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Em 2002 após competir no NPC Nationals (um dos três shows onde os americanos podem conseguir seu Pro Card) e ficar em décimo lugar, sendo esse um período muito difícil, Bill Wilmore estava decidido a abandonar o esporte. Foi quando entrou em contato com o então desconhecido Hany Rambod.

Hany ainda não era tão famoso, mas já havia conseguido dar o Pro Card para Quincy Taylor e Idrise Ward-El.

Assim que se tornou treinador de Wilmore, Rambod foi rápido em suas mudanças. Orientou Bill a treinar pernas e braços (decididamente seus pontos fracos), duas vezes por semana. Rany também convenceu Bill a treinar costas mais seriamente. Os dorsais eram seu ponto forte, por isso Wilmore raramente os treinava pesado. Com os avanços trazidos em suas pernas e braços mais a densidade e largura adicionados às suas já espetaculares costas, Wilmore pulou de décimo para segundo lugar em um ano no Nationals, perdendo o título e seu Pro Card para Matt DuVal.

No ano seguinte, Wilmore trazia braços e pernas maiores e uma condição ainda melhor, mais seca. Mesmo assim acabou em segundo lugar novamente, desta vez de forma extremamente controversa, superado por Chris Cook.

Em 2005, finalmente, Bill superaria Leo Ingran e Desmond Miller para conseguir seu Pro Card.

Em sua carreira como profissional, Bill ainda não emplacou uma vitória, mas é um dos mais regulares nos últimos anos conseguindo quatro qualificações para o Olympia e ótimas colocações em shows de renome como New York Pro e Europa Super Show.

Além das pernas, seus braços eram um ponto fraco, assim que Wilmore se tornou profissional. Um considerável aumento no volume e frequência nos treinos foi a solução encontrada. Outro fator apontado por Bill foi ter reduzido as cargas utilizadas e melhorado a qualidade das contrações. A busca pelo pump também é uma constante nos treinos de Wilmore.

Sempre vemos nas revistas americanas artigos como “Braços com Lee Priest” ou “Tenha panturrilhas como as de Mike Matarazzo” ou “Alcance pernas como as de Branch Warren”. Obviamente esses atletas são dotados de excelente genética nesses grupos musculares. Qualquer coisa que Lee Priest fizer, até mesmo se barbear, vai fazer com que seus bíceps cresçam.

O que se deveria procurar, e é aí que esse texto cai como uma luva, são artigos de treinos com atletas que transformaram um grupo muscular fraco em ponto forte.

Por isso sempre é interessante ler artigos sobre os treinos de costas de Jay Cutler, de ombros e braços de Branch Warren etc. Uma vez li um texto sobre os treinos de costas de Fouad Abiad que foi muito enriquecedor.

Dessa maneira, considerando que a maioria dos leitores (assim como eu, infelizmente) não é dotada de extremo potencial genético, estaremos conseguindo informações valiosas para poder melhorar nossos físicos.

BUSQUE O PUMP!

Dentro deste contexto, fico impressionado com a quantidade de atletas que relatam melhoras tanto em volume quanto em qualidade em seus braços quando eles abaixam as cargas e aumentam um pouquinho as repetições, visando melhorar a qualidade de contração.

Jay Cutler sempre diz isso – quando o assunto é braço (bíceps/tríceps), tudo se baseia no pump e na sensação de uma contração forte. Bill Wilmore não é diferente. Ele prega que devemos contrair fortemente o bíceps a cada repetição, enquanto realizamos um movimento perfeito e controlado. O exercício preferido de Willmore para o bíceps é a rosca direta. Ele diz que logo na primeira série seus bíceps já se enchem de sangue e o pump é instantâneo. A respeito da rosca direta, Bill ainda aconselha que se use as diversas variações deste exercício, pegada fechada, aberta, barra reta, barra w etc.

O segundo exercício nas rotinas de Wilmore é a rosca concentrada. Ele eventualmente utiliza uma variação no cross-over, usando os dois braços simultaneamente. Mais uma vez, as repetições são realizadas de maneira controlada e a contração de pico é segurada por dois ou três segundos. Já na parte final do treino Wilmore emprega o uso de alguma variação da rosca scott – seja com halteres, uma barra w ou na máquina, esse é um exercício importante em sua rotina de treinos.

Fechando o treino, para enfatizar os braquiais e braquiorradiais, Bill realiza a rosca martelo. Ele inicia a série contraindo os dois braços simultaneamente, no final da série, quando já está começando a ficar complicado, ele começa a fazer o movimento de forma alternada, a fim de conseguir realizar algumas repetições a mais – notem que mesmo assim ele procura fazer o exercício em excelente forma, sem balançar ou usar impulso.

Atletas profissionais como Bill Wilmore são dotados de ótima genética e têm todas as condições para desenvolverem físicos extremos. Nem todo mundo está destinado a chegar aos 53cm de braço nessa vida, mas seguindo esses conselhos certamente podemos conseguir aqueles centímetros a mais que farão toda a diferença!

Retirado da revista: Musculação e Fitness, nº86, 2011.

  • 4 semanas depois...

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