sustentável a longo prazo, e isso realmente deve ser considerado para quem deseja ser fisicamente ativo até o fim da vida. Caminhar facilita tomar sol (vitamina D) A caminhada também permite que você obtenha outros fatores naturais que podem melhorar a a sua qualidade de vida e processos metabólicos. Um exemplo é facilitar a exposição ao sol e aumentar a vitamina D. Ademais, permitir ao corpo perceber melhor a baixa luz do pôr do sol, pode afetar positivamente o nosso cérebro e a nossa neuroquímica. Caminhar permite que façamos tudo numa só atividade: atenda suas ligações telefônicas enquanto caminha, saia para uma caminhada sem motivo especial, leve seus cachorros para uma caminhada, caminhe com a sua família. Esse hábito de caminhar permite aproveitar o sol, auxiliar o sono, melhorar o metabolismo, queimar gordura, modular a glicose e obter os benefícios da angiogênese (novos vasos sanguíneos), o que provavelmente vai aumentar a força nos treinos de musculação. Conclusão Muitos desdenham da caminhada como exercício suficiente para queimar gordura e ativar a musculatura. Saiba que a caminhada é uma excelente atividade para melhorar a saúde, aumentar a qualidade de vida, emagrecer, preservar as articulações, aumentar a vitamina D, preservar a massa muscular, e aumentar a força nos treinos com pesos. São tantos benefícios, que a caminhada se torna irresistível. Boas caminhadas! Fontes de pesquisa 1. ESTIVALETI, J. et al. Time trends and projected obesity epidemic in Brazilian adults between 2006 and 2030. Disponível em: <https://www.nature.com/articles/s41598-022-16934-5>. Acesso em: 22 jun 2024. 2. WARD, Z. et al. Projected U.S. State-Level Prevalence of Adult Obesity and Severe Obesity. Disponível em: <https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMsa1909301>. Acesso em: 22 jun 2024. 3. PALUCH, A. et al. Daily steps and all-cause mortality: a meta-analysis of 15 international cohorts. Disponível em: <https://www.thelancet.com/journals/lanpub/article/PIIS2468-2667(21)00302-9/fulltext>. Acesso em: 22 jun 2024. 4. JAYEDI, A. et al. Daily Step Count and All-Cause Mortality: A Dose–Response Meta-analysis of Prospective Cohort Studies. Disponível em: <https://link.springer.com/article/10.1007/s40279-021-01536-4>. Acesso em: 22 jun 2024. 5. DELAUER, Thomas. 5 Reasons WALKING is the King of Fat Loss (Changed My Life). Disponível em: <https://youtu.be/pqpAxsloj-g>. Acesso em: 22 jun 2024. 6. EKLUNG, U. et al. Does physical activity attenuate, or even eliminate, the detrimental association of sitting time with mortality? A harmonised meta-analysis of data from more than 1 million men and women. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0140673616303701>. Acesso em: 22 jun 2024. 7. MONTEIRO, C. et al. Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição: tendências de obesidade entre crianças e adolescentes no Brasil. Revista de Saúde Pública, 2007, 41(4), 567-575. 8. HALLAL, P. et al. Global physical activity levels: surveillance progress, pitfalls, and prospects. The Lancet, 2012, 380(9838), 247-257. 9. MATSUDO, S. et al. Nível de atividade física da população do estado de São Paulo: análise de acordo com o gênero, idade, nível socioeconômico, distribuição geográfica e de conhecimento. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 2002, 10(4), 41-50. 10. NAHAS, M. et al. Recomendações para a prática de atividade física: uma revisão crítica. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 2011, 16(2), 101-108. 11. SILVA, K. et al. Comportamento sedentário e atividade física em universitários: uma abordagem epidemiológica. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 2014, 28(2), 193-204. 12. PITANGA, F. et al. Prevalência e fatores associados ao sedentarismo no lazer em adultos. Cadernos de Saúde Pública, 2005, 21(3), 870-877. Este artigo foi convincente para que você caminhe mais todos os dias? Conte para mim nos comentários. Ainda tem dúvidas? Deixe nos comentários ou crie seu tópico no fórum.3 pontos -
Glifage® (metformina) é bom para emagrecer?
fisiculturismo e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Metformina: o que é e para que serve? A metformina nada mais é do que um antidiabético oral da classe das biguanidas. É encontrada no mercado com o nome comercial Glifage®. Ela é o antidiabético mais utilizado no mundo, sendo prescrita principalmente para auxiliar pessoas obesas e aquelas com diabetes tipo 2. O diabetes tipo 2 é uma condição adquirida ao longo da vida, geralmente devido a maus hábitos, como o consumo excessivo de carboidratos de alto índice glicêmico e a falta de prática de exercícios físicos. Esses fatores levam ao sobrepeso e à resistência à insulina. Resistência à insulina e seu impacto A resistência à insulina ocorre quando o corpo tem dificuldade de responder à ação da insulina. Em indivíduos sensíveis à insulina, uma pequena quantidade do hormônio já é suficiente para realizar seu papel. No entanto, quando há resistência, o organismo precisa liberar uma grande quantidade de insulina para obter o mesmo efeito. A insulina tem um efeito lipogênico, ou seja, contribui para o armazenamento de gordura. Quando em excesso, pode levar ao acúmulo de gordura corporal. Por outro lado, a insulina também é fundamental para o crescimento muscular, pois ajuda na absorção de proteínas. Se o corpo precisa liberar uma grande quantidade de insulina para esse processo, há um maior risco de ganho de gordura. Metformina e sua ação no corpo A metformina age tornando o organismo mais sensível à insulina, criando um ambiente mais favorável para a absorção de nutrientes de forma saudável e eficiente. Isso significa que o corpo precisará produzir menos insulina para obter os mesmos efeitos. Uma dúvida comum é: “Se eu tomar metformina, vou emagrecer?” A resposta é que a metformina não causa emagrecimento por si só. Ela apenas cria um ambiente mais favorável para a perda de peso. Ou seja, se a pessoa não fizer nenhuma mudança nos hábitos alimentares e na prática de exercícios, a metformina não terá impacto significativo na perda de gordura. Uso da metformina no cutting e no bulking Muitas pessoas acreditam que a metformina pode acelerar o emagrecimento quando utilizada no cutting, mas isso não é necessariamente verdade. No cutting, a dieta já é hipoglicídica, ou seja, reduz a carga glicêmica da alimentação, aumentando a sensibilidade à insulina naturalmente. Além disso, a maioria das pessoas utiliza carboidratos de baixo índice glicêmico, pratica musculação e faz exercícios aeróbicos, o que também melhora a sensibilidade à insulina. Ou seja, se a pessoa já está condicionada e segue um bom plano alimentar e de treino, o uso da metformina no cutting não trará nenhum benefício adicional. Já no bulking, a sensibilidade à insulina pode sofrer um leve comprometimento devido ao aumento da ingestão calórica e à redução dos aeróbicos. No entanto, se o bulking for feito de forma controlada, sem exageros no consumo de calorias e açúcar, essa piora ainda estará dentro de parâmetros saudáveis, tornando desnecessário o uso da metformina. Quando a metformina realmente ajuda? A metformina pode ser útil principalmente para: Pessoas obesas e sedentárias, que têm dificuldades em utilizar a insulina de forma eficiente. Indivíduos que estão iniciando um processo de emagrecimento e querem melhorar a sensibilidade à insulina para acelerar os resultados. Pessoas com diabetes tipo 2, que podem até reduzir a necessidade da medicação ao adotar hábitos saudáveis. Um exame chamado Homa-IR pode ser utilizado para medir a sensibilidade à insulina e ajudar a determinar se o uso da metformina é necessário. Efeitos colaterais e descontinuação Assim como qualquer outro medicamento, a metformina pode causar efeitos colaterais. Entre eles, destacam-se: Hipoglicemia (queda do açúcar no sangue). Náusea e desconforto gastrointestinal. Efeitos colaterais a médio e longo prazo. Uma forma de minimizar esses efeitos é fracionar a dosagem ao longo do dia e aumentá-la de maneira progressiva. Outro ponto importante é que a interrupção abrupta da metformina pode causar um efeito rebote, piorando a composição corporal temporariamente. Por isso, qualquer mudança no uso deve ser feita com acompanhamento adequado. Formas naturais de melhorar a sensibilidade à insulina Além do uso da metformina, existem diversas estratégias naturais para melhorar a sensibilidade à insulina, como: Praticar exercícios físicos regularmente, incluindo musculação e aeróbicos. Controlar a ingestão de carboidratos, priorizando aqueles de baixo índice glicêmico. Utilizar suplementos e alimentos que auxiliam na sensibilidade à insulina, como cromo, vanádio, vinagre de maçã e canela. Conclusão A metformina pode ser uma ferramenta útil para melhorar a sensibilidade à insulina e acelerar a perda de peso em pessoas que realmente precisam desse suporte. No entanto, seu uso não é necessário para indivíduos que já seguem um estilo de vida saudável. A melhor forma de melhorar a sensibilidade à insulina continua sendo a adoção de bons hábitos alimentares e a prática regular de exercícios. Para saber se há necessidade do uso da metformina, exames como o Homa-IR podem ser utilizados para avaliar a sensibilidade à insulina. Fontes de consulta 1. TWIN, Leandro. Metformina no emagrecimento rápido e efeitos anabólicos. YouTube, 2020. Disponível em: <https://youtu.be/k6dztAFxzD8>. Acesso em: 20 fev. 2025. Você usa ou já usou o Glifage®? Como foram os resultados? Compartilhe nos comentários.2 pontos -
Pesos leves ou pesados para fazer o músculo crescer?
Ferraz e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Pesos pesados ou leves para mais músculos? Você já se perguntou se pesos pesados ou se pesos leves são mais eficazes para construir músculos? Você não está sozinho. Esta questão tem sido objeto de amplos debates entre entusiastas do mundo do fisiculturismo e do fitness por anos. Para responder a essa pergunta, vamos analisar um experimento. Experimento com o supino com halteres (carga x repetições) No experimento, José, um praticante de musculação, foi filmado fazendo supino com halteres. Em um lado (A), ele estava usando um peso que era o seu máximo para 8 a 10 repetições. No outro lado (B), ele estava usando um peso muito mais leve, que era seu máximo para 20 a 30 repetições. José chega à falha no lado A, mas continua o exercício no lado B, até a 24ª repetição. E agora? Qual dos dois métodos é mais eficaz para construir músculos? Mais carga e menos repetições ou menos carga e mais repetições? A resposta pode surpreender você. Se você respondeu pesos pesados, você poderia estar certo. Se você respondeu pesos leves, você também poderia estar certo. Na verdade, se você respondeu ambos, você definitivamente estaria certo. Isso ocorre porque a eficácia de pesos pesados versus leves para a construção muscular depende de uma compreensão do contínuo de repetições. Quando você entende isso, pode fazer qualquer um desses métodos funcionar. Os estudos já realizados Há muitos estudos que provam que você pode construir músculos em qualquer uma dessas faixas de repetições (8 a 10 ou 20 a 30). Na verdade, a ciência real está sendo feita sobre isso todos os dias. Um desses cientistas, Dr. Brad Shonfeld, tem feito muitas pesquisas nessa área. Ele descobriu que, contrariamente à crença popular, fazer mais de 12 a 15 repetições não é apenas melhor para o cardio. Na verdade, a literatura, agora, mostra de forma convincente que você pode ganhar músculos mesmo com um número alto de repetições. Vários estudiosos, incluindo o do Dr. Brad Shonfeld, têm feito muitas pesquisas sobre este tópico. Eles mostraram que é possível ganhar quantidades semelhantes de músculo, independentemente da carga, em uma ampla gama de repetições, até 30 a 40 repetições. Há uma grande quantidade de pesquisas sendo feitas para mostrar isso. Diferentes estímulos para o crescimento muscular Existem diferentes estímulos que impulsionam o crescimento muscular. Os três principais são: alta tensão que obtemos nas faixas de repetição mais baixas (6 a 8); sobrecarga excêntrica que é muito possível à medida que chegamos a essas faixas intermediárias (10 a 12); estresse metabólico que podemos obter à medida que chegamos a essas repetições mais altas (20 a 30). Saber como aplicar esses estímulos é fundamental se você quiser ver os ganhos de todas essas faixas de repetição. A primeira coisa que você precisa entender é que sua margem de erro ao aplicar esses diferentes estímulos para o crescimento se torna muito estreita quando você chega a essa faixa de um número muito elevado de repetições. A repetição que importa em termos de sua capacidade de produzir crescimento é aquela que leva você à falha, e eu quero dizer a falha real. Para que os diferentes estímulos sejam eficazes, em todos eles, o número de repetições deve levar à falha ou à quase falha muscular. O exercício deve ser feito na intensidade máxima para o número de repetições. Falha real Quando você olha para a escala de repetições novamente, o que acontece é que a escala de subjetividade se torna muito ampla à medida que entramos nessas faixas de repetições mais altas. Ninguém vai questionar o que se sente ao atingir a falha. Quem treina sabe muito bem o que é isso. Sabe quando a musculatura para de reponder e não consegue mais executar nenhuma repetição adicional. Quando você está treinando para ficar grande e está usando pesos muito pesados, você sabe muito bem quando atinge a falha, é muito evidente a falha com pesos pesados e séries de no mínimo 6 ou 8 repetições. Mas quando se trata de séries de até 40 repetições, começa a ficar um tanto confusa a questão de se atingir ou não a falha muscular. Você realmente está alcançando a falha quando começa a sentir a musculatura queimar? Isso não é falha. Isso não é estímulo suficiente para crescer. Você tem que focar em chegar à falha mesmo com o número elevado de repetições, ou seja, não ser capaz de realizar mais nenhuma repetição adicional. Dosar a carga para a falha com repetições elevadas é bem mais difícil. No experimento, para que os estímulos sejam equivalentes para hipertrofia, José deve ser incapaz de fazer mais repetições com o peso muito pesado e com o peso mais leve. Estamos falando de empurrar os halteres num nível extremo de queimação até que os halteres não possam se mover mais. Aí sim tanto os pesos muito pesados, quanto os pesos leves, são igualmente eficazes para a construção muscular. Por que usar pesos pesados e pesos leves? Todos os estímulos musculares, com pesos pesados ou com pesos leves, servem como estímulo para crescimento muscular e que você vai precisar adotar em algum momento. As pessoas que querem sempre levantar pesos muito pesados vão descobrir que esse caminho vai deixar de funcionar em algum momento. Em razão disso, começam exagerar na sobrecarga excêntrica, que funciona muito bem com poucas repetições. Todavia, isso pode criar danos musculares que podem provocar uma dor muscular que pode diminuir a frequência de treinamento, por causa dos efeitos posteriores de ter que treinar com essa dor muscular. Isso começa a se tornar um impedimento para continuar o treinamento. E a necessidade de periodização do treino com estímulos diferentes entra em cena. Usar a estratégia de periodização com pesos mais leves e mais repetições é uma alternativa para renovar a eficiência dos estímulos do treino, para prevenir lesões e para vencer a estagnação ou plateau. Foco na força e na hipertrofia Muitos usuários aqui do site estão focados em força e hipertrofia. Mesmo focando em força, sugiro: 60% de cargas muito pesadas; 30% de cargas moderadas; 10% de cargas leves. As primeiras séries de um exercício podem ser realizadas com um propósito de preparação neurológica para as cargas mais pesadas e menos repetições. Em outras palavras, as primeiras séries preparam seus músculos, e os músculos auxiliares que ajudam os músculos maiores, para a execução das séries com cargas muito pesadas. Foco apenas na hipertrofia E as pessoas que não querem saber de força, apenas de hipertrofia, que são a maioria dos usuários deste site, que só querem construir músculos, qual deve ser a sua divisão? Eu sugiro: 25% de cargas muito pesadas; 50% de cargas moderadas; 25% de cargas muito leves. Você precisa seguir todos os três estímulos musculares - tensão, estresse excêntrico e sobrecarga metabólica - se quiser construir a maior quantidade possível de músculo. A importância do peso leve Reservar um lugar em seu treinamento para esse trabalho leve, mesmo que seja apenas treinamento com o peso do corpo, é incrivelmente importante. Não apenas para construir o máximo de músculo, mas para ser o mais funcionalmente capaz. Isso porque temos que ser funcionais nas atividades do dia a dia, e não apenas num dia de apresentação num palco de competição de fisiculturismo. Faça esse trabalho leve, mas certifique-se de que esteja fazendo isso da maneira certa, que esteja aplicando essa intensidade adequada, um alto esforço. Aprenda a viver com a queimação e depois vá mais longe até não conseguir sustentar mais uma repetição. Conclusão Não é fácil treinar com elevadas repetições com pesos leves e chegar à falha. Você pode ficar muito cansado ao fazer isso. É realmente difícil ter o foco mental para fazer isso repetidamente. Mas se você reservar apenas 25% do treino com essa estratégia, fica mais fácil. Ao final, o que queremos é construir o máximo de músculo, e para isso temos que nos esforçar com pesos leves e muito pesados, todos os tipos de estímulo são importantes. Fontes de consulta 1. GO OUTSIDE. A ciência por trás dos pesos leves e pesados para o crescimento muscular. Disponível em: https://gooutside.com.br/a-ciencia-por-tras-dos-pesos-leves-e-pesados-para-o-crescimento-muscular/. Acesso em: 28 mar. 2024. 2. ATHLEAN-X. Heavy vs Light Weights for Muscle Growth. Disponível em: https://youtu.be/qx4vTFBSofk. Acesso em 28 mar. 2024. 3. HÁBITOS SAUDÁVEIS. Pesos leves vs pesos pesados (para o crescimento muscular). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=V2riBm3FTPQ. Acesso em: 28 mar. 2024. 4. MUNDO DO CURIOSO. A ciência por trás de pesos leves versus pesos pesados para o crescimento muscular. Disponível em: https://mundodocurioso.com.br/a-ciencia-por-tras-de-pesos-leves-versus-pesos-pesados-para-o-crescimento-muscular/. Acesso em: 28 mar. 2024. 5. SILVA, A. C., & GENTIL, P. (2019). Efeitos do treinamento de força com pesos leves versus pesos pesados sobre a hipertrofia muscular e força máxima em jovens adultos: Uma revisão sistemática e metanálise. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 25(1), 5-14. 6. WILLARDSON, J. M., & GENTIL, P. (2010). Treinamento de força com pesos leves e moderados: Uma revisão de mecanismos e aplicações. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 16(6), 381-388. 7. LIMA-COSTA, F. R., GENTIL, P., & OLIVEIRA, A. R. (2015). Efeitos do treinamento de força com pesos leves versus pesos pesados sobre a composição corporal e desempenho de força em mulheres jovens. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho, 17(3), 232-241. 8. MARINHO, D. S., TELLES, R., NETO, M., & GENTIL, P. (2016). Efeitos agudos do treinamento de força com pesos leves versus pesos pesados sobre a atividade da mTOR e Akt em homens treinados. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 22(5), 324-329. 9. SOUZA, R. A., & GENTIL, P. (2018). Treinamento de força com pesos leves para hipertrofia muscular: Uma revisão crítica. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 24(2), 113-122. 10. CARVALHO, T. R., & GUEDES, L. E. (2012). Efeitos do treinamento de força com diferentes cargas sobre a hipertrofia muscular e força máxima em homens jovens. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho, 14(2), 117-127. 11. CARVALHO, T. R., & GUEDES, L. E. (2014). Treinamento de força com cargas variadas: Uma revisão sistemática e metanálise. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 20(6), 417-426. 12. OLIVEIRA, A. R., & GENTIL, P. (2017). Treinamento de força com pesos leves versus pesos pesados para reabilitação de lesões musculares: Uma revisão sistemática e metanálise. Revista Brasileira de Fisioterapia, 21(4), 315-324. 13. OLIVEIRA, A. R., & GENTIL, P. (2019). Treinamento de força com pesos leves versus pesos pesados para melhora da performance em diferentes modalidades esportivas: Uma revisão sistemática e metanálise. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 25(4), 247-256. 14. SILVA, A. C., & GENTIL, P. (2020). Treinamento de força com pesos leves versus pesos pesados para idosos: Uma revisão sistemática e metanálise. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 23(1), 74-83. Espero que este artigo tenha sido útil para você. Se você ainda tiver alguma dúvida, por favor, deixe nos comentários. Caso já tenha experimentado diversas técnicas de treinamento com pesos leves e com pesos pesados, conte a sua experiência nos comentários.2 pontos -
Alimentos que incham o seu corpo e prejudicam o ganho de massa muscular e a saúde
João Stronda e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Os 6 alimentos que podem estar prejudicando seu desempenho e como evitá-los A alimentação é um pilar essencial para qualquer pessoa que busca saúde, bem-estar e, no caso de atletas e esportistas, alto desempenho. Muitas vezes, dores musculares, inchaços ou aquela sensação de cansaço constante podem estar relacionados diretamente à sua dieta. Inspirado no conteúdo do Dr. Alexandre Amato, médico vascular do Instituto Amato, vamos explorar os alimentos que podem causar inflamação e impactar negativamente sua performance, além de dicas práticas para substituí-los de forma saudável. Alimentação: o combustível do corpo e da performance A famosa frase "nós somos o que comemos" reflete a importância de escolher alimentos que nutrem e sustentam o corpo. Na verdade, somos o que conseguimos absorver dos alimentos. Dietas repletas de itens inflamatórios podem provocar problemas crônicos, como dores articulares, inchaços e até doenças degenerativas. Esses problemas não surgem apenas do envelhecimento, mas, muitas vezes, do acúmulo de inflamação ao longo dos anos. Se você quer melhorar sua qualidade de vida e seus resultados no esporte, comece eliminando os seguintes alimentos: 1. Açúcar refinado: o vilão invisível O açúcar refinado está presente não apenas nos alimentos doces, como bolos, biscoitos e sobremesas, mas também em produtos salgados, como molhos industrializados e salgadinhos. Seu consumo excessivo causa: Inflamação no organismo. Picos glicêmicos, seguidos de queda de energia, o que compromete a performance esportiva. Dependência alimentar, levando ao aumento do consumo de calorias vazias. Como evitar: Leia os rótulos e identifique o açúcar oculto nos produtos. Substitua industrializados por alimentos naturais. Faça seus próprios molhos e doces, utilizando temperos naturais e adoçantes saudáveis, como a estévia ou o xilitol. 2. Carboidratos refinados: energia de curto prazo e alta inflamação Os carboidratos refinados, como farinha branca e produtos à base de trigo, são rapidamente digeridos, transformando-se em açúcar no sangue. Esse processo provoca: Picos de glicose e inflamação. Baixa saciedade e fome recorrente. Alternativas saudáveis: Priorize carboidratos complexos, como batata-doce, aveia integral, quinoa e arroz integral. Busque alimentos ricos em fibras, que prolongam a liberação de energia e mantêm o desempenho esportivo mais estável. 3. Sal em excesso: retendo líquidos e comprometendo a circulação Embora o sal seja essencial para o metabolismo, o excesso pode causar: Retenção de líquidos e inchaços. Hipertensão e problemas circulatórios, que afetam diretamente o desempenho físico. Dicas para reduzir o sal: Evite alimentos industrializados e processados. Use ervas, especiarias e temperos naturais para substituir o sal. Leia os rótulos e fique atento à quantidade de sódio dos alimentos. 4. Glúten: o potencial inflamatório escondido O glúten, presente no trigo, na cevada e no centeio, pode causar inflamação mesmo em quem não tem intolerância severa (como a doença celíaca). Entre os sintomas estão: Dores musculares e articulares. Fadiga crônica e sensação de cansaço. O que fazer: Teste sua tolerância ao glúten observando como seu corpo reage ao consumi-lo. Substitua a farinha de trigo por opções como farinha de amêndoa, coco ou aveia sem glúten. 5. Bebidas alcoólicas: tóxicas e inflamatórias Apesar de socialmente aceitas, as bebidas alcoólicas: Causam inflamação no trato digestivo. Sobrecarga o fígado e geram calorias vazias, que não fornecem energia útil ao corpo. Afetam a hidratação e comprometem a recuperação muscular. Como reduzir o consumo de álcool: Substitua bebidas alcoólicas por chás ou água com gás e limão. Para ocasiões sociais, escolha opções não alcoólicas e de baixo teor de açúcar. 6. Refrigerantes e sucos processados: química líquida no seu corpo Os refrigerantes, sejam tradicionais, diet, light ou zero, são carregados de: Açúcares, adoçantes artificiais e aditivos químicos que prejudicam a flora intestinal. Fósforo em excesso, que enfraquece os ossos. Altos níveis de sódio, promovendo inchaços e retenção de líquidos. Os sucos industrializados não ficam atrás, com grandes quantidades de açúcar e ausência de fibras. Soluções mais saudáveis: Prefira água ou infusões naturais. Se optar por sucos, consuma-os com moderação e preserve as fibras das frutas. Dicas práticas para uma alimentação anti-inflamatória Prefira alimentos naturais: “Descasque mais e desembale menos”. Prepare suas refeições: Cozinhar em casa dá maior controle sobre os ingredientes. Priorize alimentos integrais: São ricos em nutrientes e ajudam na liberação gradual de energia. Hidrate-se corretamente: Água é essencial para o desempenho esportivo e a recuperação muscular. Conclusão A base de uma vida longa e saudável, e de uma performance esportiva eficiente, está na alimentação. Pequenas mudanças na escolha dos alimentos podem reduzir inflamações, melhorar o desempenho e trazer mais disposição para encarar os desafios do dia a dia. Lembre-se: cada corpo é único. Conheça o impacto dos alimentos no seu organismo e faça as escolhas que melhor atendam às suas necessidades. Para mais dicas, procure um nutricionista esportivo e otimize sua dieta para alcançar os melhores resultados. Fontes de consulta 1. AMATO, Alexandre. Você sabe quais alimentos podem causar inflamação e dor no seu corpo? Disponivel em: <https://youtu.be/DrnN11oeOJM>. Acesso em: 17 dez. 2024. Gostou desse conteúdo? Compartilhe e ajude outras pessoas a melhorarem sua saúde e performance! Você já eliminou esses alimentos que incham o corpo? Deixe nos comentários.2 pontos -
O treino híbrido (cardio + musculação) de Victor Pareto: aprenda a montar seu treino!
Pokoyô e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Treino híbrido de alta performance: a rotina de Victor Pareto Se você busca conciliar corrida e musculação em um planejamento que maximize desempenho e estética, o treino híbrido pode ser a resposta. Essa abordagem une o melhor dos dois mundos, promovendo um corpo funcional, com baixo percentual de gordura, e ao mesmo tempo, musculoso e estético. Neste artigo, vamos explorar como o atleta Victor Pareto organiza sua rotina semanal para atingir alta performance em ambas as modalidades. O que é treino híbrido? O treino híbrido é a combinação estratégica de dois esportes diferentes. No caso de Victor Pareto, ele alia: Corrida: melhora o condicionamento cardiovascular, contribui para a redução de gordura e promove funcionalidade do corpo. Musculação: estimula o ganho de massa muscular e define o físico. O segredo do sucesso está em equilibrar os dois treinos, respeitando os limites do corpo e otimizando o desempenho em ambas as áreas. A divisão semanal do treino híbrido Victor divide seus treinos em nove sessões semanais: cinco de musculação e quatro de corrida. Abaixo, mostramos a rotina detalhada: Domingo – Corrida leve (10 km) Corrida: treino leve de 10 km, sempre controlando a frequência cardíaca para não ultrapassar a zona Z3 (155 bpm no caso de Victor). esse controle é essencial para manter o treino aeróbico eficiente sem sobrecarregar o corpo. Musculação: descanso. Segunda-feira – Peito e Abdômen Musculação: treino de peito e abdômen, com 25 a 30 séries no total. Corrida: descanso. Terça-feira – Tiros e Pernas (Leg Day) Manhã: treino de tiros (corridas curtas e rápidas, ideais para desenvolver velocidade). Intervalo: após o treino de tiros, Victor descansa por 1 a 2 horas, se alimenta e se hidrata. Tarde: treino de pernas (Leg Day). Ele opta por realizar os dois treinos no mesmo dia, evitando dores musculares que comprometeriam a corrida se deixasse o treino de pernas para o dia seguinte. Quarta-feira – Costas e Corrida leve (10 km) Corrida: Outro treino leve de 10 km, também respeitando a zona de frequência cardíaca Z3 (até 155 bpm). Musculação: Treino para costas, com foco em remadas e puxadas, totalizando 25 a 30 séries. Quinta-feira – Ombros e Abdômen (Carbup) Musculação: Treino de ombros e abdômen, com 25 a 30 séries no total. Corrida: Descanso. Dica: Este é o dia de carbup, quando Victor aumenta sua ingestão de carboidratos (10g de carboidrato por kg de peso corporal), além de consumir muita água e sódio. Isso garante energia suficiente para o treino longo de sexta-feira. Sexta-feira – Longão e Braços (Bíceps e Tríceps) Corrida: Treino longo e intenso, pensado para a prova-alvo de Victor (atualmente 21 km). Pode incluir blocos ou distâncias maiores, dependendo do objetivo. Musculação: Treino de braços (bíceps e tríceps), otimizado com bicets (exercícios combinados), que economizam tempo e tornam o treino mais intenso. Sábado – Descanso (Day Off) Musculação e Corrida: Ambos off. Dica: Este é o dia para relaxar, passar tempo com a família e recuperar o corpo para recomeçar a rotina no domingo. Segue uma tabela com essa divisão de treino resumida: Dia da Semana Musculação Corrida Domingo Off Corrida leve (10 km, Z3) Segunda-feira Peito e Abdômen (25-30 séries) Off Terça-feira Leg Day (após tiros) Tiros (manhã) Quarta-feira Costas (25-30 séries) Corrida leve (10 km, Z3) Quinta-feira Ombros e Abdômen (25-30 séries) Off Sexta-feira Bíceps e Tríceps (bicets e isolados) Longão (distância ou blocos intensos) Sábado Off Off Por que essa divisão funciona? Victor destaca que a chave para o sucesso no treino híbrido está no planejamento e no equilíbrio: Controle da frequência cardíaca: ele utiliza um relógio para monitorar os batimentos durante as corridas leves, garantindo que permaneçam na zona de frequência cardíaca ideal. Volume de treino bem distribuído: são cinco treinos de musculação e quatro de corrida, equilibrados de forma que um não prejudique o desempenho do outro. Atenção à recuperação: dias de descanso e intervalos estratégicos entre treinos mais intensos ajudam a evitar lesões e fadiga. Nutrição adequada: alimentação rica em carboidratos antes dos treinos mais intensos é indispensável para garantir energia e desempenho. Treino híbrido: é para todos? Embora Victor siga uma rotina avançada, ele ressalta que iniciantes devem começar devagar: Recomendação para iniciantes: 3 treinos de musculação e 3 de corrida por semana. Adapte o volume e intensidade dos treinos ao seu nível de condicionamento físico. Para avançados: A divisão de Victor é ideal para quem busca um desafio maior e já tem experiência com musculação e corrida. Dicas do Victor Pareto Carbup antes de longões: consuma mais carboidratos e aumente a hidratação antes de treinos longos ou intensos. Otimize o tempo: no treino de braços, experimente combinar exercícios de bíceps e tríceps em bicets. Seja estratégico: combine corridas leves com treinos de musculação isolados e guarde os treinos intensos para dias em que o corpo esteja mais descansado. Conclusão A divisão de treino de Victor Pareto é um exemplo de como o planejamento e o equilíbrio podem transformar seu desempenho em corrida e musculação. Se você está em um nível avançado e busca superar limites, essa rotina pode ser a inspiração que faltava. E aí, pronto para começar? Ajuste os treinos ao seu nível e lembre-se: consistência e estratégia são os segredos para alcançar seus objetivos! Siga Victor Pareto no Instagram: @victorpareto Fontes de consulta 1. PARETO, Victor. A melhor divisão de treino Híbrido I Corrida & Musculação. Disponível em: <https://youtu.be/VBAIeV-NThg>. Acesso em: 16 dez. 2024. Deixe seu comentário abaixo e conte para nós como você organiza sua rotina de treinos!2 pontos -
Queime 2x mais gordura fazendo o HIIT em vez do MICT
RenatoTex33 e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
HIIT ou MICT: Qual é a melhor opção para perder peso e melhorar a saúde metabólica? Se você luta contra a balança e está procurando uma maneira eficiente de perder peso e melhorar a saúde, provavelmente já ouviu falar de duas abordagens de treino: o Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT) e o Treinamento Contínuo de Intensidade Moderada (MICT). Mas qual deles realmente traz os melhores resultados? Um estudo recente com estudantes universitários obesos trouxe respostas surpreendentes! O que o estudo revelou? Pesquisadores analisaram os efeitos de 8 semanas de HIIT e MICT em 40 estudantes universitários obesos, focando na perda de peso, composição corporal e saúde metabólica. Vamos explorar os principais resultados e como você pode aplicar essas descobertas no seu dia a dia. HIIT: menos tempo, mais resultados! Como funciona: o HIIT alterna períodos curtos de exercício intenso (85 a 90% da frequência cardíaca máxima) com períodos de recuperação ativa. No estudo, o protocolo HIIT consistia em 28 minutos de treino com 4 minutos de alta intensidade (85-90% da frequência cardíaca máxima) seguidos por 3 minutos de recuperação (60 a 70% da frequência cardíaca máxima). Resultados observados: Redução de gordura corporal: o HIIT levou a uma diminuição significativa no percentual de gordura corporal (BF%). As mulheres no grupo HIIT reduziram em média 26,76% de gordura, enquanto os homens reduziram 23,71%. Melhoria no perfil lipídico: o HIIT também reduziu significativamente os níveis de colesterol total (TC), LDL (colesterol ruim) e triglicerídeos (TG), especialmente entre as mulheres. MICT: benefícios consistentes, mas menores Como funciona: o MICT do estudo envolveu 35 minutos de exercício aeróbico contínuo a uma intensidade moderada (60 a 70% da frequência cardíaca máxima). Resultados observados: Redução de gordura corporal: o MICT levou a uma diminuição menor no percentual de gordura corporal (BF%). As mulheres no grupo MICT reduziram em média 7,16% de gordura, enquanto os homens reduziram 9,8171%. Melhoria no perfil lipídico: o MICT também reduziu significativamente os níveis de colesterol total (TC), LDL (colesterol ruim) e triglicerídeos (TG), mas em menor proporção do que no HIIT. Por que o HIIT é tão eficaz? Alta queima calórica: o HIIT provoca um consumo elevado de oxigênio durante e após o treino (conhecido como EPOC), o que significa que você continua queimando calorias mesmo em repouso. Maior secreção de hormônios: o treino intenso estimula a liberação de hormônios como a adrenalina e o hormônio do crescimento, que ajudam na quebra de gordura. Tempo eficiente: em apenas 28 minutos, o HIIT proporcionou melhores resultados do que 35 minutos de MICT, economizando tempo e proporcionando mais do que o dobro de queima de gordura. Dicas práticas para implementar o HIIT Comece devagar: se você é iniciante, ajuste o tempo de alta intensidade para 30 segundos a 1 minuto, com períodos de recuperação maiores, entre 1 a 2 minutos. Varie os exercícios: combine corrida, bicicleta, escada na máquina, treino com a corda naval, ou exercícios de peso corporal, como burpees e polichinelos. Monitore sua frequência cardíaca: utilize um monitor cardíaco ou aplicativos para garantir que você esteja atingindo a intensidade necessária (85 a 90% da frequência cardíaca máxima para a fase alta intensidade e 60 a 70% da frequência cardíaca máxima para a fase de baixa intensidade). Como calcular a frequência cardíaca máxima (FCmáx) A frequência cardíaca máxima (FCmáx) é o número máximo de batimentos cardíacos que uma pessoa pode atingir durante uma atividade física intensa. A fórmula mais comum para estimar a FCmáx é: FCmáx = 220 - idade (em anos) Essa fórmula fornece uma estimativa básica, mas a FCmáx real pode variar de acordo com fatores individuais como condicionamento físico e genética. Para maior precisão, é possível realizar testes específicos sob orientação profissional. Como calcular as zonas de intensidade Depois de calcular a FCmáx, você pode determinar as zonas de intensidade com base em porcentagens dessa frequência. Vamos calcular os valores para 85-90% e 60-70% da FCmáx, usando um exemplo prático. Exemplo: imagine uma pessoa de 30 anos. Sua FCmáx seria: 220 - 30 = 190 bpm (batimentos por minuto) Zona de 85-90% da FCmáx (alta intensidade - HIIT): 85%: (190\0,85) = 161,5 bpm 90%: (190\0,90) = 171 bpm Essa pessoa deveria manter a frequência entre 162 e 171 bpm durante os intervalos de alta intensidade no HIIT. Zona de 60-70% da FCmáx (intensidade moderada - MICT): 60%: (190\0,60 = 114 bpm 70%: (190\0,70 = 133 bpm Durante um treino MICT, essa pessoa deveria manter a frequência entre 114 e 133 bpm. Monitore a frequência cardíaca durante o treino com um monitor de frequência cardíaca ou aplicativos fitness que utilizam sensores no smartphone ou smartwatch. Tabela comparativa entre HIIT e MICT Além da comparação da perda de gordura entre o HIIT e o MICT, incluímos mais alguns itens para ajudar na sua escolha de treino. HIIT (Treinamento Intervalado de Alta Intensidade) MICT (Treinamento Contínuo de Intensidade Moderada) Duração Ex: 28 minutos por sessão, 3x por semana. Ex: 35 minutos por sessão, 3x por semana. Intensidade 85-90% da frequência cardíaca máxima (FCmáx) intervalado com 60-70% da FCmáx. 60-70% da frequência cardíaca máxima (FCmáx) de modo constante. Queima de gordura Redução de gordura corporal significativa: 26,76% (mulheres) e 23,71% (homens). Redução mais moderada: 7,16% (mulheres) e 9,81% (homens). Impacto articular Maior risco devido à alta intensidade; exige boa técnica. Menor risco, ideal para iniciantes e pessoas com problemas articulares. Tempo de recuperação Necessário pelo menos 24 horas entre sessões para evitar lesões e fadiga. Menos exigente em termos de recuperação, pode ser feito em dias consecutivos. Prazer na execução Pode ser desafiador, mas dinâmico; ideal para quem gosta de treinos rápidos e intensos. Mais monótono, mas relaxante; adequado para quem prefere exercícios contínuos e prolongados. Eficiência temporal Alta; resultados comparáveis ou superiores ao MICT em menos tempo. Moderada; exige mais tempo para resultados semelhantes ao HIIT. Benefícios para a saúde cardiovascular Melhora rápida na capacidade cardiorrespiratória e na função vascular; aumenta a biodisponibilidade de óxido nítrico. Melhora cardiovascular constante e gradual; eficiente na redução de pressão arterial e colesterol. Adequação para iniciantes Pode ser desafiador para iniciantes; exige orientação. Mais acessível para iniciantes e pessoas com menor condicionamento físico. Impacto psicológico Pode gerar maior estresse devido à alta intensidade; necessidade de boa recuperação mental. Menos estressante; pode melhorar o bem-estar geral e reduzir a ansiedade. Comparações Adicionais: HIIT vs. MICT Impacto nas articulações: o HIIT, por ser mais intenso, pode sobrecarregar articulações, especialmente em exercícios de impacto como corrida e saltos. Já o MICT, com ritmo moderado e constante, oferece menor risco de lesões, sendo mais adequado para quem tem problemas articulares ou está começando um programa de exercícios. Recuperação e descanso: o HIIT exige maior recuperação entre sessões, com intervalos recomendados de 24 a 48 horas para evitar lesões e fadiga crônica. O MICT, em contraste, pode ser realizado com mais frequência, pois o estresse muscular e cardiovascular é menor. Adesão e prazer na prática: enquanto o HIIT oferece um treino dinâmico e desafiador, que pode ser motivador para alguns, sua intensidade pode ser desanimadora para iniciantes. O MICT, por outro lado, é geralmente considerado mais relaxante e sustentável a longo prazo, especialmente para aqueles que preferem exercícios contínuos. Saúde metabólica: o HIIT demonstrou superioridade na melhora do perfil lipídico, como redução dos triglicerídeos e do colesterol LDL. Além disso, melhora significativamente a resistência à insulina em menos tempo comparado ao MICT. Tempo e eficiência: o HIIT oferece resultados semelhantes ou superiores em 40% menos tempo do que o MICT, tornando-o ideal para quem tem uma agenda apertada. Conclusão Ambos os métodos têm seus méritos: o HIIT é mais eficaz para perda rápida de gordura e melhoria cardiovascular em menos tempo, mas exige maior esforço e recuperação. O MICT é uma opção segura e sustentável para iniciantes ou aqueles com restrições articulares, oferecendo benefícios consistentes a longo prazo. A escolha entre os dois depende do seu objetivo, nível de condicionamento e preferências pessoais. Se você busca uma abordagem rápida e eficaz para perder peso e melhorar a saúde metabólica, o HIIT é a melhor escolha! Ele oferece resultados superiores na redução de gordura e melhora dos indicadores de saúde, especialmente para mulheres. No entanto, o MICT também é uma opção válida, especialmente para quem está começando e prefere um ritmo mais constante. Lembre-se de sempre incluir um aquecimento e um desaquecimento em torno de 5 minutos cada para cada um dos treinos, seja HIIT, seja MICT. Fontes de consulta 1. SONG, Xu; CUI, Xianyou; SU, Wenbo; SHANG, Xueyan; TAO, Meng; WANG, Jing; LIU, Chang; SUN, Yaowei; YUN, Hezhang. Comparative effects of high-intensity interval training and moderate-intensity continuous training on weight and metabolic health in college students with obesity. Scientific Reports, v. 14, n. 16558, 2024. Disponível em: <https://doi.org/10.1038/s41598-024-67331-z>. Acesso em: 14 jul. 2024. 2. FOCO SAÚDE. Exercícios de Alta Intensidade: Os Benefícios do HIIT. Disponível em: <https://focosaude.com.br/exercicios-de-alta-intensidade-os-beneficios-do-hiit/>. Acesso em: 14 jul. 2024. 3. MEDICINA NATURAL. HIIT, MICT e treino em circuito: dicas e exercícios. Disponível em: <https://www.medicinanatural.com.br/hiit/>. Acesso em: 14 jul. 2024. 4. CANAL SINAPSES. HIIT ou MICT? Descubra Qual Treino é Mais Eficaz para Melhorar a Saúde Vascular. Disponível em: <https://www.canalsinapses.com/hiit-ou-mict-descubra-qual-treino-e-mais-eficaz-para-melhorar-a-saude-vascular>. Acesso em: 14 jul. 2024. 5. BLOG EDUCAÇÃO FÍSICA. HIIT ou MICT: como decidir entre treinos de intensidade alta ou moderada?. Disponível em: <https://blogeducacaofisica.com.br/hiit-ou-mict/>. Acesso em: 14 jul. 2024. 6. RENPHO. HIIT, HIRT, or MICT: Which One is Right for You?. Disponível em: <https://renpho.com/blogs/wellness-fitness-blog/hiit-hirt-or-mict-which-one-is-right-for-you>. Acesso em: 14 jul. 2024. Essa matéria foi útil para ajudar na sua escolha? Deixe nos comentários.2 pontos -
Chris Bumstead: a despedida de um ícone do fisiculturismo
LipBrito e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Chris Bumstead, o canadense que redefiniu os padrões do fisiculturismo moderno, confirmou sua aposentadoria após uma carreira que atravessou uma década de conquistas extraordinárias. Após seis títulos consecutivos no Mr. Olympia na categoria Classic Physique, começando com sua primeira vitória em 2019, quando desbancou o bicampeão Breon Ansley, Bumstead decidiu fazer sua despedida com uma aparição memorável na divisão Open no EVLS Prague Pro. Sua jornada no Mr. Olympia começou em 2017, com uma impressionante segunda colocação em sua estreia, posição que repetiu no ano seguinte. Desde então, CBum se tornou sinônimo de excelência no fisiculturismo, dominando a categoria Classic Physique e inspirando uma geração inteira de atletas. Inicialmente determinado a se aposentar após seu sexto título olímpico em outubro, Bumstead recebeu um chamado irrecusável — um desafio pessoal de competir na divisão Open. "Faz um tempo que não sou um azarão", compartilhou o atleta, referindo-se à sua decisão de entrar em uma categoria mais competitiva e desafiadora. A competição em Praga provou ser mais do que apenas mais um desafio. Enfrentando dificuldades como rótulos nutricionais incompreensíveis e os desafios de uma preparação adicional — "Esta foi a primeira vez em 8 anos que fiz mais de um show em um ano" — Bumstead manteve seu espírito inabalável. "Não vou mentir, os pumps foram divertidos, mas voltar à dieta não foi", brincou. No palco do EVLS Prague Pro, Bumstead não apenas competiu, mas demonstrou por que é considerado uma lenda. Superando competidores estabelecidos como Shaun Clarida, que foi empurrado para a terceira colocação, CBum conquistou o segundo lugar. O título ficou com seu amigo Martin "O Martiano" Fitzwater, um momento que apenas engrandeceu a experiência. "Meu coração está tão cheio de amor neste momento", declarou Bumstead após a competição. "Eu não tinha certeza do que queria sentir fazendo este show, então a vida decidiu me mostrar. Ele realmente me lembrou por que amo tanto este esporte." Sua reflexão transcendeu o mero resultado competitivo. Bumstead vê sua jornada como uma lição de vida: "Os padrões que você estabelece na vida devem ser seus próprios, e viver de acordo com eles é uma decisão consciente diária." Ao fim de sua última competição, Chris Bumstead deixa um legado que vai muito além dos troféus. Dos palcos do Mr. Olympia aos desafios da divisão Open, ele se tornou mais do que um fisiculturista — tornou-se um ícone que redefiniu os limites do esporte e inspirou milhões ao redor do mundo. "Este show foi realmente planejado para ser o último e segue sendo o último", confirmou Bumstead, com a mesma graça e determinação que o acompanharam ao longo de sua carreira. "Foi por amor ao esporte, foi uma honra competir contra os campeões." Uma página se fecha, mas o legado de Chris Bumstead continua a inspirar. Seu nome ecoa nos corredores do fisiculturismo, não apenas como um campeão, mas como um modelo de paixão, dedicação e integridade. Fontes de consulta 1. MARTINS, Leonardo. Cbum crava aposentadoria após ficar com o vice no Praga Pro. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/esportes/fisiculturismo/cbum-crava-aposentadoria-apos-ficar-com-o-vice-no-praga-pro/>. Acesso em: 27 nov. 24. 2. FELSTEAD, Scott. Chris Bumstead Bows Out After EVLS Prague Open Division Debut. Disponível em: <https://www.muscleandfitness.com/flexonline/flex-news/chris-bumstead-bows-out-after-evls-prague-open-division-debut/>. Acesso em: 27 nov. 24. Você vai sentir falta do Chris nos palcos? Deixe nos comentários.2 pontos -
Vale a pena usar o Gympass® (Wellhub®) ou é melhor fazer um plano direto na academia?
RenatinhaSA e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Se você está começando na musculação ou pensando em retomar os treinos, talvez já tenha se perguntado: é melhor fazer um plano tradicional na academia ou aderir ao Gympass (agora chamado Wellhub)? Vamos explorar os prós e contras de cada opção para ajudar você a tomar a melhor decisão. O que é o Gympass (Wellhub)? O Gympass, recentemente renomeado para Wellhub, é uma plataforma que oferece acesso a milhares de academias, estúdios e serviços de bem-estar em uma única assinatura. Originalmente criado para desburocratizar o acesso a academias, o Gympass evoluiu para incluir uma gama de recursos digitais, como aplicativos de nutrição, saúde mental e qualidade do sono. Vantagens do Gympass (Wellhub) 1. Variedade de opções: Com o Gympass, você tem acesso a mais de 55 mil academias e estúdios pelo mundo. Isso significa que você pode praticar diferentes modalidades — musculação, pilates, yoga, spinning — sem ficar preso a um único local. 2. Flexibilidade de horários e locais: Uma grande vantagem é a possibilidade de treinar em diferentes academias, o que é ótimo para quem viaja muito ou tem uma rotina variada. Basta usar o aplicativo para encontrar academias parceiras perto de você. 3. Recursos de bem-estar além da academia: O Wellhub não se limita ao treino físico. Ele oferece acesso a apps de saúde mental, meditação e até consultorias financeiras. Isso torna a plataforma uma opção mais completa para quem busca um bem-estar holístico. 4. Planos corporativos: Se a empresa onde você trabalha oferece Gympass como benefício, você pode ter acesso a planos subsidiados, o que reduz significativamente os custos. 5. Ausência de fidelização Você pode cancelar seu plano do Wellhub a qualquer momento, sem ficar preso a planos de 12 meses normalmente oferecidos pelas academias para mensalidades com valor mais atrativo. 6. Não há cobrança de matrícula O Wellhub não cobra matrícula para que seu uso, o que é muito comum na maioria das academias. Desvantagens do Gympass (Wellhub) 1. Dependência da empresa: O Gympass é um benefício corporativo, então, se você sair da empresa, perderá o acesso ao plano ou terá que pagar um valor maior para manter a assinatura. 2. Frequência e fidelização: Algumas pessoas podem não se engajar tanto, já que a flexibilidade para mudar de academia pode dificultar a criação de uma rotina fixa. No entanto, muitos usuários relatam maior frequência com o Gympass devido à diversidade de opções. 3. Repasse para academias: Do ponto de vista das academias, há preocupações sobre o valor repassado pelo Gympass, que pode ser menor do que uma mensalidade direta. Contudo, esse valor representa uma receita incremental, especialmente porque 80% dos usuários do Gympass não eram frequentadores de academias antes. 4. Sua academia pode sair da plataforma ou sofrer upgrade de plano Nada garante que sua academia permaneça filiada ao Wellhub ou permaneça no mesmo plano do Wellhub, podendo haver desfiliação ou necessidade de se pagar mais para acessá-la. Vantagens do plano direto na academia 1. Foco e rotina: Ao se matricular em uma única academia, você cria uma rotina mais consistente, o que pode ser essencial para que algumas pessoas mantenham a motivação e alcancem resultados. 2. Relacionamento com pessoas: Estar em um mesmo local permite maior integração com a comunidade (parceiros de treino) e com os profissionais da academia (confiança). Isso pode facilitar o acompanhamento do seu progresso. 3. Personalização de serviços: Academias tradicionais geralmente oferecem planos personalizados, pacotes com personal trainer e outros serviços exclusivos que podem não estar disponíveis via Gympass. 4. Mensalidade mais barata: O custo da mensalidade com um plano direto na academia é normalmente mais barato do que a mensalidade paga ao Wellhub, apesar de normalmente haver a cobrança de matrícula e fidelização por 12 meses. Então, qual é a melhor opção? Depende do seu perfil e objetivos: Gympass (Wellhub): é ideal para quem busca variedade, flexibilidade e recursos de bem-estar complementares, especialmente se a empresa subsidia o plano, sem se importar em pagar um pouco mais caro. Plano tradicional direto na academia: é a melhor escolha se você prefere uma rotina fixa, quer criar um vínculo com as pessoas na academia, precisa de serviços personalizados ou quer economizar com a mensalidade de academia. Conclusão Ambas as opções têm pontos fortes e fracos. Avalie o que é mais importante para você: flexibilidade e variedade ou economia na mensalidade? Com a informação certa, você pode escolher a opção que melhor se encaixa no seu estilo de vida e nos seus objetivos de saúde e fitness. Caso o preço do Wellhub para a sua academia seja equivalente à mensalidade com fidelização de 12 meses, não há dúvida que a escolha é o Wellhub. Sendo o preço superior, essa diferença para treinar em outras academias vale a pena? Você irá realmente utilizar outras academias com frequência? Ao responder a estes questionamentos, fica mais fácil tomar a decisão certa. Fontes de Consulta 1. TECNOFIT. Gympass ou Wellhub: tudo que você precisa saber para usar no seu negócio. Disponível em: <https://www.tecnofit.com.br/blog/gympass/>. Acesso em: 24 nov. 2024. 2. APOLINARIO, Débora. Gympass planos: compare preços, academias e veja se vale a pena. Disponível em: <https://www.techtudo.com.br/guia/2024/08/gympass-planos-compare-precos-academias-e-veja-se-vale-a-pena-edapps.ghtml>. Acesso em: 24 nov. 2024. 3. LUDERS, Germano. Gympass agora é Wellhub: nova marca, novo nome. Disponível em: <https://exame.com/tecnologia/gympass-agora-e-wellhub-nova-marca-novo-nome/>. Acesso em: 24 nov. 2024. E aí, o que você acha? Já usou o Gympass ou prefere o plano tradicional? Deixe seu comentário!2 pontos -
GH de cadáver: a história sombria do hormônio do crescimento no fisiculturismo
Pokoyô e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
O mundo do fisiculturismo é repleto de histórias sobre inovação, superação e, muitas vezes, riscos extremos. Um dos capítulos mais polêmicos dessa trajetória envolve o uso do hormônio do crescimento (GH) derivado de cadáveres, conhecido como grorm. Embora hoje o GH sintético seja amplamente utilizado, nos anos 80 e início dos 90, fisiculturistas enfrentavam desafios únicos ao usar o GH extraído da hipófise de cadáveres humanos. Vamos explorar essa história fascinante e perigosa! O que era o GH de cadáver? O grorm era um hormônio extraído das glândulas hipófises de cadáveres humanos. Ele foi uma das primeiras formas de GH disponíveis para uso em fisiculturismo e medicina. Por ser difícil de obter e extremamente caro, era considerado uma substância exclusiva para atletas de elite. No Brasil, a escassez tornava seu acesso ainda mais complicado. Efeitos colaterais graves: acromegalia Apesar dos resultados impressionantes na construção muscular, o uso de GH de cadáver trazia riscos significativos. O efeito colateral mais notório era a acromegalia, que é uma condição caracterizada pelo crescimento desproporcional e engrossamento dos ossos, especialmente em áreas como mãos, pés, mandíbula e sobrancelhas. Sintomas comuns de acromegalia: Mandíbula proeminente: a mandíbula cresce de forma exagerada, criando uma aparência robusta e desfigurada. Mãos e pés aumentados: extremidades desproporcionais, muitas vezes com crescimento ósseo doloroso. Sobrancelhas projetadas: o crescimento ósseo frontal faz as sobrancelhas avançarem, deixando o olhar mais fundo e marcante. Um exemplo marcante é o atleta brasileiro Luiz Otávio de Freitas, que sofreu com acromegalia após anos de uso de grorm. Ele precisou passar por uma cirurgia invasiva para tentar corrigir os danos ósseos, enfrentando dores intensas e limitações nos treinos. A transição para o GH sintético Com o avanço da ciência, o GH sintético, produzido em laboratório, revolucionou o cenário. Empresas como a Eli Lilly desenvolveram versões sintéticas, mais seguras e eficazes, que substituíram o GH de cadáveres. Esse novo hormônio reduziu drasticamente os riscos de acromegalia e deformações ósseas, além de se tornar mais acessível. O hormônio do crescimento extraído de cadáveres era comercializado sob o nome pituitrina. Este nome era utilizado para se referir ao hormônio hipofisário obtido de glândulas pituitárias humanas, que foi amplamente utilizado até que os riscos associados à sua utilização se tornaram evidentes, levando à sua substituição pelo hormônio de crescimento recombinante, como a somatropina. A somatropina é agora o padrão de tratamento e é comercializada sob diversos nomes comerciais, incluindo Norditropin® e Genotropin®. Benefícios do GH sintético: Menos efeitos colaterais: o risco de acromegalia é significativamente menor. Resultados impressionantes: Promove ganho de massa muscular, aceleração do metabolismo e melhora na recuperação. Acesso mais fácil: embora ainda caro, é mais disponível do que o grorm da época. O impacto no fisiculturismo Durante a era do GH de cadáveres, muitos fisiculturistas de renome mundial, incluindo Arnold Schwarzenegger, foram associados ao uso dessa substância. A transformação física proporcionada pelo GH era inegável, mas o preço pago em termos de saúde foi alto. Muitos atletas exibiam claramente os sinais de acromegalia, o que se tornou uma marca registrada do uso excessivo de GH na época. Conclusão: lições de uma era arriscada A história do GH de cadáver é um lembrete do quanto o fisiculturismo evoluiu. Atletas buscavam resultados extremos, muitas vezes sem o conhecimento ou os recursos necessários para garantir a própria saúde. Hoje, com opções mais seguras e controle médico adequado, os riscos foram minimizados, mas a lição permanece: o uso irresponsável de substâncias no esporte deve ser evitado. O mundo do fisiculturismo continua a evoluir, mas nunca devemos esquecer as histórias daqueles que pavimentaram o caminho, enfrentando desafios e riscos inimagináveis em busca da excelência física. Fontes de consulta 1. CARIANITV. Oinduca fala sobre o GH de cadáver – Ironberg podcast cortes. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=rcBPgQaiTV0&t=310s>. Acesso em: 1 dez. 24. 2. GORILA, Júlio. GH de cadáver + tomando GH pela primeira vez (grorm) - "Podcast Monster Cast". Disponível em: <https://youtu.be/oflb9NypPqA>. Acesso em: 1 dez. 24. 3. SNAP MAROMBA. O primeiro brasileiro que competiu no Mr. Olympia e na Open: Luiz Otávio Freitas. Disponível em: <https://youtu.be/z5n2WluQNIE4. Acesso em: 1 dez. 24. 4. PORTES, et al. Tratamento com hormônio de crescimento: aspectos moleculares, clínicos e terapêuticos. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/abem/a/GYJNMM8ffqDRCkY87wZtD6d/>. Acesso em: 1 dez. 24. 5. LAVRON, Zvi. The Era of Cadaveric Pituitary Extracted Human Growth Hormone (1958-1985):Biological and Clinical Aspects. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30378778/>. Acesso em: 1 dez. 24. Você já conhecia a história do GH de cadáveres? Deixe nos comentários. Essa matéria foi inspirada nos comentários de @Pokoyô, que participa ativamente do nosso fórum.2 pontos -
Ronnie Coleman promete voltar a andar e revela detalhes de sua reabilitação inspiradora!
LipBrito e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
‘Vou andar novamente’, diz Ronnie Coleman em nova atualização de saúde Em uma matéria postada no site M&F, temos atualizações do nosso querido Ronnie Coleman. O oito vezes campeão do Olympia está usando a piscina para alcançar um novo objetivo de condicionamento físico. Ronnie Coleman Ronnie Coleman conquistou oito títulos do Mr. Olympia, mas “O Rei” agora enfrenta sua batalha mais importante: estabelecer a meta de voltar a andar sem auxílio. Em uma nova atualização otimista, o ex-campeão de 60 anos mostrou como está utilizando a água para restaurar seus passos em terra firme. Coleman, que foi policial antes de ganhar fama no palco do Olympia, submeteu seu corpo a grandes esforços ao longo dos anos e passou por 13 cirurgias, incluindo a substituição de ambos os quadris e procedimentos para aliviar dores causadas por discos danificados na coluna. Agora, incapaz de andar sem auxílio, Coleman continua a treinar, mas em uma escala muito mais leve. Embora diga que não se arrepende das escolhas que fez para se tornar o melhor no fisiculturismo, ele agora trabalha arduamente para dar um passo após o outro novamente, por meio de fisioterapia. Ronnie Coleman compartilha uma atualização sobre seu objetivo de voltar a andar “Vou andar novamente”, afirmou "O Rei" em uma postagem no Instagram para seus 10,6 milhões de seguidores. A lenda está usando a piscina como parte do processo de reabilitação e estabeleceu a meta de andar sem auxílio dentro de dois anos. A postagem otimista incluiu um link para seu canal no YouTube, onde seu vídeo mais recente explicou que o objetivo dos exercícios na água é desenvolver a força necessária para se manter ereto e se mover em terra firme. Coleman também mostrou a sessão completa, que, bem... foi um verdadeiro sucesso! Assista ao vídeo no YouTube: Exercícios na água: Passos altos estáticos: 5-6 séries de 35-40 passos Equilíbrio em pé (uma perna): 5-6 rodadas de 20-30 segundos (cada perna) Chutes flutuantes: 5 minutos usando ambas as pernas Chutes sentado com uma perna: 5 minutos (alternando com 5 repetições em cada perna) Como os treinos na água ajudam a andar? Os exercícios na piscina são benéficos porque aliviam a dor nas articulações e são uma ótima estratégia para fortalecer as áreas necessárias. A água é mais densa que o ar, proporcionando cerca de 12-14% mais resistência, o que torna a piscina o espaço perfeito para treinar, se preparar e executar movimentos em terra firme. “Não vou desistir até voltar a andar”, diz Coleman. E, se ele colocar o mesmo esforço nesse objetivo transformador que colocou no palco, não se deve duvidar do Rei. Fontes de consulta 1. FELSTEAD, Scott. ‘I will walk again,’ says Ronnie Coleman in new health update. Disponível em: <https://www.muscleandfitness.com/flexonline/flex-news/i-will-walk-again-says-ronnie-coleman-in-new-health-update/>. Acesso em: 27 nov. 24. 2. COLEMAN, Ronnie. My First Steps | Pool Rehab "Ronnie Coleman's Road to WALKING Again". Disponível em: <https://youtu.be/iLr3gu99j9Q>. Acesso em: 27 nov. 24. Você é fã do Ronnie Coleman? Deixe nos comentários.2 pontos -
Ginecomastia: homens podem evitá-la durante o uso de esteroides anabolizantes androgênicos
Alice Oliveira S. e mais um reputou(taram) Dra. Monique Leinig por uma matéria
Nunca tive um paciente com ginecomastia Vamos falar sobre ginecomastia e o uso de esteroides em homens. Muitos homens que usam esteroides sem acompanhamento médico adequado acabam desenvolvendo ginecomastia. Para quem ainda não me conhece, eu sou a Dra. Monique Leinig, sou médica, e vou explicar neste artigo como nunca tive um paciente com ginecomastia no meu consultório. Uso de hormônios e ginecomastia O uso de hormônios pode, sim, desencadear ginecomastia em homens. É crucial que o indivíduo saiba exatamente o que está tomando, seja de forma oral ou intramuscular. É importante verificar a procedência da droga (esteroides do mercado paralelo podem conter substâncias diversas das desejadas ou em quantidades diversas) e realizar acompanhamento clínico e laboratorial. Não faça nada sem orientação médica, pois a chance de não dar certo é enorme. Exames laboratoriais antes do início do ciclo de esteroides Antes de iniciar um ciclo de esteroides, como testosterona, estanozolol, oxandrolona ou hemogenin, realizamos exames para avaliar a saúde do paciente. Verificamos hemograma, ferro, ferritina, perfil hepático, função renal e exames de imagem para avaliar tireoide, testículos e abdômen. Também dosamos estradiol, testosterona e prolactina. Se o paciente toma medicações que podem aumentar a prolactina, como antidepressivos ou ansiolíticos, isso também é levado em consideração. Anastrozol, estradiol e ginecomastia Muitos homens têm medo do aumento do estradiol ao usar testosterona. A testosterona em doses supra fisiológicas, comuns em atletas, aumenta o estradiol. Para evitar a ginecomastia, alguns utilizam anastrozol. Este medicamento diminui a ação da enzima aromatase, que converte testosterona em estradiol. O problema é que o uso desnecessário de anastrozol pode reduzir o estradiol a níveis perigosos, afetando a retenção de líquidos, ereção, desejo sexual, função cardiovascular e saúde geral. Se os exames mostram um aumento excessivo do estradiol, ajustamos a dosagem do anastrozol. A dose usual de farmácia é 1 mg, uma dose alta. A meia-vida do anastrozol é de 48 horas, por isso alguns usam 1 mg dia sim, dia não, para manter a meia-vida. Mesmo com a meia-vida de 48 horas, a dose de 1 mg é alta. Quando o estradiol aumenta um pouco, costumo prescrever 0,1 ou 0,2 mg de anastrozol por dia. É essencial monitorar o estradiol e associar o tratamento apenas se necessário. Tamoxifeno e sensibilidade no mamilo Se um homem sente sensibilidade no mamilo, o que não deveria acontecer, pode ser necessário o uso de tamoxifeno. Essa medicação age no receptor do estradiol no mamilo, bloqueando a ação do estradiol e prevenindo ginecomastia sem reduzir a aromatase. Em casos de sensibilidade exacerbada do mamilo, prescrevemos tamoxifeno em dose de ataque: 20 mg três vezes ao dia (totalizando 60 mg por semana), depois reduzindo para 20 mg diários até a realização de exames laboratoriais ou até a resolução dos sintomas. Combinar tamoxifeno com anastrozol é possível, mas deve haver uma indicação específica. O uso de anastrozol e tamoxifeno não é automático Não é correto iniciar o uso de hormônios e automaticamente tomar anastrozol ou tamoxifeno sem necessidade. A dosagem de estradiol em nossos pacientes é feita a cada 50 a 60 dias, dependendo da medicação utilizada, para uma regulação adequada. Prolactina e a ginecomastia A prolactina é outro fator crucial. Ela pode aumentar devido a drogas de ação progestagênica, mas qualquer droga pode alterar esse valor. Se um homem está usando testosterona com estanozolol ou deca e tomando anastrozol 1 mg dia sim, dia não, ele pode zerar seu estradiol e perder libido e ereção em 3 a 4 meses. Assim, é vital monitorar a prolactina. Se a prolactina está alta, a ginecomastia pode ser causada por ela, não pelo estradiol. Quem faz o acompanhamento adequado não enfrenta esses problemas. Monitorar a clínica e o laboratório permite resolver problemas antes que se tornem significativos. Se a prolactina aumenta por causa de deca ou outro hormônio, comparamos com a prolactina basal medida antes do início do tratamento. Se o valor inicial era 7 e agora é 30, haverá alterações mamilares. É crucial comparar os valores da prolactina para decidir o próximo passo. Dependendo do caso, pode ser necessário ajustar a dose ou verificar a medicação que você está tomando. Cabergolina Associar anastrozol com cabergolina, um medicamento disponível em farmácias sem receita, pode ser uma opção. No entanto, deve haver uma indicação precisa para seu uso, pois o excesso pode zerar a prolactina. Geralmente, usamos cabergolina 0,5 mg uma vez por semana, por duas a quatro semanas, e reavaliamos a prolactina. Isso ajuda a resolver problemas e evita significativamente a ginecomastia. Estrona Outro exame muito importante é a estrona, que é raramente dosada. Se seu estradiol está normal e sua estrona está alta (por exemplo, 490 com estradiol normal e testosterona proporcional), você precisa usar anastrozol. No entanto, a dosagem de anastrozol deve ser manipulada conforme os resultados dos exames. Exames regulares durante o ciclo Além disso, é essencial dosar regularmente a testosterona total e livre, estradiol, prolactina, estrona, hemoglobina, ferro e ferritina. Isso ajuda a monitorar possíveis desbalanços, inflamações ou estresse oxidativo no corpo. O segredo é fazer tudo corretamente, com acompanhamento médico adequado, para evitar alterações laboratoriais e clínicas. A ginecomastia e a cirurgia de remoção podem ser evitadas Muitos homens acabam precisando de cirurgia de ginecomastia, que poderia ser evitada com cuidados adequados e conscientes no uso de esteroides. Conclusão A ginecomastia não é um efeito colateral que necessariamente afeta o homem que usa esteroides. Esse efeito colateral só ocorre naqueles homens que fazem o uso incorreto dos hormônios. Fontes de consulta 1. LEINIG, Monique. Como evitar a ginecomastia pelo uso de esteroides anabólicos androgênicos. Disponível em: <https://youtu.be/Q9UzStigygY>. Acesso em: 7 ago 2024. Esse artigo foi útil para tirar as suas dúvidas sobre o uso de esteroides e ginecomastia? Deixe suas experiências ou dúvidas nos comentários.2 pontos -
Perigos ocultos dos esteroides anabolizantes androgênicos em mulheres
fisiculturismo e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
O segredo das atletas da Alemanha Oriental nos Jogos Olímpicos Nos Jogos Olímpicos de Montreal, em 1976, a Alemanha Oriental superou todas as expectativas, ficando em terceiro lugar no quadro de medalhas, para um país de apenas 17 milhões de habitantes, na época. O time feminino de natação da Alemanha Oriental teve desempenho impressionante, ganhando 11 das 13 medalhas de ouro. No entanto, algo não cheirava bem. Não só porque o time feminino de natação da Alemanha Oriental não tinha ganhado nenhuma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos anteriores, que ocorreram em Munique, mas também porque os jornalistas começaram a questionar as vozes estranhamente graves e os ombros largos das atletas femininas da Alemanha Oriental. Embora o doping nos Jogos Olímpicos tenha sido uma preocupação constante ao longo do século 20, os casos eram raros, com atletas sendo pegos usando drogas como anfetaminas e álcool, antes ou durante os eventos. A partir de 1968, o uso de hormônios masculinos passou a ser suspeito com as arremessadoras de peso femininas, que apresentavam um fenótipo androgênico, os corpos das atletas estavam masculinizados. Essas preocupações foram levadas a sério pelo Comitê Olímpico Internacional, que temia que alegações de uso de drogas esteroides anabolizantes trouxessem descrédito aos jogos. Por isso, a partir dos Jogos Olímpicos de 1976, foram realizados os primeiros testes antidoping para esteroides anabolizantes. E, surpreendentemente, todas as mulheres da Alemanha Oriental testaram negativo, apesar de exibirem voz grossa e ombros largos, características tipicamente masculinas. Sem provas concretas, as alegações de doping foram descartadas, e os alemães orientais continuariam a dominar a natação feminina por mais de uma década. Eles mantiveram a imagem da Alemanha Oriental como uma nação esportiva e provaram a superioridade do sistema socialista como um caminho melhor e mais humano. Isso perdurou até o dia 9 de novembro de 1989, quando o Muro de Berlim e a fachada desse paraíso socialista desmoronaram. Quando o Muro de Berlim caiu, reunificando a Alemanha Oriental e Ocidental, informações sobre o doping patrocinado pelo estado socialista foram vazadas para a imprensa ocidental, apesar dos esforços do governo da Alemanha Oriental de destruir todas as evidências de suas atividades anticompetitivas. Parece que a peneira não foi fina o suficiente. Não só documentos foram encontrados na Academia Médica do Exército do Povo Nacional em Berlim Oriental, mas o vice-diretor e médico-chefe do sistema nacional de doping, Manfred Höppner, vendeu as evidências mais incriminadoras para a revista Stern. As informações reveladas eram perturbadoras: por quase 25 anos, o governo da Alemanha Oriental administrou esteroides anabolizantes aos seus atletas com a roupagem de vitaminas e suplementos alimentares. Pesquisadores rapidamente perceberam que as mulheres têm a maior vantagem com os tratamentos com hormônios anabólicos, especialmente em atletas juniores.Meninas de apenas 14 anos já recebiam esteroides anabolizantes na preparação para as olimpíadas (Hormonal doping and androgenization of athletes: a secret program of the German Democratic Republic government). Por mais abominável e imoral que fosse, essa pesquisa lançou as bases para o nosso conhecimento sobre drogas que melhoram o desempenho, suas formulações, doses, horários, como evitar testes de drogas (antidoping) e efeitos colaterais. Efeitos colaterais dos esteroides anabolizantes nas mulheres Vamos abordar, neste artigo, os efeitos colaterais dos esteroides anabolizantes nas mulheres. Alguns deles você pode ver facilmente. Mas, muitos deles, você não pode ver. Também vamos abordar sobre a possibilidade de tratamento ou reversão dos colaterais. Em outras palavras, vamos cobrir os efeitos colaterais masculinizantes dos esteroides anabolizantes, aqueles que ocorrem exclusivamente no público feminino. Começaremos pelos mais óbvios, aqueles que são visíveis. Em seguida, apresentaremos aqueles que, na ótica do observador externo, é absolutamente impossível notar. O nome dado a esses hormônios que aumentam o desempenho atlético já diz muito sobre eles: EAA - esteroides anabólicos androgênicos. Como você pode perceber pelo nome, eles têm dois efeitos: são anabólicos, o que significa que estimulam reações que convertem moléculas menores em moléculas maiores, e são androgênicos, o que significa que induzem e mantêm características masculinas. E são os efeitos androgênicos dos esteroides que causam mais problemas para as atletas femininas. O termo médico para quando uma mulher desenvolve características masculinas é virilização. "Virilis" é latim para masculino. Talvez o sinal mais imediatamente óbvio de virilização em mulheres que tomam esteroides anabolizantes seja em seus rostos. Embora os efeitos possam ser sutilmente observados em atletas da Alemanha Oriental, como Andreas Krieger, são especialmente aparentes em fisiculturistas femininas modernas. Segue uma imagem da atleta à época das olimpíadas ao lado de uma foto após a trangerização, que comentaremos mais adiante. A masculinização do rosto feminino Os seus rostos exibem características bem mais masculinas, como uma maior proporção largura-altura facial, um maxilar mais forte e maçãs do rosto mais pronunciadas. Esse fenômeno foi demonstrado por um estudo com transexuais de feminino para masculino, no qual os participantes começaram a tomar testosterona após os 18 anos por um período mínimo de 3 anos (Morphological and morphometric changes in the faces of female-to-male (FtM) transsexual people). O estudo descobriu que, após o tratamento com testosterona, a proporção de participantes percebidos como homens pela maioria dos observadores aumentou de 32% para 95,5%. Mudanças estruturais notáveis incluem um alargamento da mandíbula superior e da região média do rosto, uma largura nasal mais estreita e uma textura de pele mais grosseira. Os autores atribuem essas mudanças à hipertrofia dos músculos faciais, bem como à redistribuição das gorduras faciais, resultando em bochechas mais fundas e traços faciais mais angulosos. A masculinização da voz para tons graves e instabilidade rouca Outro sinal revelador do uso de esteroides anabolizantes em mulheres é que suas vozes se tornam significativamente mais graves e roucas. Isso ocorre porque a testosterona estimula o espessamento das cordas vocais, fazendo com que vibrem em uma frequência mais baixa e, portanto, produzam um som de tom mais grave. Além da voz fica mais grave, também fica instável, oscilando entre tons mais graves e mais agudos. Essa mudança pode ocorrer extremamente rápido, com um estudo de caso encontrando que uma mulher que tomou 50 mg de nandrolona, por apenas 6 semanas, desenvolveu alterações na voz em 8 semanas (Case report: The long-term effects of anabolic steroids on the female voice over a 20-year period). Neste site há um artigo muito interessante sobre as alterações na voz feminina pelo uso de esteroides anabolizantes e os métodos de tratamento disponíveis, escrito pela médica otorrinolaringologista Dra. Larissa Vilela (Voz grossa ou rouca pelo uso de esteroides anabolizantes: existe cura ou tratamento?). Aumento da quantidade de pelos O terceiro efeito colateral dos esteroides anabolizantes em mulheres que você pode ter notado é que eles mudam a densidade e a distribuição dos pelos. Isso ocorre porque a testosterona é convertida em seu metabólito mais potente, a di-hidrotestosterona (DHT), por uma enzima chamada 5-alfa redutase. No couro cabeludo, a DHT estimula a miniaturização dos folículos pilosos, fazendo com que o cabelo caia. Isso resulta em calvície masculina, que é referida medicamente como alopecia androgenética. As mulheres também são afetadas pela queda de cabelos. Por outro lado, no resto do corpo, a DHT estimula os folículos pilosos velosos, que produzem os pelos finos e macios que cobrem a maior parte do corpo, a se diferenciarem em folículos pilosos terminais, que produzem pelos corporais grossos e pigmentados. Isso resulta no crescimento excessivo de pelos no rosto e no resto do corpo, o que é chamado medicamente de hirsutismo. No entanto, fisiculturistas femininas frequentemente cobrem esses efeitos colaterais usando perucas e se depilando. Atrofia das glândulas mamárias (diminuição dos seios) Outro efeito colateral que você pode não estar ciente é que os esteroides anabolizantes fazem com que os seios encolham. Isso ocorre porque, quando as mulheres tomam esteroides anabolizantes, a proporção de estrogênio para andrógeno diminui, e isso tem dois efeitos. Provoca a atrofia lóbulos mamários. Além disso, também causa uma redistribuição da gordura de um padrão ginoide (tipo pera), onde a gordura é depositada ao redor dos seios, quadris e coxas, para um padrão androide (tipo maçã), onde a gordura é depositada ao redor do abdômen. Muitas fisiculturistas compensam esse efeito colateral colocando implantes mamários. Esse efeito colateral também já foi identificado por meio de estudos científicos (Masculinizing hormone therapy effect on breast tissue: Changes in estrogen and androgen receptors in transgender female-to-male mastectomies e Hyperandrogenism Accompanies Increased Intra-Abdominal Fat Storage in Normal Weight Polycystic Ovary Syndrome Women). Aumento do clitóris O quinto efeito colateral dos esteroides anabolizantes em mulheres é que causam o aumento do clitóris, o que é referido medicamente como clitoromegalia. Para entender por que isso acontece, primeiro precisamos olhar para a embriologia, que é o estudo de como os embriões se desenvolvem. Os genitais masculinos e femininos são derivados da mesma estrutura chamada tubérculo genital. Por volta da nona semana de gestação, os meninos começam a produzir testosterona, que estimula o tubérculo genital a se diferenciar em um pênis, enquanto nas meninas, como produzem significativamente menos testosterona, o tubérculo genital continua a formar o clitóris. Isso explica por que o clitóris cresce particularmente quando as mulheres tomam esteroides anabolizantes. Desequilíbrio menstrual ou infertilidade feminina O último efeito colateral dos esteroides anabolizantes em mulheres que iremos tratar neste artigo, que não é visível ao observador externo, é que eles fazem com que os períodos menstruais das mulheres se tornem irregulares, ou parem completamente. Isso o que significa que as mulheres se tornam inférteis enquanto tomam esteroides anabolizantes. Para entender por que isso acontece, é útil conhecer um mecanismo de feedback chamado eixo HPG (hipotálamo-hipófise-gonadal). Os esteroides anabolizantes sinalizam ao cérebro que já há muitos hormônios sexuais no sangue e, portanto, não há necessidade de produzir mais. Como tal, o cérebro para de liberar hormônios importantes chamados hormônios estimulantes, que não apenas estimulam os ovários a produzir estrogênio, mas também estimulam os ovários a liberar óvulo no útero. Portanto, sem óvulo no útero, não há nada para fertilizar. Esse é exatamente o mecanismo por trás da contracepção hormonal em mulheres. Se você olhar para o nome completo do levonorgestrel, que é o medicamento presente na pílula de progesterona, é 17-alfa-etinil-18-metil-19-nortestosterona, que, como você pode ver, é um análogo da 19-nortestosterona. Isso explica os efeitos colaterais androgênicos da pílula de progesterona, como acne, ganho de peso e hirsutismo. Suspender o uso dos esteroides reverte os efeitos colaterais? O que acontece quando as mulheres param de tomar esteroides anabolizantes? Essa é a parte mais infeliz da história. Embora os períodos menstruais das mulheres voltem ao normal uma vez que parem de tomar esteroides anabolizantes e, até certo ponto, o mesmo aconteça com seus rostos, todos os outros efeitos colaterais são irreversíveis. Isso é revelado em atletas da Alemanha Oriental, como Andreas Krieger, que acabou passando por uma mudança de sexo devido à incapacidade de reconciliar sua identidade de gênero e imagem corporal. No caso da voz rouca, há a possibilidade de tratamento com fonoterapia e com cirurgia para redução da hipertrofia das cordas vocais. Também há cirurgia para redução do clitóris. Conclusão Antes de decidir pelo uso de anabolizantes esteroides androgênicos, as mulheres devem estar cientes de todos os potenciais efeitos colaterais, sopesando os benefícios e malefícios. Essa é uma decisão individual, mas deve ser tomada com muito cuidado e sempre com acompanhamento médico. Fontes de consulta: 1. HARTGENS, F. et al. Effects of androgenic-anabolic steroids in athletes. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15248788/>. Acesso em: 22 jun 2024. 2. STOJKO, M. et al. Innovative Reports on the Effects of Anabolic Androgenic Steroid Abuse-How to Lose Your Mind for the Love of Sport. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37629729/>. Acesso em: 22 jun 2024. 3. BORJESSON, A. et al. Women's Experiences of Using Anabolic Androgenic Steroids. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34859201/>. Acesso em: 22 jun 2024. 4. MARAVELIAS, C. et al. Adverse effects of anabolic steroids in athletes. A constant threat. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16005168/>. Acesso em 22 jun 2024. 5. GRUBER, A. et al. Psychiatric and medical effects of anabolic-androgenic steroid use in women. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10601831/>. Acesso em: 22 jun 2024. 6. FRANKE, W. et al. Hormonal doping and androgenization of athletes: a secret program of the German Democratic Republic government. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/9216474/>. Acesso em: 20 jun 2024. 7. STENTON, M. et al. Morphological and morphometric changes in the faces of female-to-male (FtM) transsexual people. Disponível em: <https://psycnet.apa.org/record/2017-18068-006>. Acesso em: 22 jun 2024. 8. BENSOUSSAN, Y. et al. Case report: The long-term effects of anabolic steroids on the female voice over a 20-year period. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31110747/>. Acesso em 22 jun 2024. 9. CHAUM, M. et al. Masculinizing hormone therapy effect on breast tissue: Changes in estrogen and androgen receptors in transgender female-to-male mastectomies. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37951051/>. Acesso em 22 jun 2024. 10. ELC. What Happens When Women Take Steroids? Disponível em: <https://youtu.be/JWsHipJJXEE>. Acesso em: 22 jun 2024. 11. DUMESIC, D. et al. Hyperandrogenism Accompanies Increased Intra-Abdominal Fat Storage in Normal Weight Polycystic Ovary Syndrome Women. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27571186/>. Acesso em: 22 jun 2024. Este artigo lhe ajudou a conhecer um pouco mais sobre os efeitos dos esteroides anabólicos androgênicos nas mulheres? Ainda tem alguma dúvida? Deixe nos comentários ou crie seu tópico no fórum.2 pontos -
A influência da testosterona e esteroides na ginecomastia: entenda as causas, prevenção e tratamentos
fisiculturismo e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Força física e testosterona Serena Williams é uma das maiores jogadoras de tênis de todos os tempos. Sua irmã, Venus, também é extremamente bem-sucedida. Em 1998, quando Venus e Serena estavam classificadas em quinto e vigésimo lugar, respectivamente, elas afirmaram famosamente que poderiam vencer qualquer homem classificado fora do top 200. Um jogador alemão, chamado Karsten Braasch, classificado como 203º na época, aceitou o desafio. Em um artigo que escreveu para o Observer, Braasch afirmou que seu regime de treinamento para a partida consistia em uma partida de golfe tranquila pela manhã, seguida de algumas cervejas à tarde. Apesar de seu estilo de treinamento pouco ortodoxo, Braasch venceu Serena por 6-1 e Venus por 6-2. O tênis masculino e o tênis feminino são quase dois esportes completamente separados. Os homens são muito mais rápidos, batem mais forte. Essa história não serve para sugerir que as mulheres são ruins no tênis ou que beber durante o dia seja o segredo para vencer uma jogadora de tênis de classe mundial. Essa história serve para destacar a potência de um hormônio chamado testosterona. A razão pela qual as irmãs Williams perderam é a mesma razão pela qual existem categorias de peso nos esportes de combate. Em algum momento, a fisicalidade supera a habilidade, e o jogo deixa de ser justo. E se você quer fisicalidade, você quer testosterona. É a testosterona que estimula o crescimento dos nossos músculos esqueléticos, tornando os homens mais fortes e rápidos. É a testosterona que estimula o crescimento ósseo durante a puberdade e mantém a densidade mineral óssea, tornando os homens mais altos, mais largos, com maiores comprimentos de passo e alavancas mais longas. É a testosterona que estimula a produção de glóbulos vermelhos, dando aos homens uma maior capacidade de transporte de oxigênio e, portanto, maior resistência cardiovascular. É o que aprofunda a voz de um homem, é o que coloca os pelos no peito de um homem. Porém, é essa mesma testosterona que pode causar ginecomastia. O que é ginecomastia? Ginecomastia é uma condição em que o tecido mamário feminino prolifera em um homem e este é um dos sinais reveladores do uso de esteroides anabolizantes androgênicos. Mas como é possível que níveis supra fisiológicos de um hormônio masculino possam causar uma característica feminina? Para entender por que, primeiro é importante olhar para alguma fisiologia. Fisiologia dos seios O seio consiste no que são chamados de glândulas mamárias, que são o que produzem o leite materno, cercadas por tecido adiposo e conjuntivo. Existem múltiplos hormônios que estimulam o crescimento das mamas, incluindo estrogênio, progesterona, prolactina e o fator de crescimento semelhante à insulina. A testosterona, por outro lado, inibe o crescimento das mamas. Agora, tanto homens quanto mulheres têm glândulas mamárias profundas ao mamilo. No entanto, durante a puberdade, como os níveis de estrogênio são mais altos nas mulheres e os níveis de testosterona são mais baixos, isso explica por que os seios delas se desenvolvem, enquanto os seios dos homens não se desenvolvem. Além disso, o perfil hormonal feminino que estimula a deposição de gordura nos seios, bem como na área dos glúteos, coxas e quadris. É o que dá às mulheres a distribuição de gordura em forma de ampulheta ou distribuição de gordura ginecoide, como é oficialmente chamada. Causas da ginecomastia A ginecomastia é causada por uma proporção desequilibrada de estrogênio para andrógenos nos homens. Em outras palavras, é devido a muito estrogênio ou poucos andrógenos, ou ambos. A ginecomastia comumente ocorre em meninos passando pela puberdade que têm um aumento atrasado na testosterona em relação ao aumento de estrogênio. A prevalência da ginecomastia também aumenta em homens com mais de 50 anos, à medida que a produção endógena de andrógenos naturalmente começa a diminuir. Mas isso ainda não explica por que tomar testosterona estimula a ginecomastia, e isso porque há mais uma peça no quebra-cabeça: a testosterona é convertida em estrogênio por uma enzima chamada aromatase. Ginecomastia pelo uso de esteroides Quando você injeta testosterona, embora tenha um pico inicial de andrógenos, suas concentrações de andrógenos começam então a declinar, seguidas por um pico de estrogênios. E é neste ponto que a proporção de estrogênios para andrógenos é muito alta, resultando no desenvolvimento da ginecomastia. A aromatase está presente em muitos tecidos, incluindo o tecido adiposo, que, para aqueles que não sabem, é gordura. Isso também pode explicar por que os fisiculturistas são propensos à ginecomastia, pois em períodos fora de campeonatos, além de estarem utilizando níveis supra fisiológicos de testosterona, eles também têm um percentual de gordura corporal muito alto, resultando em uma proporção significativa dessa testosterona sendo aromatizada em estrogênio. Fisiculturistas que tomam hormônio do crescimento também estão em maior risco de ginecomastia, pois o hormônio do crescimento estimula o fígado a produzir IGF-1, e o IGF-1 estimula o desenvolvimento do tecido mamário. Como reduzir o risco de ginecomastia Que passos você pode tomar para minimizar o risco de desenvolver ginecomastia como fisiculturista ou usuário de esteroides? O primeiro passo seria manter-se relativamente magro, quem sabe abaixo de 20% de gordura corporal. O segundo passo é escolher o esteroide que você usa. Alguns esteroides têm uma maior propensão para aromatização do que outros esteroides. Esteroides que têm uma maior afinidade pela aromatase são chamados de esteroides "molhados". Aqueles com uma afinidade menor são chamados de esteroides "secos". Alguns exemplos de esteroides secos são Anavar® e Winstrol®. O terceiro passo é usar uma dose menor de esteroides e aplicar com mais frequência. Isso previne grandes picos em seus hormônios que, de outra forma, poderiam causar ginecomastia. Seria melhor aplicar uma microdose 3 a 4 vezes por semana, em vez de 1 dose grande 1 vez por semana. Como tratar a ginecomastia? Quais são as opções de manejo para aqueles com ginecomastia e que estão tentando tratá-la? A primeira linha de manejo é usar o que é chamado de SERM, que significa modulador seletivo do receptor de estrogênio. Alguns exemplos incluem tamoxifeno, clomifeno e raloxifeno. Os SERMs agem bloqueando o receptor de estrogênio na mama, o que, portanto, impede o estrogênio de se ligar e estimular o crescimento. Os SERMs são preferidos porque são seletivos, então bloqueiam o receptor de estrogênio em algumas áreas, principalmente na mama, mas não em outras. E isso é importante porque realmente precisamos de algum nível de estrogênios circulantes, mesmo como homens. Os estrogênios têm muitas funções importantes: são protetores vasculares, são neuroprotetores, precisamos de estrogênio para a libido, então você não quer simplesmente inibir completamente o estrogênio. É por isso que os SERMs são preferidos, porque são seletivos e têm menos efeitos colaterais. A segunda opção são os inibidores de aromatase. Alguns exemplos são Anastrozol® e Letrozol®. Estes obviamente funcionam inibindo a aromatase, bloqueando assim a conversão de testosterona em estrogênio, o que reduz seus níveis gerais de estrogênio circulante. Caso as opções farmacológicas não funcionem, a última linha é obviamente a cirurgia, na qual você simplesmente remove a glândula completamente. Conclusão O uso de esteroides anabolizantes androgênicos é permeado por muitos riscos. Caso decida utilizar essas drogas, sempre faça acompanhamento médico adequado. Não se aventure sozinho. As formas de redução de risco e tratamento mencionadas neste artigo são meramente informativas, é necessário acompanhamento do profissional de saúde para tratar especificamente do seu caso. Fontes de consulta 1. SWERDLOFF, R. et al. Gynecomastia: Etiology, Diagnosis, and Treatment. National Library of Medicine - NHI. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25905330/>. Acesso em: 11 jul 2024. 2. BRAUNSTEIN, G. Clinical Practice. Gynecomastia. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17881754/>. Acesso em: 11 jul 2024. 3. SANSONE, A.. Gynecomastia and hormones. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27145756/>. Acesso em: 11 jul 2024. 4. CUHACI, N. et al. Gynecomastia: Clinical Evaluation and Management. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24741509/>. Acesso em: 11 jul 2024. 5. BERGER, O. et al. Gynecomastia: A systematic review of pharmacological treatments. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36389365/>. Acesso em: 11 jul 2024. 6. TROJAN, A. et al. The Role of Estrogen in Gynecomastia. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30734405/>. Acesso em: 11 jul 2024. 7. ELC. Why do steroids cause gyno. Disponível em: <https://youtu.be/4nnirf27ee8>. Acesso em: 11 jul 2024. Este artigo trouxe alguma informação útil sobre ginecomastia? Deixe nos comentários dúvidas ou sugestões. Sofre com ginecomastia? Comente seu caso.2 pontos -
O lado obscuro dos esteroides anabolizantes androgênicos: seu coração pode estar em risco!
Clutch e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Todo mundo já saber que o uso de esteroides anabolizantes pode causar efeitos colaterais. Todavia, a magia do aumento extraordinário de massa muscular pode levar ao abuso, e, muitas vezes, o usuário não tem consciência das consequências do uso abusivo de esteroides anabolizantes. Neste artigo, vamos tratar do lado obscuro do uso de esteroides, por meio de um caso real, e por meio de estudos científicos realizados a partir da análise de cadáveres de usuários de esteroides. O abuso de esteroides anabolizantes que causou uma morte silenciosa Na manhã de 1º de janeiro de 2019, uma mulher encontrou seu namorado inconsciente, deitado na banheira. Os paramédicos foram chamados e tentaram ressuscitá-lo, mas não tiveram sucesso. Os dois tinham ficado acordados na véspera de Ano Novo na noite anterior e, segundo a namorada, ele não apresentava sinais de doença ou mudança de comportamento antes de ir para a cama. Não foram encontrados sinais de lesão, e overdose por drogas foi descartada, pois o relatório toxicológico não encontrou presença de narcóticos no sangue dele. No entanto, esteroides anabolizantes, especificamente estanozolol, nandrolona e testosterona foram encontrados, assim como uma pequena quantidade de álcool. Só durante a autópsia as coisas ficaram claras. O homem tinha aproximadamente 1,73 m e pesava 85 kg. Seu corpo tinha musculatura esquelética significativa, com pouca gordura subcutânea e sem sinais de lesão. O exame interno revelou que seus órgãos estavam congestionados devido ao fluxo sanguíneo prejudicado. Seu coração estava significativamente aumentado. Cicatrizes de tecido foram encontradas no coração, na parede posterior, indicando danos ao músculo cardíaco. Nas seções da artéria coronária, que fornece sangue ao coração, havia acúmulo de placa. Apesar de sua idade e condição física, ele tinha aterosclerose grave. Uma imagem microscópica aumentada da artéria mostrou que ela tinha cerca de 75% de bloqueio. Esse grau de bloqueio seria normalmente encontrado em uma pessoa mais velha que tivesse uma dieta rica em gordura saturada e alimentos processados por várias décadas. No entanto, foi encontrado em um fisiculturista de 24 anos que estava abusando de esteroides. Tanto a sua namorada quanto colegas confirmaram que ele estava tomando esteroides anabólicos androgênicos para musculação. Seu regime consistia em injeções intramusculares de estanozolol, testosterona, tamoxifeno, mesterolona e nandrolona. Ele não tinha histórico familiar de aterosclerose precoce ou eventos cardíacos. O legista determinou oficialmente que o jovem de 24 anos sucumbiu a uma parada cardíaca devido a um coração aumentado pelo abuso de esteroides. Problemas cardíacos em usuários de esteroides anabolizantes Problemas cardíacos decorrentes do abuso de esteroides estão se tornando uma ocorrência muito comum, especialmente entre levantadores de peso e fisiculturistas. Desde 2010, houve 25 mortes relacionadas ao coração entre fisiculturistas profissionais, com uma idade média de 35 anos. Comparado a outros esportes profissionais, o fisiculturismo tem a maior incidência de morte súbita cardíaca, seguido pelo futebol com 17, basquete com 6, futebol americano com 4, e natação, ciclismo, hóquei, beisebol e MMA, todos com 1. O abuso de esteroides é comum entre fisiculturistas profissionais e amadores e, consequentemente, pode resultar em complicações cardíacas fatais. Como a testosterona faz os músculos crescerem? Para entender melhor como os esteroides afetam o coração, você primeiro precisa saber como os hormônios funcionam. Afinal, os esteroides agem de maneira muito semelhante aos hormônios no corpo. Um dos papéis dos hormônios é permitir que o cérebro controle as funções corporais. Para contrair seus músculos, seu cérebro usa um sinal elétrico que viaja através dos nervos. Quando esse sinal chega aos músculos esqueléticos, eles se contraem. O sistema nervoso não pode controlar comportamentos específicos dos órgãos. Por exemplo, o sistema nervoso não pode dizer aos músculos para crescerem, apenas para se contraírem ou relaxarem. É aqui que entram os hormônios. A testosterona é um hormônio que aumenta o crescimento muscular, entre outras funções. O cérebro sinaliza aos testículos para liberar testosterona na corrente sanguínea. A testosterona viaja no sangue até se ligar aos receptores de andrógenos nas células musculares esqueléticas. Uma vez ligada a esses receptores, um mecanismo é iniciado que causa o aumento da produção de proteínas actina e miosina na célula muscular. As proteínas actina e miosina formam estruturas filamentosas que compõem as miofibrilas, que formam as fibras musculares, que compõem o músculo. Quanto mais testosterona é liberada, mais actina e miosina são produzidas, levando a mais músculo. É por causa desse processo que a testosterona é rigidamente controlada. Para que o crescimento muscular não se torne excessivo, outros processos corporais também requerem proteína, de modo que nem toda a produção de proteína pode ser dedicada ao crescimento muscular. É possível contornar esse limite natural da testosterona injetando certos hormônios na corrente sanguínea que se ligam aos receptores de andrógenos. Uma classe de esteroides que as pessoas usam para isso são os esteroides anabólicos androgênicos, ou EAA. Esses esteroides se ligam especificamente aos receptores de andrógenos nas células musculares, causando o mesmo mecanismo que a testosterona inicia. Ao tomar consistentemente esses esteroides, as células musculares esqueléticas são sobrecarregadas para produzir excesso de proteína, causando mais crescimento muscular. Superficialmente, isso parece ótimo: você injeta esteroides, treina pesado, come mais proteína, e seus músculos continuam crescendo. Mas, infelizmente, isso é bom demais para ser verdade. Uma coisa que as pessoas não percebem é que o músculo do coração, assim como o músculo esquelético, também tem receptores de andrógenos. O coração pode crescer demais (cardiomegalia) À medida que seus outros músculos crescem em tamanho, o mesmo acontece com seu coração. Músculos cardíacos mais fortes são benéficos até certo ponto, porque o seu coração pode bombear mais sangue e ter mais resistência. Mas não demora muito para isso começar a se tornar um problema. Quando o coração se torna grande demais, isso é conhecido como cardiomegalia. O peso normal de um coração para um homem é entre 280 e 350 g, com qualquer peso acima de 450 g sendo diagnosticado como cardiomegalia. Em alguns casos de abuso de esteroides, a massa do coração pode aumentar para até 580 g, um aumento de 65% em relação ao peso normal do coração. A cardiomegalia tem um efeito negativo no desempenho cardíaco e pode ser fatal. Para explicar como a cardiomegalia é prejudicial, vejamos como o nosso coração funciona. O coração tem câmaras que se enchem de sangue. Os músculos nas paredes das câmaras se contraem para bombear o sangue para fora das câmaras. Quanto mais ativo você é, maiores e mais fortes esses músculos se tornam. Se os músculos crescem demais, como no abuso de esteroides, eles se tornam ineficazes, pois são muito grossos para se contrair totalmente. O sangue começa a se acumular nos ventrículos, conhecido como insuficiência cardíaca congestiva. Você nunca saberia que esses problemas existem por fora, mas por dentro, isso se torna claro. Qual a melhor maneira de ver o que realmente acontece dentro do corpo do que através de uma autópsia? Autópsias realizadas em atletas que sucumbiram a eventos cardíacos súbitos foram revisadas por vários periódicos científicos. Vamos revisar algumas dessas descobertas para ver o que realmente acontece dentro do corpo. Em 2020, o periódico científico Medicina conduziu uma revisão sistemática de 27 autópsias de atletas que tiveram morte súbita cardíaca (Sudden Cardiac Death in Anabolic-Androgenic Steroid Users: A Literature Review). A idade média dos sujeitos era de 29 anos, 94% eram do sexo masculino e 6% do sexo feminino. Os sujeitos participavam de diferentes atividades atléticas, variando de ciclismo, corrida de maratona, fisiculturismo e levantamento de peso, mas a atividade mais comum era o fisiculturismo. 33% dos atletas tinham cardiomegalia; 30% tinham ventrículos esquerdos aumentados; 79% tinham cicatrizes fibróticas no tecido cardíaco, indicando lesão cardíaca aguda; 52% tinham tecido miocárdico necrótico. Tecido cardíaco necrótico é tecido que morreu por falta de suprimento sanguíneo ao próprio tecido e geralmente é encontrado em alguém com um ataque cardíaco prolongado, não em atletas de 29 anos devido a problemas cardiovasculares. É provável que o coração tenha um déficit de desempenho e fornecimento de oxigênio. Não surpreendentemente, essa hipótese é bastante verdadeira. Nível elevado de hemoglobina O Scandinavian Journal of Medicine and Science in Sports descobriu que atletas que tomam esteroides anabólicos androgênicos tinham níveis significativamente mais altos de hemoglobina no sangue do que não usuários (Cardiovascular phenotype of long-term anabolic-androgenic steroid abusers compared with strength-trained athletes). Níveis mais altos de hemoglobina significam que seu corpo não está recebendo oxigênio suficiente devido a um problema subjacente. A hemoglobina é uma proteína encontrada nas células vermelhas do sangue e é responsável por capturar oxigênio quando o sangue passa pelos pulmões e, em seguida, liberá-lo nos tecidos. Para compensar a baixa oxigenação, seu corpo produz mais hemoglobina para aumentar a quantidade capturada. Isso se deve ao fato de que o coração não está bombeando sangue de forma eficiente e, portanto, entregando menos oxigênio aos tecidos. O que é interessante é que altos níveis de hemoglobina são frequentemente encontrados em fumantes, pois seu sistema pulmonar é menos eficiente em absorver oxigênio. Assim, vemos que os efeitos do abuso de esteroides no corpo, especialmente no coração, são profundos e perigosos. Esteroides anabólicos androgênicos, enquanto promovem o crescimento muscular, também podem levar à hipertrofia cardíaca, insuficiência cardíaca congestiva e outras complicações fatais, como evidenciado pelas autópsias e estudos mencionados. Portanto, embora o uso de esteroides possa parecer uma solução rápida para aumentar a massa muscular, os riscos associados são extremamente altos. O coração, sendo um músculo vital, sofre significativamente com o uso prolongado desses compostos, levando a condições graves que podem resultar em morte súbita. É crucial entender essas consequências e considerar abordagens mais seguras e naturais para o desenvolvimento muscular e a performance atlética. O contrário é verdadeiro para um atleta em boa forma. Um atleta fisicamente apto geralmente tem menos hemoglobina do que o normal, porque seus sistemas cardíaco e pulmonar são incrivelmente eficientes. É incomum que fisiculturistas fisicamente ativos tenham hemoglobina elevada, apontando para problemas subjacentes. Aumento do colesterol ruim e placas E quanto ao acúmulo excessivo de placas, como visto na autópsia do jovem de 24 anos? Está relacionado ao abuso de esteroides ou foi decorrente de genética ou até mesmo do estilo de vida? Não deve ser surpresa que, como qualquer droga que você coloca no corpo, haverá efeitos colaterais. Alguns efeitos colaterais comumente conhecidos dos esteroides são aumento da acne, atrofia dos testículos, níveis mais baixos de testosterona natural e mudanças de humor. Um efeito colateral que você pode não conhecer é como o seu colesterol é afetado. Alguns estudos descobriram que os esteroides anabólicos androgênicos aumentam o colesterol LDL, ou colesterol ruim, e diminuem o HDL, ou colesterol bom. Um estudo encontrou, por meio de uma revisão sistemática, que os esteroides androgênicos reduziram o colesterol bom em 52% e aumentaram o colesterol ruim em 36% (Effects of androgenic-anabolic steroids on apolipoproteins and lipoprotein (a)). O aumento do colesterol ruim ainda não é totalmente compreendido, mas a diminuição do colesterol bom é mais clara. Existe uma enzima no corpo chamada lipase triglicerídea hepática (HTL), que decompõe o colesterol bom. Ao aumentar a quantidade de testosterona no corpo, a atividade da enzima HTL é aumentada, reduzindo assim a quantidade de colesterol HDL no corpo. Os influenciadores digitais hormonizados Você pode estar se perguntando: se há todos esses dados mostrando como o abuso de esteroides é prejudicial, por que mais pessoas não sabem sobre isso? Existem algumas razões. A primeira é o tamanho da amostra. Nas mídias sociais, pode parecer que muitas pessoas estão tomando esteroides, mas essa é uma perspectiva tendenciosa. Em uma visão mais ampla, o abuso crônico de esteroides é muito menor do que você pensa. Para questões sociais, tamanhos de grupos menores resultam em menos atenção e, portanto, menos mudanças. Nos anos 1960, cerca de 50% dos adultos fumavam cigarros. Quando o Surgeon General publicou um estudo histórico em 1964 ligando o uso de tabaco ao câncer, muitas pessoas foram afetadas e, portanto, a mudança foi rápida e perceptível. Em contrapartida, o número de adultos norte-americanos que abusam de esteroides é de cerca de 2,8%, uma parcela minúscula da população. Isso resulta em amostras pequenas nas pesquisas, limitando o número de estudos que podem ser publicados sobre esteroides. No Brasil, uma das fontes importantes sobre esse assunto é o "II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas" (LENAD), realizado em 2012 pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (INPAD) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Segundo esse levantamento, aproximadamente 1,4% da população brasileira adulta relatou ter usado anabolizantes pelo menos uma vez na vida, com uma prevalência maior entre homens jovens. Essa parcela da população brasileira é ainda menor do que a parcela da população norte-americana que declara o uso de esteroides anabolizantes. Muito do abuso de esteroides é tanto glorificado, quanto ignorado nas mídias sociais, especificamente por influenciadores de fitness. Na era atual das mídias sociais, obter muita atenção não é apenas uma explosão de dopamina. Essas visualizações se traduzem em pessoas para as quais você pode vender seu programa de fitness personalizado ou atrair patrocínios lucrativos. É possível que as mídias sociais e os influenciadores digitais tenham causado um aumento no abuso de esteroides, e isso pode continuar a crescer até se tornar uma epidemia. Seja pela pressão da competição, obsessão por alcançar ou superar metas de força e de volume muscular, ou pelo hiper-realismo das mídias sociais. As pessoas podem estar sendo muito influenciadas a usar esteroides. Afinal, por que não participar? Funcionou para eles. Quem ainda não segue o Renato Cariani, Ângela Borges, Ramon Dino, Vivi Winkler e outros ícones do corpo perfeito nas redes sociais? Um dos influenciadores digitais bem famosos no Instagram, que conta com mais de 10 milhões de seguidores, é Jo Lindner. Ele morreu muito novo, com apenas 30 anos de idade. A causa da morte divulgada foi aneurisma. A indústria dos influenciadores de fitness não mostra sinais de desaceleração em plataformas como TikTok, Instagram e YouTube. Se as pessoas, especialmente os jovens, não forem alertadas sobre os perigos do abuso de esteroides, elas poderão descobrir os efeitos colaterais de forma trágica. Conclusão A decisão sobre usar ou não esteroides anabolizantes deve ser muito bem ponderada quanto aos riscos de efeitos colaterais visíveis e colaterais silenciosos. Este artigo serve como alerta. Os colaterais silenciosos nunca podem ser ignorados, e um médico sempre deve ser consultado periodicamente para orientar acerca da existência e do controle de alterações silenciosas, que podem ser fatais para algumas pessoas, ou em algumas formas de abuso. Fontes de consulta: 1. POPE, H. G. Jr.; WOOD, R. I.; ROGOL, A.; NYBERG, F.; BOWERS, L.; BHASIN, S. Adverse health consequences of performance-enhancing drugs: An Endocrine Society scientific statement. Endocrine Reviews, v. 35, n. 3, p. 341-375, 2014. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4026349/>. Acesso em: 15 jun. 2024. 2. KANAYAMA, G.; HUDSON, J. 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Ganho de músculos: limites naturais vs. uso de esteroides - até onde você pode chegar?
RenatoTex33 e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
É bem provável que você já tenha se perguntado, principalmente antes de decidir se usar ou não esteroides, quanto músculo é possível construir naturalmente, e quanto músculo é possível construir usando esteroides. Por meio da observação de exemplos do mundo real, isto é, por meio de fisiculturistas naturais e hormonizados, e por meio de estudos científicos. Limites musculares naturais para um corpo não hormonizado Vamos começar com a musculatura que é possível adquirir naturalmente. E para isso, vamos mencionar o tamanho de alguns fisiculturistas naturais. O primeiro exemplo de fisiculturista natural é Jeff Nippard. Ele não é o maior fisiculturista natural do mundo, mas ganhou uma medalha de ouro no Campeonato Nacional de Fisiculturismo Natural do Canadá. Ele treina sem esteroides anabolizantes há cerca de 15 anos. Depois de mais de uma década de treino, conseguiu obter o peso corporal de 72,5 kg quando está definido e 81,6 kg na fase de ganho de massa, contando com apenas 1,65 m de altura. Como a maioria das pessoas, ganhou a maior parte dos músculos nos meus primeiros 5 anos de musculação. Como os pais de Jeff eram fisiculturistas, aproveitou a experiência delas para treinar com bastante intensidade desde o início. Nos primeiros 5 anos, ganhou cerca de 9 kg de músculo. Nos 5 anos seguintes, colocou um pouco mais de músculo, mas não tanto, apenas mais uns 2,2 kg. Nos 5 anos seguintes, os ganhos foram ainda menores, em torno de 1 ou 2 kg. Somando tudo, isso dá 12 kg de músculos que foram construídos no total. Embora algumas pessoas construam mais e outras menos, todo fisiculturista natural que faz a maioria das coisas corretamente poderá ter um crescimento similar, com um crescimento mais rápido no início, e mais lento à medida que se aproxima do seu chamado teto genético natural ou limite natural. A ciência confirma a forma como Jeff evoluiu. Estudos mostram que os homens tendem a alcançar seu potencial natural máximo após ganhar 9 a 18 kg de massa muscular, e as mulheres tendem a alcançar seu potencial natural máximo após ganhar 5,4 a 10,8 kg de músculos. Ainda que alguns entendam ser possível ganhar ainda mais, aumentando gradualmente esse limite natural com estratégias avançadas de treinamento e dieta, esse aumento será marginal, muito pequeno. Como um natural pode maximizar seus ganhos marginais Para maximizar seu potencial natural, você precisa treinar duro regularmente. Tem que treinar até a falha ou quase falha muscular, manter uma técnica consistente (execução perfeita dos movimentos), imprimir volume de treinamento suficiente (um bom parâmetro é de 5 a 15 séries por músculo por semana), periodizar os exercícios e métodos de treinamento, buscar adicionar peso ou repetições aos exercícios ao longo do tempo. Do lado da dieta, você precisa comer calorias suficientes para atingir um superávit calórico moderado, e precisa comer proteína suficiente (pelo menos 1,6 gramas por quilo corporal). Fazendo tudo isso, por 5 a 10 anos, provavelmente você ganhará de 9 a 18 kg de músculo e chegará bem perto do seu potencial natural, do seu limite genético. A depender do estágio inicial e da genética, há casos extremos conhecidos de até 30 kg em ganhos musculares. Fisiculturistas naturais Vamos apresentar mais alguns exemplos de fisiculturistas naturais que atingiram ou estão muito próximos de atingir seu pico de desenvolvimento natural: Gabriel Ortiz: treina há 22 anos. Começou por ter uma auto estima baixa, por problemas de acne conglobata. Esteve internado por 15 dias, e, desde cedo, decidiu ser natural por não poder tomar esteroides. Após 10 anos de treino, inspirado pelo fisiculturismo "normal" com ídolos como Schwarzenegger, Jay Cutler e Frank Zane, ganhou mais de 30 kg de massa muscular, passando de 60 a 90kg, com percentual de gordura entre 11 e 12%. Alex Leonidas: ganhou cerca de 18 kg de músculo em 13 anos de musculação. Com 1,68 m de altura, ele pesava 54,4 kg e pesa hoje 72,5 kg, com uma porcentagem de gordura corporal similar. Ele também fez vários períodos de ganho de massa onde chegou a pesar 90,7 kg com cerca de 20% de gordura corporal. Ele diz que você precisa passar algum tempo em um superávit calórico elevado e com um pouco mais de gordura corporal para maximizar seu potencial muscular natural. Geoffrey Verity Scofield: ganhou cerca de 19,5 kg de músculo ao longo de 10 anos de musculação. Com 1,83 m de altura, ele pesava 68 kg e hoje pesa 87,5 kg, com uma porcentagem de gordura corporal similar. Ele fez uma série de ciclos de ganho de massa (bulking) e corte (cutting), chegando a pesar 101,6 kg no seu pico de ganho de massa antes de secar para 87,5 kg. Pode ser que algumas pessoas pensem que esses exemplos não são realmente naturais, que, talvez, esses atletas pudessem estar, secretamente, usando esteroides anabolizantes. Para quem duvida da capacidade do ser humano em desenvolver músculos naturalmente, vamos considerar alguns exemplos de fisiculturistas da era pré-esteroides. Os esteroides anabólicos não foram isolados e sintetizados até o início dos anos 1930, e não foram feitos injetáveis antes de 1935. Qualquer fisiculturista antes dessa data não poderia tê-los usado. Os fisiculturistas impressionantes dessa época tinham que ser naturais por uma questão de fato histórico, não havia esteroides anabolizantes. Havia homens e mulheres muito fortes desde a década de 1920, exibindo uma incrível musculatura e definição. Havia até fisiculturistas do século XIX com físicos naturais incríveis. Mas, é claro, tanto os métodos de treinamento, quanto os métodos de nutrição melhoraram muito nos últimos 100 anos, e há mais pessoas envolvidas no fisiculturismo hoje em dia. É extremamente improvável que esses fisiculturistas da era pré-esteroides representem o ápice do que é possível naturalmente. Os melhores fisiculturistas naturais modernos alcançam um desenvolvimento ainda melhor. Porém, dada a disponibilidade de esteroides hoje, sempre haverá algum ceticismo em relação ao verdadeiro status "natural", tanto que ficou famoso o termo "fake natty" ou "falso natural". Com os exemplos clássicos, até os mais céticos podem ser convencidos. John Grimek: foi um dos fisiculturistas mais proeminentes dos anos 30 e 40. Competiu antes de os esteroides serem uma opção e conseguiu construir um físico impressionante, pesando cerca de 90,7 kg, com 1,73 m de altura. Ele foi um dos poucos fisiculturistas que conseguiu manter uma grande quantidade de massa muscular enquanto ainda exibia um nível razoável de definição muscular. Steve Reeves: famoso fisiculturista e ator dos anos 40 e 50. Ele tinha um físico incrivelmente equilibrado e estético, pesando cerca de 97,5 kg, com 1,85 m de altura. Ele também alcançou resultados musculares impressionantes antes da era dos esteroides anabolizantes, contando apenas com treinamento intenso e dieta adequada. Esses exemplos mostram que é possível alcançar um nível muito bacana de desenvolvimento muscular sem o uso de esteroides anabolizantes, limitado pelo potencial genético natural. O poder dos esteroides anabolizantes na construção de massa muscular O que os esteroides acrescentam? Vamos analisar o que a ciência descobriu até agora. Num dos estudos mais famosos sobre esteroides anabolizantes, realizado por BHASIN e outros, em 1996 (The effects of supraphysiologic doses of testosterone on muscle size and strength in normal men), os pesquisadores dividiram 43 sujeitos em 4 grupos: não treinou nem tomou esteroides, eles não fizeram nada; treinou naturalmente, sem tomar esteroides; treinou e tomou esteroides; não treinou, mas ainda assim tomou esteroides. Portanto, havia um grupo natural que não treinou, um grupo natural que treinou, um grupo que treinou e tomou esteroides, e um grupo que tomou esteroides e não treinou. Após 10 semanas, esses foram os resultados: o grupo que não treinou nem tomou esteroides, previsivelmente, ganhou apenas uma quantidade insignificante de massa muscular, nada significativo. o grupo que treinou naturalmente ganhou 2 kg de músculo em 10 semanas. o grupo que treinou e tomou esteroides ganhou, em média, 6 kg de músculo. Isso é mais de 3 vezes a quantidade de músculo ganho, injetando apenas 600 mg de testosterona por semana, mantendo todo o resto igual. o grupo que tomou esteroides e não treinou ganhou 3,2 kg de músculo em 10 semanas. Isso é mais de 1,5 vezes do ganho de músculo do grupo de treino natural, sem nem mesmo treinar, o que é impressionante. O grupo de estudo injetou 600 mg de testosterona por semana. Seria isso uma dose alta ou baixa pelos padrões de fisiculturismo de hoje? Para responder a esta pergunta, ninguém melhor do que um especialista em uso de esteroides anabolizantes para revelar a quantidade de esteroides que as pessoas realmente tomam. O especialista anônimo respondeu que depende do contexto do indivíduo. Para um usuário iniciante, seria uma dose alta. A dose de 100 mg é tipicamente representativa de reposição hormonal terapêutica (TRT). Doses de 150 a 200 mg por semana, podem ser chamadas de "TRT esportiva", que são níveis de TRT da indústria do fitness, o que permite um nível de testosterona livre acima do fisiológico, ainda que sua testosterona total pareça normal nos exames de sangue. Doses de 300 mg ou mais, já são para usuários avançados. Doses de 500 a 600 mg são típicas de ciclos de fisiculturistas iniciantes. Fisiculturistas profissionais de extrema performance, nas categorias muito competitivas, podem consumir doses de 1.000 a 5.000 mg por semana. Portanto, a dose de 600 mg usada no estudo seria considerada uma dose alta pelos padrões de TRT. Todavia, pelos padrões de fisiculturistas competitivos de alto nível, seria uma dose moderada ou baixa. A dosagem importa muito. Em 2001, o mesmo grupo de pesquisa, fez um estudo de acompanhamento para ver como a massa muscular se comporta com diferentes doses de esteroides (Testosterone dose-response relationships in healthy young men). Desta vez, 61 sujeitos receberam 5 doses diferentes de testosterona. Portanto, houve a divisão em 5 grupos de estudo de acordo com a dose injetada, durante 20 semanas, sendo 1 injeção semanal: 25 mg; 50 mg; 125 mg; 300 mg; 600 mg. Os resultados em ganhos musculares foram diretamente proporcionais à quantidade de droga administrada. O grupo 1 com a menor dose adicionou pouco menos de 0,5 kg de músculo, e essa quantidade foi aumentada até cerca de 9 kg em 20 semanas para o grupo 5. Isso representa 0,5 kg de músculo por semana, em média. E isso é uma média. Alguns usuários do grupo podem ter tido uma resposta muscular muito maior. Por tudo o que já apresentamos neste artigo, fica fácil ver que um fisiculturista natural em estágio avançado pode ganhar em média 0,5 kg por ano, enquanto que um fisiculturista hormonizado pode ganhar 0,5 kg por semana tomando 600 mg de testosterona. Convém anotar que neste segundo estudo os grupos não levantaram pesos. Eles apenas tomaram esteroides. Isso mostra a enorme diferença dos esteroides anabolizantes exógenos na síntese proteica. Além disso, muitos fisiculturistas de elite da IFBB não considerariam 600 mg uma dose alta. Rumores apontam que fisiculturistas competitivos que tomam de 5 a 10 vezes essa quantidade. Fisiculturistas hormonizados Depois de conferir a ciência por trás dos esteroides anabolizantes e do tremendo ganho de massa muscular que proporcionam, vamos conferir os resultados na prática, analisando os shapes dos fisiculturistas hormonizados. Admiro os físicos de Ramon Dino Queiroz, Shaun Clarida, Chris Bumstead, Arnold Schwarzenegger e Ronnie Coleman. Ramon Dino Queiroz: é um dos ícones mais recentes do fisiculturismo brasileiro. Desenvolveu um shape de proporções incríveis e com bela simetria. Ele tem 1,81 m de altura. No ano de 2016, ainda natural, ele já ostentava 82 kg. Hoje em dia, em competição, pesa em torno de 103 kg. Shaun Clarida: é o atual campeão do Mr. Olympia 212, mas poucas pessoas sabem que, antes de começar sua carreira profissional na IFBB, ele era um fisiculturista natural de nível mundial. De fato, ele alcançou o ápice do que é possível naturalmente antes de começar a usar esteroides, algo que merece muito respeito dos competidores naturais. No campeonato mundial de fisiculturismo natural da WNBF, o evento mais rigorosamente testado para drogas do mundo, Shaun pesava 59 kg no palco. Em cálculos aproximados por fontes on-line, parece que ele ganhou cerca de 9 kg naturalmente, passando de 50 para 59 kg, com 1,57 m de altura. Após alcançar o ápice do esporte naturalmente, começou a usar esteroides e adicionou mais 27 kg ao seu físico. São impressionantes 3 vezes a quantidade de músculo que ele havia conseguido construir naturalmente. Chris Bumstead: é o atual campeão do Mr. Olympia Classic Physique e, sem dúvida, um dos maiores fisiculturistas clássicos de todos os tempos. Chris começou a levantar pesos aos 14 anos, quando pesava 77 quilos. Ele conta com 1,85 m de altura. Nos 5 anos seguintes de treinamento natural, ele cresceu para 102 kg aos 19 anos. Isso é um aumento de 25 kg no peso corporal. Chris ganhou 25 kg de músculo naturalmente! Após começar a usar esteroides, ele passou a pesar 120 kg em off, com o que parece ser uma quantidade de gordura corporal similar às imagens anteriores. Isso representa um acréscimo de 18 kg. Neste caso, parece que Chris construiu a maior parte de seu músculo naturalmente, o que é impressionante. Talvez ele não esteja tomando uma quantidade enorme de esteroides e poderia crescer muito mais se quisesse, simplesmente aumentando a dose. Arnold Schwarzenegger: talvez o fisiculturista mais famoso de todos os tempos, admitiu usar esteroides durante a sua carreira competitiva. Schwarzenegger competiu na era pré-regulamentação, onde o uso de esteroides era comum e geralmente aceito, não havia antidoping. Ele conseguiu construir um físico que não só era massivo, mas também bem definido, pesando cerca de 106,6 kg com 1,88 m de altura. Ronnie Coleman: 8 vezes Mr. Olympia, que também admitiu usar esteroides. Coleman levou o fisiculturismo a um novo nível em termos de tamanho e densidade muscular, pesando cerca de 136 kg em sua forma de competição mais pesada. Esses níveis de massa muscular são absolutamente impossíveis de se alcançar naturalmente, sem o auxílio de hormônios exógenos. O poder da genética No exemplo de Chris Bumstead, temos que falar sobre o poder da genética. Quando olhamos para os resultados do fisiculturismo natural de diferentes pessoas, há uma ampla gama de respostas: algumas pessoas ganham muito pouco músculo, outras ganham uma quantidade massiva, e a maioria das pessoas na linha média de ganhos. Assim como há questões genéticas para ganho de massa muscular natural, sem o uso de esteroides anabolizantes, há também a questão genética para a resposta ao uso de hormônios. Assim como há diferenças genéticas em como alguém responde ao treinamento natural, também há diferenças genéticas em como alguém responde aos anabolizantes. Isso ficou muito claro no estudo de 2001, que já mencionamos acima. O sujeito com a pior resposta ganhou 4 kg de músculo em 20 semanas, enquanto que o sujeito com a melhor resposta ganhou 14 kg de músculo nas mesmas 20 semanas Ambos sem levantar peso, sem fazer musculação. Esse sujeito ganhou mais músculo em 5 meses de uso de esteroides do que muita gente com décadas de treinamento natural. É impressionante. Com base em todas essas evidências, os esteroides podem facilmente dobrar ou até triplicar seus ganhos musculares, dependendo da sua genética, da quantidade que você toma e do tempo de uso. Para os fisiculturistas naturais, podemos dizer que o ganho de 9 a 13 kg de massa muscular é comum. Com uma dose moderada de esteroides, a maioria das pessoas provavelmente ganharia mais 9 a 18 kg de músculos. E, se o sujeito estiver disposto a realmente aumentar a dose, pessoas com boa genética poderiam certamente adicionar mais 9 a 18 kg de massa muscular, ou até mais do que isso. Os riscos no uso de esteroides anabolizantes Embora os esteroides tenham o maior impacto potencial sobre a quantidade de músculo que você ganha, eles também têm o maior potencial de desvantagens. É importante notar que o uso de esteroides anabólicos vem com uma série de riscos à saúde, com base nos estudos do NIH (National Institute of Drug Abuse), incluindo: Problemas cardiovasculares; Danos hepáticos; Desregulação hormonal; Transtornos psicológicos; Queda de cabelo; Acne; Engrossamento da voz; Aumento do clitoris; Ginecomastia; Aumento dos pelos no corpo; Queda na libido e impotência. Os efeitos no coração, por si só, já deveriam nos preocupar: há um risco bem estabelecido de pressão alta, coágulos sanguíneos, ataques cardíacos, derrame e danos nas artérias em usuários regulares de esteroides. Além disso, muitas vezes, há efeitos colaterais visuais indesejados, como ginecomastia, calvície, acne, abscessos e pele oleosa. Certamente é possível mitigar alguns desses efeitos colaterais usando dosagens moderadas e controladas, com monitoramento hormonal regular por um médico. Mesmo assim, você ainda está apostando com sua saúde, quando decide usar esteroides. Este não é um artigo pró ou antiesteroides. As pessoas têm o direito de fazer o que quiserem com seus próprios corpos, desde que não prejudiquem os outros. Porém, acho importante que as pessoas realmente entendam o que os esteroides fazem, tanto em relação aos aspectos positivos, quanto negativos. Explore seu potencial natural antes de usar hormônios Quem pensa em usar esteroides deve ser inteligente a ponto de ao menos maximizar o potencial natural em primeiro lugar. Isso o forçará a entender o seu corpo, e a aprender a ajustar os parâmetros de treinamento e de nutrição da forma mais eficaz para a sua genética, para o seu físico. Esse conhecimento pessoal permite não sentir necessidade de anabolizantes até atingir o limite genético, e confere tempo suficiente para amadurecer uma decisão sensata acerca de tomar ou não esteroides anabolizantes. Alcançar o máximo natural, normalmente, não é possível até pelo menos 10 anos de treinamento intenso, inteligente e dedicado. É prudente ter ao menos uma década de musculação com levantamento de peso antes de considerar o uso de esteroides. Esta é a minha modesta opinião. Caso seu objetivo seja maximizar a sua saúde, em vez da massa muscular extraordinária, é mais condizente permanecer natural, a menos que um médico recomende tratamento hormonal (TRT). Também vale mencionar que, dado o que sabemos sobre esteroides e genética, não faz sentido dar valor ao conselho de treino de alguém apenas com base em quão grande essa pessoa seja. Como vimos, o desenvolvimento muscular com o uso de esteroides é extremamente superior. Por exemplo, é bastante comum que as pessoas apontem para fisiculturistas que usam esteroides, notem o quanto eles são maiores do que outros praticantes de musculação e usem isso para concluir que seus métodos de treino e nutrição devem ser os melhores. É claro que eles serão maiores se estiverem usando esteroides anabolizantes, especialmente se também tiverem boa genética. Reforçando, isso não significa que seus métodos de treino sejam os melhores. E também não significa que seus métodos de treino sejam piores, simplesmente não é um critério de comparação inteligente. O que determina se alguém dá bons conselhos de treino e nutrição é o raciocínio sólido, baseado na ciência, em evidências científicas, e em evidências práticas, reveladas por anos de experiência. Logo, precisamos avaliar essas evidências com base em seus próprios méritos, não apenas com base no volume muscular da pessoa. Conclusão Ficou claro pela pesquisa deste artigo que é possível sim se alcançar um nível bem bacana de desenvolvimento muscular naturalmente, em torno de 10 a 30 kg. Porém, há um limite para o quanto músculo você pode ganhar. Com o uso de esteroides anabólicos, esse limite pode ser aumentado drasticamente, até mais 30 kg aproximadamente, mas com riscos à saúde, que não podem ser subestimados. Se você está considerando usar esteroides, é crucial fazer isso sob supervisão médica e com uma compreensão clara dos potenciais riscos e benefícios. Fontes de pesquisa 1. BHASIN, S. et al. The effects of supraphysiologic doses of testosterone on muscle size and strength in normal men. The New England Journal of Medicine, v. 335, p. 1-7, 1996. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/8637535/>. Acesso em: 6 jun 2024. 2. BHASIN, S. et al. Testosterone dose-response relationships in healthy young men. American Journal of Physiology-Endocrinology and Metabolism, v. 281, n. 6, p. E1172-E1181, 2001. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11701431/>. Acesso em: 6 jun 2024. 3. HARTGENS, F.; KUIPERS, H. Effects of androgenic-anabolic steroids in athletes. Sports Medicine, v. 34, n. 8, p. 513-554, 2004. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15248788/>. Acesso em: 6 jun 2024. 4. KUHN, C. M. Anabolic steroids. Recent Progress in Hormone Research, Durham, v. 57, p. 411-434, 2002. 5. POPE, H. G.; KATZ, D. L. Psychiatric and medical effects of anabolic-androgenic steroid use: A controlled study of 160 athletes. Archives of General Psychiatry, v. 51, n. 5, p. 375-382, 1994. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/8179461/>. Acesso em: 6 jun 2024. 6. SULLIVAN, M. L. et al. The cardiac toxicity of anabolic steroids. Progress in Cardiovascular Diseases, v. 41, n. 1, p. 1-15, 1998. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/9717856/>. Acesso em: 6 jun 2024. 7. WILSON, J. D. Androgen abuse by athletes. Endocrine Reviews, v. 9, n. 2, p. 181-199, 1988. Disponível em: <https://academic.oup.com/edrv/article-abstract/9/2/181/2548884>. Acesso em: 6 jun 2024. 8. YESALIS, C. E. et al. Anabolic-androgenic steroid use in the United States. JAMA, v. 270, n. 10, p. 1217-1221, 1993. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/8355384/>. Acesso em: 6 jun 2024. 9. GRIFFITHS, J. C.; HALLIDAY, D. Androgenic-anabolic steroids and muscle growth: A review of the literature. Journal of the Royal Society of Medicine, v. 72, n. 11, p. 841-845, 1979. DOI: 10.1177/014107687907201111. 10. LLEWELLYN, W. Anabolics. 9. ed. Jupiter, FL: Molecular Nutrition, 2009. 11. NIPPARD, Jeff. How Much Muscle Can You Build With & Without Steroids. Disponível em: <https://youtu.be/VD9p9tEP9RE> . Acesso em: 2 jun 2024. 12. KAM, P. et al. Cardiac effects of anabolic steroids. Anaesthesia, v. 53, n. 9, p. 853-865, 1998. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15960720/>. Acesso em: 6 jun 2024. 13. EVANS, N. A. Current concepts in anabolic-androgenic steroids. American Journal of Sports Medicine, v. 32, n. 2, p. 534-542, 2004. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/14977687/>. Acesso em: 6 jun 2024. 14. BHASIN, S. et al. Testosterone replacement increases fat-free mass and muscle size in hypogonadal men. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, v. 86, n. 10, p. 4078-4086, 2001. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/9024227/>. Acesso em: 4 jun 2024. 15. HARTGENS, F. et al. Effects of androgenic-anabolic steroids in athletes. Sports Medicine, v. 34, n. 8, p. 513-554, 2004. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15248788/>. Acesso em: 4 jun 2024. 16. POPE Jr, Harrison G.; KATZ, David L. Affective and psychotic symptoms associated with anabolic steroid use. The American Journal of Psychiatry, v. 145, n. 4, p. 487-490, 1988. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/3279830/>. Acesso em: 4 jun 2024. 17. KANAYAMA, Gen; HUDSON, James I.; POPE Jr, Harrison G. Long-term psychiatric and medical consequences of anabolic-androgenic steroid abuse: A looming public health concern?. Drug and Alcohol Dependence, v. 98, n. 1-2, p. 1-12, 2008. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/18599224/>. Acesso em: 4 jun 2024. 18. VAN AMSTERDAM, Jan; OPPERHUIZEN, Ans; HARTGENS, Fred. Adverse health effects of anabolic-androgenic steroids. Regulatory Toxicology and Pharmacology, v. 57, n. 1, p. 117-123, 2010. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/20153798/>. Acesso em: 4 jun 2024. 19. SADER, Michelle A.; GRIFFITHs, Kathryn A.; MCCREDIE, Robert J.; WISHART, Susan M.; HANDELSMAN, David J.; CELERMAJER, David S. Androgenic anabolic steroids and arterial structure and function in male bodybuilders. Journal of the American College of Cardiology, v. 37, n. 1, p. 224-230, 2001. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11153743/>. Acesso em: 4 jun 2024. 20. THIBLIN, Ingemar; PETERSSON, Agneta. Pharmacoepidemiology of anabolic androgenic steroids: A review. Fundamental & Clinical Pharmacology, v. 19, n. 1, p. 27-44, 2005. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15660958/>. Acesso em: 6 jun 2024. 21. WENNA, Matheus. Ramon Dino: veja antes e depois do fisiculturista. Disponível em: <https://ge.globo.com/fisiculturismo/reportagem/2024/03/10/c-ramon-dino-veja-antes-e-depois-do-fisiculturista.ghtml>. Acesso em: 6 jun 2024. Achou este assunto fascinante? Ficou surpreso(a) com a diferença que os esteroides realmente fazem? Deixe a sua opinião nos comentários.2 pontos -
Carboidrato sem calorias que ajuda a emagrecer: consuma fibras!
fisiculturismo e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Quero compartilhar com os usuários do site FISIculturismo uma informação super importante para quem quer emagrecer, ou quer controlar o açúcar no sangue, ou para conviver melhor com o diabetes. Vou explicar qual é o único carboidrato que não aumenta a sua insulina e como você acrescentá-lo no seu dia a dia para ter mais saúde e melhores resultados nos treinos de musculação ou cardiovasculares. Carboidratos causam o aumento da insulina e potencial armazenamento de gordura Quando falamos sobre carboidratos, muitas pessoas se preocupam com o ganho de peso e o aumento da insulina. Isso realmente acontece com a maioria dos carboidratos, principalmente com aqueles de alto índice glicêmico, que são absorvidos rapidamente. Eles passam rapidamente do estômago para o intestino. Depois, para a corrente sanguínea. Essa velocidade de absorção faz aumentar muito os níveis de açúcar no sangue, o que pode ser tóxico para o corpo. O cérebro detecta esse aumento e manda o pâncreas secretar mais insulina para armazenar esse carboidrato, essa glicose no sangue. Diferentes tipos de carboidratos têm velocidades de absorção diferentes. Já sabemos que os carboidratos de alto índice glicêmico têm uma absorção rápida e impactam mais a glicose, enquanto os de baixo índice glicêmico têm uma absorção mais lenta e impactam menos. Mas, de qualquer forma, ambos têm um impacto. Carboidrato que não aumenta a insulina No entanto, existe um carboidrato que não chega a impactar a insulina. Ele não faz com que você tenha uma secreção aumentada de insulina, porque não pode ser absorvido pelo nosso corpo: são as fibras alimentares. Nós não possuímos as enzimas necessárias para quebrar essas fibras e absorver o carboidrato presente nelas. As fibras alimentares são uma forma de carboidrato, tanto que são quantificadas na quantidade total de carboidratos nos rótulos alimentares. Vou falar mais sobre isso, mas, na verdade, não conseguimos absorvê-las. Elas não passam para a corrente sanguínea como glicose. Por isso, dizemos que a fibra alimentar é o carboidrato que não altera a insulina. Esta informação é super importante porque, ao observar a quantidade de fibra no alimento, descontamos essa quantidade do total de carboidratos, já que as fibras praticamente não são absorvidas e não impactam a insulina e o açúcar no sangue. Portanto, num rótulo com carboidratos, sabendo a quantidade de fibras, podem ser elas subtraídas da quantidade total de carboidratos para efeitos de estimulação de insulina. Isso pode gerar uma certa confusão às vezes. Alimentos naturalmente muito ricos em fibras, como o abacate, o coco e a farinha de coco, podem apresentar, por exemplo, 10 g de carboidratos na tabela nutricional. O sujeito pode pensar: "Como pode ter 10 g de carboidrato? Isso é muito!?". Explico. Quando você olha, esses 10 g de carboidrato, mas 7 ou 8 g são de fibras, você pode descontar essa fibra do total de carboidratos. Para saber a quantidade de carboidratos que de fato vai ser absorvida pelo corpo, isto é, ingerida e efetivamente absorvida, vamos fazer a conta: 10 g de carboidratos totais menos 8 g de fibra, porque a fibra não é absorvida. Temos, então, apenas 2 g de carboidratos que irão cair na corrente sanguínea, o que é muito pouco. Por isso, muitas pessoas fazem essa confusão. Elas olham no rótulo de um produto, veem uma coisa, ou em uma receita, veem uma quantidade grande de carboidrato, mas não observam a quantidade de fibra, não fazem essa subtração dessa quantidade de fibra, para chegar nesse valor efetivo de carboidrato que vai ser absorvido. Benefícios das fibras Além disso, a fibra tem um outro papel super importante para ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue. Ela faz com que a digestão do bolo alimentar seja mais lenta, ajudando a diminuir a velocidade de absorção. Ela reduz o índice glicêmico. A fibra, além de não ser um carboidrato absorvível, inibe a absorção rápida dos demais carboidratos, evitando picos de insulina, o que é excelente. Você pode se beneficiar dessa propriedade da fibra com hábitos alimentares simples. Por exemplo, ao invés de ingerir uma banana pura, você pode acrescentar um pouco de chia, um pouco de linhaça, um pouco de farelo de aveia (que são boas fontes de fibra). Ao acrescentar fibras na refeição, há diminuição da velocidade de absorção do carboidrato presente na banana, há uma redução do índice glicêmico. A absorção dos carboidratos será mais lenta. Isso impacta menos a sua glicemia e favorece o controle do açúcar no sangue, e, consequentemente, facilita o controle do peso corporal também. Podemos resumir os benefícios já conhecidos das fibras na alimentação da seguinte forma: Melhora a digestão: As fibras ajudam a regular o trânsito intestinal, prevenindo constipação e promovendo movimentos intestinais saudáveis. Controle do peso: Alimentos ricos em fibras tendem a ser mais saciantes, o que pode ajudar a controlar a ingestão de calorias e, consequentemente, o peso corporal. Reduz o colesterol: Fibras solúveis, encontradas em alimentos como aveia, cevada e leguminosas, podem ajudar a reduzir os níveis de colesterol LDL (o "mau" colesterol). Controle dos níveis de açúcar no sangue: As fibras desaceleram a absorção de açúcares, o que pode ajudar a manter os níveis de glicose no sangue mais estáveis, sendo benéfico especialmente para pessoas com diabetes. Prevenção de doenças cardiovasculares: O consumo regular de fibras está associado a um menor risco de desenvolver doenças cardíacas. Saúde intestinal: As fibras servem de alimento para as bactérias benéficas no intestino, promovendo uma microbiota saudável. Prevenção de doenças digestivas: O consumo adequado de fibras pode ajudar a prevenir doenças como diverticulite e síndrome do intestino irritável (SII). Redução do risco de câncer colorretal: Há evidências de que uma dieta rica em fibras pode reduzir o risco de câncer colorretal. Fontes de fibras É muito importante saber quais são as fontes de fibra para que você possa acrescentar mais fibra no seu dia a dia. Há as fibras naturalmente presentes em muitos alimentos, principalmente nos alimentos de origem vegetal. Eles costumam ser ricos em fibra. Há, por outro lado, muitos produtos alimentares industrializados que têm fibras adicionadas, isto é, não são alimentos naturalmente ricos em fibras. Como exemplos de alimentos naturalmente ricos em fibras, temos: Legumes (são aqueles em que a parte comestível são frutos ou sementes. Os legumes englobam um grupo maior, formado por 4 subcategorias: leguminosas, cereais, oleaginosas e frutas); Farelo de aveia; Farelo de trigo; Chia e a linhaça; Abacate; Coco; Leguminosas (como feijão, grão-de-bico, lentilha, ervilha, e soja); Verduras (são aquelas em que a parte comestível são as folhas, as flores ou as hastes, como é o caso da alface, do repolho, da couve, do brócolis e do agrião); Legumes e verduras, basicamente, são ricos em fibra, tanto os folhosos, que basicamente são só fibra e água, até mesmo uma cenoura, que tem bastante fibra na sua composição. As pessoas não se dão conta disso. As nossas necessidades diárias de fibra normalmente giram em torno de 20 a 25 gramas. Infelizmente, muitas pessoas não consomem a quantidade mínima diária de fibra. Vale lembrar que as castanhas, nozes, amêndoas, amendoins são oleaginosas, isto é, são legumes, e também são alimentos ricos em fibras, apesar de muitas pessoas não se darem conta disso. Como as oleaginosas são muito gostosas, passam a ser uma forma fácil e prazerosa para acrescentar mais fibra no dia a dia. Suplementos alimentares com fibras Uma opção que tem se tornado muito comum em várias dietas é o uso do suplemento alimentar de psyllium, que contém muita fibra. Como é difícil comer o psyllium puro, porque ele é muito seco, muito fibroso, normalmente é acrescentado na forma de suplemento alimentar em iogurtes, na banana, em bolos e assim por diante. Ele é fibra pura e muito fácil de ser adicionado nas refeições para aumento da ingestão diária de fibras. As fibras compradas em farmácia, ou seja, suplementos à base de fibras solúveis, que normalmente são vendidas para melhorar o trânsito intestinal, precisam de uma atenção especial. Em razão da elevada concentração de fibras nestes suplementos, a quantidade que você pode consumir de uma vez só é muito grande. Isso pode causar inchaço, constipação, cólica, e questões relacionadas à digestão, principalmente se a pessoa não estiver acostumada a consumir muita fibra. Quando você consome fibra dos alimentos, é mais difícil consumir em excesso. Ao ingerir legumes, verduras e frutas, é muito mais difícil exagerar a ponto de ter efeitos colaterais. Por outro lado, com o uso de suplementos com fibras, a chance de exagerar na dose é relevante e deve ser considerada. Ao consumir alimentos mais fibrosos, ou até mesmo um suplemento alimentar com fibras, é importante ter cuidado com a quantidade. Comece aos pouquinhos e vá aumentando. De qualquer forma, seja do natural ou do suplemento de farmácia, sempre se lembre de acrescentar bastante água ao consumir fibra. Isso ajuda a hidratar a fibra e melhorar o trânsito intestinal também. Consuma ao menos 3 litros de água por dia. Conclusão A sua alimentação rotineira deve conter fibras, pelo menos 20 a 25 gramas por dia. Como são carboidratos não absorvidos, suas calorias não são uma preocupação. Muito pelo contrário, são excelentes para diminuir o índice glicêmico da refeição e melhorar o funcionamento do intestino. Fontes de consulta 1. BORGES, M. C.; MARTINS, M. T. Fibras Alimentares: Propriedades Funcionais e Saúde. Revista de Nutrição, Campinas, v. 18, n. 5, p. 635-645, set./out. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732005000500011>. Acesso em: 28 maio 2024. 2. SLAVIN, J. L. Dietary fiber and body weight. Nutrition, v. 21, n. 3, p. 411-418, mar. 2005. 3. FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L. F. B. Fibras na Alimentação. Revista Brasileira de Hipertensão, v. 12, n. 3, p. 134-136, 2005. 4. ANDERSON, J. W.; BLAIR, R. Dietary fiber and cardiovascular disease risk. American Journal of Clinical Nutrition, v. 67, n. 4, p. 188-194, 1998. 5. BROWN, L.; ROSNER, B.; WILLETT, W. W.; SACKS, F. M. Cholesterol-lowering effects of dietary fiber: a meta-analysis. American Journal of Clinical Nutrition, v. 69, n. 1, p. 30-42, jan. 1999. 6. SILVA, M. E. M.; LOPES, C. Fibras Alimentares: Classificação e Importância na Nutrição Humana. Revista Brasileira de Nutrição Clínica, v. 15, n. 1, p. 43-52, jan./fev. 2000. 7. BURKITT, D. P.; WALKER, A. R.; PAINTER, N. S. Dietary fiber and disease. Journal of the American Medical Association, v. 229, n. 8, p. 1068-1074, 1974. 8. HALLER, C. H. Fibras Alimentares e Saúde Gastrointestinal. Revista de Gastroenterologia e Hepatologia, v. 23, n. 2, p. 88-91, abr./jun. 2000. 9. JENKINS, D. J.; KENDALL, C. W. Dietary fibre, glycaemic control, and cardiovascular disease. Nutritional Reviews, v. 59, n. 6, p. 28-33, jun. 2001. 10. LEITE, Patrícia. O único carboidrato que não aumenta a insulina. Disponível em: <https://youtu.be/2ZDFog81X-8>. Acesso em: 28 mai 2024. 11. MONTEIRO, C. A.; LEVY, R. B.; SANTOS, R. D. Consumo de Fibras Alimentares e Doenças Cardiovasculares. Cadernos de Saúde Pública, v. 19, n. 2, p. 162-172, mar./abr. 2003. Gostou deste artigo sobre as fibras? Ainda ficou com alguma dúvida? Deixe nos comentários.2 pontos -
Testosterona: como aumentá-la naturalmente? Pode ser mais fácil do que você imagina!
Cris1976 e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Os hormônios masculinos têm caído drasticamente nos últimos 20 a 30 anos por uma infinidade de razões, mas uma que se destaca são as deficiências de vitaminas e minerais na população global. Além da baixa testosterona, os resultados de exames de sangue mostraram que a população em geral pode ter ao menos 1 vitamina e 2 minerais fora de seus intervalos de referência. Neste artigo vamos tratar, principalmente, do zinco, da vitamina D e do magnésio. Esses 3 elementos podem ser obtidos a partir dos alimentos certos e de banhos de sol, e são as coisas mais importantes para aumentar a sua testosterona. Caso você tenha deficiência em qualquer um desses elementos, pode ter uma perda de até 60% na sua testosterona natural, isso é comprovado cientificamente. Portanto, é extremamente importante ter zinco, magnésio e vitamina D suficientes em seu corpo. Vale deixar claro que se você tem magnésio, zinco e vitamina D suficientes em seu corpo, comer mais do que o necessário desses elementos ou suplementar não aumentará sua testosterona. É apenas a deficiência desses três elementos que causará baixa testosterona. Não há motivo para suplementar em excesso para aumentar a sua testosterona, pois o excesso desses elementos não trará benefícios. Mas se você tem uma deficiência, quando você acerta seu zinco, vitamina D e magnésio, a sua testosterona pode disparar. Vamos tratar neste artigo de como você pode aumentar a sua testosterona promovendo alterações simples na sua rotina diária, além de como obter os micronutrientes, que você deve avaliar por meio de exames de sangue, para que a sua produção natural de testosterona seja elevada, dentro dos números mais altos do intervalo normal de referência. Os níveis normais de testosterona total em homens adultos oscila entre 188 a 882 ng/dL, e em mulheres adultas em torno de 4,6 a 48,1 ng/dL. Queremos atingir os valores mais altos do intervalo normal de referência. Sinais de testosterona baixa no organismo Muitos usuários do fórum deste site reclamam de sintomas que acreditam ser baixa testosterona. Em muitos casos, sim, mas é necessária uma investigação dos níveis de testosterona mesmo. Quem tem baixa testosterona está cronicamente triste, fraco na academia, e tem muito mais dificuldade para você ganhar qualquer músculo, muito mais dificuldade para você perder qualquer gordura e, o mais importante, muito mais fácil para ficar com medo e ter uma qualidade de vida ruim, em geral. E isso serve tanto para os homens, quanto para as mulheres. A baixa testosterona, ou hipogonadismo, pode trazer sintomas muito desagradáveis, tais como: Falta de energia (desânimo); Irritabilidade; Depressão; Distúrbios do sono (dificuldade para dormir); Perda de massa muscular; Aumento da gordura corporal; Problemas sexuais (como disfunção erétil e perda da libido); Osteoporose e aumento de risco de fraturas; Redução da função cognitiva e da memória. Em alguns casos, os pacientes precisam necessariamente fazer reposição de testosterona exógena ou receber algum tipo de medicação que estimule sua própria produção endógena de testosterona. No entanto, podemos estimular de forma natural e melhorar os níveis sanguíneos de testosterona com medidas bem simples. Emagrecer A primeira forma de aumentar a testosterona é a perda de peso. A redução da circunferência abdominal e da gordura corporal aumenta diretamente os níveis de testosterona. Isso ocorre porque as células de gordura contribuem para a aromatização da testosterona. Uma enzima chamada aromatase é capaz de converter a testosterona no organismo masculino em estradiol, um hormônio feminino, o que leva a uma diminuição do nível sanguíneo de testosterona. Estudos mostram que o paciente que perde de 10 a 15% do peso corporal, quando está acima do peso, é capaz de aumentar em até 30% seus níveis de testosterona. Isso pode chegar a um aumento de até 150 ng/DL de testosterona total, um valor substancial para quem acompanha os níveis de testosterona. O aumento da testosterona pela perda de peso gordo corporal é muito relevante. Praticar exercícios físicos de alta intensidade A prática regular de exercícios físicos de alta intensidade aumenta a testosterona, principalmente exercícios ligados à força muscular, como musculação, calistenia, crossfit e assim por diante. Eles devem ser praticados pelo menos três vezes por semana. Esses exercícios ajudam a melhorar os receptores androgênicos e também os níveis sanguíneos de testosterona. Não é qualquer atividade física que estimula a produção de testosterona. Caminhada ou hidroginástica, por exemplo, não servem para esta finalidade. O tipo do exercício físico, para aumentar a testosterona, precisa ter carga e intensidade maiores, e deve ser praticado regularmente. O exercício intenso não só aumentará a sua testosterona, dando-lhe picos de testosterona após os treinos, como também reduzirá os seus níveis de estresse, o que é extremamente importante. Com menos estresse, você terá alta testosterona, porque o estresse é o inimigo número um da testosterona. Já foi provado muitas vezes que os exercícios podem reduzir seus níveis de estresse. Sabemos que depois de um treino intenso nosso poder de concentração e relaxamento é muito maior. Exercícios são imprescindíveis. Fazer jejum intermitente O jejum intermitente melhora o hormônio do crescimento e onde quer que o hormônio do crescimento vá, a testosterona vai.O jejum intermitente é vital para manter seus níveis de testosterona normais. Se você fizer lanches e refeições frequentes, você só vai aumentar a insulina e suprimir a testosterona. É por isso que um pré-diabético, ou alguém com resistência à insulina, ou um diabético, normalmente sempre tem baixa testosterona. E isso afeta a sua massa muscular, a sua libido e a sua energia. Dormir bem Outra forma super eficiente para aumentar a testosterona é ajustar o sono e dormir bem. Sabemos que cada vez mais as pessoas estão dormindo menos. E com uma pior qualidade de sono, fica prejudicada a produção endógena do hormônio da testosterona. Um estudo americano realizado com 2.300 homens comprovou que a cada hora de sono a menos, o nível de testosterona diminui aproximadamente 6 pontos, o que parece ser muito significativo. Outro estudo comparou os níveis séricos de 10 homens saudáveis da seguinte forma: inicialmente eles dormiram 8 horas por dia durante 3 dias. Em seguida, foram estimulados a mudar esse hábito, para dormir 5 horas por dia durante 8 dias. Observou-se que houve redução do nível sérico do hormônio em até 15%, mostrando a relação direta entre as horas de sono e a quantidade de testosterona sanguínea. Quando falamos de sono, é muito importante a qualidade desse sono. É importante que ele seja ininterrupto e que as horas de sono sejam efetivas e de qualidade, para que ocorra de fato uma renovação hormonal eficiente. Além disso, é importante criar hábitos e horários para dormir, e desligar-se do consumo de telas (celular, televisão, tablet, etc.) durante a noite. Dormir é muito, muito importante. Ao dormir, diminuímos o nosso estresse, diminuímos o cortisol. E queremos manter o nosso cortisol mais baixo. Ao aumentar o cortisol, o hormônio do estresse, diminuímos a nossa testosterona. Dormir pouco pode aumentar o cortisol. O resultado de pouco sono é cortisol elevado e testosterona baixa. O ideal é dormir de 7 a 8 horas por noite, com qualidade. Estudos mostram que se você dormir 6 horas ou menos, poderá haver uma diminuição de 20% na sua testosterona. Além disso, seu sistema imunológico fica mais fraco, a sua capacidade de recuperação muscular é pior, e seu risco de lesão durante as atividades físicas é de até 80% maior se você dormir 6 horas ou menos. Ajuste o seu sono. Você pode ir ao seu celular agora mesmo e configurar um horário de sono, por exemplo, das 10h30 às 6h. Faça o seu melhor para manter a consistência, indo para a cama no mesmo horário, acordando no mesmo horário. Isso não só aumentará sua testosterona e a sua saúde em geral, como também aumentará sua produtividade, o seu foco, a sua qualidade de vida. Evitar produtos químicos que prejudicam a testosterona Outra forma para aumentar a testosterona naturalmente é evitar produtos químicos desreguladores endócrinos. Esses são produtos químicos que podem alterar a produção hormonal do organismo. O destaque vai para o BPA (Bisfenol A). Essa substância química é encontrada, principalmente, em utensílios de plástico na cozinha, em alguns cosméticos, e na poluição urbana. Produtos com BPA podem alterar a produção hormonal e reduzir os níveis de testosterona. Mas como evitar o contato com esses produtos? Sempre prefira os produtos plásticos cujo rótulo contém "produto livres de BPA" ou "Bisfenol A". Você também pode substituir vasilhas de plástico por vasilhas e utensílios de vidro e de metal. Além disso, deve evitar o aquecimento de vasilhas plásticas com BPA junto com o seu alimento. Além dos plásticos com BPA, você deve evitar outros produtos químicos que aumentam o estrogênio, preferindo alimentos orgânicos, livres de pesticidas. Os inseticidas agem como estrogênio no corpo, eles são chamados de mimetizadores de estrogênio ou disruptores endócrinos. Nunca se esqueça que alimentos industrializados e processados podem prejudicar a sua testosterona, por causa das substâncias químicas e por liberar muitos radicais livres e oxidantes. Manter a gordura na sua dieta (colesterol) Você não deve eliminar a gordura da sua dieta. Para ter mais testosterona, você deve aumentar seu colesterol, não adote uma dieta com baixo teor de gordura. Tome muito cuidado com dietas muito restritivas e pobres em proteínas e em colesterol, que podem ser muito prejudiciais para a produção de testosterona. O ideal é uma dieta balanceada, rica em frutas, verduras, legumes, carnes brancas e vermelhas. O colesterol é o precursor da testosterona. Os blocos de construção, que ajudam a produzir a testosterona, são formados por colesterol. As dietas que demonizam as gorduras podem minar a produção natural de testosterona. Outro problema ocorre quando os médicos receitam estatinas. As estatinas bloqueiam o colesterol, o que acaba diminuindo a produção natural de testosterona, e isso é um grande desafio. Isso não quer dizer que você não deva tomar a sua estatina, antes disso, você deve conversar com seu médico e descobrir o motivo real de seu colesterol estar alto. Em vez de apenas tratar o sintoma, descobrir qual é a causa real do seu colesterol fora dos padrões normais. Em resumo, você não quer diminuir o colesterol se quiser ter altas doses de testosterona natural no corpo. Ingerir proteína Há um mito de que você precisa de muita proteína para estimular sua testosterona. Não é verdade. Você precisa de uma quantidade moderada de proteínas. O que é uma quantidade moderada de proteínas? Aproximadamente 170 a 230 gramas de alimento proteico por refeição. Esse é o peso do alimento real, como um bife ou um hambúrguer. Não estou falando sobre os gramas efetivos de proteínas no alimento, porque esse número é muito menor. Em geral, um bife de 170g pode conter entre 31g e 43g de proteína. Você só quer evitar proteína demais, em excesso. Se você exagerar na proteína, pode ficar cansado. E o motivo pelo qual você vai ficar cansado é que, como metade dela pode facilmente ser transformada em glicose, quando você a transforma em glicose, porque seu corpo não usa necessariamente todos os aminoácidos como combustível, uma parte da proteína tem que ser convertida em glicose, para ser usado como combustível. Em razão disso, pode haver uma quantidade excessiva de insulina desencadeada pela glicose, e isso pode bloquear a sua testosterona. Portanto, apenas consuma uma quantidade moderada de proteína. Reforçamos que a ingestão de proteínas, especialmente aquelas derivadas de carne vermelha, ovos, peixe e frango, também é recomendada para aumentar os níveis de testosterona. Diminuir o consumo de carboidratos Pelo mesmo motivo, você deve diminuir o consumo de carboidratos, porque os carboidratos aumentam a insulina. Se mantivermos a nossa insulina baixa, podemos aumentar a testosterona e outros hormônios benéficos, como o hormônio do crescimento. Evitar alimentos que reduzem a testosterona Também queremos manter o estrogênio baixo. Você deve evitar produtos de soja, especialmente isolados de proteína de soja, que estão em muitos alimentos dietéticos, como a carne falsa ("carne de soja") e outros produtos industrializados com soja. Existem mais alguns alimentos que podem potencialmente reduzir os níveis de testosterona. Aqui estão alguns deles, reforçando a soja: Soja e produtos à base de soja: Alguns estudos sugerem que o consumo regular de produtos de soja, como edamame, tofu, leite de soja e missô, pode causar uma queda nos níveis de testosterona. No entanto, os resultados são conflitantes e mais pesquisas são necessárias para entender completamente o impacto dos produtos de soja nos níveis de testosterona. Menta: Algumas pesquisas sugerem que a hortelã pode causar uma queda nos níveis de testosterona. Alimentos processados: Alimentos processados podem ter um impacto negativo nos níveis de testosterona. Álcool: O consumo excessivo de álcool pode levar a uma diminuição nos níveis de testosterona. Alimentos ricos em gorduras trans: Alimentos ricos em gorduras trans podem reduzir os níveis de testosterona. Linhaça: A linhaça contém compostos chamados lignanas, que podem ter um efeito estrogênico e potencialmente reduzir os níveis de testosterona. Óleo vegetal: Muitos dos óleos vegetais mais comuns, incluindo canola, soja, milho e óleo de semente de algodão, são carregados com ácidos graxos poliinsaturados, que podem afetar os níveis de testosterona. Reduzir a gordura do fígado Caso você tenha um fígado gordo, e isso você pode saber que tenha se tiver uma barriga avantajada, isso vai inibir sua capacidade de produzir testosterona. Você deve remover esse excesso de gordura do seu fígado. Você pode fazer uma dieta cetogênica de proteína moderada e baixo carboidrato. Cuidado com a suplementação com ferro Caso o seu ferro estiver muito alto, isso pode suprimir sua testosterona e pode destruir seu fígado. O excesso de ferro no sangue é conhecido como hemocromatose. Se você é homem, cuidado ao tomar suplementos de ferro, principalmente sem orientação profissional. Até mesmo mulheres, no pós-menopausa, que não estão mais menstruando, devem ter cuidado também, porque o ferro em excesso é muito prejudicial para o seu fígado e para os seus hormônios, e é muito difícil para o seu corpo se livrar do ferro. Suplementos que podem ajudar na produção natural de testosterona É sabido que os suplementos alimentares são úteis para compor a dieta quando ela não pode ser ajustada para fornecer naturalmente os elementos necessários para o corpo. E para a produção natural de testosterona ganham destaque o zinco, o magnésio e a vitamina D. Falaremos mais sobre eles nos tópicos seguintes. Avalie constantemente os níveis desses micronutrientes no seu organismo e, caso estejam em déficit, ajuste a sua dieta ou suplemente, seguindo a orientação do seu nutricionista. Ginseng vermelho coreano Um bom suplemento é o composto pelo ginseng vermelho coreano. Isso não só melhora a testosterona, mas também vai melhorar sua energia, vai te dar uma sensação de calma, vai te dar resistência, vai te dar vitalidade. É uma erva realmente muito boa, tem sido usada por muito, muito tempo com grande sucesso. O ginseng é uma erva que tem sido usada na medicina tradicional e está ganhando reconhecimento por seus benefícios potenciais para a saúde masculina, especialmente em relação aos níveis de testosterona. Aqui estão algumas maneiras pelas quais o ginseng pode ajudar a aumentar a produção de testosterona: Regulação hormonal: Pesquisas sugerem que o ginseng pode desempenhar um papel na regulação hormonal, contribuindo para a manutenção de níveis saudáveis de testosterona. Produção de óxido nítrico: Estudos preliminares indicam que os compostos bioativos encontrados no ginseng podem estimular a produção de óxido nítrico, um mensageiro químico que desempenha um papel vital na função erétil. Efeito adaptogênico: O ginseng tem propriedades adaptogênicas, o que significa que ele ajuda o corpo a se adaptar ao estresse. Em situações de estresse, o ginseng pode ajudar a regular o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, potencialmente impedindo que o estresse crônico afete negativamente os níveis de testosterona. Aumento geral da energia e redução da fadiga: Ao ajudar o corpo a se adaptar e resistir aos estressores, o ginseng contribui para a redução da fadiga e o aumento geral da energia. Propriedades antioxidantes: O ginseng também demonstrou propriedades antioxidantes, auxiliando na proteção das células contra danos causados pelos radicais livres. L-arginina A L-arginina vai aumentar algo chamado óxido nítrico, que pode aumentar a testosterona. É um bom suplemento, mas lembre-se, sempre que você está tomando suplementos, eles podem não funcionar se sua dieta não estiver corrigida, e se você não souber o que comer. Ácido D-aspártico O ácido D-aspártico é outro composto realmente bom para ajudar a aumentar a testosterona. O ácido D-aspártico é um aminoácido que desempenha um papel importante na produção e liberação de hormônios no corpo. Ele pode aumentar a testosterona de várias maneiras: Estimulação da glândula pituitária: O ácido D-aspártico pode estimular a glândula pituitária a liberar o hormônio luteinizante (LH)12. O LH, por sua vez, sinaliza aos testículos para produzir mais testosterona3. Produção direta nos testículos: Além de estimular a produção de LH, acredita-se que o ácido D-aspártico também possa estimular diretamente os testículos na produção de testosterona3. Aumento do hormônio folículo-estimulante: Pesquisas indicam que o ácido D-aspártico pode aumentar a produção do hormônio folículo-estimulante, que também promove a produção de mais testosterona nos testículos4. Daremos destaque ao zinco, ao magnésio e à vitamina D nos tópicos seguintes. Vitamina D Estudos sugerem que cerca de 50% da população global tem deficiência de vitamina D. Ela é uma vitamina lipossolúvel que é produzida pelo corpo quando a pele é exposta à luz solar ou obtida através de alimentos ou suplementos. A falta dela está associada a várias doenças, incluindo câncer, doenças cardiovasculares, diabetes, doenças autoimunes e depressão. Existem dois principais fatores que contribuem para as deficiências de vitamina D. Primeiro, certas síndromes de má absorção, como a doença celíaca e uma infinidade de outras, que podem bloquear a absorção de vitamina D ou diminuir a capacidade do corpo de sintetizá-la. Segundo, a diminuição dos níveis de exposição ao sol. Aproximadamente 50 a 90% da vitamina D é absorvida pela pele através da luz solar. O restante vem da dieta, portanto, populações com mais melanina na pele, e aquelas que cobrem extensivamente a pele, principalmente em países do Oriente Médio e da Ásia, são mais propensas à deficiência. Nos Estados Unidos, de 35 a 61% da população é deficiente em vitamina D, enquanto as taxas de deficiência em países como Paquistão, Índia e Bangladesh excedem 80%. De acordo com um estudo realizado pela Fiocruz, a prevalência de deficiência de vitamina D na população brasileira é de 15,3%, enquanto a insuficiência de vitamina D é de 50,9%. Esses dados foram obtidos a partir de amostras de sangue de 1.004 doadores de ambos os sexos, durante o verão, no período de dezembro de 2020 a março de 2021. A deficiência foi considerada em indivíduos com níveis de vitamina D abaixo de 20 ng/mL, e a insuficiência em indivíduos com níveis abaixo de 30 ng/mL. O intervalo de referência para vitamina D em exames laboratoriais pode variar dependendo do laboratório, mas geralmente é definido da seguinte maneira: Suficiente: entre 30 e 100 ng/mL (75 e 250 nmol/L) Insuficiente: entre 21 e 29 ng/mL (52,4 a 72,4 nmol/L) Deficiente: abaixo de 20 ng/mL (50 nmol/L) A faixa ideal de vitamina D é geralmente considerada entre 40 e 60 ng/mL. No entanto, é importante lembrar que esses valores podem variar dependendo de vários fatores, incluindo a idade, o estado de saúde geral e a exposição ao sol. Portanto, é sempre recomendado consultar um profissional de saúde para uma interpretação adequada dos resultados dos exames. Acredita-se que a vitamina D afeta a produção de testosterona através de múltiplos caminhos, embora nem todos sejam totalmente compreendidos. Ela regula a expressão gênica, levando à produção aumentada de proteínas envolvidas na síntese de testosterona. Além disso, influencia os níveis do hormônio luteinizante, que estimula a produção de testosterona. A vitamina D também é crucial para as funções imunológicas, cardiovasculares e cerebrais, todas as quais podem desempenhar um papel na produção de testosterona. Caso você esteja dentro do grupo com deficiência em vitamina D, a recomendação é ajustar a dieta, tomar mais sol e suplementar. Costuma ser recomendado tomar 1 comprimido de aproximadamente 5000 UI por dia, ou até 2 comprimidos com 10.000 UI por dia. Com maior exposição ao sol e suplementação com 10.000 UI por dia é possível aumentar drasticamente a vitamina D num único mês, passando por exemplo de 42 nmol/L para 212 nmol/L, o que é um aumento bastante surpreendente, especialmente em apenas um mês. Isso demonstra que os comprimidos com vitamina D são superpotentes. A quantidade de exposição ao sol necessária para manter um nível saudável de vitamina D no corpo pode variar dependendo de vários fatores, incluindo o tipo de pele, a localização geográfica e a estação do ano. No entanto, aqui estão algumas diretrizes gerais: Para pessoas com pele clara, é recomendado tomar sol por pelo menos 15 a 20 minutos por dia, três vezes por semana. Para pessoas com pele morena, o tempo recomendado de exposição ao sol é de 30 a 40 minutos por dia. Para pessoas com pele negra, o tempo recomendado é de até 1 hora por dia. Esses tempos de exposição são recomendados para quando o sol está mais forte, geralmente entre 10h e 15h. E a pele deve ser exposta ao sol sem o uso de protetor solar, apenas pelo tempo recomendado para absorver a vitamina D. O ideal é que o máximo do corpo seja exposto com roupa de banho (sunga ou biquíni). Não exponha o rosto ao sol. Além disso, a vitamina D também pode ser obtida a partir de fontes alimentares. Os alimentos mais comuns para se obter a vitamina D são: peixes gordurosos (como o salmão e o atum), gemas de ovo e cogumelos. Por fim, é importante lembrar que essas são apenas diretrizes gerais e que a quantidade ideal de exposição ao sol pode variar dependendo de vários fatores individuais. Portanto, é sempre uma boa ideia consultar um profissional de saúde para obter conselhos personalizados. Magnésio O magnésio é um mineral que desempenha um papel vital na saúde e na nutrição humana, governando a atividade de centenas de enzimas. Ele é usado em cerca de 80% das funções metabólicas conhecidas. Apesar de sua importância, o magnésio ainda é um dos elementos menos compreendidos e apreciados na saúde humana. Estima-se que 45% dos americanos têm deficiência de magnésio e 60% dos adultos não atingem a ingestão dietética recomendada, 320 miligramas para mulheres e 420 miligramas para homens. A deficiência de magnésio também é bastante comum na população brasileira. Duas das principais razões conhecidas para o aumento da deficiência em magnésio: a depleção de magnésio no solo, ao longo do último século, e o aumento do consumo de alimentos processados. A depleção do solo ocorre quando a mesma terra é cultivada repetidamente, cada vez degradando mais os níveis de nutrientes fornecidos às plantas ao longo de seu ciclo de crescimento. Os alimentos processados também são um forte culpado. Há evidências que sugerem que aditivos químicos, comuns nos alimentos processados, dificultam a absorção do magnésio pelos indivíduos. Níveis baixos de magnésio estão associados à hipertensão, doença cardíaca coronária, diabetes, osteoporose e uma infinidade de distúrbios neurológicos. E como isso afeta a testosterona? As moléculas de colesterol e de testosterona são muito semelhantes. Para o colesterol se transformar em testosterona, ele tem que passar por uma série de processos enzimáticos, em etapas que requerem o uso de magnésio. Portanto, se você for deficiente em magnésio, esse processo não funciona tão bem. Por isso, teoriza-se que você acaba com baixos níveis de testosterona em seu corpo. O intervalo de referência para magnésio em exames laboratoriais pode variar dependendo do laboratório, mas, geralmente, é definido para adultos acima de 20 anos entre 1,6 a 2,6 mg/dL. Valores abaixo desses intervalos são considerados baixos (hipomagnesemia), enquanto que valores acima podem indicar um excesso de magnésio (hipermagnesemia). Esses valores podem variar dependendo de vários fatores, incluindo a idade, o estado de saúde geral e a dieta. Todavia, já existem intervalos de referência entre 4,2 a 6,8 mg/dL, com especialistas recomendando um mínimo de acima de seis miligramas por decilitro para a saúde ótima. As fontes alimentares mais ricas em magnésio são: chocolate amargo, feijão, abacate e sementes de abóbora. Adote esses alimentos em sua dieta para garantir que você nunca terá deficiência de magnésio para a sua testosterona. Zinco O micronutriente mais importante para a produção natural de testosterona é o zinco. Ele é um mineral essencial para muitas funções importantes no corpo. Ele ajuda na cicatrização de feridas, apoia o sistema imunológico e é importante para o crescimento e desenvolvimento adequados. Pode ser encontrado em muitos alimentos, como: carne vermelha, mariscos, legumes, nozes, feijão, lentilhas, ovos e sementes de abóbora. Por exemplo, ingerindo 100 gramas de carne vermelha você obtém 50% do valor diário para o zinco. Um ovo contém 5% do valor diário de zinco. Mas meu alimento favorito para obter zinco são as sementes de abóbora. Com apenas 30 gramas de sementes de abóbora, que você pode comprar em praticamente em qualquer loja, você obtém 20% do valor diário de zinco. Elas são incrivelmente nutritivas em gordura e em proteína, e você pode usá-las como lanche, por si só. A deficiência de zinco pode levar à imunidade enfraquecida, cicatrização de feridas atrasada, perda de cabelo e outros problemas e, como o magnésio, é comumente deficiente devido às mesmas razões (depleção do solo e alimentos industrializados), condições que impedem a absorção, e níveis mais baixos nos alimentos que comemos. O zinco é necessário para a atividade da enzima 5-alfa-redutase, que converte a testosterona em sua forma mais potente, a di-hidrotestosterona (DHT). Um estudo realizado em homens com baixos níveis de testosterona descobriu que a suplementação com zinco por seis meses aumentou os níveis de testosterona em 74%. Outro estudo realizado em atletas descobriu que a suplementação com zinco por quatro semanas aumentou os níveis de testosterona em 26%. O intervalo de referência para zinco em exames laboratoriais pode variar, mas, geralmente, é de 70,00 e 120,00 ug/dL (10,70 a 18,35 umol/L) para um adulto. Havendo deficiência em zinco, a suplementação costuma ser feita em doses de 15 a 30 mg por dia. Dieta equilibrada e balanceada com proteína, colesterol, zinco, magnésio e vitamina D Já vimos nos tópicos acima que o aumento natural da testosterona também ocorre com a ajuda de alimentos que contenham os elementos essenciais para o corpo produzir a testosterona, o que se traduz numa dieta equilibrada e balanceada. É de grande importância cortar alimentos processados e industrializados para estimular a produção endógena de testosterona. Existem alguns alimentos naturais que podem favorecer a produção hormonal. Mas o fato é que não sabemos qual é a quantidade eficiente desses alimentos para aumentar a testosterona. Portanto, uma alimentação natural e balanceada, rica em frutas, verduras, legumes, carne branca, carne vermelha e peixe, é fundamental para que a produção hormonal seja eficiente. Dentre esses alimentos, podemos destacar a romã, castanha-do-pará, espinafre, alho, cebola e alguns outros. Nas redes sociais, há muitas postagens sobre quais são os alimentos que mais favorecem a produção de testosterona, e que podem melhorar a qualidade da vida hormonal do homem e das mulheres. Vou falar um pouquinho sobre alguns alimentos. Comecemos pela romã. A romã é uma fruta que ajuda a diminuir os níveis basais de cortisol. O cortisol é o hormônio inflamatório relacionado ao estresse. A redução dos níveis de cortisol está diretamente relacionada ao aumento dos níveis de testosterona. Vamos reforçar aqui neste tópico as fontes naturais de magnésio, zinco e vitamina D. Quanto aos alimentos ricos em magnésio, além dos já mencionados acima, incluem: folhas verdes, espinafre, castanha de caju, amendoim e avelã. Aqui estão os alimentos ricos em zinco: ostras, carne de boi, carne de porco, frango, peru, feijões, lentilhas, grão-de-bico, sementes de abóbora, sementes de gergelim, sementes de cânhamo, castanhas-de-caju, queijo, leite, ovos, trigo integral, quinoa, arroz integral, aveia, cogumelos, espinafre, brócolis, chocolate amargo. E os alimentos mais ricos em vitamina D: óleo de fígado de bacalhau, salmão, cavala, sardinha, atum, truta, gema de ovo, fígado de boi, e queijo. Alimentos ricos em antioxidantes Além disso, o uso de alho e cebola, substituindo temperos processados que as pessoas costumam usar no dia a dia, pode ser benéfico. Alho e cebola contêm substâncias chamadas flavonóides. Essas substâncias são antioxidantes que ajudam a reduzir o estresse e a inflamação no corpo, melhorando a produção hormonal. Para complementar, esses alimentos ainda melhoram a qualidade do esperma. Vale a pena citar o ginseng indiano e o gengibre, que podem aumentar os níveis de testosterona devido às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Os alimentos mais ricos em flavonoides são: chá verde, chá preto, chocolate amargo, frutas cítricas, frutas vermelhas (como morangos, mirtilos e framboesas), maçãs, cebolas, couve, brócolis, uvas, vinho tinto, soja, nozes, sementes, feijão, tomate. Flavonoides são compostos bioativos encontrados em várias plantas que têm propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Aqui estão algumas razões pelas quais os flavonoides podem influenciar os níveis de testosterona: Redução do Estresse Oxidativo: Flavonoides ajudam a reduzir o estresse oxidativo, que pode danificar as células de Leydig nos testículos, responsáveis pela produção de testosterona. Inibição da Aromatase: Alguns flavonoides, como a quercetina e a naringenina, podem inibir a enzima aromatase, que converte a testosterona em estrogênio, ajudando a manter níveis mais altos de testosterona. Aumento da Produção de Óxido Nítrico: Flavonoides podem aumentar a produção de óxido nítrico, melhorando a circulação sanguínea e, consequentemente, a entrega de nutrientes e hormônios aos tecidos, incluindo os testículos. Melhora da Sensibilidade à Insulina: Flavonoides podem melhorar a sensibilidade à insulina, ajudando a manter níveis estáveis de glicose no sangue, o que é benéfico para a produção de testosterona. Ação Anti-inflamatória: A redução da inflamação crônica, promovida pelos flavonoides, pode contribuir para um ambiente hormonal mais favorável para a produção de testosterona. Alguns alimentos ricos em flavonoides que podem ajudar a aumentar os níveis de testosterona incluem: Chá Verde e Chá Preto: Contêm catequinas, que são conhecidas por suas propriedades antioxidantes. Frutas Cítricas: Ricas em flavonoides como a hesperidina e a naringenina. Frutas Vermelhas: Como morangos, mirtilos e framboesas, ricas em antocianinas. Maçãs: Contêm quercetina. Cebolas: Contêm quercetina e outros flavonoides. Uvas e Vinho Tinto: Ricos em resveratrol. Chocolate Amargo: Contém flavonoides como epicatequina. Conclusão Caso você tenha lido todo o artigo, certamente descobriu que existem muitos hábitos simples que você pode adotar para aumentar naturalmente a sua testosterona, hábitos como tomar sol, incluir na dieta certos alimentos, excluir outros, treinar intensamente, dormir bem, suplementar micronutrientes deficitários e por aí vai. Fontes de consulta 1. GOMES, Carlos Eduardo Cavalcanti. 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Alimentos que aumentam a testosterona: entenda a dieta anabólica. Disponível em: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/degusta/alimentacao-com-saude/alimentos-que-aumentam-a-testosterona-entenda-a-dieta-anabolica,f4e3201cdd474072e5d98a5235c5a33dgoywl1wh.html. Acesso em: 4 maio 2024. 29. RENA, Reginaldo. 9 alimentos que aumentam a testosterona naturalmente. Disponível em: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-16847. Acesso em: 4 maio 2024. Gostou desse artigo? Ainda tem dúvidas sobre os métodos naturais para aumentar a testosterona? Conhece algum outro método ou alimento não mencionado no artigo? Escreva nos comentários.2 pontos -
Whey protein: o fascinante processo de produção da fábrica de queijo até a loja de suplementos!
Foston e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Como é feita a whey protein? Você já parou para pensar como é o processo de produção da whey protein? Esse pozinho que ajuda demais na ingestão protéica diária de milhares de pessoas pelo mundo e salva muitas dietas tem um processo de produção fascinante. Descubra como a sua whey é produzida e fique mais esperto na escolha do seu próximo suplemento alimentar. Todos os dias milhões de pessoas em todo o mundo consomem proteína de soro de leite como parte de sua dieta. É bem sabido que ela é produzida a partir do leite de vaca e que passa por vários processos em fábricas para se tornar um pó de proteína de alta qualidade. Mas como são produzidas mais de 10.000 potes de proteína de soro de leite todos os dias? Desde as fazendas de laticínios até a planta de produção industrial, vamos descobrir os segredos por trás da fabricação de um dos suplementos mais famosos da indústria. O soro do leite era descartado no passado A proteína de soro de leite vem do leite de vaca, especificamente da parte líquida que se separa dos coalhos durante a produção de queijo. Durante milhares de anos, foi um subproduto da produção de queijo. No passado, o soro era considerado um subproduto indesejado da fabricação de queijo e de outros produtos lácteos. Este líquido era um subproduto altamente poluente para o meio ambiente, pois seu descarte poderia gerar efeitos negativos na qualidade da água e do solo. O valor nutricional do soro do leite Com o tempo, à medida que a tecnologia e o entendimento nutricional avançaram, o valor nutricional da proteína de soro de leite e outros componentes do soro foram reconhecidos. Isso levou ao desenvolvimento de métodos mais eficientes e sustentáveis para processar o soro em produtos úteis, como o suplemento alimentar whey protein. A produção do leite nas fazendas O processo começa nas fazendas de laticínios, onde as vacas são especificamente criadas e mantidas para a produção de leite. Nessas fazendas, acredita-se que vacas felizes e saudáveis produzam leite de alta qualidade, e o leite de qualidade é o primeiro passo para fazer um suplemento de proteína de alta qualidade. Uma vaca leiteira média pode produzir cerca de 30 litros de leite por dia. O leite de vaca é composto por 3% de proteína e, dessa proteína, 19% é proteína de soro de leite. As vacas são ordenhadas duas vezes por dia, geralmente por máquinas de ordenha automatizadas. Durante a ordenha, o leite é extraído das tetas da vaca. O leite é rico em nutrientes, incluindo proteínas, gorduras, carboidratos e minerais. O leite recém-colhido é temporariamente armazenado em tanques de armazenamento refrigerados para mantê-lo fresco e prevenir contaminação. Esses tanques são projetados para manter o leite em temperaturas frias para prevenir o crescimento de bactérias e garantir sua qualidade. A pasteurização do leite e a produção do queijo na indústria O leite é transportado das fazendas de laticínios para a fábrica de processamento de queijo. Todos os dias, o leite fresco é transportado diretamente para uma das fábricas de queijo locais. O transporte refrigerado é normalmente usado para manter o leite na temperatura certa durante a viagem. Na fábrica, o leite é descarregado dos caminhões de transporte em áreas de recebimento específicas. Um controle de qualidade do leite é realizado para garantir que ele atenda aos padrões exigidos antes de continuar com o processo de fabricação. O leite recém-chegado à fábrica é armazenado em tanques de armazenamento refrigerados até estar pronto para o processamento. Antes da pasteurização, é essencial verificar a qualidade e a frescura do leite para garantir que ele atenda aos padrões de segurança alimentar. O leite é bombeado dos tanques de armazenamento através de um sistema de tubulação para um aquecedor. No aquecedor, o leite é aquecido, tipicamente a cerca de 60° C, por aproximadamente 30 minutos. O objetivo deste processo de aquecimento é eliminar e desativar quaisquer bactérias nocivas presentes no leite, aumentando sua segurança para o consumo. Após a fase de aquecimento, o leite pasteurizado passa por um rápido resfriamento para reduzir sua temperatura a 4° C. Este resfriamento rápido interrompe o processo de aquecimento e evita que o leite cozinhe demais, o que poderia afetar negativamente sua qualidade e sabor. Durante todo o processo de pasteurização, a temperatura do leite é cuidadosamente monitorada e controlada para garantir que permaneça dentro dos intervalos especificados. Após a pasteurização, o leite é transportado para uma unidade de processamento específica, projetada para separar seus componentes. O leite pasteurizado é introduzido em um grande recipiente e passa por um processo de separação mecânica. Após a pasteurização, um coagulante é adicionado ao leite, levando à formação de uma massa sólida conhecida como coalho. Durante este processo, o líquido restante, conhecido como soro, contém proteínas concentradas e outros componentes solúveis que são separados do coalho. Nesta fábrica de queijos, o coalho é usado para fazer queijo fresco, enquanto o soro restante é direcionado para uma segunda linha de negócios. Um método físico, como a filtração, é normalmente usado para separar o coalho do soro. A produção do soro do leite Durante o processo de separação do coalho do soro, a fração líquida resultante é o soro, que é rico em proteína de soro de leite. Esta fase do processo é essencial para obter o componente de proteína desejado que serve como base para a proteína de soro de leite. A fração líquida de soro pode conter pequenas quantidades de gorduras e minerais indesejados. Em alguns casos, uma etapa adicional de purificação é realizada para remover esses componentes e obter uma fração de soro mais limpa e mais concentrada em proteínas. Algumas instalações de processamento usam microfiltração e filtração em fluxo cruzado para refinar ainda mais a fração de proteína de soro de leite. Estes métodos permitem a remoção de impurezas e a concentração de proteínas de soro de leite, resultando em um produto final de proteína de soro de leite mais puro. Este processo natural de baixa temperatura separa a proteína das gorduras e da lactose, resultando em um produto final extremamente rico em proteínas e que retém contém nutrientes importantes. O resultado desta etapa é uma fração líquida de soro altamente concentrada com mínima gordura, carboidratos e outros componentes indesejados. Após a filtração, o soro é submetido ao processo de evaporação. O soro é introduzido em evaporadores industriais projetados para remover o excesso de água da fração líquida. O processo de evaporação é realizado a uma temperatura controlada para evitar danificar as proteínas presentes no soro. A temperatura pode variar, mas é tipicamente mantida relativamente baixa para preservar a qualidade da proteína. A evaporação é um processo controlado que remove gradualmente a água da fração líquida de soro. Durante este processo, a água evapora e se transforma em vapor, enquanto as proteínas e outros sólidos permanecem concentrados. Uma vez que uma parte significativa da água tenha sido removida, a fração líquida concentrada de soro passa por um processo de secagem. A secagem envolve a introdução de ar quente e frio na corrente líquida concentrada. O ar quente ajuda a evaporar ainda mais a água, enquanto o ar frio ajuda a resfriar o produto. Este processo de secagem garante que o produto final esteja em forma de pó e tenha umidade residual mínima. Posteriormente, o pó resultante é peneirado para remover quaisquer partículas maiores e garantir a uniformidade do tamanho. Após esta etapa, o soro em pó é introduzido em um misturador para remover qualquer umidade restante e obter uma mistura homogênea. Em seguida, ele é embalado em sacos para venda a atacadistas. Hoje em dia, os principais fornecedores de whey protein para as fábricas de suplementos são: Glanbia Nutritionals Inc; Arla Foods Ingredients; Carbery Group; Fonterra Co-Operative Group; Hilmar Ingredients; FrieslandCampina. A fabricação de whey protein por cada uma das marcas de suplementos (adição de sabor e cor) Dos atacadistas, os sacos são enviados para as fábricas de proteínas, aquelas que estampam as marcas que você conhece e compra nas lojas de suplementos alimentares. As fábricas costumam operar como um relógio, 24 horas por dia, 7 dias por semana, manipulando várias centenas de toneladas de proteína de soro de leite e produzindo milhares de produtos. Nos vastos armazéns das empresas de suplementos alimentares, milhares de sacos de proteína de soro de leite em pó chegam diariamente. Os pós de whey sem sabor e sem aditivos são então levados para uma sala de pesagem, onde todas as matérias-primas são pesadas. Todas as matérias-primas passam por uma peneira fina, normalmente com uma abertura de 2 mm. Isso garante que todos os ingredientes sejam cuidadosamente quebrados e fáceis de misturar. O pó de proteína de soro de leite é transportado para a área de mistura, onde diferentes sabores são adicionados para dar a cada produto seu sabor único e delicioso. A depender do produto, algumas marcas ainda adicionam carboidratos, vitaminas, minerais e outros ingredientes. Posteriormente, a proteína em pó é misturada por alguns minutos nestes tambores rotativos. Um operador coloca recipientes vazios na esteira transportadora para iniciar o processo de enchimento. Nesta etapa, uma máquina de enchimento automática é usada para encher os recipientes com a quantidade apropriada de proteína em pó. Neste processo, um trabalhador usa uma mangueira de vácuo para transferir a proteína dos sacos para a máquina de enchimento. O enchimento é feito com precisão para garantir que cada recipiente contenha a quantidade específica de proteína. Após o enchimento, cada recipiente passa por um processo de pesagem para verificar se contém a quantidade correta de proteína de soro de leite em pó. Os recipientes avançam ao longo da esteira transportadora para a próxima etapa, onde outro trabalhador coloca uma colher medidora em cada recipiente e fecha adequadamente a tampa correspondente. Um controle de qualidade visual é realizado para garantir que o produto tenha a aparência correta e que não haja contaminantes visíveis. Cada recipiente é rotulado com informações importantes, como o nome do produto, informações nutricionais, instruções de uso, data de validade e número do lote. Uma vez concluído o processo de rotulagem, um funcionário insere um anel plástico na tampa de cada recipiente. Em seguida, os recipientes são direcionados para uma máquina de selagem a calor que sela os anéis plásticos com calor, garantindo um selo apertado e preciso. Os recipientes preenchidos e verificados são colocados em caixas para facilitar o transporte e a distribuição. Conclusão Ao comprar uma whey protein, mais importante do que saber detalhes sobre a marca de suplementos e a adição de sabor ou de outros ingredientes para formar o produto final, é saber a origem da whey protein usada pela marca. Muitas marcas podem usar wheys do mesmo fornecedor. Sabendo disso, você pode comprar wheys com a mesma qualidade de matéria-prima e por um preço menor, uma vez que o diferencial entre algumas marcas será basicamente o sabor. Fontes de consulta 1. ALVES, M. P.; MOREIRA, R. O.; RODRIGUES JÚNIOR, P. H.; MARTINS, M. C. F.; PERRONE, I. T.; CARVALHO, A. F. Soro de leite: tecnologias para o processamento de coprodutos. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, v. 69, n. 3, 2014. Disponível em: https://www.revistadoilct.com.br/rilct/article/viewFile/341/316. Acesso em: 1 abr. 2024. 2. Propriedades fisiológicas-funcionais das proteínas do soro de leite. Revista de Nutrição, v. 17, n. 4, p. 397-409, 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rn/a/kQ9Wndcg9kRT6dpZkbywkXt/. Acesso em: 1 abr. 2024. 3. Proteína de Soro de Leite. Ciência do Leite, 24 out. 2010. Disponível em: https://cienciadoleite.com.br/noticia/2874/proteina-de-soro-de-leite. Acesso em: 1 abr. 2024. 4. XPROCESS. How WHEY PROTEIN is Made In Factories. Disponível em: https://youtu.be/0_Xj21k7dG4. Acesso em: 1 abr. 2024. 5. O soro de leite como base na formulação de bebidas. Ciência do Leite. Disponível em: https://cienciadoleite.com.br/noticia/5905/o-soro-de-leite-como-base-na-formulacao-de-bebidas. Acesso em: 1 abr. 2024. 6. Proteínas do soro do leite. Moodle USP: e-Disciplinas. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5330605/mod_resource/content/1/07Proteinas do soro do leite.pdf. Acesso em: 1 abr. 2024. 7. PROTESA. Protesa. Disponível em: <URL da Protesa>. Acesso em: 01 abr. 2024. 8. GLANBIA NUTRITIONALS INC. Glanbia Nutritionals Inc.. Disponível em: <https://www.glanbianutritionals.com/en-gb>. Acesso em: 01 abr. 2024. 9. ARLA FOODS INGREDIENTS. Arla Foods Ingredients. Disponível em: <https://br.arlafoodsingredients.com>. Acesso em: 01 abr. 2024. 10. CARBERY GROUP. Carbery Group. Disponível em: <https://www.carbery.com>. Acesso em: 01 abr. 2024. 11. FONTERRA CO-OPERATIVE GROUP. Fonterra Co-Operative Group. Disponível em: <URL da Fonterra Co-Operative Group>. Acesso em: 01 abr. 2024. 12. HILMAR INGREDIENTS. Hilmar Ingredients. Disponível em: <https://www.hilmar.com>. Acesso em: 01 abr. 2024. 13. FRIESLANDCAMPINA. FrieslandCampina. Disponível em: <https://www.frieslandcampina.com>. Acesso em: 01 abr. 2024. 14. MORATO, E. F., et al. Produção e caracterização de proteína de soro de leite concentrada e hidrolisada: Uma revisão. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 38, n. 1, p. 1-14, 2018. 15. CORREIA, M. A. Produção de proteína de soro de leite. In: Tecnologia de Laticínios. Jaboticabal: FUNEP, 2008. p. 553-572. 16. SILVA, J. M. Estudo da produção de proteína de soro de leite concentrada e hidrolisada: Efeito de diferentes processos de produção nas propriedades físico-químicas e funcionais. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, 2015. 17. OLIVEIRA, C. A. Desenvolvimento de novos processos para produção de proteína de soro de leite: Efeito nas propriedades funcionais e na aplicação em alimentos. Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, 2020. Gostou desse artigo? Foi interessante saber como é produzida a whey protein? Ainda tem alguma dúvida? Deixe nos comentários.2 pontos -
Creatina: efeitos colaterais x benefícios. Vale a pena o risco?
RenatoTex33 e mais um reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
O que é a creatina, como funciona e quais são os possíveis efeitos colaterais? É hora de deixar os halteres de lado para analisar a ciência por trás desse fascinante suplemento. Nossos corpos são feitos para se mover. Nossos ossos fornecem uma estrutura interna sólida para nos sustentar, e nossos músculos, ligados a esses ossos, nos dão a capacidade de nos movimentar. Mas para mover nossos músculos precisam de energia, e o combustível que alimenta nossos músculos é chamado de ATP. Pense em nossos músculos como o motor de um carro sedento por gasolina. Nossos músculos têm uma pequena reserva de ATP que pode alimentar o motor por cerca de três segundos. Nossos músculos precisam de uma maneira de se reabastecer continuamente e produzir novo ATP. Nossos músculos têm três sistemas de energia que podem ser usados para regenerar o ATP: Sistema fosfocreatina: O sistema mais rápido e eficiente, ideal para exercícios de curta duração e alta intensidade, como a musculação. Ele pode regenerar ATP rapidamente, mas os estoques de creatina são limitados, dando conta de apenas cerca de 10 segundos de atividade física intensa; Sistema glicogênio ácido lático: Fornece energia durante exercícios de intensidade moderada que duram alguns minutos. Ele depende do glicogênio, uma forma armazenada de glicose, e produz ácido láctico como subproduto, levando à fadiga muscular; Sistema aeróbico: O sistema mais sustentável, alimentado por oxigênio e utilizado durante exercícios de baixa intensidade. Leva mais tempo para aumentar, mas pode fornecer energia por longos períodos. Nosso corpo pode produzir a sua própria creatina a partir de três aminoácidos: Metionina; Glicina; Arginina. A primeira etapa da produção de creatina começa em nossos rins, com a etapa final ocorrendo em nosso fígado. Nosso corpo produz cerca de um grama por dia, mas também podemos absorver creatina de nosso sistema digestivo, e nossos corpos podem absorver essa creatina adicional em nossos músculos até certo limite. É aqui que entram os suplementos de creatina. Eles aumentam a quantidade de creatina armazenada em nossos músculos. Como resultado, nossos músculos podem sustentar uma atividade poderosa por mais tempo. O que isso significa em termos práticos é a capacidade de realizar mais repetições na academia e melhorar o desempenho em exercícios de alta intensidade ao longo do tempo. Essa capacidade de exercício aumentada pode levar a melhorias na massa muscular e na força. Qual é o efeito prático da suplementação com creatina? Bem, isso depende de vários fatores, incluindo genética, dieta, tipo de treinamento e tipo de resultado medido. Mas um aumento aproximado no desempenho geral de cerca de 5% a 15% é o que as pesquisas nos dizem. Estudos mostram um espectro de benefícios. Algumas pessoas obterão mais benefícios da suplementação de creatina, enquanto outras experimentarão menos. Por exemplo, um artigo de revisão mostrou que, embora o aumento médio na força muscular da suplementação de creatina fosse de 8%, a capacidade aumento de carga em 1 repetição com carga máxima (1RM) no supino variou de 3% a 45%. Essa ampla faixa reflete a resposta variável aos suplementos de creatina. Alguns pesquisadores sugeriram que pessoas que optam por uma dieta vegetariana podem ter mais a ganhar com a suplementação de creatina, já que a principal fonte de creatina alimentar são produtos de carne. Um estudo recente descobriu que, embora os vegetarianos se beneficiem da creatina, eles não parecem ter um benefício adicional consistente no desempenho em comparação com não-vegetarianos que também tomam creatina. Outros efeitos da creatina além do aumento da força muscular Até agora, analisamos os benefícios do exercício da creatina, mas e quanto aos benefícios para outros aspectos de nossa saúde? Ao que parece, há melhorias na saúde cerebral. Embora 95% da creatina armazenada esteja nos músculos, o cérebro também usa o sistema de fosfocreatina para energia. Enquanto os músculos dependem da creatina produzida por nossos rins e fígado, nossos cérebros são diferentes, pois podem produzir sua própria creatina. Além disso, parece que nossos cérebros são menos sensíveis à creatina dietética do que nossos músculos. Estudos descobriram que vegetarianos e não vegetarianos têm níveis semelhantes de fosfocreatina cerebral e que, em resposta aos suplementos de creatina, os níveis de creatina no cérebro aumentam menos do que o aumento na creatina muscular. A pesquisa sobre creatina e saúde cerebral tem levado a resultados mistos em pessoas saudáveis. Alguns estudos mostram uma melhoria na memória de curto prazo e no raciocínio, mas outros não. O benefício parece ser maior para pessoas que passaram por algum tipo de estresse cerebral, como privação de sono, fadiga mental ou lesão cerebral traumática leve. Os autores de uma revisão sistemática afirmam que é possível que a administração de creatina melhore a cognição de indivíduos doentes, idosos ou estressados, enquanto para pessoas mais jovens e não estressadas não há tal benefício. O principal benefício da creatina é no desempenho atlético. Pode haver algum benefício secundário para a saúde cerebral, mas as pesquisas são divergentes, então ainda não é hora de trocar os livros por um suplemento de creatina. Efeitos colaterais da creatina Agora, precisamos falar sobre os efeitos colaterais da creatina. A creatina está disponível como suplemento desde o início dos anos 1990, então temos quase 30 anos de uso anedótico para considerar. Devemos ter em mente que a creatina é um suplemento dietético, não um medicamento ou hormônio. Quando usada dentro da dose recomendada de 3 a 5 gramas por dia, pesquisas mostram que não há danos graves com até 4 anos de uso em adultos. Não há evidências consistentes de que a creatina cause queda de cabelo, danos nos rins ou danos no fígado. Algumas pessoas podem experimentar efeitos colaterais gastrointestinais como inchaço ou náusea após tomar creatina. Outros podem experimentar um aumento de 1 a 2 quilos no peso corporal, já que a creatina pode aumentar o conteúdo de fluido das células musculares. Mas devemos lembrar que a creatina não foi adequadamente testada para segurança em crianças ou adolescentes. Além disso, as consequências potenciais a longo prazo, por exemplo, com 10 a 20 anos de uso, são desconhecidas. Uma outra consideração é que muitos dos pesquisadores e estudos que investigam a creatina receberam apoio direto ou indireto dos fabricantes de creatina. Isso não significa que devemos ignorar completamente esses artigos, mas significa que devemos abordá-los com uma certa quantidade de ceticismo saudável. O Comitê Olímpico Internacional considera a creatina um suplemento com evidências boas a fortes de benefício quando usada em cenários específicos, e o Instituto Australiano do Esporte coloca a creatina no grupo A de suplementos esportivos, o que significa que consideram ter evidências científicas fortes para uso. A creatina não é proibida pela Agência Mundial Antidoping. Com base em pesquisas, cerca de 15% a 40% dos atletas e militares usam creatina. As pessoas que mais se beneficiam dos suplementos de creatina são aquelas que já têm bases sólidas de treinamento e estão procurando uma vantagem adicional. Isso significa que as pessoas que mais podem se beneficiar da creatina são aquelas que já têm um programa de nutrição bem pensado, com uma dieta ajustada para as necessidades calóricas e proteicas, além de uma programação de treinamento consistente, com boa técnica. Conclusão O uso de qualquer substância isolada e em grandes quantidades por trazer riscos. Como visto, a creatina pode melhorar o desempenho de pessoas treinadas em 5% a 15%, o que é incrível não se tratando de uma substância esteroide anabolizante. Parece fazer sentido o uso da creatina por essas pessoas. Por outro lado, pessoas não treinadas devem se dedicar a obter o máximo de seu potencial antes de se valer de suplementos para aumentar o desempenho, de modo a não correr riscos sem retorno compatível. Fontes de consulta 1. Gualano, B., Artioli, G. G., & Lancha Jr, A. H. (2012). Exploring the therapeutic role of creatine supplementation. Amino Acids, 43(4), 1821-1831. 2. Kreider, R. B., Kalman, D. S., & Antonio, J. (2017). International Society of Sports Nutrition position stand: safety and efficacy of creatine supplementation in exercise, sport, and medicine. Journal of the International Society of Sports Nutrition, 14(1), 18. 3. Rawson, E. S., & Persky, A. M. (2007). Mechanisms of muscular adaptations to creatine supplementation. International SportMed Journal, 8(2), 43-53. 4. Cooper, R., Naclerio, F., Allgrove, J., & Jimenez, A. (2012). Creatine supplementation with specific view to exercise/sports performance: an update. Journal of the International Society of Sports Nutrition, 9(1), 33. 5. DocUnlock. Creatine: Benefits vs Side Effects. Disponível em: <https://youtu.be/o_dA-W3EPoM>. Acesso em: 2 abr 2024. 6. Candow, D. G., & Chilibeck, P. D. (2019). Timing of creatine or protein supplementation and resistance training in the elderly. Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism, 44(7), 825-831. 7. HUBAL, M., et al. Efeitos adversos da suplementação de creatina: uma revisão sistemática e meta-análise. Sports Medicine, v. 42, n. 6, p. 993-1013, 2012. 8. KREIDER, R. B., et al. Riscos e benefícios da suplementação com creatina para atletas. Journal of the International Society of Sports Nutrition, v. 1, n. 1, p. 1, 2008. 9. KECHA, M., et al. Suplementação de creatina e função renal: uma revisão sistemática e meta-análise. European Journal of Clinical Nutrition, v. 64, n. 12, p. 1680-1689, 2010. 10. HULTMAN, E., et al. Efeitos da suplementação de creatina no desempenho muscular e na composição corporal.Scandinavian Journal of Medicine, v. 123, n. 4, p. 266-274, 1994. 11. CASEY, A., et al. Suplementação de creatina e desempenho no exercício de resistência. Sports Medicine, v. 33, n. 1, p. 33-53, 2003. Este artigo foi útil para lhe ajudar a decidir sobre usar ou não creatina? Deixe nos comentários a sua opinião sobre este suplemento e eventuais dúvidas.2 pontos -
Mitos sobre anabolizantes na internet
fisiculturismo reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Introdução: desvendando mitos sobre anabolizantes na internet O Dr. Carlos Eduardo Seraphim, Médico Endocrinologista com PhD, aborda em seu canal "Endocrino e talks" uma questão cada vez mais preocupante: a disseminação de informações equivocadas sobre o uso de esteroides anabolizantes na internet. Uma afirmação que ganha força online é a de que "anabolizantes não fariam mal" e que os verdadeiros perigos estariam em outras substâncias frequentemente associadas, como diuréticos, estimulantes e insulina. O Dr. Seraphim classifica essa ideia como "conveniente", mas perigosa, e se propõe a analisar essas alegações com calma e, principalmente, com base em evidências científicas. O Dr. Seraphim reage a algumas das "maiores bobagens" ditas por influenciadores digitais sobre anabolizantes, utilizando a ciência para ajudar o público a compreender melhor os riscos envolvidos e a cuidar da própria saúde de forma informada. Comparação entre anabolizantes e paracetamol: uma análise crítica Um dos pontos analisados pelo Dr. Seraphim é um vídeo que compara o risco do uso crônico de paracetamol (acetaminofeno) com o uso de testosterona em doses suprafisiológicas. No clipe comentado, sugere-se que tomar 500mg de paracetamol por dia durante anos seria mais prejudicial do que usar 1g de testosterona por mês (equivalente a cerca de 250mg por semana). O Dr. Seraphim refuta essa comparação, classificando-a como "sem sentido". Ele explica que o paracetamol, quando utilizado corretamente nas doses terapêuticas recomendadas (como os 500mg citados), possui um perfil de segurança bem estabelecido por estudos. O problema do paracetamol reside na sua janela terapêutica estreita, ou seja, a diferença entre a dose que trata e a dose que intoxica é relativamente pequena. Doses tóxicas (acima de 7,5 a 10 gramas) são, de fato, perigosas e podem causar danos hepáticos graves, mas a dose de 500mg diários é considerada segura para a maioria das pessoas quando usada conforme a indicação. Por outro lado, a dose de testosterona mencionada na comparação (250mg por semana) já é considerada suprafisiológica, ou seja, acima do que o corpo normalmente produziria ou necessitaria (a dose fisiológica de reposição para homens com hipogonadismo, usando cipionato de testosterona como exemplo, seria em torno de 75-100mg por semana, ou 150-200mg a cada 2 semanas). O uso de doses suprafisiológicas de testosterona e outros anabolizantes está associado a uma série de riscos bem documentados pela ciência: Hipertrofia cardíaca (aumento do coração); Aumento do risco de Infarto; Aumento do risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral); Atrofia testicular; Infertilidade (pela supressão do eixo hormonal hipotálamo-hipófise-gonadal); Dislipidemia (alterações nos níveis de colesterol); Resistência à insulina; Alterações de comportamento (como agressividade e irritabilidade); Piora ou desenvolvimento de apneia obstrutiva do sono. Portanto, comparar uma dose terapêutica de paracetamol com uma dose suprafisiológica de testosterona é uma falácia que ignora os riscos inerentes ao abuso de anabolizantes. Desmistificando a culpa: anabolizantes, diuréticos, estimulantes e insulina Outra alegação comum, também abordada pelo Dr. Seraphim, é a de que os esteroides anabolizantes em si não seriam a causa direta de mortes no fisiculturismo, mas sim o uso concomitante de outras substâncias como diuréticos, estimulantes e insulina. O médico classifica essa linha de raciocínio como uma "redundância lógica" e um "eufemismo". Ele compara a situação a dizer que uma arma de fogo não mata, mas sim o disparo ou a bala; a arma (neste caso, o anabolizante) é parte essencial do processo que leva ao dano. O Dr. Seraphim explica que o uso dessas outras substâncias está frequentemente interligado ao próprio uso dos anabolizantes: Diuréticos: São usados para combater a retenção de sódio e água que alguns esteroides causam (ativando o sistema renina-angiotensina-aldosterona). O abuso de diuréticos é extremamente perigoso, podendo levar à depleção de eletrólitos essenciais como o potássio, causando arritmias cardíacas que podem ser fatais. Estimulantes: Podem ser usados para combater a apatia e sintomas depressivos que surgem com o uso crônico de anabolizantes (devido à depleção de neurotransmissores como dopamina e serotonina) ou para melhorar a performance. Seus riscos incluem arritmias, taquicardia, hipertensão, ansiedade e insônia. Insulina: É utilizada por alguns fisiculturistas (muitas vezes em combinação com GH) por seu efeito anabólico. O uso inadequado pode levar a hipoglicemias severas e potencialmente fatais. Ele ressalta que a pessoa muitas vezes só recorre a essas substâncias perigosas *porque* está usando anabolizantes e tentando manejar seus efeitos colaterais ou potencializar seus resultados. Portanto, não se pode isentar o anabolizante da culpa. Além disso, o Dr. Seraphim cita estudos científicos robustos, como um publicado recentemente no JAMA (Março de 2024), que acompanhou usuários de anabolizantes por 11 anos e demonstrou um risco de mortalidade 2,8 vezes maior nesse grupo em comparação com controles, mesmo após ajustar para fatores sociodemográficos. Outros estudos também confirmam o aumento da mortalidade e morbidade geral em usuários. Adicionalmente, o médico alerta para o potencial de dependência dos esteroides anabolizantes, que segundo estudos (como o de Pope et al., 2014) pode chegar a 60% dos usuários, uma taxa superior à de muitas drogas ilícitas conhecidas. O mito do "anti-aging" e os riscos reais O vídeo também critica a ideia de usar testosterona e Hormônio do Crescimento (GH) como terapia "anti-aging", uma prática vista em supostas "feiras médicas de anti-aging". O Dr. Seraphim é enfático ao afirmar que "anti-aging" não é uma especialidade médica reconhecida e que essa abordagem configura charlatanismo. Ele esclarece que a Terapia de Reposição de Testosterona (TRT) é um tratamento médico legítimo e benéfico, mas exclusivamente para homens com diagnóstico confirmado de hipogonadismo (deficiência de testosterona). Nesses casos, a reposição visa trazer os níveis hormonais para a faixa fisiológica normal, melhorando a saúde e, potencialmente, a expectativa de vida. No entanto, usar testosterona para atingir níveis muito acima do normal (como 2000 ng/dL, citado como exemplo) não é TRT, é abuso de anabolizante. Quanto ao GH, o Dr. Seraphim alerta que seu uso em pessoas saudáveis não demonstrou aumentar a longevidade em estudos e, pior, é conhecido por causar resistência à insulina e diabetes tipo 2, pois é um hormônio contra-regulador da insulina que eleva a glicemia. Ele menciona que a busca por "rejuvenescimento" através de hormônios não é nova, citando como exemplo histórico os transplantes de testículos de macaco realizados na década de 1920 com esse propósito. O médico contesta a falácia de que usar anabolizantes permitiria "viver menos, mas viver melhor". Ele argumenta que o risco real é viver menos *e* pior, devido às graves consequências para a saúde, como infartos, AVCs com sequelas neurológicas permanentes (citando o caso de um jovem de 23 anos que ficou com metade do corpo paralisado) e embolias pulmonares. O Dr. Seraphim reforça que o uso de anabolizantes acelera o processo de envelhecimento celular ao aumentar o estresse oxidativo e a produção de radicais livres. A mensagem final é clara: Não há dose segura de anabolizantes quando usados para fins estéticos ou de performance. Conclusão: a ciência contra a desinformação Em suma, o Dr. Carlos Eduardo Seraphim conclui que a retórica que minimiza os perigos dos esteroides anabolizantes é uma forma de negação conveniente, mas cientificamente infundada e perigosa. Os anabolizantes, por si só, acarretam riscos graves e bem documentados, incluindo o aumento da mortalidade e o encurtamento da expectativa de vida. A associação com outras substâncias como diuréticos, estimulantes e insulina apenas agrava um cenário já perigoso, muitas vezes sendo uma consequência direta do próprio uso dos esteroides. É fundamental que as pessoas busquem informações baseadas em evidências científicas e desconfiem de alegações simplistas e promessas milagrosas encontradas na internet. Fontes de consulta 1. ENDOCRINO E TALKS. **ANABOLIZANTES NÃO FAZEM MAL? MÉDICO REAGE AOS MITOS DA INTERNET!**. [S.l.]: YouTube, 16 mai. 2024. 1 vídeo (21:58 min). Disponível em: https://youtu.be/1QihhBibGD4. Acesso em: 30 mar. 2025. Você conhece mais algum mito sobre esteroides? Compartilhe nos comentários.1 ponto -
Whey protein fabricada no Brasil! A Piracanjuba vai melhorar a sua vida?
Cris1976 reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Piracanjuba investe meio bilhão em fábrica de whey protein e pode impactar o mercado de suplementos Marco Antônio Ferreira Michel, no seu canal do YouTube "Gordonoid", publicou um vídeo com o título "PIRACANJUBA VAI FALIR GROWTH, MAX e INTEGRAL!", que gerou grande repercussão no meio fitness. O vídeo aborda o recente anúncio da Piracanjuba, que financiará 500 milhões de reais para iniciar sua produção de whey protein no Brasil. Essa iniciativa tem o potencial de mudar o rumo dos negócios de suplementação no país, e o vídeo do Gorgonoid explora os detalhes e as possíveis consequências desse investimento. Piracanjuba e o investimento em whey protein A Piracanjuba, uma das maiores empresas de laticínios do Brasil, anunciou um investimento de quase meio bilhão de reais, financiados pelo BNDES, para a construção de uma fábrica de whey protein, lactose em pó, mussarela e manteiga. A fábrica será localizada em São Jorge do Oeste, no Paraná, um local estratégico em termos de impostos. O investimento total do projeto é de 612 milhões de reais. Mercado de whey protein no Brasil: dominado por importações Atualmente, cerca de 85% do whey protein consumido no Brasil é importado, de acordo com dados do governo. Isso se deve, em parte, à qualidade superior do produto importado e ao preço competitivo. A Piracanjuba pretende preencher essa lacuna e aproveitar o crescimento do mercado de suplementos esportivos, que faturou 4,3 bilhões de reais em 2023 e deve alcançar 9,5 bilhões até 2028, segundo a Euromonitor. O apresentador do Gorgonoid, no entanto, questiona esses números, sugerindo que o faturamento real pode ser ainda maior, considerando as vendas de grandes marcas como Max Titanium, Growth e Integral Médica. Detalhes da nova fábrica da Piracanjuba A nova fábrica da Piracanjuba terá capacidade para processar 1,2 milhão de litros de leite por dia, o que se traduz em um volume de até 6.000 toneladas anuais de whey protein e 14,8 mil toneladas de lactose em pó. O apresentador faz as contas e estima que, com base no preço de custo do whey protein a 80% (cerca de R$ 80 por kg), a produção da fábrica geraria um faturamento de R$ 480 milhões. Considerando o preço de venda do whey protein a 80% da Growth (R$ 117 por kg), o faturamento poderia chegar a R$ 702 milhões. Esses números indicam que a produção da nova fábrica representaria aproximadamente 14% do mercado de suplementos no Brasil, considerando o faturamento estimado de 5 bilhões de reais em 2024. Integração da produção de queijos e whey protein Um dos diferenciais do projeto da Piracanjuba é a integração da produção de queijos e whey protein no mesmo local. Esse modelo, já adotado nos Estados Unidos e na Europa, permite o aproveitamento do soro do leite, um subproduto da fabricação de queijos, como matéria-prima para a produção de whey protein. Essa estratégia visa reduzir os custos logísticos e descarbonizar parte da operação, eliminando o transporte de matéria-prima entre diferentes plantas. Piracanjuba e o mercado de vida saudável O investimento em whey protein não é uma iniciativa isolada da Piracanjuba. Em março de 2024, a empresa adquiriu a startup Emana, especializada em suplementos e que tem Rodrigo Hilbert entre os sócios. Essa aquisição reflete a estratégia da empresa de diversificar seu portfólio e apostar no mercado de vida saudável, que cresce a dois dígitos desde 2021 no Brasil. Atualmente, o grupo Piracanjuba conta com sete fábricas e 200 produtos no portfólio, incluindo opções com alto teor de proteína, como as bebidas lácteas prontas para consumo encontradas em farmácias e supermercados. Possíveis impactos no mercado de suplementos O apresentador do Gorgonoid levanta a questão do impacto que a entrada da Piracanjuba no mercado de whey protein pode ter sobre os preços e a concorrência. Ele sugere que, se a empresa conseguir produzir um whey protein de qualidade comparável ao importado a um custo competitivo, isso poderá reduzir o preço do produto final e beneficiar os consumidores. No entanto, ele também ressalta que produzir no Brasil pode ser mais caro do que importar, devido aos altos impostos e à complexidade do ambiente de negócios. Preocupações e expectativas O apresentador menciona que, segundo Félix Bonfim, a notícia do investimento da Piracanjuba deixou alguns empresários do setor de suplementos preocupados. Ele especula sobre a possibilidade de a Piracanjuba entrar no meio fitness e patrocinar canais da área, mas conclui que ainda é cedo para saber como o mercado irá se reconfigurar. Conclusão O investimento da Piracanjuba na produção de whey protein representa um movimento significativo no mercado de suplementos no Brasil. A empresa tem o potencial de reduzir a dependência de importações, aumentar a concorrência e, possivelmente, impactar os preços do produto final. No entanto, o sucesso da empreitada dependerá da capacidade da Piracanjuba de produzir com qualidade e custo competitivo em um ambiente desafiador como o brasileiro. O vídeo do canal Gorgonoid levanta questões importantes e convida os espectadores a refletirem sobre o futuro do mercado de suplementos no país. Fontes de consulta 1. GORGONOID. PIRACANJUBA VAI FALIR GROWTH, MAX e INTEGRAL! Disponível em: <https://youtu.be/Ie8vZPUxQYM>. Acesso em: 24 jan 2025. E você, o que acha dessa novidade? Será que os preços de whey irão cair com a fábrica no Brasil? Deixe sua opinião nos comentários!1 ponto -
Macrociclo, mesociclo e microciclo de treino: planejando o treinamento
fisiculturismo reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Entenda o que é macrociclo, mesociclo e microciclo de treino O personal trainer João Moura, do canal Treino em Foco, publicou um vídeo importantíssimo para quem quer entender os conceitos básicos da periodização do treinamento. Ele explica que a periodização é uma ferramenta essencial para organizar as cargas de treino e atingir os objetivos de cada aluno de forma individualizada. Nesta matéria, vamos detalhar os principais pontos abordados por ele no vídeo. O que é periodização? João Moura ressalta que a periodização não é uma receita de bolo. Não existe um modelo único que sirva para todos. A periodização é, na verdade, uma forma de organizar a linha de raciocínio para a prescrição de cargas de treinamento. Ela deve ser adaptada para cada indivíduo, levando em consideração sua condição física atual, seus objetivos (sejam eles hipertrofia, força, emagrecimento ou ganho de condicionamento aeróbio) e a linha do tempo disponível. Ele reforça que a periodização é uma maneira de ajudar o profissional a organizar sua linha de raciocínio prescritivo, individualizando o treino para um determinado evento, em uma determinada condição física e determinado status físico daquele momento, organizando essa carga na linha do tempo, diante dos objetivos que esse indivíduo tenha. O personal trainer alerta para não encararmos a periodização como um modelo dogmático e absoluto. O que ele apresenta são linhas gerais e raciocínios que devem ser adaptados e individualizados para cada caso. Se fosse uma receita de bolo, qualquer software ou algoritmo poderia substituir o trabalho do profissional de educação física. Os ciclos de treinamento: macrociclo, mesociclo e microciclo João explica que a periodização é estruturada em ciclos de treinamento. Os três principais são: Macrociclo: é o maior ciclo de treinamento, abrangendo um longo período, como um ano inteiro (por exemplo, de janeiro a dezembro). Dentro do macrociclo, são definidos os objetivos gerais a serem alcançados e as estratégias que serão utilizadas ao longo do tempo. Mesociclo: São ciclos intermediários, menores que o macrociclo, mas maiores que o microciclo. Cada mesociclo possui um conteúdo e um objetivo de treinamento específico. Por exemplo, em um macrociclo de um ano, pode haver um mesociclo focado em ganho de base técnica e outro focado em hipertrofia. A quantidade de mesociclos dentro de um macrociclo pode variar de acordo com as necessidades do aluno. Microciclo: São as menores unidades de treinamento dentro da periodização. Um microciclo pode durar, por exemplo, uma semana ou até mesmo um único dia, dependendo da intensidade e do volume de treino. Dentro de um mesociclo, existem vários microciclos, cada um com sua lógica interna de organização das cargas. João exemplifica: "Dentro de um mesociclo focado em hipertrofia, eu posso ter microciclos onde em um eu trabalho mais com cadência, em outro eu insiro o rest pause como sistema de treinamento, e em outro eu evoluo para um drop set." A sessão de treino e a carga de treinamento A sessão de treino é a menor unidade dentro da estrutura da periodização. É nela que a carga de treinamento é efetivamente aplicada ao aluno. Um conjunto de sessões de treino compõe um microciclo. João destaca a importância da carga de treino: "A carga de treino nas sessões de treinamento vai definir a carga de treino do microciclo. Se eu fizer cargas de treinamento muito elevadas, de choque, durante as sessões de treinamento, eu vou ter um microciclo com cargas intensas. Se eu fizer cargas de treinamento nas sessões de treinamento regenerativas, com cargas mais leves, eu vou ter um microciclo regenerativo." Ele continua: "Se a maioria dos microciclos dentro de um mesociclo forem regenerativos, esse mesociclo vai ser caracterizado como um mesociclo regenerativo. Mas lembre-se, não é receita de bolo, é só para entender o conceito." Organizando a carga de treinamento O objetivo principal da periodização, segundo João, é organizar a carga de treinamento ao longo do tempo. Ele resume: "Na periodização, nós vamos organizar a carga de treinamento nas sessões de treino. Consequentemente, em um conjunto de sessões de treino, eu estou organizando a carga no microciclo. Quando eu organizo a carga em uma sequência de microciclos, eu defino a carga do mesociclo. Quando eu organizo as cargas de vários mesociclos ao longo de um período, eu organizei a carga de um macrociclo de treino." Ele reforça que tudo isso deve ser feito considerando o objetivo do indivíduo e sua condição de treinabilidade e evolução. O fenômeno da supercompensação João introduz o conceito de supercompensação, que merece ser detalhado em uma matéria específica. Superficialmente, ele explica que a supercompensação é um fenômeno fundamental para a evolução do indivíduo no treinamento. É o que permite que ele saia de um determinado patamar e progrida em seu condicionamento físico. Ele adianta que, para entender a supercompensação, é preciso analisar variáveis como o glicogênio muscular, por exemplo, no quadríceps, e sua variação ao longo de diferentes sessões de treinamento (primeiro dia, segundo dia, etc.). A supercompensação é a base para se raciocinar em termos de microciclos, mesociclos e macrociclos. Conclusão Nesta matéria, vimos que João Moura apresentou um panorama geral da periodização, explicando os conceitos de macrociclo, mesociclo e microciclo, e como eles se relacionam com a sessão de treino e a carga de treinamento. Ele enfatizou que a periodização é uma ferramenta flexível e individualizada, e não uma receita de bolo. Para entender mais sobre periodização, é preciso aprofundar o tema da supercompensação, mostrando como esse fenômeno se aplica a uma sessão de treino ou a um microciclo, e como ele é a base para a evolução do aluno dentro da periodização. Fontes de consulta 1. MOURA, João. Entenda AGORA, o que é Macrociclo, Mesociclo e Microciclo de Treino - Periodização #01. Treino em FOCO, YouTube, 20 out. 2021. Disponível em: <https://youtu.be/Y1I7hSffNdQ>. Acesso em: 21 jan. 2025.1 ponto -
Como fazer a divisão do meu treino? ABC? 3x1? 2x1? Anterior e posterior? Superior e inferior?
Cris1976 reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Como fazer divisão de treino: a chave para maximizar seus resultados Nesta matéria, exploramos os conhecimentos de Eduardo Haddad para falar sobre um tema crucial para quem busca resultados expressivos na musculação: a divisão de treino. Muitos erram nesse ponto e acabam comprometendo seus ganhos. Então, preparem-se para uma aula completa sobre como organizar seu microciclo de treinamento e alcançar a tão sonhada hipertrofia! Entendendo a base: macrociclo, mesociclo e microciclo Antes de entrarmos na divisão propriamente dita, é fundamental entender a estrutura do treinamento. O macrociclo é o seu plano anual, o panorama geral. Ele é dividido em mesociclos, que são períodos menores com objetivos específicos, como força ou hipertrofia. Por fim, cada mesociclo é composto por microciclos, que representam a sua semana de treino. A divisão de treino, portanto, é a organização do seu microciclo. MACROCICLO > MESOCICLO > MICROCICLO No fisiculturismo, o macrociclo se divide em duas fases principais: off season e pré-contest. No off season, o foco é ganhar massa muscular e corrigir deficiências. Já no pré-contest, o objetivo é "lapidar" o físico, buscando definição e simetria para a competição. A importância do off season O off season é a fase em que você vai construir a base do seu físico. É o momento de corrigir aquelas deficiências que te incomodam, como um glúteo que não desenvolve ou um deltóide que insiste em ficar para trás. Para isso, você precisa ingerir mais calorias, mas atenção: calorias magras! Nada de se entupir de porcaria. A ideia é gerar um superávit calórico com alimentos nutritivos, que vão te dar energia para treinar pesado. E por falar em treino pesado, no off season você vai pegar mais peso, ousar mais nas cargas. É a hora de ganhar força! Lembre-se: quanto mais forte você ficar no off season, mais duro você vai conseguir treinar no pré-contest, preservando a massa muscular conquistada. Quanto tempo dura cada fase? O pré-contest geralmente dura em torno de 20 semanas, mas isso pode variar de acordo com a necessidade de cada atleta. Já o off season é o tempo restante entre as competições. Se você competiu em julho e vai competir novamente em novembro, por exemplo, você não vai fazer um off season completo nesse intervalo. Vai manter a dieta, eventualmente ingerindo um pouco mais de calorias, e seguir treinando. Dentro do off season, você pode periodizar seus mesociclos. Um mesociclo de força, por exemplo, pode durar cerca de 6 semanas. Já um mesociclo focado em hipertrofia pode ser mais longo. Volume e intensidade: parceiros inseparáveis Para aqueles que já estão em um nível avançado, a recomendação é treinar volume e intensidade no mesmo treino. Isso significa mais estímulos, mais exercícios. Mas atenção: isso exige um descanso adequado. O ideal é descansar o músculo treinado por 48 a 72 horas. É importante entender que a recuperação do glicogênio muscular é mais rápida que a dos tecidos e tendões. Então, mesmo que você se sinta recuperado no dia seguinte, seus tecidos podem precisar de mais tempo para se regenerar completamente. Sinergismo e antagonismo muscular: entendendo as relações Quando você treina um grupo muscular, outros músculos são ativados como sinergistas ou antagonistas. Por exemplo, ao treinar peito, o ombro é sinergista nas puxadas e antagonista nas remadas. Isso significa que, ao planejar sua divisão de treino, você precisa levar em consideração essas relações. Uma boa estratégia é treinar peito em um dia, coxas no dia seguinte e, então, dorsais. Isso permite que o ombro descanse adequadamente. Além disso, é recomendável evitar remadas curvadas após um treino intenso de pernas com agachamento, stiff e terra, pois a lombar já estará fadigada. Adaptando o treino: a importância da individualidade A divisão de treino deve ser adaptada de acordo com o treino anterior. Por exemplo, se o seu treino de coxas foi focado em agachamento e stiff, o treino de dorsais seguinte deve priorizar puxadas, para poupar a lombar. Já se o treino de coxas foi focado em leg press e hack machine, você pode fazer remadas à vontade no treino de dorsais. O mesmo raciocínio se aplica ao treino de braços. Se o treino de dorsais foi de puxadas, o treino de bíceps seguinte deve ser mais metabólico, com menos carga e mais repetições. Já se o treino de dorsais foi de remadas, você pode fazer um treino de braços mais intenso. Divisões de treino: conhecendo as opções Existem diversas formas de dividir o seu treino semanal. A melhor divisão para você vai depender do seu nível de condicionamento, dos seus objetivos e da sua disponibilidade. Vamos mencionar algumas divisões de treino: 1. Treino ABC Uma das divisões mais populares, o treino ABC geralmente envolve treinar cada grupo muscular duas vezes por semana. Por exemplo: A - Peito e Tríceps; B - Costas e Bíceps; C - Pernas e Ombros. Essa divisão pode ser bastante eficiente para hipertrofia, mas pode se tornar problemática quando as cargas ficam muito altas. Isso porque o tempo de recuperação entre os treinos do mesmo grupo muscular pode ser insuficiente, levando a lesões e overtraining. Nesses casos, o treino ABC pode acabar se transformando em um treino de uma vez por semana por grupo muscular, o que pode não ser o ideal para maximizar os ganhos. 2. Treino 3x1, 2x1 Outra opção mencionada é a divisão 3x1, 2x1, que significa treinar três dias seguidos, folgar um, treinar dois dias e folgar um. Um exemplo seria: Segunda-feira: Peito; Terça-feira: Pernas; Quarta-feira: Costas; Quinta-feira: Folga; Sexta-feira: Braços; Sábado: Ombros; Domingo: Folga. Essa divisão permite um bom volume de treino e, ao mesmo tempo, garante um dia de descanso entre os treinos de grupos musculares sinergistas, como peito e ombros, ou costas e bíceps. 3. Divisão de pernas em anterior e posterior Essa estratégia é útil para quem busca dar ênfase ao treino de posterior de coxa, que muitas vezes é negligenciado. Ela consiste em dividir o treino de pernas em dois dias, um focado na parte anterior da coxa (quadríceps) e outro na parte posterior (isquiotibiais e glúteos). Essa divisão foi usada pelo próprio Eduardo Haddad em um período em que ele precisava melhorar seus posteriores de coxa. 4. Upper/Lower (Superior/Inferior) Nessa divisão, você treina todos os músculos da parte superior do corpo em um dia (peito, costas, ombros, bíceps e tríceps) e todos os músculos da parte inferior do corpo em outro dia (pernas e glúteos). Essa divisão é uma boa opção para quem tem pouco tempo disponível para treinar, pois permite treinar cada grupo muscular duas vezes por semana com apenas quatro treinos semanais. 5. Push/Pull/Legs (Empurrar/Puxar/Pernas) Nessa divisão, você treina todos os músculos envolvidos em movimentos de empurrar em um dia (peito, ombros e tríceps), todos os músculos envolvidos em movimentos de puxar em outro dia (costas e bíceps) e as pernas em um terceiro dia. Essa divisão é interessante porque agrupa os músculos sinergistas, permitindo um bom volume de treino e um tempo de descanso adequado entre as sessões. Periodização: a chave para o sucesso a longo prazo A individualidade biológica é fundamental na elaboração do treino. Cada pessoa responde de forma diferente aos estímulos, e é por isso que a periodização é tão importante. Alternar treinos pesados com treinos mais leves, os chamados treinos ondulatórios, é uma estratégia eficaz para evitar lesões e maximizar resultados. A periodização deve ser planejada dentro do seu macrociclo. Por exemplo, se você tem quatro meses para corrigir um ponto fraco, pode usar um mês para treinar de forma mais intensa, outro para treinar de forma mais moderada, e assim por diante. O importante é ter um plano e segui-lo. Treino feminino: especificidades e considerações O treino feminino tem suas particularidades. Não há necessidade de muitos exercícios para peito, por exemplo. Um bom trabalho de supino inclinado e um crucifixo no crossover já são suficientes para a maioria das mulheres. Já as costas devem ser bem trabalhadas, com remadas e puxadas variadas, para criar aquele aspecto de "cintura fina". Se a mulher treinar costas com intensidade, o treino de bíceps pode ser simplificado. Um ou dois exercícios já são suficientes. O tríceps, por outro lado, merece atenção especial, pois é um músculo importante para a estética do braço feminino. Quanto aos glúteos, é preciso ter cuidado. Ao contrário do que muitos pensam, os glúteos não são trabalhados isoladamente em agachamentos. É necessário avaliar a necessidade de exercícios específicos para essa região. Dividir o treino de glúteos e posterior de coxa pode ser uma boa estratégia. Pode-se treinar pernas duas ou até três vezes por semana, com estímulos de naturezas diferentes, focando em diferentes porções e tipos de contração. Frequência cardíaca e aquecimento: o que realmente importa A frequência cardíaca não é um fator determinante na musculação. O que importa é a intensidade do treino e a correta execução dos exercícios. O aquecimento, por sua vez, é importante para a sinalização simpática, vasodilatação periférica e para as articulações, não para o coração. Análise individual e cinesiologia: a base para um treino eficiente Antes de prescrever um treino, é fundamental avaliar o físico do aluno, identificar deficiências e necessidades. Além disso, é preciso considerar a biomecânica dos exercícios na escolha dos estímulos. Por exemplo, o ponto de maior torque no glúteo no agachamento é diferente do ponto de maior torque na elevação de pelve. Explorar essas diferenças pode otimizar os resultados. Como escolher a melhor divisão de treino para você? Como vimos, existem diversas formas de dividir o seu treino. Mas como saber qual é a melhor para você? Aqui vão algumas dicas: 1. Considere seu nível de experiência Se você é iniciante, o ideal é começar com um treino de corpo inteiro (full body) três vezes por semana, ou um treino ABC com menos volume (menos séries e exercícios). Isso vai te ajudar a aprender a técnica correta dos exercícios e a se adaptar aos estímulos do treinamento. Conforme você for evoluindo, pode passar para divisões mais complexas, como o treino ABC com mais volume, ou o treino 3x1, 2x1. 2. Defina seus objetivos O seu objetivo é ganhar força, hipertrofia, resistência ou definição? Isso vai influenciar na escolha da divisão de treino e na periodização dos seus mesociclos. Por exemplo, se o seu foco é hipertrofia, você pode se beneficiar de treinar cada grupo muscular duas vezes por semana, como no treino ABC. Já se o seu objetivo é força, pode ser mais interessante focar em treinos com menos repetições e mais carga, com um tempo de descanso maior entre as sessões. 3. Avalie sua disponibilidade Quantos dias por semana você pode treinar? Isso vai determinar as divisões de treino que você pode fazer. Se você só pode treinar três vezes por semana, por exemplo, um treino ABC pode não ser o ideal, pois você estaria treinando cada grupo muscular apenas uma vez a cada dez dias. Nesse caso, um treino de corpo inteiro ou uma divisão AB (superior/inferior) seriam mais adequados. 4. Ouça seu corpo Preste atenção aos sinais do seu corpo. Se você está sempre muito cansado, com dores musculares excessivas ou com dificuldade para se recuperar entre os treinos, pode ser um sinal de que a sua divisão de treino não está adequada. Nesses casos, é importante reavaliar o volume e a intensidade dos seus treinos, e talvez optar por uma divisão que permita mais tempo de descanso. 5. Busque orientação profissional Se você tem dúvidas sobre qual a melhor divisão de treino para você, ou se não está conseguindo obter resultados com a sua divisão atual, procure a orientação de um profissional de educação física qualificado. Ele poderá avaliar o seu caso individualmente e te ajudar a montar um plano de treinamento personalizado, levando em consideração seus objetivos, seu nível de condicionamento e suas características individuais. Conclusão A divisão de treino é um assunto complexo, que exige conhecimento e atenção aos detalhes. Não existe uma fórmula mágica que funcione para todos. O importante é entender os princípios da periodização, respeitar a individualidade biológica e buscar sempre o conhecimento. Com dedicação e um bom planejamento, você certamente alcançará seus objetivos! O planejamento deve incluir a periodização. Resumindo os conceitos mais importantes para a periodização dos treinos: Macrociclo: Periodização anual do treinamento. Mesociclo: Subdivisões do macrociclo com objetivos específicos (força, hipertrofia, etc.). Microciclo: Semana de treino. Off season: Período de ganho de massa muscular e correção de deficiências. Pré-contest: Período de definição muscular e preparação para competição. Treinos ondulatórios: Alternância entre treinos pesados e leves. Escolher a divisão de treino ideal é fundamental para otimizar seus resultados na musculação. Não existe uma divisão perfeita que funcione para todos. É preciso experimentar, avaliar os resultados e ajustar conforme necessário. Lembre-se de que a consistência e a progressão são as chaves para o sucesso a longo prazo. Continue buscando conhecimento, ouvindo seu corpo e, se necessário, procure a ajuda de um profissional qualificado. Fontes de consulta 1. HADDAD, Eduardo. COMO FAZER DIVISÃO DE TREINO. YouTube, 2022. Disponível em: <https://youtu.be/eNXBheaPi_s>. Acesso em: 21 jan. 2025. Espero que tenha gostado do conteúdo! Se tiver dúvidas, deixe nos comentários. Comente qual é a sua divisão de treino preferida.1 ponto -
Dominando a respiração nos seus treinos Uma das perguntas mais comuns na musculação é: "Como devo respirar durante os exercícios?". E essa é uma dúvida muito comum mesmo, afinal, a respiração correta é crucial não apenas para o seu desempenho, mas também para a sua segurança e bem-estar durante o treino. Leandro Twin ressalta, inclusive, que a respiração adequada pode aumentar a carga em exercícios como o supino de um dia para o outro, tamanha sua importância. Nesta matéria, vamos mergulhar fundo nesse tema, reunindo as melhores dicas e técnicas de respiração de renomados especialistas da área: Caio Signoretti, Leandro Twin, Paulo Muzy, Laura Ramos (do Detroit Medical Center) e os doutores Andy Galpin e Andrew Huberman. Vamos explorar desde os princípios básicos até as nuances mais avançadas, para que você possa otimizar sua respiração e levar seus treinos para o próximo nível. Prepare-se para desvendar os segredos da respiração eficiente e descobrir como ela pode transformar sua performance! 1. A regra de ouro: não bloqueie a respiração! Todos os especialistas concordam em um ponto fundamental: nunca prenda a respiração (apneia) durante a maior parte do exercício. Caio Signoretti enfatiza que essa é a regra número 1 e a mais importante. Bloquear a respiração, especialmente em treinos intensos, pode levar a tontura, dor de cabeça e desconforto. Isso ocorre porque a apneia aumenta a atividade do sistema nervoso simpático, liberando catecolaminas e cortisol, como explica Leandro Twin. É normal que a apneia ocorra brevemente nas últimas repetições de uma série, quando o esforço é máximo, mas deve ser evitada no início e durante a maior parte da série. Leandro Twin ressalta que prender a respiração desde o início da série é prejudicial e diminui as trocas gasosas, levando à fadiga mais rapidamente. Paulo Muzy reforça: "Respire! Não prenda a respiração durante todo o exercício anaeróbico, soltando apenas no final. Isso faz mal." Em resumo, a regra de ouro é: mantenha a respiração fluindo, inspirando e expirando continuamente durante o exercício. 2. Respiração diafragmática: a base da respiração eficiente Laura Ramos, do Detroit Medical Center, destaca que a maioria dos atletas respira incorretamente, utilizando a parte superior do peito e os ombros. A forma correta, segundo ela, é a respiração diafragmática, também conhecida como "respiração com a barriga". Como funciona a respiração diafragmática? O diafragma, músculo localizado acima do estômago, se contrai. O ar entra pelo nariz e vai para o peito. Os pulmões se enchem. A barriga, as laterais e as costas se expandem para fora. Leandro Twin também apoia a respiração diafragmática, considerando-a mais eficiente para atividades físicas. Os doutores Galpin e Huberman explicam que, ao inspirar, o foco deve ser no abdômen, e não nos ombros. As clavículas não devem se elevar. Eles comparam o torso a um cilindro que deve ser preenchido com ar, utilizando a analogia da "lata de refrigerante" para ilustrar a estabilidade proporcionada pela pressão intra-abdominal. Pratique a respiração diafragmática: Sente-se ou deite-se confortavelmente e coloque uma mão sobre o abdômen; Inspire profundamente pelo nariz, sentindo o abdômen se expandir; Expire lentamente, sentindo o abdômen se contrair. 3. Sincronizando a respiração com o movimento: concêntrica e excêntrica Aqui, encontramos algumas nuances e diferentes abordagens entre os especialistas. Caio Signoretti e Leandro Twin apresentam a ideia de sincronizar a respiração com as fases do movimento: Fase concêntrica (movimentar o peso contra a gravidade): fase de contração muscular, encurtamento do músculo. Geralmente, é o momento de expirar (expulsar o ar). Exemplos: subir no agachamento, puxar o peso na remada, empurrar o chão na flexão. Fase excêntrica (movimentar o peso na direção da gravidade): fase de alongamento muscular, resistência à gravidade. Geralmente, é o momento de inspirar (puxar o ar). Exemplos: descer no agachamento, voltar o peso na remada, descer na flexão. Leandro Twin destaca que usar nariz e boca tanto na inspiração quanto na expiração é mais eficiente para maximizar as trocas gasosas, especialmente durante atividades intensas. Os doutores Galpin e Huberman sugerem uma abordagem um pouco diferente. Eles propõem inspirar na fase excêntrica e expirar na concêntrica como uma forma eficaz de começar. No entanto, enfatizam que, em muitos casos, é melhor segurar a expiração até completar a série, se possível, especialmente com cargas máximas ou próximas disso. Eles também esclarecem que a inspiração deve ocorrer antes da fase excêntrica, e não durante. Durante a fase excêntrica, com muita carga, seria um breve momento de apneia. Paulo Muzy, por outro lado, adota uma postura mais flexível. Ele afirma que não existe uma regra rígida e que a literatura científica não encontrou uma forma única que seja a melhor para todos. Para Muzy, o conforto do praticante é fundamental. Ele sugere que a combinação de inspiração na concêntrica e expiração com a manobra de Valsalva (pressão abdominal) é uma conveniência, pois as pessoas se sentem mais confortáveis assim, mas não uma obrigação. Como se verifica há divergência entre os especialistas neste ponto de sincronização da respiração nas diferentes fases do movimento muscular. Em resumo: Caio Signoretti e Leandro Twin: recomendam expirar na concêntrica e inspirar na excêntrica. Doutores Galpin e Huberman: Sugerem inspirar na excêntrica e expirar na concêntrica como ponto de partida, mas priorizam segurar a expiração até o final da série, quando possível. Paulo Muzy: prioriza o conforto e a qualidade da contração muscular, sem regras rígidas, mas sugere a combinação de inspiração na concêntrica e expiração com manobra de Valsalva como uma opção confortável. Sugestão: experimente as diferentes abordagens e veja qual funciona melhor para você, priorizando sempre o seu conforto e a qualidade da execução do exercício. Apesar de os especialistas divergirem quanto à forma de sincronização da respiração (inspiração e expiração) durante os movimentos (excêntricos e concêntricos), todos concordam que não deve haver apneia (ausência de respiração) durante todo o exercício, podendo ser válida para alguns breve apneia durante uma fase do movimento com muita carga. 4. A manobra de Valsalva: quando e como usar A manobra de Valsalva é uma técnica que envolve prender a respiração e fazer força, aumentando a pressão intra-abdominal. Ela é frequentemente utilizada em exercícios de força, como o levantamento de peso. Leandro Twin menciona que a manobra de Valsalva não é recomendada durante a maior parte do exercício, pois diminui as trocas gasosas e pode levar à fadiga mais rapidamente. No entanto, ele considera aceitável prender a respiração brevemente na última repetição de uma série com carga muito alta para aumentar o desempenho. Os doutores Galpin e Huberman explicam que a manobra de Valsalva ajuda a criar um "cilindro" ao redor da coluna para estabilidade, mas é preciso equilibrar a pressão intra-abdominal com o fluxo sanguíneo para evitar desmaios. Paulo Muzy associa a expiração à manobra de Valsalva, que é mais fácil de realizar na fase concêntrica. Em resumo: A manobra de Valsalva pode ser útil para aumentar a estabilidade em exercícios com cargas muito altas, mas deve ser usada com cautela e, preferencialmente, apenas na última repetição. 5. Respiração em exercícios aeróbicos Leandro Twin aborda a respiração em exercícios aeróbicos, recomendando uma respiração completa: inspirar e expirar profundamente durante toda a atividade, sem prender a respiração. O ritmo deve se adaptar à intensidade e ao tipo de atividade. Em atividades como dança, a respiração é mais livre. Ele reforça a recomendação de usar nariz e boca para maximizar a captação de oxigênio. 6. Hiperventilação: um sinal de alerta Leandro Twin descreve a hiperventilação como uma respiração curta e frequente, causada por uma demanda de oxigênio não suprida pela respiração. Isso leva a uma menor qualidade respiratória e frequência cardíaca mais elevada. A solução, segundo ele, é policiar-se para respirar corretamente, assim como se aprende a executar um exercício com a técnica correta. 7. Grunhir (gemer) e gritar Os doutores Galpin e Huberman abordam a questão do grunhido e do grito durante o exercício. O Dr. Galpin afirma que não se importa com isso e que ele mesmo, ocasionalmente, solta grunhidos (gemidos). O Dr. Huberman brinca dizendo que pensa no Dr. Galpin como alguém que emite esses sons, mostrando que é algo natural e aceitável no contexto do esforço físico intenso. 8. Múltiplas repetições e estratégias específicas Os doutores Galpin e Huberman dão o exemplo do teste da NFL para ilustrar estratégias de respiração em múltiplas repetições. Nesse teste, os atletas precisam fazer o máximo de repetições possíveis no supino com 100 kg. Uma estratégia específica é ensinada para esse teste, que envolve realizar as primeiras repetições sem respirar, depois expirar e reiniciar, e então fazer séries menores com respirações entre elas, aumentando a frequência da respiração conforme se aproxima da falha. 9. Qualidade da contração muscular Paulo Muzy enfatiza a importância da qualidade da contração muscular, conseguindo controlar o tempo da fase concêntrica e excêntrica, e conseguindo iniciar e frear o movimento do zero. Ele critica exercícios feitos de qualquer forma, como o que ele chama de "bíceps convulsão", que não priorizam a hipertrofia. 10. Dicas práticas e considerações finais Concentre-se na respiração diafragmática: pratique a respiração com a barriga para torná-la natural durante os exercícios. Experimente diferentes abordagens: teste sincronizar a respiração com as fases concêntrica e excêntrica de diferentes maneiras para encontrar o que funciona melhor para você. Priorize o conforto e a qualidade do movimento: não se prenda a regras rígidas se elas estiverem prejudicando sua execução. Use a manobra de Valsalva com cautela: apenas na última repetição e com cargas muito altas, se necessário. Respire continuamente em exercícios aeróbicos: adapte o ritmo à intensidade da atividade. Atenção à hiperventilação: se estiver hiperventilando, corrija sua respiração. Pratique a estabilidade respiratória: treine para criar pressão intra-abdominal enquanto respira, como sugerido pelos doutores Galpin e Huberman. Aprender a respirar corretamente é como aprender a digitar: Leandro Twin faz uma analogia interessante, comparando a respiração correta com a digitação com todos os dedos. No começo, pode parecer estranho e mais lento, mas com o tempo e a prática, torna-se natural e muito mais eficiente. O mesmo vale para a respiração: no início, pode exigir um esforço consciente, mas com a prática, você vai respirar de forma otimizada, melhorando seu desempenho. Lembre-se: a respiração é uma ferramenta poderosa para melhorar seu desempenho e segurança nos treinos. Dominar a arte da respiração requer prática e consciência corporal. Com as informações e dicas apresentadas neste guia, você está pronto para otimizar sua respiração e alcançar novos patamares em seus treinos! Observação: para um acompanhamento personalizado e orientações específicas para o seu caso, consulte sempre um profissional de educação física qualificado. Fontes de consulta 1. SIGNORETTI, Caio. Como respirar durante os exercícios e melhorar seu treino. Disponível em: <https://youtu.be/hefFdFuRJss>. Acesso em: 12 jan. 2025. 2. TWIN, Leandro. Respiração na musculação muita gente erra isso. Disponível em: <https://youtu.be/gl0kYu8hoec>. Acesso em: 12 jan. 2025. 3. MUZY, Paulo. QUAL A RESPIRAÇÃO CERTA NO TREINO? | MUZY RESPONDE. Disponível em: <https://youtu.be/PEHOt56E9ek>. Acesso em: 12 jan. 2025. 4. DETROIT MEDICAL CENTER. Proper Breathing for Athletes. Disponível em: <https://youtu.be/XZpiIOqyCiw>. Acesso em: 12 jan. 2025. 5. HUBERMAN LAB CLIPS. The Best Way to Breathe When Lifting Weights | Dr. Andy Galpin & Dr. Andrew Huberman. Disponível em: <https://youtu.be/nE4mvAWZKXw>. Acesso em: 12 jan. 2025. Como você prefere respirar durante a execução dos exercícios de musculação? Compartilhe nos comentários.1 ponto
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Salgadinhos: por que é impossível comer um só? Aprenda a se livrar deles.
fisiculturismo reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
O que pode fazer você parar de comer salgadinhos? O tema desta matéria é baseado nas informações compartilhadas por Lillie Kane! Por 20 anos seguidos, ela comia salgadinhos todos os dias. A fraqueza dela eram os Hot Cheetos, mas, qualquer tipo de salgadinho crocante e salgada chamava a sua atenção. Aquela crocância viciante sempre fazia querer mais, e ela comia sem pensar. Isso até que ela aprendeu algumas coisas sobre salgadinhos que mudaram completamente a sua perspectiva. O que realmente compõe esses lanches crocantes dourados e como alguns dos ingredientes podem estar mais relacionados ao combustível do seu carro do que você imagina. Ao final da matéria, mostramos as opções de salgadinhos mais saudáveis que você pode encontrar facilmente no supermercado. Além disso, vamos compartilhar duas das maneiras favoritas de Lillie para fazer salgadinhos em casa (e elas são deliciosas). Existem motoristas que economizam dinheiro com seus carros usando óleo vegetal como combustível. Há muita porcaria que flutua no óleo vegetal usado para frituras, que não só parece ruim, mas também cheira mal. Um carro pode funcionar apenas com o material que você usa para fritar seus salgadinhos. Como os salgadinhos são feitos A maioria dos salgadinhos é frita em grandes lotes usando óleo vegetal. Agora, deixe-me fazer uma pausa aqui e dizer que óleo de abacate, azeite de oliva e óleo de coco não são considerados óleos vegetais, pois abacates, azeitonas e cocos são todos classificados como frutas. Quando nos referimos a óleos vegetais, estamos falando de óleo de cártamo, óleo de milho, óleo de soja, óleo de girassol, óleo de amendoim, óleo de canola, óleo de semente de algodão, óleo de gergelim, óleo de semente de uva e óleo de farelo de arroz. Honestamente, não sei por que eles chamam essas coisas de óleos vegetais também. Provavelmente porque soa saudável. Mas nenhum óleo vegetal é feito de vegetais. Canola é uma semente, amendoim e soja são leguminosas, milho é um grão (embora eu considere o milho um vegetal, o Google me diz que não é). E assim, embora você possa ver um pacote com um ingrediente listado como óleo vegetal, saiba que essa pode ser a primeira mentira na embalagem de alimentos processados, junto com muitas outras. Agora, aqui está o problema com esses óleos vegetais não tão vegetais: eles são altamente processados e industrializados. Eles vêm de culturas que foram pulverizadas com muitos produtos químicos e, em seguida, passam por vários estágios de refino, branqueamento e desodorização antes mesmo de chegarem à sua comida. Depois que esses óleos são aquecidos a altas temperaturas, como ao fritar salgadinhos, eles começam a se decompor e criar compostos nocivos, como gorduras trans e acrilamidas. Esses compostos estão ligados a vários problemas de saúde, incluindo inflamação, doenças cardíacas e até câncer. Eles podem entupir os seus órgãos. Agora é aqui que as coisas ficam interessantes. Esses óleos, como a gasolina, são hidrocarbonetos. Isso significa que eles compartilham uma espinha dorsal química comum. Quando os óleos vegetais são aquecidos, assim como quando a gasolina é queimada, os hidrocarbonetos nesses óleos se decompõem e formam novas substâncias tóxicas. Portanto, embora os salgadinhos não sejam literalmente fritos em gasolina, eles são subprodutos de um processo que não é muito diferente de como o combustível é feito. É por isso que é possível usar óleo vegetal em um carro. Então, para responder à pergunta: os salgadinhos são fritos em gasolina? A resposta é não. Embora, quando esses óleos vegetais são superaquecidos, eles criam compostos tóxicos que danificam nossas células e são muito prejudiciais para os seres humanos. Comparar óleos vegetais com gasolina pode parecer extremo, mas esses óleos vegetais hoje em dia são encontrados em tantos produtos diferentes, desde todos os diferentes alimentos processados até molhos de salada. Esses são os óleos que são usados em muitos restaurantes para cozinhar seus alimentos. E eu sei que há muitas pessoas que meio que ignoram isso como se esses óleos vegetais não fossem grande coisa, mas é um efeito de acúmulo. A maioria das pessoas está consumindo grandes quantidades desses óleos superaquecidos constantemente hoje em dia. A maioria das pessoas está consumindo esses óleos todos os dias. Agora, se alguém os consome apenas às vezes, ok, bem, isso é melhor do que todos os dias. Mas, mesmo assim, podemos tomar uma iniciativa extra para tentar realmente tirar esses óleos vegetais do nosso sistema? Precisamos absolutamente comer óleos bons, não óleos ruins. De todas as mudanças nutricionais que fazemos, essa tem que ser a mais importante. Porque óleos ruins, como óleo de canola e óleo vegetal, vivem em seu sistema por mais de 200 dias. Eles estão, tipo, engomando as células para que as células não consigam trazer muitos nutrientes, não consigam eliminar as toxinas. Então, temos que eliminar os óleos ruins. Aditivos químicos Agora, além de os salgadinhos terem ingredientes como esses óleos ruins superaquecidos, pense na embalagem e nos aditivos. Os salgadinhos costumam ser revestidas com sabores artificiais, conservantes e até açúcar para realçar o sabor e a crocância irresistíveis. Mas todos esses produtos químicos podem ter efeitos de longo prazo em sua saúde, especialmente quando combinados com os produtos de decomposição prejudiciais nesses óleos. É impossível comer um só! Já percebeu como você não consegue comer apenas um salgadinho? Você tem que terminar o pacote inteiro. Bem, há uma razão para isso. As empresas de alimentos contratam cientistas para projetar os alimentos mais irresistíveis e que criam hábitos. Esses caras inverteram o roteiro para nós. Eles estão usando as mesmas tecnologias de imagem cerebral que usamos para tentar encontrar curas para o vício. Só que eles colocam as pessoas na máquina de ressonância magnética e as alimentam com Doritos® para descobrir maneiras de ajustar a receita para torná-la ainda mais viciante do que já é. Estudos têm mostrado que lanches processados, como salgadinhos, acionam a dopamina no cérebro, o mesmo produto químico que é liberado quando você experimenta prazer ou recompensa. Este é o mesmo mecanismo que torna substâncias como as drogas viciantes. É por isso que eu conseguia comer um pacote inteiro de salgadinhos de uma só vez sem nem perceber. A indústria de alimentos foi projetada para fazer você voltar para mais. Então, depois de descobrir tudo isso, Lillie sabia que tinha que fazer uma mudança. Mas, vamos ser sinceros, os salgadinhos são difíceis de largar. E assim, embora neste momento da minha vida ela não consuma nenhum tipo de salgadinho, inicialmente, para poder se livrar dos salgadinhos, procurou alternativas mais saudáveis que ainda dessem aquele prazer que procurava nos salgadinhos, mas sem nenhum dos efeitos nocivos. Alternativas de salgadinhos mais saudáveis Algumas das melhores opções de salgadinhos para procurar nos supermercados são quaisquer salgadinhos feitos com óleos de alta qualidade, como óleo de abacate ou óleo de coco. Esses óleos têm um ponto de fumaça mais alto, o que significa que são mais estáveis em altas temperaturas e não se decompõem tão facilmente nesses compostos tóxicos. Uma das marcas de salgadinhos saudáveis é a DaColônia, pois não só seus salgadinhos têm apenas três ingredientes (batatas, óleo de de coco e sal rosa). Eles não usam nenhum sabor artificial, apenas ingredientes alimentares reais. Esses salgadinhos mais saudáveis custam um pouco mais do que os pacotes de salgadinhos tradicionais, mas acho que você recebe pelo que paga e, a longo prazo, ser saudável deve custar menos do que ficar doente e ter que tirar folga do trabalho e pagar por medicamentos e contas hospitalares caras e outros custos associados a ser doente. Queijos crocantes Outra alternativa aos salgadinhos são os queijos crocantes assados feitos inteiramente de queijo, oferecendo uma textura crocante semelhante às de salgadinhos, mas sem os amidos ou grãos. São pedaços de queijo crocantes feitos de queijo desidratado, também oferecendo uma crocância semelhante à de salgadinhos. Essas opções oferecem uma opção de baixo teor de carboidratos e alta proteína que pode servir como uma alternativa mais saudável às tradicionais. Portanto, embora não sejam salgadinhos no sentido clássico, elas ainda servem para quem procura um lanche crocante e seguro, sem óleos vegetais e com adição de proteína. Receitas de salgadinhos caseiros Salgadinhos de queijo E para quem ama proteína, a primeira receita simples de salgadinhos é de um ingrediente: queijo. Esta receita é para um lanche crocante e cheio de queijo, semelhante aos biscoitos Cheez-It. Pode ser personalizada adicionando jalapeños para um toque picante. Ingredientes: Fatias de queijo (qualquer tipo) Opcional: jalapeños para um sabor picante Equipamento: Assadeira Papel manteiga Instruções: Pré-aqueça o forno a 175 graus Celsius. Corte cada fatia de queijo em quatro pedaços menores. Forre uma assadeira com papel manteiga. Coloque os pedaços de queijo no papel manteiga. Opcional: adicione fatias finas de jalapeño em cima de cada pedaço de queijo. Asse por 12-15 minutos, observando atentamente para evitar queimar. Deixe os salgadinhos esfriarem antes de saborear. Salgadinhos de pele de frango Esta receita usa pele de frango para um lanche crocante e saboroso. A pele de frango pode ser obtida de um fazendeiro local, açougueiro ou descascando a pele de um frango inteiro. Ingredientes: Pele de frango Sal a gosto Equipamento: Assadeira Fritadeira de ar (opcional) Instruções (método do forno): Pré-aqueça o forno a 200 graus Celsius. Coloque a pele de frango em uma assadeira. Polvilhe sal sobre a pele de frango, se desejar. Asse por 8 minutos. Retire do forno e vire a pele de frango. Asse por mais 8 minutos. Deixe esfriar antes de servir. Instruções (método da fritadeira de ar): Coloque a pele de frango na cesta da fritadeira de ar. Polvilhe sal sobre a pele de frango, se desejar. Frite ao ar a 200 graus Celsius por 8 minutos. Retire da fritadeira de ar, vire a pele de frango e drene o excesso de gordura. Frite ao ar por mais 8 minutos. Deixe esfriar antes de servir. Aproveite seus salgadinhos caseiros! Conclusão Parece ser chover no molhado o alerta para uma alimentação mais saudável, com menos alimentos processados. Uma rotina diária com pacotes de salgadinhos pode cobrar um preço alto a longo prazo. Beliscar um pacotinho desses de vez em quando não é um bicho papão, mas viver comendo essas besteiras pode ser um Godzilla. Experimente alternativas mais saudáveis ou descubra o prazer de cozinhar guloseimas mais naturais em casa. Seu corpo agradece. Fontes de consulta 1. KANE, Lillie. Watching THIS Made Me Quit Eating Chips. Disponível em: . Acesso em: 8 jan. 2025. E você? Segue comendo salgadinhos? Ou já adotou alimentos mais saudáveis? Deixe nos comentários.1 ponto -
Androxon®: a testosterona em cápsulas!
Cris1976 reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Esta matéria sobre o Androxon® se vale das lições de Leandro Twin. Basicamente é uma testosterona em cápsulas que você pode comprar na farmácia. Sem enrolação, vamos saber tudo sobre este produto. O que é o Androxon®? O Androxon® é um medicamento que contém undecilato de testosterona, indicado para homens com deficiência desse hormônio. A testosterona é produzida naturalmente pelos homens, mas, após certa idade, a produção pode diminuir, sendo necessária a reposição hormonal. Benefícios da testosterona A testosterona é um hormônio essencial para o homem, trazendo diversos benefícios, como: Aumento da libido; Ganho de massa muscular; Perda de gordura corporal; Melhora do metabolismo; Melhora do humor; Melhora da saúde cardiovascular. Doses fisiológicas vs. suprafisiológicas É importante ressaltar que esses benefícios são observados com doses fisiológicas de testosterona, ou seja, aquelas que o corpo produz naturalmente. Quando se utilizam doses suprafisiológicas, acima do que o corpo produz, podem ocorrer efeitos colaterais, como: Problemas de humor; Problemas de fertilidade; Piora do sono; Alterações no perfil lipídico (colesterol). Portanto, o uso de doses suprafisiológicas de testosterona deve ser feito apenas com acompanhamento médico e pode colocar a saúde em risco. E não se enganem, esses colaterais não são brincadeira. Leandro relata que já viu aluno com problema de agressividade, outro com a libido no chão, mesmo usando testosterona. Isso sem falar na acne, queda de cabelo e outros colaterais. A lista é longa. Se você está pensando em usar doses altas, saiba que está colocando sua saúde em risco. Androxon® vs. outras formas de testosterona Pessoas que buscam doses suprafisiológicas de testosterona geralmente não optam pelo Androxon®, preferindo outras formas injetáveis, como o Deposteron® ou o Sustanon®, que possuem maior concentração de testosterona por miligrama. Dosagem do Androxon® A dose recomendada de Androxon® é de três a quatro cápsulas por dia, durante duas a três semanas, para elevar os níveis de testosterona. Após esse período, a dose é ajustada de acordo com os resultados dos exames. Alguns médicos preferem iniciar com doses menores e aumentar gradativamente. Biodisponibilidade do Androxon® Cada cápsula de Androxon® contém 40 miligramas de undecilato de testosterona. No entanto, a testosterona oral, como a do Androxon®, possui baixa biodisponibilidade, ou seja, é mal absorvida pelo organismo. Isso significa que, para atingir uma dose de reposição de testosterona, seria necessário ingerir de 80 a 120 miligramas por dia. Essa baixa biodisponibilidade do Androxon® acontece porque, ao passar pelo sistema digestivo, boa parte da testosterona é metabolizada pelo fígado antes de chegar na corrente sanguínea. É o chamado 'efeito de primeira passagem'. Por isso que a dose precisa ser alta para compensar essa perda. Já com as injeções, a testosterona vai direto para a corrente sanguínea, sem passar por essa 'filtragem' do fígado. Daí a diferença na dosagem e na eficácia. Androxon® e o fígado A testosterona oral, como a metiltestosterona, pode ser prejudicial ao fígado. Por isso, seu uso constante não é recomendado, considerando que existem outras formas de reposição de testosterona, como as injetáveis, que não afetam o fígado da mesma forma. Uso por fisiculturistas Alguns fisiculturistas utilizam testosterona oral antes do treino para obter um "pico" de energia. No entanto, essa prática não é recomendada, pois pode causar efeitos colaterais e existem outras drogas mais adequadas para esse fim, como a oxandrolona, o Hemogenin® e o Halotestin®. Alguns podem pensar em usar o Androxon® como pré-treino, mas a verdade é que existem opções muito melhores para isso. Como já anotado, oxandrolona, por exemplo, dá uma força legal sem tantos colaterais. O Hemogenin®, então, nem se fala, é uma porrada! Mas lembrem-se: isso aqui é apenas para fins informativos, não é uma recomendação de uso. Consulte sempre seu médico. E tem gente que acha que é só tomar esteroides e pronto, vai ficar gigante. Não é assim que funciona. Tem que treinar pesado, comer direito, descansar e etc. Mesmo assim, o uso de esteroides sem acompanhamento médico pode ser um tiro de bazuca no pé. E não adianta só tomar a testosterona e achar que está tudo certo. Tem que fazer exames de sangue regularmente para monitorar os níveis hormonais, o colesterol, as enzimas hepáticas, entre outros. O médico vai avaliar esses exames e ajustar a dose conforme a necessidade de cada um. Cada corpo reage de um jeito, por isso o acompanhamento individualizado é fundamental. Custo-benefício do Androxon® O Androxon pode ser um tratamento eficaz para a deficiência de testosterona, mas seu custo-benefício não é muito interessante, o que explica sua baixa popularidade. Undecilato de testosterona injetável (Nebido®) O undecilato de testosterona também existe na forma injetável, como o Nebido®, que possui um perfil farmacocinético diferente do Androxon®. O Nebido® pode ser uma opção interessante para quem busca a reposição hormonal. Ele tem uma meia-vida longa, o que significa que as aplicações são menos frequentes, geralmente a cada 10-14 semanas. Isso dá uma estabilidade maior nos níveis de testosterona. Diferente do Deposteron® ou do Sustanon®, que precisam ser aplicados com mais frequência, o Nebido® é mais prático nesse sentido." Conclusão O Androxon® é uma opção de reposição de testosterona para homens com deficiência desse hormônio. No entanto, sua baixa biodisponibilidade e o potencial de danos ao fígado fazem com que outras formas de testosterona, como as injetáveis, sejam mais populares. Se você está considerando a reposição de testosterona, converse com seu médico para avaliar a melhor opção para o seu caso. Fontes de consulta 1. TWIN, Leandro. Tudo sobre o Androxon. Disponível em: <https://youtu.be/nhNhdSn1QFs>. Acesso em: 7 jan. 2025. Você já conhecia o Androxon®? Participe! Deixe seu comentário!1 ponto -
Posso emagrecer comendo carboidrato: pão, arroz, batata, macarrão? E ainda ganhar músculos?
Pokoyô reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Introdução Com base nos ensinamentos da nutricionista Thaisa Leal, vamos desvendar os segredos do emagrecimento definitivo, explorando a verdade sobre os carboidratos e desvendando o caminho para conquistar o corpo dos seus sonhos, com saúde e sem sofrimento. Espero que possa transformar a sua vida e a sua relação com a comida! Adeus ao terrorismo nutricional! Sabe aquela história de que carboidrato engorda? Aquela crença de que para emagrecer é preciso cortar o pão, a tapioca, o arroz e a batata? Pois é, hoje vamos desmascarar esse mito e entender por que ele é um dos maiores equívocos que te impedem de alcançar seus objetivos. Vivemos em uma era de terrorismo nutricional, onde informações sensacionalistas e errôneas se espalham como um vírus, gerando medo e confusão. Mas calma! Existe uma diferença crucial entre o terrorismo nutricional e aquela verdade que, muitas vezes, dói admitir. O terrorismo é, na maioria das vezes, uma mentira disfarçada de alerta, enquanto a verdade que dói é um alerta real, baseado em fatos e na preocupação genuína com a sua saúde. E, infelizmente, a ideia de que carboidrato é vilão se encaixa na categoria de terrorismo nutricional. Ela surgiu, provavelmente, de uma distorção da informação original. Lá atrás, talvez um profissional bem-intencionado tenha alertado sobre o consumo excessivo de carboidratos, especialmente os refinados, presentes em produtos industrializados. Mas, como em um telefone sem fio, a mensagem foi se modificando, e o "consumir carboidratos em excesso" se transformou em "carboidratos engordam e devem ser eliminados". Desvendando o mito: por que o carboidrato, na verdade, te ajuda a emagrecer? A verdade é que o carboidrato é essencial para o seu corpo e, quando consumido da forma correta, é um poderoso aliado no processo de emagrecimento. Vou te dar cinco motivos para você amar os carboidratos e nunca mais ter medo deles: 1. Carboidratos controlam a sua fome Sim, é verdade que os carboidratos têm uma digestão mais rápida que as proteínas. Mas eles são a nossa fonte primária de energia! Quando você não os consome em quantidade suficiente, seu corpo entra em estado de alerta, pedindo por mais energia. Sabe o que acontece? A fome aumenta, e os desejos por doces se tornam incontroláveis. É o seu corpo, inteligentemente, buscando uma fonte rápida de energia, que ele encontra no açúcar. Resultado? Você acaba comendo mais do que deveria, muitas vezes de forma compulsiva, e se sentindo frustrada por "não conseguir seguir a dieta". 2. Carboidratos são ricos em fibras Alimentos de origem vegetal, ricos em carboidratos, são também ricos em fibras. E as fibras, minhas queridas, são as melhores amigas de quem quer emagrecer! Elas promovem saciedade, ou seja, te deixam satisfeita por mais tempo, e ainda regulam o seu intestino, evitando aquele inchaço abdominal desagradável. Pense bem: onde encontramos fibras? Em frango, carne, peixe, leite, queijo? Não! Fibras estão nos vegetais, nas frutas, nos grãos integrais. Se você corta os carboidratos, corta também as fibras e perde todos esses benefícios. 3. Carboidratos são a energia que move o seu corpo Seu coração está batendo, seus pulmões estão respirando, seu cérebro está funcionando graças à energia fornecida pelos carboidratos. Sem eles, tudo fica mais lento, prejudicado. Você se sente fraca, sem disposição para nada, até mesmo para treinar. E, cá entre nós, quem quer ficar fraco e desanimado? Queremos energia para viver a vida plenamente, para praticar atividade física e conquistar o corpo dos sonhos! 4. Carboidratos são essenciais para a sua massa muscular Para construir e manter massa muscular, você precisa de proteína, certo? Certo! Mas, para que a proteína seja metabolizada e utilizada pelo seu corpo na construção muscular, adivinhe só? Você precisa da energia dos carboidratos! Sem eles, seu corpo começa a utilizar a proteína como fonte de energia, inclusive a proteína dos seus músculos. Resultado? Perda de massa muscular, metabolismo mais lento e dificuldade para emagrecer. 5. Carboidratos são menos calóricos que a gordura Vamos aos números: 1 grama de carboidrato tem 4 calorias. 1 grama de proteína também tem 4 calorias. 1 grama de gordura tem 9 calorias. Ou seja, muitas vezes, na tentativa de cortar carboidratos, as pessoas acabam exagerando nas gorduras, mesmo as "boas", como castanhas e azeite, e consomem mais calorias do que deveriam. Chega de sofrer! Emagreça comendo e ficando com a barriga cheia! Talvez você esteja se perguntando: "se o problema são os industrializados, a batata doce é realmente melhor que a batata inglesa?". A resposta é: elas são diferentes, mas ambas podem fazer parte de uma alimentação saudável. A batata inglesa, inclusive, tem menos calorias que a batata doce em uma mesma quantidade. O segredo está no equilíbrio e na quantidade consumida. A grande questão é que, com o passar dos anos, houve um aumento significativo no consumo de produtos industrializados ricos em carboidratos refinados e açúcares adicionados. Pães, biscoitos, doces... Esses sim são os verdadeiros vilões, pois são consumidos em excesso e contribuem para o ganho de peso e para diversos problemas de saúde. O segredo do sucesso: perdendo gordura e ganhando massa muscular Agora que você já entendeu que os carboidratos são seus aliados, vamos ao que interessa: como perder gordura e, ao mesmo tempo, manter ou até mesmo ganhar massa muscular? Sim, isso é possível! E eu vou te mostrar o caminho, com seis passos essenciais: Passo 1: esqueça a fome! Seu corpo é como um carro, que precisa de combustível para funcionar. Se você não colocar combustível, ou colocar o combustível errado, ele não vai funcionar direito. Você é uma Ferrari, um carro potente, lindo e desejado, e merece o melhor combustível! Comer pouco e passar fome só vai te deixar fraca, desanimado e com mais chances de perder massa muscular. Passo 2: proteína em todas as refeições! A proteína é a chave para a saciedade e para a construção muscular. Ela tem uma digestão mais lenta, te deixando satisfeita por mais tempo e acelerando o seu metabolismo. Inclua fontes de proteína em todas as suas refeições, como: Ovos: Versáteis e práticos, podem ser consumidos no café da manhã, em omeletes, mexidos ou cozidos. Queijos: Opte por versões light, como queijo branco, ricota ou cottage, para reduzir o teor de gordura. Carnes magras: Frango, peixe, carne vermelha magra (como patinho ou filé mignon) são ótimas opções para o almoço e jantar. Atum e sardinha em lata: Práticos e acessíveis, são ótimos para lanches rápidos. Misture com requeijão light ou creme de ricota para uma pastinha deliciosa. Iogurtes e bebidas proteicas: Escolha opções com baixo teor de gordura e sem adição de açúcar. Whey protein: Um suplemento proteico que pode ser adicionado a vitaminas, iogurtes ou receitas. Para vegetarianos e veganos: Tofu, carne de soja e combinações como arroz e feijão garantem um bom aporte proteico. Leguminosas: Lentilha e grão de bico (que apesar de muitos pensarem que são majoritariamente fonte de proteínas, são majoritariamente fontes de carboidratos). Passo 3: carboidratos na medida certa! Eles são essenciais para fornecer energia para o seu corpo, inclusive para a síntese proteica. Inclua fontes de carboidratos complexos e integrais em todas as suas refeições principais: Arroz (branco ou integral): Sim, você pode comer arroz branco! Eu mesma prefiro o branco e consumo na minha dieta. O importante é a quantidade e a combinação com outros alimentos. Batatas (inglesa, doce, baroa): Cozidas, assadas ou em purês, são ótimas fontes de energia. Aipim/Mandioca/Macaxeira: Um carboidrato delicioso e nutritivo. Macarrão (integral ou tradicional): Mais uma vez, a moderação é a chave. Quinoa: Uma excelente fonte de carboidratos e proteínas. Pães e tapiocas: Opte por versões integrais e combine sempre com uma fonte de proteína. Passo 4: musculação, sua melhor amiga! A atividade física de força, como a musculação, é fundamental para estimular o ganho de massa muscular. Quando você treina, você "machuca" seus músculos, e é durante o sono, com a ingestão adequada de nutrientes, que eles se recuperam e crescem (hipertrofia). Não tenha medo de pegar peso! Você não vai ficar "bombadona" ou "bombadão" do dia para a noite. Lembre-se, a construção muscular é um processo gradual e exige dedicação. Passo 5: aeróbicos para queimar calorias! Atividades aeróbicas, como corrida, caminhada em ritmo acelerado, bicicleta e transport, são importantes para aumentar o gasto calórico e potencializar a perda de gordura. O ideal é combinar musculação e aeróbicos para obter os melhores resultados. Eu, por exemplo, costumo fazer musculação de perna e, em seguida, um aeróbico leve. Em outros dias, priorizo a corrida e faço musculação de braços depois. O importante é se movimentar e encontrar uma rotina que você consiga manter. Passo 6: durma como uma rainha ou como um rei! O sono é o momento em que seu corpo se recupera do treino e produz hormônios importantes para o metabolismo e o ganho de massa muscular, como o GH (hormônio do crescimento). Dormir mal aumenta a fome, a ansiedade e a preferência por alimentos calóricos. Embora eu saiba que nem sempre é fácil ter uma noite de sono perfeita, procure dormir de 7 a 9 horas por noite, sempre que possível. Meu cardápio diário para emagrecimento Para exemplificar como Thaisa aplica esses princípios na prática, vou compartilhar o cardápio diário com vocês: Café da manhã: 2 colheres de tapioca + 3 ovos + 1 iogurte pequeno desnatado com fruta. Almoço: 100-120g de arroz branco + 120g de frango, carne ou peixe + 200-300g de legumes (um prato bem generoso!). Lanche da tarde: Repito o café da manhã, mas sem o iogurte com fruta (ou faço uma panqueca de banana com aveia, ovo e whey protein). Jantar: O mesmo do almoço. Ceia (se necessário): uma fruta ou iogurte, para "tapear" a fome antes de dormir. Lembre-se: Este é apenas um exemplo, e as quantidades podem variar de acordo com as suas necessidades individuais. O importante é entender os princípios e adaptá-los à sua realidade. Comprometa-se com a mudança e alcance o corpo dos seus sonhos! Eu sei que, no início, pode parecer muita informação. Mas eu garanto que, com o tempo, tudo isso vai se tornar automático. Comece aos poucos, ajustando uma refeição de cada vez, e logo você estará colhendo os frutos de uma alimentação saudável e equilibrada. E lembre-se, a jornada do emagrecimento não é linear. Haverá dias bons e dias ruins. O importante é não desistir! Levante a cabeça, ajuste o que for necessário e siga em frente. Siga @lealthaisa no Instagram. Fontes de consulta 1. LEAL, Thaisa. Emagreça comendo carboidrato: pão, arroz, batata, macarrão | ep01. Disponível em: <https://youtu.be/NLvorZyuYhQ>. Acesso em: 28 dez. 2024. 2. LEAL, Thaisa. Como perder gordura e ganhar massa muscular ao mesmo tempo? | ep 02. Disponível em: <https://youtu.be/03UfqFGFmiM>. Acesso em: 28 dez. 2024. Como está sendo a sua jornada para emagrecer e ganhar mais músculos? Compartilhe nos comentários.1 ponto -
5 mitos do fisiculturismo natural
fisiculturismo reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
5 mitos que todo fisiculturista natural precisa saber Nesta matéria, vamos nos inspirar nas lições de Jayme De Lamadrid Chaubet, fisiculturista natural profissional e competidor na WBF, a melhor federação de fisiculturismo natural do mundo. Vamos abordar 5 mitos comuns que cercam o fisiculturismo natural. Desde a dependência de “paradinhas” para ganhar massa muscular até a importância de uma boa periodização, desvendaremos essas ideias equivocadas para ajudá-lo a alcançar seus objetivos com saúde e eficiência. Vamos lá? Mito 1: não dá para ficar grande sem usar hormônios Esse mito é muito difundido, e não é difícil entender por quê. Estamos habituados a ver atletas que usam esteroides em competições, filmes de Hollywood e vídeos na internet. Porém, corpos musculosos e definidos já existiam antes do surgimento dos esteroides, lá na década de 1930. Exemplo histórico: Corpos como o de Steve Reeves (que competiu antes dos esteroides serem inventados) mostram que é possível desenvolver grande musculatura naturalmente. Estudos apontam que a genética tem um papel crucial no crescimento muscular. Um estudo de 2018 identificou genes específicos (como o ASB155, KLF10 e TPT1) que favorecem a hipertrofia. O que isso significa? Não se compare com quem usa esteroides. Concentre-se no que você pode fazer com a genética que tem e adote uma abordagem saudável e natural. Mito 2: mais treino significa mais progresso Treinar mais nem sempre é sinônimo de melhores resultados. Na verdade, o volume de treino deve ser controlado de forma estratégica, pois o corpo precisa de tempo para se recuperar. O que é volume de treino? Volume de treino é o trabalho total realizado, medido pelo número de repetições, carga ou séries. A abordagem mais comum é contabilizar o número de séries. Estudo relevante: Um estudo de 2018 comparou grupos realizando 9, 18 e 27 séries por semana. O grupo com volume moderado (18 séries) teve os melhores resultados. Conclusão: Não basta focar na quantidade. Preste atenção na qualidade: escolha os exercícios certos, execute a técnica corretamente e ajuste a intensidade de cada repetição. Mito 3: menos de 6 repetições é só para força, mais de 6 é só para hipertrofia Essa ideia está ultrapassada. Estudos mostram que hipertrofia pode ocorrer em um amplo intervalo de repetições, entre 6 e 30, desde que se trabalhe próximo à falha muscular. O que você deve fazer? Trabalhe com cargas mais pesadas para menos repetições (até 6) em alguns exercícios, visando força. Use faixas intermediárias de repetições (8 a 12) para maximizar hipertrofia. Evite faixas muito altas de repetições, pois podem ser menos eficientes e desgastantes. Dessa forma, você otimiza seus resultados sem gastar energia desnecessária. Mito 4: fisiculturismo natural prejudica a produção de testosterona Essa afirmação é completamente falsa. Quando feito corretamente, o fisiculturismo natural não prejudica os hormônios; pelo contrário, ele pode ajudar a aumentar a produção de testosterona naturalmente. Fatores que sustentam isso: Treinos bem estruturados e nutrição adequada contribuem para a saúde hormonal. Problemas surgem quando naturais tentam copiar protocolos agressivos de atletas que usam esteroides. Jayme compete há anos e seus exames de testosterona sempre apresentam resultados saudáveis. Além disso, na WBF, os atletas são submetidos a testes rigorosos para garantir que não utilizem substâncias proibidas. Mito 5: para manter o shape, basta treinar de forma consistente Se você conquistou um shape incrível e agora quer apenas “mantê-lo”, sinto dizer que não é tão simples. O corpo se adapta a estímulos constantes e começa a responder de forma decrescente. Como evitar regressão? Busque sempre progressos no treino, mesmo que pequenos (como aumentar carga, séries ou intensidade). Tenha metas desafiadoras para manter a motivação. A boa notícia é que, como natural, você terá mais facilidade para conservar sua musculatura, comparado a quem usa esteroides. Conclusão O fisiculturismo natural exige esforço, disciplina e paciência, mas o resultado é um corpo saudável e sustentável. Não abdique da sua saúde apenas para parecer bem fisicamente. A vida é mais do que isso, e eu tenho certeza de que você é mais esperto do que o Homer Simpson, que dizia: “Esse é um problema para o Homer do futuro.” Siga @jaymedelamadrid no Instagram. Fontes de consulta 1. JAYME FISICULTURISMO NATURAL. 5 MITOS sobre o fisiculturismo NATURAL. Disponível em: <https://youtu.be/YJgin4wJ4Fs>. Acesso em: 26 dez. 2024. Se você curtiu este conteúdo, compartilhe com seus amigos, deixe seus comentários sobre o fisiculturismo natural!1 ponto -
Água com limão todos os dias: o jeito certo de tomar!
fisiculturismo reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Água com limão é um hábito saudável? Com base nos ensinamentos do Dr. André Wambier, cardiologista, vamos falar sobre um hábito simples que tem ganhado muita popularidade: tomar um copo de água com limão todos os dias. Será que essa bebida realmente traz tantos benefícios quanto dizem? A resposta é sim, mas com algumas ressalvas. Vamos desvendar os mitos e verdades sobre a água com limão e explorar as razões científicas que a tornam uma aliada poderosa do seu bem-estar. Água com limão: milagre ou exagero? Antes de mais nada, precisamos ser sinceros: a água com limão não é uma bebida milagrosa. No entanto, seus benefícios são reais e surpreendentes. Ao longo deste artigo, vamos detalhar 7 motivos para tornar o consumo diário de água com limão um hábito, esclarecendo como ela age no seu organismo e o que você pode esperar de forma realista. Os 7 benefícios da água com limão Vamos direto ao ponto, sem enrolação! Aqui estão as 7 principais razões pelas quais tanta gente adotou essa bebida: 1. Aliada do fígado saudável Muitas pessoas sofrem com gordura no fígado, frequentemente causada pelo excesso de açúcar, especialmente a frutose do xarope de milho, tão presente em produtos industrializados. Ao adotar o hábito de tomar água com limão, você naturalmente tende a fazer escolhas mais saudáveis, como evitar refrigerantes e sucos de caixinha. Um limão tem cerca de 20 calorias e apenas 3 gramas de açúcar – muito pouco! E para fazer a água com limão, você usará apenas meio limão. Comparado a um suco de laranja, que tem cerca de 120 calorias e 25g de açúcar, a água com limão (cerca de 10 calorias) é uma troca inteligente para o seu café da manhã. Essa simples mudança já contribui para a redução da gordura no fígado. Lembre-se, o excesso de açúcar que consumimos acaba se depositando no fígado. Dica de ouro: se você busca reduzir a gordura no fígado, comece hoje trocando bebidas açucaradas ou com adoçantes (que também não são saudáveis, podendo aumentar o risco de diabetes) por água com limão. Esse é o primeiro passo para uma cascata de boas escolhas! 2. Digestão facilitada Se você sofre de estufamento, desconforto abdominal ou constipação, a água com limão pode ser uma grande aliada. Ela estimula a produção de sucos gástricos e bile, que atua como um "detergente" natural, quebrando as gorduras e facilitando sua absorção pelo intestino. Além disso, a água hidrata, ajudando no combate à constipação. E tem mais: a polpa do limão contém pectina, uma fibra solúvel que beneficia a saúde intestinal, retarda a digestão de açúcares e amidos, auxiliando no controle do açúcar no sangue. A água com limão também pode aumentar o peristaltismo, os movimentos intestinais que ajudam na digestão. Um estudo em ratinhos que tomaram água com limão ao longo da vida mostrou um aumento na expectativa de vida e uma microbiota intestinal mais estável, com redução da disbiose intestinal (desequilíbrio das bactérias intestinais). Lembre-se: um intestino saudável está relacionado à imunidade e até ao nosso humor! 3. Pele radiante Esse é o benefício que atrai muitas celebridades, como Jennifer Aniston, Gisele Bündchen, Naomi Campbell e Beyoncé. Os limões são uma boa fonte de vitamina C, um poderoso antioxidante que contribui para uma pele mais firme e elástica, auxiliando na produção de colágeno e reduzindo inflamações como vermelhidão e acne. A hidratação proporcionada pela água também é fundamental para uma pele viçosa. No entanto, é importante ressaltar que a quantidade de vitamina C em um copo de água com limão não é suficiente para transformar radicalmente sua pele. Ela fornece cerca de 20% da ingestão diária recomendada, o que é um bom auxílio, mas não um milagre. Uma alimentação equilibrada, rica em frutas e verduras, é essencial para maximizar a nutrição da sua pele. 4. Prevenção de pedras nos rins Se você sofre com pedras nos rins, preste atenção! A recomendação mais básica é aumentar a ingestão de líquidos, e a água com limão pode te ajudar a beber mais água. Mas o benefício principal vem do citrato presente no limão. Ele se liga ao cálcio na urina, reduzindo a formação de pedras de oxalato de cálcio (as mais comuns). Para quem tem pedras de ácido úrico, o citrato alcaliniza a urina, tornando o ambiente menos propício para a formação dessas pedras. Portanto, se você tem predisposição a pedras nos rins, a água com limão é uma excelente aliada, em conjunto com uma boa hidratação. 5. Hálito fresco O limão possui propriedades antibacterianas naturais. O ácido cítrico ajuda a inibir o crescimento das bactérias na boca que causam mau hálito. Além disso, por ser ácida, a água com limão estimula a produção de saliva, que ajuda a limpar a boca e eliminar partículas de alimentos que também contribuem para o mau cheiro. Importante: a água com limão não substitui a escovação, o uso do fio dental e as visitas regulares ao dentista. Ela é um complemento para uma boa rotina de higiene bucal. Se o mau hálito persistir, procure um dentista para investigar a causa. 6. Hidratação eficiente Sabemos que muita gente não bebe água suficiente. A hidratação é fundamental para todas as funções do corpo: pele, rins, digestão, função cognitiva, prevenção de cãibras e até para a energia e clareza mental! Idosos, pessoas com problemas de saúde, quem vive em climas secos e quentes, quem exagera no álcool e atletas têm maior risco de desidratação. Para quem acha a água sem graça, o limão adiciona um sabor agradável, incentivando o consumo. Além disso, o limão pode oferecer eletrólitos que auxiliam no transporte de água, saciando a sede de forma mais eficaz e mantendo seu corpo funcionando melhor do que se você consumisse apenas água pura. Eu começo meu dia tomando 3 copos d’água e sinto uma diferença enorme na minha energia! 7. Auxílio na perda de peso A água com limão pode ser um pequeno truque para ajudar na perda de peso, especialmente se você aumentar a ingestão de água e substituir bebidas calóricas por ela – exatamente o que mencionei sobre a gordura no fígado. Atenção: a água com limão não acelera o metabolismo nem derrete gordurinhas. Em uma pesquisa que citei anteriormente com ratinhos, não houve diferença no peso entre os grupos que beberam água e água com limão. O grande benefício aqui é a substituição. Trocar refrigerantes, sucos, café ou chá com açúcar por água com limão ajuda a reduzir a ingestão calórica, diminui os níveis de insulina circulante (que dá fome) e reduz a resistência à insulina (que leva a pré-diabetes e diabetes). Pense no impacto de substituir seu suco de laranja ou sua Coca-Cola® por água com limão, não apenas uma vez, mas 20, 30 vezes por mês, e multiplique isso por 10 anos! Sua balança e sua cintura agradecerão. Dúvidas frequentes 1. Qual o melhor horário para tomar água com limão? Para a pele e os rins, qualquer horário é bom. Para auxiliar na perda de peso, estudos sugerem que beber água antes das refeições pode ajudar a comer menos. Nesse caso, recomendo antes da sua principal refeição. 2. Água com limão afina o sangue? Mito! O limão não causa anemia. Na verdade, a vitamina C do limão ajuda na absorção do ferro, prevenindo a anemia ferropriva. Também não tem efeitos anticoagulantes, então fique tranquilo. 3. Água com limão alcaliniza o sangue? Outro mito! O pH do nosso sangue é rigorosamente controlado pelos rins e pulmões e não é alterado pelo que comemos ou bebemos. A água com limão pode alcalinizar a urina, mas não o sangue. Os possíveis perigos da água com limão Embora geralmente segura, a água com limão pode ter alguns efeitos adversos: Problemas gástricos: se consumida em jejum, pode causar gastrite, refluxo e até úlceras, pois aumenta a produção de ácido no estômago. Desgaste do esmalte dos dentes: o ácido cítrico pode tornar os dentes mais sensíveis. Considere beber com um canudo ou enxaguar a boca após o consumo. Quente ou fria? Qual a melhor temperatura? A escolha é sua! Eu prefiro gelada. Para quem sofre de constipação, a água morna pode ter um efeito laxante suave. Como preparar a água com limão? É simples: suco de meio limão para um copo d’água. Você pode adicionar hortelã, gengibre, manjericão, canela ou açafrão para dar um toque especial e obter benefícios antioxidantes e anti-inflamatórios adicionais. Evite adicionar mel, pois isso anulará alguns dos benefícios que mencionei, especialmente se o seu objetivo for perder peso. Conclusão: vale a pena? Depois de tudo isso, será que vale a pena incorporar a água com limão à sua rotina diária? Parece que sim! Embora exista algum exagero em torno de seus benefícios, a verdade é que beber água com limão é um hábito saudável e, na maior parte, sem riscos. Lembre-se: o que comemos e bebemos não se resume apenas a calorias e vitaminas. Faz parte da nossa identidade e do nosso bem-estar emocional. Portanto, se você gosta de se cuidar, coloque limão na sua água regularmente. Essa bebida refrescante, de baixas calorias e açúcares, pode ser uma excelente forma de aumentar sua ingestão de vitamina C e, o mais importante, te ajudar a se afastar de bebidas açucaradas e inflamatórias, contribuindo para uma vida mais saudável. Siga @drandrewambieroficial no Instagram. Fontes de consulta 1. CARDIO DF. Use água com limão do jeito certo: vai transformar sua saúde e limpar a gordura do seu fígado? Disponível em: <https://youtu.be/zPnEtd_Koy8>. Acesso em: 26 dez. 2024. Você toma água com limão habitualmente? Deixe nos comentários.1 ponto -
Ashwagandha (ginseng indiano): menos estresse e mais testosterona?
Alice Oliveira S. reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Ashwagandha: benefícios, efeitos e uso do fitoterápico na saúde hormonal e mental A Ashwagandha, também conhecida pelo nome científico Withania somnifera, é um fitoterápico adaptógeno com uma longa história de uso na medicina tradicional. Atualmente, este composto vem ganhando destaque por seus benefícios amplamente estudados no controle do estresse, na modulação hormonal e na melhoria da saúde geral. Neste artigo, exploramos em detalhes os efeitos, as indicações e as contraindicações dessa planta, com base em informações apresentadas pelo médico Jorge Yamamoto. O que é Ashwagandha? A Ashwagandha é uma planta medicinal cuja raiz é utilizada em forma de suplemento fitoterápico. Ela é classificada como adaptógena, ou seja, ajuda o corpo a lidar com o estresse físico e mental, promovendo equilíbrio hormonal e metabólico. Entre seus principais usos, destacam-se: Redução do estresse e ansiedade. Melhora do sono. Modulação do cortisol (hormônio do estresse). Aumento da testosterona e da fertilidade. Apoio à função tireoidiana. Disponível em farmácias de manipulação, a Ashwagandha é amplamente procurada por aqueles que buscam uma alternativa natural para melhorar a qualidade de vida. Como funciona a Ashwagandha? 1. Modulação do cortisol A Ashwagandha atua diretamente no eixo HPA (hipotálamo, hipófise e adrenal), regulando a produção de cortisol. Em situações de estresse, o hipotálamo libera CRH (hormônio liberador de corticotropina), que estimula a hipófise a produzir ACTH (hormônio adrenocorticotrópico), resultando no aumento do cortisol pelas glândulas adrenais. A Ashwagandha inibe esse ciclo, reduzindo os níveis de cortisol de forma natural. Estudos indicam que o uso regular de Ashwagandha pode reduzir os níveis de cortisol em até 23% em 8 semanas, com benefícios como: Redução do estresse físico e mental. Melhora do humor. Aumento da disposição. 2. Ação gabaérgica Outro mecanismo importante da Ashwagandha é sua capacidade de mimetizar o neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico), ligando-se aos receptores GABA-A. Isso promove: Redução da ansiedade. Melhora da qualidade do sono. Relaxamento sem causar sonolência excessiva. 3. Apoio à função tireoidiana A Ashwagandha também beneficia o eixo HPT (hipotálamo, hipófise e tireoide), aumentando a captação de iodo pela glândula tireoide. Esse processo estimula a produção dos hormônios T3 e T4, importantes para o metabolismo e a energia. É particularmente útil em casos de: Hipotireoidismo subclínico: pode ajudar a reduzir os níveis de TSH e equilibrar os hormônios tireoidianos. 4. Aumento da testosterona e fertilidade A redução do cortisol também impacta positivamente a produção de testosterona. Quando o corpo está sob estresse crônico, a testosterona tende a diminuir. Ao regular os níveis de cortisol, a Ashwagandha pode: Melhorar os níveis de testosterona de forma indireta. Promover a fertilidade, especialmente em homens. Dosagem ideal de Ashwagandha A dosagem de Ashwagandha depende de vários fatores, como o objetivo do tratamento e a padronização do suplemento. As recomendações gerais incluem: Estudos científicos: 300 a 600 mg diários. Uso prático: 500 a 1000 mg diários, divididos em 2 ou 3 doses. É essencial garantir que o suplemento seja padronizado com 5% de withanolides, um dos compostos ativos da planta. A dose noturna é especialmente eficaz para melhorar o sono e reduzir o estresse. Contraindicações e cuidados Embora seja um produto natural, a Ashwagandha possui contraindicações importantes: Alergias: pessoas sensíveis a algum componente do fitoterápico devem evitar o uso. Gestantes e lactantes: há poucos estudos sobre segurança nesses casos, então o uso não é recomendado. Pacientes com hipertireoidismo: pode agravar os sintomas ao aumentar a produção de T3 e T4. Sonolência excessiva: pessoas com fadiga constante devem investigar outras causas antes de iniciar o uso. Experiência pessoal e profissional O médico Jorge Yamamoto compartilhou uma experiência relatada por seu colega Leandro Twin. Ele destacou uma significativa redução nos níveis de cortisol (de 25 para 9) após dois meses de uso de 1000 mg diários de Ashwagandha. Os benefícios incluíram: Redução de enjoo. Melhora do sono. Aumento da disposição geral. Além disso, Jorge destacou a importância de uma abordagem ética e técnica no uso de suplementos e tratamentos hormonais. Conclusão A Ashwagandha é um fitoterápico promissor para aqueles que buscam aliviar o estresse, melhorar a qualidade do sono e otimizar a saúde hormonal de forma natural. Com benefícios comprovados em estudos científicos, ela se destaca como uma opção segura e eficaz quando utilizada corretamente. Nota: sempre consulte um médico antes de iniciar o uso de qualquer suplemento ou fitoterápico, especialmente se você possui condições pré-existentes ou utiliza outros medicamentos. Fontes de consulta: 1. YAMAMOTO, Jorge. Ashwagandha: reduza o cortisol e o estresse naturalmente! Disponível em: <https://youtu.be/j3cbC018goc>. Acesso em: 21 dez. 2024. Você já usou Ashwagandha? Compartilhe a sua experiência nos comentários.1 ponto -
Dorian Yates: 62 anos e segue treinando sem parar!
Pokoyô reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Dorian Yates aos 62 Anos: um legado vivo no Bodybuilding e uma Inspiração para a longevidade Dorian Yates, um dos maiores fisiculturistas de todos os tempos, continua sendo um exemplo de dedicação e adaptação, mesmo aos 62 anos. Conhecido por sua determinação e método revolucionário de treino, Dorian mantém um estilo de vida saudável e ativo que inspira fãs ao redor do mundo. A rotina atual de treino de Dorian Yates Aos 62 anos, Dorian mantém uma rotina de treinos que prioriza a longevidade e a saúde. Ele treina de duas a três vezes por semana, alternando sessões para a parte superior e inferior do corpo. Cada treino dura no máximo uma hora, demonstrando que a qualidade e a eficiência podem substituir a quantidade. Dorian opta por pesos mais leves, permitindo melhor controle dos movimentos e minimizando o risco de lesões, mas ainda treina até a falha muscular para garantir intensidade e eficácia. Essa abordagem reflete sua transição de um fisiculturista competitivo para um atleta preocupado com a saúde a longo prazo. Um histórico de excelência no bodybuilding Durante sua carreira, Dorian Yates redefiniu o que significava ser um fisiculturista de elite. Ele venceu o prestigiado Mr. Olympia seis vezes consecutivas, de 1992 a 1997, solidificando seu nome entre os maiores da história. Sua capacidade de atingir uma condição física impecável em competições, com o menor percentual de gordura possível, e seu formato corporal em "V" foram marcantes. Dorian foi um verdadeiro "monstro" na offseason, alcançando um peso impressionante de 315 libras (cerca de 143 kg). Ele também era conhecido por seu treinamento de alta intensidade, adaptado do método de Mike Mentzer, que priorizava menos volume e mais brutalidade. Seu foco em períodos de recuperação mais longos, aliados a treinos extremamente intensos, destacou sua abordagem inovadora e eficiente. Foco em saúde e longevidade Atualmente, Dorian prioriza o isolamento de grupos musculares em seus treinos, visando uma melhor contração muscular e a prevenção de lesões. Ele também modificou seu treinamento, abandonando os pesos extremos que marcaram sua carreira competitiva. Agora, seu foco está em um estilo de vida que promova longevidade e bem-estar. Dorian complementa sua rotina com uma dieta equilibrada e saudável. Um de seus smoothies favoritos inclui proteína vegana, pó de moringa, nozes e mel, refletindo sua atenção à nutrição para sustentar sua saúde. Desafios e adaptação Com o passar dos anos, Dorian enfrentou os desafios físicos que acompanham uma carreira de alta intensidade no fisiculturismo. Este ano, ele passou por uma cirurgia de substituição de quadril, resultado dos danos acumulados por décadas de treinos intensos. Apesar disso, sua resiliência e compromisso com a saúde continuam a inspirar. O legado de Dorian Yates O que torna Dorian Yates uma lenda não é apenas sua coleção de títulos ou seus impressionantes feitos físicos, mas também sua capacidade de se reinventar. Sua dedicação ao esporte e sua motivação para ser o melhor continuam a inspirar gerações de fisiculturistas e fãs. Hoje, Dorian é procurado para treinar outros atletas e compartilhar seus conselhos sobre treino, nutrição e longevidade. Ele prova que é possível equilibrar uma vida saudável e ativa mesmo após uma carreira marcada por extremo esforço físico. Uma inspiração duradoura Enquanto desfruta do sol e do estilo de vida saudável, Dorian Yates permanece uma inspiração para aqueles que buscam longevidade e equilíbrio em suas vidas. Seu compromisso com a saúde, aliado ao seu legado no fisiculturismo, é um lembrete de que a verdadeira grandeza vai além dos troféus e dos músculos. Siga @thedorianyates no Instagram. Fontes de consulta 1. BODYBUILDING FOR LIFE. 62 years old Dorian Yates motivation - age is nothing but a number. Disponível em: <https://youtu.be/EkD_pKVVa00>. Acesso em: 22 dez. 2024. Gostou desta história? Deixe nos comentários se você acompanhou a jornada de Dorian no fisiculturismo.1 ponto -
Exercícios de musculação classificados de 1 a 5 estrelas: escolha apenas os melhores!
fisiculturismo reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Classificação dos melhores e piores exercícios de musculação Que tal uma classificação completa sobre os melhores e piores exercícios de musculação de 1 a 5 estrelas? Foi esse o trabalho feito pelo renomado fisiculturista e treinador Laércio Refundini. Introdução Você já se perguntou se está realmente fazendo os exercícios mais eficazes para seus objetivos? A verdade é que nem todos os exercícios são criados iguais. Alguns podem ser excelentes para certos indivíduos e objetivos, enquanto outros podem ser menos eficazes ou até mesmo prejudiciais. Nesta matéria, vamos mergulhar fundo no mundo da musculação, analisando a biomecânica, o risco de lesões e a eficácia de uma ampla gama de exercícios. A escala de 1 a 5 estrelas Para facilitar a compreensão, Laércio classificou cada exercício em uma escala de 1 a 5 estrelas, onde: 1 estrela: exercício a ser evitado, com alto risco de lesão e/ou baixa eficácia. 2 estrelas: exercício com desvantagens significativas, que pode ser utilizado em situações específicas e com cautela. 3 estrelas: exercício mediano, que pode ser útil dependendo do contexto, mas que possui limitações. 4 estrelas: exercício bom e eficaz, que pode ser incorporado na maioria dos treinos. 5 estrelas: exercício excelente, com alta eficácia e baixo risco de lesões quando executado corretamente. Tabela classificatória resumida dos exercícios Para quem gosta de respostas rápidas, já fica logo apresentada uma tabela com todos os exercícios por estrelas, dos melhores para os piores, divididos por grupo muscular. Para quem gosta de saber os motivos da classificação, basta seguir na leitura. Grupo Muscular 5 Estrelas ou Mais 4 Estrelas 3 Estrelas 2 Estrelas 1 Estrela Peito Crucifixo na Máquina, Supino com Halteres, Crossover (convencional) Crossover (convencional), Desenvolvimento com Halteres (se a proposta for peitoral superior) Supino Inclinado, Crucifixo Inclinado, Crossover (corpo ereto, pegada baixa), Desenvolvimento (para peito superior) Supino Reto Costas Puxada Frontal, Rosca do Lalá, Puxada na Polia com Pegada Supinada Remada Curvada, Puxada na Polia Alta com Pegada Aberta, Remada Baixa, Puxada na Polia com Triângulo Remada Old-School Ombros Desenvolvimento com Halteres (para ombro), Crucifixo Inverso na Máquina, Face Pull (para fisiculturistas) Desenvolvimento (se proposta for peitoral superior), Elevação Lateral com Halteres, Elevação Frontal com Halteres Elevação de Ombros com Halteres Crucifixo Inverso (livre), Face Pull (público geral) Tríceps Rosca Francesa Unilateral e Bilateral, Tríceps Francês na Polia Tríceps Testa com Barra Tríceps Testa Tríceps Coice, Tríceps Banco Bíceps Rosca Scott na Máquina, Rosca Direta Alternada, Rosca Direta Alternada no Banco Inclinado, Rosca Direta Rosca Scott (com peso livre) Pernas e Glúteos Stiff, Cadeira Flexora, Elevação de Quadril Leg Press, Agachamento Hack, Mesa Flexora, Cadeira Extensora, Cadeira Abdutora (convencional) Cadeira Abdutora (tronco inclinado) Panturrilha Gêmeos (todas as variações) Antebraço Rosca Punho (se necessário) Abdômen Abdominais Tradicionais Análise detalhada de cada um dos exercícios de musculação Vamos agora analisar cada exercício, divididos por grupo muscular, com base nas informações fornecidas por Laércio Refundini. Aqui, incluirei todos os detalhes e argumentos usados por ele para justificar cada classificação: Peito Supino Inclinado (2 estrelas) Laércio classifica este exercício com 2 estrelas porque, embora seja popular para trabalhar a parte superior do peito, a inclinação de 45 graus comumente encontrada nos bancos não é a ideal. Estudos mostram que 30 graus é mais eficaz para ativar essa região. Além disso, a inclinação de 45 graus tende a recrutar mais os músculos dos ombros (deltoides anteriores) do que o peitoral superior, e muitas pessoas sentem desconforto nos ombros ao realizá-lo. Supino Reto (2 estrelas) Ganha 2 estrelas, pois, apesar de ser um exercício clássico e popular, capaz de gerar hipertrofia do peitoral, possui uma amplitude de movimento limitada. Isso significa que o peitoral não é alongado nem encurtado ao máximo durante o exercício, o que pode ser desvantajoso para o desenvolvimento muscular. Além disso, muitas pessoas sentem dores nos ombros ao executá-lo, e a técnica correta é bastante complexa, envolvendo a contração simultânea de músculos com funções opostas. Crucifixo Inclinado (3 estrelas) Laércio dá 3 estrelas para este exercício, pois, apesar de trabalhar a parte superior do peito, a mecânica do movimento não é considerada a melhor para essa região. Existem exercícios mais eficazes, mas o crucifixo inclinado ainda pode ser útil se usado corretamente, especialmente considerando a limitação de opções para o peitoral superior. Supino com Halteres (5 estrelas) Classificado com 5 estrelas, é considerado uma excelente alternativa ao supino reto, pois oferece os mesmos benefícios para o desenvolvimento do peitoral, mas sem as desvantagens relacionadas à limitação da amplitude de movimento e ao risco de dores nos ombros. Crucifixo na Máquina (5 estrelas) Considerado por Laércio o melhor exercício para peitoral, recebe 5 estrelas. Ao contrário do supino reto, ele permite um alongamento e encurtamento completo do peitoral, maximizando o trabalho muscular. Além disso, a máquina oferece uma alavanca constante, o que significa que a tensão no músculo é mantida durante todo o movimento, otimizando a hipertrofia. Crossover (3 ou 5 estrelas) A avaliação varia de acordo com a execução. A versão convencional, com o corpo inclinado para frente e puxando os cabos em direção ao centro do corpo, é considerada excelente e recebe 5 estrelas. Ela é similar ao crucifixo na máquina em termos de trabalho muscular e amplitude de movimento. A variação com o corpo ereto e a pegada mais baixa recebe 3 estrelas, pois não oferece o melhor ângulo para trabalhar o peitoral. Costas Puxada Frontal (5 estrelas) Laércio classifica este exercício com 5 estrelas, pois é considerado excelente para trabalhar as costas, especialmente a porção lateral (grande dorsal). Ele contribui para a expansão das costas e melhora a postura. Remada Curvada (4 estrelas) Um exercício clássico que recebe 4 estrelas. É eficaz para trabalhar os músculos das costas, mas, para isso, é necessário ter uma boa consciência corporal para evitar que os braços (bíceps) sejam recrutados em excesso, o que é uma queixa comum entre os praticantes. Remada do Lalá (5 estrelas) Uma variação da remada curvada desenvolvida pelo próprio Laércio, que recebe 5 estrelas. Ele explica que criou essa técnica para solucionar o problema do recrutamento excessivo dos braços, tornando o exercício mais eficaz para as costas. Remada Old-School (1 estrela) Laércio dá apenas 1 estrela para esta variação, pois a considera perigosa, com alto potencial de lesão. O movimento envolve muita oscilação e "roubo", recrutando músculos que não deveriam ser trabalhados no exercício, como os glúteos, e sobrecarregando a coluna. Puxada na Polia Alta com Pegada Aberta (4 estrelas) Similar à puxada frontal, mas a pegada aberta, segundo Laércio, reduz a performance no exercício, pois diminui a capacidade de puxar carga. Por isso, recebe 4 estrelas. Remada Baixa (4 estrelas) Um bom exercício para a parte inferior das costas, recebendo 4 estrelas. No entanto, Laércio considera que existem opções melhores, como a puxada na polia, para trabalhar essa região. Puxada na Polia com Triângulo (4 estrelas) Laércio classifica este exercício com 4 estrelas, pois, embora seja muito bom para as costas, a execução convencional tende a fadigar os músculos do antebraço (braquiorradial) antes dos músculos das costas (dorsais). Isso limita o trabalho das costas, pois a falha ocorre antes que esses músculos sejam levados à exaustão. Puxada na Polia com Pegada Supinada (5 estrelas) Semelhante à puxada com triângulo, mas a pegada supinada (palmas das mãos voltadas para cima) alonga mais as dorsais. Isso faz com que o exercício receba 5 estrelas, sendo considerado por Dorian Yates, um renomado fisiculturista, como o melhor exercício para as costas. Ombros Desenvolvimento com Halteres (5 estrelas - se a proposta for ombro) Laércio dá 5 estrelas para esse exercício quando o objetivo é trabalhar os ombros (deltoides). É excelente para a porção frontal do ombro e também recruta o peitoral superior. Ele sugere inclinar o banco a menos de 90 graus (aproximadamente 75-80 graus) para maior conforto e eficácia. Se a proposta do exercício for peitoral superior, ele classifica como 3 estrelas, devido à angulação que enfatiza os ombros. Elevação de Ombros com Halteres (3 estrelas) Este exercício é focado no trapézio e recebe 3 estrelas. Embora trabalhe bem o músculo (5 estrelas para o trabalho muscular isolado), Laércio o considera dispensável para a maioria das pessoas, pois o trapézio já é recrutado em diversos outros exercícios. Ele só o recomenda para quem deseja dar ênfase ao desenvolvimento desse músculo. Crucifixo Inverso (1 estrela) Apesar de estar na moda, Laércio classifica este exercício com apenas 1 estrela. Ele argumenta que a mecânica do movimento não é adequada para trabalhar o trapézio transverso e o deltoide posterior, que são os músculos alvo. Existem opções muito melhores, como o crucifixo inverso na máquina. Ele também desaconselha o exercício para o manguito rotador, recomendando exercícios específicos para essa região. Desenvolvimento (4 estrelas) Quando realizado em um banco com inclinação próxima a 90 graus, o que é comum, o exercício recebe 4 estrelas de Laércio. Ele explica que essa inclinação pode causar desconforto na região lombar, e é difícil encontrar pessoas que não sintam esse desconforto. Elevação Lateral com Halteres (4 estrelas) Um exercício clássico para os deltoides laterais, que recebe 4 estrelas. Laércio explica que o exercício é bom, mas possui uma desvantagem: a alavanca variável. Isso significa que a tensão no músculo é maior no início do movimento e diminui à medida que o braço se eleva. Ele sugere fazer a elevação lateral na máquina ou com cabos para obter uma alavanca constante. Crucifixo Inverso na Máquina (5 estrelas) Considerado um exercício nota 10 por Laércio, recebe 5 estrelas. É excelente para trabalhar o deltoide posterior e a porção média das costas, contribuindo para a estética e a postura. Além disso, a máquina oferece uma alavanca constante, otimizando o trabalho muscular. Elevação Frontal com Halteres (4 estrelas) Boa para a parte frontal do ombro, mas, assim como a elevação lateral, possui o problema da alavanca variável. Por isso, recebe 4 estrelas. Laércio sugere fazer a elevação frontal com cabo, passando-o por trás do corpo, para obter uma alavanca constante (5 estrelas para essa variação). Face Pull (1 estrela ou 5 estrelas) Laércio classifica como 1 estrela para o público geral, pois considera um exercício ruim, que não oferece uma boa posição para trabalhar os músculos alvo (trapézio transverso e deltoide posterior). Porém, para fisiculturistas, ele dá 5 estrelas, pois auxilia na execução da pose "duplo bíceps de costas". Tríceps Tríceps Coice (1 estrela) Considerado por Laércio um exercício péssimo, com 1 estrela. Ele argumenta que o exercício é desconfortável, possui uma tensão muscular inadequada (a tensão é perdida no início do movimento) e trabalha o tríceps no mesmo ângulo que o tríceps na polia, não oferecendo vantagens. Rosca Francesa Unilateral e Bilateral (5 estrelas) Ambas as variações recebem 5 estrelas. São exercícios excelentes para o tríceps, pois promovem um bom alongamento do músculo, o que, de acordo com estudos recentes, favorece a hipertrofia. A versão unilateral exige mais estabilização, enquanto a bilateral permite o uso de mais carga. Tríceps Banco (1 estrela) Laércio dá 1 estrela para este exercício, pois considera que ele sobrecarrega a articulação do ombro, gerando desconforto e não oferecendo um trabalho tão eficaz para o tríceps. Tríceps Testa (2 estrelas) Um exercício popular, mas que recebe apenas 2 estrelas. Laércio explica que o exercício é "matador de cotovelo", ou seja, exige muito dessa articulação, podendo causar dores e lesões. Ele recomenda fazer o exercício com moderação, pouco peso e pouca frequência para evitar problemas. Tríceps Francês na Polia (5 estrelas) Considerado um exercício nota 10 por Laércio, recebe 5 estrelas. Ele proporciona uma ótima ativação do tríceps, com baixo risco de lesões. Tríceps Testa com Barra (3 estrelas) Um pouco pior que a versão com halteres, pois a barra limita a amplitude de movimento, impedindo que o tríceps seja alongado ao máximo. Pode ser feito, mas recebe 3 estrelas. Bíceps Rosca Scott (3 estrelas com peso livre; 5 estrelas na máquina) A versão com peso livre recebe 3 estrelas devido à alavanca variável. Quando o peso está próximo ao corpo, no início do movimento, a tensão no bíceps é menor. À medida que o peso se afasta, a tensão aumenta. Na máquina, a alavanca é constante, mantendo a tensão no músculo durante todo o movimento, o que faz com que essa versão receba 5 estrelas. Rosca Direta Alternada (5 estrelas) Um exercício clássico para bíceps, que recebe 5 estrelas. Permite a manipulação de cargas elevadas e um bom trabalho muscular. Laércio apenas recomenda cuidado para não criar compensações ("roubar") durante a execução. Rosca Direta Alternada no Banco Inclinado (5 estrelas) Recebe 5 estrelas. Um estudo recente comparou a rosca Scott com a rosca inclinada a 45 graus e encontrou resultados superiores para a rosca inclinada em termos de hipertrofia do bíceps. Laércio especula que isso se deve ao maior alongamento do bíceps proporcionado pela inclinação do corpo. Rosca Direta (5 estrelas) Outro exercício clássico que recebe 5 estrelas. Permite o uso de cargas ainda mais elevadas do que a rosca alternada, pois a barra oferece mais estabilidade. Pernas e Glúteos Stiff (5 estrelas) Considerado um exercício nota 10 por Laércio, recebe 5 estrelas. É um dos únicos exercícios que trabalha os isquiotibiais (posteriores da coxa) mantendo o joelho estendido e estável, o que é uma vantagem. Além disso, trabalha os glúteos de forma eficaz. Pode ser usado tanto em treinos de glúteos quanto de isquiotibiais. Leg Press (4 estrelas) Um exercício popular que recebe 4 estrelas. Trabalha quadríceps e glúteos, mas requer cuidado na execução para evitar o valgo dinâmico (joelhos se projetando para dentro), que é uma compensação comum e prejudicial às articulações do joelho. Também é importante não descer demais a ponto de perder o contato da lombar com o encosto, para proteger a coluna. Cadeira Abdutora (3, 4 ou 5 estrelas) A avaliação varia de acordo com a inclinação do tronco. Com o tronco inclinado para frente, recebe 3 estrelas, pois essa posição não é ideal para trabalhar o glúteo máximo. Com o tronco reto, recebe 4 estrelas, sendo uma boa opção para trabalhar o glúteo médio. A melhor ativação do glúteo médio (5 estrelas) ocorre com o corpo mais elevado, em uma inclinação de aproximadamente 30 graus. Mesa Flexora (4 estrelas) Um bom exercício para os isquiotibiais, mas que recebe 4 estrelas. Laércio aponta que é fácil compensar com o quadril durante a execução, o que pode reduzir a eficácia do exercício. Além disso, trabalha o músculo em uma posição mais encurtada, o que pode ser desvantajoso em comparação com exercícios que alongam mais os isquiotibiais. Cadeira Flexora (5 estrelas) Considerada melhor que a mesa flexora por Laércio, recebe 5 estrelas. Ele explica que a cadeira flexora permite trabalhar os isquiotibiais em uma posição mais alongada, o que, de acordo com estudos recentes, pode favorecer a hipertrofia. Cadeira Extensora (4 estrelas) Considerada um dos únicos exercícios que trabalha o quadríceps de forma completa, incluindo o reto femoral (que não é tão ativado em agachamentos e leg press). Por isso, recebe 4 estrelas. No entanto, Laércio alerta que o exercício demanda muito da articulação do joelho, sendo o que mais gera compressão patelofemoral. Portanto, deve ser feito com cuidado, especialmente por pessoas que têm dores nos joelhos. Agachamento Hack (4 estrelas) Laércio dá 4 estrelas para este exercício. Embora trabalhe bem o quadríceps, ele enfatiza mais os glúteos devido à grande flexão do quadril. Não é considerado um exercício indispensável, mas é uma boa opção. Elevação de Quadril (mais de 5 estrelas) Considerado um exercício excelente para os glúteos, recebe mais de 5 estrelas. É o único exercício que proporciona o maior torque (força) para os glúteos no ângulo final do movimento, quando o quadril está estendido (posição de "encaixe"). Isso o torna um ótimo complemento para exercícios como agachamento e leg press, que trabalham os glúteos em outros ângulos. Panturrilha Gêmeos (todas as variações) (5 estrelas) Todas as variações (sentado com joelho flexionado, em pé com joelho estendido, no leg press) recebem 5 estrelas. São excelentes para trabalhar a panturrilha, especialmente o sóleo, que é um músculo importante para o volume e a definição dessa região. Antebraço Rosca Punho (5 estrelas ou dispensável) O exercício em si recebe 5 estrelas, pois é eficaz para fortalecer os músculos do antebraço e melhorar a força de preensão. No entanto, Laércio o considera dispensável para a maioria das pessoas, pois esses músculos já são trabalhados em diversos outros exercícios. Ele só o recomenda para quem tem uma necessidade específica de melhorar a força de preensão ou para quem deseja aumentar o volume dos antebraços. Também é útil para pessoas com epicondilite medial (dor na parte interna do cotovelo). Abdômen Abdominais Tradicionais (4 estrelas) Laércio dá 4 estrelas para os abdominais tradicionais. Ele os considera bons para aumentar a consciência da contração abdominal, mas não são a melhor ferramenta para desenvolver a musculatura dessa região. Conclusão Esta classificação fornece uma visão abrangente sobre a eficácia e os riscos de uma variedade de exercícios de musculação, com base nas informações detalhadas e nos argumentos apresentados por Laércio Refundini. Pode facilitar a sua escolha dos exercícios. Lembre-se de que a escolha dos exercícios deve ser individualizada, levando em consideração seus objetivos, experiência, limitações e preferências. O conceito de "Treino Inteligente", como defendido por Laércio Refundini, envolve a seleção criteriosa de exercícios com base em evidências científicas e na biomecânica do corpo humano. Não se trata apenas de levantar pesos, mas sim de otimizar o estímulo muscular minimizando o risco de lesões. Incentivo você a aplicar esses conhecimentos em seus treinos e a buscar a orientação de um profissional qualificado para montar um plano de treinamento personalizado e seguro. Fontes de consulta 1. REFUNDINI, Laércio. Ranking dos melhores e piores exercícios para construir músculos. Disponível em: <https://youtu.be/FEOQVRfcuA8>. Acesso em 19 dez. 2024. Espero que essa classificação tenha sido útil para você! Agora quero saber: quais são os melhores exercícios na sua opinião? E por quê? Deixe nos comentários.1 ponto -
Café, chá e cafeína: seus estimulantes pré-treino também fazem bem à saúde?
Pokoyô reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Café, chá e cafeína: descubra como eles podem proteger sua saúde cardiometabólica Se você é amante de café ou chá, prepare-se para boas notícias! Um estudo recente publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism revela que o consumo moderado dessas bebidas, além de ser uma ótima companhia no dia a dia, pode desempenhar um papel crucial na prevenção de doenças cardiometabólicas, como diabetes tipo 2, doenças coronarianas e AVCs. Aqui, desvendamos as descobertas mais importantes dessa pesquisa e explicamos como a cafeína pode ser uma aliada na sua saúde metabólica. O que é multimorbidade cardiometabólica? Multimorbidade cardiometabólica (MC) é o termo usado para descrever a coexistência de pelo menos duas condições como diabetes tipo 2, doença coronariana e acidente vascular cerebral. Essas doenças estão entre as principais causas de mortalidade e morbidade no mundo. Apesar de conhecermos os fatores de risco para cada uma dessas condições isoladamente, pouco se sabe sobre como preveni-las simultaneamente. É aqui que o estudo faz a diferença, investigando os efeitos do café, chá e cafeína na prevenção da MC. O estudo e seus achados Os pesquisadores analisaram dados de mais de 188 mil participantes do UK Biobank, todos livres de doenças cardiometabólicas no início do estudo. Durante um acompanhamento de quase 12 anos, eles observaram como o consumo dessas bebidas influenciou o surgimento da MC. Café e chá: uma dose de prevenção Café: consumir cerca de 3 xícaras por dia reduziu o risco de MC em até 48%. A ingestão moderada de café foi eficaz em todos os estágios da progressão da MC, desde a prevenção inicial até a redução de complicações subsequentes. Chá: beber 5 ou mais xícaras por dia também mostrou benefícios significativos, especialmente na prevenção de diabetes tipo 2. Cafeína: entre 200-300 mg/dia de cafeína (o equivalente a 2-3 xícaras de café) foi associado a um risco 40% menor de MC. O papel dos biomarcadores metabólicos Os pesquisadores identificaram mais de 80 metabólitos relacionados ao consumo de café, chá e cafeína. Entre eles: Subclasses de HDL (colesterol "bom"), associadas a benefícios cardiometabólicos. Redução de VLDL (colesterol de densidade muito baixa), que pode causar disfunções metabólicas. Histidina, um aminoácido com impacto positivo na regulação metabólica. Redução de biomarcadores inflamatórios, como a glicoproteína acetilada (GlycA). Esses resultados sugerem que os compostos bioativos do café e do chá, como antioxidantes e polifenóis, podem atuar no metabolismo lipídico e na inflamação, fatores-chave no desenvolvimento de doenças cardiometabólicas. Como incorporar o café e chá à sua dieta esportiva? Para quem pratica esportes, o café e o chá podem ser aliados poderosos: Melhoram a performance: a cafeína é conhecida por aumentar o foco, reduzir a percepção de esforço e melhorar o desempenho em treinos intensos. Protegem o metabolismo: os efeitos preventivos contra diabetes e doenças cardíacas ajudam a manter o organismo saudável a longo prazo. Aumentam a queima de gordura: a cafeína estimula o metabolismo, promovendo a oxidação de gorduras durante os exercícios. Mas atenção: o consumo excessivo pode causar insônia, taquicardia e ansiedade. A moderação é a chave. Conclusão Seja um espresso de manhã ou uma xícara de chá no fim da tarde, incorporar essas bebidas na sua rotina pode trazer benefícios que vão além do prazer momentâneo. Estudos como este mostram que o consumo moderado de café, chá e cafeína é uma estratégia simples, acessível e saborosa para proteger a saúde metabólica. Lembre-se, antes de fazer mudanças significativas na sua dieta, consulte um nutricionista para personalizar as estratégias ao seu estilo de vida e objetivos. Fontes de consulta 1. LU, Xujia et al. Habitual Coffee, Tea, and Caffeine Consumption, Circulating Metabolites, and the Risk of Cardiometabolic Multimorbidity. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 2024. Disponível em: <https://doi.org/10.1210/clinem/dgae552>. Acesso em: 16 dez. 2024. Deixe nos comentários como você aproveita o café e o chá no seu dia a dia ou se você usa suplemento com cafeína!1 ponto -
Como emagrecer sem sofrer com dietas super restritivas?
fisiculturismo reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
O impacto do horário das refeições na saúde metabólica e no emagrecimento A ciência nos mostra que o que comemos não é a única variável importante para a saúde metabólica e o emagrecimento. Quando comemos também desempenha um papel crucial. Essa visão está ancorada em estudos recentes que destacam como os horários regulares das refeições podem influenciar o nosso peso, o sono e a energia ao longo do dia. Neste artigo, exploramos como a regularidade no horário das refeições pode otimizar seu metabolismo e saúde, com base em evidências científicas e insights do neurocientista Eslen Delanogare. 1. Por que os horários das refeições importam? O corpo humano é guiado por um relógio biológico interno conhecido como ritmo circadiano. Esse sistema regula uma série de funções, incluindo sono, energia, e metabolismo. Uma das descobertas mais recentes na área é que os horários das refeições funcionam como um "ajustador" para o nosso metabolismo, similar à forma como a exposição à luz regula nosso ciclo de sono. Manter horários consistentes para as refeições ajuda a alinhar o relógio metabólico, promovendo uma melhor digestão, eficiência energética e controle de peso. Por outro lado, alterar esses horários, especialmente nos finais de semana, pode causar um “jet lag alimentar”, desregulando o organismo e dificultando a perda de peso. 2. Estudos com humanos: o impacto da regularidade alimentar Um estudo publicado na renomada revista científica Cell ilustra bem essa relação. Os pesquisadores criaram um aplicativo para monitorar os horários de refeições e a ingestão calórica dos participantes. A metodologia foi simples: Os participantes registraram o horário em que acordavam e faziam suas refeições. Cada refeição era fotografada, permitindo que nutricionistas avaliassem a quantidade calórica consumida. Resultados principais: Participantes que comeram sempre nos mesmos horários apresentaram: Perda de peso, mesmo sem reduzir a ingestão calórica. Melhora na qualidade do sono. Mais energia ao acordar e durante o dia. Já aqueles que alteravam os horários das refeições (como comer mais tarde nos finais de semana) enfrentaram desajustes metabólicos. 3. A evidência em estudos com animais Para aprofundar a investigação, os cientistas realizaram estudos controlados em laboratório com animais. Os camundongos foram divididos em dois grupos: Grupo com horário fixo para comer: recebia alimento em horários específicos do dia. Grupo com alimentação livre: podia comer ao longo de todo o dia. Resultados surpreendentes: Ambos os grupos consumiram a mesma quantidade calórica. Contudo, o grupo que comia em horários fixos ganhou menos peso. Os camundongos com alimentação livre apresentaram desajustes nos genes relógio do fígado e uma microbiota intestinal desregulada. Esses dados indicam que a consistência nos horários das refeições otimiza o funcionamento metabólico, reduzindo o armazenamento de gordura e promovendo um equilíbrio saudável. 4. A microbiota intestinal: o papel do "metaboloma" Outro fator relevante é a microbiota intestinal, a comunidade de bactérias que vive em nosso intestino e desempenha um papel central na digestão e no metabolismo. O estudo mostrou que a regularidade alimentar ajusta o metaboloma, ou seja, as interações metabólicas promovidas por essas bactérias. No grupo com horários fixos, a microbiota parecia "esperar" pelo alimento, funcionando de forma mais eficiente. Já nos animais com alimentação desordenada, o metaboloma ficou desregulado, contribuindo para o ganho de peso e problemas metabólicos. 5. A rotina ideal: como aplicar esses insights? Com base nas evidências, seguem algumas recomendações práticas para melhorar sua saúde metabólica: Manter horários fixos para as refeições Coma no mesmo horário todos os dias, incluindo finais de semana. Por exemplo: Café da manhã às 7h. Lanche da manha às 10h. Almoço às 12h. Lanche da tarde às 16h. Jantar às 19h. Evite o “jet lag alimentar” Assim como acordar tarde pode desregular seu sono, atrasar suas refeições no fim de semana pode causar desajustes metabólicos que prejudicam o desempenho do corpo na segunda-feira. Respeite seu relógio biológico Combine alimentação regular com exposição à luz natural pela manhã para sincronizar seu ritmo circadiano. Não negligencie a microbiota intestinal Alimentos ricos em fibras e probióticos ajudam a manter a microbiota saudável, mas horários regulares de alimentação também desempenham um papel essencial. 6. O mecanismo por trás disso tudo: o que a ciência sabe até agora? Ainda não há consenso sobre qual seria o "melhor horário" para comer, mas sabemos que a regularidade é o fator mais importante. Isso ocorre porque há momentos no dia em que os níveis hormonais estão mais altos, otimizando a digestão e a utilização de energia. Comer nesses horários maximiza a eficiência do metabolismo. Por outro lado, comer fora do horário desregula os genes relógio no fígado, levando a problemas no metabolismo e aumento de peso, mesmo que a ingestão calórica total seja a mesma. Conclusão A ciência está cada vez mais clara: para manter a saúde metabólica e controlar o peso, não basta prestar atenção ao quêvocê come; é crucial prestar atenção ao quando você come. Respeitar seu relógio biológico e manter horários regulares de alimentação pode ser uma estratégia simples, mas poderosa, para melhorar sua saúde. Se você está buscando melhorar seu metabolismo ou perder peso, experimente ajustar os horários das refeições e manter uma rotina consistente. Pequenas mudanças podem gerar grandes resultados! Fontes de consulta 1. CORTES DO SEM GROSELHA. Como emagrecer sem comer menos segundo a ciência. Disponível em: <https://youtu.be/XGZEdMeuso8>. Acesso em: 15 dez. 2024. Você segue horários regulares na sua dieta? Deixe nos comentários.1 ponto -
Músculos: a melhor farmácia para a sua vida!
fisiculturismo reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Por que o músculo é a farmácia mais barata do mundo: um olhar científico sobre saúde e treinamento Quando pensamos em saúde, geralmente nossa atenção se volta ao coração, à composição corporal ou mesmo à saúde mental. No entanto, o tecido muscular, frequentemente negligenciado, desempenha um papel central na regulação da saúde geral. Vamos explorar por que os músculos são muito mais do que uma ferramenta para desempenho esportivo. Eles são verdadeiras “farmácias internas” que podem revolucionar nossa qualidade de vida. O papel central dos músculos no corpo humano Os músculos representam cerca de 60-65% do tecido total no corpo humano adulto, tornando-se o maior tecido em termos de proporção. Mas sua importância vai muito além da estética ou da capacidade de gerar movimento. O músculo esquelético atua como um regulador essencial de vários sistemas do corpo, como o sistema imunológico, o cérebro, os ossos, o fígado, o pâncreas e até mesmo o tecido adiposo. Em outras palavras, manter os músculos saudáveis é cuidar da saúde de todo o corpo. Como o músculo regula a saúde? O conceito de cross talking! Na fisiologia do exercício, o termo cross talking refere-se à comunicação cruzada entre os músculos e outros órgãos. Essa comunicação ocorre por meio de substâncias sinalizadoras – proteínas produzidas pelos músculos durante a contração. Essas proteínas entram na corrente sanguínea e agem em tecidos-alvo, promovendo saúde e prevenindo doenças. Vamos explorar alguns exemplos práticos: Interleucina 6 (IL-6): Produzida durante o exercício, a IL-6 estimula a quebra de gordura (lipólise) nas células adiposas e promove a utilização dessa gordura como energia. Ela também age nos macrófagos (células do sistema imunológico), reduzindo a inflamação e protegendo o corpo contra doenças inflamatórias crônicas, como cardiovasculares e hepáticas. Irisina: Essa proteína, também originada no músculo, atua no cérebro, estimulando a neurogênese – a formação de novos neurônios. Isso protege contra doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson e ajuda a reduzir ansiedade e depressão. FSL1: Outra proteína de Cross Talking que melhora a vascularização em órgãos vitais como o cérebro e o coração, protegendo contra doenças cardiovasculares. O treinamento como ativador do músculo Os músculos não foram feitos para ficar parados. A contração muscular, resultado do movimento, é o principal gatilho para a produção dessas proteínas sinalizadoras. Por isso, exercícios físicos – especialmente treinos resistidos, como musculação, treinos funcionais e exercícios com peso corporal – são essenciais para ativar essa “farmácia interna”. O objetivo do treinamento não é apenas ganhar massa muscular, mas também preservar sua função ao longo do tempo. Força, potência e resistência muscular (endurance) são indicadores diretos de saúde muscular. Esses fatores estão associados à prevenção de doenças crônicas e ao aumento da longevidade. Foco na saúde muscular em idosos A partir dos 40 anos, a perda de massa muscular (sarcopenia) torna-se uma preocupação crescente. Fabio Ceschini, em sua abordagem sobre este tema, enfatiza que pessoas de meia-idade e idosos deveriam priorizar a saúde muscular em vez de focar exclusivamente no emagrecimento. Isso ocorre porque o músculo, além de regular o metabolismo e ajudar na perda de gordura, protege o corpo contra o desenvolvimento de várias condições médicas. Por outro lado, métodos que buscam apenas reduzir peso corporal – como dietas radicais ou medicamentos – podem causar perda significativa de massa muscular, comprometendo a saúde geral e aumentando o risco de doenças. Benefícios do treinamento muscular para a saúde Os efeitos do treinamento de força vão além do condicionamento físico. Eles incluem: Redução da inflamação crônica: as proteínas produzidas durante o exercício ajudam a equilibrar a resposta inflamatória do sistema imunológico. Melhora do metabolismo: a ativação da IL-6 promove a utilização de gordura como fonte de energia, auxiliando no emagrecimento. Proteção cerebral: a irisina estimula a plasticidade cerebral, reduzindo os riscos de doenças neurológicas. Prevenção de doenças cardiovasculares: a FSL1 melhora a circulação sanguínea e protege contra aterosclerose e hipertensão. Conclusão: o músculo como pilar da saúde Seja você um atleta ou alguém buscando longevidade e bem-estar, cuidar dos seus músculos deve ser uma prioridade. Eles não são apenas um tecido de movimento, mas um sistema integrado que comunica, regula e protege o organismo como um todo. Por isso, invista em treinos regulares – de preferência com foco em força e resistência – e preserve sua massa muscular ao longo da vida. Lembre-se: o músculo é a farmácia mais barata do mundo. Use-a! Para mais insights, recomendo o livro Fisiologia do Emagrecimento, de Fabio Ceschini, que detalha como prescrever treinos para ativar essas proteínas e obter os melhores resultados para a saúde. Fontes de consulta 1. CESCHINI, Fabio. Descubra Por Que o Músculo é a Farmácia Mais Barata do Mundo! Disponível em: <https://youtu.be/jBsPf0wKv_0>. Acesso em: 13 dez. 2024. E você, está cuidando dos seus músculos hoje? Compartilhe este artigo com alguém que precisa de motivação para começar a treinar! Ainda tem dúvidas? Deixe nos comentários.1 ponto -
Whey protein: a melhor opção para você - guia rápido e fácil!
fisiculturismo reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Guia completo do whey protein: qual escolher e como usar? Se você treina regularmente e busca melhorar seu desempenho ou comporção corporal, já deve ter se deparado com o whey protein, um dos suplementos mais populares no universo fitness e do fisiculturismo. Mas com tantas opções no mercado, é comum surgir a dúvida: qual tipo de whey protein é o mais indicado para você? Vamos explorar cada versão, seus benefícios e como utilizá-los. O que é whey protein? Whey protein é a proteína extraída do soro do leite. Ele é considerado uma proteína de alta qualidade devido ao seu perfil completo de aminoácidos essenciais, sendo uma excelente escolha para otimizar a recuperação muscular, ganho de massa magra e até mesmo a perda de gordura. Os tipos de whey protein Existem três tipos principais de whey protein no mercado (e mais alguns tipos com misturas ou blend), cada um com características específicas: 1. Whey protein concentrado Composição: contém entre 70% e 80% de proteína, além de lactose, carboidratos e uma pequena quantidade de gordura (aproximadamente 2g por porção). Vantagens: é a opção mais econômica e saborosa, devido à presença de gordura e carboidratos. Indicado para: quem não tem intolerância à lactose e busca um bom custo-benefício. 2. Whey protein isolado Composição: possui cerca de 90% de proteína e quase nenhum carboidrato, lactose ou gordura. Vantagens: é melhor tolerado por pessoas com leve ou moderada intolerância à lactose. Indicado para: aqueles que querem uma opção mais pura e de fácil digestão, especialmente em dietas restritivas. 3. Whey protein hidrolisado Composição: também possui cerca de 90% de proteína, mas passa por um processo que "quebra" as proteínas em peptídeos menores, facilitando a absorção. Vantagens: alta absorção e baixa probabilidade de causar desconfortos intestinais. Indicado para: pessoas com intolerância severa à lactose ou condições específicas, como pacientes hospitalizados. 4. Mistura 3W (blend) Composição: combina os três tipos (concentrado, isolado e hidrolisado) em proporções variadas. Vantagens: pode oferecer diferentes texturas e sabores, mas pode conter maior quantidade de gordura e lactose. Indicado para: Quem não tem restrições alimentares e prioriza o sabor. Cuidado com algumas misturas que podem incluir soja, trigo, albumina, maltodextrina, dextrose e assim por diante. Estes ingredientes (carboidratos ou proteínas de menor qualidade) são mais baratos e nem sempre desejados pelo consumidor. Por que usar whey protein? Além de ser uma fonte de proteína de alta qualidade, o whey protein é prático. Ele pode complementar sua dieta em momentos de correria, ajudando a atingir suas metas de proteína diária. Afinal, consumir 2g de proteína por quilo de peso corporal é desafiador apenas com alimentos como frango, ovos ou peixes. Absorção: rápida, mas o que realmente importa? Embora o Whey Protein tenha uma absorção rápida, as diferenças entre os tipos (concentrado, isolado e hidrolisado) são pequenas nesse aspecto. O mais relevante é o consumo total de proteína ao longo do dia, não a velocidade com que ela é absorvida. Como escolher o melhor whey protein para você? Tolerância à lactose: se você é intolerante, opte por isolado ou hidrolisado. Orçamento: o concentrado é a opção mais acessível, enquanto o hidrolisado costuma ser o mais caro. Objetivo: todos os tipos são eficazes para ganho muscular e recuperação. Escolha de acordo com suas restrições alimentares e preferências pessoais. Dicas finais para consumir whey protein Leia os rótulos: fique atento à quantidade de proteína por porção. Alguns produtos contêm aditivos desnecessários, como carboidratos ou outras fontes de proteínas mais baratas. Misture com criatividade: O whey protein pode ser usado em shakes, receitas de panquecas, bolos ou até mingaus. Marcas de confiança: pesquise empresas sérias e com qualidade reconhecida. O fórum é um bom local para perguntar sobre as marcas e produtos. A seguir, uma tabela comparativa sobre os tipos de whey: Tipo de Whey Protein Composição Vantagens Indicado para Custo Concentrado 70%-80% proteína, com lactose, carboidratos e gorduras. Econômico, sabor mais agradável. Quem não tem intolerância à lactose e busca custo-benefício. Baixo Isolado 90% proteína, quase sem lactose, carboidratos ou gorduras. Fácil digestão, adequado para leves intolerâncias à lactose. Quem quer pureza e dietas restritivas. Médio Hidrolisado 90% proteína, com peptídeos pré-digeridos. Absorção rápida, baixa chance de desconforto intestinal. Pessoas com alta sensibilidade à lactose ou condições especiais de saúde. Alto Mistura (Blend) Combinação de concentrado, isolado e hidrolisado. Combina texturas e sabores. Pode ter mais gordura e lactose dependendo da fórmula. Quem prioriza sabor e não tem restrições alimentares. Variável Conclusão O whey protein é um aliado poderoso para complementar sua dieta, mas lembre-se de que não é insubstituível. Alimentos ricos em proteína também cumprem essa função. Avalie suas necessidades e escolha o tipo de whey que melhor se adapta ao seu estilo de vida e objetivos. Fontes de consulta 1. REFUNDINI, Laércio. Whey Concentrada vs Isolada vs Hidrolisada vs 3W: Qual é a melhor Whey Protein? Disponível em: <https://youtu.be/6FTF2DxTm_c>. Acesso em: 12 dez. 2024. Qual é a sua whey protein preferida? Deixe nos comentários.1 ponto -
Oxandrolona: diferenças entre homens e mulheres!
RenatinhaSA reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Oxandrolona: o que você precisa saber antes de usar este anabolizante A oxandrolona, comumente conhecida como “ox”, é um dos esteroides anabolizantes mais usados no meio esportivo, especialmente por mulheres. Sua fama como uma droga "leve" ou "segura" muitas vezes mascara os riscos reais associados ao seu uso. Graças à ajuda de Adam Abbas, podemos esclarecer alguns pontos sobre essa substância, e desmistificar algumas ideais que as mulheres podem ter sobre esta droga esteroide. A diferença hormonal entre homens e mulheres Antes de entender os efeitos da oxandrolona, é essencial compreender como os hormônios androgênicos funcionam nos corpos masculino e feminino. Homens produzem em média 70 mg de testosterona por semana. Mulheres produzem significativamente menos: entre 4 a 7 mg semanais. Essa diferença é crucial. Quando uma mulher usa doses aparentemente "pequenas" de oxandrolona, como 5 mg por dia (ou 35 mg por semana), ela está consumindo o equivalente a cinco vezes a produção natural de andrógenos femininos. Em casos extremos, doses podem ultrapassar 300 vezes o nível fisiológico feminino, causando desequilíbrios hormonais graves. O que torna a oxandrolona potente A oxandrolona não é uma substância "inofensiva". Sua estrutura química é projetada para oferecer potência mesmo em doses reduzidas. Algumas características que aumentam sua força incluem: Modificação no primeiro anel molecular, que aumenta a afinidade pelos receptores. 17-alfa-alquilação, que a torna mais resistente ao metabolismo hepático, aumentando sua disponibilidade no organismo. Embora isso garanta resultados mais rápidos, também eleva os riscos de efeitos colaterais. Os protocolos e seus riscos Os protocolos de uso da oxandrolona variam, mas doses entre 5 e 10 mg por dia são comuns, com frequências que vão de 8 em 8 horas até doses diárias. Apesar de parecerem seguras, essas doses frequentemente superam a capacidade natural do corpo feminino de lidar com andrógenos. Em um caso relatado, uma mulher chegou a consumir 30 mg por dia, totalizando 210 mg por semana. Esse nível é incompatível com a biologia feminina e pode levar a: Colaterais virilizantes (acne, aumento de pelos, engrossamento da voz). Disfunções metabólicas e hepáticas. Desequilíbrios hormonais graves. Como os receptores androgênicos influenciam os resultados A eficácia da oxandrolona depende da interação com os receptores androgênicos no corpo. No entanto, o número de receptores varia entre diferentes tecidos: Mulheres têm menos receptores androgênicos musculares, o que significa que grandes doses nem sempre resultam em ganhos proporcionais de massa muscular. Glândulas sebáceas e outros tecidos frequentemente têm mais receptores, o que aumenta a propensão a efeitos colaterais, como acne e oleosidade na pele. Portanto, doses excessivas podem gerar mais danos do que benefícios, já que a droga não será completamente aproveitada pelos tecidos-alvo, como os músculos. Interpretação de exames hormonais: um desafio Um exame de testosterona elevado em mulheres pode ter várias causas, incluindo: Abuso de esteroides anabolizantes. Condições médicas como a síndrome dos ovários policísticos (SOP). Problemas analíticos nos exames, que são projetados para medir níveis mais altos de testosterona, comuns em homens. Se você é mulher e seu exame mostra valores acima de 20 ng/dL de testosterona, é fundamental investigar as causas com um médico especialista. Oxandrolona: uma reflexão final O uso de Oxandrolona deve ser abordado com extrema cautela. Apesar de sua popularidade no meio esportivo, seu potencial de causar efeitos colaterais sérios é frequentemente subestimado. O mais importante é lembrar que o equilíbrio hormonal feminino é delicado, e qualquer intervenção deve ser feita com acompanhamento médico. Se você está considerando o uso de anabolizantes, procure um profissional capacitado. A saúde sempre deve ser a prioridade em qualquer prática esportiva. Fontes de consulta 1. CORTES - MONSTER CAST. Oxandrolona: tudo que uma mulher precisa saber! | Adam Abbas. Disponível em: <https://youtu.be/GvC445EZudo>. Acesso em: 11 dez. 2024. Você já usou oxandrolona? Deixe a sua experiência nos comentários.1 ponto -
Como o exercício pode ser a chave para superar o álcool
Pokoyô reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Exercício físico: uma nova fronteira no tratamento da dependência alcoólica Você sabia que o exercício físico pode ser um aliado poderoso no combate à dependência do álcool? Uma recente revisão sistemática e meta-análise, publicada no PLOS ONE, revelou que incorporar atividades físicas no tratamento de transtornos por uso de álcool (AUD) traz benefícios surpreendentes. Acredito no poder transformador do exercício, e este estudo reforça o quanto a prática regular pode mudar vidas. O que o estudo mostrou? Pesquisadores analisaram 17 estudos envolvendo quase 2.000 pacientes e chegaram a conclusões fascinantes: Redução no consumo de álcool: pacientes que praticaram exercícios reduziram significativamente o número de doses consumidas por dia. Além disso, apresentaram melhoras em avaliações como a escala AUDIT, usada para medir a gravidade do uso de álcool. Melhoria na saúde física: exercícios aeróbicos e combinados (como a união de aeróbico e resistência) aumentaram a capacidade cardiorrespiratória (VO₂ máx) e diminuíram a frequência cardíaca em repouso. Ou seja, o corpo responde positivamente, recuperando a vitalidade perdida. Impacto na Saúde Mental: o estudo apontou uma redução considerável nos níveis de ansiedade, depressão e estresse. Pacientes que participaram de programas de exercícios, especialmente aqueles que incluíam atividades como yoga, relataram melhorias significativas no humor e bem-estar geral. Por que o exercício ajuda? A relação entre exercício físico e saúde mental é poderosa. Quando você se exercita, seu corpo libera endorfinas, substâncias químicas que proporcionam uma sensação de bem-estar. Além disso: Reduz o Estresse: o exercício ajuda a diminuir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Melhora o sono: problemas de sono são comuns em pacientes com AUD, e o exercício regular pode ajudar a restabelecer um padrão saudável. Aumenta a autoconfiança: superar desafios físicos, como correr uma distância maior ou levantar mais peso, pode traduzir-se em maior resiliência emocional. Como começar? Se você ou alguém que conhece está lutando contra o alcoolismo, aqui estão algumas dicas para começar uma rotina de exercícios: Comece devagar: caminhadas curtas ou sessões leves de yoga são um ótimo ponto de partida. Encontre um grupo: participar de aulas coletivas pode oferecer um senso de comunidade e apoio. Misture modalidades: o estudo mostrou que exercícios combinados têm efeitos positivos tanto no corpo quanto na mente. Tente incluir atividades aeróbicas, resistência e relaxamento na sua rotina semanal. Conclusão: Movimento é vida A ciência está clara: o exercício físico não é apenas para quem quer perder peso ou ganhar músculos. Ele pode ser uma ferramenta poderosa na luta contra a dependência alcoólica, melhorando a saúde física e mental. Vejo isso diariamente: o corpo ativo transforma a mente. Se você está em busca de uma mudança, talvez o melhor lugar para começar seja calçando os tênis e dando o primeiro passo. Lembre-se: cada pequena vitória conta. Vamos juntos nessa jornada! Fontes de consulta 1. LI, J. et al. (2024). Effectiveness of exercise intervention in improving physical and mental status of patients with alcohol use disorders: A systematic review and meta-analysis. Disponível em: <https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0311166>. Acesso em: 1 dez. 24. Você já teve problemas com o álcool? Treinar ajudou? Compartilhe nos comentários.1 ponto -
Quer viver mais e melhor? Treine as suas pernas!
fisiculturismo reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
A importância da força nas pernas para a longevidade: como o treinamento de resistência pode transformar seu futuro Quando pensamos em envelhecer com saúde, normalmente focamos em manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios aeróbicos e reduzir o estresse. No entanto, um fator essencial para a longevidade é frequentemente subestimado: a força das pernas. Estudos recentes mostram que manter pernas fortes pode ser crucial para uma vida mais longa e independente, especialmente na idade da aposentadoria. Vamos explorar como o treinamento de resistência pode preservar a força muscular e garantir benefícios duradouros. O declínio muscular e a importância do treinamento de resistência (musculação) Com o envelhecimento, a massa muscular esquelética e a função das pernas diminuem naturalmente, o que pode comprometer a mobilidade e a autonomia. A perda de força nas pernas é considerada um forte preditor de mortalidade em idosos. Portanto, preservar essa força é essencial para a qualidade de vida e longevidade. Um estudo publicado na BMJ Open Sport & Exercise Medicine acompanhou mais de 450 participantes do estudo Live Active Successful Ageing (LISA) ao longo de quatro anos. Os resultados mostraram que um ano de treinamento de resistência com pesos pesados preserva a força das pernas de forma significativa, mesmo anos após o término do programa. Resultados do estudo: treinamento pesado vs. moderado Os participantes, com média de idade de 71 anos, foram divididos em três grupos: Treinamento de resistência pesado: levantavam pesos pesados três vezes por semana. Treinamento de intensidade moderada: realizavam circuitos com exercícios de peso corporal e bandas de resistência. Grupo de controle: mantinham suas atividades habituais. Após quatro anos, o grupo que realizou o treinamento com pesos pesados manteve a força das pernas, enquanto os outros dois grupos apresentaram uma queda significativa. Esse resultado sugere que o treinamento intenso pode induzir mudanças positivas no sistema nervoso e na função muscular, com efeitos de longa duração. Além disso, níveis de gordura visceral (a gordura armazenada ao redor dos órgãos) permaneceram estáveis nos grupos de treinamento, mas aumentaram no grupo de controle. Isso indica que, mesmo em relação à composição corporal, o exercício regular desempenha um papel crucial. Por que a força das pernas é vital? A força das pernas está diretamente ligada a fatores essenciais para a longevidade: Mobilidade e independência: pernas fortes garantem equilíbrio, estabilidade e capacidade de realizar atividades diárias, reduzindo o risco de quedas e lesões. Saúde cardiovascular e metabólica: a musculatura das pernas contribui para uma melhor circulação sanguínea, controle da pressão arterial e regulação dos níveis de glicose, prevenindo doenças crônicas como diabetes e doenças cardíacas. Outro estudo publicado no Journal of Gerontology reforça essa conexão. Participantes com maior força nas pernas apresentaram menor risco de mortalidade, independentemente da idade ou condições de saúde preexistentes. Como fortalecer suas pernas? Dicas práticas! Pronto para investir na sua saúde presente e futura? Veja como começar: Exercícios clássicos: inclua agachamentos, passadas e leg press na sua rotina. Comece com o peso do corpo e, à medida que evoluir, adicione resistência (pesos). Equilíbrio entre força e cardio: combine exercícios de resistência com atividades aeróbicas, como caminhadas, ciclismo ou natação. Progrida gradualmente: desafie seus músculos, aumentando o peso ou o número de repetições ao longo do tempo. Consulte um profissional: um personal trainer ou fisioterapeuta pode criar um plano personalizado para suas necessidades e objetivos. Crie um tópico no fórum: para receber auxílio de outros praticantes de musculação, participe do nosso fórum de discussões. Mostre a sua evolução, sane a suas dúvidas, aprimore o seu treino. Conclusão Manter a força das pernas não é apenas uma questão de estética ou desempenho físico. É um investimento vital para sua saúde, longevidade e independência na terceira idade. O treinamento de resistência, especialmente com pesos pesados, demonstrou ser uma estratégia eficaz e duradoura. Então, comece hoje mesmo a fortalecer suas pernas e construa um futuro mais saudável e ativo! Fontes de pesquisa 1. NEWS MEDICAL LIFESCIENCE. Study shows effects of year-long heavy resistance training on vital leg strengt. Disponível em: <https://www.news-medical.net/news/20240619/Study-shows-effects-of-year-long-heavy-resistance-training-on-vital-leg-strength.aspx>. Acesso em: 25 nov. 24. 2. THE GUARDIAN. Weightlifting at retirement age keeps legs strong years later, study finds. Disponível em: <https://www.theguardian.com/society/article/2024/jun/18/weightlifting-at-retirement-age-keeps-legs-strong-years-later-study-finds>. Acesso em: 25 nov. 24. 3. ZERO POINT ONE PHYSICAL THERAPY. The Powerful Link Between Leg Strength and Longevity: Why Strong Legs Lead to a Longer, Healthier Life. Disponível em: <https://www.zeropointonept.com/functional-longevity-health-fitness/leg-strength-longevity>. Acesso em: 25 nov. 24. Você tem se dedicado aos treinos de perna como deveria? Deixe nos comentários a sua experiência.1 ponto -
Quantos ovos comer por dia para hipertrofia e sem correr riscos?
fisiculturismo reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Quantos ovos posso comer por dia com segurança para ganhar massa muscular? Se você está buscando ganhar massa muscular, provavelmente já ouviu falar que os ovos são um verdadeiro "superalimento" para este objetivo. Mas afinal, quantos ovos você pode consumir diariamente com segurança? Vamos desvendar esse mistério de uma vez por todas! Por que os ovos são tão importantes para o ganho muscular? Antes de falar em quantidade, é importante entender por que os ovos são tão valiosos para quem busca hipertrofia: São ricos em proteína de alta qualidade (cerca de 6g por ovo); Contêm todos os aminoácidos essenciais; São especialmente ricos em leucina, fundamental para o crescimento muscular; Fornecem vitaminas importantes (D, B6, B12); Contêm minerais essenciais (ferro, selênio, fósforo); São fonte de colina, nutriente importante para função cerebral e contração muscular; Oferecem gorduras boas, incluindo ômega-3; São práticos, versáteis e econômicos. Quantos ovos posso comer por dia? Aqui é onde as recomendações podem variar um pouco, dependendo do seu perfil e objetivos: Para pessoas saudáveis em geral: Até 7 ovos por semana (1 por dia em média) é considerado seguro para qualquer pessoa saudável; Até 3 ovos inteiros por dia é considerado seguro para a maioria das pessoas saudáveis. Para praticantes de musculação: 4-6 ovos por dia é uma recomendação comum para fisiculturistas; Pode-se combinar ovos inteiros + claras extras para aumentar a proteína sem excesso de gorduras. Fatores individuais a considerar: Seu nível de atividade física; Suas necessidades calóricas e de proteína; Seu histórico de saúde; Suas metas específicas; Sua dieta como um todo. O que dizem as pesquisas mais recentes? As descobertas científicas mais recentes têm mudado a visão sobre o consumo de ovos: O colesterol da dieta tem menor influência no colesterol sanguíneo do que se pensava; As gorduras saturadas têm mais impacto no colesterol do que o próprio colesterol alimentar; A maior parte do colesterol do corpo é produzida pelo fígado, não vem da alimentação; Os benefícios nutricionais dos ovos superam as preocupações anteriores com o colesterol. Devo comer só as claras ou o ovo inteiro? Embora muitos entusiastas optem por consumir apenas as claras, há bons motivos para incluir a gema: Benefícios da clara: Rica em proteína; Baixa em calorias; Praticamente sem gordura; Benefícios da gema: Concentra a maioria das vitaminas e minerais; Contém colina essencial; Fornece gorduras boas; Possui antioxidantes (luteína e zeaxantina). A recomendação atual é consumir ovos inteiros, aproveitando todos os nutrientes, e adicionar claras extras se precisar de mais proteína. Dicas práticas para incluir ovos na sua dieta 1. Café da manhã: Omelete com vegetais; Ovos mexidos com pão integral; Panquecas proteicas com claras. 2. Pós-treino: Ovos cozidos; Shake com clara pasteurizada; Sanduíche de ovo. 3. Lanches: Ovos cozidos; Wrap de ovo; Salada com ovos. Considerações importantes Prefira ovos orgânicos ou de galinhas livres quando possível; Varie os métodos de preparo (cozido, pochê, mexido); Combine com outros alimentos ricos em proteína; Monitore como seu corpo responde; Consulte um profissional para personalizar as recomendações. Conclusão Os ovos são realmente um alimento excepcional para ganho de massa muscular. Para a maioria das pessoas saudáveis, consumir de 1-3 ovos inteiros por dia é seguro, podendo chegar a 4-6 para praticantes de musculação, especialmente se combinados com claras extras. O mais importante é manter uma dieta equilibrada e variada, adaptando o consumo às suas necessidades individuais e sempre prestando atenção a como seu corpo responde. Lembre-se: estas são diretrizes gerais. Para recomendações específicas para seu caso, consulte um nutricionista esportivo que poderá avaliar suas necessidades individuais e criar um plano personalizado. Fontes de pesquisa 1. Eggcellent Muscle Building: How Many Eggs Should You Eat for Gains? Disponível em: <https://atlasbars.com/blogs/muscle-explained/eggcellent-muscle-building-how-many-eggs-should-you-eat-for-gains>. Acesso em: 21 nov 2024. 2. JUNEAU, Carl. Bodybuilding Eggs per Day: What Is It, Why It Matters, Pro Tips & More. Disponível em: <https://old.dr-muscle.com/bodybuilding-eggs-per-day-what-is-it-why-it-matters-pro-tips-more/>. Acesso em: 21 nov 2024. 3. LEWINE, Howard. How many eggs can I safely eat? Disponível em: <https://www.health.harvard.edu/newsletter_article/how-many-eggs-can-i-safely-eat>. Acesso em: 21 nov 2024. Esta matéria foi útil para você? Quantos ovos você come por dia? Deixe nos comentários.1 ponto -
Para que serve o agachamento livre ou na máquina?
fisiculturismo reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Por que o agachamento é importante? Praticar atividade física é essencial para a saúde e bem-estar e ajuda muito quem busca uma vida mais saudável. Começar desde a adolescência é importante para manter a qualidade de vida e independência à medida que envelhecemos. Exercícios de força, como o agachamento, são fundamentais. Eles ajudam a fortalecer músculos e ossos, melhoram a postura e até colaboram para controlar a pressão arterial. Movimentos básicos do dia a dia, como levantar e sentar, podem se tornar difíceis para quem não pratica exercícios, especialmente na terceira idade. Entre os exercícios mais eficientes, o agachamento merece destaque. Esse movimento simples fortalece as pernas, glúteos e quadris, além de ajudar na estabilidade da região do core (abdômen e lombar) e na postura. Ele é um dos exercícios mais versáteis e pode ser adaptado para diferentes tipos de treinos e níveis de condicionamento, sendo uma ótima escolha para todos. Quais os principais benefícios do agachamento? O agachamento é um exercício completo que trabalha vários músculos do corpo ao mesmo tempo, incluindo quadris, coxas, panturrilhas e glúteos. Com ele, você fortalece o corpo todo, melhora o equilíbrio, a mobilidade e a postura. Como fazer agachamentos corretamente? Para realizar um agachamento com segurança e eficácia, siga estas dicas simples: - Coloque os pés na mesma linha dos ombros; - Mantenha as costas retas e o abdômen firme; - Desça o máximo que a sua mobilidade permitir; - Os joelhos podem ultrapassar a linha dos dedos dos pés, mas a força deve ser centrada no calcanhar ou no meio dos pés, nunca na ponta dos pés; - Levante-se devagar, controlando o movimento. Dicas para quem está começando Se você é iniciante, comece com o agachamento de peso corporal (sem peso adicional). Conforme for ganhando força, adicione peso usando halteres ou uma barra. E lembre-se: a forma correta é essencial para evitar lesões e aproveitar ao máximo os benefícios desse exercício. Pratique o agachamento e fortaleça seu corpo de forma segura e eficiente!1 ponto -
Surge um novo campeonato no calendário da IFBB: THE 2010 PHOENIX PRO
fisiculturismo reputou(taram) Dário Rubens Ferreira por uma matéria
No dia 20/02/2010, nos USA, no estado do Arizona na cidade de Phoenix foi realizado o primeiro THE PHOENIX PRO. Novo evento, que serviu de palco onde grandes competidores fisiculturistas puderam se apresentar e mostrarem suas qualidades físicas, e embolsar boas somas em dólares. Para dar peso ao evento, lá estiveram os patrocinadores com suas grandes marcas de suplementos alimentares, a mídia televisiva, repórteres especializados, o público assíduo, e também figuras de renome como Jay Cutler e Shawn Ray — meu fisiculturista favorito — fazendo seus comentários e suas entrevistas. THE PHOENIX PRO teve as categorias PRO 202, as FEMININAS FIGURE e FITNESS, e a principal que é a PROFISSIONAL. Então, vamos à análise mais de perto dos TOPS SIX da principal categoria. LIONEL BEYEKE - Sexto lugar mas, com certeza merecia uma posição melhor. Um pouco retido nas costas e nos peitorais. Observem atentamente a boa construção de seu físico no geral, e especialmente os seus excepcionais TRÍCEPS! Não tenho duvidas que este competidor, — quando acertar seus pequenos detalhes, — será páreo duro para os outros concorrentes. TROY ALVES - Este sim tem uma linha que me agrada, apesar de ter ficado em quinto lugar. Mostrou que estava muito bem. Também apresentou belas poses, talvez a única coisa que tenha faltado a ele, tenha sido mais volume e qualidade no bíceps femoral. Melhor sorte a Troy no ARNOLD CLASSIC! GRIGORI ATOVAN - Quarto lugar este atleta? Pois é, eu pessoalmente não o vejo merecedor desta colocação. Sexto estaria de bom tamanho, porém sua qualidade — talvez aos olhos dos árbitros — tenha garantido sua posição, porque seu conjunto, sinceramente nem de longe. Reparem em suas costas assimétricas e sua bunda que mais parecia um saco de bolas de gude, totalmente cheios de caroços. Que coisa feia em senhor Atovan! O que vocês acham? TONEY FREEMAN - Ficou em terceiro lugar e talvez alguns se perguntem: “por que ele esteve neste campeonato?” Penso que ele competiu, porque estarmos próximos ao ARNOLD CLASSIC e sendo assim, este evento foi na verdade preparatório para um dos grandes shows do ano! Embora estivesse um pouquinho retido, em dado momento achei que seria o campeão! Uma vez que tem um belo conjunto e também um grande volume. Olho no X men. HIDETADA YAMAGISHI - Parecendo um competidor da categoria 202 esse japa ficou em segundo lugar. Veio muito bem! Acho que essa foi talvez à melhor forma que já se apresentou desde que se tornou um profissional. Um grande desenvolvimento de ombros, peitorais e pernas, que inclusive estavam bem rasgadas! Suas costas não estavam bem, e mesmo mostrando boa definição, faltou volume, maturidade muscular e simetria. Mas, em sua entrevista ao site: www.musculardevelopment.com declarou que estava muito feliz com seu shape! E também por ter progredido desde o último Mr. Olympia onde sua colocação foi nono lugar. Ta de parabéns este samurai, que — acredito — se conseguir melhorar suas costas poderá dar trabalho para muita gente. MELVIN ANTHONY - Depois de seu décimo primeiro lugar no Mr. Olympia de 2009, ele voltou renascido como um Phoenix. Conhecido como THE MARVELOUS ele foi o grande campeão da noite e definitivamente estava no shape! Parecia bastante confiante enquanto fazia suas poses no palco executadas com estilo e classe. Em minha opinião apresentou ótimas proporções e grande qualidade e densidade. Foi muito bacana ver o Mr. Melvin comemorando sua vitória, após um trabalho árduo em sua preparação! Lembrando que esta é sua terceira vitória como atleta profissional, sendo que a primeira foi em 2004 no IFBB NIGHT OF CHAMPIONS, a segunda ocorreu em 2008 no IFBB ATLANTIC CITY PRO. Além das medalhas na premiação, os atletas também receberam somas em dinheiro. • Sexto lugar 1 mil dólares • Quinto lugar 1 mil dólares • Quarto lugar 2 mil dólares • Terceiro lugar 3 mil dólares • Segundo lugar 4 mil dólares • Primeiro lugar 10 mil dólares Para que todos saibam, houve uma premiação à parte, direcionada ao que eles chamam de THE BEST POSER que significa O MELHOR POSADOR! E adivinhem quem levou mais este premiou de 500 dólares para casa? Ele mesmo, THE MARVELOUS Melvin Anthony. Pois é pessoal, vejam que até as poses são avaliadas nas apresentações de cada atleta! Que isto, sirva de exemplo para que nós, aqui no Brasil, também possamos dar maior atenção às poses. Quero destacar agora um atleta que me chamou a atenção justamente por fazer suas belas poses com estilo clássico. Seu nome é: RUSTY JEFFERS. Apesar de ter ficado em décimo sexto, mostrou seu talento. E em minha opinião, ele sim é quem deveria ter recebido o título de O MELHOR POSADOR! Confira abaixo e tirem suas próprias conclusões. Observe, nestas fotos o perfeito alinhamento de seus braços, em suas poses muito bem construídas, dignas de um posador de primeira categoria. E aguardem que vem aí o tão esperado ARNOLD CLASSIC 2010, que acontece em março nos dias 4, 5, 6 e 7 de março. Penso que o Toney Freeman o X MEN vai chegar com tudo, sem deixar faltar nenhum detalhe ao seu físico. E o japa Hidetada Yamagishi com certeza também deve surpreender, e acredito que o campeão do PHOENIX PRO 2010 Melvin Anthony chegará ainda melhor. Também não podemos nos esquecer de todos os outros grandes atletas que estiveram no último Mr. Olympia, que também estarão por lá, com certeza. Então fiquem antenados para este, ARNOLD CLASSIC 2010 que sem dúvida deverá ser um grande evento. Talvez até maior e melhor do que o próprio Mr. Olympia. Grande abraço a todos e até a próxima!1 ponto -
Clembuterol: o segredo para o emagrecimento rápido e perigoso
fisiculturismo reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
O segredo dos fisiculturistas e das modelos para secar rápido O mundo do fitness e do fisiculturismo tem um "segredinho sujo" que muitas pessoas não falam sobre ele há anos. Você já se perguntou como as modelos fitness ficavam tão definidas quando faziam sessões de fotos para capas de revistas? Ou como atletas de fisiculturismo ficam tão secos para sessões de fotos ou para campeonatos com uma velocidade tão incrível? Ou, hoje em dia, como influenciadores digitais conseguem reduzir tão rapidamente o percentual de gordura corporal para promover produtos nas redes sociais? E toda essa queima de gordura rápida conseguem ao fazer uma super dieta restritiva? Provavelmente não. O mais provável é o uso de clembuterol. Neste artigo, vamos falar sobre esse tal clembuterol, que foi muito famoso no passado e que hoje anda um tanto esquecido, em tempos em que a droga Ozempic® reina na queima de gordura. Que fique bem claro desde logo que este artigo não é uma recomendação para que alguém tome ou deixe de tomar clembuterol. Essa é uma decisão pessoal com acompanhamento médico. Este artigo serve tão somente para fins educacionais. Mas se você ler o artigo com atenção, é provável que nunca queira usar o clembuterol. Também vale anotar que vamos tratar da droga como "clembuterol", forma de escrita que é mais comum no Brasil. A escrita "clenbuterol" também é reconhecida, principalmente em fontes em inglês. As drogas comerciais que contém essa substância e são conhecidas no Brasil são: Pulmonil® e Spiropent®. O que é o clembuterol? O clembuterol é um medicamento para asma. Porém, é usado por fisiculturistas e modelos fitness para secar, sem qualquer relação com a asma. Quanto aos seus propósitos como medicamento para asma, é uma droga que funciona como dilatador brônquico ou antagonista do receptor beta. Basicamente, auxilia os pacientes com asma a respirar melhor. Todavia, muitas pessoas usam o clembuterol como uma droga para perder gordura, e ele realmente ajuda a promover a perda de grandes quantidades de gordura, de forma semelhante à efedrina. Convém anotar que ele não funciona se não houver um déficit calórico. Não há como perder gordura fora de um déficit calórico. No entanto, o clembuterol pode tornar esse déficit maior, mais eficiente, ou ajudar na eficácia do déficit já mantido. Quem usa o clembuterol? Há relatos de modelos de agências profissionais que prestam serviços para marcas de alto renome que oferecem clembuterol para suas modelos antes de sessões de fotos. Houve vários casos ao longo da história de atletas que foram banidos ou pegos usando clembuterol para perder peso, como o exemplo do boxeador Canelo Alvarez, por exemplo. No mundo dos esportes, o clembuterol costuma ser frequentemente usado para ajudar as pessoas a perder gordura. Mas é no mundo do fisiculturismo que ele faz mais sucesso, por preservar a musculatura enquanto queima gordura. O famoso fisiculturista Lee Priest já admitiu o uso de clembuterol antes dos campeonatos de fisiculturismo. O clembuterol não é anabólico, e não é um esteroide anabolizante androgênico, mas poupa o tecido muscular. Portanto, quando as pessoas se colocam em déficit calórico, podem tornar a perda de gordura mais agressiva com o uso dessa droga, sem comprometer os ganhos musculares. O clembuterol realmente funciona para queimar gordura? Como o clembuterol funciona? Ele funciona aumentando o metabolismo de uma pessoa e aumentando ligeiramente a temperatura central. Em essência, essa droga vai acelerar o corpo a um ritmo mais alto do que fisiologicamente possível sem ela. Efeitos colaterais do clembuterol E a sensação é praticamente imediata. Depois de tomar o clembuterol você tem tremores, muita ansiedade, muito suor. As mãos não param de tremer. No começo, até parece divertido. Parece que está queimando gordura imediatamente. Porém, depois de algum tempo, você fica literalmente acelerado por horas a fio, fritando internamente, e pode até sentir pequenas contrações nas panturrilhas. O que é ainda pior, são as câimbras. O que provavelmente não te contam é sobre as câimbras. Você pode ter tido câimbras antes, mas nunca experimentou câimbras de clembuterol. Caso você acompanhe campeonatos de fisiculturismo, talvez já tenha visto atletas sofrendo com fortes câimbras no palco. As causas dessas câimbras podem ter como causa o uso do clembuterol. Essa droga também bagunça o ciclo de micção e hidratação. O usuário fica mais sedento, a boca seca absurdamente. É uma sensação drástica de boca seca. Em razão disso, o usuário será compelido a beber muita água. Ao beber tanta água, irá urinar com muita frequência, o que é bem desagradável. Mas o pior efeito colateral imediato são as câimbras. Muitos recomendam pílulas de taurina para remediar essas câimbras causadas pelo clembuterol. O grande drama é que elas maltratam o usuário no meio da noite. São câimbras nos oblíquos, nos flexores do quadril, nas panturrilhas, e por aí vai. As câimbras na panturrilha são terríveis com o uso dessa droga. Embora a eficácia do clembuterol como uma droga potente para perda de gordura seja alta, não se pode recomendar o uso em função dos muitos perigos potenciais. E esses perigos não são apenas para a saúde em geral, mas para o coração, para o sistema cardiovascular. A nossa principal preocupação tem que ser a saúde do coração. Valeria a pena perder alguns quilos em um período mais curto de tempo por um ataque cardíaco? Provavelmente não, sabendo que você pode emagrecer da mesma forma sem usar essa droga, num intervalo um pouco maior de tempo. Conclusão Para perder gordura, é muito melhor ter um déficit calórico menor e constante ao longo de um período de 1 a 3 meses, do que tentar virar um astro do fisiculturismo em 2 semanas, antes da sua viagem para praia com os amigos. Mas se você já é um astro do fisiculturismo, provavelmente sabe o que está fazendo e dos riscos que corre para ser o campeão no palco. Fontes de consulta 1. CHEN, K. et al. Clenbuterol reduces soleus muscle fatigue during disuse in aged rats. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11180204/>. Acesso em: 29 jun 2024. 2. HOEY, A. et al. Cardiovascular effects of clenbuterol are beta 2-adrenoceptor-mediated in steers. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/7673070/>. Acesso em: 29 jun 2024. 4. SIRVENT, P. et al. Effects of Chronic Administration of Clenbuterol on Contractile Properties and Calcium Homeostasis in Rat Extensor Digitorum Longus Muscle. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24971566/>. Acesso em: 29 jun 2024. 5. JIANG, G. et al. Randomized, Double-Blind, and Placebo-Controlled Trial of Clenbuterol in Denervated Muscle Atrophy. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22389867/>. Acesso em: 29 jun 2024. 6. RAFAEL, D. Canelo Alvarez's camp blames suspect meat for positive clenbuterol test. Disponível em: <https://www.espn.com/boxing/story/_/id/22657370/canelo-alvarez-tests-positive-banned-drug-clenbuterol-ahead-gennady-golovkin-fight>. Acesso em: 27 jun 2024. 7. SMITH, J. The Fitness Industry's Dirty Little Secret. Disponível em: <https://youtu.be/0YD8R_QtfyA>. Acesso em 29 jun 2024. 8. SAM’S FITNESS. Lee Priest and Clenbuterol. Disponível em: <https://youtu.be/xzhL5mI19DQ>. Acesso em: 27 jun 2024. Este artigo sobre clembuterol foi útil? Caso ainda tenha alguma dúvida, deixe nos comentários. Já usou essa droga, deixe seu relato nos comentários ou crie um tópico no fórum.1 ponto -
Exercício cardiovascular: o que é, como fazer, quais são os benefícios?
fisiculturismo reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Como saber se um exercício é cardiovascular? Você já se perguntou alguma vez como saber se o exercício que você faz é um cardio ou cardiovascular? A primeira coisa que vem à mente é o coração. Cardiovascular tem que ver com batimentos cardíacos acelerados e maior fluxo sanguíneo pelo corpo. Você pode facilmente identificar uma atividade cardiovascular pelas seguintes manifestações: Seu coração começa a bater mais rapidamente; Você passa a respirar mais rapidamente e mais profundamente; O corpo começa a suar. Isso provavelmente acontece quando você move os grandes músculos das suas pernas, braços e quadris por um período prolongado de tempo. Quando esses músculos principais estão envolvidos no exercício, há um aumento na taxa de respiração para produzir energia. Começa a faltar oxigênio para as atividades celulares. Por sua vez, a necessidade de mais oxigênio leva a um aumento na respiração e na frequência cardíaca. Essa forma de atividade é chamada de exercício cardiovascular ou cardio. O que é exercício cardiovascular? É uma atividade aeróbica ou anaeróbica? A atividade cardiovascular, de forma bem simples, é uma atividade que faz bem para o coração. As explicações tradicionais tratam o exercício cardiovascular como um exercício aeróbico, como uma forma de atividade que utiliza o metabolismo aeróbico. Afirmam que durante a atividade, o oxigênio está fortemente envolvido nas reações celulares que produzem a energia necessária para sustentar a atividade física. A frequência cardíaca aumenta e você respira mais profundamente para maximizar a quantidade de oxigênio no sangue e suprir a falta de oxigênio para as atividades celulares. A noção de atividade aeróbica como sendo aquela que demanda mais oxigênio deve ser analisada a nível celular. A nível celular, atividades menos intensas usam energia produzida pela fosforilação oxidativa (com oxigênio). Quanto maior a intensidade do exercício, maior a necessidade de produção de energia pela glicólise (sem oxigênio, que está em falta no organismo, e isso desencadeia o aumento dos batimentos e da respiração para obtenção de mais oxigênio). Sob esse aspecto celular, os tradicionais exercícios cardiovasculares, que são aeróbicos, em intensidades extremas, podem passar a ser considerados anaeróbicos, por demandarem a produção de mais energia sem oxigênio, pela glicólise. Exemplos clássicos são as atividades de "tiro" nas corridas e na natação, onde o atleta sequer consegue respirar direito para manter a atividade extrema. E aí podemos responder a pergunta: exercícios cardiovasculares são aeróbicos? Sim, podem ser aeróbicos. Porém, em intensidades extremas, podem passar a ser atividades anaeróbicas. Portanto, o exercício cardiovascular é qualquer atividade vigorosa que aumenta a frequência cardíaca, a respiração, e o fluxo de oxigênio e sangue por todo o corpo, ao usar grandes grupos musculares do corpo de forma repetitiva e rítmica. É uma atividade que desafia progressivamente seus órgãos internos mais vitais, e melhora a função e o desempenho do coração, dos pulmões e do sistema circulatório. O cardio melhora muitos aspectos da saúde, incluindo saúde do coração, a saúde mental, o humor, o sono, a regulação do peso e o metabolismo. O coração se torna mais eficiente a cada batida enquanto bombeia o sangue carregado de oxigênio. Os pulmões se tornam mais eficazes em absorver oxigênio. Os músculos mais aptos a usar mais oxigênio. Ainda assim, à medida que a respiração e a frequência cardíaca aumentam, o aumento não deve ser tão grande a ponto de você sentir que precisa parar e descansar. No curso de um exercício cardiovascular, se você sentir uma forte necessidade de parar e descansar, você deve diminuir a intensidade. E caso sinta uma dor incomum ou algum sintoma alarmante, você deve parar imediatamente e consultar um médico (o que deve ser feito antes mesmo da prática de qualquer atividade física, os famosos check-ups gerais). Podemos que dizer que para que um exercício seja considerado cardio, ele deve aumentar a sua frequência cardíaca e respiração para um nível de intensidade moderada a vigorosa, que gere pelo menos 50% da frequência cardíaca máxima, por um mínimo de 20 minutos. Para treinamentos de alta intensidade, esse tempo pode ser reduzido. A fórmula para se obter a frequência cardíaca máxima (FCM) é a seguinte: FCM = 220 − idade Portanto, para uma pessoa de 30 anos de idade, a FCM é de 190 (220 - 30). A atividade física cardiovascular para esta pessoa deve produzir, no mínimo, 95 BPM (batimentos por minuto), o que representa 50% de 190, que é a FCM desta pessoa. E com base nesses critérios é que exercícios de musculação não são considerados cardio, pois aumentam a frequência cardíaca durante poucos segundos. Algumas séries de treinamento de musculação, como o circuito, onde praticamente não há intervalo entre os exercícios, e a frequência cardíaca se mantém elevada durante todo o treino, pode ser considerado um cardio. Quais são os exercícios cardiovasculares mais comuns? Considerando os critérios que utilizamos neste artigo (frequência cardíaca de pelo menos 50% da FCM, durante pelo menos 20 minutos), podemos listar alguns exercícios que atendem a este critério: Caminhada rápida; Corrida; Natação; Ciclismo/bicicleta; Dança; Vôlei; Basquete; Futebol; Squash; Canoagem, remo ou caiaque; Treinamento em circuito; Pular corda; Subir escadas; Artes marciais; Polichinelos, saltos agachados, saltos divididos; Nas academias de musculação, os cardios podem ser feitos por meio de máquinas ou aparelhos, sendo os mais comuns: Esteira; Bicicletas estacionárias; Esqui; Máquina de remo; Elíptico; Escada; Corda naval; Quais são os principais tipos de exercício cardiovascular? Além das características mais básicas do treino cardiovascular (frequência cardíaca de pelo menos 50% da FCM, durante pelo menos 20 minutos) há outras características que nos permitem categorizar os exercícios cardiovasculares em três categorias: cardio de alto impacto, cardio de baixo impacto e cardio sem impacto. Cardio de alto impacto Podemos considerar como de alto impacto qualquer atividade cardiovascular que envolva ter ambos os pés fora do chão em algum momento durante a atividade. Também é chamada de exercício com suporte de peso, porque você está sustentando o peso do seu próprio corpo com seus membros contra a força da gravidade. Exercícios cardiovasculares de alto impacto podem, em alguns casos, causar problemas nos joelhos, especialmente se não forem realizados com a técnica correta ou se a pessoa já tiver predisposição a lesões articulares. O impacto repetitivo pode sobrecarregar as articulações, ligamentos e tendões dos joelhos, levando a dores, inflamações e, eventualmente, a lesões crônicas. Exemplos: Pular corda; Corrida; Dança aeróbica de alto impacto; Basquete; Futebol. Cardio de baixo impacto Por outro lado, é de baixo impacto qualquer atividade cardiovascular durante a qual um pé permanece no chão o tempo todo. Mas o cardio de baixo impacto não deve ser confundido com o cardio de baixa intensidade, pois, muitos tipos de atividades de baixo impacto são de alta intensidade. O cardio de baixo impacto ainda é um exercício de sustentação de peso, e é bom para manter os ossos saudáveis e condicionar os pulmões e o coração. São atividades físicas que elevam a frequência cardíaca e melhoram a capacidade cardiorrespiratória sem colocar uma quantidade significativa de estresse nas articulações, especialmente nos joelhos. Estes exercícios geralmente envolvem movimentos suaves e contínuos que não incluem saltos ou impacto repetitivo no solo. Exemplos: Caminhada; Ciclismo; Natação; Elíptico; Remo. Cardio sem impacto Por fim, quando o exercício cardiovascular é realizado na água, a atividade é classificada como sem impacto porque estar imerso na água reduz a atração da gravidade sobre o corpo. Também inclui os exercícios executados de forma que os pés não deixem o solo de forma brusca, havendo pequena sustentação de peso pela gravidade. Esses exercícios são ideais para pessoas com problemas articulares, em reabilitação de lesões, ou que buscam uma forma mais suave de exercício. Exemplos: Hidroginástica; Yoga; Pilates; Atividades de baixo impacto com menor intensidade, mais controladas. Benefícios dos exercícios cardiovasculares O exercício cardiovascular utiliza os grandes músculos do corpo em movimento durante um período de tempo prolongado, mantendo a sua frequência cardíaca em pelo menos 50% da FCM. É praticamente consenso adotar como referência para adultos o valor de 70 bpm (batimentos por minuto) como nível basal, em repouso. Para atividades simples ou corriqueiras do dia a dia, 100 bpm (batimentos por minuto). Portanto, até atividades corriqueiras, sustentadas por pelo menos 20 minutos, podem ficar acima dos 50% do FCM e trazer benefícios cardiovasculares. Isso inclui varrer a casa, deslocamentos por meio de caminhadas, subir escadas, faxinas pesadas e assim por diante. Com exercícios aeróbicos regulares, você terá um sistema cardiovascular mais forte, com mais capilares entregando mais oxigênio às células dos seus músculos. Você também desfrutará de maior resistência e energia a cada sessão. Ao se engajar em exercícios cardiovasculares diários de ao menos 20 minutos, você é capaz de construir músculos mais fortes, incluindo aqueles do coração, que controlam sua pressão arterial. Esses exercícios aumentam o HDL (colesterol bom), reduzem a ansiedade e o estresse, diminuem proteínas e gorduras no sangue que contribuem para coágulos sanguíneos, previnem doenças cardíacas, e reduzem o açúcar no sangue, ajudando a controlar o diabetes. Regiões do cérebro que controlam a memória e as habilidades de pensamento aumentam em volume ou tamanho. A atividade cardiovascular frequente também reduz a taxa de diminuição do tamanho do cérebro em pessoas mais velhas, melhorando sua função cognitiva. O cardio também pode ajudá-lo a ter uma boa noite de sono, que é necessária para sua saúde mental. Todos os tipos de cardio aumentam o metabolismo através da produção do hormônio Fator de Crescimento de Fibroblasto 21 (FGF21), que aumenta o metabolismo do corpo, suprime o apetite e faz com que mais calorias sejam queimadas. Ao aumentar a frequência cardíaca para a zona de frequência cardíaca alvo, que é a zona onde o corpo queima mais gorduras, o cardio ajuda a queimar peso gordo em excesso e a controlar o peso. A zona cardíaca de frequência alvo para queimar mais gorduras é geralmente conhecida como a zona de queima de gordura. Esta zona corresponde a um percentual da frequência cardíaca máxima (FCM) e é tipicamente entre 60% a 70% da FCM. Para uma pessoa de 30 anos, a zona de queima de gordura está entre 114 e 133 bpm (batimentos por minuto). Exercícios como caminhar, nadar, correr e trotar queimam gorduras em excesso ao longo do tempo, enquanto cardio de intensidade moderada a alta queimam muitas calorias por sessão de exercício, mas nem sempre mais gordura. Exemplos de exercícios cardiovasculares altamente eficazes para perder peso incluem pular corda, subir escadas, caminhar, remar, pedalar e treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT). Outro benefício do exercício cardiovascular é desencadear um aumento na secreção de endorfinas, neuroquímicos que causam uma sensação de euforia. O cardio também aumenta a produção de hormônios que melhoram o humor, como a dopamina, a serotonina e a norepinefrina. Com o humor melhorado, você se sente mais energizado e pronto para completar suas atividades rotineiras. O aumento na liberação de hormônios do bem-estar também reduz o estresse, aumenta a resistência, aumenta a energia e melhora a memória e o foco mental. Ademais, o exercício regular aumenta a liberação de anticorpos e glóbulos brancos, que melhoram a capacidade do corpo de combater infecções. A liberação do FGF21 também acelera o metabolismo e fortalece o sistema imunológico. Na verdade, o cardio protege o corpo contra várias doenças, incluindo hipertensão, derrame, osteoporose, diabetes e doenças cardíacas. O exercício cardiovascular também ajuda a reduzir a dor associada à artrite e a minimizar a rigidez nas articulações através do movimento. Como fazer os exercícios cardiovasculares para obter o máximo de benefícios? Para obter o máximo benefício, você precisará se envolver em atividades de cardio por pelo menos 3 dias por semana. Não é necessário muito tempo para praticar os exercícios cardiovasculares. Para o cardio, sessões curtas (tão curtas quanto 5 minutos cada) são tão eficazes quanto sessões mais longas, desde que o nível de intensidade e o tempo total acumulado de treino sejam iguais. Aqui você pode pensar que há uma contradição com uma das características dos exercícios cardiovasculares que apontamos no início do artigo, que seria de no mínimo 20 minutos de atividade contínua. Mas não, essa é a regra geral para atividades de intensidade leve e moderada. O jogo muda para treinamento de alta intensidade. Por exemplo, 12 sessões de 5 minutos de cardio de alta intensidade são tão eficazes quanto uma única sessão de 60 minutos. Se você não tem tempo para uma atividade física de longa duração, pode realizar pequenas atividades de alta intensidade ao longo do dia. Você também não precisa de equipamentos especiais ou de uma academia para fazer muitos exercícios cardiovasculares. Para um iniciante, é prudente começar com atividades de baixa a moderada intensidade, como caminhar, andar de bicicleta, nadar, dançar, correr, artes marciais, canoagem, e hidroginástica. Isso permitirá que você as faça por longos períodos de tempo e obtenha mais benefícios para a saúde. Ao escolher suas atividades, opte por aquelas que você gosta para que possa se manter motivado à medida que avança. Chamamos isso de aderência ao exercício. A constância é muito importante. Além disso, é melhor aumentar a intensidade ao longo do tempo do que aumentar o volume ou a duração de uma atividade. Normalmente, o cardio não é um exercício que você deve exagerar. Passar hora após hora em um ritmo baixo a moderado não trará benefícios adicionais. Depois de adquirir a aptidão física para conseguir fazer 30 a 45 minutos de uma atividade entre 3 a 4 vezes por semana, o ideal é intensificar por meio de técnicas mais avançadas, como o HIIT (exercício intervalado de alta intensidade). Dicas para um exercício cardiovascular de alta qualidade Comece devagar: comece de forma simples. Por exemplo, comece com uma caminhada de 5 minutos pela manhã e outra caminhada de 5 minutos à noite. Depois disso, adicione alguns minutos gradualmente e aumente o ritmo ao longo do tempo. Em pouco tempo, você estará caminhando confortavelmente por 60 minutos por dia. Ao começar, certifique-se de considerar atividades que lhe interessem como caminhadas, corrida, ciclismo, remo, corrida e treino elíptico. Lembre-se: é qualquer atividade que aumente sua respiração e frequência cardíaca! Alongue-se e aqueça: no início de cada sessão, alongue as musculaturas e reserve 5 a 10 minutos para aumentar gradualmente seu sistema cardiovascular e melhorar o fluxo sanguíneo para seus músculos. Aquecer significa iniciar a atividade com menor intensidade e progredir até a intensidade desejada. Por exemplo, se você pretende fazer uma caminhada rápida, aqueça caminhando devagar. Condicionamento: no seu próprio ritmo, certifique-se de que seu corpo esteja condicionado para conseguir fazer pelo menos 30 minutos de cardio por dia. Na verdade, para que o cardio seja benéfico, é necessário desenvolver a sua capacidade aeróbica, aumentando gradativamente a sua frequência cardíaca, a sua profundidade da respiração e a sua resistência muscular, a ponto de conseguir fazer com relativo conforto pelo menos 30 minutos da atividade escolhida. Resfriamento e alongamento: no final de cada sessão, reserve entre 5 a 10 minutos para resfriar o corpo, diminuindo bem a intensidade do exercício. Além disso, alongue-se ao final do treino também. Alongue todos os músculos, mas principalmente os músculos da panturrilha, coxas (quadríceps), parte inferior das costas, isquiotibiais e peitoral. Este alongamento pós-treino permitirá que seus músculos, pulmões e frequência cardíaca voltem ao normal de forma adequada. Conclusão Respondendo à pergunta, de forma simples, o exercício cardiovascular é aquele que faz bem à saúde do coração, aquele que, por regra, gere pelo menos 50% da frequência cardíaca máxima, por um mínimo de 20 minutos. É a chave para se viver uma vida mais longa e alegre. Seus benefícios são impressionantes, principalmente na melhora do humor, do sono, na redução do risco de doenças cardíacas, diabetes, derrame e alguns tipos de câncer, e no controle do peso corporal saudável. Fontes de consulta 1. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Guidelines for Exercise Testing and Prescription. 10th ed. Philadelphia: Wolters Kluwer, 2018. 2. GARBER, C. E.; BLISSMER, B.; DESCHENES, M. R.; et al. Quantity and Quality of Exercise for Developing and Maintaining Cardiorespiratory, Musculoskeletal, and Neuromotor Fitness in Apparently Healthy Adults: Guidance for Prescribing Exercise. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 43, n. 7, p. 1334-1359, 2011. 3. WARREN, T. Y.; BARRY, V.; HOOKER, S. P.; et al. Sedentary Behaviors Increase Risk of Cardiovascular Disease Mortality in Men. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 42, n. 5, p. 879-885, 2010. 4. PATE, R. R.; PRATT, M.; BLAIR, S. N.; et al. Physical Activity and Public Health: A Recommendation from the Centers for Disease Control and Prevention and the American College of Sports Medicine. JAMA, v. 273, n. 5, p. 402-407, 1995. 5. LEE, I. M.; SHIROMA, E. J.; LOBELO, F.; et al. Effect of Physical Inactivity on Major Non-Communicable Diseases Worldwide: An Analysis of Burden of Disease and Life Expectancy. The Lancet, v. 380, n. 9838, p. 219-229, 2012. 6. ASTRAND, P. O.; RODAHL, K.; DAHL, H. A.; et al. Textbook of Work Physiology: Physiological Bases of Exercise. 4th ed. Champaign: Human Kinetics, 2003. 7. WHO - WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global Recommendations on Physical Activity for Health. Geneva: WHO, 2010. 8. BLAIR, S. N.; KAMPERT, J. B.; KOHL, H. W.; et al. Influences of Cardiorespiratory Fitness and Other Precursors on Cardiovascular Disease and All-Cause Mortality in Men and Women. JAMA, v. 276, n. 3, p. 205-210, 1996. 9. SWAIN, D. P.; FRANKLIN, B. A. Comparison of Cardiovascular Responses to Vigorous Intermittent and Moderate Continuous Exercise. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 34, n. 4, p. 596-602, 2002. 10. FYZICAL. What Is Cardiovascular Exercise?. Disponível em: <https://www.fyzical.com/lakewoodranch/blog/What-Is-a-Cardiovascular-Exercise> . Acesso em: 24 mai 2024. 11. HASKELL, W. L.; LEE, I. M.; PATE, R. R.; et al. Physical Activity and Public Health: Updated Recommendation for Adults from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 39, n. 8, p. 1423-1434, 2007. Este artigo foi útil para esclarecer o conceito de exercício cardiovascular e seus benefícios? Caso ainda tenha alguma dúvida, deixe nos comentários. Compartilhe também sobre a sua relação com os exercícios cardiovasculares.1 ponto -
Voz grossa ou rouca pelo uso de esteroides anabolizantes: existe cura ou tratamento?
fisiculturismo reputou(taram) Dra. Larissa Vilela por uma matéria
Mulheres entusiastas do fisiculturismo! Este artigo é para vocês. E também para os fisiculturistas homens que fazem o uso da voz profissionalmente, como os cantores. Você já usou esteroides e perdeu a voz? Ficou com a voz rouca? Sabia que existe a possibilidade de tratamento? Isso mesmo! Vamos falar um pouco sobre voz e esteroides anabolizantes. Por que a voz muda ao se usar esteroides? O que realmente pode mudar? O que posso fazer para melhorar? Existe alguma possibilidade de tratamento? É sobre isso que vamos falar aqui: por que a voz fica rouca com o uso de esteroides anabolizantes e o que pode ser feito para melhorar. Meu nome é Larissa Vilela, sou otorrinolaringologista, e espero ajudar muito com este artigo. A voz é uma característica sexual secundária Não sei se você sabe, mas a voz é uma característica sexual secundária, ou seja, o som da voz sozinho determina para as pessoas se elas são homem ou mulher. Nossa voz é produzida na laringe, pela vibração das pregas vocais. A laringe é um órgão que está localizado mais ou menos nesta altura do pescoço, onde se encontram as pregas vocais. Através da vibração das cordas vocais, o som é emitido. E esse som vai ressoar por toda a garganta e nariz, com isso, vai formar a nossa voz. A região da prega vocal é altamente sensível a hormônios Você sabia que a região da prega vocal é altamente sensível aos hormônios? São vários os hormônios que influenciam esta região: estrogênios, progesterona, testosterona, até mesmo hormônios da tireoide. A região da laringe sofre muita influência hormonal ao longo de nossas vidas. Existem variações que são normais em nossa voz devido aos hormônios. Por exemplo, com a idade, quando passamos da infância para a idade adulta, e há uma grande mudança em nossa voz, devido à ação dos hormônios: estrogênios, progesterona e testosterona. É o momento em que adquirimos um padrão de voz feminino ou masculino, e deixamos aquele padrão de voz infantil. Isso acontece devido à influência dos hormônios sexuais. Com o passar do tempo, quando chegamos à velhice, há uma variação nos padrões hormonais, tanto em homens quanto em mulheres, o que faz com que a voz também mude, tendendo a se tornar um pouco mais grossa. Além dessa variação normal de idade, existe uma variação cíclica nas mulheres, relacionada ao período menstrual. Isso mesmo, não sei se você, mulher, já percebeu, mas no período pré-menstrual, durante a TPM, a voz tende a ficar um pouco mais cansada, um pouco mais grossa. Para quem é cantora e usa muito a voz, pode notar que não consegue alcançar tons muito altos. É normal, com o ciclo menstrual, a voz também vai mudar. Esses são exemplos de influência hormonal na voz, mas que são naturais. Com isso, percebemos que a laringe é super sensível aos hormônios. Imagine que um simples ciclo menstrual muda a qualidade da sua voz. Imagine se usarmos hormônios exógenos, se houver uma aplicação de hormônios. Efeitos virilizantes dos esteroides anabolizantes É aqui que entra a questão dos esteroides anabolizantes. Os esteroides anabolizantes são derivados da testosterona e são usados para ganhar músculo e perder gordura. Mas eles estão associados a potenciais efeitos virilizantes, ou seja, potenciais efeitos masculinizantes, como aumento de pelos, acne, maior oleosidade da pele, alterações genitais. E, na voz, também pode haver um efeito masculinizante dos esteroides, que é deixar a voz mais grave. O termo técnico é tornar a voz mais grave. A voz fica mais grossa, rouca, com instabilidade, ou seja, varia muito. Parece que tem um momento em que fica fina, depois volta a ficar grossa. Ela fica um pouco instável. Isso sempre acontece? Não. Nem sempre, mas é um efeito potencial dos esteroides anabolizantes. Pode acontecer tanto naqueles usados em forma de gel, em forma tópica, quanto naqueles que são injetáveis, ou tomados por via oral. Este efeito virilizante na voz é muito variável. Existem pessoas que usam esteroides anabolizantes e não notam muita diferença na voz, e inicialmente não há mudança. Outras pessoas usam testosterona tópica e notam, infelizmente, um grande impacto na voz. A voz se torna grossa, muda, fica super diferente. Esse efeito na voz é completamente variável. Ainda não podemos prever quem terá e quem não terá. Qual hormônio dará, e qual não. Percebemos o seguinte: o uso de hormônios pode mudar a sua voz? Pode. Vai mudar para todos? Não! Em todo o mundo, não, mas algumas pessoas podem experimentar mudanças, mesmo usando o hormônio muito levemente. Os esteroides anabolizantes causam hipertrofia e hiperplasia nas cordas vocais Mas por que isso acontece com a voz? Como acontece? O que acontece é que a prega vocal, ou popularmente chamada de corda vocal, não é nada mais do que um músculo estriado. É chamado de músculo laríngeo intrínseco tireoaritenóideo (TA). Este músculo é um músculo como o bíceps, como o quadríceps, é um músculo do corpo, normal, como todos os outros músculos. Este músculo está cheio de receptores androgênicos, além de ter receptores de estrogênio e progesterona, também tem receptores androgênicos. E assim como nossos braços e pernas ficam mais fortes com o uso de esteroides anabolizantes, este músculo também hipertrofia. Estudos histológicos de animais, ou mulheres pós-morte, que usaram esteroides anabolizantes, mostram que a prega vocal se torna mais espessa, porque o músculo tem tanto hipertrofia quanto hiperplasia, ou seja, tanto as fibras musculares se tornam maiores e mais espessas, quanto o aumento no número de fibras musculares, ali na prega vocal. Como resultado, a prega vocal se torna mais espessa. E assim como a corda de um violão, por exemplo, fazendo uma analogia, uma corda mais espessa no violão dá um som mais espesso, mais grave, comparado a uma corda mais fina, que dá um som mais agudo. O epitélio da corda vocal também fica mais espesso Essa hipertrofia do músculo da prega vocal faz com que essa prega fique mais espessa. Como resultado, o som que é produzido é mais espesso, torna-se mais grave. Além desse aumento na musculatura da prega vocal, também notamos que há algumas mudanças no epitélio dessa prega vocal com o uso de esteroides anabolizantes. O epitélio fica um pouco mais espesso, há hiperplasia das células epiteliais. Há mudanças em alguns níveis da prega vocal, mas o mais importante é essa hipertrofia muscular. Prega mais espessa, gera um som mais profundo. E então você tem essa voz mais profunda e rouca, que é muito característica do uso de esteroides anabolizantes. Há hipertrofia e hiperplasia do músculo tireoaritenóideo e também há hipertrofia do epitélio da corda vocal. Ao suspender o uso dos esteroides a voz volta ao normal? Uma pergunta super comum entre meus pacientes que usam esteroides e que ficaram roucos é: “Doutora, mas se eu parar, minha voz volta ao normal?”. A resposta é: não temos uma resposta certa e precisa. Há uma tendência de que, com a interrupção, com a suspensão do uso de esteroides anabolizantes, a voz melhore. É uma tendência. Mas tenho alguns casos de pacientes que, mesmo parando o uso de hormônios, não veem uma melhora na voz. É super variável. Mas nossa orientação é: sua voz mudou, está te incomodando, sua voz está ruim, é melhor parar! Por quê? A voz pode piorar com o uso continuado dos esteroides anabolizantes? Aqui vem outra pergunta muito comum: “Doutora, mas se eu continuar usando, posso piorar a minha voz?” Pode. Se você continuar usando esteroides anabolizantes, sua voz pode piorar ainda mais. Mas também existe a possibilidade de permanecer a mesma. Ainda não temos respostas muito precisas e claras sobre este ponto. Mas a orientação geral é: você está usando, sua voz está ruim, você está desconfortável, é melhor suspender, pois o padrão da voz pode piorar. Como fazer o diagnóstico da voz alterada pelo uso de esteroides anabolizantes? “Doutora, acho que minha voz está mais rouca, acho que está diferente, as pessoas estão comentando, mas não sei o que fazer. Existe um exame para dar um diagnóstico? Como é realizada essa avaliação?” Sim, existe um exame para fornecer um diagnóstico, porque, antes de tudo, é: será devido aos esteroides anabolizantes, ou será devido a outra coisa? Existem mudanças que ocorrem na prega vocal que podem causar rouquidão, como: calos ou nódulos, pólipos, cistos, ou seja, o primeiro passo é consultar um otorrinolaringologista para fazer um exame chamado videolaringoscopia. Por meio de uma câmera, vemos diretamente as pregas vocais. E então analisamos a sua prega vocal. Ela está perfeita? Existe alguma lesão? Assim, o médico pode dizer se prega vocal está perfeita, se não existe, visualmente, nenhuma lesão nela. Não havendo lesão, é provável que a mudança na voz seja devido ao esteroide anabolizante. Ou, se houver uma lesão, a causa da mudança na voz não é do esteroide anabolizante. Havendo lesão, inicialmente vamos tratar essa lesão. Então, o primeiro ponto: sua voz está ruim, consulte um otorrinolaringologista. E, depois dessa avaliação com videolaringoscopia, há uma segunda etapa nesta análise, que é a avaliação da frequência fundamental da voz. Esta frequência fundamental da voz é a sua característica que indica se é aguda ou se é grave. Nesta frequência fundamental existem valores para mulheres e uma média de valores para homens. Podemos realizar essa avaliação no consultório, medir qual é a frequência fundamental da sua voz. Com isso, podemos conferir se está de acordo com os padrões femininos, ou não, se está mais grave, se está de acordo com os padrões masculinos. Se a mulher estiver com padrões masculinos, é provável que tenha havido uma mudança na sua prega vocal pelo uso de esteroides anabolizantes. A videolaringoscopia e a avaliação da frequência fundamental da voz são as possibilidades de exames que permitem confirmar se a rouquidão é devido aos esteroides anabolizantes ou não. Como tratar a rouquidão da voz pelo uso de esteroides anabolizantes? “Mas tudo bem, Doutora, e agora minha voz está grossa, o que posso fazer? Existe algo? Existe alguma possibilidade de tratamento? Ouvi na academia que não tem jeito, que tenho que esquecer e deixar pra lá. Isso é verdade?” Não! Sim, existem possibilidades de tratamento. Fonoterapia A primeira possibilidade, que é simples, e conseguimos bons resultados, é a fonoterapia. Através de exercícios específicos para a prega vocal, conseguimos estabilizar a voz, reduzir essa variação que ocorre entre grave e agudo. Corrigimos aquela voz típica de pessoas parecendo um menino saindo da adolescência, que vai de agudo a grave, a famosa voz de taquara rachada. Conseguimos estabilizar isso muito bem, com a fonoterapia. Como exercícios para a voz, o fonoaudiólogo, nas sessões de terapia, faz a voz ficar mais suave e tornar-se mais estável. E, muitas vezes, até conseguimos melhorar a parte grave da voz, para ficar menos grossa, menos rouca, tornar a sua voz mais fina. Vários dos meus pacientes, com 8 semanas de fonoterapia, já conseguem estabilizar a voz e tornar a voz melhor. Muitas vezes ficam bem satisfeitos. Mas como eu já disse: voltar a voz ao normal, nem todos conseguem esse resultado. Mas estabilizar, melhorar, aliviar, com certeza. A fonoterapia ajuda muito. Então, a primeira possibilidade de tratamento, quando o paciente vem até mim com a voz rouca, é a fonoterapia. Faça os exercícios, dedique-se, no geral melhora bastante. E qual é a ação da fonoterapia? A fonoterapia pode melhorar a onda mucosa, consegue melhorar a vibração da prega vocal, que são vários parâmetros que ocorrem ali na prega vocal durante a produção da voz. A fonoterapia não só melhora a maneira de falar, não é apenas uma questão de maneira de falar, mas melhora o funcionamento da prega vocal. E é por isso que a qualidade da voz melhora. Cirurgias A segunda possibilidade de tratamento é cirúrgica. Para casos mais graves, onde há um impacto muito, muito grande na qualidade de vida do paciente, existe a possibilidade de cirurgia. São duas cirurgias. Uma cirurgia que realizamos é como se fosse por um pequeno ponto no início da prega vocal, para fazer uma mudança para tornar o som mais agudo. Na prega vocal, fazemos um pequeno ponto no terço anterior da prega vocal, com a intenção de torná-la grudadinha. Portanto, a prega vocal fica um pouco mais curta. E, consequentemente, a voz se torna mais fina. Nessa cirurgia, colocamos um ponto nesta região para encurtar a prega vocal. E existe uma segunda cirurgia, onde fazemos a prega vocal ficar mais esticada, através de uma incisão no pescoço. Podemos esticar a prega vocal. E então, com isso, deixar uma voz mais aguda e menos grave. E na segunda cirurgia, esticamos a prega vocal, o que fazemos é aumentar o comprimento da prega vocal, tornando-a mais fina, esticando-a através de uma incisão no pescoço. No último caso, em casos extremos, com a voz extremamente ruim, existe até a possibilidade de cirurgia, ou seja, existem possibilidades de tratamento. Aquela velha história da academia de que "deixe pra lá, acabou, não tem nada a fazer" está errada. Hoje em dia existem possibilidades de tratar. Com esses tratamentos, a voz pode voltar a ser feminina? Pode! Pode não voltar exatamente como era antes, mas pode permanecer em um padrão feminino e passar despercebida pelos outros? Pode! Com os tratamentos, em geral, os pacientes ficam satisfeitos, e é possível estabilizar bem, deixando uma voz feminina. Homens que usam a voz profissionalmente também podem ter problemas com os esteroides anabolizantes Outro ponto que eu queria falar aqui: não são apenas as mulheres que podem sofrer as consequências dos esteroides anabolizantes na voz. Os homens também podem ter engrossamento da voz. E provavelmente terão uma voz mais rouca. Mas como os homens já têm uma voz mais grave, pelos padrões masculinos, em geral, isso não é uma grande questão. Mas os homens que usam a voz para cantar, ou seja, aqueles que são cantores, têm que ter muito cuidado com o uso de esteroides anabolizantes, pois pode mudar o padrão da voz. Muitas vezes o cantor pode não conseguir alcançar tons mais altos. Pode mudar o padrão de canto. Os homens também têm um impacto dos esteroides anabolizantes na voz, em geral, não causa problemas, porque a voz já é grave. Mas para aqueles que são cantores, ou para outros profissionais da voz (professores, políticos, jornalistas, advogados e etc.), isso pode ter um impacto. É um ponto de alerta! E assim como as mulheres que cantam, tenham muito cuidado ao usar esteroides anabolizantes, pois eles podem mudar completamente a sua voz, e mudar muito o seu canto. Conclusão O uso de esteroides anabolizantes pode tornar a voz mais rouca, mais grossa, mais grave, mais instável. Suspender o uso pode resolver o problema. Manter o uso pode agravar o problema. E caso o problema tenha se instalado, é possível o tratamento por fonoterapia ou por cirurgias. Fontes de consulta 1. VILELA, Larissa. Como tratar a voz grossa ou rouca pelo uso de esteroides anabolizantes? Disponível em: <https://youtu.be/sGTqjTk6Qvc>. Acesso em: 1 mai 2024. Você já fez uso de esteroides e teve alteração na voz? Deixe para a gente nos comentários. Precisa de tratamento? Procure a Dra. Larissa Vilela.1 ponto -
Iogurte ou kefir: qual deve ser incluído na sua dieta?
RenatoTex33 reputou(taram) Cláudio Chamini por uma matéria
Introdução Eu gostaria de esclarecer uma confusão que envolve iogurte e kefir. Espero que consiga neste artigo. Vamos trazer alguns pontos interessantes entre estes dois alimentos lácteos para que você pode escolher o melhor para a sua dieta. O iogurte alimenta a microbiota intestinal Primeiramente, o iogurte ajuda principalmente a limpar o cólon e fornece alimento para os micróbios já existentes no cólon. No entanto, ele não introduz mais bactérias no seu cólon. Portanto, a função do iogurte se resume a limpar o cólon e fornecer alimento para a microbiota intestinal. O kefir diversifica a microbiota intestinal Por outro lado, o kefir é muito semelhante ao iogurte, mas faz muito mais do que ele. Ele ajuda a cultivar novas colônias de bactérias amigáveis e leveduras amigáveis. Sim, você tem leveduras amigáveis em seu corpo. Quando você não tem leveduras amigáveis suficientes, você acaba tendo leveduras não amigáveis, e a candida é um tipo de levedura. Portanto, você pode ter infecções e problemas nas partes íntimas, pode ter problemas de supercrescimento, como a síndrome da língua branca, e pode ter leveduras não amigáveis no seu intestino grosso. Então, há muitos problemas diferentes que podem ocorrer. O kefir tem muitas cepas diferentes que você pode reintroduzir nas áreas profundas do seu cólon para começar a eliminar as bactérias e leveduras não amigáveis. Então, ele limpa e é bastante interessante, especialmente nas profundas membranas mucosas do corpo. O kefir aumenta o triptofano Outra coisa interessante sobre o kefir é que ele adiciona mais nutrientes ao corpo, muito mais do que o iogurte. Ele realmente aumenta o triptofano, que é um aminoácido que ajuda a melhorar o sono, o estado cognitivo, a ansiedade e até mesmo os desejos por chocolate. Isso ocorre porque o triptofano, um aminoácido presente no kefir, se transforma em serotonina, um hormônio. Há uma grande conexão entre o intestino e o cérebro, então, se o seu intestino está saudável, o seu humor será melhor, você terá menos ansiedade e se sentirá mais calmo. O kefir é mais fácil de digerir e tem mais micronutrientes O kefir fornece cálcio, magnésio, fósforo, vitamina B12 e vitamina B1, portanto, tem muitos nutrientes excelentes. Caso você tenha muitos problemas digestivos, o kefir é muito mais fácil de digerir do que o iogurte, tornando-o realmente bom para um bebê ou idoso. O kefir pode ter zero lactose ou muito menos do que o iogurte Além disso, o iogurte tem um teor de carboidrato e lactose maior do que o kefir de leite. Como existem vários tipos de iogurte e kefir, não é possível apontar um valor exato da quantidade de lactose no kefir, mas ela pode ser zerada. Há tipos de kefir sem lactose, o que é excelente para dietas anti-inflamatórias. Tabela nutricional comparativa entre leite, iogurte e kefir Como há vários tipos de leite, iogurte e kefir, a tabela a seguir é apenas uma média da composição nutricional dos produtos disponíveis ao consumidor. Todavia, ela serve para demonstrar a superioridade nutritional do kefir: Nutriente Leite Integral Iogurte Natural Integral Kefir de Leite Integral Carboidratos 4,8g 4,7g 4,7g Açúcares 4,8g 4,7g 3-5g Lactose 4,8g 4,7g 0-4g Proteínas 3,3g 3,4g 3,4g Gorduras 3,25g 3,25g 3,2g Gorduras Saturadas 1,9g 1,8g 1-3g Gorduras Insaturadas 1g 1g 1-5g Cálcio 125mg 140mg 100-150mg Vitamina B12 0,05mcg 0,1mcg 0,2-0,5mcg Riboflavina (B2) 0,1mg 0,1mg 0,1-0,2mg Magnésio 10mg 12mg 12-20mg Potássio 140mg 150mg 140-200mg O kefir é o melhor remédio natural contra a cândida O kefir é o melhor remédio para a cândida que eu conheço. Como probiótico, atua como uma espécie de antibiótico natural, eliminando as bactérias ruins e cultivando as boas. Isso ajuda a repovoar a flora intestinal com bactérias boas que vão ajudar a lutar contra a candidíase e sua infestação. Cria células de imunidade. Estudos apontam que é possível que as bactérias boas dos probióticos cheguem à flora vaginal e a restabeleçam, assim como seu pH, diminuindo as chances de infecções causadas pelos fungos em desequilíbrio. O consumo de probióticos melhora consideravelmente a imunidade, deixando o organismo menos suscetível à contaminação por vírus, fungos e bactérias. O kefir pode ajudar no ganho de massa muscular e no emagrecimento O kefir pode ajudar no ganho de massa muscular e no emagrecimento por várias razões: Rico em proteínas: O kefir é rico em proteínas de alto valor biológico, que são essenciais para a reparação e construção dos músculos. Acelera o metabolismo: O consumo de kefir pode acelerar o metabolismo, o que ajuda na queima de calorias e, consequentemente, na perda de peso. Melhora a saúde intestinal: As bactérias benéficas presentes no kefir atuam equilibrando a flora intestinal e promovendo o bom funcionamento do intestino. Um intestino saudável pode melhorar a absorção de nutrientes, incluindo as proteínas necessárias para o ganho de massa muscular. Ajuda a controlar o apetite: O kefir é um alimento fermentado que pode ajudar a controlar o apetite, o que pode ser benéfico para quem está tentando perder peso. Melhora a imunidade: O consumo de kefir melhora a imunidade, deixando o organismo menos suscetível à contaminação por vírus, fungos e bactérias. Um sistema imunológico forte é importante para a recuperação e crescimento muscular. E agora? Iogurte ou kefir na dieta? Caso você pretenda consumir iogurte ou kefir, eu recomendaria o kefir. Você não precisa de muito, apenas pequenas quantidades. Certifique-se de que seja natural, não seja de baixo teor de gordura e seja de leite integral. Se você tem alguma alergia ou intolerância a derivados de leite, isso pode ser um problema. Antes de consumi-lo, consulte seu médico. então encontre outra maneira de consumi-lo. O kefir é um produto realmente bom para ajudar na sua digestão e melhorar a sua saúde intestinal. Fontes de consulta 1. HICKS, C. The benefits of yogurt and kefir. Healthline, 2020. Disponível em: <https://www.healthline.com/nutrition/yogurt-vs-kefir>. Acesso em: 30 mar. 2024. 2. SMITH, J. P.; DAIFOTIS, A. G. Probiotic foods and supplements: promises and challenges. Clinical Infectious Diseases, v. 46, n. 2, p. S53-S57, 2008. 3. BERG, Eric. Yogurt vs. Kefir: An Interesting Difference. Disponível em: <https://youtu.be/3foRBVFxnOQ>. Acesso em: 31 mar. 2024. 4. HILL, C. et al. Expert consensus document: The International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics consensus statement on the scope and appropriate use of the term probiotic. Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology, v. 11, n. 8, p. 506-514, 2014. 5. USDA. National Nutrient Database for Standard Reference Legacy Release. USDA, 2018. Disponível em: <https://ndb.nal.usda.gov/ndb/>. Acesso em: 30 mar. 2024. 6. FARNWORTH, E. R. Kefir – a complex probiotic. Food Science and Technology Bulletin: Functional Foods, v. 2, n. 1, p. 1-17, 2005. 7. SILVA, C. R. et al. Iogurte e Kefir: Produção, Propriedades Funcionais e Benefícios à Saúde. Editora UFMG, 2021. 8. FREITAS, L. C. Kefir: Um Guia Completo para a Produção e Consumo Dessa Bebida Fermentada. Editora Atheneu, 2020. 9. CARVALHO, A. F. et al. Iogurte: Ciência, Tecnologia e Produção. Editora UFJF, 2018. 10. SILVA, M. G. et al. Nutrição e Saúde: A Importância do Consumo de Iogurte e Kefir. Editora Manole, 2019. 11. SANTOS, M. A. et al. Alimentos Funcionais: Iogurte e Kefir como Alternativas Saudáveis. Editora Medsi, 2020. Este artigo lhe ajudou a escolher entre o iogurte e o kefir? Deixe nos comentários alguma dúvida sobre este tema e a sua experiência com estes dois alimentos.1 ponto -
Dieta cutting e bulking: o que é e como se fazer?
LipBrito reputou(taram) fisiculturismo por uma matéria
A cada dia os praticantes de musculação estão mais conscientes de que precisam fazer dieta (melhor ainda, reeducação alimentar) para hipertrofiar (ganhar massa magra ou engordar) ou secar (emagrecer ou queimar as gorduras). Por isso, os termos ingleses bulking ("em massa, em série") e cutting ("rasgar, cortar") estão mais e mais difundidos nas academias. Os termos já são autoexplicativos: Dieta Cutting: dieta para secar, queimar as gorduras, baixar o percentual de gordura corporal. Dieta Bulking: dieta para hipertrofiar a musculatura, crescer, ganhar massa, engordar. Para a dieta bulking, a depender do modo como ela é planejada, ainda foram cunhados os termos populares Bulking Sujo e Bulking Limpo. Sabendo-se o o significado de bulking, também parecem ser autoexplicativos os termos para os tipos específicos: Dieta Bulking Sujo: admite a ingestão de ampla variedade de alimentos e em elevada quantidade, sem preocupação com o aumento exagerado do percentual de gordura corporal. Dieta Bulking Limpo: é mais regrada quanto à qualidade dos alimentos e quantidade, havendo preocupação em controlar o aumento do percentual de gordura, de modo que não supere determinado limite previamente estabelecido. Como visto, os conceitos de dieta cutting e dieta bulking são simples. Poderíamos chamar de Dieta para Secar (Emagrecer, Queimar Gordura) e Dieta para Hipertrofiar (Engordar, Ganhar Massa). Apesar de os termos serem simples, na prática, a coisa pode se complicar um pouco. Nem sempre o musculador consegue se decidir entre uma dieta cutting ou bulking para atingir seus objetivos. Por quê? Mesmo em dieta cutting pode haver hipertrofia muscular. A conjugação de planejamento alimentar e treinamento intenso para queima de gordura também resulta em hipertrofia muscular. E mesmo em dieta bulking pode haver redução de gordura corporal em função do aumento do metabolismo e da massa muscular (quanto mais massa muscular, mais energia o corpo demanda para mantê-la). Portanto, emagrecimento e hipertrofia não são exclusivos de uma ou de outra dieta. Como escolher entre cutting ou bulking? E dieta equilibrada? O que deve nortear o musculador é o foco. Qual é o objetivo principal? Ganhar massa muscular ou ganhar definição corporal? A resposta para essa pergunta é que vai determinar a escolha da dieta. Conciliar uma fase de hipertrofia acentuada concomitante com uma fase emagrecimento acentuado é praticamente impossível. Pode-se ajustar a dieta para se ganhar massa muscular de forma bem lenta e gradual sem se aumentar o percentual de gordura. Todavia, ganhos ou perdas rápidas demandam a escolha entre cutting ou bulking. Existem defensores de uma dieta equilibrada (nem cutting, nem bulking) para a construção de um corpo sólido sem a oscilação entre as fases de ganho de peso e de emagrecimento. Esse processo é mais lento e gradual. A dieta cutting e a dieta bulking são muito mais rápidas, mas têm seus pontos negativos. No cutting, pode ocorrer a perda de força e de massa muscular. No bulking, pode haver acúmulo excessivo de gordura. Cada indivíduo responde de uma forma diferente para cada tipo de dieta. Logo, não há uma resposta pronta e perfeita para todos. Cada um deve testar a resposta do corpo, a fim de se decidir em torno de uma dieta equilibrada para obtenção de massa muscular do modo gradual (mantendo baixo o percentual de gordura), ou da estratégia de bulking e cutting. Normalmente, os fisiculturistas adotam a estratégia de bulking e cutting. Princípios da dieta cutting Normalmente a dieta cutting é a mais difícil de ser feita, por importar em restrição calórica e alteração de humor de quem pretende secar. Para se fazer essa dieta, alguns princípios devem ser observados para que se atinjam os objetivos da maneira mais rápida e mais saudável possível: Diferença Calórica Negativa (Deficit): é o princípio fundamental para se emagrecer. O consumo calórico deve ser inferior ao gasto calórico. É a deficiência de calorias que vai provocar o organismo a queimar os estoques corporais de energia armazenados na forma de gordura. Diferença Calórica Semanal: o comum é que se pense numa deficiência calórica diária. Todavia, para que se queimem os estoques de energia na forma de gordura, o deficit deve ser semanal. Por isso, seguir a dieta cutting por alguns dias e quebrar a dieta num ou outro dia prejudica a queima de gordura. Aumentar o Consumo de Proteínas: eliminado o excesso de calorias de carboidratos e gorduras na dieta, o corpo passa a utilizar aminoácidos livres e a própria massa muscular para liberar energia. Aumentar o consumo de proteínas protege contra a perda de massa muscular, eis que a energia será retirada das proteínas ingeridas, e não da musculatura. Ademais, das três fontes principais de energia (carboidratos, proteínas e gorduras), as proteínas são as que têm a menor tendência a serem estocadas pelo corpo como gordura. Dietas Radicais são Prejudiciais: a diminuição radical do número de calorias vai levar o corpo a diminuir o metabolismo corporal. Reduza o consumo calórico em 200 a 400 kcal por dia (ou 1.400 a 2.800 kcal por semana). Reposição Semanal de Glicogênio: a redução de ingestão de carboidratos e de gorduras vai levar à queima de gordura corporal. Todavia, a ingestão de pouco carboidrato por longos períodos (mais de 7 dias) pode resultar numa redução tão grande de glicogênio que o corpo pode passar a buscar energia dos músculos, catabolizando a massa muscular. O consumo extra de 100 a 200 gramas de carboidratos uma vez por semana pode repor o estoque de glicogênio e evitar a perda de massa muscular, além de aumentar o metabolismo. Dia Radical: a cada 10 a 12 dias um dia de dieta radical, com o consumo máximo de 50 a 80 gramas de carboidratos, pode aumentar a queima de gordura ao alterar as reservas de glicogênio. Pausas Esporádicas: todas as dietas cutting adotadas por longo período de tempo implicam na redução do metabolismo. Quando a dieta não dá mais resultado, ao invés de reduzir ainda mais o consumo calórico, dê uma pausa no cutting. Por alguns dias (dois ou três), aumente seu consumo calórico com qualidade (carboidratos de baixo índice glicêmico e gorduras boas). Ingestão de Fibras: as fibras tornam mais lento o metabolismo dos carboidratos, a liberação de insulina é mais moderada. O excesso de liberação de insulina está normalmente associado a um maior acúmulo de gordura corporal e menor queima de gordura. Ao invés de ingerir arroz branco, pão branco e cereais refinados, adote farinha de aveia, pão integral, feijão, arroz integral e batata-doce. Peixe: muitos peixes não contêm gordura. Ao não fornecer ácidos graxos pela dieta, o corpo vai buscá-los da gordura armazenada no corpo. Por isso, o peixe é excelente para dietas cutting. Peixes “Gordos”: até mesmo peixes ricos em gordura, tais como o salmão, anchova, cavala e atum, são mais magros do que outras fontes de proteína (carne vermelha, queijo e ovos). Ademais, eles contêm ômega 3, substância que não promove a reserva de glicogênio por meio de gordura. Fonte de Calorias: o balanço calórico da dieta cutting não deve ser calculado apenas como números frios. O tipo de alimento também interfere no processo de emagrecimento. Num estudo, dois grupos de mulheres seguiram dietas de 1.600 calorias. Nos dois grupos, a dieta continha 50 gramas de gordura. A diferença entre os grupos se deu nas proteínas e carboidratos. Num grupo, houve mais ingestão de proteínas do que de carboidratos. No outro, a maior parte das calorias era proveniente de carboidratos. Depois de 10 semanas, ambos os grupos tiveram redução similar de peso corporal. No entanto, no grupo cuja dieta foi hiperprotéica, os níveis hormonais da tireóide e o metabolismo foram mais elevados, resultando numa perda 18% maior de gordura e numa preservação 27% maior de músculos.Portanto, a fonte de calorias afeta a queima de gordura. A queima maior se dá em dietas com mais proteínas e menos carboidratos. Fontes de Proteína, Carboidratos e Gorduras: os melhores carboidratos são os complexos, tais como aveia, inhames, batatas, batata doce, arroz integral e pães integrais. Esses carboidratos dão a sensação de saciedade por mais tempo, e evitam o desejo de beliscar guloseimas entre as refeições programadas. As frutas também são boas fontes de carboidratos por fornecerem vitaminas. As melhores fontes de proteína são: claras de ovos, peru, frango, peixe, búfalo e outras fontes de carne vermelha magra. Suplementos de proteína em pó também são boas opções (whey protein, caseína, carne vermelha em pó, soja e albumina). As melhores fontes de gordura são os óleos de peixe, semente de linhaça e azeite de oliva. Nada de Carboidratos Antes de Dormir: para maximizar a liberação de GH (hormônio do crescimento), que protege a massa muscular e incentiva o metabolismo de células de gordura, não se deve ingerir carboidratos antes de dormir. Após 90 (noventa) minutos de sono, os níveis de GH começam a subir. A glicose no sangue afeta a liberação de GH. Quanto menor a quantidade de glicose no sangue, maior será a liberação de GH. Refeições Frequentes: faça pelo menos 5 (cinco) refeições diárias. Pequenas refeições impedem a desaceleração do metabolismo e mantêm os níveis de energia mais estáveis. E, o mais importante, afastam a sensação de fome a ajudam a manter a meta de calorias estipulada para a dieta. Exercícios Cardiovasculares: é isso mesmo, os exercícios cardiovasculares devem fazer parte da dieta cutting ou do planejamento para emagrecer. Apesar de não estar relacionado com a ingestão de calorias, está relacionado com o consumo de calorias e aumento do metabolismo. No cardio, existem os defensores do HIIT (alta intensidade intervalada), os defensores dos aeróbicos em jejum, e os defensores de aeróbicos moderados. Adote uma das técnicas que seja mais apropriada para as suas circunstâncias de tempo e preparo físico. Treinamento com Pesos: assim como os exercícios cardiovasculares, um plano sério de cutting não pode deixar de dar atenção à musculação. Quanto mais massa muscular tem o corpo, maior é o gasto calórico para sua manutenção. Maior o metabolismo, melhores as condições para queima de gordura. A redução muito drástica de ingestão de calorias pode resultar no consumo da massa muscular como fonte de energia pelo corpo. Por sua vez, a redução da massa muscular implica na redução do metabolismo, logo, na redução da queima de gordura. Por isso, é importante o treinamento com pesos para manutenção ou aumento da massa muscular. A dieta cutting deve ser equilibrada neste ponto. Refeição Pré-Treino com Whey Protein: ao treinar com reduzida quantidade de glicose proveniente de carboidratos na corrente sanguínea, o corpo libera mais norepinefrina, substância que queima as células adiposas para liberação de energia. Para que as gorduras sejam queimadas durante o treino, sua refeição pré-treino não pode ter mais do que 20 gramas de carboidratos e deve ser acompanhada de uma proteína de fácil digestão, tal qual a whey protein. Os carboidratos devem ser de baixo índice glicêmico. Água: pode parecer banal, mas a água é essencial para qualquer processo metabólico, inclusive para a queima de gorduras. Nosso corpo é composto por 55-75% de água. A água no fígado é importante para a metabolização da gordura. A água também pode afastar a fome, ajudando a seguir a dieta. Mais água nos músculos implica em mais força e maior tamanho. Tome de 8 a 12 copos de água por dia (recomendação da ISSA - The International Sports Sciences Association). Dormir Bem: dormir bem também ajuda a queimar gordura. A falta de sono adequado implica no aumento do cortisol, hormônio relacionado ao catabolismo muscular. Dormir mal também implica em alterações hormonais que resultam no aumento da forme e apetite. Também há redução glicose e sensibilidade à insulina. O tempo ideal de sono é de aproximadas 7 (sete) a 8 (oito) horas por noite. Para quem treina muito pesado, normalmente esse tempo é aumentado para 8 (oito) a 9 (nove) horas por noite. Por fim, durante o sono, o corpo recupera o tecido muscular dos treinamentos intensos. Suplementos Termogênicos: sinefrina, evodiamina e capsaicina são substâncias presentes em suplementos alimentares termogênicos que estimulam o sistema nervoso a produzir norepinefrina, substância que procova a queima de gordura. Os suplementos termogênicos evitam a redução do metabolismo. Suplementos com Glutamina e BCAAs: a glutamina previne o uso de BCAAs como fonte de energia, certo que esses aminoácidos são mais demandados quando a ingestão calórica é reduzida. A glutamina também aumenta o metabolismo. Além da glutamina, também faça uso de BCAAs antes e depois do treino, no café da manhã e antes de dormir. Suplementos com GLA (ômega 6) e CLA: o ácido gama linoléico (ômega 6) induz a queima de gordura ao invés de seu armazenamento. O CLA aumenta os níveis de HSL, hormônio que determina a abertura da célula de gordura para ser utilizada como fonte de energia. Suplementos Protéicos: você não precisa comprar a proteína da marca mais cara. Observe a composição do produto e o preço. Um bom suplemento protéico deve fornecer pelo menos uns 20 gramas de proteínas por dose, BCAAs e conter pouco ou nenhum açúcar. Prefira a caseína para tomar à noite (absorção lenta) e a whey protein isolada para ingerir após o treino (absorção rápida). Suplementos com Vitaminas e Minerais: numa dieta restritiva, pode haver carência de vitaminas e mineirais. Para não se correr esse risco, suplementos multivitamínicos e multiminerais podem ser úteis, assim como aqueles com óleo de peixe, vitamina C e ferro. Suplementos com Creatina e Pré-Treino: estes suplementos podem não ser considerados essenciais, mas o aumento de força e de disposição podem trazer um estímulo significante para a obtenção do resultado desejado com a dieta cutting. Normalmente um bom pré-treino contém creatina, l-arginina, vitaminas do complexo B, ácido alfa-lipólico e niacina. Princípios da dieta bulking Os princípios de uma boa dieta bulking, como se poderia imaginar, são praticamente os mesmos da dieta cutting. A diferença fundamental está no princípio da ingestão calórica. Ao invés de ser deficitária, a equação deve ser positiva. Deve-se ingerir mais calorias do que o corpo consome para a manutenção das atividades vitais. E essa diferença é obtida primordialmente pela ingestão de mais carboidratos complexos (baixo índice glicêmico), podendo ser mantida a mesma ingestão de proteínas e gorduras. Diferença Calórica Positiva (Superavit): é o princípio fundamental para se ganhar massa ou engorda. O consumo calórico deve ser superior ao gasto calórico. É a sobra de calorias que vai proporcionar ao organismo o crescimento muscular (preferencialmente com pouco acúmulo de gordura). Diferença Calórica Semanal: o comum é que se pense num superavit calórico diário. Todavia, para que se ganhar massa, o superavit deve ser semanal. Por isso, seguir a dieta bulking por alguns dias e quebrar a dieta num ou outro dia prejudica o ganho de massa. Refeições Balanceadas: em cada refeição, deve-se manter a ingestão balanceada entre proteínas, carboidratos e gorduras, não exagerando nos carboidratos e muito menos em carboidratos de alto índice glicêmico. Monitoramento Semanal: acompanhe as mudanças corporais pelo menos uma vez por semana. Verifique a proporção de músculos e gorduras no ganho de peso. O ideal é que o ganho de massa magra seja superior ao ganho de massa gorda. Exercícios Cardiovasculares: diminua a quantidade de cardio, mas não deixe de fazê-lo. O acréscimo de calorias e a ausência de aeróbicos pode resultar num acúmulo maior de gordura corporal. Uma boa condição cardiovascular também melhora o desempenho do treinamento com pesos, permitindo menores tempos de intervalo entre as séries. Mínimo de 2 a 3 g de Proteínas por kg Corporal por Dia: o consumo de proteínas deve ser elevado para o ganho de massa muscular magra. A ingestão deve ser de 2 a 3 gramas por quilograma de peso corporal. Por exemplo, um sujeito de 80 kg deve consumir 160 a 240 g de proteína por dia. Ganho Gradual de Massa: o ganho de massa deve ser gradual para se evitar o aumento excessivo do percentual de gordura. O ideal é que o ganho de massa corporal seja de aproximados 300 g por semana, ou 1,2 kg por mês. Com exceção do deficit calórico, à dieta bulking são aplicáveis todos os princípios da dieta cutting (suplementação, boas noites de sono, ingestão farta de água, qualidade dos nutrientes, treinamento intenso e assim por diante). Dieta de manutenção Ao se obter o shape desejado, o que resta é a dieta de manutenção. Nesta, o maior diferencial é manter a ingestão calórica semanal o mais próximo possível do gasto calórico semanal (sem deficit ou superavit calórico). O ideal é não tratar a fase de manutenção como "dieta". O termo mais apropriado é "estilo de vida". Aqui se aplicam também os mesmos princípios das dietas cutting (para emagrecer) e bulking (para engordar). A manutenção de uma composição corporal saudável e esteticamente desejada somente se dá por um estilo de vida que prioriza a alimentação regrada, treinamento intenso e descanso suficiente. Fontes: Principles Of Getting Shredded: 20 Nutritional Tips For A Leaner You GLA: The Good Omega 6 that Flushes Fat 4 Principles That Will Get You Ripped! Death to the Bulk and Cut Diet Ask The Ripped Dude: Can Drinking Water Help Me Lose Weight? Sleep: The Unsung Hero of Fat Loss! How to Properly do Cutting and Bulking Phases Top 10 Rules of Successful Clean Bulking BULKING 101: Principles to Gain Lean Mass Correctly The Do’s & Don’ts of Bulking up!1 ponto