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Prezados,

Não aguento mais sofrer de baixa testosterona gabaritando todos os sintomas de hipogonadismo. 37 anos, 1,84m 83kg e sedentário. Mas estou sedentário tanto por problemas financeiros como de saúde que me impedem de me exercitar a baixo custo... não tenho condições de pagar academia nem correr/aeróbicos, por exemplo, devido a protusão discal/abaulamento discal/neuropatia por compressão + parafuso no pé por fratura de Lisfranc....

Meus sintomas de testo baixas são tantos que me encontro em uma depressão profunda que dura muitos anos. Que me incapacita para o mínimo. Vivo um pesadelo HÁ MUITOS ANOS às voltas de pensar em fazer besteira (não escrevo para não engatilhar alguns).

Não bastasse meus problemas de saúde, sofri um injusto/ilegal despejo judicial. Me vi obrigado a mudar do lugar que morei desde que nasci (grande cidade) para uma cidade extremamente interiorana/isolada, me afundando em problemas financeiros (devido a ser uma cidade com pouquíssima/nenhuma possibilidade de emprego superior a um salário mínimo e em condições horríveis).

A única vantagem desta cidade é um sistema de saúde público descente. Que me permite, por exemplo, fazer exames de sangue+urina de 15 em 15 dias se for o caso (inimaginável na cidade em que eu morava, mesmo sendo uma grande cidade e tida como uma das com melhor qualidade de vida do BR, que por sinal pelo SUS fiquei tentando fazer exames de endocrino por 2 anos e nunca tinha reagentes para tal) bem como acompanhar com clínico geral toda semana e médicos especialistas mensalmente.

Tal viabilidade de exame de sangue, me permitiu normalizar minha taxa de Vitamina D3 bem rapidamente. Saí da vala (10,9 ng para 90~100 em 3 meses graças ao protocolo Coimbra + Jeff T. Bowles). O próximo passo seria normalizar a B12 (que tá na casa dos 200~300 mas judicializei requerendo em gratuidade metilcobalamina devido minha hipossuficiência financeira e inúmeras doenças e comorbidades que não citei (mas não saiu ainda).

A normalização da D3 e da B12 seria um primeiro passo para saber que impacto/reflexo teriam em minha testo. Um segundo passo, se assim fosse possível, seria incluir fitoterápicos que dessem um UP na testo e observar para quanto tais fitoterápicos conseguiriam elevar minha testo. Um quarto passo seria tentar forçar de alguma maneira uma academia (musculação) e ver também o quanto a musculação aumentaria minha testo. E como última esperança, o clomid. Ou se não fosse possível os fitoterápicos por motivos financeiros e/ou a academia, da normalização da D3+B12 já entrar com clomid direto depois da normalização da D3+B12.

Desculpem a longa introdução, mas precisei contextualizar tanto minha situação geral e de saúde + intenção de protocolos/conduta até chegar no Clomid (estimulação endógena) que é o cerne da thread.

Ocorre que só recentemente descobri que o Clomid que, ao que eu pensava seria a alternativa "mais saudável" e sem colaterais, foi uma conclusão absolutamente errônea. Dado sua avalanche de colaterais, que pelo que vi, advém do aumento estratosférico do estradiol causado pelo zuclomifeno.

Relembrando/pontuando e corrijam-me/complementem qualquer erro mas o clomid é uma mistura de enclomifeno+zuclomifeno. O enclomifeno (que tem meia-vida de umas 10h [já vi outras fontes citando até 72h) é o que nos interessa. Já o zuclomifeno tem meia-vida de muitas semanas, o que para além de gerar "empilhamento" tem ação de causar aromatização/aumento absurdo do estradiol e vários colaterais desagradáveis.

As doses que vejo aqui no fórum ultimamente, percebo que a galera também não colabora pois viaja legal. Trabalham com doses absurdas de 50mg POR DIA.... Alguns menos loucos com 25mg. Mesmo que fosse 25mg dia sim dia não estaria muito ainda. Pois pelo que vejo, o ideal é começar com 6,25mg e ir, de acordo com exames, talvez aumentando até um máximo de 12,5mg diárias. Certo? (ou quem sabe até, dia-sim-dia-não ou até mesmo de 72h em 72h mas aí já entrariam dúvidas sobre a questão da meia-vida).

Pois bem: agora sim, chego no ponto central do tópico. O QUE FAZER PORTANTO? Pois na gringa falam do enclomifeno isoladamente! Ocorre que o enclomifeno não se acha no Brasil. E a ANVISA também não o tem em sua lista de medicamentos aprovadas. Fazer o que, portanto???? Até mesmo os USA, parece que recentemente, reclassificou o enclomifeno para não-aprovado, embora reze uma lenda que se encontre ainda na Flórida.

O que fazer??? Que eu saiba tinha o HCG como alternativa, mas também descobri recentemente que o HCG também tem a características de aromatizar. Sem contar o altíssimo custo... Parece que tem uns colaterais também (como enjôos, brainfog, etc)...

TRT com esteróides não cogito, sob hipótese alguma, pois primeiro que não tenho dinheiro, como dito acima sequer para uma academia + nutrição descente. Segundo que morro de cagaço de ter meu eixo suprimido pra sempre. Terceiro que pretendo ter filhos ainda. E quarto que não posso ficar dependente de uma droga para sempre (por vários motivos, dentre eles, e o principal, é inclusive a questão financeira atual... que hoje já está salgadíssima, como dito acima, e nada me garante que não pode piorar ainda mais. Ficar escravo de uma droga perpetuamente e ainda mais da necessidade de um dinheiro alto para mantê-la seria a pior coisa que poderia me acontecer. + colaterais + não ter filhos....)

Ficar sabendo dessa questão da aromatização do clomid e de nem o HCG ser uma alternativa, de fato, me tirou o chão!!

Enclomifeno pelo visto é a única opção!! MAS ONDE ENCONTRÁ-LO!!!

Estou não só sem chão como absolutamente cheio de ódio e com muita revolta pois CLARAMENTE ISSO É UM COMPLÔ DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA/SISTEMAS/GOVERNOS visando não só lucrar absurdos com esteróides como para aqueles que não se renderem a isso, uma intencional, clara, óbvia e irrefutável intenção de baixar a testo dos homens do mundo. Afinal homens molengas, dóceis, sem atitude, sem gana~ganância, são mais adestráveis... mais submissos... Isso não é conspiracionismo ou ficcionismo, é óbvio, notório e notável.

Tem que ter um jeito E ACESSÍVEL de trazer enclomifeno pro Brasil. NINGUÉM O VENDE OU REVENDE? Nenhum país da América do Sul?? Caso nenhum da América do Sul o venda ou revenda, a solução é trazer ou comprimidos (ou os sais para a produção do mesmo) da China, Índia, Leste Europeu, etc, não?

E achados modernos/recentes com vistas a estimulação endógena da testo? Alguém está ciente??

Desculpem o longo relato mas para além de um pedido desesperado de socorro não há nenhum tópico sobre enclomifeno aqui no fórum. E além disso, como falei, os que tratam de clomid (não para TPC, mas para estimulação endógena/TRT mesmo) falam de doses loucas (muito altas).

O QUE FAZER???

Muito obrigado desde já, meus amigos

Meus exames:

Testosterona total de 219 ng/dL ;

Testosterona livre em 4,98 ng/dL ;

Albumina em 5g/dL ;

PSA livre em 0,45 ng/ML ;

PSA total em 0,94 ng/ML ;

porcentagem de PSA livre/PSA total de 48% ;

TSH Ultra Sensível de 2,55 microUI/mL ;

SHBG em 24,1 nmol/L ;

Sulfato de Dehidroepiandrosterona em 321 mcg/dL ;

LH em 2,36 mUI/mL ;

FSH em 5,18 mUI/mL ;

Homocisteína em 13,79 micromol/L ;

Cortisol em 16,2 mcg/dL ;

Androstenediona 2,9 ng/mL ;

Dihidrotestosterona, 290 pg/mL ;

Estradiol 17 beta (32,6 pg/mL) ;

Dehidrogenase láctica de 181 U/L ;

Prolactina de 4,5 ng/mL

Editado por Quase Nada

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A tua situação é complexa, mas entendo perfeitamente a lógica por trás da tua busca por uma solução acessível, eficaz e com o mínimo de colaterais. Vamos aos pontos principais.

Primeiro, sobre o Clomid: sim, ele é uma mistura de dois isômeros, o enclomifeno (ativo para estímulo da produção endógena de LH/FSH) e o zuclomifeno (com meia-vida longa e perfil estrogênico mais pronunciado). Os efeitos colaterais relatados por muitos usuários – irritabilidade, sensibilidade mamária, piora na libido – geralmente estão associados à ação do zuclomifeno. Por isso, a busca pelo enclomifeno isolado faz sentido.

Nos EUA, o enclomifeno chegou a ser estudado para uso em TRT (inclusive com o nome de Androxal), mas não obteve aprovação definitiva pelo FDA, o que inviabilizou seu uso comercial amplo. Ainda é possível encontrar em algumas farmácias de manipulação com receita em certos estados norte-americanos, mas a distribuição é muito restrita.

No Brasil, a ANVISA nunca aprovou o enclomifeno, então não há nenhum canal oficial para obtê-lo. Isso torna a importação por vias legais quase impossível (a não ser por processos de importação excepcional com receita médica e laudo detalhado, o que não parece viável para tua realidade financeira atual).

Sobre alternativas reais à tua disposição:

  1. Uso racional do Clomid – Se for mesmo necessário apelar para ele, comece com doses mínimas. Como você mesmo apontou, muitos exageram: 6,25mg a cada 2 ou 3 dias pode ser um bom ponto de partida, com monitoramento regular de E2 (estradiol), LH, FSH e testo total/livre.

  2. Fitoterápicos com alguma evidência clínica – Alguns compostos como feno-grego (Trigonella foenum-graecum), ácido D-aspárticomucuna pruriens e tongkat ali mostraram discretos aumentos em testosterona em estudos isolados. São baratos, acessíveis e podem ser testados com exames quinzenais como você já está fazendo. Não espere milagres, mas às vezes ajudam.

  3. Intervenções de baixo custo – Mesmo sem academia, treinamento com peso corporal (flexão, prancha, agachamento isométrico com apoio, etc.) dentro do limite da tua limitação física, pode ajudar o eixo HPT. Treino com elástico também é útil e barato.

  4. Cuidado com aromatização do HCG – De fato, o HCG estimula a produção de testosterona e pode aromatizar, mas ele ainda é opção para quem pretende preservar fertilidade. O preço e a acessibilidade, no entanto, são obstáculos. Se um dia considerar, usar junto de um inibidor de aromatase em microdoses pode minimizar os colaterais (ex: anastrozol 0,125mg, 2x/semana).

  5. Alerta sobre teorias conspiratórias – A frustração é compreensível, mas cuidado para não desviar o foco. A limitação no acesso a certos fármacos tem mais a ver com lobby e política regulatória do que com intenção deliberada de enfraquecer a população.

Por fim, teu eixo não está morto. Com LH em 2,36 e FSH em 5,18, ainda há estímulo, embora a testosterona esteja baixa. Ou seja: vale a pena insistir em ajustes finos e controle laboratorial rigoroso antes de cogitar terapias definitivas como a TRT.

Lembre-se que essas informações não substituem orientação médica específica.

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Obrigado pela resposta, Claudio!

Vamos desdobrar ponto-a-ponto:

Estou há MUITO tempo pesquisando alternativas tanto fitoterápicas como farmacológicas. Artigos do pubmed, elsevier etc etc... vídeos do YT, grupos, fóruns, auxílio de IAs.... E como nada encontrei de conclusivo e concreto, eis que abri este tópico (neste fórum que tenho muito apreço e carinho, pois aqui sou cadastrado desde 2003... fez parte da minha adolescência, há mais de 20 anos e muito me ensinou... inclusive muito conteúdo aqui foi apagado... era uma verdadeira faculdade de endocrino e farmacologia antigamente)

1) Quanto aos fitoterápicos que citou: Sabe que isso é bem polêmico e discutível, né? Se vierem outras colaborações bem como relatos pessoais de sucesso e insucesso ficarei muito grato e agregará muito conhecimento útil a todos. Mas o que vi até o momento são, tanto médicos como "galera/influencers/YTs da maromba" e relatos pessoais dizendo que a elevação na testo é desde nenhuma à pouca coisa... Fora o custo muitas vezes alto...

2 a)Quanto ao enclomifeno: NÃO ME CONFORMO. Tem que ter um canal. Dado a discrepância do dólar com o real (e ainda mais agora com a taxação extra de importação/exportação dos USA) e tendo em vista também o custo da maioria dos medicamentos nos USA serem quase sempre muito caros, importar da Flórida estaria meio fora de cogitação. Mas e no Paraguai, Argentina e etc? E importar da China/India etc seja para o BR direto seja para um entreposto em país vizinho aqui do lado?? AFINAL, MEU DEUS, COM CERTEZA NÃO SOU O ÚNICO, NEM SOMOS POUCOS A ESTARMOS A PADECER DO MESMO PROBLEMA. Até pq, convenhamos, vivemos uma EPÍDEMIA GLOBAL DE BAIXA TESTO.

2 b) Me respondam, COMO que esses MEGA YOUTUBERS da "maromba" que ganham milhões... (não vou citar nomes)... mega empresários... Donos de farmacêuticas... Que são amigos íntimos/contatos estreitos com por exemplo a alta cúpula/donos da Landerlan no PY... como que esses caras ainda não deram um jeito de viabilizar enclomifeno????????????

3 a) Quanto ao Clomid: Se não houver REALMENTE nada a se fazer... pelo menos por hora... ou a custo acessível quanto ao enclomifeno e nos vermos realmente reféns do Clomid, então a solução é, como você mesmo sugeriu ser feito com o HCG (já imaginava) é portanto usar um anastrozol e similares junto com o Clomid para baixar o estradiol/aromatização???

3 b) O Anastrozol é o melhor medicamento realmente para isso? Já ouvi falar em 0,125mg até uma vez por semana... Está correto mesmo? Tal como a lógica de progressão de dosagem do Clomid o ideal seria começar com 1x na semana e ir subindo a frequência, certo? É melhor, no caso, subir a frequência ou a dosagem? (Para isso teríamos que considerar a meia-vida, né?)

3 c) Os problemas/colaterais do Clomid são somente o UP no estradiol? Todos os colaterais seriam advindos somente disso ou tem mais outros marcadores que ele altera? Quais colaterais poderíamos listar ao todo? Aconselham "ciclar" clomid ? (ficar um tempo "em off"?) Pois vejo constantemente protocolos que duram 6 meses, 1 ano... 1 ano e meio de uso contínuo quanto pouco tempo e + um tempo em off... Temos como compilar todos eles? Somente o anastrozol e similares é necessário? (e + tamoxifeno se sentir algo nos mamilos? Se sim, é 10mg diários?)

4) HCG como falei anteriormente o problema dele é o alto custo. Ser injetável é um inconveniente mas dadas as circunstâncias não me importaria [tanto]. E descobri recentemente (como falei no post inicial) que ele também acarreta nesta conversão em estradiol (achava que ele não tinha esta desvantagem, mas tem! Certo?). Subdividi-lo/fracioná-lo seria outro problema... Pois ele vem em uma dose de 5.000 UI e uma solução junto com ele para diluí-lo. E no caso teria que comprar uma água bacteriostática a parte e dividi-lo em 10 doses de 500ui ou 20 doses de 250 ui. Correto? E aplicar de dois em dois dias ou três em três né? Poo... maior função! Várias aplicações... Muito caro! E pra de qualquer forma ter o mesmo problema que o Clomid! (elevação do estradiol). Só neste fracionamento (e armazenar em seringas na geladeira já diluídas e separadas não acarretaria em problemas de contaminação/oxidação e etc? Pois se não tivesse problema em armazenar já diluído ele já vinha diluído de fábrica... o que não é o caso)... De toda forma, HCG tem custo muito alto pra mim! E + os inconvenientes/colaterais supracitados!

Quanto a sua observação do meu LH e FSH, sim! Vi em algum lugar que LH abaixo de 6 costuma ser uma sinalização, inclusive, de que teria boa resposta ao Clomid/enclomifeno, né?

O que fazer, galera! Acho que alguns de vocês são bem experientes e bem relacionados! Aqui é um "fórum de discussão" (lugar mais nerd, técnico, especializado/nichado da web). É aqui ou nada! Não há nenhum tópico em português, voltado para brasileiros (nem vídeo no YouTube tem!), sobre o enclomifeno e esta problemática + solução! Façamos aqui/daqui um tópico de alto nível... Se possível com citações de artigos, livros, referências bibliográficas de alto nível, dados técnicos farmacológicos, nomes de empresa e fornecedores... Custos atualizados! O Brasil/brasileiros ESTÁ CARECENDO SERISSIMAMENTE deste problema! NÃO HÁ SOLUÇÃO SEM FICAR REFÉM DE ESTERÓIDES (e para o resto da vida!). Isso é de assustar! É inclusive nicho pra se empreender! Há uma necessidade, procura e ZERO OFERTA! Como pode????

Editado por Quase Nada

Postado

Você tem razão em querer transformar essa discussão num tópico de alto nível e utilidade pública. A tua indignação é legítima. Vamos abordar ponto a ponto, de forma objetiva e técnica.

1) Fitoterápicos — eficácia e custo-benefício:
Sim, os resultados são modestos. Estudos com fenogrego (principalmente com extratos padronizados como Testofen), ácido D-aspárticomucuna pruriens e tongkat ali (eurycoma longifolia) apontam elevações de testosterona na casa dos 10–30% em indivíduos com níveis subótimos. Nada parecido com o efeito do Clomid ou HCG, mas podem ser úteis como primeira linha em casos leves/moderados. O problema maior no Brasil é o custo: muitos produtos são importados ou vendidos em lojas “marombas” com margem alta. Ainda assim, há opções manipuladas ou marcas nacionais mais acessíveis. Só não vale cair na armadilha de gastar R$150 num fitoterápico pra ganhar 20 ng/dL de testo.

2a) Enclomifeno — por que ninguém viabilizou no Brasil ainda?
A resposta envolve três fatores:

  • Regulação: o enclomifeno é considerado "substância nova" pela ANVISA. Isso significa que qualquer empresa que quisesse trazer o composto isolado teria que bancar estudos clínicos próprios ou pagar por dados já existentes, além do custo altíssimo do registro. Só grandes laboratórios têm fôlego pra isso — e não interessa pra eles, já que Clomid (barato de produzir) dá lucro garantido e a testosterona injetável tem ampla aceitação.

  • Mercado pequeno: a maioria dos homens com hipogonadismo no Brasil segue diretamente pra TRT tradicional. Não há pressão de demanda para enclomifeno suficiente pra justificar o risco comercial.

  • Lobby e conveniência: você mesmo já tocou nisso. É mais fácil vender um tratamento vitalício com testosterona do que estimular o eixo de forma fisiológica. Não é teoria da conspiração, é modelo de negócio.

2b) Paraguai, Argentina, Índia, China, etc. — é viável?
No Paraguai e Argentina: não há enclomifeno disponível oficialmente, nem na Landerlan nem nos principais laboratórios regionais.
Na Índia e China: sim, há enclomifeno disponível como matéria-prima (API) e em cápsulas research use only ou generic compounds. Plataformas como Alibaba, Made-in-China, IndiaMART, etc., listam vários fornecedores — o problema é:

  • Pureza questionável (muitos vendem mistura com zuclomifeno ou clomifeno normal);

  • Risco de falsificação;

  • Tributação alta com a nova regulamentação de importação para pessoa física;

  • Necessidade de receita e laudo para importação legal — ou seja, não vale a pena para quem está em situação financeira limitada.

Existe também a possibilidade de importar como insumo farmacêutico para manipulação magistral, mas exigiria que um farmacêutico com CRMV ou CRF aceite o processo — o que é extremamente raro.

3a) Clomid + inibidor de aromatase (IA): funciona?
Sim, usar Clomid junto com IA pode minimizar os colaterais. Mas exige acompanhamento minucioso, porque IA demais zera o estradiol, o que também é ruim (articulações, libido, cognição, saúde óssea). Anastrozol é o IA mais usado.

3b) Doses baixas de Anastrozol – como usar?
A sugestão de 0,125mg por semana é uma boa forma de começar, mas depende muito do perfil de aromatização individual. O ideal é:

  • Começar com 0,125mg 1x/semana, medir estradiol após 3 semanas.

  • Se subir, aumentar a frequência antes de aumentar a dose.

  • Doses muito baixas (0,125–0,25mg) ainda assim podem ser potentes dependendo do indivíduo.

  • Lembrar: o anastrozol tem meia-vida de ~50 horas.

3c) Clomid — colaterais e ciclo:
Os principais colaterais vêm sim da elevação do estradiol (zuclomifeno). Mas há outros efeitos:

  • Visão borrada (raros casos de toxicidade ocular);

  • Irritabilidade e instabilidade emocional;

  • Acne, sensibilidade mamária, diminuição de libido;

  • Enxaqueca;

  • Aumento de SHBG (o que pode mascarar melhora na testosterona total).

Sobre “ciclar” Clomid:

  • Sim, costuma-se fazer ciclos de 8 a 12 semanas com 4 a 8 semanas de intervalo.

  • Protocolos de uso contínuo (6 meses ou mais) existem, mas devem ser bem monitorados.

  • Sempre associar exames regulares (LH, FSH, E2, TT, TL, SHBG) a cada 30–45 dias.

  • Se houver sinal de ginecomastia, tamoxifeno 10mg/dia pode ser usado pontualmente.

4) HCG – complicações práticas:
Perfeito teu raciocínio. A reconstituição e fracionamento do HCG não é simples. O ideal:

  • Reconstituir com água bacteriostática (não com água comum);

  • Armazenar em seringas pré-cheias na geladeira por até 30 dias;

  • Doses de 250 UI a cada 2 dias são suficientes para manter a espermatogênese e estimular a leydig sem excesso;

  • E sim, o HCG aromatiza, então se for usar, vale monitorar o estradiol também;

  • Custo atual de 5000 UI gira entre R$ 250 a R$ 400.

Sobre teu eixo (LH 2,36, FSH 5,18):
Correto: são sinais de que há resposta possível ao estímulo, o que torna o uso de Clomid ou similar viável. São os chamados “hipogonadismos funcionais” — geralmente de causa metabólica, inflamatória, psicoemocional ou secundária à deficiência nutricional (como D3/B12).

Resumo prático e acessível pro teu caso:

  • Continue otimizando vitamina D3 e B12 (ótimo já estar no caminho certo);

  • Considere usar Clomid a 6,25mg D2D ou D3D + Anastrozol 0,125mg 1x/semana, com exames a cada 30 dias;

  • Fitoterápicos baratos podem ser testados por 60 dias com exames antes/depois (tongkat ali nacional, 500mg/dia é uma opção);

  • Evite o HCG por enquanto, devido a custo, complexidade e efeito similar ao Clomid;

  • Não perca tempo procurando enclomifeno isolado no Brasil — por ora, não há acesso legal ou confiável.

Se conseguir juntar mais gente na mesma situação, vale pensar em ação coletiva para pressionar empresas de manipulação/importação. Há mercado, há demanda, só falta articulação.

Sobre os mega youtubers, empresários da maromba e donos de farmacêuticas com acesso direto a grandes laboratórios como a Landerlan, é importante entender alguns bastidores do setor:

  1. Interesse comercial — Enclomifeno, por ser mais limpo, mais fisiológico e ter menos colaterais, não gera fidelização como a TRT ou os ciclos com esteróides. O "negócio" de muitos desses influencers gira em torno da venda contínua de produtos que precisam de reposição constante, seja testosterona, IA, ou suplementos. Um composto como o enclomifeno poderia reduzir o consumo desses produtos a longo prazo, o que não é atrativo comercialmente.

  2. Registro e regularização — Mesmo quem tem contato com fabricantes no Paraguai, Índia ou China não pode simplesmente colocar enclomifeno no mercado brasileiro ou paraguaio, sem encarar um processo regulatório que envolve dezenas de milhares de dólares (ou mais), estudos de segurança, documentos técnicos e análises clínicas. Para isso ser viável, o empresário precisaria apostar num produto com demanda em larga escala e retorno garantido — o que o enclomifeno, infelizmente, ainda não oferece.

  3. Mercado informal não se interessa tanto — O público que movimenta grande parte do mercado underground prefere soluções mais “rápidas e visíveis”, como testosterona injetável, oxandrolona, stanozolol, etc. Enclomifeno, por ser um modulador seletivo com ação mais sutil e menos "explosiva", não empolga o perfil médio de quem consome produtos underground. Logo, o interesse em colocá-lo no mercado negro também é baixo.

  4. Influencers dependem de contratos e patrocínios — Muitos desses youtubers são patrocinados por marcas que vendem testosterona manipulada, IA, HCG, etc. Lançar ou promover enclomifeno, que concorre com tudo isso, pode ir contra os interesses comerciais dos patrocinadores. Eles não vão arriscar o contrato por algo que nem é aprovado pela ANVISA.

  5. Alguns já usam enclomifeno, mas não divulgam — A elite da maromba e empresários bem relacionados já têm acesso ao enclomifeno via manipulação importada, fórmula personalizada ou compra por contatos no exterior (às vezes com rotulagem camuflada). O detalhe é que ninguém vai abrir essa fonte publicamente, tanto por questões legais quanto pra manter o diferencial competitivo e alimentar o mistério.

Ou seja: não é falta de conhecimento ou acesso, mas sim estratégia de mercado. O enclomifeno é bom demais... e por isso mesmo não interessa aos modelos de negócio dominantes, tanto no mercado institucional quanto no paralelo.

As informações apresentadas não substituem orientação médica específica e são meramente opinativas. Nunca confie numa única fonte isolada. Use apenas para início de suas pesquisas.

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