-
Total de itens
662 -
Registro em
-
Última visita
-
Dias que ganhou
20
Cláudio Chamini foi o melhor membro do dia em 7 de maio
Cláudio Chamini postou o conteúdo mais curtido!
Dados pessoais
-
Sexo
Masculino
Detalhes
-
Profissão
Fisiculturista
Últimos Visitantes
O bloco dos últimos visitantes está desativado e não está sendo visualizado por outros usuários.
Conquistas de Cláudio Chamini
-
Cláudio Chamini reputou uma resposta no tópico: Em busca de definição- Ex obesa
-
Cláudio Chamini reputou uma resposta no tópico: Em busca de definição- Ex obesa
-
Cláudio Chamini reputou uma resposta no tópico: Em busca de definição- Ex obesa
-
Cláudio Chamini reputou uma resposta no tópico: Em busca de definição- Ex obesa
-
Cláudio Chamini reputou uma resposta no tópico: Em busca de definição- Ex obesa
-
O tema da "gordura" é sempre muito buscado por questões de saúde e estética. Caso você ainda não tenha muito domínio sobre a questão do percentual de gordura, vale a pena conferir algumas matérias que já postamos no site sobre este tema: o que é o percentual de gordura, como medir esse percentual, quais são os níveis saudáveis, quais são os níveis para estética (barriga tanquinho) e os extremos do baixíssimo percentual de gordura de fisiculturistas. Nesta matéria, vamos apresentar um guia visual para ajudar a entender como diferentes faixas de %GC (percentual de gordura corporal) se manifestam na aparência física de homens e mulheres. Isso vai permitir que você tenha uma noção de qual é o seu percentual de gordura atual. Em seguida, exploraremos onde a gordura corporal tende a se acumular e quais fatores, como genética, sexo e hormônios, influenciam essa distribuição. Guia visual: como o percentual de gordura modela o corpo Palavras e números podem descrever o %GC, mas imagens (ou descrições visuais) fornecem uma compreensão mais imediata de como diferentes níveis de gordura corporal realmente se manifestam na aparência física. Introdução às representações visuais Esta seção tem como objetivo fornecer um guia visual aproximado. As descrições a seguir ilustram como homens e mulheres podem parecer em diferentes faixas de %GC. É fundamental lembrar que estas são apenas representações gerais. A aparência real de um indivíduo em um determinado %GC pode variar significativamente devido a fatores como: Massa muscular: alguém com mais massa muscular parecerá mais "definido" ou "denso" no mesmo %GC do que alguém com menos músculo. Distribuição de gordura: a genética e os hormônios ditam onde o corpo tende a armazenar gordura (abdômen, quadris, coxas, etc.), afetando a forma geral. Altura e estrutura óssea: diferenças na estrutura esquelética e altura influenciam as proporções corporais. Idade: a pele e a distribuição de gordura mudam com a idade. Iluminação e pose: fatores fotográficos podem alterar drasticamente a percepção da definição muscular. As descrições a seguir consideram vistas de frente, lado e costas para uma avaliação mais completa. Exemplos visuais masculinos (frente, lado, costas) Vamos apresentar exemplos visuais dos seguintes percentuais: %GC alto (ex: 30%+), %GC médio (ex: 20-25%), %GC baixo (ex: 12-15%) e %GC muito baixo (ex: 6-10%). %GC alto (ex: 30%+) Frente: ausência total de definição muscular. Acúmulo visível de gordura no peito, abdômen proeminente e arredondado ("barriga de cerveja"), cintura larga. Lado: perfil arredondado, com a barriga claramente projetada para frente, possivelmente com dobras de gordura. Postura pode ser afetada. Costas: sem definição muscular, gordura pode acumular na região lombar ("pneus") e parte superior das costas. %GC médio (ex: 20-25%) Frente: aparência "normal" mas "soft". Pouca ou nenhuma definição abdominal. Músculos peitorais e braços sem contornos nítidos. Cintura menos definida. Lado: abdômen pode ter uma leve saliência, mas não tão pronunciada quanto na faixa alta. Costas: sem definição clara, aparência lisa. %GC baixo (ex: 12-15%) Frente: aparência magra e atlética. Músculos abdominais começam a ser visíveis, especialmente os superiores. Definição nos braços, ombros e peito. Vascularização leve pode ser vista nos braços. Lado: perfil mais reto, abdômen plano ou com leve definição. Costas: alguma definição muscular pode ser visível, como a separação dos músculos das costas. %GC muito baixo (ex: 6-10%) Frente: aparência "rasgada". "Six-pack" claramente definido. Músculos peitorais, ombros e braços bem separados e definidos. Vascularização proeminente nos braços e possivelmente no abdômen/peito. Lado: perfil muito magro, com definição muscular clara nos oblíquos. Costas: definição muscular acentuada, com separação clara dos músculos dorsais, lombares e trapézios. Possíveis estrias musculares. Exemplos visuais femininos (frente, lado, costas) Para as mulheres, ilustramos com os seguintes percentuais: %GC alto (ex: 35%+), %GC médio (ex: 25-30%), %GC baixo (ex: 20-24%) e %GC muito baixo (ex: 15-19%). %GC alto (ex: 35%+) Frente: sem definição muscular. Acúmulo de gordura visível no abdômen, quadris, coxas e seios. Rosto e pescoço podem parecer mais cheios. Lado: perfil arredondado, com gordura evidente nos quadris, nádegas e abdômen. Costas: sem definição muscular, gordura acumulada na região lombar, quadris e parte superior das costas. Aparência de celulite pode ser mais evidente. %GC médio (ex: 25-30%) Frente: aparência "média", não magra nem acima do peso. Curvas nos quadris e coxas são aparentes. Pouca ou nenhuma definição abdominal. Lado: curvas suaves nos quadris e nádegas. Abdômen pode ser plano ou ter uma leve curvatura. Costas: aparência lisa, sem definição muscular significativa. %GC baixo (ex: 20-24%) Frente: aparência "em forma" e atlética. Alguma definição muscular pode ser visível nos braços, pernas e talvez levemente no abdômen superior. Curvas ainda presentes, mas mais tonificadas. Lado: perfil mais magro, com contornos musculares começando a aparecer. Quadris e nádegas menos arredondados. Costas: leve definição muscular pode ser visível. %GC muito baixo (ex: 15-19%) Frente: aparência magra e definida. Músculos abdominais visíveis (grau varia). Definição clara nos braços, ombros e pernas. Vascularização leve pode ser aparente. Lado: perfil magro com definição muscular clara, incluindo oblíquos. Quadris e nádegas parecem mais musculares do que arredondados. Costas: definição muscular visível nas costas e ombros. Detalhes por tipo de estética ("gorda", "magra", "musculosa") É útil também pensar em termos de tipos gerais de físico, que combinam %GC e massa muscular. Compreender que a estética final depende tanto da gordura quanto do músculo é fundamental para definir objetivos realistas. Estética "gorda" (alto %GC, massa muscular variável) Caracterizada por um alto percentual de gordura corporal, resultando em pouca ou nenhuma definição muscular visível, independentemente da quantidade de músculo por baixo. A forma geral é mais arredondada. Homem com estética gorda: Mulher com estética gorda: Estética "magra" (baixo %GC, baixa massa muscular) Refere-se a um baixo peso corporal e baixo %GC, mas também com pouca massa muscular desenvolvida. A pessoa parece magra, mas sem contornos musculares definidos. Se o %GC for genuinamente baixo, a pessoa parecerá magra, mas não necessariamente "atlética" ou "definida". Homem com estética magra: Mulher com estética magra: Estética "musculosa" (baixo a moderado %GC, alta massa muscular) Combina um percentual de gordura baixo o suficiente para revelar os músculos com uma quantidade significativa de massa muscular desenvolvida. Isso resulta em uma aparência definida, tonificada e atlética. Homem com estética musculosa: Mulher com estética musculosa: Onde a gordura se acumula: genética, sexo e outros fatores Por que algumas pessoas acumulam gordura principalmente na barriga, enquanto outras a armazenam nos quadris e coxas? A distribuição da gordura corporal não é aleatória; é influenciada por uma complexa interação de fatores. Gordura subcutânea vs. gordura visceral Como já introduzido, a localização da gordura importa muito para a saúde. Gordura subcutânea (TAS): é a camada de gordura localizada logo abaixo da pele. É a gordura que influencia a aparência e a definição muscular. Embora o excesso não seja ideal, a gordura subcutânea, especialmente nas pernas e quadris, parece ter um papel menos prejudicial ou até protetor em comparação com a gordura visceral. Gordura visceral (TAV): localizada profundamente na cavidade abdominal, envolvendo os órgãos internos. O excesso de gordura visceral está fortemente ligado a riscos metabólicos e cardiovasculares elevados, como resistência à insulina, diabetes tipo 2, doenças cardíacas e inflamação crônica. A relação entre gordura visceral e subcutânea (VAT/SAT ratio) é um indicador importante de risco. Padrões de distribuição de gordura (androide vs. ginoide) Existem dois padrões principais de distribuição de gordura corporal: Padrão androide ("formato de maçã") Caracterizado pelo acúmulo de gordura predominantemente na região abdominal e tronco. É mais comum em homens. Esse padrão está associado a um maior acúmulo de gordura visceral e, consequentemente, a um risco aumentado de doenças cardiovasculares e metabólicas. Padrão ginoide ("formato de pera") Caracterizado pelo acúmulo de gordura principalmente nos quadris, nádegas e coxas. É mais comum em mulheres na pré-menopausa. Embora o excesso de gordura não seja ideal, esse padrão é geralmente considerado metabolicamente menos arriscado. Influência do sexo (hormônios, menopausa) Os hormônios sexuais desempenham um papel crucial: Estrogênio (predominante em mulheres): favorece o acúmulo de gordura subcutânea nas regiões ginoide durante os anos reprodutivos. Testosterona (predominante em homens): favorece o acúmulo de gordura na região abdominal (androide) e maior desenvolvimento de massa muscular. Menopausa: com a diminuição do estrogênio, mulheres tendem a uma mudança na distribuição de gordura, com aumento do acúmulo abdominal/visceral, elevando o risco cardiovascular e metabólico. Influência da genética A genética tem uma influência substancial tanto na quantidade total de gordura quanto em onde ela é armazenada. Estudos estimam alta herdabilidade da gordura visceral e da distribuição entre tronco e membros. Centenas de genes foram associados à obesidade e distribuição de gordura, afetando apetite, metabolismo e diferenciação das células de gordura. A genética define uma predisposição, mas fatores ambientais (dieta, exercício) interagem com os genes. Outros fatores influenciadores Além do sexo e da genética, outros fatores modulam o acúmulo de gordura: Idade: o envelhecimento leva a aumento da gordura total/visceral e diminuição da massa magra/subcutânea. Cortisol (hormônio do estresse): o estresse crônico eleva o cortisol, que promove o acúmulo de gordura, especialmente na região abdominal (visceral), e pode aumentar o apetite por alimentos ricos em energia. Insulina: a resistência à insulina, frequentemente associada ao excesso de gordura visceral, pode criar um ciclo vicioso, onde a gordura visceral contribui para a resistência, e esta promove maior acúmulo de gordura. Estilo de vida: Sono: a privação crônica de sono está associada ao aumento da gordura abdominal (visceral), podendo desregular hormônios do apetite e aumentar o cortisol. Estresse: impacta o cortisol e a distribuição de gordura. Dieta e exercício: ingestão calórica excessiva e falta de atividade física são motores do ganho de gordura. O tipo de dieta e exercício também influencia a composição e distribuição. Compreender esses múltiplos fatores ajuda a explicar por que uma abordagem multifacetada (dieta, exercício, sono, estresse) é geralmente a mais eficaz para gerenciar a composição corporal. Conclusão Nesta matéria, oferecemos um guia visual descritivo para entender como diferentes níveis de percentual de gordura afetam a aparência e exploramos os complexos fatores que determinam onde nosso corpo tende a acumular gordura – desde a genética e hormônios até o estilo de vida. Compreender esses aspectos é importante não só para a estética, mas também para a saúde, já que a localização da gordura (especialmente a visceral) tem grande impacto no nosso bem-estar. Fontes de consulta Body fat percentage - Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Body_fat_percentage. Acesso em 07 de mai. de 2025. Body Fat Percentage: Understanding and Measuring Body Fat | Withings. Disponível em: https://www.withings.com/us/en/health-insights/about-body-fat. Acesso em 07 de mai. de 2025. Normal Weight Obesity: How to Manage a 'Skinny Fat' Body Composition - NASM Blog. Disponível em: https://blog.nasm.org/skinny-fat. Acesso em 07 de mai. de 2025. ICO 2024: Distribuição de gordura corporal e alterações.... Disponível em: https://portal.afya.com.br/endocrinologia/ico-2024-distribuicao-de-gordura-corporal-e-alteracoes-metabolicas. Acesso em 07 de mai. de 2025. Body Fat Percentage: Calculation, Age and Gender Chart - MedicineNet. Disponível em: https://www.medicinenet.com/what_should_your_body_fat_percentage_be/article.htm. Acesso em 07 de mai. de 2025. What Body Fat Percentages Actually Look Like - Kubex Fitness. Disponível em: https://kubexfitness.com/blog/body-fat-percentages-actually-look-like/. Acesso em 07 de mai. de 2025. Body Fat Percentage Comparison for Women [Visual Guide] | Ultimate Performance. Disponível em: https://ultimateperformance.com/your-goal/fat-loss/female-fat-loss/womens-body-fat-percentage-in-pictures/. Acesso em 07 de mai. de 2025. Subcutaneous adipose tissue & visceral adipose tissue - PMC. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6702693/. Acesso em 07 de mai. de 2025. The ratio of visceral to subcutaneous fat, a metric of body fat .... Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3636065/. Acesso em 07 de mai. de 2025. Gordura visceral, subcutânea ou intramuscular... - SciELO Brasil. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abem/a/j8Lxwgqw3mVxm9t4p7mdFkt/?format=html. Acesso em 07 de mai. de 2025. Body Fat Percentage, accessed April 26, 2025, http://www.intrainingsports.com/fitness-blog/body-fat-percentages.html. Acesso em 07 de mai. de 2025. Body Fat Percentage Pictures: A Visual Guide for Men - Menno Henselmans. Disponível em: https://mennohenselmans.com/body-fat-percentage-pictures-a-visual-guide-for-men/. Acesso em 07 de mai. de 2025. Body Fat Percentage Women | How To Measure | ATHLEAN-X. Disponível em: https://athleanx.com/articles/women-body-fat-percentage-photos. Acesso em 07 de mai. de 2025. Key Factors Influencing Body Composition and Its Distribution - A.... Disponível em: https://www.nccor.org/tools-assessingobesity-guide/key-factors-influencing-body-composition-and-its-distribution/. Acesso em 07 de mai. de 2025. Body Fat Percentage - why do men and women differ? - EVOLT 360. Disponível em: https://evolt360.com/body-fat-percentage-why-do-men-and-women-differ/. Acesso em 07 de mai. de 2025. bvsms.saude.gov.br. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/mundo_saude_artigos/composicao_idosos_interevenientes.pdf. Acesso em 07 de mai. de 2025. Influência da idade, das características... - SciELO Brasil. Disponível em: https://www.scielo.br/j/fp/a/SkTf9FmkTsj8qK5VkFHMDTG/?lang=pt. Acesso em 07 de mai. de 2025. Aging changes in body shape: MedlinePlus Medical Encyclopedia. Disponível em: https://medlineplus.gov/ency/article/003998.htm. Acesso em 07 de mai. de 2025. The Role of Genetics in Fat Distribution and Liposuction Outcomes.... Disponível em: https://phoenixliposuction.com/blog/the-role-of-genetics-in-fat-distribution-and-liposuction-outcomes/. Acesso em 07 de mai. de 2025. Our genes affect where fat is stored in our bodies | ScienceDaily. Disponível em: https://www.sciencedaily.com/releases/2019/01/190121103400.htm. Acesso em 07 de mai. de 2025. Gene-Environment Interactions on Body Fat Distribution - PMC. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6696304/. Acesso em 07 de mai. de 2025. Android fat distribution - Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Android_fat_distribution. Acesso em 07 de mai. de 2025. Estrogen Deficiency and the Origin of Obesity during Menopause.... Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3964739/. Acesso em 07 de mai. de 2025. Qual a relação entre estresse, cortisol e obesidade? - Nutritotal PRO. Disponível em: https://nutritotal.com.br/pro/qual-a-relacao-entre-estresse-cortisol-e-obesidade/. Acesso em 07 de mai. de 2025. Stress and Obesity: Are There More Susceptible Individuals? - PMC. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5958156/. Acesso em 07 de mai. de 2025. Falta de sono aumenta gordura abdominal prejudicial - Rede de .... Disponível em: https://newsnetwork.mayoclinic.org/pt/2022/04/12/falta-de-sono-aumenta-gordura-abdominal-prejudicial/. Acesso em 07 de mai. de 2025. Qual é o seu percentual de gordura atual e o seu padrão de distribuição de gordura corporal? Deixe nos comentários.
-
- percentual de gordura
- bf
-
(e 1 mais)
Tags:
-
RenatoTex33 reputou uma resposta no tópico: Ajuda com TPC simples e eficaz?
-
Porchat reputou uma resposta no tópico: Ajuda com TPC simples e eficaz?
-
É impossível não notar o físico de um fisiculturista em fase de competição. A pele colada no corpo deixa à mostra toda a musculatura. O que esses atletas fazem para atingir esse resultado, como ficam com o percentual de gordura tão baixo? Vamos adentrar no mundo do fisiculturismo competitivo. Como esses atletas atingem níveis de gordura corporal incrivelmente baixos para subir ao palco? Quais são as práticas envolvidas na fase final de preparação (pré-contest)? E, mais importante, quais são os riscos severos para a saúde associados a esses extremos? É crucial entender que este é um contexto específico, temporário e que não representa um modelo de saúde ou estética sustentável. Caso você não esteja ainda familiarizado com percentual de gordura, talvez seja interessante acompanhar as matérias anteriores que trataram sobre o que é o percentual de gordura, como medir esse percentual, quais são os níveis saudáveis e quais são os níveis para estética (barriga tanquinho). Sabendo disso tudo, você estará pronto para conhecer as práticas radicais do fisiculturismo, que é um esporte de elite para poucos. O extremo do extremo: debatendo as práticas de fisiculturistas pré-competição Fisiculturistas competitivos levam a busca pela definição muscular a um nível extremo, visando atingir níveis de gordura corporal incrivelmente baixos para maximizar a visibilidade muscular, vascularização e estrias no palco. Os %GC alvo frequentemente ficam abaixo dos níveis de gordura essencial (3-5% para homens, 8-12% para mulheres). É fundamental entender que essas práticas são temporárias, específicas para a competição e carregam riscos significativos para a saúde, não devendo ser confundidas com metas saudáveis ou sustentáveis para a população geral. Práticas comuns pré-competição ("pré-contest"): Alcançar essa condição extrema envolve uma combinação de estratégias intensas, especialmente na reta final conhecida como "peak week": Restrição calórica severa: dietas extremamente baixas em calorias por meses, levando a uma baixa disponibilidade energética (LEA), que pode ter consequências negativas se abaixo de certos níveis. Exercício de alto volume: combinação de treinamento de força intenso para preservar músculos e grandes volumes de exercícios cardiovasculares para maximizar a queima de calorias. Manipulação hídrica extrema: fases de "carregamento" de água seguidas por restrição severa nas horas/dias finais para desidratar o corpo e reduzir a água subcutânea, buscando a aparência "seca". Manipulação de eletrólitos: alterações na ingestão de sódio e potássio para influenciar a retenção de líquidos e a aparência muscular. Uso de diuréticos: frequentemente utilizam diuréticos (farmacêuticos ou "naturais") para forçar a eliminação de água do corpo, intensificando a aparência "rasgada". Uso de substâncias para melhoria de desempenho (PEDs): O uso de esteroides anabolizantes (AAS), Clenbuterol, hormônios tireoidianos (T3) e outras drogas é comum (embora muitas vezes não admitido ou proibido em competições "naturais") para ajudar a preservar músculo na dieta extrema, acelerar a perda de gordura e aumentar o metabolismo. Para quem deseja competir, vamos detalhar um pouco de cada uma dessas estratégias. 1. Restrição calórica severa Esta é talvez a fundação da preparação de um fisiculturista para competição e geralmente começa muitos meses antes do evento. "Severa", neste contexto, significa impor ao corpo um déficit calórico muito significativo e prolongado, muitas vezes levando a ingestão calórica para níveis bem abaixo da Taxa Metabólica Basal (TMB) do indivíduo por períodos extensos. O objetivo principal é reduzir o percentual de gordura corporal ao mínimo fisiologicamente possível, enquanto se tenta, arduamente, preservar o máximo de massa muscular magra – um equilíbrio extremamente difícil de alcançar. Como geralmente é abordada (de forma descritiva): Duração e intensidade: a fase de restrição pode durar de 12 a 20 semanas, ou até mais, com o déficit calórico tornando-se progressivamente mais agressivo à medida que a competição se aproxima. Controle de macronutrientes: envolve um controle meticuloso. As proteínas geralmente são mantidas em níveis elevados (ex: 2-3g por kg de peso corporal ou mais) na tentativa de minimizar o catabolismo muscular. Os carboidratos e as gorduras são os macronutrientes primariamente manipulados, sendo progressivamente reduzidos e, por vezes, ciclados (dias de alta, média e baixa ingestão) para continuar estimulando a perda de gordura e tentar manejar os níveis de energia e desempenho nos treinos. "Dias de realimentação" (refeed days) ou "quebras de dieta" (diet breaks): alguns protocolos incluem dias planejados com maior ingestão calórica (principalmente de carboidratos) para tentar mitigar algumas das adaptações metabólicas negativas (como a queda da leptina e hormônios tireoidianos) e o impacto psicológico da restrição prolongada. No entanto, o balanço energético geral permanece fortemente negativo. Riscos diretos e detalhados da restrição calórica severa: Baixa disponibilidade energética (LEA) crônica: esta é uma consequência quase inevitável e leva a uma cascata de problemas, incluindo disfunção hormonal severa (queda drástica de testosterona em homens, amenorreia ou irregularidades menstruais em mulheres, supressão da função tireoidiana), resultando em perda de libido, potencial infertilidade e um metabolismo significativamente mais lento (termogênese adaptativa). Deficiências nutricionais: a baixa ingestão calórica e a restrição de certos grupos alimentares aumentam drasticamente o risco de deficiências de vitaminas, minerais e eletrólitos essenciais, impactando inúmeras funções corporais. Perda de massa muscular (catabolismo): apesar do alto consumo de proteínas e do treinamento de força, a restrição calórica severa e prolongada, especialmente quando combinada com baixo percentual de gordura, inevitavelmente leva à perda de tecido muscular, o que é contraproducente para o fisiculturista. Fadiga extrema e queda de performance: os níveis de energia despencam, afetando a capacidade de treinar intensamente, a recuperação e as funções cognitivas como concentração e foco. Impacto psicológico severo: pode levar a irritabilidade constante, alterações de humor, dificuldade de concentração, isolamento social, desenvolvimento de uma relação obsessiva e disfuncional com a comida e o corpo, e um risco significativamente aumentado de desenvolver ou agravar transtornos alimentares (anorexia, bulimia, ortorexia). Supressão do sistema imunológico: A LEA e o estresse fisiológico tornam o corpo mais vulnerável a infecções. Em razão desses riscos, essa conduta deve ser acompanhada de perto pelo nutricionista e pelo coach. 2. Exercício de alto volume Paralelamente à restrição calórica, a carga de exercícios é frequentemente aumentada a níveis muito elevados. O "alto volume" aqui se refere tanto ao treinamento de força (musculação) quanto ao exercício cardiovascular, ambos intensificados para maximizar a queima de gordura e tentar reter a massa muscular. Como geralmente é abordado (de forma descritiva): Treinamento de força (musculação): as sessões podem ocorrer de 5 a 7 dias por semana, muitas vezes com um grande número de séries e repetições, ou utilizando técnicas avançadas de intensidade (como superséries, drop sets, rest-pause) para maximizar o estímulo muscular, mesmo com baixos níveis de energia. O objetivo é sinalizar ao corpo a necessidade de manter a massa muscular. Exercício cardiovascular: o volume de cardio é drasticamente aumentado. Não é incomum que atletas realizem sessões diárias, às vezes duas por dia (por exemplo, cardio aeróbico de baixa intensidade e longa duração - LISS - em jejum pela manhã, e outra sessão, talvez de HIIT ou LISS, mais tarde). A quantidade (ex: 30-60 minutos por sessão, ou mais) é ajustada para aumentar o déficit calórico total. Riscos diretos e detalhados do exercício de alto volume (especialmente combinado com restrição calórica): Risco elevado de overreaching não funcional e overtraining: a combinação de baixa disponibilidade energética e treino excessivo pode facilmente levar o corpo a um estado onde ele não consegue mais se recuperar adequadamente. Isso resulta em queda de performance, fadiga crônica, distúrbios do sono e alterações de humor. Aumento do risco de lesões: a fadiga constante, a recuperação muscular e articular comprometida pela dieta restritiva, e a pressão para manter a carga de treino aumentam significativamente a probabilidade de lesões musculares, tendíneas e articulares. Supressão adicional do sistema imunológico: O estresse combinado da dieta e do exercício excessivo pode deprimir ainda mais a função imunológica, aumentando a frequência de doenças. Fadiga do sistema nervoso central (SNC): o SNC também sofre com a sobrecarga, o que pode levar a uma sensação de esgotamento, apatia, dificuldade de motivação e problemas de sono. Desgaste psicológico e burnout: a enorme demanda de tempo e energia para cumprir rotinas de treino tão volumosas, somada à fome e fadiga da dieta, pode levar ao esgotamento mental e físico completo (burnout). Recuperação muscular prejudicada: com aporte calórico e de nutrientes inadequado, a capacidade do corpo de reparar os danos musculares induzidos pelo treino e de repor os estoques de energia (como o glicogênio muscular) fica severamente limitada, podendo levar a um ciclo vicioso de mais dano e menos recuperação. 3. Manipulação hídrica extrema Esta é uma das práticas mais arriscadas e controversas da "peak week" (a última semana antes da competição). O objetivo é eliminar o máximo possível de água subcutânea (água retida sob a pele) para que a pele pareça o mais fina possível, revelando extrema definição muscular, vascularização e estrias. Como geralmente é abordada (de forma descritiva): Fase de "carregamento de água" (water loading): nos dias que antecedem o corte final de água (ex: 5-7 dias antes), os atletas podem consumir volumes muito grandes de água, chegando a 8, 10 ou até 12 litros por dia ou mais. A teoria por trás disso é suprimir o hormônio antidiurético (ADH) e a aldosterona, que promovem a retenção de água e sódio, fazendo com que o corpo entre em um estado de maior excreção de água. Fase de "corte de água" (water cut/depletion): nas 24-48 horas (ou, em casos extremos, até mais) antes da competição, a ingestão de água é drasticamente reduzida, chegando a níveis muito baixos ou até mesmo a zero. A ideia é que o corpo continue excretando água (devido à supressão hormonal da fase de carregamento) mesmo com a ingestão mínima, resultando em desidratação e na aparência "seca". Variações e combinações: alguns protocolos podem envolver o uso de saunas, banhos quentes ou agasalhos para induzir a transpiração e aumentar a perda de líquidos. Frequentemente, essa prática é combinada com a manipulação de eletrólitos. Riscos diretos e detalhados da manipulação hídrica extrema: Desidratação severa aguda: é a consequência mais óbvia e pode levar a tontura, fraqueza extrema, cãibras musculares dolorosas e incapacitantes (que podem prejudicar a performance no palco), confusão mental, boca seca e olhos fundos. Desequilíbrio eletrolítico crítico e perigoso: a rápida alteração no volume de água e, muitas vezes, a manipulação de sódio e potássio (ver próximo item) podem causar desequilíbrios graves (como hiponatremia se o carregamento de água for excessivo sem sódio, ou hipercalemia/hipocalemia com o uso de diuréticos ou manipulação inadequada). Esses desequilíbrios podem levar a arritmias cardíacas potencialmente fatais, parada cardíaca e morte. Insuficiência renal aguda: os rins são colocados sob estresse extremo, primeiro para lidar com o excesso de água e depois com a falta dela e os desequilíbrios eletrolíticos. Isso pode levar a danos renais agudos. Hemoconcentração (espessamento do sangue): a desidratação aumenta a viscosidade do sangue, o que sobrecarrega o coração e aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos (trombose). Hipotensão ortostática (queda da pressão ao levantar) ou picos de pressão: pode causar tonturas, desmaios ou, em outros cenários de desequilíbrio, picos perigosos de pressão arterial. Colapso físico: a combinação de desidratação, depleção de eletrólitos, e o esforço físico de posar no palco sob luzes quentes pode levar ao colapso total do atleta. Danos neurológicos: em casos extremos de desidratação e desequilíbrio eletrolítico, podem ocorrer danos neurológicos. É crucial ressaltar que a manipulação hídrica é uma prática de alto risco, com potencial para consequências graves e até fatais, devendo ser considerada extremamente perigosa. 4. Manipulação de eletrólitos Esta prática é quase sempre realizada em conjunto com a manipulação hídrica e é igualmente, se não mais, perigosa. Envolve alterar drasticamente a ingestão de eletrólitos chave, principalmente sódio (Na+) e potássio (K+). O objetivo teórico é otimizar o balanço hídrico, tentando minimizar a água subcutânea (para uma pele mais "colada" ao músculo) e maximizar a água intracelular nos músculos (para um aspecto de "plenitude" muscular). Como geralmente é abordada (de forma descritiva): Sódio (Na+): Fase de carregamento (sodium loading): alguns protocolos iniciam com uma ingestão elevada de sódio (ex: 5-10g ou mais por dia) durante os primeiros dias da "peak week", geralmente coincidindo com a fase de carregamento de água. A lógica é que o sódio ajuda a reter água e pode, teoricamente, ajudar a suprimir a aldosterona (hormônio que retém sódio e água) mais tarde. Fase de depleção (sodium cutting): nos últimos 1-3 dias antes da competição, a ingestão de sódio é drasticamente reduzida, por vezes a níveis muito baixos ou quase zero. A teoria é que, com a aldosterona supostamente suprimida e a ingestão de sódio mínima, o corpo excretaria o excesso de sódio e, com ele, a água subcutânea. Potássio (K+): Fase de carregamento (potassium loading): frequentemente, quando o sódio é cortado, a ingestão de potássio é aumentada. Como o potássio é o principal cátion intracelular, a ideia é que ele ajude a puxar água para dentro das células musculares, contribuindo para a plenitude muscular. Isso pode ser feito através de alimentos ricos em potássio ou, de forma muito mais arriscada, através de suplementos de potássio. Timing com carboidratos (carb-loading): a manipulação final de eletrólitos e água é frequentemente sincronizada com uma fase de "carb-up" (aumento da ingestão de carboidratos). Como o glicogênio (forma de armazenamento de carboidratos nos músculos) retém água (aproximadamente 3g de água por grama de glicogênio), o objetivo é encher os músculos de glicogênio e água, maximizando seu volume e aparência. Riscos diretos e detalhados da manipulação de eletrólitos (agravados pela manipulação hídrica): Desequilíbrio eletrolítico severo e potencialmente fatal: esta é a principal e mais grave consequência. O balanço de sódio e potássio é vital para a função celular, nervosa e muscular, especialmente a cardíaca. Hiponatremia (baixo sódio): pode ocorrer com a depleção de sódio combinada com certos regimes hídricos. Sintomas incluem náusea, vômito, dor de cabeça, confusão, letargia, fraqueza e, em casos graves, convulsões, edema cerebral, coma e morte. Hipercalemia (alto potássio): extremamente perigosa e pode ser causada por suplementação excessiva de potássio, especialmente com função renal comprometida pela desidratação. Leva a fraqueza muscular, paralisia e, criticamente, a arritmias cardíacas graves e parada cardíaca. Hipocalemia (baixo potássio): pode ocorrer com o uso de certos diuréticos (ver próximo item) ou ingestão inadequada. Causa fraqueza, cãibras, fadiga e também pode levar a arritmias cardíacas perigosas. Arritmias cardíacas e parada cardíaca: este é o risco mais crítico. O coração depende de um equilíbrio preciso de eletrólitos para sua função elétrica normal. Alterações abruptas podem desencadear arritmias ventriculares fatais. Cãibras musculares dolorosas e espasmos: a alteração do equilíbrio eletrolítico afeta a excitabilidade neuromuscular. Comprometimento adicional da função renal: os rins lutam desesperadamente para tentar manter a homeostase eletrolítica sob essas manipulações extremas, o que pode levar a danos. Problemas neurológicos: além da confusão e letargia, desequilíbrios graves podem causar convulsões. Interação perigosa com outras práticas: quando combinada com manipulação hídrica extrema e o uso de diuréticos, os riscos de desequilíbrios eletrolíticos e suas consequências se multiplicam exponencialmente. A manipulação de eletrólitos também é uma das estratégias mais perigosas no fisiculturismo, com potencial direto para consequências cardíacas fatais. A busca por um detalhe estético mínimo através desta prática pode custar a vida. 5. Uso de diuréticos Esta é, sem dúvida, uma das práticas mais perigosas e potencialmente letais no fisiculturismo competitivo. Diuréticos são substâncias (farmacêuticas ou, em alguns casos, "naturais" com forte ação diurética) que forçam os rins a excretar mais sódio e água do corpo. O objetivo é alcançar um nível extremo de "secura" e definição muscular, eliminando o máximo possível de água subcutânea, especialmente quando outras táticas de desidratação não são consideradas "suficientes" pelo atleta. Como geralmente é abordado (de forma descritiva e com extremo alerta): Tipos de diuréticos: Farmacêuticos: atletas podem recorrer a diferentes classes de diuréticos prescritos, como diuréticos de alça (ex: furosemida), tiazídicos ou poupadores de potássio (ex: espironolactona). Frequentemente, combinações perigosas são usadas na tentativa de maximizar a perda de água, o que multiplica exponencialmente os riscos. A obtenção dessas substâncias é muitas vezes feita por meios ilícitos, sem prescrição ou acompanhamento médico. "Naturais" com ação diurética: alguns utilizam extratos de plantas ou ervas conhecidas por suas propriedades diuréticas (ex: cavalinha, dente-de-leão, uva-ursi). Embora possam parecer mais "seguros", seu uso em altas doses, ou em combinação com outras práticas de desidratação e manipulação de eletrólitos, também pode levar a desequilíbrios perigosos. Timing e dosagem: Geralmente são administrados nos últimos dias ou horas cruciais antes da competição. As dosagens são frequentemente baseadas em protocolos "underground" ou experimentação pessoal, sem qualquer supervisão médica qualificada, elevando o risco de erros fatais. Riscos diretos e detalhados do uso de diuréticos (potencialmente fatais): Desidratação severa e descontrolada: os diuréticos causam uma perda rápida e massiva de fluidos corporais, levando a um estado de desidratação muito mais grave e rápido do que apenas a restrição hídrica. Colapso do balanço eletrolítico: a perda forçada de água arrasta consigo eletrólitos vitais como potássio, sódio, magnésio e cloreto. Isso pode causar: Hipocalemia severa (baixo potássio): particularmente perigosa com diuréticos que não poupam potássio. Pode levar a fraqueza muscular extrema, paralisia e, o mais crítico, arritmias cardíacas graves e parada cardíaca súbita. Hiponatremia (baixo sódio): também pode ser exacerbada, com riscos neurológicos e cardíacos. Hipovolemia crítica (baixo volume sanguíneo): a redução drástica do volume de sangue circulante pode levar a uma queda abrupta e perigosa da pressão arterial (hipotensão severa), resultando em tontura, desmaio, choque hipovolêmico e falência de múltiplos órgãos. Insuficiência renal aguda: os rins são sobrecarregados pela tentativa de filtrar o sangue concentrado e pela ação direta dos diuréticos, podendo entrar em falência aguda, por vezes irreversível. Arritmias cardíacas fatais e parada cardíaca: este é o risco mais temido e uma das principais causas de morte em fisiculturistas que abusam de diuréticos. O coração simplesmente não consegue funcionar com os eletrólitos tão desregulados. Cãibras musculares incapacitantes, tetania e rabdomiólise: A depleção de eletrólitos pode causar cãibras excruciantes e, em casos graves, rabdomiólise (destruição muscular maciça), liberando mioglobina que é tóxica para os rins, piorando a insuficiência renal. Problemas neurológicos graves: confusão mental, letargia, delírio, convulsões e coma podem ocorrer devido à desidratação e desequilíbrios eletrolíticos. Morte súbita: o uso de diuréticos no fisiculturismo está diretamente ligado a numerosos casos documentados de morte súbita em atletas, mesmo jovens e aparentemente saudáveis. O uso de diuréticos para fins estéticos no fisiculturismo é uma roleta russa com a própria vida. Não há maneira "segura" de utilizar essas substâncias potentes fora de um contexto médico estritamente controlado e necessário. A busca por uma definição muscular marginalmente superior através de diuréticos é uma aposta com a vida que muitos já perderam. 6. Uso de substâncias para melhoria de desempenho (PEDs - performance enhancing drugs) O uso de PEDs é uma realidade prevalente e muitas vezes não admitida (ou ilegal, dependendo da federação e da substância) no fisiculturismo competitivo, especialmente em níveis mais altos. Essas substâncias são utilizadas na tentativa de maximizar a massa muscular, minimizar a perda muscular durante a restrição calórica severa, acelerar drasticamente a perda de gordura, e melhorar a aparência final ("dureza", vascularização, densidade muscular). Como geralmente é abordado (de forma descritiva e com extremo alerta sobre os perigos e a ilegalidade): Esteroides anabolizantes androgênicos (AAS): são derivados sintéticos da testosterona. Usados para aumentar a síntese proteica, reter nitrogênio e, assim, preservar ou até aumentar a massa muscular em déficit calórico. Existem inúmeros compostos (orais e injetáveis), frequentemente combinados em "ciclos" e "pilhas" (stacking), com dosagens que podem exceder em muitas vezes as terapêuticas. A obtenção é quase sempre por mercado paralelo, sem controle de qualidade. Para saber mais sobre estes medicamentos, visite a seção de anabolizantes. Estimulantes e termogênicos potentes: Clenbuterol: um beta-2 agonista com fortes propriedades termogênicas (aumento do metabolismo e queima de gordura) e algum potencial anticatabólico (preservação muscular). Não é um esteroide, mas é frequentemente usado em fases de corte. Hormônios tireoidianos (T3 - Liotironina, T4 - Levotiroxina): usados para acelerar radicalmente o metabolismo e a perda de gordura. O T3 é particularmente potente. Outros estimulantes: efedrina (em países onde não é banida) ou altas doses de cafeína, para aumentar energia, suprimir apetite e potencializar a queima de gordura. Hormônio do crescimento (GH ou somatropina) e peptídeos relacionados: o GH é usado por seus supostos efeitos na lipólise (quebra de gordura) e na preservação da massa magra, além de melhorar a recuperação. Peptídeos como os secretagogos de GH (ex: GHRPs, CJC-1295) ou IGF-1 são usados para tentar potencializar esses efeitos. Insulina: seu uso por fisiculturistas é extremamente perigoso e visa principalmente o anabolismo e o transporte de nutrientes para os músculos (especialmente no pós-treino ou em combinação com GH e AAS). Pequenos erros de dosagem podem ser fatais. Outras substâncias de suporte ou moduladoras: Moduladores seletivos do receptor de estrogênio (SERMs) e inibidores da aromatase (IAs): usados para tentar controlar os efeitos colaterais estrogênicos dos AAS (como ginecomastia). Beta-bloqueadores: usados por alguns para controlar a ansiedade e os tremores no palco, o que também é arriscado. Riscos diretos e detalhados do uso de PEDs (muitos são graves e irreversíveis): Riscos cardiovasculares graves (AAS, Clenbuterol, Estimulantes, GH): hipertensão arterial, dislipidemia severa (aumento do LDL, queda do HDL), hipertrofia ventricular esquerda (aumento do coração), aumento da viscosidade sanguínea, maior risco de formação de coágulos, arritmias, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), mesmo em indivíduos jovens. Danos hepáticos (principalmente com AAS orais): estresse no fígado, icterícia colestática, peliose hepática (cistos sanguíneos), adenomas e, raramente, carcinoma hepatocelular. Supressão e desregulação hormonal profunda e prolongada: AAS: supressão da produção endógena de testosterona, levando a hipogonadismo (que pode ser de longa duração ou permanente), atrofia testicular, infertilidade, perda de libido. Hormônios tireoidianos: supressão da função tireoidiana natural, podendo levar a um hipotireoidismo iatrogênico (dependência da medicação) após a interrupção do uso. Insulina: risco extremo de hipoglicemia aguda, que pode causar convulsões, coma e morte. O uso crônico pode levar à resistência à insulina. Efeitos androgênicos e de virilização (AAS): Em homens: calvície de padrão masculino acelerada (em predispostos), acne severa (rosto, costas, peito), aumento da oleosidade da pele, ginecomastia (desenvolvimento de mamas, devido à aromatização de alguns AAS em estrogênio). Em mulheres: efeitos de virilização muitas vezes irreversíveis, como engrossamento da voz, crescimento de pelos faciais e corporais (hirsutismo), aumento do clitóris (clitoromegalia), irregularidades ou cessação da menstruação, calvície de padrão masculino, masculinização das feições. Impactos psicológicos e comportamentais (principalmente AAS): agressividade aumentada ("roid rage"), irritabilidade, impulsividade, euforia, depressão (especialmente durante e após a interrupção do ciclo), ansiedade, paranoia, alterações do sono, dependência psicológica. Riscos do GH e peptídeos: dor nas articulações, síndrome do túnel do carpo, edema (retenção de líquidos), aumento da resistência à insulina (risco de diabetes tipo 2), crescimento de órgãos internos (visceromegalia), potencial para crescimento de tecidos indesejados. Riscos da obtenção e uso ilícito: produtos do mercado paralelo frequentemente são falsificados, subdosados, superdosados ou contaminados com substâncias perigosas. O uso de agulhas não esterilizadas ou compartilhadas aumenta o risco de infecções (HIV, hepatite B/C, infecções bacterianas). Morte súbita: a combinação de múltiplos PEDs, especialmente em altas doses e por longos períodos, juntamente com as outras práticas extremas de preparação, eleva significativamente o risco de morte súbita por eventos cardiovasculares ou outras complicações. O uso de PEDs no fisiculturismo é uma escolha pessoal que carrega um fardo pesado de riscos à saúde, muitos deles graves, de longo prazo e potencialmente fatais. A busca por um físico competitivo através dessas substâncias é uma via perigosa, muitas vezes com consequências irreversíveis. Riscos severos à saúde associados a essas práticas Vale ressaltar e reiterar que a combinação dessas práticas extremas coloca o corpo sob imenso estresse fisiológico e psicológico, resultando em uma série de riscos graves: Disfunção hormonal severa: supressão drástica dos hormônios sexuais (testosterona, estrogênio), levando à perda de libido, infertilidade, amenorreia em mulheres; alterações na função tireoidiana; desregulação de hormônios do apetite. Problemas cardiovasculares: desidratação severa e desequilíbrios eletrolíticos (causados por manipulação hídrica e diuréticos) podem levar a arritmias cardíacas, espessamento do sangue, queda da pressão arterial, esforço cardíaco aumentado e, em casos extremos, parada cardíaca. O uso de PEDs também aumenta o risco cardiovascular a longo prazo. Danos renais e hepáticos: a desidratação extrema sobrecarrega os rins (risco de insuficiência renal). Diuréticos e certos PEDs também podem ser tóxicos para rins e fígado. Supressão do sistema imunológico: a combinação de restrição calórica, treino intenso e estresse fisiológico enfraquece as defesas, tornando o atleta mais vulnerável a infecções. Perda de massa muscular: apesar do objetivo contrário, dietas muito restritivas e longas podem levar à perda muscular significativa. Problemas ósseos: baixa disponibilidade energética e alterações hormonais podem reduzir a densidade mineral óssea. Impactos psicológicos: a fase pré-competição está associada a alterações de humor severas (irritabilidade, ansiedade, depressão), fadiga extrema, distúrbios do sono, obsessão com comida e corpo, e aumento do risco de transtornos alimentares e dismorfia corporal. O pós-competição também é delicado (risco de ganho excessivo de gordura, dificuldade em lidar com a mudança física). Risco de morte: infelizmente, existem casos documentados de fisiculturistas que morreram devido a complicações de desidratação extrema e abuso de diuréticos. É imperativo diferenciar as práticas extremas e temporárias do fisiculturismo competitivo das abordagens sustentáveis e focadas na saúde para a população geral. A estética alcançada no palco é resultado de manipulações fisiológicas que carregam riscos inerentes e não devem ser vistas como um ideal de saúde ou um objetivo a ser perseguido por quem não é atleta profissional dessa modalidade. Conclusão Exploramos o lado extremo da manipulação do percentual de gordura no fisiculturismo competitivo. Vimos as práticas intensas e muitas vezes perigosas utilizadas para atingir níveis mínimos de gordura corporal e os sérios riscos à saúde associados a elas. Esta é uma realidade específica de um esporte de alto rendimento e não deve servir de modelo para objetivos de saúde ou estética gerais. Leia a próxima matéria sobre percentual de gordura com guias visuais para você identificar o seu percentual de gordura e o seu tipo de distribuição de gordura corporal. Fontes de consulta Is It Healthy to Have a Low Body Fat Percentage? - InBody USA. Disponível em: https://inbodyusa.com/blogs/inbodyblog/is-it-healthy-to-have-a-low-body-fat-percentage/. Acesso em 06 de mai. de 2025. Adverse Health Consequences of Performance-Enhancing Drugs: An Endocrine Society Scientific Statement - PubMed Central. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4026349/. Acesso em 06 de mai. de 2025. Eating Disorders (for Teens) | Nemours KidsHealth. Disponível em: https://kidshealth.org/en/teens/eat-disorder.html. Acesso em 06 de mai. de 2025. Why do Bodybuilders Dehydrate? - Steel Supplements. Disponível em: https://steelsupplements.com/blogs/steel-blog/why-do-bodybuilders-dehydrate. Acesso em 06 de mai. de 2025. What Can We Learn From Bodybuilders About Proper Hydration? - Alete Active Nutrition. Disponível em: https://aletenutrition.com/blogs/saltstick-blog/bodybuilding-hydration. Acesso em 06 de mai. de 2025. Should Bodybuilders Dehydrate Before Stepping On Stage? - MYPROTEIN . Disponível em: https://us.myprotein.com/thezone/nutrition/should-bodybuilders-dehydrate-before-stepping-on-stage/. Acesso em 06 de mai. de 2025. Diuretics in Bodybuilding: The Good, the Bad, the Tragic - Allmax Nutrition. Disponível em: https://allmaxnutrition.com/blogs/nutrition/diuretics-in-bodybuilding-the-good-the-bad-the-tragic. Acesso em 06 de mai. de 2025. The Effects of Intensive Weight Reduction on Body Composition and Serum Hormones in Female Fitness Competitors - PMC - PubMed Central. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5222856/. Acesso em 06 de mai. de 2025. Negative Consequences of Low Energy Availability in Natural Male Bodybuilding: A Review. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/317078073.... Acesso em 06 de mai. de 2025. Body dysmorphic disorder - Symptoms and causes - Mayo Clinic. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/body-dysmorphic-disorder/symptoms-causes/syc-20353938. Acesso em 06 de mai. de 2025. Você compete no fisiculturismo? Compartilhe nos comentários as suas técnicas pré-campeonato.
-
- percentual de gordura
- bf
-
(e 2 mais)
Tags:
-
Raphael_R reputou uma resposta no tópico: Marcas - TREMBOLONA / Relatos
-
O que são os blends de testosterona (Sustanon®/Durateston®)? Os blends (misturas) de testosterona, exemplificados pelo Sustanon 250® e seu equivalente brasileiro Durateston®, são formulações farmacêuticas injetáveis que combinam múltiplos ésteres do hormônio testosterona em uma única solução oleosa. A fórmula clássica e mais difundida, conhecida como Sustanon 250® ou Durateston®, contém quatro ésteres de testosterona distintos, cada um com uma taxa de liberação diferente no organismo: Propionato de testosterona (30 mg): éster de cadeia curta, caracterizado por uma liberação e ação muito rápidas, iniciando seus efeitos em aproximadamente 1-2 dias. Fenilpropionato de testosterona (60 mg): éster de ação rápida a intermediária. Isocaproato de Testosterona (60 mg): éster de ação intermediária. Decanoato de testosterona (100 mg): éster de cadeia longa, responsável pela duração prolongada da ação do medicamento. Esta combinação resulta em um total de 250 mg de testosterona esterificada por mililitro (mL) de solução, o que equivale a 176 mg de testosterona base livre. O racional farmacológico por trás dessa combinação de ésteres é fornecer um início de ação mais rápido, devido à rápida hidrólise dos ésteres curtos (propionato e fenilpropionato), seguido por uma liberação mais gradual e sustentada de testosterona, proporcionada pelos ésteres de ação mais longa (isocaproato e, principalmente, decanoato). A intenção original do desenvolvimento era criar uma formulação que pudesse, teoricamente, reduzir a frequência das injeções necessárias em comparação com o uso isolado de ésteres curtos, e talvez oferecer níveis séricos de testosterona mais estáveis do que injeções muito espaçadas de ésteres longos únicos. No entanto, a estabilidade real dos níveis hormonais proporcionada por estes blends, especialmente quando comparada a regimes otimizados de ésteres únicos, é um ponto de debate farmacocinético. Um pouco da história O Sustanon® 250 foi desenvolvido pela empresa farmacêutica holandesa Organon (posteriormente parte da Merck/MSD) durante a década de 1970. A concepção original visava criar uma formulação otimizada para a Terapia de Reposição de Testosterona (TRT), que mimetizasse de forma mais eficaz a liberação fisiológica natural de testosterona. O objetivo era alcançar um início de ação rápido e uma duração prolongada, permitindo intervalos maiores entre as injeções (protocolos médicos iniciais sugeriam aplicações a cada 2-4 semanas). O medicamento rapidamente ganhou aceitação na Europa e em outros mercados para o tratamento do hipogonadismo masculino. Além da TRT, o Sustanon® também encontrou uso como terapia de suporte para a masculinização em indivíduos transexuais de feminino para masculino. Outro blend conhecido, o Omnadren® 250, originário da Polônia (fabricado pela Polfa/Jelfa), possuía inicialmente uma composição ligeiramente diferente da do Sustanon® 250. Em sua formulação original, o éster decanoato era substituído pelo caproato de testosterona, um éster de cadeia um pouco mais curta. Embora algumas fontes mencionem que formulações posteriores do Omnadren® possam ter sido ajustadas para espelhar a composição do Sustanon®, a formulação clássica e historicamente distinta continha o caproato. No Brasil, a fórmula idêntica ao Sustanon® 250 foi introduzida e comercializada sob o nome Durateston®. Atualmente, o Durateston® é comercializado pela Aspen Pharma no país. Este medicamento tornou-se extremamente popular no Brasil, sendo amplamente utilizado tanto para TRT, mediante prescrição médica controlada, quanto, de forma significativa, no ambiente do fisiculturismo e entre usuários que buscam melhora de performance física, onde se estabeleceu como uma das bases de ciclo de esteroides anabolizantes mais comuns. Paralelamente ao mercado farmacêutico legítimo, laboratórios clandestinos (Underground Labs - UGLs) frequentemente produzem suas próprias versões de blends de testosterona, muitas vezes com dosagens declaradas mais elevadas (ex: "Sustanon 350", "Test Blend 400"). A composição, qualidade, esterilidade e dosagem real desses produtos UGL são inerentemente questionáveis e representam um risco adicional à saúde. Status legal O Durateston®, assim como qualquer outro blend de testosterona ou a própria testosterona e seus ésteres, é classificado como substância anabolizante e está incluído na Lista C5 da Portaria SVS/MS nº 344/98 e suas atualizações. A dispensação de medicamentos contendo substâncias da Lista C5 exige a apresentação de uma Receita de Controle Especial, emitida em duas vias, sendo uma retida pelo estabelecimento farmacêutico. Disponibilidade no mercado brasileiro O Durateston® (fabricado pela Aspen Pharma) é um medicamento de marca registrado e disponível para compra em farmácias e drogarias, mediante a apresentação e retenção da Receita de Controle Especial. A produção de blends de testosterona em farmácias de manipulação é tecnicamente possível, mas considerada rara na prática. Por outro lado, versões produzidas por laboratórios clandestinos (UGL) são abundantes e facilmente encontradas no mercado paralelo (ilícito). É crucial notar a existência de produtos falsificados no mercado, incluindo lotes de Durateston® e Deca-Durabolin® que foram objeto de alertas e ações de apreensão pela ANVISA, como os falsamente rotulados em nome da Schering-Plough (cujo registro para esses produtos foi cancelado) ou outros lotes específicos. A utilização de produtos de origem duvidosa ou comprovadamente falsificados acarreta riscos graves à saúde. Regulamentação do Conselho Federal de Medicina (CFM) A Resolução nº 2.333/2023 do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece normas éticas claras para a prescrição de terapias hormonais. Esta resolução veda expressamente a prescrição de esteroides androgênicos e anabolizantes (EAA), incluindo a testosterona, para fins estéticos (como ganho de massa muscular ou definição corporal) e para melhora do desempenho esportivo em atletas amadores ou profissionais. O CFM considera que não há evidências científicas robustas que comprovem a segurança e o benefício dessas substâncias para tais finalidades, limitando a prescrição ética aos casos de deficiência hormonal comprovada por diagnóstico clínico e laboratorial (como o hipogonadismo). Esta regulamentação reforça que o uso para performance ou estética situa-se fora da prática médica ética e recomendada. Status de doping A Agência Mundial Antidoping (WADA) classifica a testosterona e todos os seus ésteres, incluindo os presentes em blends como Sustanon®/Durateston®, na Lista de Substâncias e Métodos Proibidos. Especificamente, eles pertencem à categoria S1. Anabolic Agents, subcategoria S1.1 Anabolic Androgenic Steroids (AAS). Estas substâncias são proibidas em todos os momentos, tanto durante o período de competição quanto fora de competição, para atletas que estão sujeitos ao Código Mundial Antidoping. O uso indevido para melhorar o desempenho esportivo é considerado uma violação das regras antidoping e acarreta sérios riscos à saúde. Detecção em testes antidoping A detecção do uso de testosterona exógena em controles de doping é um processo multifatorial. Um teste inicial frequentemente envolve a análise do perfil esteroide urinário, incluindo a razão entre testosterona (T) e seu isômero epitestosterona (E). Uma razão T/E elevada (por exemplo, acima de 4:1, embora limiares possam variar) pode levantar suspeita e desencadear análises confirmatórias. Contudo, fatores genéticos, como a deleção no gene UGT2B17 que afeta o metabolismo da testosterona, podem influenciar a razão T/E, tornando-a menos confiável isoladamente. O método confirmatório padrão-ouro é a análise por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas de Razão Isotópica de Carbono (GC-C-IRMS). Esta técnica compara a razão dos isótopos de carbono ($^{13}C/^{12}$C) nos esteroides urinários do atleta com a de um esteroide de referência endógeno (como pregnanediol ou 11-oxoandrostenediona). Como a testosterona farmacêutica é geralmente derivada de fontes vegetais (C3), ela possui uma assinatura isotópica diferente da testosterona produzida endogenamente, permitindo a confirmação da administração exógena. A GC-C-IRMS é considerada altamente sensível e capaz de detectar a administração exógena mesmo com doses baixas ou em indivíduos com genótipos que afetam a razão T/E. A janela de detecção para blends como Sustanon®/Durateston® através da análise de metabólitos urinários por GC-C-IRMS é consideravelmente longa, devido à presença do éster decanoato. Estima-se que a detecção seja possível por pelo menos 3 meses após a última administração, um período semelhante ao observado para outros ésteres longos como enantato e cipionato. Estudos com nandrolona decanoato, outro éster longo, mostraram detecção de metabólitos por até 9 meses em alguns indivíduos, ilustrando a persistência desses compostos. Além da análise urinária, a detecção direta dos ésteres de testosterona intactos no sangue (soro ou plasma) oferece prova inequívoca de administração exógena, pois esses ésteres não são produzidos pelo corpo. No entanto, as janelas de detecção no sangue são mais curtas: Testosterona propionato: ~4-5 dias. Testosterona fenilpropionato e isocaproato: ~8 dias ou mais. Testosterona decanoato: ~18 dias. Comparativamente, a testosterona undecanoato, não presente no Sustanon® 250, pode ser detectada por 60 dias ou mais no sangue. Contexto no fisiculturismo O uso de blends de testosterona é estritamente proibido em federações de fisiculturismo natural ou que realizam testes antidoping regulares. Em contraste, no fisiculturismo tradicional ou em categorias "untested" (sem testes), o uso de Sustanon®/Durateston® e outros EAA é extremamente comum e frequentemente considerado uma prática padrão como base para ciclos de ganho de massa ou definição muscular. Esta dicotomia reflete a divisão cultural e regulatória dentro do esporte.
-
- durateston
- sustanon
-
(e 1 mais)
Tags:
-
rafitness reputou uma resposta no tópico: Enantato de Testosterona + Decanoato de Nandrolona - Landerlan
-
Testosteron em Gel, vale a pena ou nao vale apena usar ?
tópico respondeu a Cláudio Chamini no Luis Gobbi em Tópicos sobre esteroides
Dá uma olhada nesta postagem quentinha sobre a testosterona em gel: -
O que é a testosterona em gel? A testosterona em gel é uma preparação farmacêutica destinada à aplicação tópica, contendo testosterona pura (base, não esterificada) dispersa em um veículo, comumente um gel hidroalcoólico. Sua formulação é projetada para ser aplicada diretamente sobre a pele intacta, permitindo que a testosterona, uma molécula lipofílica, seja absorvida através das camadas da pele (absorção transdérmica) e alcance a corrente sanguínea sistêmica. Esta forma de administração representa uma alternativa não invasiva às formulações injetáveis para a terapia de reposição de testosterona (TRT). O objetivo principal do uso diário do gel é fornecer uma reposição hormonal que busca mimetizar o ritmo circadiano natural da produção de testosterona, resultando em níveis séricos relativamente estáveis ao longo do dia, diferentemente dos picos e vales associados a algumas formas injetáveis. Um pouco da história O desenvolvimento de sistemas para a administração transdérmica de testosterona foi motivado pela necessidade de superar limitações das terapias existentes para o hipogonadismo masculino. As injeções intramusculares de ésteres de testosterona, embora eficazes, frequentemente resultavam em flutuações suprafisiológicas e subfisiológicas dos níveis hormonais entre as doses, o que podia impactar o humor, a energia e a libido do paciente. Por outro lado, as formulações orais de testosterona modificada (esteroides C17-alfa-alquilados) estavam associadas a um risco significativo de hepatotoxicidade. A busca por uma entrega mais estável e segura levou ao desenvolvimento dos primeiros adesivos transdérmicos de testosterona nas décadas de 1980 e 1990. Embora representassem um avanço ao permitir a absorção contínua, esses adesivos frequentemente causavam irritação cutânea significativa no local de aplicação, limitando sua aceitabilidade e adesão ao tratamento por parte dos pacientes. Nesse contexto, os géis de testosterona surgiram no final dos anos 1990 e início dos anos 2000 como uma alternativa transdérmica com melhor perfil de tolerabilidade cutânea. Um dos pioneiros e mais bem-sucedidos foi o AndroGel®, lançado nos Estados Unidos em 2000 pela Unimed Pharmaceuticals (posteriormente Solvay/AbbVie), após estudos clínicos demonstrarem sua eficácia e um perfil de reações cutâneas locais consideravelmente menor em comparação aos adesivos disponíveis na época. Logo após, outras marcas como Testim® e Testogel® (Besins Healthcare/Bayer) foram introduzidas em diversos mercados, seguidas por formulações com diferentes concentrações ou sistemas de aplicação, como bombas dosadoras (pump) e aplicadores específicos (ex: Fortesta®, Axiron®). Os géis rapidamente ganharam popularidade como opção de TRT, oferecendo a conveniência da autoaplicação diária e a manutenção de níveis séricos de testosterona relativamente estáveis dentro da faixa fisiológica. No entanto, desde o início, duas limitações importantes foram reconhecidas: a variabilidade interindividual na absorção transdérmica e, crucialmente, o risco inerente de transferência inadvertida da testosterona para outras pessoas através do contato pele a pele com o local de aplicação. Este último ponto tornou-se um foco central nas advertências de segurança e nas instruções de uso desses produtos. Status legal No Brasil, a testosterona em gel, assim como outras formulações de testosterona e esteroides anabolizantes, está sujeita a controle regulatório rigoroso. Classificação ANVISA: a testosterona, seus sais e isômeros são classificados como Substâncias Anabolizantes e constam na Lista C5 da Portaria SVS/MS nº 344/98 e suas atualizações subsequentes. Esta classificação reflete o potencial de abuso e os riscos associados ao uso indevido. Exigência de prescrição: devido à sua classificação na Lista C5, a dispensação de testosterona em gel exige a apresentação de uma Receita de Controle Especial (RCE) emitida em duas vias, sendo uma retida pela farmácia. Disponibilidade no mercado brasileiro Produtos industrializados: diversas marcas comerciais de testosterona em gel, como AndroGel® (Besins Healthcare), estão registradas na ANVISA e disponíveis em farmácias e drogarias, mediante a apresentação da RCE. Manipulação: embora seja tecnicamente possível manipular géis transdérmicos de testosterona em farmácias de manipulação, esta prática é menos comum e apresenta desafios significativos. A complexidade reside em garantir a concentração correta do princípio ativo, a escolha de um veículo que promova a absorção transdérmica adequada e consistente, e a estabilidade da formulação. Estudos e diretrizes frequentemente recomendam o uso de preparações comerciais padronizadas devido à potencial variabilidade das formulações manipuladas. Mercado paralelo: assim como outros esteroides anabolizantes, existe a possibilidade de desvio da testosterona em gel para o mercado ilegal. Contudo, devido ao custo relativamente mais alto por dose efetiva e à menor praticidade para atingir doses suprafisiológicas em comparação com os injetáveis, o desvio para fins de abuso em performance pode ser menos prevalente. Regulamentação do Conselho Federal de Medicina (CFM) O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a Resolução CFM nº 2.333/2023. Esta resolução veda explicitamente aos médicos a prescrição de terapias hormonais com esteroides androgênicos e anabolizantes – incluindo a testosterona – com finalidade puramente estética (sem diagnóstico de deficiência hormonal), para ganho de massa muscular ou para melhora do desempenho esportivo em atletas amadores ou profissionais. A resolução se baseia na falta de evidências científicas robustas que comprovem benefícios que superem os riscos potenciais à saúde nesses contextos, reforçando que o uso da testosterona deve se restringir às indicações terapêuticas comprovadas, como o hipogonadismo masculino diagnosticado. Esta normativa clara visa coibir o uso indevido e proteger a saúde dos pacientes, mas evidencia a tensão existente entre a demanda por usos não médicos e as diretrizes clínicas e regulatórias baseadas em segurança e eficácia comprovadas. Status de doping A testosterona é classificada pela Agência Mundial Antidoping (WADA) como um agente anabolizante, pertencente à subcategoria S1.1 Esteroides Androgênicos Anabolizantes (AAS). Como substância da classe S1, a testosterona é proibida permanentemente, tanto em competição quanto fora de competição, para todos os atletas sujeitos ao Código Mundial Antidoping. Detecção em testes antidoping A testosterona administrada exogenamente através do gel pode ser detectada em testes antidoping. Métodos sofisticados, como a Espectrometria de Massa de Razão Isotópica (IRMS), são capazes de diferenciar a testosterona exógena daquela produzida endogenamente pelo organismo, analisando a razão dos isótopos de carbono na urina do atleta. Um perfil esteroidal atípico também pode indicar o uso exógeno. Embora a interrupção da aplicação diária do gel resulte em uma queda relativamente rápida dos níveis séricos de testosterona (retornando à linha de base em cerca de 3 a 5 dias), a janela de detecção no controle de dopagem pode ser mais longa. Metabólitos da testosterona ou alterações no perfil esteroidal podem permanecer detectáveis na urina por vários dias ou até algumas semanas após a cessação do uso, tornando o uso de testosterona em gel extremamente arriscado para atletas que podem ser submetidos a testes. Contexto no fisiculturismo O uso de testosterona em gel, assim como qualquer outro esteroide anabolizante, é estritamente proibido no fisiculturismo natural. No fisiculturismo tradicional (untested), mesmo em categorias onde o controle de dopagem é inexistente ou menos rigoroso, a testosterona em gel é considerada uma opção impraticável e ineficaz para os objetivos de hipertrofia e ganho de força significativos (níveis suprafisiológicos) almejados por muitos atletas. As razões para essa inadequação são múltiplas e interligadas: Absorção limitada e variável: a biodisponibilidade transdérmica da testosterona em gel é relativamente baixa (aproximadamente 10% da dose aplicada é absorvida sistemicamente para algumas formulações) e pode variar entre indivíduos e condições de aplicação. Isso torna extremamente difícil, senão impossível, atingir e manter os níveis séricos muito elevados de testosterona geralmente buscados para maximizar o anabolismo muscular no fisiculturismo de alta performance. Custo proibitivo: para tentar compensar a baixa absorção e atingir doses suprafisiológicas, seria necessário aplicar quantidades massivas de gel diariamente. Por exemplo, para absorver 50mg/dia (uma dose ainda moderada para muitos fisiculturistas), seria preciso aplicar cerca de 500mg de testosterona em gel (equivalente a 10 sachês de 50mg de AndroGel® 1%), o que tornaria o custo financeiro proibitivo. Inconveniência: a aplicação diária de grandes volumes de gel em áreas extensas do corpo é impraticável e inconveniente. Risco elevado de transferência: o uso de grandes quantidades de gel aumentaria exponencialmente o risco de transferência acidental para parceiros, filhos, ou outras pessoas, com potenciais consequências graves para a saúde deles. Em suma, as características farmacocinéticas intrínsecas (baixa biodisponibilidade) e o custo associado tornam o gel de testosterona uma escolha fundamentalmente inadequada para os objetivos de doping no fisiculturismo, onde se buscam níveis hormonais muito elevados de forma mais controlável e econômica, geralmente através de formulações injetáveis.
-
- testosterona em gel
- testosterona
- (e 1 mais)
-
Encontro de Gigantes - Brasília: Nutrição 2025
um evento no calendário postou Cláudio Chamini Cursos, palestras e feiras
untilUm dia intenso de conhecimento, estratégias e networking com os maiores nomes do setor de nutrição, treinamento e reabilitação, voltado para educadores físicos, nutricionistas, fisioterapeutas e profissionais da saúde e esporte. Palestrantes: Renato Cariani, Júlio Balestrin, Luiz Salles, Rodrigo Mineiro, Larissa Amorim, Rysson Horgen, Felippe Januário, Leandro Twin, Kayro Rocha, Adriano Antunes, Felipe Gomes. Temas: Desbloqueie seu potencial com uma mentalidade de alta performance. Aprenda estratégias para alcançar resultados extraordinários. Insights poderosos sobre ciência, performance e mentalidade. Nutrição, Treinamento e Reabilitação. Ingressos (consultar site para disponibilidade): VIP: R$ 629,00 NORMAL: R$ 257,00 Realização: Alysson Borges, Felippe Januário, Conectha Cursos. Website: https://conecthacursos.com/ OBSERVAÇÃO: dados do evento obtidos em 30 de abril de 2025. Consulte a página oficial para dados atualizados e mais precisos. -
Antes de adentrarmos no tema percentual de gordura para estética corporal, para ficar com aquela "barriga de tanquinho", talvez você tenha interesse em ler as postagens anteriores que estão relacionadas a o que é exatamente percentual de gordura, IMC e peso na balança, como medir o percentual de gordura em casa ou no consultório ou qual é o percentual de gordura ideal para ter boa saúde. Com todo esse conhecimento em mente, podemos focar num dos aspectos que mais geram interesse: a estética. Como o %GC influencia a nossa aparência? Qual o percentual de gordura para definição muscular? E o que é preciso para finalmente alcançar o tão sonhado abdômen visível ou "six-pack"? Vamos explorar todas essas questões nesta matéria. Percentual de gordura e estética: a busca pela definição muscular Além da saúde, o %GC é um fator determinante para a estética corporal, especialmente para aqueles que buscam um visual mais "definido" ou "atlético". Entender como o %GC influencia a aparência pode ajudar a definir metas realistas e saudáveis. A relação inversa: menos gordura, mais músculo aparente A lógica é simples: os músculos do nosso corpo estão localizados abaixo de uma camada de gordura subcutânea. Quanto mais espessa for essa camada de gordura, menos visíveis serão os contornos e as separações dos músculos. Portanto, existe uma relação inversa entre o %GC e a definição muscular aparente: à medida que o %GC diminui (ou seja, a camada de gordura subcutânea fica mais fina), os músculos subjacentes tornam-se mais visíveis. É importante notar que isso se refere principalmente à gordura subcutânea. A gordura visceral tem menos impacto direto na visibilidade dos músculos superficiais. Faixas de %GC para estética masculina (descrição dos níveis) A aparência masculina varia significativamente com o %GC. Abaixo estão descrições gerais baseadas em diversas fontes: ≥25% (obeso/sobrepeso): geralmente classificado como obeso. Pouca ou nenhuma definição muscular visível. Acúmulo significativo de gordura, especialmente na região abdominal ("barriga de cerveja"), cintura e peito. Estômago proeminente e arredondado. 20-24% (médio/aceitável): considerado "aceitável" ou "médio". Aparência geralmente "normal", mas sem definição muscular clara. Pode haver uma pequena camada de gordura cobrindo os músculos, especialmente no abdômen ("pochete"). Sem vascularização visível. 15-19% (em forma/atlético leve): aparência "em forma" ou "magra". Começa a haver alguma separação muscular, especialmente nos braços e ombros. Contornos musculares mais visíveis. Pode haver leve definição nos abdominais superiores, mas geralmente sem um "six-pack" completo. Vascularização mínima, talvez visível nos braços. Corresponde à categoria "Fitness" da ACE (14-17%). 10-14% (definido/atlético): nível associado ao visual clássico de "corpo de praia". A definição muscular é clara e a separação entre os músculos é evidente. Os abdominais são bem visíveis (six-pack). Vascularização (veias aparentes) mais notável nos braços e, às vezes, pernas. Considerado sustentável para muitos homens dedicados. 6-9% (muito definido/"rasgado"): aparência muito magra e "rasgada" (ripped). Definição muscular extrema, separação clara entre grupos musculares. Vascularização proeminente em vários locais, incluindo abdômen. Estrias musculares (fibras visíveis) podem aparecer. Comum em atletas de alto nível. <6% (extremamente definido/nível competição): nível extremo, comparado a "mapas de anatomia". Praticamente toda gordura subcutânea eliminada. Vascularização e estrias muito evidentes. Próximo ou dentro da faixa de gordura essencial (2-5%). Geralmente não sustentável nem saudável a longo prazo. Típico de fisiculturistas apenas para competição. Faixas de %GC para estética feminina (descrição dos níveis) Para as mulheres, a aparência também muda com o %GC, mas as faixas são naturalmente mais altas devido à maior necessidade de gordura essencial e diferenças hormonais na distribuição (mais nos quadris, coxas, seios). Descrições gerais: ≥32% (obesa/sobrepeso): classificada como obesa pela ACE. Acúmulo notável de gordura (quadris, coxas, nádegas, abdômen). Sem definição muscular visível. Rosto/pescoço podem parecer mais cheios. Pode haver celulite. Riscos à saúde consideráveis acima de 35-40%. 25-31% (média/aceitável): faixa "média" ou "aceitável" pela ACE. Aparência saudável, nem magra nem acima do peso. Curvas naturais evidentes devido à gordura nessas áreas. Definição muscular mínima ou ausente, especialmente no abdômen. 21-24% (em forma/atlética leve): faixa "fitness" pela ACE. Aparência "em forma", magra e atlética. Alguma definição muscular pode ser visível (braços, pernas, levemente abdômen superior), mas sem "six-pack" definido. Curvas presentes, mas com menos gordura. Nível comum em mulheres ativas e muitas atletas. 16-20% (atlética/definida): nível de definição muscular mais acentuado. Músculos abdominais geralmente visíveis (grau varia com genética/desenvolvimento). Braços/pernas mais musculosos. Vascularização leve pode ser aparente. Corresponde à categoria "atletas" da ACE (14-20%). Requer dedicação significativa. 10-15% (muito definida/nível competição): nível muito baixo para mulheres, visto em fisiculturistas/atletas de fitness em competição. Definição muscular muito clara, separação e vascularização evidentes. Na faixa ou abaixo da gordura essencial (10-13%). Mantê-lo pode levar a sérios problemas de saúde (amenorreia, problemas hormonais). É fundamental notar que os ideais estéticos da mídia frequentemente retratam níveis de %GC no limite inferior ou abaixo das faixas saudáveis, especialmente para mulheres. A busca por um "six-pack" visível (geralmente abaixo de 20% para mulheres) pode conflitar com a saúde hormonal e reprodutiva, que depende de níveis adequados de gordura essencia. O "segredo" do abdômen visível Muitas pessoas almejam ter um "abdômen tanquinho" ou "six-pack". A visibilidade desses músculos resulta de dois fatores principais simultâneos: Baixo percentual de gordura corporal: este é o fator mais crítico. Os músculos abdominais só ficam visíveis quando a camada de gordura subcutânea que os cobre é fina o suficiente. Músculos fortes, mas cobertos por gordura, não aparecem. Faixas típicas: abdominais começam a ser visíveis em homens abaixo de 15% (definidos entre 6-13%) e em mulheres abaixo de 20% (definidos entre 14-19% ou 16-20%). Genética: A genética influencia onde o corpo armazena gordura preferencialmente; alguns precisam de %GC geral mais baixo para perder gordura abdominal. Músculos abdominais desenvolvidos: ter baixo %GC é necessário, mas não suficiente. Os músculos precisam ter algum grau de desenvolvimento (hipertrofia) para criar os "gomos". O treinamento de força específico para o core ajuda a construir essa massa. Músculos mais espessos podem se tornar visíveis com %GC ligeiramente mais alto. Portanto, o "segredo" é uma combinação de nutrição focada na perda de gordura (para reduzir o %GC) e treinamento de força consistente para desenvolver os músculos abdominais. Fazer milhares de abdominais sem reduzir a gordura corporal não revelará o "six-pack". Conclusão Vimos como o percentual de gordura corporal é o fator decisivo para a estética e a definição muscular. Exploramos as diferentes aparências associadas a várias faixas de %GC para homens e mulheres e desvendamos que a chave para um abdômen visível é a combinação de baixo percentual de gordura e músculos abdominais desenvolvidos. Lembre-se que as faixas estéticas, especialmente as mais baixas, podem exigir muito esforço e nem sempre se alinham com as faixas ideais para a saúde geral, algo que já discutimos aqui no site. Fontes de consulta ACE Body Composition Percentage Chart - TomTom. Disponível em: http://download.tomtom.com/open/manuals/band/html/en-us/ACEBodyCompositionPercentageChart-Ibiza.htm. Acesso em 29 de abr. de 2025. Ideal Body Fat Percentage: For Men and Women - Healthline. Disponível em: https://www.healthline.com/health/exercise-fitness/ideal-body-fat-percentage. Acesso em 29 de abr. de 2025. Body Fat Percentage: Calculation, Age and Gender Chart - MedicineNet. Disponível em: https://www.medicinenet.com/what_should_your_body_fat_percentage_be/article.htm. Acesso em 29 de abr. de 2025. Ideal Body Fat Percentage For People Assigned Male At Birth - Klarity Health Library. Disponível em: https://my.klarity.health/ideal-body-fat-percentage-for-people-assigned-male-at-birth/. Acesso em 29 de abr. de 2025. What Body Fat Percentages Actually Look Like - Kubex Fitness. Disponível em: https://kubexfitness.com/blog/body-fat-percentages-actually-look-like/. Acesso em 29 de abr. de 2025. Is It Healthy to Have a Low Body Fat Percentage? - InBody USA. Disponível em: https://inbodyusa.com/blogs/inbodyblog/is-it-healthy-to-have-a-low-body-fat-percentage/. Acesso em 29 de abr. de 2025. Body Fat Percentage Comparison for Women [Visual Guide] | Ultimate Performance. Disponível em: https://ultimateperformance.com/your-goal/fat-loss/female-fat-loss/womens-body-fat-percentage-in-pictures/. Acesso em 29 de abr. de 2025. Percentual de gordura corporal: como calcular (e como diminuir) - Tua Saúde. Disponível em: https://www.tuasaude.com/gordura-corporal-ideal/. Acesso em 29 de abr. de 2025. Body fat percentage for women: what should yours look like? - Women's Health. Disponível em: https://www.womenshealthmag.com/uk/health/female-health/a708160/body-fat-percentage-women/. Acesso em 29 de abr. de 2025. What 4 Different Body Fat Ranges Look Like on Real Men. Disponível em: https://www.mensjournal.com/health-fitness/what-body-fat-percentage-ranges-look-men. Acesso em 29 de abr. de 2025. The Best Ways to Get Abs (With or Without a Six-Pack) - Healthline. Disponível em: https://www.healthline.com/nutrition/best-ways-to-get-abs. Acesso em 29 de abr. de 2025. What's the Ideal Body Fat Percentage for Abs? - Healthline. Disponível em: https://www.healthline.com/health/body-fat-percentage-for-abs. Acesso em 29 de abr. de 2025. Body Fat Percentage. Disponível em: http://www.intrainingsports.com/fitness-blog/body-fat-percentages.html. Acesso em 29 de abr. de 2025. Estimating Body Fat Percentage [With Pictures Of Men & Women] - Ruled Me. Disponível em: https://www.ruled.me/visually-estimate-body-fat-percentage/. Acesso em 29 de abr. de 2025. Body Fat Percentage Women | How To Measure | ATHLEAN-X. Disponível em: https://athleanx.com/articles/women-body-fat-percentage-photos. Acesso em 29 de abr. de 2025. What Body Fat Percentage is Really Needed to See Abs? - BodySpec. Disponível em: https://www.bodyspec.com/blog/post/what_body_fat_percentage_is_really_needed_to_see_abs. Acesso em 29 de abr. de 2025. Qual é o seu percentual de gordura preferido para fins estéticos? Compartilhe nos comentários.
-
- percentual de gordura
- barriga sarada
- (e 6 mais)
-
MashleMuscle reputou uma resposta no tópico: primeiro ciclo DDD
-
fisiculturismo reputou uma matéria: Percentual de gordura ideal para saúde: faixas por idade e sexo
-
Quantas doses de whey por dia?
tópico respondeu a Cláudio Chamini no Alice Oliveira S. em Tópicos sobre suplementação
O uso de whey pode ser uma ferramenta útil para atingir a meta proteica diária, especialmente em rotinas corridas como a sua. Não há problema em consumir duas doses por dia, desde que isso esteja dentro das suas necessidades de proteína, que geralmente variam entre 1,6 e 2,2 gramas por quilo de peso corporal, dependendo do seu objetivo (manutenção, ganho de massa magra, etc.). Você já está tomando uma dose no pós-treino, que é um momento estratégico. A segunda dose pode ser encaixada no café da manhã, como lanche da tarde ou até antes de dormir, dependendo do restante da sua dieta. Não existe risco em consumir duas ou até três doses, desde que a ingestão total de proteínas não ultrapasse exageradamente o necessário, o que só geraria gasto financeiro sem benefício adicional. Vale lembrar também que a qualidade do whey faz diferença. Se tiver sensibilidade digestiva, como o @RenatoTex33 comentou, vale considerar versões concentradas mais puras, sem excesso de adoçantes artificiais. Em resumo: sim, duas doses por dia pode ser benéfico, desde que bem encaixadas na sua dieta e rotina. -
Cláudio Chamini reputou uma resposta no tópico: Testosteron em Gel, vale a pena ou nao vale apena usar ?
-
Testosteron em Gel, vale a pena ou nao vale apena usar ?
tópico respondeu a Cláudio Chamini no Luis Gobbi em Tópicos sobre esteroides
A testosterona em gel tem uma aplicação mais voltada para reposição hormonal em casos de hipogonadismo, e não é indicada como estratégia eficaz para fins anabólicos no contexto do fisiculturismo. A absorção transdérmica é limitada e variável, e as concentrações alcançadas no sangue costumam ser baixas e insuficientes para provocar ganhos musculares significativos. Em contraste, os ésteres injetáveis de testosterona (como cipionato ou enantato) garantem níveis muito mais altos e estáveis no sangue, sendo a escolha padrão para quem busca efeitos anabólicos expressivos. Além disso, o custo-benefício da testosterona em gel tende a ser inferior, considerando o preço pago por 30 ml (R$ 130,00) com 100 mg/ml, sendo que a biodisponibilidade desse formato é reduzida e exige aplicação diária com risco de contaminação por contato. Resumindo: para fins terapêuticos pode ser uma opção viável, desde que bem indicada e acompanhada por médico. Mas para ganho de massa muscular, “não chega nem perto” da versão injetável — como já foi dito no próprio tópico. -
O que é a testosterona suspensão? A testosterona suspensão é uma preparação farmacêutica injetável, administrada por via intramuscular (IM), que contém testosterona pura, ou seja, não esterificada. Sua característica fundamental reside na ausência de uma molécula de éster ligada à testosterona, diferindo-a de praticamente todas as outras formas injetáveis comuns do hormônio, como o enantato, cipionato ou propionato de testosterona. Nesta formulação, a testosterona encontra-se na forma de microcristais suspensos em um veículo aquoso (à base de água). A ausência do éster tem uma consequência farmacocinética crucial. Uma vez injetada, a testosterona não necessita passar pelo processo de clivagem enzimática (hidrólise do éster) para se tornar ativa. Em vez disso, os microcristais se dissolvem gradualmente no fluido intersticial do músculo, e a testosterona livre é absorvida diretamente para a corrente sanguínea de forma muito rápida. Embora a dissolução dos cristais module a liberação, a cinética geral é dominada pela rápida absorção e curta meia-vida da testosterona livre, resultando em um início de ação quase imediato comparado às formas esterificadas. Historicamente, representa uma das primeiras tentativas de administrar testosterona exógena por via parenteral após sua descoberta e síntese. A identidade central da testosterona suspensão, portanto, está na sua estrutura não esterificada, que dita seu perfil farmacocinético único e suas características de uso. Um pouco da história A história da testosterona suspensão remonta aos primórdios da endocrinologia moderna. Após o isolamento e a síntese da testosterona na década de 1930, surgiu a necessidade de desenvolver formas farmacêuticas para sua administração terapêutica. A suspensão aquosa de testosterona microcristalina foi uma das primeiras preparações parenterais (injetáveis) criadas, preenchendo uma lacuna antes do desenvolvimento dos ésteres de testosterona. Inicialmente, foi utilizada na medicina para induzir rapidamente os efeitos androgênicos desejados em pacientes com hipogonadismo. Contudo, suas limitações farmacocinéticas logo se tornaram evidentes. A ausência de um éster resulta em uma absorção muito rápida, mas também em uma eliminação igualmente veloz, conferindo-lhe uma duração de ação extremamente curta, tipicamente inferior a 24 horas. Isso exigia injeções muito frequentes – diárias ou até múltiplas vezes ao dia – para manter níveis terapêuticos minimamente estáveis, o que se revelou impraticável e inconveniente para a maioria das aplicações clínicas, especialmente para a terapia de reposição de testosterona (TRT) de longo prazo. Com o advento de ésteres como o propionato (ação curta, mas mais longa que a suspensão) e, posteriormente, o enantato e o cipionato (ação prolongada), que permitiam intervalos de administração mais convenientes (de dias a semanas), o uso médico da testosterona suspensão tornou-se largamente obsoleto. Apesar de sua obsolescência clínica, a testosterona suspensão encontrou um nicho persistente no mundo do fisiculturismo e dos esportes de força, particularmente entre atletas experientes ou "hardcore". A razão para essa sobrevida reside paradoxalmente em sua principal desvantagem médica: a ação extremamente rápida e potente. A capacidade de gerar um pico hormonal agudo e intenso poucas horas após a injeção é explorada por esses usuários como um "impulso" pré-treino ou pré-competição, buscando um aumento imediato na força, agressividade percebida e vascularização ("pump"). Assim, a testosterona suspensão exemplifica como uma característica farmacocinética indesejável para a terapia pode ser reinterpretada como vantajosa em contextos de melhoria de performance não médicos, onde a estabilidade hormonal é sacrificada em prol de um efeito agudo e transitório. Status legal No Brasil, a testosterona, em todas as suas formas, incluindo a suspensão aquosa, é classificada como substância anabolizante e está sujeita a controle especial. Ela consta na Lista C5 (Lista de Substâncias Anabolizantes) da Portaria SVS/MS nº 344/98 e suas atualizações, como a RDC nº 98/2000 que explicitamente incluiu a testosterona nesta lista. A dispensação de medicamentos contendo testosterona exige a apresentação de Receita de Controle Especial em duas vias, ficando uma retida na farmácia. Adicionalmente, o Conselho Federal de Medicina (CFM), através da Resolução CFM nº 2.333/2023, estabeleceu normas éticas rigorosas para a prescrição de terapias hormonais com esteroides androgênicos e anabolizantes (EAA). Esta resolução proíbe expressamente a prescrição e o uso dessas substâncias, incluindo a testosterona, para fins estéticos (como definição muscular), para ganho de massa muscular (hipertrofia) ou para melhora do desempenho esportivo em atletas amadores ou profissionais. A resolução enfatiza que a terapia hormonal só é eticamente permitida para tratar condições médicas de deficiência hormonal comprovada, onde haja nexo causal estabelecido e evidências científicas de benefício. Disponibilidade no mercado brasileiro A testosterona suspensão é extremamente rara nos canais farmacêuticos legais no Brasil. Praticamente não existem produtos comerciais registrados e aprovados pela ANVISA que contenham exclusivamente esta formulação. A complexidade técnica envolvida na produção de suspensões aquosas microcristalinas estéreis também dificulta sua obtenção através de farmácias de manipulação. Como consequência direta dessa indisponibilidade legal e das restrições regulatórias para uso não médico, a presença da testosterona suspensão no mercado brasileiro está quase que inteiramente restrita ao mercado paralelo, operado por laboratórios clandestinos (Underground Labs - UGLs). Isso acarreta riscos significativos para o usuário, relacionados à falta de controle de qualidade, esterilidade duvidosa, subdosagem ou superdosagem, e potencial contaminação com outras substâncias ou microrganismos. A dificuldade de acesso legal, combinada com a proibição do CFM para usos de performance, empurra os potenciais usuários para fontes ilícitas e perigosas. Regulamentação do Conselho Federal de Medicina (CFM) Conforme mencionado, a Resolução CFM nº 2.333/2023 veda categoricamente a prescrição de testosterona e outros EAA para finalidades estéticas ou de melhora de desempenho físico ou esportivo. Qualquer médico que prescreva testosterona suspensão para esses fins está sujeito a sanções ético-profissionais. Status de doping A testosterona é classificada pela Agência Mundial Antidoping (WADA) como um S1.1 Agente Anabólico Androgênico Esteróide (EAA) exógeno na Lista de Substâncias e Métodos Proibidos. Conforme a lista válida para 2025, seu uso é proibido a todo momento, tanto em competição quanto fora de competição, para atletas sujeitos ao Código Mundial Antidoping. A testosterona é considerada uma substância não-especificada, o que geralmente implica sanções mais severas em caso de violação das regras antidoping. Detecção em testes antidoping A detecção do uso de testosterona suspensão apresenta particularidades devido à sua farmacocinética. Sendo testosterona pura, ela é quimicamente indistinguível da testosterona endógena uma vez na corrente sanguínea. Níveis hormonais e razão T/E: a testosterona livre administrada pela suspensão é metabolizada e eliminada rapidamente. Consequentemente, os níveis de testosterona na urina e a razão Testosterona/Epitestosterona (T/E), um marcador inicial de triagem, podem retornar a níveis considerados normais dentro de um período relativamente curto após a última injeção, possivelmente em 2 a 5 dias. Historicamente, essa rápida normalização da T/E tornou a suspensão atraente para atletas que tentavam evitar a detecção em testes que se baseavam primariamente nesse parâmetro, especialmente se houvesse um curto intervalo entre o uso e o teste. Teste IRMS (Isotope Ratio Mass Spectrometry): no entanto, os métodos antidoping modernos utilizam a técnica de Espectrometria de Massa de Razão Isotópica acoplada à Cromatografia Gasosa e Combustão (GC/C/IRMS). Este teste não mede apenas a quantidade de hormônios, mas sim a sua origem (endógena vs. exógena). Ele se baseia na diferença da razão entre isótopos de carbono (¹³C/¹²C) na molécula de testosterona ou seus metabólitos. A testosterona sintética, geralmente derivada de fontes vegetais (plantas C3 como soja ou inhame mexicano), possui uma assinatura isotópica (um valor δ¹³C) diferente (mais "leve" ou depletada em ¹³C) daquela produzida naturalmente pelo corpo humano. O teste IRMS é capaz de detectar essa assinatura isotópica exógena mesmo após a normalização da razão T/E.27 A janela de detecção por IRMS para a testosterona suspensão é mais curta do que para os ésteres de ação longa (como enantato ou undecanoato), mas ainda assim pode se estender por semanas (estimativas variam, mas possivelmente 1-2 semanas ou mais), dependendo da dose, duração do uso, metabolismo individual e sensibilidade do teste. Portanto, o uso de testosterona suspensão ainda representa um risco significativo de detecção para atletas submetidos a testes antidoping modernos e abrangentes. A detecção direta de ésteres no sangue é uma ferramenta adicional para ésteres, mas não se aplica à suspensão, embora ilustre a sofisticação crescente dos métodos. Contexto no fisiculturismo Devido ao seu status na lista da WADA, a testosterona suspensão é estritamente proibida em competições de fisiculturismo natural ou testado. Seu uso persiste em federações ou categorias não testadas ("Untested", "Tradicional"), onde os atletas podem utilizá-la estrategicamente para obter picos de performance e aparência (vascularização, "pump") imediatamente antes de competições ou durante fases específicas de treinamento intenso, explorando sua rápida ação e curta duração percebida (embora o risco de IRMS permaneça).
-
- testosterona
- testosterona aquosa
- (e 2 mais)
-
fisiculturismo reputou uma resposta no tópico: primeiro ciclo DDD
-
Cláudio Chamini reputou uma resposta no tópico: primeiro ciclo DDD
-
Cláudio Chamini reputou uma resposta no tópico: primeiro ciclo DDD
-
Cláudio Chamini reputou uma resposta no tópico: primeiro ciclo DDD
-
@roochamatheus, teu ciclo tá bem agressivo pra primeira experiência. Misturar deca, dura e dianabol de cara eleva muito o risco de colaterais, especialmente considerando que você mesmo montou sem acompanhamento. A combinação fecha o eixo com força, tem retenção hídrica pesada e exige um pós-ciclo muito bem estruturado. Pra um primeiro ciclo, o ideal é focar só em testosterona (tipo enantato ou cipionato), numa dose entre 300 a 500 mg/semana por 8 a 12 semanas. Isso já te dá ótimos ganhos, permite entender como teu corpo reage e facilita ajustar se der efeito colateral. Outra coisa importante é que dieta com só 4 refeições e 150g de carbo/dia tá bem abaixo pra quem quer bulking. Com 75 kg e 1,73 m, esse volume de carbo vai te limitar. Subir pra pelo menos 4-6g de carbo/kg de peso corporal seria o mais comum em fase de ganho. Cardio 30 minutos por dia tá tranquilo se o objetivo for manter condicionamento, mas cuidado pra não comprometer o superávit calórico. Se já tá com os AEs na mão e vai seguir assim mesmo, considera ao menos rever: Subir a dose de testosterona (dura) e reduzir a nandrolona (deca). Usar IA pra controlar estradiol (tipo anastrozol). Ter um PCT pronto (clomifeno e tamoxifeno no mínimo). Monitorar pressão arterial e prolactina durante o ciclo. Mas de verdade, pensa em simplificar esse protocolo e acertar primeiro dieta e treino. O básico bem feito traz mais resultado que misturar tudo logo de início. Se quiser colar umas fotos do shape atual, dá pra dar um feedback mais preciso também. Lembre-se de não usar nenhum medicamento sem acompanhamento médico. A galera sempre mandando bem aqui. O @Batata... foi direto ao ponto sugerindo focar só em testosterona no primeiro ciclo, que é o mais indicado pra evitar uma porrada de colateral desnecessário logo de cara. @Divebrasil levantou um ponto essencial também — sem saber a composição corporal e como tá a dieta de verdade, é difícil avaliar qualquer estratégia. E o @MashleMuscle puxou pro lado do bom senso com leveza: sem foto do shape, qualquer palpite vira chute. No geral, acho que as respostas tão ajudando a direcionar pra uma abordagem mais segura e eficiente. Boa galera!
-
Vamos focar nesta matéria no percentual de gordura ideal para a saúde. Qual faixa de gordura corporal está associada a menores riscos de doenças e a um bem-estar geral? Vamos descobrir as recomendações por sexo e idade, e entender por que tanto o excesso quanto a falta de gordura podem ser prejudiciais. Antes de ler esta matéria, talvez você possa se interessar em saber o que é percentual de gordura ou como é que se calcula o percentual de gordura. Percentual de gordura ideal: foco na saúde O que é considerado saudável? (variações individuais) Antes de mais nada, é crucial entender que não existe um único número "ideal" de %GC que sirva para todos. O que é considerado um percentual de gordura saudável varia consideravelmente com base em fatores individuais importantes. Os principais incluem: Sexo: mulheres naturalmente precisam de um %GC maior que homens devido às necessidades de gordura essencial. Idade: o metabolismo e a composição corporal mudam com a idade, geralmente com aumento da gordura e diminuição do músculo. As faixas saudáveis tendem a ser um pouco mais altas para pessoas mais velhas. Genética: influencia a tendência a acumular gordura e sua distribuição. Nível de atividade física: pessoas mais ativas e atletas geralmente mantêm um %GC mais baixo dentro ou abaixo da faixa saudável. Estado geral de saúde: condições médicas preexistentes podem influenciar as metas de %GC. Portanto, o foco deve ser em alcançar e manter uma faixa de %GC associada a bons resultados de saúde, em vez de perseguir um número específico e único. Faixas saudáveis por sexo e idade (tabelas e gráficos) Diversas organizações de saúde e fitness, como o American Council on Exercise (ACE) e o American College of Sports Medicine (ACSM), propõem faixas de referência para o %GC. Embora possa haver pequenas variações entre elas, fornecem um guia útil. Classificação geral (Exemplo baseado na ACE: Categoria Homens (%GC) Mulheres (%GC) Descrição Gordura Essencial 2-5% 10-13% Mínimo necessário para funções vitais; abaixo disso é perigoso. Atletas 6-13% 14-20% Faixa comum em atletas de alto rendimento; muito magro. Fitness 14-17% 21-24% Nível associado a boa forma física e saúde; magro e definido. Média / Aceitável 18-24% 25-31% Faixa considerada saudável e aceitável para a população geral. Obesidade ≥25% ≥32% Associado a riscos aumentados para a saúde. Recomendação geral (exemplo baseado na ACSM): Homens: faixa saudável recomendada: 10-22%. Mulheres: faixa saudável recomendada: 20-32%. Faixas saudáveis por idade (exemplo combinado): Faixa Etária (anos) Homens (%GC Saudável) Mulheres (%GC Saudável) 20-39 8-19% (ou 8-20%) 21-32% (ou 21-33%) 40-59 11-21% (ou 11-22%) 23-33% (ou 23-35%) 60-79 13-24% (ou 13-25%) 24-35% (ou 24-36%) (Nota: Pequenas variações nos limites das faixas podem existir entre diferentes fontes[cite: 182].) Por que essas diferenças entre sexo e idade? As mulheres necessitam de mais gordura essencial para funções hormonais e reprodutivas. Hormônios como o estrogênio também favorecem o acúmulo de gordura nos quadris e coxas (distribuição ginoide). Nos homens, a testosterona favorece mais massa muscular e direciona a gordura para o abdômen (distribuição androide). Com o envelhecimento, ocorrem mudanças hormonais (menopausa, redução de testosterona) e uma tendência à diminuição do metabolismo e da massa muscular (sarcopenia). Isso geralmente leva a um aumento gradual do %GC e maior acúmulo na região abdominal/visceral. Por isso, as faixas saudáveis são ligeiramente mais altas com o avançar da idade. É preocupante notar que as médias de percentual de gordura corporal (%GC) em populações como a dos EUA (aproximadamente 28% para homens e 40% para mulheres) estão acima das faixas consideradas ideais. No Brasil, a situação também é alarmante, com alta prevalência de sobrepeso e obesidade (superando 60% da população adulta, o que frequentemente se correlaciona com níveis elevados de gordura corporal. Riscos do excesso e da falta de gordura corporal Manter o %GC na faixa saudável é crucial, pois tanto o excesso quanto a falta estão associados a riscos significativos. A relação entre %GC e mortalidade costuma seguir uma curva em "J" ou "U": riscos maiores nos extremos e menores na faixa saudável. Riscos do %GC alto (acima da faixa saudável - obesidade): O excesso de gordura, especialmente a gordura visceral abdominal, é um fator de risco bem estabelecido para muitas doenças. O tecido adiposo em excesso libera substâncias inflamatórias que levam à inflamação crônica, resistência à insulina e disfunção metabólica. Os principais riscos incluem: Doenças cardiovasculares: hipertensão, colesterol anormal, triglicerídeos altos, aterosclerose, infarto, AVC. Diabetes tipo 2: causado pela resistência à insulina. Síndrome metabólica: combinação de fatores (obesidade abdominal, pressão alta, glicemia alta, etc.) que aumenta drasticamente o risco cardiovascular e de diabetes. Certos tipos de câncer: mama (pós-menopausa), endométrio, cólon, fígado, rim, entre outros. Doença hepática gordurosa não alcoólica (esteatose): acúmulo de gordura no fígado. Problemas respiratórios: apneia do sono, piora da asma. Problemas articulares: osteoartrite (joelhos, quadris). Problemas na vesícula biliar: Cálculos biliares. Outros: gota, doença renal crônica, complicações na gravidez, problemas de fertilidade, problemas de saúde mental (depressão, ansiedade). Riscos do %GC baixo (abaixo da faixa saudável - essencial): Embora menos comum, ter um percentual de gordura corporal muito baixo também é prejudicial, especialmente abaixo dos níveis essenciais. A falta de gordura compromete funções vitais: Desregulação hormonal: pode causar irregularidades menstruais ou amenorreia (ausência de menstruação) em mulheres, redução da libido e problemas de fertilidade em ambos os sexos. Isso está ligado à "Tríade da Mulher Atleta". Comprometimento do sistema imunológico: enfraquece as defesas do corpo, aumentando a suscetibilidade a infecções. Problemas ósseos: associado à diminuição da densidade mineral óssea (osteopenia, osteoporose) e risco de fraturas. Deficiências nutricionais: dietas extremas para baixo %GC podem levar à falta de vitaminas/minerais. Problemas de termorregulação: dificuldade em manter a temperatura corporal, sensação de frio constante. Fadiga e baixa energia: falta de reserva energética pode causar fadiga crônica e baixo desempenho. Problemas cardíacos: em casos extremos, pode levar a arritmias. Problemas de pele e cabelo: pele seca, cabelos quebradiços. Saúde mental: a busca obsessiva por baixo %GC pode estar ligada a depressão, ansiedade e transtornos alimentares. Portanto, a saúde reside no equilíbrio. A mentalidade de que "menos gordura é sempre melhor" é imprecisa e perigosa. O objetivo deve ser atingir e manter um percentual de gordura dentro da faixa saudável individualizada, evitando os extremos. Conclusão Entender as faixas de percentual de gordura consideradas saudáveis para seu sexo e idade é fundamental para estabelecer metas realistas e benéficas para sua saúde a longo prazo. Vimos que tanto o excesso quanto a falta de gordura corporal trazem riscos significativos, reforçando a importância do equilíbrio. E se você quiser saber como ter um abdômen tanquinho e com saúde, leia nossa matéria sobre percentual de gordura e estética. Fontes de consulta Body fat percentage - Wikipedia. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Body_fat_percentage. Acesso em 29 de abr. de 2025. Body Composition | UC Davis Sports Medicine UC Davis Health. Disponível em: https://health.ucdavis.edu/sports-medicine/resources/body-fat. Acesso em 29 de abr. de 2025. Normal ranges of body weight and body fat - Human Kinetics. Disponível em: https://us.humankinetics.com/blogs/excerpt/normal-ranges-of-body-weight-and-body-fat. Acesso em 29 de abr. de 2025. Risks of Too Little and Too Much Body Fat - Nutrition: Science and .... Disponível em: https://openoregon.pressbooks.pub/nutritionscience2e/chapter/unknown-3/. Acesso em 29 de abr. de 2025. Adipose Tissue (Body Fat): Anatomy & Function - Cleveland Clinic. Disponível em: https://my.clevelandclinic.org/health/body/24052-adipose-tissue-body-fat. Acesso em 29 de abr. de 2025. A Guide To Achieving a Healthy Body Fat Percentage | InBody USA. Disponível em: https://inbodyusa.com/blogs/inbodyblog/your-body-and-you-a-guide-to-body-fat/. Acesso em 29 de abr. de 2025. ACE Body Composition Percentage Chart - TomTom. Disponível em: http://download.tomtom.com/open/manuals/.... Acesso em 29 de abr. de 2025. Body Fat Percentage: Calculation, Age and Gender Chart - MedicineNet. Disponível em: https://www.medicinenet.com/what_should_your_body_fat_percentage_be/article.htm. Acesso em 29 de abr. de 2025. Body Fat Percentage Averages for Men & Women (Very Well Health .... Disponível em: https://www.acefitness.org/about-ace/press-room/in-the-news/8602/body-fat-percentage-charting-averages-in-men-and-women-very-well-health/. Acesso em 29 de abr. de 2025. Is It Healthy to Have a Low Body Fat Percentage? - InBody USA. Disponível em: https://inbodyusa.com/blogs/inbodyblog/is-it-healthy-to-have-a-low-body-fat-percentage/. Acesso em 29 de abr. de 2025. Subcutaneous adipose tissue & visceral adipose tissue - PMC. Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC6702693/. Acesso em 29 de abr. de 2025. Body Fat - The Nutrition Source. Disponível em: https://nutritionsource.hsph.harvard.edu/healthy-weight/measuring-fat/. Acesso em 29 de abr. de 2025. ICO 2024: Distribuição de gordura corporal e alterações.... Disponível em: https://portal.afya.com.br/endocrinologia/ico-2024-distribuicao-de-gordura-corporal-e-alteracoes-metabolicas. Acesso em 29 de abr. de 2025. Obesity - Symptoms and causes - Mayo Clinic. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/obesity/symptoms-causes/syc-20375742. Acesso em 29 de abr. de 2025. Body fat percentage for women: what should yours look like? - Women's Health. Disponível em: https://www.womenshealthmag.com/uk/health/female-health/a708160/body-fat-percentage-women/. Acesso em 29 de abr. de 2025. Eating Disorders (for Teens) | Nemours KidsHealth. Disponível em: https://kidshealth.org/en/teens/eat-disorder.html. Acesso em 29 de abr. de 2025. Key Factors Influencing Body Composition and Its Distribution - A.... Disponível em: https://www.nccor.org/tools-assessingobesity-guide/.... Acesso em 29 de abr. de 2025. Body Fat Percentage - why do men and women differ? - EVOLT 360. Disponível em: https://evolt360.com/body-fat-percentage-why-do-men-and-women-differ/. Acesso em 29 de abr. de 2025. Mudanças no corpo com o envelhecimento - Questões sobre a .... Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/.... Acesso em 29 de abr. de 2025. Aging changes in body shape: MedlinePlus Medical Encyclopedia. Disponível em: https://medlineplus.gov/ency/article/003998.htm. Acesso em 29 de abr. de 2025. Our genes affect where fat is stored in our bodies | ScienceDaily. Disponível em: https://www.sciencedaily.com/releases/2019/01/190121103400.htm. Acesso em 29 de abr. de 2025. Estrogen Deficiency and the Origin of Obesity during Menopause.... Disponível em: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3964739/. Acesso em 29 de abr. de 2025. Sobrepeso e obesidade como problemas de saúde pública.... Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/.... Acesso em 29 de abr. de 2025. Qual é o seu percentual de gordura? Compartilhe nos comentários.
- 2 comentários
-
- percentual de gordura
- bf
-
(e 1 mais)
Tags:
-
NPC Muscle Contest campeonato dos TITÃS 2025
um evento no calendário postou Cláudio Chamini Campeonatos de fisiculturismo
Data a confirmar. Contato: WhatsApp +55 11 95618-4519 Página do evento: NPC Muscle Contest campeonato dos TITÃS 2025 OBSERVAÇÃO: dados do evento obtidos em 28 de abril de 2025 (via info do usuário). Local exato, Taxas, Ingressos, Categorias, Status não informados. Consulte a página oficial para dados atualizados e mais precisos. -
NPC Muscle Contest NOITE DOS CAMPEÕES 2025
um evento no calendário postou Cláudio Chamini Campeonatos de fisiculturismo
Inscrição Atletas: Online: US$ 123.00 (1ª), US$ 87.00 (adic.)No dia: R$ 900,00 por classePromo Teen/Junior: $ 80.00 USD online / R$ 500,00 no diaIngressos Visitantes: VIP: R$ 240,00 (Inteira) / R$ 120,00 (Meia)Normal: R$ 180,00 (Inteira) / R$ 90,00 (Meia)Backstage: R$ 900,00Categorias: Men's BB (subs), Classic, Mens Physique, Womens Physique, Figure, Wellness, Bikini, Fit Model. Status: Nacional. Contato: WhatsApp +55 11 95618-4519 Página do evento: NPC Muscle Contest NOITE DOS CAMPEÕES 2025 OBSERVAÇÃO: dados do evento obtidos em 28 de abril de 2025 (via PDF). Endereço completo, Status Olympia/Email não encontrados. Consulte a página oficial para dados atualizados e mais precisos. -
Status provavelmente Regional. Página do evento: NPC COPA OVERALL 2025 OBSERVAÇÃO: dados do evento obtidos em 28 de abril de 2025 (via info do usuário). Local exato, Taxas, Ingressos, Categorias, Contato não informados. Consulte a página oficial para dados atualizados e mais precisos.