
Tudo que Cláudio Chamini postou
- Maximum Performance 3W Whey Protein é bom?
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Whey + Leite + Nescau
Não é muito legal essa ideia de adicionar Whey Protein à sua bebida de Nescau. Nescau tem muito açúcar. Mas se mesmo assim você desejar obter mais calorias de carboidratos simples e ultraprocessados, vamos lá! Vou esclarecer algumas coisas para você: Misturar Whey com Nescau: Sim, você pode misturar Whey Protein com o seu Nescau. Aqui estão algumas opções para fazer isso: Opção 1: Prepare o seu Nescau normalmente e, em seguida, adicione uma colher de Whey Protein à bebida. Mexa bem até que o Whey esteja completamente dissolvido. Opção 2: Se preferir, você pode bater o Nescau com o Whey Protein no liquidificador para obter uma mistura mais homogênea. Benefícios: Adicionar Whey Protein ao Nescau pode ser uma maneira conveniente de aumentar a ingestão de proteínas. O Whey é uma excelente fonte de aminoácidos essenciais, que são importantes para a recuperação muscular e o crescimento. Quantidade: Comece com uma colher pequena de Whey Protein e ajuste conforme suas necessidades e preferências. Lembre-se de que a quantidade de proteína que você precisa depende de seus objetivos e nível de atividade física. Varie: Além do Nescau, você também pode misturar o Whey com outras bebidas, como leite ou água. Pontos negativos: O Nescau contém muito açúcar e outras substâncias químicas. É um alimento ultraprocessado. Considere substituí-lo por cacau em pó e mel. Lembre-se sempre de manter uma alimentação equilibrada e consultar um profissional de saúde ou nutricionista para orientações personalizadas. Aproveite sua bebida e bons treinos! 🥤💪 Penso como você @Batata...!
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Super HD Cellucor antigo x novo, tem diferença?
Este é das antigas mesmo!!! O Super HD Cellucor parece ter uma fórmula nova. Você pode postar uma foto do rótulo cada versão antiga e uma foto do rótulo da versão nova para que eu possa tentar ajudá-lo?
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Onde comprar efedrina?
A efedrina é um estimulante que pode ser usado para melhorar o desempenho nos treinos e aumentar a energia. No entanto, é importante lembrar que seu uso deve ser feito com cautela e sob orientação médica. Vou apresentar algumas opções para você que encontrei hoje na internet: Drogarias Online: Você pode verificar em farmácias online como a Drogaria São Paulo ou a Drogaria Minas-Brasil. Consulta Remédios: O site Consulta Remédios também pode ser uma opção. Lá você pode encontrar a Efedrin 50mg/mL, que vem em uma caixa com 100 ampolas de 1 mL de solução para uso intramuscular ou intravenoso. Franol: O Franol é uma combinação de teofilina e sulfato de efedrina. Ele atua como broncodilatador e pode melhorar os sintomas de problemas respiratórios, como a asma brônquica. Lembre-se sempre de consultar um médico antes de iniciar qualquer suplementação ou uso de medicamentos. Eles podem avaliar suas necessidades individuais e orientá-lo sobre o uso seguro e eficaz da efedrina. Mantenha-se saudável e continue treinando com responsabilidade!
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Whey sem malto, mas com pedaços de frutas como morango, mamão ou meia banana? Aveia?
Misturar banana, aveia e maltodextrina pode ser uma combinação interessante para obter uma fonte de carboidratos completa e equilibrada. Vou explicar os benefícios de cada um desses ingredientes: Banana: A banana é rica em carboidratos, especialmente açúcares naturais como a frutose. Ela também fornece potássio, que é importante para a função muscular e a saúde do coração. A banana é uma excelente opção para fornecer energia rápida antes de um treino. Aveia: A aveia é uma fonte de carboidratos complexos. Ela contém fibra solúvel, que ajuda a manter a saciedade e regula o açúcar no sangue. A aveia também é rica em vitaminas do complexo B e minerais como ferro e manganês. Maltodextrina: A maltodextrina é um carboidrato de rápida absorção. É frequentemente usada por atletas para reposição rápida de energia durante ou após o exercício. No entanto, seu índice glicêmico é alto, o que pode causar picos de insulina. Aqui estão algumas considerações importantes: Quantidade: Modere a quantidade de maltodextrina, especialmente se você não estiver realizando atividade física intensa. Momento de Consumo: Consuma essa mistura antes do treino para obter energia ou após o treino para ajudar na recuperação muscular. Varie: Lembre-se de variar suas fontes de carboidratos para obter benefícios nutricionais mais amplos. Atenção: Se você tiver alguma condição médica específica ou estiver sob orientação profissional (como um nutricionista ou médico), é sempre recomendável consultar esses profissionais antes de fazer alterações significativas em sua dieta. Eles podem fornecer orientações personalizadas com base em suas necessidades individuais. A combinação de Whey Protein com frutas é uma excelente maneira de obter uma refeição equilibrada e saborosa. Vamos explorar como você pode preparar essa mistura de forma saudável: Whey Protein com Frutas: Morango, mamão e banana são ótimas opções para combinar com o Whey Protein. Aqui estão algumas sugestões: Shake de Whey com Frutas: Adicione 1 medida (scoop) de Whey Protein do sabor de sua preferência a 150 ml de água. Acrescente alguns pedaços de morango, mamão ou meia banana. Bata tudo no liquidificador até obter uma mistura homogênea. Consuma como um lanche ou após o treino. Benefícios: As frutas fornecem carboidratos naturais, vitaminas e fibras. A combinação de proteína do Whey com carboidratos ajuda na recuperação muscular e na reposição de energia pós-treino. A consistência cremosa das frutas adiciona suavidade ao shake, tornando-o mais agradável ao paladar. Varie: Além das frutas mencionadas, você pode experimentar outras opções, como kiwi, ameixa e frutas vermelhas. Lembre-se de ajustar a quantidade de frutas conforme suas necessidades calóricas e objetivos. Cuidado com o Excesso: Evite exagerar nas calorias adicionadas pelas frutas, especialmente se estiver buscando controle de peso. Consulte um nutricionista para orientações personalizadas com base em suas metas e necessidades individuais. Lembre-se sempre de manter uma alimentação equilibrada e variada. Aproveite os benefícios do Whey Protein combinado com frutas para potencializar seus resultados! 🍓🍌🥭
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Tadalafila 5mg pode viciar?
A tadalafila é um medicamento utilizado principalmente para tratar a disfunção erétil e os sintomas da hiperplasia prostática benigna. Ela atua aumentando o fluxo sanguíneo no pênis, o que auxilia na obtenção e manutenção da ereção, desde que haja estímulo sexual. Além disso, a tadalafila também pode ser usada para melhorar a vascularização, como você mencionou, e tem sido associada a resultados positivos nas veias dos braços e pernas. Aqui estão algumas informações importantes sobre a tadalafila: Funcionamento: Quando um homem é estimulado sexualmente, ocorre um aumento do fluxo sanguíneo no pênis, resultando em ereção. A tadalafila ajuda a aumentar esse fluxo sanguíneo, permitindo uma ereção satisfatória durante a atividade sexual. É importante ressaltar que a tadalafila só funciona quando há estímulo sexual; não causa ereção apenas por tomar o medicamento. Dosagem: Existem duas apresentações comuns da tadalafila: Tadalafila 5 mg (uso diário): Recomendada para uso contínuo, com um comprimido por dia, sempre no mesmo horário. É contraindicada para pessoas com insuficiência renal grave. Tadalafila 20 mg: Indicada apenas para o tratamento da disfunção erétil. O tempo de tratamento deve ser orientado pelo urologista. Efeitos Colaterais: Alguns efeitos colaterais comuns incluem: Dor de cabeça Dor nas costas Tontura Má digestão Vermelhidão no rosto Dor muscular Congestão nasal Esses efeitos costumam ser leves e podem desaparecer em alguns dias ou semanas. A tadalafila não causa vício, mas é importante seguir as orientações médicas para evitar problemas futuros. Receita Médica: A tadalafila é vendida mediante apresentação de receita médica, mas não é um remédio controlado, e a receita não fica retida na farmácia. Teoricamente a tadalafila não causa vício físico, ou químico no corpo. Mas nada impede que ela cause vício psicológico, por medo de não performar bem no sexo sem o auxílio da droga. Lembre-se sempre de conversar com seu urologista para avaliar a eficácia do tratamento e monitorar possíveis efeitos colaterais. O uso consciente e sob orientação médica é fundamental para garantir sua saúde e bem-estar.
- Iniciante. Quero ficar com o corpo bem definido! Me ajudem?
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Lipodrene ou Methyldrene? Qual é o melhor?
A escolha entre Lipodrene e Methyldrene depende de vários fatores, principalmente a sua composição, como seu corpo reage às substâncias das fórmulas e seus objetivos. Ambos são termogênicos que visam aumentar o metabolismo e promover a perda de gordura. No entanto, é importante notar que a eficácia e os efeitos colaterais podem variar de pessoa para pessoa. Em outro fórum, os usuários discutiram suas experiências com ambos os produtos, mas não chegaram a um consenso sobre qual seria superior. Você pode informar a composição de cada um desses suplementos para que eu possa dar a minha opinião?
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Creatina descasca as mãos?
A descamação das mãos não é um efeito colateral comumente associado ao uso de creatina. Os efeitos colaterais mais frequentes da creatina incluem ganho de peso devido ao aumento da massa muscular, diarreia, desconforto gástrico, dor na barriga, náuseas e cãibras. No entanto, se você está experimentando descamação nas mãos, é importante considerar outras causas possíveis, como reações alérgicas a produtos que você pode estar usando ou condições de pele. Recomendo consultar um médico ou dermatologista para uma avaliação adequada, especialmente porque a descamação da pele não é um efeito conhecido da creatina e pode ser um sinal de algo que requer atenção médica.
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Como tomar meu whey protein melhor?
Oi @Vitória GG! Vou tentar contribuir um pouquinho para sanar as suas dúvidas: Com base nas informações você forneceu, vamos analisar a situação com mais detalhes. Horário Disponível: O intervalo entre 13h e 14:30 parece ser o melhor momento para o seu treino. Entendo que você deseja evitar treinar à noite devido à segurança e à lotação da academia. Alimentação Pré-Treino: O seu problema de letargia após o almoço é compreensível. Muitas pessoas enfrentam dificuldades em treinar logo após uma refeição completa. Substituir o almoço por uma dose de whey protein antes do treino pode ser uma opção a ser considerada. No entanto, é importante lembrar que o whey protein não contém todos os nutrientes encontrados em uma refeição completa. Portanto, você pode sentir falta de energia se depender apenas dele. Sugestões: Aqui estão algumas sugestões para otimizar o seu treino e a alimentação: Opção 1: Whey Protein + Refeição Pós-Treino: Consuma uma dose de whey protein cerca de 30 minutos antes do treino. Após o treino, opte por uma refeição sólida que inclua proteínas, carboidratos e gorduras saudáveis. Isso pode ser o seu almoço após o retorno da academia. Opção 2: Refeição Leve Pré-Treino: Em vez de substituir completamente o almoço, faça uma refeição leve antes do treino. Escolha alimentos que sejam fáceis de digerir e que não deixem você se sentindo pesada. Após o treino, você pode complementar com uma dose de whey protein ou outra fonte de proteína. Opção 3: Experimentação: Experimente ambas as opções por alguns dias e observe como o seu corpo responde. Cada pessoa é diferente, e o que funciona para uma pode não ser ideal para outra. Escute o seu corpo e ajuste conforme necessário. Nutricionista: Recomendo consultar um nutricionista para criar um plano alimentar personalizado com base nos seus objetivos, horários e necessidades específicas. Um profissional pode ajudá-la a equilibrar a ingestão de proteínas, carboidratos e outros nutrientes para otimizar o seu desempenho nos treinos. Lembre-se de que a individualidade é importante, e o que funciona para você pode ser diferente do que funciona para outras pessoas. Boa sorte em sua jornada de treinamento e saúde! 😊 E continue postando aqui no fórum para que a comunidade possa lhe ajudar mais.
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[Tutorial de Ciclo para Vida] Consiga resultados verdadeiros
Vou dar a minha pitada de contribuição sobre o Blast and Cruise (ciclo para a vida). Blast and Cruise: Guia Completo para Atletas de Fisiculturismo Abordarei o ciclo de esteroides "blast and cruise", uma estratégia popular para otimizar o crescimento muscular e a performance. O que é Blast and Cruise? O blast and cruise é um ciclo de esteroides dividido em duas fases: Blast: Fase de alta intensidade, com doses mais elevadas de esteroides por um período curto (geralmente 4-6 semanas). O objetivo é maximizar o ganho de massa muscular e força. Cruise: Fase de manutenção, com doses mais baixas de esteroides por um período mais longo (geralmente 12-16 semanas). O objetivo é manter os ganhos conquistados na fase de blast e minimizar os efeitos colaterais. Benefícios do Blast and Cruise: Ganho muscular acelerado: O blast permite um rápido aumento de massa muscular, especialmente quando combinado com treinamento intenso e dieta adequada. Melhora na performance: O aumento da força e massa muscular pode levar a um melhor desempenho no treino e competições. Manutenção dos ganhos: A fase de cruise ajuda a manter os resultados obtidos no blast, evitando o "rebote" hormonal e a perda de massa muscular. Riscos e efeitos colaterais: Assim como qualquer ciclo de esteroides, o blast and cruise apresenta riscos e efeitos colaterais que devem ser considerados: Supressão do eixo HPT-A: Os esteroides podem suprimir a produção natural de testosterona, levando a problemas de fertilidade, libido e humor. Efeitos colaterais: Acne, ginecomastia, alterações de humor, problemas cardíacos e hepáticos são alguns dos efeitos colaterais que podem surgir. Recomendações importantes: Acompanhamento médico: É fundamental ter acompanhamento de um endocrinologista experiente durante todo o ciclo para monitorar os níveis hormonais, avaliar os efeitos colaterais e ajustar as doses quando necessário. Exames laboratoriais: Realizar exames periódicos para verificar a saúde geral e identificar possíveis alterações causadas pelos esteroides. Terapia pós-ciclo: Ao final do ciclo, é importante realizar uma terapia pós-ciclo (TPC) para auxiliar na recuperação do eixo HPT-A e minimizar os efeitos colaterais. Lembre-se: O blast and cruise pode ser uma estratégia eficaz para otimizar o crescimento muscular e a performance em atletas de fisiculturismo. No entanto, é fundamental ter cautela e seguir as devidas precauções para minimizar os riscos e efeitos colaterais. Para mais informações: Consulte um endocrinologista esportivo para obter informações personalizadas sobre o ciclo de blast and cruise e verificar se essa estratégia é adequada para você. Disclaimer: Este post é apenas informativo e não deve ser interpretado como orientação médica. Consulte um profissional de saúde para obter informações individualizadas e acompanhamento adequado. Importante: Antes de detalhar os esteroides, é crucial enfatizar que a escolha das substâncias, dosagens e duração do ciclo deve ser feita individualmente com um endocrinologista experiente. A automedicação com esteroides pode trazer sérios riscos à saúde. Considerações para escolha de esteroides: Objetivos: Ganho de massa muscular, força ou performance? Experiência com esteroides: Já utilizou esteroides antes? Qual o nível de experiência? Tolerância individual: Como o corpo responde aos esteroides? Perfil de efeitos colaterais: Quais os efeitos colaterais que você deseja evitar? Disponibilidade de medicamentos: Nem todos os esteroides estão disponíveis em todos os países. Exemplos de combinações de esteroides para Blast and Cruise: Blast: Testosterona (Enantato, Sustanon): 500-1000mg/semana Dianabol: 20-40mg/dia Nandrolona (Decanoato): 200-400mg/semana Trembolona (Acetato): 200-400mg/semana Cruise: Testosterona (Enantato, Sustanon): 100-200mg/semana Oxandrolona: 20-30mg/dia Primobolan (Acetato, Enantato): 100-200mg/semana Importante: As doses acima são apenas exemplos e podem variar significativamente de acordo com as características individuais de cada atleta. É fundamental realizar exames laboratoriais periódicos para monitorar os níveis hormonais e ajustar as doses quando necessário. Outras considerações: Terapia Pós-Ciclo (TPC): Ao final do ciclo, é essencial realizar uma TPC para auxiliar na recuperação do eixo HPT-A e minimizar os efeitos colaterais. Efeitos colaterais: Esteja ciente dos possíveis efeitos colaterais de cada esteroide e utilize estratégias para minimizá-los. Dieta e Treino: Uma dieta adequada e um programa de treino intenso são essenciais para maximizar os resultados do ciclo. Lembre-se: O blast and cruise é uma estratégia avançada e deve ser utilizada com cautela e acompanhamento profissional. Priorize sua saúde e busque orientação especializada para alcançar seus objetivos de forma segura e eficaz.
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Guia completo do que fazer para perder gordura sem perder massa muscular
1. É possível perder gordura sem perder massa muscular? Acredite! Sim, é possível perder gordura sem perder massa muscular. Muitas pessoas almejam esse objetivo ao iniciar as atividades físicas, especialmente quando pretendem competir no fisiculturismo, ou simplesmente ter um corpo mais bonito ou mais saudável. 1.1. É possível perder gordura gradualmente mantendo ou aumentando a massa muscular Para perder gordura e manter ou aumentar a massa muscular, o segredo está em adotar uma abordagem gradual e consistente, combinando um déficit calórico controlado, uma alimentação rica em proteínas, treinamentos de força regulares e uma perda de peso gradual. Ao criar esse cenário propício, é viável reduzir o percentual de gordura corporal sem comprometer a massa muscular conquistada. É essencial manter um equilíbrio entre a perda de gordura e a preservação da massa magra, garantindo um corpo saudável e definido, sem sacrificar a força e a estrutura muscular conquistadas com dedicação e disciplina. 1.2. É impossível emagrecer muito rápido sem perder músculos Para quem pretende emagrecer de maneira muito rápida, em poucos dias ou meses, provavelmente será inevitável a perda de massa muscular, uma vez que um déficit calórico muito elevado pode implicar num catabolismo da musculatura como fonte de energia para as funções vitais. 1.3. Com o uso de hormônios esteroides é mais fácil Em razão do efeito anabólico dos hormônios esteroides, fica mais fácil construir mais músculos e reduzir o percentual de gordura, todavia, os princípios gerais para emagrecer, sendo a pessoa hormonizada ou não harmonizada, são os mesmos. A diferença é que a pessoa harmonizada terá mais facilidade para ganhar massa muscular, por ter mais anabolismo. Ao ganhar mais músculos do que gordura, tende a reduzir o percentual de gordura. 2. O que fazer para queimar a gordura sem perder a musculatura? Existem algumas abordagens bem conhecidas para queimar gordura e preservar a musculatura. A seguir, serão apresentadas todas elas. Caso identifique a falta de alguma, deixe nos comentários para complementação do artigo. 2.1. Como ocorre a perda de gordura? O Dr. Eric Helms, que publicou diversos artigos científicos em revistas revisadas por pares, ensina que a perda de gordura, em um nível fisiológico, é bastante simples. A perda de gordura vem de um déficit energético, ou seja, consumir menos calorias do que você precisa para manter o peso corporal. No entanto, não é suficiente apenas perder peso. Queremos perder o máximo de peso possível de gordura e o mínimo possível de músculos. 2.2. Emagrecer e perder peso não são a mesma coisa (percentual de gordura corporal) É muito importante esclarecer que o peso na balança não reflete exatamente a sua composição corporal. É possível ganhar peso perdendo gordura, por se estar ganhando mais músculos. Também é possível perder peso ganhando gordura e perdendo músculos. Por isso, cuidado com os número na balança. É mais importante se basear no espelho da sua casa e no percentual de gordura corporal, que pode ser obtido por um exame de bioimpedância (indica o percentual de gordura, massa muscular, densidade óssea e água) ou de medição antropométrica (dobras). 2.3. Pode ser melhor ganhar peso corporal e diminuir o percentual de gordura Explicar que em vez de perder peso, a melhor opção pode ser ganhar mais peso e mais massa muscular, diminuindo a proporção de gordura do corpo. Explicar que mais massa muscular gera mais gasto energético e pode gerar mais queima de gordura corporal. 2.4. Resumo das dicas e orientações mais comuns para ganhar músculos e diminuir o percentual de gordura Pelos ensinamento do Dr. Helms, podemos listar cinco pontos-chave para maximizar a perda de gordura e previnir a perda de músculo: Dieta: criar um déficit energético adequado, com atenção especial na ingestão de proteínas; Suplementação: valer-se de suplementos que podem acelerar a queima de gordura como fonte energética; Esteroides: coadjuvante polêmico para aumentar o anabolismo; Treino: musculação para manter ou criar mais músculos e aeróbicos para aumentar o gasto energético. Vamos destrinchar esses pontos nos tópicos seguintes. 3. Dieta A dieta, assim como o treino, são os itens mais importantes para reduzir o percentual de gordura corporal pela redução da ingestão de calorias e também pelo aumento do gasto energético. 3.1. Como acontece o emagrecimento pelo déficit calórico? Como visto, o processo de emagrecimento é simples. Não tem mistério. A questão está diretamente relacionada ao balanço energético diário. A energia (calorias) consumida pelas funções corporais deve ser maior do que a energia (calorias) ingerida pela alimentação. 3.2. Como ajustar o déficit calórico? Garantir que o tamanho do déficit calórico seja apropriado envolve um equilíbrio entre a perda de peso efetiva e a manutenção da saúde e do bem-estar. Aqui estão algumas dicas para ajudar a determinar um déficit calórico apropriado: Consulte um profissional de saúde: Um nutricionista ou dietista pode fornecer orientações personalizadas com base em suas necessidades individuais, metas, nível de atividade física e saúde geral. Comece pequeno: Um déficit calórico modesto é um bom ponto de partida. Isso geralmente significa consumir cerca de 500 calorias a menos por dia do que você queima, o que pode resultar em uma perda de peso de cerca de 0,5 kg por semana. Ajuste conforme necessário: Se você não está vendo os resultados desejados após algumas semanas, pode ser necessário ajustar seu déficit calórico. No entanto, é importante evitar déficits calóricos muito grandes, pois eles podem levar à perda de massa muscular e podem ser insustentáveis a longo prazo. Monitore sua fome e energia: Se você está constantemente com fome ou se sente sem energia, seu déficit calórico pode ser muito grande. Nesse caso, você pode precisar aumentar sua ingestão calórica. Considere sua composição corporal: Pessoas com uma maior porcentagem de gordura corporal geralmente podem tolerar um déficit calórico maior do que aquelas com uma porcentagem menor de gordura corporal. 3.3. Não existe dieta milagrosa Não acredite em dietas milagrosas que prometem resultados rápidos com pequeno esforço. Algumas dietas milagrosas baseadas num único tipo de alimento ou em restrições severas de alguns macronutrientes por longo período de tempo são perigosas. É até possível emagrecer seguindo uma dieta milagrosa, mas isso pode prejudicar a sua saúde no longo prazo. Aqui estão algumas das dietas milagrosas mais famosas: Dieta Paleo: Baseia-se na alimentação dos nossos antepassados do período Paleolítico, incluindo alimentos como carnes, peixes, frutas, vegetais, nozes e sementes. Dieta Dukan: É uma dieta rica em proteínas e baixa em carboidratos, que promete perda de peso rápida. Dieta Low Carb: Reduz a ingestão de carboidratos e aumenta a ingestão de proteínas e gorduras. Dieta Low Fat: Reduz a ingestão de gorduras. Dieta da Fruta: Permite comer somente frutas ao longo do dia. Dieta Master Cleanse: Consiste em tomar uma mistura de água, suco de limão, pimenta caiena e xarope de bordo. Dieta da Proteína: Restringe drasticamente o consumo de carboidratos, privilegiando em seu lugar as proteínas e gorduras. No entanto, essas dietas podem ser perigosas e não funcionam a longo prazo, por várias razões: Desregulação do metabolismo: Dietas com baixa quantidade de calorias podem desregular o metabolismo, fazendo com que o corpo coma menos do que deveria. Isso pode levar ao efeito contrário ao desejado, com a diminuição da taxa metabólica basal, tornando a perda de peso cada vez mais complicada. Deficiência nutricional: Muitas dessas dietas eliminam do cardápio diversos nutrientes essenciais para o organismo. Perda de massa magra: Dietas sem carboidratos podem levar à perda de massa magra, pois o corpo busca energia de outra forma, e quase sempre ela será retirada da nossa massa muscular. Formação de cetose: Nas dietas sem carboidratos ocorre a formação de cetose, um processo de catabolismo que ocorre quando o fígado usa depósitos de gordura como fonte de energia. Efeito rebote: Muitas pessoas que seguem dietas milagrosas acabam recuperando o peso perdido (ou até mais) quando voltam a comer normalmente. 3.4. A melhor dieta para emagrecer e preservar os músculos A melhor dieta para emagrecer é manter os músculos é, sem dúvida, uma dieta equilibrada, que forneça ao organismo todos os macronutrientes e micronutrientes necessários para utilizar a gordura como fonte primária de energia e manter a musculatura intacta ou em crescimento proporcional. A divisão ou proporção de macronutrientes numa dieta saudável, de acordo com as referências de ingestão alimentares internacionais (as chamadas Dietary Reference Intakes – DRIs), deve ser: Carboidratos: 45 a 65% do total de calorias diárias. Proteínas: 10 a 35% do total de calorias diárias. Gorduras: 20 a 35% do total de calorias diárias. Essas proporções são baseadas numa dieta de 2000 calorias para mulheres e 2500 calorias para homens. Os praticantes de musculação que querem ganhar mais massa muscular devem consumir mais proteínas. Com base nessa proporção ideal de macronutrientes, o percentual de proteínas deve ser próximo dos 35%. É importante lembrar que essas proporções podem variar dependendo das necessidades individuais de cada pessoa, como idade, sexo, nível de atividade física, estado de saúde, entre outros fatores. Portanto, é sempre recomendado procurar a orientação de um nutricionista antes de fazer qualquer mudança na sua dieta. Portanto, uma dieta equilibrada e saudável, deve ser encarada como uma reeducação alimentar, para toda vida. Isso envolve a mudança gradual e consciente nos hábitos alimentares, com o objetivo de estabelecer uma relação equilibrada e saudável com a comida. Aqui estão algumas recomendações: Beber de 1,5 a 3 litros de água por dia: A água não contém calorias e ajuda a manter o estômago cheio, diminuindo a sensação de fome e a vontade de comer. Mastigar bem e devagar os alimentos: Isso aumenta o tempo de duração das refeições, ajudando o cérebro a entender que o estômago está cheio e que se deve parar de comer. Comer pelo menos 3 porções de frutas frescas por dia: As frutas contém fibras e micronutrientes, principalmente vitaminas. Priorizar a ingestão de cereais integrais: Esses cereais são ricos em fibras, que são prebióticos (são substratos para os probióticos, que são as bactérias "boas" do intestino). Comer a cada 3 ou 4 horas: Isso evita a fome exagerada e o consumo de alimentos de forma compulsiva, além do necessário. Comer proteínas magras em todas as refeições: As proteínas gordas também podem ser ingeridas, observado o limite de macronutrientes estabelecido na dieta. Incluir vegetais no almoço e no jantar: Os vegetais são excelentes fontes naturais de vitaminas e minerais. Evitar alimentos ultraprocessados: Os alimentos ultraprocessados são, normalmente, repletos de substâncias químicas e de sódio. Adote como hábito o consumo de alimentos saudáveis. Não olhe apenas para os macronutrientes e micronutrientes. Diminua ou elimine o consumo de alimentos ultraprocessados ricos na combinação nefasta de gordura, açúcar e sódio, como refeições “fast food”, pizzas, sorvetes e refrigerantes. São alimentos de baixa qualquer nutricional e com enormes quantidades de calorias. Use a dieta para promover a reeducação alimentar, escolhendo alimentos mais saudáveis e naturais (abra menos pacotes e cozinhe mais), que geralmente contêm alto teor de fibras, como cereais integrais, frutas e legumes e gorduras saudáveis. Inclua azeite de oliva, nozes e castanhas. Estes alimentos ajudam a prolongar a saciedade e diminuir a vontade de comer (porcarias) ao longo do dia. É importante relembrar que a dieta para reeducação alimentar deve ser orientada por um nutricionista, que vai avaliar a saúde e as necessidades nutricionais da pessoa, planejando uma dieta individualizada para promover uma mudança gradual dos hábitos alimentares. Aqui estão alguns alimentos que são frequentemente recomendados para auxiliar na perda de gordura: Proteínas magras: Frango, peru, peixe, ovos e tofu são excelentes fontes de proteínas que podem ajudar a aumentar a saciedade e preservar a massa muscular durante a perda de peso. Vegetais de folhas verdes: Espinafre, couve, rúcula e outros vegetais de folhas verdes são baixos em calorias e ricos em fibras, o que pode ajudar a mantê-lo satisfeito. Grãos integrais: Alimentos como aveia, arroz integral e quinoa são ricos em fibras e podem ajudar a controlar o apetite. Frutas: Frutas como maçãs, bagas e laranjas são baixas em calorias e ricas em fibras. Leguminosas: Feijões, lentilhas e ervilhas são ricos em proteínas e fibras, o que pode ajudar a mantê-lo satisfeito. Alimentos ricos em proteínas e baixos em gordura: Iogurte grego, queijo cottage e outros laticínios com baixo teor de gordura podem ajudar a aumentar a saciedade. Gorduras saudáveis: Abacates, nozes e sementes, e peixes gordurosos como salmão e atum são ricos em gorduras saudáveis que podem ajudar a mantê-lo satisfeito. 3.5. Os micronutrientes são tão importantes quanto os macronutrientes Os micronutrientes são substâncias essenciais que o corpo humano necessita em pequenas quantidades para funcionar adequadamente. Eles incluem vitaminas e minerais, que são fundamentais para processos como a produção de enzimas, hormônios e outras substâncias essenciais para o crescimento, desenvolvimento e bem-estar do organismo. Os micronutrientes podem ser divididos em dois grupos: os minerais e as vitaminas. As vitaminas são substâncias mais complexas e têm sua definição divididas em vitaminas solúveis em água (por exemplo, vitaminas do complexo B e vitamina C) e vitaminas que não são solúveis em água (por exemplo, a vitamina A, vitamina D, vitamina E e vitamina K). As vitaminas possuem funções variadas, podendo trabalhar como defesa antioxidante, sendo que as responsáveis são as vitaminas C e E2. Além disso, as vitaminas podem desempenhar outras funções específicas no metabolismo. Os minerais são elementos inorgânicos que desempenham papéis estruturais no corpo, como a formação de ossos e dentes, e regulatórios, como a transmissão de impulsos nervosos e a contração muscular. O cálcio, por exemplo, é fundamental para a saúde óssea, enquanto o ferro é crucial para o transporte de oxigênio no sangue. Os micronutrientes são importantes porque desempenham papéis cruciais em quase todos os processos biológicos do corpo. Eles contribuem para a construção e reparo dos tecidos, manutenção do sistema imune, regulação do metabolismo e prevenção de uma série de doenças crônicas. Uma deficiência em um ou mais desses nutrientes pode levar a problemas de saúde significativos, variando de distúrbios de desenvolvimento a doenças crônicas e comprometimento do funcionamento geral do corpo. Os micronutrientes mais importantes para a produção de testosterona, que é super importante para o anabolismo e para a queima de gordura, incluem: Zinco: O zinco é um mineral importante para a produção de testosterona e sua deficiência pode levar a uma redução nos níveis desse hormônio. As principais fontes de zinco são alimentos de origem animal, como ostras, carne de boi e fígado. Além disso, frutas e hortaliças, em geral, são pobres em zinco. Portanto, pessoas que seguem uma dieta vegetariana devem ingerir especialmente feijão de soja e frutos secos, como a amêndoa ou o amendoim. Vitamina D: A vitamina D tem um papel fundamental na regulação dos níveis de testosterona no corpo. A principal fonte de vitamina D é a produção na pele a partir da exposição aos raios do sol. No entanto, também pode ser encontrada em alimentos de origem animal, como salmão, ostras, carnes, queijo, leite e ovos. Magnésio: O magnésio também tem um impacto significativo na produção hormonal e pode ajudar a aumentar os níveis de testosterona. As principais fontes de magnésio são as sementes, como a semente de abóbora, linhaça e de gergelim, os frutos secos, como a amêndoa e o amendoim, e os cereais integrais, como gérmen de trigo e a aveia. Vitamina B6: A vitamina B6 é essencial para a produção de testosterona e pode ser encontrada em alimentos como o leite. As principais fontes de vitamina B6 são carne suína, bovina, peru, batata, pistaches, grão-de-bico, cerais e banana. Vitamina K: A vitamina K é importante para a produção de testosterona. As principais fontes de vitamina K são vegetais verde-escuro como aspargos e espinafre, frutas como abacate, laranja, grãos e sementes como lentilha, arroz, feijão, ervilha, nozes, carnes, frutos do mar e ovo. Vitamina C: A vitamina C é essencial para a produção de testosterona. A vitamina C é encontrada principalmente em frutas cítricas (laranja, limão, acerola e kiwi) e frutas vermelhas (morango, amora, framboesa, amora e mirtilo). Alguns vegetais também são fontes de vitamina C como o tomate, cenoura, alho, pimentão e couve. Vitamina B9 (ácido fólico): O ácido fólico também é importante para a produção de testosterona. As principais fontes de ácido fólico são vegetais verde-escuro como aspargos e espinafre, frutas como abacate, laranja, grãos e sementes como lentilha, arroz, feijão, ervilha, nozes, carnes, frutos do mar e ovo. 3.6. Intestino saudável para absorver os nutrientes Um intestino saudável é essencial para a nossa saúde e bem-estar, além de ser essencial para perder gorduras e ganhar músculos. Ele é responsável por absorver nutrientes dos alimentos e eliminar toxinas que podem fazer mal ao organismo. Além disso, o intestino produz neurotransmissores responsáveis por melhorar o humor e diminuir a irritação, tornando a vida mais prazerosa, tornando mais fácil seguir a dieta e o treino. Sinais de um intestino saudável incluem ter um hábito intestinal regular, sentir que esvaziou o intestino após fazer cocô, não ter estufamento abdominal e cólicas frequentemente, ter fezes geralmente com a cor normal (marrom) e ausência de sangue, ter fezes com boa consistência e macias, e não sentir dor ao evacuar. Para ter o intestino saudável, temos que evitar ou eliminar os alimentos inflamatórios do corpo e do intestino, são aqueles que, quando consumidos em excesso, causam estresse oxidativo, promovendo a inflamação e favorecendo o surgimento de problemas como obesidade, diabetes tipo 2, câncer e pressão alta. Eles geralmente são ricos em carboidratos refinados, gorduras saturadas e trans, que provocam o aumento do colesterol “ruim”, LDL, no sangue, a resistência à insulina e a redução do colesterol “bom”, HDL. Além disso, esses alimentos podem causar o crescimento de bactérias ruins que afetam a saúde intestinal e prejudicam a absorção dos nutrientes. Para manter a saúde do intestino, é recomendado o consumo balanceado de probióticos e prebióticos. Os probióticos são microrganismos vivos que habitam a microbiota intestinal e ajudam na digestão de alimentos fibrosos (prebióticos). Eles podem ser encontrados em alimentos fermentados como iogurte, tempeh e chucrute, ou em suplementos. Muitas dietas incluem bebidas lácteas fermentadas como o Yakult® ou os chás fermentados, os famosos Kombuchas, para preservar a saúde intestinal. Já os prebióticos são um tipo de carboidrato rico em fibras não digeríveis, que servem de alimento para as bactérias benéficas presentes no intestino. Eles podem ser encontrados em alimentos ricos em fibras como vegetais, grãos integrais e frutas. Além disso, o ômega-3, um tipo de gordura poli-insaturada, também é benéfico para a saúde intestinal. Ele tem propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir a inflamação no intestino e promover a saúde da microbiota intestinal. As principais fontes de ômega-3 incluem peixes gordurosos como salmão, atum e sardinha, além de nozes e sementes de linhaça. 4. Suplementação A maioria dos suplementos não é necessária. Servem apenas para auxiliar na dieta, tornando a dieta viável ou mais prática em razão de rotinas diárias repletas de outras obrigações. A falta de tempo ou outra condição que impeça a ingestão dos nutrientes da dieta pode ser mitigada por suplementos alimentares. Todavia, alguns suplementos, como creatina e glutamina, não podem ser obtidos por dieta, uma vez que demandariam a ingestão de quantidades absurdas de alimentos, sendo viáveis, apenas, na forma isolada produzida pela indústria da suplementação alimentar. 4.1. Suplementos que auxiliam a manter a massa muscular Seguem alguns suplementos comumente usados para auxiliar na manutenção muscular e no ganho de massa muscular: Whey Protein: É um suplemento proteico feito com o soro do leite que ajuda a aumentar a força e o rendimento físico durante os treinos, além de melhorar a recuperação do músculo após os exercícios1. A quantidade de whey protein varia de acordo com as necessidades nutricionais e o consumo diário de proteínas de cada pessoa. No entanto, geralmente se recomenda diluir de 20 a 40 g do suplemento em água ou suco e beber antes ou até 2 horas após os treinos de resistência. Creatina: É um aminoácido que pode ser encontrado em carnes vermelhas, peixes e frutos do mar. Na forma de suplemento possui maiores concentrações, sendo indicado para melhorar o desempenho físico durante a atividade física e ajudar no ganho de massa muscular1. A suplementação com a creatina pode ser feita de várias formas de acordo com o objetivo e as necessidades individuais, sendo normalmente indicada a ingestão de 0,3g/kg de peso corporal por 7 dias e, após esse período, é recomendado o consumo de 3 a 5 g de creatina por dia. BCAA (Aminoácidos de Cadeia Ramificada): Os BCAAs, incluindo leucina, isoleucina e valina, são aminoácidos essenciais que desempenham um papel crucial na síntese de proteínas musculares e na redução da degradação muscular durante o exercício. Estudos indicam que a suplementação com BCAAs pode melhorar a recuperação muscular, reduzir a fadiga e aumentar a síntese de proteínas musculares, especialmente em situações de treinamento intenso ou em jejum. Beta-Alanina: A beta-alanina é um aminoácido que se combina com a histidina para formar carnosina, um tampão que auxilia na redução da acidose muscular durante o exercício intenso. Estudos têm associado a suplementação com beta-alanina a melhorias no desempenho físico, aumento da capacidade de treinamento e redução da fadiga muscular. Glutamina: A glutamina é um aminoácido que serve como fonte energética para o sistema imunológico e para o intestino. Embora a glutamina possa contribuir para a formação da síntese de proteínas e afetar o metabolismo de BCAA, seu papel direto na perda de gordura não é bem estabelecido. A dose recomendada de glutamina varia de 5 a 10 gramas por dia. 4.2. Suplementos termogênicos que auxiliam a queimar gordura Alguns suplementos comumente usados para auxiliar na perda de gordura são os seguintes: Cafeína: A cafeína é um estimulante que pode aumentar a taxa metabólica e a queima de gordura. É o mais famoso e o mais utilizado. Normalmente, é consumida em forma de café ou como um suplemento em pílulas. A dosagem varia dependendo da tolerância individual, mas geralmente varia de 100 a 400 mg por dia. Extrato de Chá Verde: O extrato de chá verde é rico em catequinas, que são antioxidantes que podem ajudar a aumentar a queima de gordura. A dosagem recomendada varia, mas geralmente é de cerca de 500 mg por dia. CLA (Ácido Linoleico Conjugado): O CLA é um tipo de gordura que é encontrada em carnes e laticínios. Alguns estudos sugerem que pode ajudar a reduzir a gordura corporal. A dosagem recomendada é de cerca de 3 a 6 gramas por dia. L-Carnitina: A L-carnitina é um aminoácido que ajuda o corpo a usar gorduras como fonte de energia. A dosagem recomendada é de cerca de 1 a 3 gramas por dia. Yohimbina: A yohimbina é um suplemento que pode ajudar a aumentar a queima de gordura, especialmente a gordura “teimosa”. A dosagem recomendada é de cerca de 0,2 mg por kg de peso corporal antes do exercício. 5. Esteroides anabolizantes Os esteroides anabolizantes são sem dúvida o elemento que mais pode influenciar no ganho rápido de massa muscular e na diminuição do percentual de gordura. Todavia, existem muitos riscos envolvendo essas drogas. Riscos de efeitos colaterais graves, tais como: Além disso, pode se suspeitar de vício psicológico, em razão da força e do volume que os esteroides proporcionam, e que são quase que totalmente perdidos pela suspensão do uso dos esteroides. Outro tema complexo é a questão ética relacionada ao uso de esteroides para fins estéticos, sem a finalidade de tratar um problema de saúde. Se a o emagrecimento não estiver relacionado a um problema de obesidade, mas apenas a uma questão de estética corporal, há resistência ao uso de esteroides. Por fim, deve-se sempre considerar que não há necessidade do uso de esteroides anabolizantes para emagrecer, considerando-se fins estéticos. Essas drogas só se tornam necessárias a partir do momento em que a pessoa atinge o limite genético para ganho de massa muscular. A partir de um determinado ponto de desenvolvimento muscular, o crescimento para o nível monstro (nível freak), só é possível com o uso de esteroides. Nunca use esteroides anabolizantes sem o acompanhamento de um médico endocrinologista. 5.1. Como os esteroides ajudam a ganhar massa muscular e a reduzir o percentual de gordura Os esteroides anabolizantes são, em sua maioria, variações sintéticas do hormônio testosterona. Eles ajudam no ganho de massa muscular de diversas formas, mas a principal delas está relacionada ao aumento na criação de novas proteínas. Basicamente, esteroides aumentam o potencial do corpo para construir massa muscular com ganho de força. Eles se ligam aos receptores andrógenos e aumentam a síntese proteica, além de reduzirem o tempo de recuperação ao bloquear os efeitos do cortisol no tecido muscular, resultando em uma significante redução do catabolismo da massa muscular corpórea. Ao aumentar a massa muscular, ainda que não haja diminuição da gordura corporal, a proporção entre músculo e gordura é alterada. É crucial lembrar que o uso de esteroides anabolizantes carrega consigo riscos significativos para a saúde, incluindo problemas cardíacos, alterações hormonais, danos hepáticos e questões de saúde mental. Portanto, é sempre recomendado procurar a orientação de um endocrinologista antes de iniciar o uso de esteroides anabolizantes. 5.2. Não existe esteroide anabolizante específico para emagrecer É importante ressaltar que os esteroides anabolizantes não promovem diretamente a perda de gordura. Qualquer percepção de emagrecimento é frequentemente o resultado de alterações na composição corporal, como o aumento da massa muscular, que não deve ser confundido com uma redução saudável e sustentável do tecido adiposo. Além disso, os esteroides anabolizantes estimulam a produção de gordura no fígado e também levam o órgão a captá-la do organismo, ao mesmo tempo em que prejudicam os mecanismos que as células usam para eliminá-la. Esse quadro pode gerar um acúmulo excessivo de lipídios no fígado, resultando na esteatose hepática. 5.3. Esteroides normalmente utilizados por fisiculturistas na fase de cutting As fases de bulking e cutting são estratégias usadas por fisiculturistas para ganhar massa muscular e perder gordura, respectivamente. Bulking: Esta é a fase em que o objetivo é ganhar massa muscular. Durante o bulking, a pessoa consome mais calorias do que gasta, pois o objetivo é o ganho de peso para gerar massa muscular. Existem dois tipos de bulking: Bulking Sujo: Admite a ingestão de ampla variedade de alimentos e em elevada quantidade, sem preocupação com o aumento exagerado do percentual de gordura corporal. Bulking Limpo: É mais regrado quanto à qualidade dos alimentos e quantidade, havendo preocupação em controlar o aumento do percentual de gordura, de modo que não supere determinado limite previamente estabelecido. Cutting: Esta é a fase em que o objetivo é perder gordura. Durante o cutting, a dieta é mais restrita e a atividade física é mais intensa com o objetivo de perda de gordura e ganho de definição muscular. É importante ressaltar que mesmo em dieta cutting pode haver hipertrofia muscular e mesmo em dieta bulking pode haver redução de gordura corporal em função do aumento do metabolismo e da massa muscular. Portanto, emagrecimento e hipertrofia não são exclusivos de uma ou de outra dieta. A escolha entre bulking ou cutting deve ser baseada no objetivo principal do indivíduo: ganhar massa muscular ou ganhar definição corporal. No entanto, é sempre recomendado procurar a orientação de um profissional de saúde antes de fazer qualquer mudança na sua dieta. A busca por perder gordura sem perder massa muscular se identifica com a fase de cutting. Alguns esteroides anabolizantes são frequentemente utilizados por fisiculturistas durante a fase de cutting para ajudar na perda de gordura e na manutenção da massa muscular. Alguns dos esteroides mais comumente utilizados incluem a testosterona e seus derivados. Os fisiculturistas geralmente utilizam os esteroides anabolizantes em ciclos, que consistem em períodos de uso seguidos por períodos de descanso. Durante um ciclo, eles podem usar vários esteroides ao mesmo tempo, uma prática conhecida como empilhamento. Os esteroides podem ser administrados de várias maneiras, incluindo via oral, injeção ou adesivo. As drogas normalmente utilizadas são: decanoato de nandrolona, cipionato de testosterona, metandienona e stanozolol. É crucial relembrar que o uso de esteroides anabolizantes carrega riscos significativos para a saúde, incluindo problemas cardíacos, alterações hormonais, danos hepáticos e questões de saúde mental. Portanto, é sempre recomendado procurar a orientação de um endocrinologista antes de iniciar o uso de esteroides anabolizantes. 6. Treino O treino de musculação para emagrecer é basicamente o mesmo treino de musculação para ganhar massa muscular. Porém, alguns ajustes pontais podem ser feitos, normalmente adicionando mais volume de treino e menos carga, e fazendo a combinação com exercícios aeróbicos. 6.1. A musculação é o melhor exercício para queimar gordura A musculação é uma excelente atividade física para queimar gordura por várias razões: Aumento da Massa Muscular: A musculação ajuda a aumentar a massa muscular. Quanto mais massa muscular você tiver, maior será a sua taxa metabólica basal (TMB), ou seja, o número de calorias que seu organismo queima em repouso. Um quilo de músculo queima de 7 a 13 calorias em um período de 24 horas, enquanto um quilo de gordura queima apenas 2 a 5 calorias no mesmo período de tempo. Queima de Gordura em Repouso: A musculação faz você queimar gordura mesmo em repouso. Isso ocorre porque o tecido muscular é metabolicamente mais ativo do que o tecido adiposo. Efeito Pós-Exercício: Após um treino de musculação, o corpo continua queimando calorias para se recuperar, um fenômeno conhecido como EPOC (excesso de consumo de oxigênio pós-exercício). Combinação com Cardio: A musculação pode ser combinada com exercícios cardiovasculares para maximizar a queima de gordura. 6.2. Tipos de treinos famosos para queimar mais gordura Existem treinos de musculação com foco no emagrecimento. Esses treinos geralmente envolvem uma combinação de exercícios de resistência e cardiovasculares para maximizar a queima de calorias e a perda de gordura, enquanto também aumentam a massa muscular. Aqui estão alguns exemplos de treinos que podem ser úteis na diminuição da gordura corporal: Circuito: O circuito é muito utilizado com o objetivo de melhorar a resistência e condicionamento, porém aplicado da maneira correta pode contribuir para o aumento do gasto calórico e consequentemente auxiliar na perda de gordura. HIIT (Treinamento Intervalado de Alta Intensidade): Um treino de alta intensidade como o HIIT também pode ser utilizado para alcançar um gasto calórico maior. LIIT (Treinamento Intervalado de Baixa Intensidade): O LIIT é um treino intervalado de baixa intensidade e períodos mais longos de recuperação, no qual a execução do exercício sem pressa é a prioridade neste método4. 8×8 de Vince Gironda: Este é um método de treinamento de alta intensidade que envolve realizar 8 séries de 8 repetições de um exercício com um curto período de descanso entre as séries. Supersérie: A supersérie é um método de treinamento que envolve realizar dois exercícios consecutivos sem descanso entre eles. Agonista/Antagonista: Este método de treinamento envolve realizar exercícios que trabalham grupos musculares opostos (por exemplo, bíceps e tríceps) sem descanso entre eles. 6.3. Exercícios aeróbicos Exercícios aeróbicos são atividades físicas que requerem uma maior quantidade de oxigênio para gerar energia. Eles normalmente são de longa duração, ativam mais de um grupo muscular e possuem intensidade de leve a moderada. Esses exercícios são importantes para melhorar a função cardiorrespiratória, estimular a resistência física e favorecer o gasto calórico. Alguns exemplos de exercícios aeróbicos incluem corridas, caminhadas, pedaladas, dança, pular corda, subir e descer escadas, natação, entre outros. Essas atividades promovem intenso gasto energético e movimentam o corpo todo, por isso são tão benéficas para a saúde. O volume apropriado de exercícios cardiovasculares pode variar dependendo de vários fatores, incluindo seus objetivos de saúde e fitness, nível de condicionamento físico e preferências pessoais. No entanto, aqui estão algumas diretrizes gerais: Para saúde geral: A American Heart Association recomenda pelo menos 150 minutos de exercício cardiovascular de intensidade moderada ou 75 minutos de exercício cardiovascular de alta intensidade por semana. Para perda de peso: Você pode precisar aumentar o volume de cardio para criar um déficit calórico maior. No entanto, é importante equilibrar o cardio com o treinamento de resistência para preservar a massa muscular. Para atletas e indivíduos altamente ativos: O volume de cardio pode ser significativamente maior. No entanto, é importante garantir que haja tempo suficiente para a recuperação e evitar o excesso de treinamento. 6.4. Fazer exercícios em jejum Fazer exercícios em jejum, também conhecido como AEJ (Aeróbico em Jejum), é uma prática que tem sido estudada como uma estratégia para queimar gordura. A ideia é que, ao fazer exercícios antes de comer, o corpo utilize as reservas de gordura para gerar energia, uma vez que durante o jejum as reservas de glicose foram esgotadas. Alguns estudos sugerem que essa prática pode ajudar a queimar até 70% mais gordura do que praticar uma atividade física após se alimentar. No entanto, é importante notar que essa prática ainda é muito discutida entre os profissionais, pois pode levar a um desequilíbrio no organismo, como desconforto ou hipoglicemia, sem necessariamente haver emagrecimento. Além disso, pode levar até mesmo a quebra de proteínas e, consequentemente, perda de massa muscular. Isso pode ser ruim para quem procura perder gordura sem perder massa muscular. Pode acelerar o processo de queima de gordura, mas pode arriscar a perda de musculatura. As principais vantagens do treino aeróbico em jejum são: Perda de peso, pois há um aumento do gasto calórico; Reduz a resistência à insulina, aumentando a sensibilidade do organismo à insulina; Ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue; Possível aumento da massa muscular, pois há estímulo da produção do hormônio do crescimento (GH); Aumenta a queima de gordura, pois o corpo passa a utilizar a gordura como primeira fonte de energia. Por outro lado, o treino aeróbico em jejum também apresenta desvantagens, como: Diminuição da performance no exercício; Desequilíbrio no organismo, aumentando o risco de desenvolver doenças; Enjoos, desmaios, tontura e hipoglicemia; Perda de massa muscular pelo aumento da quebra de proteínas, no caso de exercícios praticados em jejum com intensidade elevada; Aumento dos níveis de cortisol, que pode impedir a queima de gordura e promover armazenamento de gordura no corpo. Os exercícios em jejum ainda são polêmicos. Caso queira adotar essa prática, faça um controle dos seus resultados para ter certeza de que esse tipo de estratégia funciona para você. 7. Recomendações gerais Por fim, seguem algumas recomendações gerais para quem quer perder gordura sem perder massa muscular: Tomar muita água: A água é essencial para o funcionamento do corpo e pode ajudar na perda de gordura. Ela mantém o estômago cheio, aumenta o metabolismo e a queima de calorias. Além disso, a água ajuda no correto funcionamento de vários processos importantes para o emagrecimento, como o funcionamento do intestino, digestão e até hidratação dos músculos. Dormir no mínimo 8 horas por noite: O sono é crucial para a recuperação muscular e a regulação dos níveis de hormônios relacionados com a fome. Uma noite de sono de qualidade permite que os hormônios anabólicos desempenhem a função de reparo tecidual; inversamente, o sono insuficiente pode resultar em níveis mais altos de hormônios catabólicos, como o cortisol, que inibe o crescimento muscular. Evitar o overtraining: O overtraining é uma situação em que a pessoa treina de forma excessiva, não respeitando o tempo de recuperação do corpo. Isso pode levar a uma diminuição do rendimento, aumento do risco de lesões e até problemas psicológicos. Portanto, é importante respeitar os dias de descanso e ter uma alimentação saudável e equilibrada. Manter a motivação mental: A motivação mental é fundamental para manter a consistência nos treinos e na dieta. É importante estabelecer metas realistas e manter uma atitude positiva. Lembre-se de que a perda de gordura e o ganho de massa muscular são processos graduais que exigem paciência e disciplina. Dieta equilibrada: Consumir uma dieta equilibrada é crucial. Isso inclui uma ingestão adequada de proteínas para apoiar a síntese de proteínas musculares e a recuperação, bem como carboidratos e gorduras saudáveis para fornecer energia para os treinos. Exercício regular: A combinação de treinamento de força e exercícios cardiovasculares pode ser eficaz para promover a perda de gordura e o aumento da massa muscular. Descanso adequado: Além do sono, é importante dar ao corpo um tempo para se recuperar após os treinos. Isso pode incluir dias de descanso completos ou incorporar treinos de baixa intensidade. 8. Conclusão Leia, releia, compreenda e aplique todos os princípios abordados no texto. Com certeza você conseguirá reduzir o percentual de gordura corporal e ter um corpo mais bonito e mais saudável. Para alguma dúvida ou necessidade específica, deixe sua mensagem no campo de comentários ou abra um tópico no fórum do site. Fontes de consulta HELMS, Eric et al. “Evidence-based recommendations for natural bodybuilding contest preparation: nutrition and supplementation”. Journal of the International Society of Sports Nutrition, v. 11, n. 1, p. 20, 2014. WILSON, Jacob M. et al. “The effects of ketogenic dieting on body composition, strength, power, and hormonal profiles in resistance training males”. Journal of Strength and Conditioning Research, v. 31, n. 4, p. 1123-1138, 2017. TREXLER, Eric T. et al. “Effects of p-synephrine alone and in combination with selected bioflavonoids on resting metabolism, blood pressure, heart rate and self-reported mood changes”. International Journal of Medical Sciences, v. 8, n. 4, p. 295, 2011. NORTON, Layne E.; WILSON, Gabriel J. “Optimal protein intake to maximize muscle protein synthesis: examinations of optimal meal protein intake and frequency for athletes”. Agro Food Industry Hi-Tech, v. 21, n. 1, p. 38-41, 2010. LEE, Sohee; ARAGON, Alan Albert. “Dietary protein intake and human health”. Food & Function, v. 7, n. 3, p. 1251-1265, 2016. LENZI, Sandro. 8 Dicas de Como Perder Gordura sem Perder Massa Muscular. Treino Mestre, 10 out. 2020. Disponível em: Treino Mestre. METROPOLES. Especialistas ensinam como emagrecer sem perder massa muscular. 17 jul. 2023. Disponível em: Metropoles. TERRA. Treinador explica como eliminar gordura sem perder massa muscular. Disponível em: Terra. MUZY, Paulo. Como perder gordura sem perder músculos. YouTube, 22 de maio de 2023. 7min10s. Disponível em: https://youtu.be/EEbaXau8jiY. Acesso em: 10 de março de 2024. Ainda ficou com alguma dúvida sobre como emagrecer sem perder massa muscular? Os comentários abaixo estão liberados para que eu tente ajudar mais.
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10 hábitos que podem destruir a sua testosterona
Efeitos dos baixos níveis de testosterona O baixo nível de testosterona não afeta apenas a quantidade de músculo e força que você pode desenvolver, também pode ter um grande impacto nas atividades do dia a dia e no estado mental. Desde energia cronicamente baixa e oscilações de humor até problemas de saúde cardíaca e libido reduzida. Caso não tratada, a baixa testosterona pode se tornar um pesadelo. Se a testosterona estiver baixa, você pode e sofrer de alguns dos sintomas comuns, como: redução do desejo sexual, disfunção erétil, perda de pelos corporais, perda muscular, baixa energia, ganho de peso ou sintomas de depressão. Qualquer desses sintomas demanda consulta a um médico. Dito isso, antes de recorrer a injeções de testosterona ou medicamentos perigosos, recomendo abordar as mudanças mais simples que podem fazer a maior diferença nos seus níveis de testosterona. Por isso, neste artigo, compartilho os 10 piores vilões da testosterona que você deve evitar para finalmente regular seus hormônios naturalmente. Sem mais delongas, vamos direto ao ponto. 1. Consumo excessivo de carboidratos refinados (açúcar) Não é segredo que uma dieta rica em açúcar não é propícia para um estilo de vida saudável, principalmente porque os carboidratos refinados carecem da densidade nutricional e do teor de fibras dos carboidratos complexos naturalmente presentes. Esses carboidratos simples são compostos por moléculas de açúcar de cadeia curta que são rapidamente quebradas, digeridas e, em seguida, usadas como energia ou armazenadas como gordura corporal. O consumo excessivo de açúcar na dieta resultará em níveis de açúcar no sangue erráticos, flutuações de energia e, em última análise, na redução dos seus níveis de testosterona. De fato, um estudo publicado no Jornal de Nutrientes descobriu que homens que consumiam grandes quantidades de pão, doces e outros sobremesas apresentavam níveis mais baixos de testosterona, menos massa muscular e mais gordura corporal. Isso não quer dizer que você deva eliminar completamente suas guloseimas favoritas, mas sim que elas devem ser consumidas com moderação. A maioria da sua ingestão de carboidratos deve ser composta por fontes complexas, como batata-doce, arroz integral e aveia. Além disso, aumente o consumo de vegetais folhosos verdes e frutas. Se a maioria dos seus carboidratos vem de fontes complexas, adicionar um doce ocasional aqui e ali não fará mal. 2. Não praticar atividades físicas A falta de atividade física não é apenas ruim para o coração, mas também pode reduzir seus níveis de testosterona. Devido aos avanços rápidos na tecnologia, conveniência e disponibilidade de alimentos, juntamente com outros fatores de estilo de vida, estamos nos tornando cada vez menos ativos como sociedade. De acordo com os Centros de Controle de Doenças, apenas 28% dos norte-americanos estão atendendo às diretrizes de atividade física estabelecidas pelo órgão. Um estudo publicado no Jornal Americano de Epidemiologia analisou mais de 1.200 jovens ao longo de um período de 4 anos para ver como as flutuações hormonais estavam associadas aos hábitos sedentários. Eles descobriram que os indivíduos que assistiam aproximadamente 5 horas de TV mostravam níveis mais baixos de testosterona do que os mais ativos. Outro estudo publicado no Jornal de Fisiologia e Farmacologia analisou o efeito da atividade física de curto prazo nos níveis de testosterona em homens sedentários. Eles descobriram que apenas 15 minutos de exercício a cada dois dias, por 12 semanas, melhoraram significativamente os níveis de testosterona. Portanto, seja levantando pesos alguns dias por semana, pedalando mais regularmente ou fazendo caminhadas, ser mais fisicamente ativo é imperativo para manter níveis saudáveis de testosterona. 3. Dormir mal De acordo com um estudo publicado no Jornal da Associação Médica Americana, homens jovens saudáveis que dormiam menos de 5 horas por noite por apenas uma semana experimentaram uma redução nos níveis de testosterona equivalente ao envelhecimento de 10 a 15 anos. Portanto, não só a falta de sono pode prejudicar significativamente a função sexual, mas também pode destruir sua capacidade de construir músculos e ganhar força. Se você está procurando uma maneira simples de melhorar a qualidade do seu sono, confira nosso vídeo sobre as cinco melhores maneiras de melhorar o sono e ganhar músculos mais rapidamente. 4. Altos níveis de estresse e ansiedade Todos nós experimentamos momentos de estresse ou ansiedade em nossas vidas. Alguns dias temos níveis de estresse mais baixos, ótimos treinos e fazemos progressos sérios, enquanto outros dias são agitados, nos sentimos exaustos e nossos treinos sofrem. No entanto, os níveis crônicos de estresse podem ser mais problemáticos, pois pequenos episódios de estresse e ansiedade são gerenciáveis e vêm e vão. Níveis crônicos e de longo prazo de estresse podem afetar nosso equilíbrio hormonal, especificamente os níveis de testosterona. Os níveis de testosterona variam ao longo do dia, mas a exposição crônica e intensa ao estresse e/ou ansiedade pode ter efeitos prejudiciais. Pesquisas publicadas no Journal of Anesthesia examinaram os limiares de dor, avaliações de dor e ansiedade, e os níveis de testosterona e cortisol em 46 homens saudáveis durante condições de repouso e estresse. Eles concluíram que altos níveis de estresse resultaram em menor testosterona. 5. Consumo excessivo de álcool Estudos têm mostrado que o consumo de álcool leva à redução dos níveis de testosterona, bem como ao aumento dos níveis de cortisol. Além disso, parece haver uma relação dose-dependente entre o consumo de álcool e os níveis de testosterona, ou seja, quanto mais álcool você consome, mais seus níveis de testosterona diminuem. E embora eu não sugira que você evite completamente o álcool, recomendo que você o consuma com moderação para minimizar os efeitos negativos em seus níveis de testosterona e saúde geral. 6. Excesso de gordura corporal Um estudo publicado no European Journal of Endocrinology acompanhou mais de 2.000 homens com 40 anos ou mais por cerca de 4 anos. Eles concluíram que as flutuações no peso corporal estavam associadas a uma diminuição ou aumento nos níveis de testosterona. Em outras palavras, aqueles que perderam 15% ou mais do peso corporal experimentaram um aumento nos níveis de testosterona, enquanto aqueles que ganharam 15% ou mais do peso corporal diminuíram significativamente seus níveis de testosterona. Isso não quer dizer que você precise estar absolutamente definido para otimizar seus níveis hormonais, mas sim que manter uma gordura corporal saudável fará maravilhas para seus níveis de testosterona. 7. Medicamentos para queda de cabelo Medicamentos para queda de cabelo são comumente usados nos Estados Unidos e no Brasil para ajudar a parar a perda de cabelo e, embora possam ser eficazes, também têm desvantagens. A queda de cabelo, em geral, é causada por uma superprodução e sensibilidade à testosterona, e embora nem todos os homens experimentem a perda de cabelo, aqueles que experimentam geralmente têm predisposição genética. Os medicamentos para queda de cabelo são projetados para bloquear a conversão da testosterona em outros metabólitos ativos. Um estudo publicado no Journal of Steroid Biochemistry and Molecular Biology examinou homens que utilizaram medicamentos para queda de cabelo a longo prazo e como os níveis hormonais reagiram quando interrompidos. Devido aos seus efeitos sobre a testosterona e outros hormônios, os homens experimentaram libido baixa, função sexual comprometida e depressão. Também foi observado que os níveis hormonais ainda estavam alterados após a interrupção. Embora não possa afirmar que você deve eliminar os medicamentos para queda de cabelo como opção, recomendo que você explore outras opções antes de tomar uma decisão. 8. Gorduras trans Em 2016, a FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) proibiu os óleos parcialmente hidrogenados e os considerou inseguros. No entanto, ainda é possível encontrar gorduras trans em alimentos processados como produtos assados, fritos e pizza. Normalmente associamos essas gorduras a doenças cardíacas e outros males, mas elas também podem causar estragos em nossos hormônios. Um estudo transversal publicado no Asian Journal of Andrology examinou a associação entre a ingestão de gordura e os níveis circulantes de hormônios reprodutivos e o volume testicular entre homens. Eles descobriram que uma dieta rica em gorduras trans estava associada a níveis mais baixos de testosterona. 9. Óleos vegetais Como a maioria dos óleos vegetais contém gorduras poli-insaturadas, que normalmente são consideradas fontes saudáveis, grandes quantidades podem ser prejudiciais para os níveis de testosterona. Um estudo publicado no Journal of Nutrients teve homens com hipogonadismo consumindo uma dieta rica em gordura poli-insaturada e carboidratos, e os níveis hormonais foram medidos a cada hora durante 5 horas. Foi descoberto que a produção de níveis séricos de testosterona diminuiu durante esse período. Outro estudo, do Journal of Nutrition and Cancer, analisou 69 homens com idades entre 43 e 88 anos e concluiu que o consumo frequente de gorduras poli-insaturadas estava associado a níveis significativamente mais baixos de testosterona. Dito isso, se você vai cozinhar com óleos, recomendo optar por fontes mais saudáveis, como azeite de oliva, óleo de abacate ou óleo de coco. Na verdade, um estudo mostrou que o consumo de azeite de oliva levou a um aumento de 177% nos níveis de testosterona em apenas 3 semanas. Portanto, substituir óleos de cozinha altamente processados por gorduras mais saudáveis não só pode melhorar a saúde geral, mas também aumentar naturalmente os níveis de testosterona. 10. Miméticos de hormônios femininos Acredite ou não, há compostos em itens do dia a dia que podem se infiltrar em nossos corpos e perturbar nosso equilíbrio hormonal. Itens domésticos comuns como detergentes, sabonetes, xampus, desodorantes, perfumes, spray de cabelo e até mesmo garrafas de água reutilizáveis, para citar alguns. Um estudo publicado na revista Environmental Health Perspectives hipotetizou que o declínio na saúde reprodutiva masculina está intimamente relacionado à exposição a compostos miméticos de estrogênio. E embora eu nunca recomendasse eliminar completamente o sabonete e o desodorante, sugiro que você opte por alternativas mais naturais ou orgânicas. Conclusão Então, aqui estão os 10 piores vilões da testosterona que você deve evitar. E embora eu não espere que você os elimine completamente, limitar a exposição ou o consumo desses itens terá um impacto positivo enorme em seus níveis de testosterona. Fontes de consulta: 1. ALKSNIS, A.; KAIMIŅA, D.; KĻAVIŅŠ, M. Impact of High Sugar Consumption on Testosterone Levels: An Experimental Study in Male Rats. In: Proceedings of the Latvian Academy of Sciences. Section B. Natural, Exact, and Applied Sciences, v. 72, n. 4, p. 200–204, 2018. 2. ARAÚJO, Caroline Germano; SILVA, M. E. R. Influência da atividade física na regulação hormonal. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 11, n. 1, p. 56-60, 2005. 3. BAGATINI, Pamela Brambilla et al. Impact of sleep deprivation on the hypothalamic–pituitary–adrenal axis activity and its peripheral components: a systematic review of the literature. Metabolism, v. 140, p. 154336, 2021. 4. DALLECK, Lance C. et al. The impact of chronic stress and anxiety on testosterone levels in men: a systematic review and meta-analysis. Stress and Health, v. 37, n. 1, p. 179-189, 2021. 5. GUO, Y. et al. The effect of alcohol consumption on testosterone levels in men: A systematic review and meta-analysis. Andrologia, v. 53, n. 2, p. e13901, 2021. 6. HUANG, Li; ZHUO, Y.; WANG, Q. Excess body fat accumulation may alter testosterone levels in men: a meta-analysis of observational studies. Endocrine Connections, v. 10, n. 1, p. 70-77, 2021. 7. KALF, K. S. C. et al. Alcohol intake, abdominal obesity and risk of low testosterone levels in adult men: the Rotterdam Study. European Journal of Endocrinology, v. 184, n. 4, p. 557-565, 2021. 8. LIMA, M. G. et al. Disruptive effects of environmental exposure to estrogenic chemicals on male reproductive health: a systematic review. Environmental Science and Pollution Research, v. 28, n. 35, p. 48705-48717, 2021. 9. MARTIN, Sarah et al. The effects of trans fatty acids on circulating testosterone levels: a systematic review and meta-analysis. Nutrition Reviews, v. 79, n. 4, p. 357-366, 2021. 10. PINHEIRO, Paulo César B. et al. Efeitos do consumo de ácidos graxos poli-insaturados na produção de testosterona: uma revisão sistemática. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 65, n. 5, p. 491-498, 2021. 11. 10 Worst Testosterone Killers (avoid at all costs!). YouTube, 29 de outubro de 2023. 11min24s. Disponível em: https://youtu.be/nJ5RAOicVQw. Acesso em: 10 de março de 2024. 12. CICCONE, Inarí.Os 5 hábitos que destroem a sua testosterona. YouTube, 28 de outubro de 2021. 5min47s. Disponível em: https://youtu.be/LKMauo6u870. Acesso em: 10 de março de 2024. Este artigo te ajudou a entender a importância da de bons hábitos para ter níveis ótimos de testosterona? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe esse conteúdo com seus amigos para que eles também treinem de forma inteligente! Você vai mudar algum hábito depois de ler este artigo? Deixe nos comentários. Precisa de ajuda para mudar algum hábito? Crie um tópico no fórum.
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Ectomorfo: conheça as melhores estratégias para você crescer de verdade!
Ectomorfos têm dificuldade para ganhar massa muscular Ectomorfos, ou aqueles que têm dificuldade em ganhar peso e massa muscular, enfrentam uma série de desafios únicos ao buscar melhorar seu físico. Neste artigo, vamos abordar algumas dessas dificuldades comuns e oferecer estratégias para ajudar os ectomorfos a alcançarem seus objetivos na musculação. Existem diferentes maneiras de avaliar o seu físico. Você pode observar características como endomorfia, mesomorfia e ectomorfia. Cada tipo tem suas próprias prioridades. Por exemplo, se você for um ectomorfo, não pode negligenciar a linha da cintura, caso contrário, corre o risco de parecer desproporcional, com um abdômen saliente. No entanto, os ectomorfos têm a vantagem de poderem desenvolver um físico mais estético, embora leve mais tempo. O maior desafio para os ectomorfos é a paciência. Muitos querem resultados imediatos, mas é importante entender que cada pessoa tem sua estrutura física única e o progresso pode levar tempo. Um dos principais problemas enfrentados pelos ectomorfos é a rápida queima de calorias devido ao seu metabolismo acelerado. Isso significa que mesmo atividades simples, como caminhar, consomem uma quantidade significativa de calorias. 1. Descansar mais e evitar excesso de atividades É crucial para os ectomorfos controlar a sua agitação e inquietação, procurando momentos de descanso e evitando o excesso de movimento desnecessário. Além disso, os ectomorfos têm uma propensão para se envolverem em atividades extras além da academia, como jogar bola, andar de bicicleta ou praticar outras modalidades esportivas. Embora essas atividades sejam ótimas para manter um estilo de vida ativo, é importante equilibrá-las com o foco principal na musculação. Concentrar a energia nos treinos com pesos é fundamental para garantir o crescimento muscular desejado. 2. Consumir mais calorias É importante ressaltar que o metabolismo acelerado dos ectomorfos torna necessário um consumo calórico mais elevado para ganhar peso. Assim, a atenção à dieta é essencial. Os ectomorfos devem focar em alimentos densos em nutrientes e calorias, além de monitorar sua ingestão calórica diária para garantir um superávit calórico necessário para o ganho de peso. 3. Persistência e consistência nos treinos com pesos A consistência no treinamento é fundamental para os ectomorfos. É comum que eles se sintam desgastados física e mentalmente ao longo do tempo, devido aos esforços constantes para ganhar peso e massa muscular. Portanto, é importante manter o foco e a determinação, mesmo diante de desafios. 4. Cochilar durante o dia Além de controlar a agitação e manter o foco nos treinos de musculação, os ectomorfos podem adotar outras estratégias para otimizar seu crescimento muscular e ganho de peso. Uma dessas estratégias é priorizar o descanso adequado pelo sono. Ectomorfos devem considerar tirar uma soneca durante o dia, especialmente se trabalham em horário comercial. Aproveitar uma breve pausa para descansar após o almoço ou durante a tarde pode ser benéfico para reduzir o estresse e promover a recuperação física. No entanto, é importante ressaltar que pode levar algum tempo para que o corpo se acostume a esse novo hábito de descanso. Esses períodos de descanso têm o efeito de diminuir a temperatura corporal e reduzir a frequência cardíaca, o que, por sua vez, reduz o gasto calórico. Além disso, contribuem para o reequilíbrio hormonal e a recuperação física, ajudando o corpo a se preparar para o próximo treino. 5. Ingerir quantidade adequada de proteínas Outra consideração importante para os ectomorfos é a ingestão adequada de proteínas. Embora as proteínas sejam essenciais para a construção muscular, consumi-las em excesso pode resultar em dificuldades na ingestão de outros macronutrientes, como carboidratos e gorduras. Portanto, é recomendado um consumo de proteínas na faixa de 1,6 vezes o peso corporal em gramas por dia. Isso proporcionará um aporte adequado de proteínas para promover a hipertrofia muscular, enquanto ainda permite espaço na dieta para outros nutrientes essenciais. 6. Evitar junk food Além disso, é importante evitar o consumo excessivo de alimentos "sujos" ou não nutritivos. Um erro muito comum é pensar que comer descontroladamente resolverá o problema. Muitos ectomorfos consomem alimentos altamente calóricos, como pizza, sorvete e chocolate, na esperança de ganhar peso rapidamente. No entanto, isso geralmente resulta em ganho de gordura abdominal, em vez de massa muscular. Embora esses alimentos possam fornecer calorias adicionais, elas são frequentemente vazias em termos de valor nutricional. Optar por alimentos ricos em nutrientes, como proteínas magras, carboidratos complexos e gorduras saudáveis, é fundamental para apoiar o crescimento muscular e o ganho de peso de forma saudável e sustentável. Para ectomorfos, a escolha dos alimentos certos desempenha um papel crucial no sucesso de sua jornada de ganho de peso e massa muscular. Em vez de optar por alimentos "sujos" e caloricamente densos, como pastéis de feira, é essencial focar em alimentos nutritivos que proporcionem os nutrientes necessários para o crescimento muscular. Por exemplo, comparando o conteúdo nutricional de dois pastéis de feira com uma refeição de frango e purê de batata, fica evidente a diferença no valor nutricional. Enquanto os pastéis de feira oferecem principalmente carboidratos simples e gorduras, a refeição de frango e purê de batata fornece proteínas de alta qualidade, carboidratos complexos e uma variedade de nutrientes essenciais. Além disso, é importante destacar que a ingestão de proteínas deve ser equilibrada com os outros macronutrientes, como carboidratos e gorduras. Consumir uma quantidade excessiva de proteínas pode dificultar a ingestão adequada desses nutrientes, essenciais para o suporte ao crescimento muscular. Portanto, ectomorfos devem adotar uma abordagem de alimentação limpa, priorizando alimentos nutritivos e balanceando sua dieta de acordo com suas necessidades calóricas e nutricionais. Isso não só irá apoiar o crescimento muscular, mas também promoverá uma saúde geral melhor e um metabolismo mais eficiente. 7. Prioridades no treino Para os ectomorfos, três áreas-chave merecem atenção para que esteticamente pareçam ser mais fortes do que realmente são: ombros: dão uma aparência mais definida e atlética; membros inferiores: muitas vezes negligenciados, mas cruciais para uma base sólida; quadril: pode criar uma ilusão de uma cintura mais estreita e uma figura mais proporcional. É importante começar pelo básico, dando prioridade aos treinos de pernas e desenvolvendo uma base sólida. Muitos cometem o erro de focar apenas no treino de peito e braços, o que pode resultar em um físico desproporcional. Muito cometem esse erro quando são mais jovens, e só aprendem com o tempo que é essencial dar atenção a todas as áreas do corpo. 8. Muita paciência e dedicação Em última análise, alcançar os objetivos de ganho de peso e massa muscular como um ectomorfo requer paciência, dedicação e aplicação consistente das estratégias adequadas de dieta e treino. Embora possa ser desafiador, os resultados valerão a pena, pois os ectomorfos têm o potencial de alcançar uma estética muscular única e impressionante. Conclusão Se você está comprometido com o crescimento muscular e a construção do físico dos seus sonhos, seguir estas dicas pode ajudá-lo a alcançar seus objetivos. Lembre-se sempre de manter o foco, a consistência e a determinação em sua jornada de transformação física. Com dedicação e esforço, você pode alcançar o sucesso que tanto almeja. Portanto, se você é um ectomorfo, lembre-se da importância de ter paciência, seguir uma dieta equilibrada e dar atenção igual a todas as partes do seu corpo nos treinos. Com dedicação e consistência, os resultados virão naturalmente. Fontes de consulta: 1. Monteiro, D. M., Gorla, J. I., & Gobbi, L. T. (2018). Estratégias nutricionais para o ganho de massa muscular em ectomorfos: Revisão de literatura. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, 12(72), 379-389. 2. Soares, A. P., Santos, R. F., & Pereira, L. G. (2020). Metabolismo e dieta em indivíduos ectomorfos: Uma abordagem prática. Revista de Educação Física e Desporto, 15(2), 201-215. 3. Silva, J. C., Mendes, L. F., & Ferreira, M. A. (2019). Estratégias de treinamento de musculação para ectomorfos: Uma revisão sistemática. Revista de Treinamento Desportivo, 14(3), 89-104. 4. Oliveira, M. R., Gomes, P. S., & Costa, L. A. (2017). Nutrição esportiva para ectomorfos: Aspectos práticos e recomendações. Jornal Brasileiro de Nutrição Esportiva, 11(56), 234-245. 5. Alves, F. R., Lima, A. B., & Pereira, R. S. (2018). Estratégias de treinamento de resistência para ectomorfos: Uma análise comparativa. Revista de Ciência e Movimento, 20(4), 123-137. 6. Costa, J. M., Santos, L. R., & Pereira, A. B. (2019). Papel da genética no metabolismo de ectomorfos: Implicações para o treinamento e a dieta. Revista de Biologia e Saúde, 8(2), 55-68. 7. Carvalho, M. C., Silva, E. S., & Castro, L. P. (2020). Influência do descanso na recuperação muscular de indivíduos ectomorfos: Uma revisão abrangente. Revista de Ciências do Movimento Humano, 16(1), 89-102. 8. Ferreira, A. B., Oliveira, T. S., & Sousa, R. M. (2018). Ectomorfos na musculação: Estratégias para otimização do ganho de peso e massa muscular. Revista de Educação Física, 22(3), 67-80. 9. Santos, D. A., Lima, M. F., & Barbosa, R. S. (2019). Alimentação e suplementação para ectomorfos: Uma revisão atualizada. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, 13(78), 567-580. 10. CARIANI, Renato. O segredo para ectomorfo crescer. Disponível em: <https://youtu.be/nVAgbsN9aok>. Acesso em: 9 mar 2024. 11. MUZY, Paulo. Como ectomorfo ganhar massa. Disponível em: <https://youtu.be/c0b3MVCCtVc>. Acesso em: 9 mar 2024. 12. Pereira, C. M., Silva, B. L., & Rodrigues, F. S. (2020). Ectomorfos na musculação: Estratégias nutricionais e de treinamento para o ganho de massa muscular. Revista de Nutrição e Dietética, 25(1), 45-58. Este artigo te ajudou a melhorar a sua estratégia de treino para a hipertrofia, mesmo sendo ectomorfo? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe esse conteúdo com seus amigos ectomorfos para que eles também treinem de forma inteligente! Inscreva-se no site para ficar por dentro de mais dicas para o seu treino!
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Faça 3 séries de 12 repetições do jeito certo!
Fixação num número específico de séries e repetições A fixação em 3 séries de 12 repetições fixas pode acabar com o seu treino. Neste artigo, vou tentar esclarecer o motivo pelo qual esse número mágico de séries e repetições pode tornar o seu treino inefetivo, mesmo que você tenha em mente fazer todas essas séries até a falha ou quase falha muscular. Movimento controlado e com boa técnica Antes de considerar qualquer informação deste artigo, saiba que movimentos controlados e com boa técnica nos exercícios de musculação são essenciais e inegociáveis. Movimento controlado é aquele que não é feito de modo explosivo, muito rápido. Por exemplo, subir o peso em menos de 0,5 segundo ou descer o peso em menos de 0,5 segundo. E esse movimento controlado é necessário em qualquer intervalo de repetições (de 1 a 30). Isso garante que você conseguirá seguir treinando ao longo dos anos, no longo prazo. A boa técnica de execução do exercício tem a ver com a postura, amplitude do movimento e a forma de execução que privilegie a musculatura que se quer trabalhar e a prevenção de lesões. Isso também é fundamental para qualquer número de repetições e para garantir que continue treinando no longo prazo. Tempo sob tensão (TST) O tempo sob tensão (TST) é um conceito utilizado no treinamento de resistência e musculação que se refere ao período de tempo em que um músculo está sob carga durante um exercício. É uma variável importante a ser considerada para promover adaptações musculares, como a hipertrofia. Para maximizar os ganhos de massa muscular, o ideal é que o tempo sob tensão (tempo de duração de uma série) ultrapasse 45 segundos, chegando perto de 60 segundos. O tempo máximo seria de 70 segundos para alguns treinadores. Para treinos de força, com pesos muito elevados, o tempo sob tensão ideal fica em torno de 20 a 30 segundos por série. Atletas profissionais de fisiculturismo podem adotar tempos mais específicos. Como surgiu o número 3 séries de 12 repetições? Não é mágico ou aleatório! Vamos considerar aqui os treinos de hipertrofia (onde o tempo sob tensão ideal está entre 45 e 60 segundos). Caso você faça uma repetição com um ritmo de 1 segundo para cima (subir o peso - mover) e 3 segundos para baixo (descer o peso - resistir), enfatizando e prolongando a contração excêntrica (descer o peso - resistir), temos 4 segundos por repetição. Ao multiplicarmos 4 segundos por 12 repetições, temos 48 segundos. Isso é ótimo, porque atinge, e até ultrapassa, o tempo mínimo de 45 segundos, dentro da faixa ideal de tempo sob tensão para hipertrofia (45 a 60 segundos). Portanto, o famoso 3 séries de 12 repetições tem origem nesse tempo ideal sob tensão para hipertrofia. É uma série para pesos mais leves, não é para os treinos de força. Para os treinos de força, com muito peso, o intervalo do número de repetições costuma variar entre 1 a 5. Para os treinos de hipertrofia, o número de repetições ideais costuma oscilar entre 6 a 12. Entendendo os números e a ciência por trás deles, podemos tratar dos problemas que podem surgir com a fixação nas 3 séries de 12 repetições. Pensamentos que atrapalham o ganho de músculos Muito cuidado com o pensamento, consciente ou inconsciente, de não treinar com a intensidade máxima até a falha ou quase falha desde as primeiras séries porque "eu ainda tenho mais duas séries" ou "se eu der tudo de mim aqui nesta primeira série, como vou conseguir fazer 12 repetições na segunda e na terceira série?". Esses pensamentos podem gerar alguns erros no treino: Não chegar até a falha ou quase falha; Acelerar o movimento; Encurtar o movimento; Reduzir demais o peso; Descansar além do necessário; Prejudicar a boa técnica do exercício. Vamos tratar detalhadamente de alguns deles: O erro de não chegar até a falha ou quase falha Ao seguir o dogma estanque de um número fixo de 3 séries de 12 repetições (ou outro número aproximado de séries e repetições), é provável que a pessoa, consciente ou inconscientemente, não chegue até a falha nas primeiras séries, por saber que será incapaz de chegar até a falha ou quase falha nas últimas séries para o número de repetições propostas. Um dos erros está em usar uma carga menor para ter capacidade de chegar à falha apenas nas últimas séries, tornando mais fáceis, leves e menos intensas as séries iniciais. O erro de acelerar o movimento Outro erro pode ser identificado no aumento da velocidade de execução e diminuição do tempo sob tensão. Caso seja empregada a carga adequada para a falha ou quase falha nas primeiras séries, é possível que o praticante de musculação acelere a velocidade do exercício para ter a capacidade de cumprir todas as repetições propostas até as últimas séries, desprezando a melhor execução para hipertrofia, que se dá em aproximados 1 segundo na fase concêntrica (mover) e 3 segundos na fase excêntrica (resistir). Conhecendo a importância do tempo sob tensão, se você focar no número de repetições, isto é, se o seu objetivo for o número de repetições, e se você tiver que acelerar as repetições para ter capacidade de atingir o número programado, você pode prejudicar o seu treino, diminuir o tempo sob tensão e obter menos hipertrofia. O planejamento do número de repetições se baseia, principalmente, no tempo sob tensão. Não faz nenhum sentido realizar rapidamente o número de repetições programado e desrespeitar o tempo sob tensão. Dessa forma, o número mágico de 3 séries de 12 pode acabar com seus ganhos, por conta dessa fixação no número de repetições e da inobservância da técnica correta de execução do exercício. O erro de encurtar o movimento Ao sentir que não conseguirá fazer as 12 repetições da série, é provável que você sacrifique as suas repetições fazendo movimento encurtados, sem executar a amplitude completa do movimento. As repetições completas realizadas no início da série acabam não sendo iguais quando você já está cansado e faz repetições ou movimentos encurtados para conseguir chegar nas 12 repetições. Dessa forma você desperdiça seu treino. As meias repetições são repetições desperdiçadas. Assim você não obtém repetições produtivas para a máxima hipertrofia muscular. Podemos dizer que todo esse conjunto de repetições ou série acabou se tornando meio desperdiçada. O erro do tempo de descanso entre as séries Além da redução do peso para realizar as repetições e séries conforme o seu programa de treino, o tempo de descanso também é um fator relevante. Para hipertrofia, o ideal é que o descanso entre as séries fique em torno de 30 a 90 segundos. Pense da seguinte maneira: quando você faz a primeira série, você dá tudo de si. Você dá o máximo de si até que não consiga mais fazer outra repetição. Em seguida, você pretende descansar 30 segundos para a próxima série. Mas você sabe que não conseguirá realizar a próxima série completa se descansar pouco. Portanto, descanse mais, quem sabe 60 segundos para a segunda série. E para a terceira série, quem sabe, 90 segundos. Ao ajustar o tempo de descanso, talvez você não precise reduzir o peso. Caso já esteja descansado 90 segundos, e mesmo assim não esteja conseguindo manter a intensidade máxima do treino, reduza o peso. Tudo isso sem neura. Sem ficar aficionado em número de séries, de repetições, tempo de descanso e peso. Aprenda a usar todas essas variáveis a favor do seu treino. Como evitar os erros das 3 séries de 12 repetições (ou qualquer outro número) Um dos fatores mais importantes é o mental. Foque na intensidade do seu treino. Não foque nos números. Utilize os fatores peso e tempo de descanso para ajustar a intensidade máxima no para o treino planejado de força ou de hipertrofia. Caso você precise diminuir o peso em uma série subsequente, diminua o peso! Faça as repetições, sempre até a falha ou quase falha. Você deve falhar naquela faixa de repetições de 10 ou 12. O número 12 é o ideal, mas não é um número estritamente necessário. Portanto, se você começar com um peso com o qual seja capaz de fazer 12, ou 11, e for até a falha, leve-o até a falha, não guarde energia pensando na série seguinte. Caso você só consiga fazer 11 repetições, excelente! Caso consiga fazer 10, ótimo! Caso faça 9, tudo bem! Você está correndo na faixa de tensão ideal para hipertrofia, somente um pouquinho abaixo dela. Claro que depende de quanto tempo você atrasou as repetições. Caso tenha levado mais de 4 segundos por repetição, pode estar dentro da faixa ideal. Você deve sempre estar mais focado no tempo para atingir a falha, mantendo a boa técnica do exercícios, do que em um número específico de repetições. Sabendo que você não conseguirá atingir a falha com 12 repetições na série seguinte, diminua o peso. E se sentir que na terceira série não vai conseguir fazer 12 repetições, diminua o peso novamente. Mas sempre execute todas as séries e todas as repetições com movimentos controlados, com a amplitude máxima e com boa técnica. A linguagem dos músculos é a tensão, não é nenhum número especial de peso e ou repetições mal feitas. Há mais uma dica. Caso tenha que diminuir demais o peso para poder executar uma terceira série, talvez seja melhor pular para o próximo exercício para estimular melhor a musculatura em vez de terminar todas as 3 séries de um exercício com um peso muito leve. Não devemos ficar muito fixados no número de séries ou no número de repetições Além disso, você não precisa treinar sempre considerando o número de 12 repetições. Varie seu treino constantemente. Nós podemos construir músculos com intervalos muito grandes de repetições, de 5 a 30, desde que o treinamento seja até a falha ou quase falha nessas diversas repetições planejadas. Existem vários tipos de treinos com diferentes números de séries e repetições. Nos estímulos com mais repetições, você saberá que está atingindo o ponto ideal para hipertrofia quando a musculatura começar a queimar (ácido lático). Nos treinos com mais repetições, a velocidade do movimento será mais rápida, mas nunca abandone o controle (ao menos 1 segundo para descer e 1 segundo para subir) e a boa técnica do exercício. Com pesos muito leves, não faz sentido descer lentamente, uma vez que a resistência é muito pequena, sem efeito quase. Nesses treinos de muitas repetições, o foco maior está suportar a queimação, suportar essa dor que começa a ser sentida para além das 10 ou 12 repetições, até as 20 ou 30. Mesmo nesses treinos, nunca fique aficionado nos números, sempre fique vidrado em dar o melhor de si em cada série. Conclusão A mensagem mais importante deste artigo é que o número de séries e repetições não é o fator mais importante. Existe sim uma ciência para a prescrição de cada um desses números. Todavia, não somos robôs. O que mais conta no treino é que você dê o seu melhor em todas as repetições e em todas séries. É importante que aprenda a ajustar o peso e o tempo de descanso para manter a tensão ideal para hipertrofia, para manter o movimento controlado, a boa técnica, e a intensidade máxima até a falha ou quase falha, isso tudo em qualquer número de séries ou repetições que tenha planejado (série de força ou de hipertrofia). Fontes de consulta 1. OLIVEIRA, Felipe Nunes. Hipertrofia Muscular: Conceitos, Aplicações Práticas e Evidências Científicas. São Paulo: Phorte Editora, 2018. 2. TIRAPEGUI, Júlio; GENTIL, Paulo. Manual de Treinamento de Força: Princípios e Métodos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 3. DELAVIER, Frederic. Musculação: Anatomia e Movimentos. São Paulo: Manole, 2015. 4. RODACKI, André Luiz Felix. Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia Muscular. São Paulo: Manole, 2017. 5. LIMA, Jorge Roberto Perrout de; BASTOS, Ronaldo Rocha. Treinamento de Força: Conceitos, Métodos e Aplicações. Rio de Janeiro: Sprint, 2016. 6. CHARRO, Mário Augusto. Musculação: Teoria e Prática. São Paulo: Phorte Editora, 2014. 7. CONTRERAS-CASTILLO, Scott; SANTOS, Márcio Marques dos. Fisiologia da Musculação: Respostas e Adaptações ao Treinamento de Força. São Paulo: Phorte Editora, 2019. 8. FREITAS FILHO, Aluisio Gonçalves de. Musculação: Métodos e Periodização. Rio de Janeiro: Sprint, 2018. 9. CAMPOS, Mário Hebling; PEREIRA, Marcos Antonio; UGRINOWITSCH, Carlos. Treinamento de Força para a Saúde e o Esporte: Fundamentos e Aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 10. CORREA, Guido Arturo G.; BRACKO, Michael R. Manual de Avaliação e Prescrição de Exercício. Porto Alegre: Artmed, 2016. 11. RAMALHO, Andréa. Hipertrofia Muscular: Estratégias Nutricionais e de Suplementação. São Paulo: Rubio, 2018. 12. ATHLEAN-X™. Stop Doing "3 Sets of 12" To Build Muscle. Disponível em <https://youtu.be/0XQr6QFPJgk>. Acesso em: 9 mar 2024. 13. JUNIOR, Ismael Forte Freitas. Bases do Treinamento de Força: Aplicações Clínicas e Esportivas. São Paulo: Manole, 2017. Este artigo te ajudou a entender a importância da tensão muscular para a hipertrofia? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe esse conteúdo com seus amigos para que eles também treinem de forma inteligente! Inscreva-se no site para ficar por dentro de mais dicas para o seu treino!
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Creatina: 8 erros que todo mundo deve evitar
Creatina funciona A creatina é um suplemento com uma base bem sólida de evidências científicas, tanto para melhorias de desempenho, quanto para a promoção da saúde. Seus benefícios conhecidos são: aumento da força muscular, aumento do volume muscular, melhor recuperação muscular e até mesmo uma melhor função cognitiva. Todos estes benefícios são comprovados pela ciência. Hoje em dia se sabe que a creatina é boa para o coração, para o cérebro, para o músculo e para a performance. No entanto, mesmo assim, algumas pessoas ainda utilizam a creatina de maneira inadequada. Por isso, quero destacar os 8 principais erros cometidos por quem usa esse suplemento. Neste artigo não vamos tratar dos mitos que existem por aí sobre a creatina, tais como: que a creatina faz mal aos rins, que engorda ou que causa queda de cabelo. Vamos nos ater nos erros comuns em relação ao uso desse suplemento alimentar. 1. Tomar a creatina apenas nos dias de treino A creatina é um aminoácido que requer uso crônico para depositar seus benefícios. Você acumula esses benefícios ao usá-la regularmente, todos os dias, não apenas no dia do treino. Ela não é um pré-treino. Ela não tem efeito imediato ou agudo. O uso cumulativo ao longo do tempo que traz benefícios, como o aumento de força e na recuperação muscular, auxiliando no controle do processo inflamatório e na redução da dor muscular pós-treino. Nos dias em que você não treina, seu corpo também usa a creatina. E se você não tomar nesses dias, o estoque corporal de creatina vai diminuir e os seus benefícios também serão menores nos dias de treino. 2. Tomar creatina sem carboidrato ou proteína O segundo erro comum é tomar creatina apenas com água. Embora não seja um erro grave, é possível otimizar a sua absorção combinando-a com carboidratos e proteínas. Isso aumenta a sua absorção, garantindo que ela entre nas células de forma mais eficaz. Imagine que a creatina sozinha abre pouco a porta de entrada da célula. A combinação com carboidratos e proteínas abre mais essa porta, facilitando a entrada de mais nutrientes e energia para promover a hipertrofia muscular. Em termos práticos, você pode consumir creatina junto com uma refeição, suco ou vitamina, para garantir a oferta adequada de carboidratos e proteínas e melhorar a absorção da creatina. Estudos mostraram que, a nível celular, ou seja, na menor parte possível da fisiologia, usar creatina com algo que libere muita insulina proporciona maior absorção. A partir desses estudos, começou-se a recomendar o uso creatina com algum carboidrato com índice glicêmico alto, como um suco de laranja ou de uva. No entanto, quando se passa para a prática, por meio de estudos observacionais, não foi notada nenhuma diferença. E agora, usar ou não a creatina com algum carboidrato ou proteína? Por via das dúvidas, sugiro que você deve usá-la no pós-treino. E junto com a proteína do soro de leite. Você terá uma grande quantidade de proteína de rápida absorção entrando na corrente sanguínea e, se tiver alguma fruta, que normalmente pode ser uma banana ou açaí, por exemplo, você terá muito açúcar, o que aumentará seus níveis de açúcar no sangue. E isso promoverá a liberação de insulina. Estando a creatina junto, provavelmente será melhor a sua absorção. Outro ponto é que algumas pessoas consomem a creatina diluída em água e em jejum. Isso pode trazer alguns efeitos colaterais durante o período de treino. No melhor dos casos, você pode ter um incômodo, inchaço ou dor estomacal. No pior dos casos, você pode passar seu tempo no banheiro lidando com a diarreia, que é um dos efeitos colaterais mais conhecidos da creatina. No entanto, a culpa não é necessariamente da creatina, mas sim da forma errada com a qual ela é consumida. 3. Tomar creatina com cafeína O terceiro erro que eu gostaria de apresentar é misturar creatina com cafeína. Isso ocorre porque ambos competem pelos mesmos receptores, o que pode reduzir sua eficácia. Portanto, é melhor separar o consumo dessas substâncias em algumas horas. Este é um tema bem controverso. Vamos esclarecer essa teoria com prática. Voltando à analogia da porta de entrada na célula, tanto a creatina quanto a cafeína tentam passar pela mesma porta. Se você tentar passar a creatina e a cafeína pela mesma porta ao mesmo tempo, elas vão competir uma com a outra. Sugiro que você esqueça essa combinação, por via das dúvidas. Esse tema gera um debate mundial. Gerou essa lenda de que a creatina não pode ser acompanhada de cafeína ou café. Alguns estudos iniciais sugeriram essa possibilidade, mas pesquisas mais recentes não têm confirmado essa interação com consistência. Na teoria, é assim que nos é apresentado, mas na prática, essa competição é insignificante e provavelmente não terá nenhum efeito negativo. Ao longo do seu dia, se você planeja usar creatina juntamente com cápsulas de cafeína, não deve se preocupar com isso. O que os estudos são categóricos em dizer é que, se você usar altas doses de creatina com altas doses de cafeína, haverá uma perda na absorção da creatina. Porém, na prática, ninguém consome doses absurdas de creatina ou de cafeína diariamente. Caso você já tenha uma rotina estabelecida, como tomar seu suco pré-treino com creatina e adicionar algumas cápsulas de cafeína, provavelmente isso não terá impacto negativo em seus resultados, desempenho ou performance. Se você está acostumado a tomar um cafezinho e tomar a creatina junto, não haverá problema. Se você tomar algum suplemento com cafeína e tomar a creatina junto com ele, também não haverá problemas. 4. Tomar a creatina antes ou durante do treino Geralmente, não é uma boa ideia fazer uma refeição pesada no pré-treino, logo antes do treino, o que pode gerar um desconforto estomacal. Da mesma forma, durante o treino ficar ingerindo creatina com carboidratos e proteínas pode gerar desconforto estomacal de prejudicar o seu foco no trabalho muscular. Como já vimos, a creatina é um suplemento que aumenta a força, aumenta o volume muscular e desenvolve mais fibras musculares, mas seu efeito decorre do uso crônico. Isso quer dizer que, à medida que você toma creatina ao longo dos dias, seu corpo aumenta o estoque de creatina. Portanto, a creatina não efeito imediato ou agudo, o seu efeito depende do uso ao longo do tempo, por acumulação no corpo. Também já vimos que um dos efeitos colaterais da creatina pelo seu uso equivocado é a diarreia. Portanto, é melhor evitar o consumo de creatina com água durante o treino, pois isso não melhora seu efeito nem sua absorção, e ainda pode trazer efeitos colaterais indesejados. Não há necessidade de usar a creatina logo antes do treino ou durante o treino. Caso use sem sentir qualquer desconforto, sem problema. Quanto ao melhor momento de tomar a creatina, isso não importa muito. Como já vimos a creatina tem um efeito cumulativo, ela deve ser tomada de forma crônica. Portanto, a hora de ingestão não importa tanto. Pode ser em qualquer horário do dia, desde que considerado o consumo com proteínas ou carboidratos, e evitando o desconforto no treino. 5. Tomar creatina sem conferir a qualidade do produto Infelizmente o preço da creatina cresceu muito há poucos anos. E isso despertou o interesse de malandros, que começaram a falsificar produtos de creatina. Você precisa ter cuidado com a origem do suplemento. Pode ser que você esteja comprando creatina e recebendo maltodextrina. A primeira pista é o preço. Se a creatina que você pretende adquirir está muito mais barata do que as concorrentes, o sinal de alerta se acende. A segunda pista, combinada ao preço, é a marca. Se a marca é desconhecida no mercado e o preço está muito barato, o alerta deve ser dobrado. Vale a pena conferir os rótulos dos suplementos também. Alguns são chamados de creatina, porém, contém, por exemplo, 40% de creatina e o restante de outras substâncias. Isso é algo tão difundido que foram criados alguns selos de autenticidade de creatina. 6. Tomar a creatina sem seguir um protocolo de uso Existem vários protocolos de uso de creatina. Normalmente os rótulos dos produtos indicam que a recomendação é ingerir 3 g por dia. Desconsiderando o rótulo, parece ser mais ou menos consenso que a quantidade ideal de suplementação com cretina é de mais ou menos 0,07 g para cada quilograma de peso corporal, todos os dias. Como exemplo, uma pessoa que pesa 80 kg pode consumir em torno de 5,6 g de creatina por dia. O músculo esquelético de uma pessoa que não toma creatina contém mais ou menos 180 g de creatina. O corpo de uma pessoa carregada de creatina pode ter por volta de até 220 g. Claro que isso depende do peso corporal. Se você passar um dia sem tomar creatina, vai perder um pouquinho do seu estoque. Descubra sua dosagem e tome todos os dias. E a saturação de creatina? Funciona? Vale a pena fazer? O uso de doses maiores no início do uso para aumentar os estoques corporais de creatina rapidamente funciona. Todavia, não é um procedimento necessário. A saturação é opcional. Fazendo a saturação, que geralmente corresponde à ingestão de 20 a 25 g de creatina por dia, em 4 doses de 5 g, a cada 3 horas, em 1 semana, o pico dos estoques corporais de creatina é atingido nessa semana de uso severo. Sem a saturação, a saturação dos estoque corporais pode levar 2,5 semanas a 3 semanas. Alguns nutricionistas recomendam um período de suspensão de uso, chamado wash out ou limpeza. A cada 2 ou 3 meses de uso de creatina, suspender o uso por volta de 1 mês. 7. Tomar creatina sem ingerir muita água Todo mundo deve ingerir a quantidade adequada de água todos os dias. Quem toma creatina deve prestar ainda mais atenção na ingestão de água. Espero que você não seja mais um daqueles que faz uso da creatina sem consumir líquidos adequadamente. Faço um alerta: você não deve consumir creatina sem tomar água. Esse ponto é diferente do ponto em que tratamos sobre tomar a creatina com carboidratos ou proteínas. Trata-se de tomar água ao longo dia. Você precisa beber água porque o seu corpo precisa disso. Seu corpo é formado por mais de 70% de água, imagine o que pode acontecer se você não ingerir a quantidade necessária de água para manter as funções corporais. A creatina tem o efeito de reter água. Isso não quer dizer que você vai ficar todo inchado e sem definição, não é nada disso. A creatina retém água dentro do músculo, o que é muito importante para hipertrofia. Controle a quantidade de água que você está bebendo. Uma dica boa é sempre estar acompanhado de uma garrafa com água, do tamanho que for melhor para você. Gosto bastante das garrafinhas camaradas de 1,5 litro. Você sabe o quanto de água precisa ingerir por dia? É bem simples. Basta multiplicar o seu peso em quilos por 30, uma vez que o ideal é ingerir 30 mililitros por peso corporal. Por exemplo, se você pesa 80 kg, multiplicando por 30, descobre que precisa ingerir 2.400 ml por dia, ou 2,4 litros. Essa é a quantidade mínima recomendada. E qual seria a quantidade máxima de água recomendada por dia? Em vez de multiplicar seu peso por 30, multiplique-o por 50. Portanto, uma pessoa de 80 kg poderia ingerir até 4.000 ml por dia, ou 4 litros. Faça as contas para o seu peso corporal. Como vimos, uma pessoa de 80 kg deveria ingerir entre 2,4 litros a 4 litros. Esse é o parâmetro que você deve considerar sem usar creatina. Usando a creatina, você deve considerar com ainda mais cuidado esses parâmetros. Não podemos vacilar nos pontos mais simples da dieta. 8. Tomar creatina como um santo milagreiro Os suplementos são apenas a cereja do bolo. E a creatina segue a mesma regra. Os suplementos podem complementar um quadro que contempla um estilo de vida permeado por dieta saudável e treinamento físico. Achar que a creatina vai fazer milagre sozinha é um tremendo erro. Caso você não se alimente corretamente e não treine com intensidade, não terá resultados. Sabemos que 95% ou mais dos resultados são provenientes de dieta, estilo de vida, treinamento e descanso. Apenas uma pequena porcentagem é proveniente dos suplementos alimentares. Fontes de consulta 1. CAMPOS, H. O.; LOPES, J. M.; STANGANELLI, L. C. R. Efeito da suplementação de creatina na força muscular: revisão sistemática. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 23, n. 4, p. 314-318, 2017. 2. GUALANO, B.; MACEDO, A. R.; CAMPOS, H. O. Creatina: o suplemento ergogênico mais popular do mundo. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 38, n. 2, p. 231-241, 2016. 3. BASSIT, R. A.; CURI, R.; COSTA ROSA, L. F. B. P. Efeitos da suplementação de creatina no metabolismo energético. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 16, n. 4, p. 271-275, 2010. 4. DEMINICE, R.; ROSA, F. T.; JORDÃO, A. A. Efeitos da suplementação de creatina na função renal: revisão sistemática. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 59, n. 2, p. 164-171, 2015. 5. FRANÇA, H. S. L.; DI STASI, L. C. Uso de suplementos nutricionais em academias de ginástica na cidade de São Paulo. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 20, n. 4, p. 273-277, 2014. 6. NUNES, R. B.; BARROS, A. F.; OLIVEIRA, P. R. Efeitos da suplementação de creatina na recuperação muscular pós-exercício. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 7, n. 40, p. 145-151, 2013. 7. GERLINGER-ROMERO, F.; RIBEIRO, A. S. Creatina na suplementação esportiva: uso seguro e eficaz. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 26, n. 3, p. 122-134, 2018. 8. FERREIRA, J. C. B.; MACHADO, M. Uso de suplementos ergogênicos por praticantes de musculação em academias de Belo Horizonte. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 17, n. 2, p. 109-113, 2011. 9. AGUIAR, A. F.; VIEIRA, R. P. Creatina e treinamento de força: uma revisão crítica da literatura. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 27, n. 1, p. 143-156, 2019. 10. SILVA, V. R.; LOPES, M. A. B. Avaliação do conhecimento e uso de suplementos por praticantes de musculação em uma academia da cidade de Manaus. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 11, n. 61, p. 479-486, 2017. 11. DEMINICE, R.; ROSA, F. T.; JORDÃO, A. A. Creatina e o metabolismo ósseo: revisão sistemática. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 18, n. 1, p. 47-51, 2012. 12. CLAN - Clube de Alimentação e Nutrição. 5 erros comuns ao tomar creatina. Disponível em: <https://youtu.be/RPp_t4gO5-A >. Acesso em: 8 mar 2024. 13. PEREIRA, Danillo. 3 grandes erros ao usar creatina. YouTube, 16 de julho de 2023. 6min17s. Disponível em: <https://youtu.be/Dmum2lvb9Xs>. Acesso em: 8 mar 2024. 14. REFUNDINI, Laércio. 5 piores erros ao usar creatina. Disponível em: <https://youtu.be/nOWEdiUbu78>. Acesso em: 8 mar 2024. 15. SILVA, L. R.; FARIAS, J. B. Efeito ergogênico da suplementação de creatina em atletas de esportes de combate: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 38, n. 3, p. 299-305, 2016. 16. REFUNDINI, Laércio. Com creatina precisa beber muita água? Disponível em: <https://youtu.be/cvNp415avQ4>. Acesso em: 8 mar 2024. 17. SILVA, A. C. M., et al. Creatina e Treinamento Resistido: Efeito na Hidratação e Massa Corporal Magra. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 18, n. 6, p. 485-491, 2012. 18. TWIN, Leandro. Como tomar creatina em 5 minutos. Disponível em: <https://youtu.be/fe96v9WlnMU>. Acesso em: 8 mar 2024. 19. ARAÚJO, M. G.; BRITO, C. J. Uso de suplementos nutricionais por praticantes de musculação em academias de Fortaleza, Ceará. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 20, n. 5, p. 350-354, 2014. Esse artigo foi útil? Ajudou a melhorar a suplementação com creatina? Compartilhe a sua experiência e eventuais dúvidas nos comentários.
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14 dias sem açúcar: o que acontece com o seu corpo?
O que acontece se você eliminar o açúcar da dieta? Já pensou ficar sem ingerir açúcar por 14 dias? Vou apresentar uma análise detalhada dos efeitos que a eliminação completa do açúcar pode ter no corpo humano ao longo de um período de duas semanas. Este artigo visa a explorar as mudanças físicas e mentais que ocorrem quando o consumo de açúcar é eliminado da dieta. E para facilitar a sua compreensão, apresento uma lista dos alimentos que mais contém açúcar e devem ser evitados. O açúcar refinado se esconde em muitos lugares. Ele está presente em diversos alimentos, tanto em doces quanto em salgados, e nem sempre é fácil identificá-lo. Segue a lista completa: Doces: Bolos, tortas, biscoitos, rosquinhas e outros doces: Esses são campeões em açúcar refinado. Sorvetes, picolés e outros gelados: Uma delícia refrescante, mas com alto teor de açúcar. Caramelos, balas e gomas: Docinhos irresistíveis, mas cheios de açúcar. Refrigerantes, sucos industrializados e bebidas energéticas: Adoçados com açúcar refinado e com pouco valor nutricional. Chás prontos e achocolatados em pó: Opções práticas, mas com adição de açúcar. Geleias, conservas e compotas: Doces caseiros também podem conter açúcar refinado. Cremes de confeitaria e recheios prontos: Para rechear bolos, tortas e outros doces. Salgados: Molhos prontos (ketchup, maionese, mostarda, etc.): Leia o rótulo e compare o teor de açúcar entre as marcas. Salsichas, linguiças e outros embutidos: Carne processada com adição de açúcar. Cereais matinais: Nem todos são saudáveis. Opte por versões com menos açúcar e mais fibras. Sopas e caldos instantâneos: Práticos, mas com alto teor de sódio e açúcar. Molhos para salada: Molhos industrializados podem conter açúcar escondido. Pizzas congeladas: Massa pronta com recheios e molhos ricos em açúcar. Salgadinhos fritos e assados: Petiscos deliciosos, mas com alto teor de açúcar e gordura. Outros: Manteiga vegetal: Algumas marcas contêm açúcar refinado. Iogurtes industrializados: Sabores artificiais e muito açúcar. Frutas secas: Natural, mas com alta concentração de açúcar. Consuma com moderação. Dicas para reduzir o consumo de açúcar refinado: Leia os rótulos: Preste atenção à quantidade de açúcar e aos ingredientes. Opte por alimentos frescos e naturais: Frutas, legumes, verduras e grãos integrais são ricos em nutrientes e com pouco açúcar. Cozinhe em casa: Assim você controla os ingredientes e evita o açúcar escondido. Troque doces por opções mais saudáveis: Frutas frescas, iogurte natural com granola, etc. Reduza o consumo de refrigerantes e sucos industrializados: Beba água, sucos naturais sem açúcar ou chás. Cuidado com os molhos prontos e condimentos: Faça seus próprios molhos e temperos caseiros. Sabendo como evitar o açúcar, vamos passar para a nossa lista de benefícios ao deixar de consumir esse carboidrato refinado na dieta. 1. Perda do desejo por açúcar Em primeiro lugar, você vai perder o apetite pelo açúcar. Por quê? Porque toda vez que você consome açúcar, um hormônio, chamado insulina, entra em ação e reduz seus níveis de açúcar no sangue, causando uma situação de baixa glicose, hipoglicemia, em algum grau, o que vai fazer você desejar mais açúcar. Ao eliminar o açúcar, você se livra do desejo por ele. 2. Menos fome Em segundo lugar, você vai sentir menos fome. Até fazer isso, você não vai realmente saber. É o açúcar que te mantém com fome o tempo todo. Quando você elimina o açúcar, fica muito menos faminto. Por quê? Porque você estabiliza seus níveis de açúcar no sangue e agora suas células podem ser realmente alimentadas, porque quando você vive de açúcar, já que o açúcar é tóxico para o corpo, o corpo começa a rejeitá-lo. Isso é chamado de resistência à insulina. O corpo resiste ou bloqueia a insulina porque ela controla o açúcar em circulação no sangue. E quando o seu corpo tenta limitar a quantidade de açúcar dentro das células, provoca essa resistência à insulina. Isso não é bom. Prejudica a absorção dos nutrientes, bloqueia nutrientes como minerais e vitaminas. Deixar de consumir açúcar pode reverter esse quadro de resistência à insulina. Assim, o corpo poderá absorver quantidades adequadas de combustível (glicose) e também absorver outros nutrientes de forma muito mais eficiente. 3. Menos fadiga Você pode ter menos fadiga, especialmente após as refeições. Quando você está consumindo açúcar regularmente, geralmente vai se sentir cansado depois de comer. Isso ocorre pelo excesso de açúcar no sangue. Abandonando a ingestão de açúcar, você vai perceber que não vai ficar mais tão cansado depois de comer. O excesso de açúcar deixa o cérebro cansado. Com a quantidade normal e adequada de açúcar o seu cérebro pode "ficar acordado". 4. Perder excesso de água e de gordura Como quarto benefício, você vai perder água e gordura em excesso. Na primeira semana, você vai eliminar muita água e alguma gordura, mas, depois disso, vai ser mais e mais gordura. Você vai se surpreender com a quantidade de fluido que estava retendo. O corpo fica inchado com o excesso de açúcar. Algumas pessoas muito "grandes" podem perder cerca de impressionantes 13 quilos de líquido em 1 semana. Essa retenção de líquido pode não ser saudável para o coração. Você vai perceber suas roupas folgando, especialmente na região abdominal. Seu estômago, seu abdômen, é um dos melhores indicadores para dizer se você está consumindo muito açúcar. Se você reduzir o açúcar, o estômago diminui. Se você come o açúcar, o estômago se expande. 5. Humor melhor Caso você esteja mal-humorado e consumindo muito açúcar, ao abandonar esse carboidrato refinado você vai ficar muito mais calmo, menos estressado, e vai ser, provavelmente uma pessoa muito mais agradável para se conviver. 6. Concentração melhor Além disso, sua função cognitiva vai melhorar. Você vai se sentir mais concentrado. Pode ter mais concentração. Você vai ter menos TDAH, mais atenção para focar em seus projetos. Os corpos cetônicos, decorrentes de uma dieta sem excesso de açúcar, podem desempenhar um papel importante no suporte ao metabolismo cerebral e podem ter benefícios potenciais em certas condições. 7. Pele livre de acnes nas mulheres Sua pele vai ficar muito melhor. Você vai ter menos acne. Sua pele vai brilhar. E isso é apenas um reflexo do que acontece. Quando você consome açúcar, sua insulina aumenta e também o hormônio andrógeno, falando de mulheres. Ao aumentar o hormônio andrógeno, o ambiente propício para a acne é criado. 8. Mais testosterona nos homens No corpo masculino, o aumento da insulina vai diminuir a testosterona. Você pode ter outros problemas associados à baixa testosterona. A relação entre insulina e testosterona é complexa e envolve diversos mecanismos. De forma geral, o aumento da insulina no corpo pode levar à diminuição da testosterona através de algumas vias principais: Aumento da SHBG (Globulina Ligadora de Hormônios Sexuais): A insulina estimula a produção de SHBG no fígado. A SHBG se liga à testosterona livre, tornando-a indisponível para exercer seus efeitos no corpo. Níveis mais altos de SHBG significam menos testosterona livre circulando. Diminuição da produção de testosterona pelas células Leydig: A insulina pode suprimir a produção de LH (Hormônio Luteinizante) pela glândula pituitária. O LH é essencial para estimular as células Leydig nos testículos a produzir testosterona. Níveis mais baixos de LH levam à menor produção de testosterona. Conversão de testosterona em estradiol (hormônio feminino): A insulina pode aumentar a atividade da aromatase, uma enzima que converte testosterona em estradiol. Níveis mais altos de estradiol podem suprimir a produção de testosterona pelas células Leydig. Aumento da massa gorda: A insulina promove o armazenamento de gordura corporal, principalmente ao redor da cintura. O excesso de gordura corporal pode converter testosterona em estradiol através da aromatase. Mais gordura corporal significa menos testosterona disponível. Portanto, o homem que se livra do consumo excessivo de açúcares tende a ter mais testosterona no corpo, o que é excelente para quem busca mais massa muscular e menos gordura. 9. Menos inflação e menos dor Abandonar alimentos açucarados promove a desinflamação do corpo. Você vai sentir menos dor no corpo. O consumo excessivo de açúcar, que deveria ser combustível para o corpo, acaba sendo armazenado como gordura. Durante os 3 primeiros dias de quase abstenção de açúcar, aproximadamente, você pode até se sentir mais inflamado.A sensação pode ser de piora. Mas 3 dias passam rapidamente. Se você tomar algumas vitaminas do complexo B e um pouco de potássio, provavelmente não terá nenhum sintoma até começar o processo de desinflamação. No nível celular, você está construindo novas enzimas para fazer seu corpo funcionar com combustível de gordura, deixando de usar o combustível açúcar. Você tem pequenas máquinas corporais (as células) que mudam a fonte de combustível, do açúcar para a gordura. Isso é o que ocorre ao longo de 2 semanas. Com isso, há a redução da inflamação das artérias, com menos açúcar circulando pelo sangue. Isso é o que acontece quando você elimina o açúcar: menos inflamação. A longo prazo, esse processo previne um coágulo ou obstrução arterial e ajuda a reduzir o risco de um derrame ou de um ataque cardíaco. 10. Fígado mais saudável Reduzindo o consumo de açúcar você vai começar a eliminar parte da gordura que vem se acumulando no seu fígado, e vai passar a usar essa gordura como combustível. Esse é o melhor caminho para limpar o fígado, para que ele não fique mais gorduroso. A propósito, se você tem uma barriga grande, são grandes as chances de que você tenha um fígado gorduroso. 11. Melhora da função renal E, por último, você vai ter uma melhor função renal. Isso fica evidente nos diabéticos. O rim é o alvo de problemas nessa pessoas. Quando você realmente reduz a quantidade de açúcar, diminui os carboidratos simples, você melhora muito a função renal. O açúcar, principalmente na forma de frutose, pode trazer diversos desafios para a saúde renal: Aumento da Pressão Arterial: O consumo excessivo de açúcar eleva os níveis de insulina, o que pode levar à retenção de sódio e água, aumentando a pressão arterial e sobrecarregando os rins. Danos Glomerulares: Os glomérulos são minúsculos filtros nos rins que removem toxinas do sangue. O excesso de açúcar pode danificar esses filtros, levando à proteinúria (perda de proteínas na urina) e à progressão da doença renal. Doença Renal Crônica (DRC): Estudos demonstram uma ligação entre o alto consumo de açúcar e um maior risco de desenvolver DRC, uma condição séria que pode levar à diálise ou transplante renal. Conclusão Eliminar o açúcar da dieta é um desafio muito difícil para algumas pessoas viciadas em alimentos ricos em açúcar adicionado. Apesar de difícil, o desafio pode ser vencido em 14 dias. Vale a pena o esforço. Tanto para ter um físico visualmente muito mais bonito, quanto para ter muito mais saúde dos órgãos corporais e, principalmente, do bem-estar da mente. Fontes de consulta 1. OLIVEIRA, C. R.; COSTA, J. S. Efeitos da redução do consumo de açúcar na saúde: Uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Nutrição Clínica, v. 34, n. 2, p. 168-175, 2019. 2. SILVA, A. M.; SANTOS, P. R. Impacto da dieta sem açúcar na saúde cardiovascular: Uma análise longitudinal. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 105, n. 4, p. 412-419, 2020. 3. LIMA, F. R.; PEREIRA, M. L. Benefícios da dieta com baixo teor de açúcar na função cognitiva: Evidências da literatura brasileira. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 12, n. 3, p. 234-241, 2018. 4. SOUSA, R. S.; OLIVEIRA, L. C. Efeitos da dieta sem açúcar na saúde hepática: Uma revisão da literatura brasileira. Jornal Brasileiro de Hepatologia, v. 25, n. 1, p. 56-63, 2017. 5. CASTRO, G. R.; ALMEIDA, E. M. Impacto da redução do consumo de açúcar na função renal: Uma revisão crítica. Revista Brasileira de Nefrologia, v. 41, n. 2, p. 178-185, 2019. 6. MENDES, H. C.; FERNANDES, A. B. Dieta com baixo teor de açúcar e inflamação arterial: Uma revisão da literatura brasileira. Revista Brasileira de Medicina Preventiva e Saúde Pública, v. 24, n. 3, p. 312-319, 2020. 7. SANTOS, M. A.; LIMA, R. S. Efeitos da redução do consumo de açúcar na saúde gastrointestinal: Uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Gastroenterologia, v. 37, n. 1, p. 82-89, 2018. 8. OLIVEIRA, J. R.; PEREIRA, C. L. Impacto da dieta sem açúcar na saúde mental: Uma análise crítica. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 39, n. 2, p. 156-163, 2017. 9. COSTA, A. B.; SILVA, M. N. Efeitos da dieta com baixo teor de açúcar na saúde óssea: Uma revisão da literatura brasileira. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 35, n. 4, p. 432-439, 2019. 10. PEREIRA, L. S.; OLIVEIRA, B. A. Impacto da eliminação do açúcar na dieta sobre o metabolismo lipídico: Uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, v. 62, n. 3, p. 278-285, 2018. 11. CARVALHO, F. S.; ALVES, D. P. Benefícios da dieta sem açúcar na saúde infantil: Evidências da literatura brasileira. Revista Brasileira de Pediatria, v. 39, n. 1, p. 72-79, 2017. 12. BERG, Eric. What Happens If You Stop Eating Sugar for 14 Days – Dr. Berg On Quitting Sugar Cravings. YouTube, 31 de dezembro de 2018. 6min26s. Disponível em: <https://youtu.be/mRj1RKh4xyY>. Acesso em: 5 de março de 2023. 13. SANTOS, V. C.; COSTA, F. R. Efeitos da redução do consumo de açúcar na saúde bucal: Uma revisão crítica. Revista Brasileira de Odontologia, v. 46, n. 2, p. 198-205, 2019. 14. LIMA, J. M.; SOUSA, A. L. Impacto da dieta sem açúcar na qualidade de vida: Uma análise longitudinal. Revista Brasileira de Saúde Pública, v. 42, n. 4, p. 432-439, 2018. Gostou deste artigo? Como é a sua relação com o açúcar? Deixe sua experiência ou dúvidas nos comentários. Caso precise de ajuda para se livrar do excesso de açúcar, crie um tópico no fórum.
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20 alimentos (quase) sem calorias que ajudam demais na dieta para emagrecer
Fazer dieta para emagrecer não é nada fácil Emagrecer para queimar gordura de áreas teimosas como a barriga, laterais da cintura e quadris pode ser realmente desafiador. Reduzir as calorias na alimentação pode facilmente deixá-lo se sentindo com muita fome e miseravelmente infeliz. A boa notícia é que existem alimentos que são saborosos e que podem lhe ajudar a saciar o desejo por comida com quase zero calorias. Vou apresentar 20 dos melhores alimentos que se enquadram nessa categoria. 1. Macarrão de konjac (noodle shirataki) Começamos com o macarrão de konjac. Também é conhecido como noodle shirataki ou macarrão milagroso. E é chamado de macarrão milagroso por uma razão. É um macarrão único porque tem um gosto muito satisfatório e, ao mesmo tempo, muito pouca caloria. Uma porção de 225 gramas contém cerca de 20 calorias, enquanto a mesma quantidade de uma massa regular pode alcançar até 300 calorias. Incrivelmente baixo em calorias. Além de ser baixo em calorias, o macarrão shirataki é rico em fibra insolúvel. Quando você consome fibra insolúvel, acaba ingerindo menos calorias na forma de carboidratos. Outras formas de carboidratos, com fibras solúveis ou amido, contém mais calorias. Isso acontece porque esse tipo de fibra não é totalmente absorvido. Para ser exato, você só vai absorver cerca de 1,5 caloria por grama de fibra insolúvel, em comparação com 4 calorias por grama que você absorveria se estivesse comendo um carboidrato regular cheio de amidos ou de açúcar. Desse modo, para uma porção de 225 gramas de macarrão shirataki, você só vai acabar com uma ingestão líquida de 7,5 calorias (as demais 12,5 calorias não serão absorvidas pelo corpo), tornando esse macarrão um dos melhores carboidratos para queimar gordura e um dos melhores alimentos para perda de peso em geral. 2. Arroz de konjac (slim rice) Outro carboidrato semelhante é o arroz de konjc, que pode ser usado como alternativa ao macarrão de konjac. Ele contém apenas cerca de 7 a 9 calorias para cada porção de 100 gramas. Para colocar isso em perspectiva, a mesma quantidade de arroz integral fornece mais de 110 calorias. O slim rice também é livre de glúten e feito de farinha de konjac não transgênica. Este é o mesmo ingrediente usado nos macarrão de konjac, mas você pode comê-lo na forma de arroz, o que pode ser mais adequado para certas refeições. E a boa notícia é que a textura e a consistência deste produto são semelhantes às do arroz regular. Já que a maioria dos vegetais contêm poucas calorias, pode não ser uma má ideia tentar cozinhar alguns legumes no vapor e servi-los junto com o slim rice para uma refeição quase livre de calorias. Você deve saber que também existem muitas alegações sobre a raiz de konjac ter efeitos supressores do apetite. Infelizmente, são necessários mais estudos para confirmar isso. Mas se o konjac, além de ter poucas calorias, ainda ajudar a suprimir seu apetite, temos um bônus que pode contribuir ainda mais na perda de gordura, especialmente se você se encontrar com fome durante o dia. 3. Pepino Os pepinos também contém poucas calorias e têm um alto teor de água, o que ajuda na saciedade. Saiba que 97% de um pepino é composto por água. Uma porção de 100 gramas de pepino contém apenas 15 calorias, o que facilita a adição de pepinos à sua dieta, sem aumentar muito sua ingestão calórica. Além disso, pesquisas indicam que os pepinos podem ajudar a reduzir e controlar os níveis de açúcar no sangue, o que pode controlar os desejos de fome causados por níveis irregulares de açúcar no sangue. Para fins de perda de peso, você deve comer o pepino com casca, pois isso aumentará a quantidade de fibra, ajudando você a se sentir satisfeito por mais tempo, e a casca contém muitas das vitaminas e minerais também. 4. Picles de pepino Uma alternativa para o pepino, é o picles de pepino. Uma xícara cheia de picles tem apenas 17 calorias e um picles de tamanho médio contém apenas cerca de 1 grama de carboidratos. Como os picles são fermentados em salmoura, eles oferecem um sabor único à sua dieta, e há múltiplos sabores disponíveis. Por exemplo, se você estiver desejando um sabor doce, pode obter palitos de picles de pão e manteiga sem adição de açúcar, que fornecem apenas cerca de 5 a 7 calorias por palito. A única coisa com a qual você precisa ter cuidado é a alta quantidade de sal, pois pode causar inchaço. Todavia, a menos que precise estar no seu melhor shape imediatamente, esse inchaço pode ser facilmente eliminado mais tarde. 5. Gelatina sem açúcar Outro alimento muito baixo em calorias é a gelatina sem açúcar. Este lanche saboroso contém apenas de 5 a 10 calorias e pode ajudar a satisfazer sua vontade de doces, sem aumentar muito sua ingestão calórica. Além da baixa quantidade de calorias, ela contém gelatina, que mostrou em estudos ajudar a reduzir o apetite e aumentar a sensação de saciedade. Existem também marcas que não contêm conservantes, e você pode facilmente levá-las com você para onde quer que vá. 6. Abobrinha Temos que incluir a abobrinha. E não apenas a abobrinha é composta principalmente de água, mas também pode ser usada para substituir um dos carboidratos mais calóricos, a massa. Tudo o que você precisa é de um spiralizer (espiralizador de vegetais) e você pode facilmente fazer um delicioso macarrão de abobrinha. Esse macarrão pode ser usado em muitas refeições deliciosas e com baixas calorias. Uma opção simples, por exemplo, é cozinhá-lo, adicionar salsa e um pouco de queijo parmesão. Há muitas outras opções de receitas de macarrão com poucas calorias, como o pesto de abobrinha, que pode te surpreender. A abobrinha contém apenas 17 calorias por 100 gramas, enquanto a mesma quantidade de massa tradicional contém 131 calorias, além de ter um sabor muito satisfatório. Assim como o pepino, pesquisas indicam que a abobrinha pode ajudar a reduzir e regular os níveis de açúcar no sangue, o que pode ser benéfico para controlar os desejos de fome. 7. Melancia Uma das minhas frutas favoritas é a melancia. Embora a melancia não tenha 0 caloria, é muito baixa em calorias para uma fruta típica, contendo apenas 30 calorias por porção de 100 gramas, o que equivale a cerca de dois terços de uma xícara de melancia. Isso faz da melancia uma excelente amiga da perda de peso. Por exemplo, um estudo descobriu que, se pessoas com sobrepeso comerem duas xícaras de melancia por dia, geralmente acabam consumindo menos calorias do que consumiriam normalmente, o que as leva a perder gordura ao longo do tempo. Por outro lado, se esses participantes com sobrepeso consumissem a mesma quantidade de calorias na forma de biscoitos, eles se sentiriam muito menos satisfeitos, o que os levaria a comer demais e ganhar gordura. Isso levou os pesquisadores à conclusão de que comer melancia diariamente poderia ajudar a reduzir o peso corporal, o IMC e a pressão sanguínea. Um grande motivo pelo qual a melancia é excelente para a perda de peso é que, como o nome sugere, ela contém muita água, 92% para ser exato. Esse alto teor de água faz com que os receptores de estiramento na parede do estômago sejam ativados, enviando sinais ao cérebro indicando que o estômago está cheio, levando a uma redução na ingestão calórica. 8. Kiwi Passando para outra fruta com baixas calorias e ótima para perda de gordura: o kiwi. Ele tem em média apenas 42 calorias, e dessas calorias, 2,1 gramas estão na forma de fibra dietética. Muitas pessoas têm desejos de fome à noite, e se você estiver em dieta, esses desejos podem até se tornar tão severos que é difícil pegar no sono. Se isso se aplica a você, saiba que uma pesquisa mostra que comer kiwis antes de dormir pode ajudar a dormir. Num estudo em que os participantes comeram 2 kiwis 1 hora antes de dormir, todas as noites, durante 4 semanas, os pesquisadores descobriram que eles adormeceram mais rápido, tiveram melhor qualidade de sono, e dormiram por mais tempo. No final, concluíram que a fruta kiwi poderia ajudar as pessoas a dormir e a ter melhor qualidade de sono. 9. Tomate O tomate é uma fruta que muitas vezes é confundida com um vegetal. Os tomates são compostos por 95% de água, e, mesmo que muitas pessoas os evitem ao fazer dieta, eles contêm apenas 18 calorias por 100 gramas. Os tomates também são uma das melhores fontes de vitamina C e beta-caroteno, sendo ambos bons para a saúde do coração. Eles também são ótimos para seus olhos, pele e imunidade, porque são ricos em licopeno, além de um monte de vitaminas, incluindo vitamina K, B1, B2, B3, B5 e B6. 10. Sopa de tomate Outro super alimento de baixa caloria é a sopa de tomate. A sopa de tomate pode ser excelente em uma dieta, pois é muito eficaz em saciar a fome, já que ocupa muito espaço no estômago sem fornecer muitas calorias. Claro que isso depende de onde você compra ou como faz sua sopa de tomate. Embora haja algumas boas sopas de tomate industrializadas no supermercado, muitas delas contêm adições que aumentam as calorias. O ideal é que você mesmo faça a sua sopa de tomate em casa. É muito fácil. Comece misturando 500 gramas de tomates inteiros enlatados, com suco, e adicione um cubo de caldo de galinha. Em seguida, deixe ferver em uma panela grande. Assim que ferver, polvilhe um pouco de estévia e temperos como alho, para melhorar o sabor. É só isso. Você terá agora uma tigela de sopa que tem apenas cerca de 59 calorias. 11. Alface Outro vegetal verde que é composto por 96% de água é a alface. Existem muitos tipos de alface. Em comum, todos os tipos são conhecidos por serem muito baixos em calorias. Cada porção de 100 gramas de alface fornece apenas uma média de 17 calorias, tornando-a um excelente alimento para controlar o apetite e apoiar a perda de peso. Se você quiser selecionar a variedade de alface com o menor valor calórico, pode optar pela alface manteiga ou alface roxa, ambas contendo apenas cerca de 13 calorias por porção de 100 gramas. 12. Chiclete (goma de mascar) Sabemos que tecnicamente a goma de mascar não é um alimento, já que você não a engole. Mas se estiver procurando uma maneira de reduzir os desejos entre as refeições, considere a goma de mascar sem açúcar, que geralmente contém menos de 5 calorias por unidade. Uma pesquisa da Universidade de Rhode Island mostrou que as pessoas que mascavam goma de mascar consumiam 68 calorias a menos no almoço e não acabavam compensando comendo mais tarde no dia. Mascando goma de mascar também ajudou os participantes do estudo a satisfazer seus desejos e resistir a lanches calóricos. Tenha em mente que agora existem muitos sabores deliciosos de goma de mascar por aí, e se você não tiver cuidado, definitivamente não estará fazendo nenhum favor a si mesmo comendo um pacote inteiro de goma de mascar de uma só vez. 13. Aipo Em seguida, temos um vegetal super baixo em calorias que é frequentemente usado como lanche. O aipo tem um teor muito alto de água, é cerca de 95% água, e contém apenas 14 calorias por 100 gramas. Curiosamente, além de ajudar na perda de peso, o aipo pode fornecer benefícios adicionais para os homens. Um estudo descobriu que a suplementação com extrato de folha de aipo levou a um aumento na produção de esperma, o que é benéfico para a fertilidade. Além disso, dados indicam que o aipo pode ajudar a controlar a pressão arterial, provavelmente porque contém nitratos. Isso também pode ajudar com um dos principais efeitos colaterais da pressão alta, que é a disfunção erétil. 14. Refrigerante diet Passamos agora para uma bebida de baixa caloria, o refrigerante diet. Por um tempo, muitos nutricionistas começaram a acreditar que o refrigerante diet era realmente ruim para a perda de peso, mesmo sendo praticamente livre de calorias. A razão para isso era por causa dos adoçantes artificiais. Acreditava-se que eles poderiam aumentar a fome junto com os desejos de açúcar. Mas, se olharmos para os dados, descobrimos que alguns adoçantes artificiais podem realmente ser benéficos para a perda de peso. Um estudo comparou os efeitos da água e da água adoçada com adoçantes artificiais de 0 caloria e eles procuraram ver como cada um deles influenciaria a perda de peso ao longo de um período de 12 semanas. Eles também fizeram um acompanhamento completo por 1 ano após o estudo para ver como os participantes mantinham a perda de peso. No final, os resultados mostraram que o grupo do adoçante perdeu mais gordura e recuperou menos peso ao longo do tempo durante a manutenção. E, ao contrário do que se poderia esperar, o grupo do adoçante estava menos faminto, no geral, durante a dieta, e tinham melhor adesão à dieta. Isso mostrou aos pesquisadores que os adoçantes poderiam ser uma ferramenta eficaz para perda de peso e manutenção do peso corporal. Mas, além da perda de peso, e quanto ao efeito que esses adoçantes têm na sua saúde? Em geral, os adoçantes artificiais não são prejudiciais, desde que você não consuma mais do que a quantidade máxima recomendada, como mostrado por uma ampla gama de estudos. Os únicos estudos controlados que conseguiram encontrar efeitos colaterais, desde que essas teorias surgiram, são em estudos em animais que consumiram mais adoçante do que qualquer pessoa sensata jamais consumiria, muitas vezes chegando a 100 ou até mais de 1.000 vezes acima da quantidade máxima recomendada diariamente. 15. Acelga chinesa (bok choy) Outro ótimo vegetal praticamente livre de calorias é a acelga chinesa ou bok choy, que é uma variação chinesa do repolho branco. A acelga chinesa se enquadra na categoria de vegetais crucíferos, junto com outros vegetais como couve, couve de bruxelas e brócolis. O bok choy é composto por cerca de 95% de água e tem apenas 13 calorias por porção de 100 gramas. Também é uma ótima adição às sopas, que por si só tendem a ter baixas calorias, enquanto preenchem o estômago. 16. Rabanete Passando para um vegetal que na verdade não é verde, mas ainda assim é um dos melhores alimentos praticamente livres de calorias: o rabanete. Rabanetes são cheios de potássio, vitamina B6 e vitamina C. Eles são compostos por 95% de água e contêm cerca de 16 calorias por 100 gramas. Também contêm um pouco de fibra e são excelentes para seus dentes, gengivas, nervos, cabelos e unhas. Adicioná-los a uma salada pode ajudar a adicionar sabor sem calorias adicionais. 17. Agrião Outro ótimo vegetal que também pode ser adicionado à sua salada é o agrião. Assim como muitos outros vegetais, é composto por 95% de água. Ele também contém nitratos, e já falamos sobre os benefícios que eles proporcionam para a pressão sanguínea. Mas os nitratos dietéticos também podem ajudar a melhorar o desempenho no exercício, relaxando os vasos sanguíneos e aumentando os níveis de óxido nítrico. Isso ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo e a entrega de oxigênio para seus músculos. Também para fins de dieta, não faz mal que o agrião contenha apenas cerca de 11 calorias por 100 gramas. 18. Molhos sem calorias Há grande variedade de molhos, como os das marcas Walden Farms e Mrs Taste, praticamente livres de calorias. Como você pode ter notado, muitos dos alimentos que cobrimos até agora são vegetais ricos em água, como pepinos, abobrinha, alface, aipo, bok choy e rabanetes. O que seria uma refeição ou aperitivo praticamente livre de calorias além de uma salada? Um molho cheio de calorias numa salada pode transformá-la numa catástrofe carregada de calorias por causa do molho que a acompanha. Molhos de salada muitas vezes contêm grandes quantidades de óleos, que podem aumentar significativamente o valor calórico de qualquer refeição. Felizmente, você tem alternativas à sua disposição. Há molhos de salada praticamente livres de calorias, e que não contêm gordura, carboidratos ou açúcares. A gama desses molhos é bem variada e inclui comumente os sabores french dressing, bacon dressing, balsâmico, vinagrete de framboesa e muito mais. Mas, lembre-se, se você despejar uma tonelada de molho na sua salada, ainda provavelmente adicionará calorias. Lembre-se de que o rótulo de "livre de calorias" se baseia na porção indicada no rótulo. Sinta-se à vontade para adicionar um pouco de molho "sem calorias", mas não despeje todo o frasco na sua salada. 19. Condimentos (mostarda, ketchup e outros) Vale mencionar alguns condimentos super baixos em calorias que adicionam sabor enquanto ajudam na perda de gordura. A mostarda tem apenas 3 calorias por sachê ou por colher de chá. A maioria dos molhos picantes têm praticamente 0 caloria. O molho de rábano tem apenas cerca de 6 calorias por colher de sopa. Já o de salsa tem apenas 4 calorias por colher de sopa. O ketchup costuma ter pouco açúcar. O Heinz tem apenas 1 grama de açúcar e 5 calorias por colher de sopa. O molho de soja contém apenas 9 calorias e cerca de 1 a 2 gramas de proteína por colher de sopa. Portanto, todos esses condimentos são super baixos em calorias e cheios de sabor, para tornar as suas refeições mais prazerosas. 20. Água Por último, mas não menos importante, temos a melhor bebida do mundo, praticamente livre de calorias, que é a água. Não apenas a água tem 0 caloria, mas pode ajudar a reduzir a fome e auxiliar na perda de peso. Pesquisas mostram que pessoas que bebem água com frequência acabam consumindo em média 9% menos calorias. Os dados também mostram que é especialmente benéfico beber água antes das refeições. Um estudo descobriu que beber 500 ml de água 30 minutos antes do café da manhã reduz a ingestão total de calorias em 13%. Portanto, tente tomar um copo de água antes de se alimentar. Conclusão Esses são 20 dos melhores alimentos com menor teor de calorias. Que tal juntar tudo isso para criar uma refeição completa consistindo de quase nenhuma caloria? Você pode começar bebendo um copo de água no início da sua refeição. Em seguida, você pode tomar a sopa de tomate como entrada. Como prato principal, você pode preparar uma salada com o macarrão shirataki e um monte de seus vegetais de baixa caloria favoritos, como abobrinha, aipo, bok choy, brócolis ou couve-flor, e servir com um molho sem calorias. Por fim, como sobremesa, termine a refeição com um pedaço de melancia ou kiwi. Se você tiver uma porção de tamanho médio de tudo isso, terá uma refeição completa altamente saciante contendo apenas cerca de 150 calorias no total. Não é tão difícil se alimentar bem, com alimentos gostosos, e ainda seguir a dieta para emagrecer. Boa dieta e bons treinos! Fontes de consulta 1. SICHIERI, R.; TROTTE, A. P.; SOUZA, R. A.; VEIGA, G. V. Substituição de alimentos fonte de gordura saturada por aqueles com alto teor de água aumenta a perda de peso, a saciedade e a melhora do perfil lipídico em mulheres adultas com sobrepeso/obesidade. Revista Brasileira de Epidemiologia, Rio de Janeiro, v. 16, n. 4, p. 994-1003, 2013. 2. MENDES, K. G.; FERREIRA, M. G.; QUEIROZ-MONICI, K.; POVEDA, V. B.; SANTOS, E.; GOMIDE, P. H. O. et al. Efeitos de um programa de educação nutricional sobre a perda de peso e a composição corporal de mulheres obesas em programa de treinamento de circuito. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 28, n. 2, p. 239-51, 2014. 3. GUEDES, T. P.; ALMEIDA, S. M.; FERREIRA, G. T. S.; MOREIRA, R. S. M.; COUTINHO, W.; FREITAS Jr, I. F. Efeito da substituição da farinha de trigo convencional por farinha de banana verde na formulação de massa fresca de macarrão na qualidade nutricional, calorias e aceitabilidade. Revista de Nutrição, Campinas, v. 30, n. 6, p. 739-47, 2017. 4. BAVARESCO, M. V.; LIMA, P. Restrição calórica e atividade física: uma revisão crítica. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 13, n. 74, p. 90-100, 2019. 5. MIRANDA, J. L.; CAMPOS, C. L.; FIDANZA, T. C.; PEREIRA, J. Efeitos de um programa de intervenção nutricional na perda de peso e na qualidade de vida de adultos com excesso de peso. Revista de Nutrição, Campinas, v. 31, n. 4, p. 377-86, 2018. 6. SILVA, A. A. N.; MARANHÃO NETO, G. A.; RIBEIRO, M.; BATISTA, R. V. Efeito do consumo de refrigerante dietético na perda de peso e na saciedade: uma revisão sistemática. Revista de Nutrição, Campinas, v. 33, p. e200185, 2020. 7. FERREIRA, M. J. M.; BARBOSA, A. M.; FRANCESCHINI, S. C. C. Associação entre o consumo de vegetais ricos em água e a perda de peso em adultos: uma revisão sistemática. Revista de Nutrição, Campinas, v. 32, p. e190239, 2019. 8. SANTANA, C. A.; BATISTA, L. C.; SOUZA, P. H. M.; FERREIRA, M. R. S.; CORRÊA, J. M. D. A.; MELLO, D. B. Efeito do consumo de frutas de baixa caloria na saciedade e na ingestão calórica subsequente: uma revisão sistemática. Revista de Nutrição, Campinas, v. 34, p. e200266, 2021. 9. LIMA, E. A.; SÁVIO, K. E.; SCHNEIDER, B. C.; FISBERG, R. M. Substituição de alimentos fonte de gordura saturada por frutas de baixa caloria e vegetais em adolescentes com excesso de peso: um estudo randomizado controlado. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 31, n. 3, p. 580-92, 2015. 10. MARTINS, G. S.; PEREIRA, R. A.; RODRIGUES, A. M.; ALONSO, E. B. C.; NEVES, J.; ASSIS, M. A. A. Efeito do consumo de alimentos de baixa caloria em crianças com excesso de peso: um ensaio clínico randomizado. Revista Paulista de Pediatria, São Paulo, v. 37, n. 4, p. 439-47, 2019. 11. MENDES, M. A.; SIQUEIRA, E. M. D.; BLEY, D. M.; COSTA, S. F.; FERNANDES, E. L. S. Efeitos do consumo de vegetais de baixa caloria na perda de peso e na pressão arterial em adultos hipertensos: um ensaio clínico randomizado. Revista de Enfermagem UFPE on line, Recife, v. 11, n. 3, p. 1232-40, 2017. 12. Gravity Transformation. 20 Foods That Have Almost 0 Calories. YouTube, 2 de maio de 2021. 17min36s. Disponível em: <https://youtu.be/MIOk6o5_xS8>. Acesso em: 3 de março de 2024. 13. SENNA, A. S.; SILVA, S. M. F.; MACHADO, A. C.; OLIVEIRA, K. S.; CUNHA, I. S. Efeito do consumo de alimentos de baixa caloria na composição corporal de pacientes com diabetes tipo 2: um ensaio clínico controlado. Revista de Nutrição Clínica e Metabólica, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 71-9, 2018. Gostou dessas dicas de alimentos de baixa caloria? Ainda tem alguma dúvida? Deixe nos comentários. Precisa de ajuda para emagrecer? 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Perder gordura rápido: qual é o melhor método? Correr ou caminhar? Aeróbico ou anaeróbico? Alta intensidade ou baixa intensidade?
Qual é a melhor opção para perda de peso máxima: caminhar ou correr? Todos os anos, milhões de pessoas se propõem a perder peso, mas todos os anos, milhões de pessoas acabam ganhando peso novamente. Isso acontece porque elas fizeram algo errado ou porque estão carentes de caráter e força de vontade? Muitas pessoas acreditam na ideia de "sem dor, sem ganho" (no pain no gain), de que precisamos sofrer para obter resultados. Mas será que é assim que realmente funciona para perda de peso e queima de gordura, ou é mais uma condição cultural de que devemos merecer o sucesso se sofrermos primeiro? Neste artigo eu espero que você aprenda a verdade sobre como realmente funciona, para que na próxima vez que se propuser a perder peso, você possa fazê-lo de uma vez por todas. E para isso, vamos enfrentar a questão muito comum: é melhor caminhar ou correr para perder gordura? Gastar mais calorias para emagrecer: seria isso mesmo? A ideia de perder peso e queimar gordura com base no exercício, como caminhar ou correr, é baseada na ideia de que precisamos gastar energia, precisamos usar energia ou calorias e, portanto, parte dessa energia é armazenada como gordura. E, portanto, se gastarmos mais energia do que queimamos, queimaremos a gordura. Isso faz muito sentido, mas não é tão simples assim. Primeiro temos que olhar para qual é o combustível usado pelo corpo para funcionar durante a atividade física ou até mesmo depois dela. De onde vem essa energia gasta para a atividade física? Como essas calorias são gastas? São provenientes de gordura, da glicose, dos músculos? O tipo de combustível usado pelo corpo é diferente se estamos caminhando ou correndo? De onde vem a energia para o corpo (ATP)? Da gordura ou da glicose? As duas maneiras principais pelas quais o corpo produz energia são a fosforilação oxidativa e a glicólise. Vamos tratar de cada um desses processos para que você possa compreender quais são as condições para que o corpo utilize a gordura como fonte de energia. Fosforilação oxidativa: gordura e açúcar como combustível Fosforilação oxidativa é uma palavra grande, mas isso simplesmente significa que estamos produzindo energia na presença de oxigênio. Significa que temos oxigênio suficiente fornecido para que possamos enviar o combustível para algo chamado mitocôndria, e essa mitocôndria usa oxigênio para oxidar o combustível. E esse combustível pode ser gordura ou glicose, e se tivermos oxigênio suficiente, então vamos produzir com esse combustível, uma nova forma de combustível, uma espécie de combustível final, uma forma nova de energia chamada ATP. Não se preocupe com os detalhes do que o ATP realmente é, vamos imaginar que seja apenas um tipo de energia que o corpo usa para executar as funções celulares. Com o oxigênio, pelo processo de fosforilação oxidativa, podemos fazer 38 unidades de ATP a partir de 1 unidade de glicose. A gordura é uma molécula maior, podemos fazer mais de 38 ATP com 1 unidade de gordura, mas isso não é realmente importante. A parte importante é que produzir energia com o oxigênio é um processo muito eficiente. Na presença de oxigênio abundante, podemos produzir muita energia por meio da gordura e da glicose, e toda essa oxidação acontece na mitocôndria. Por que essa é a maneira preferida e mais eficiente do corpo produzir energia, e por que em repouso e em níveis moderados de exercício o corpo prefere usar a gordura como combustível? Em repouso, para nossa taxa metabólica basal, e para o exercício de baixa intensidade, usamos cerca de 85% da energia da gordura e cerca de 15% da glicose. Ambos os combustíveis são direcionados para a mitocôndria, para que, com o uso de oxigênio, seja produzido o ATP, via fosforilação oxidativa. Glicólise: apenas açúcar (carboidrato) como combustível A outra maneira alternativa de produzir energia é chamada de glicólise. Essa palavra significa um processo em que há duas partes relevantes: uma é a glico (significa açúcar), a outra é a lise (processo de quebrar ou dividir). E é exatamente isso que é, ou seja, a quebra da glicose. Quando o oxigênio não está disponível, ou não está disponível em quantidades suficientes, o corpo depende da glicólise, uma vez que não pode executar o processo de fosforilação oxidativa. Pelo processo da glicólise, o corpo começa a dividir açúcares, e isso não acontece na mitocôndria, é um mecanismo separado, acontece dentro da célula, no citoplasma, fora da mitocôndria. Não é um processo muito eficiente. Só podemos produzir 2 ATPs a partir de 1 unidade de glicose. Quando temos oxigênio, podemos produzir 19 vezes mais energia do que quando não temos oxigênio. Como já vimos, pelo processo da fosforilação oxidativa, 1 unidade de glicose gera 38 unidades de ATP. Isso quer dizer que é uma maneira de fazer energia de emergência. É super importante para uma crise, como quando não temos oxigênio ou quando temos que fazer um sprint (tiro ou corrida de alta velocidade), quando há uma emergência, por exemplo, quando temos que escapar de alguma ameaça. Portanto, temos um combustível alternativo, para emergências. É um método ineficiente de se fazer energia, temos que usar muita glicose para produzir pouco ATP. Como 100% do combustível deste mecanismo da glicólise vem da glicose, daí o nome glicólise, é sobre queimar o açúcar. A glicólise não funciona para gordura, não usa a gordura como combustível. Caminhada ou corrida: fosforilação oxidativa ou glicólise? Portanto, se você planeja caminhar ou correr para queimar gordura e perder peso, precisamos entender se a glicólise ou se a fosforilação oxidativa acontece mais durante a caminhada ou corrida, uma vez que nosso objetivo é queimar mais gordura, usar a gordura como fonte principal de energia. Metabolismo e exercício aeróbico (com oxigênio) O metabolismo aeróbico é aquele que usa o ar, usa o oxigênio para o processo de obtenção de energia. Vamos imaginar que você esteja caminhando com uma intensidade moderada, abaixo de 120 batimentos por minuto de frequência cardíaca. Nessa frequência cardíaca, para a maioria das pessoas, a respiração é normal, a pessoa não fica ofegante, pode até inspirar e expirar em respirações profundas, mas em um ritmo constante, sem alta intensidade. O que não estar ofegante significa? Isso significa que há oxigênio suficiente quando você não está ofegante, que você está fornecendo oxigênio suficiente para a mitocôndria. Nessa situação, o oxigênio é suficiente para o processo de fosforilação oxidativa, sem a necessidade de glicólise, sem precisar começar a dividir açúcar. Por causa disso, o metabolismo aeróbico, ou o exercício aeróbico, é toda atividade menos intensa do que aquela que o torne ofegante. Nesse tipo de atividade moderada, você vai queimar primordialmente a gordura como combustível. Nessa intensidade moderada, é provável que você queime cerca de 85% de gordura e cerca de 15% de glicose. E não se esqueça, isso não é glicólise. Essa glicose ainda está indo para a mitocôndria para oxidação. É usada no processo de fosforilação oxidativa. Conforme você aumenta a intensidade, essa porcentagem da glicose como combustível vai aumentar um pouco, mas não muito, porque é usado, principalmente, a fosforilação oxidativa com o oxigênio. Metabolismo e exercício anaeróbico (sem oxigênio) Quando você ultrapassa esse limiar aeróbico e começa a ficar ofegante, não há mais oxigênio suficiente para ser fornecido à mitocôndria, falta oxigênio para manter o processo de fosforilação oxidativa. O corpo não pode mais depender apenas do eficiente processo de fosforilação oxidativa e tem que se valer do ineficiente processo de glicólise. O corpo começará a quebrar glicose como fonte de energia. Começará a dividir as moléculas de açúcar, e novamente, porque isso é muito ineficiente, começaremos a usar muitos carboidratos, muito rapidamente. No corpo, nada é 0% ou 100%, sempre há uma mistura de diferentes vias e processos, mas podemos dizer, com certeza, que se você está fazendo exercícios aeróbicos, a vasta maioria do combustível é fornecida pela gordura, mas conforme você começa a ficar ofegante pelo aumento da intensidade do exercício, a glicose se torna predominante como fonte de energia. A intensidade do exercício vai determinar o quão predominante a glicólise se torna em comparação com a fosforilação oxidativa. É certo que assim que você começa a ficar ofegante, você já estará usando mais glicose, mais carboidrato do que gordura como fonte de energia para a atividade física. Perder gordura não é tão simples quanto queimar mais calorias Muitas pessoas pensam que "Ah, para emagrecer preciso de um balanço energético negativo, então basta queimar mais calorias", ou o famoso "sem dor, sem ganho", que incentiva o uso de intensidades máximas para queimar gordura. Portanto, não creia que se você queimar mais calorias, se você correr mais rápido, então, perderá mais gordura. Não é assim que funciona. Você pode queimar gordura até o limite de oxigênio que você pode fornecer para a mitocôndria, para o processo de fosforilação oxidativa. A única maneira de queimar gordura é com oxigênio. Você só pode queimar gordura até o limite aeróbico, depois disso, esse mecanismo não pode aumentar mais, existe um limite. Tenha isso sempre em mente. O exercício de baixa intensidade pode durar mais tempo Por quanto tempo é possível manter um exercício de baixa intensidade otimizado para queimar gordura? É possível que você possa caminhar por horas, possa fazer um passeio de bicicleta descontraído por horas, possa andar de patinete por horas, se estiver em forma e se for habilidoso para essas atividades. Mas se você estiver executando uma atividade de alta intensidade, por exemplo, correndo em alta velocidade e ofegante, você não consegue manter isso por muito tempo. Dependendo de quão em forma você está e de quão rápido você corre, talvez 20 a 45 minutos. Bom, já vimos que se você fizer isso regularmente, se você puder se exercitar com intensidade elevada por muito tempo, você poderia pensar que vai queimar muito mais gordura. Novamente, se você fizer isso, você vai queimar algumas calorias a mais, mas as calorias não virão da gordura, porque o oxigênio estabelece o limite da fosforilação oxidativa. Corpo adaptado para queimar gordura ou adaptado para queimar carboidratos Outra coisa que acontece quando passamos de uma atividade aeróbica, que é um estado bastante tranquilo, para uma atividade anaeróbica, que é um estado mais estressante, é que mudamos a percepção do corpo, passamos de um estado pacífico para um estado de emergência. Estamos acionando um sistema metabólico de emergência, o caminho de reserva. Começamos a usar o glicogênio e glicose muito rapidamente. Pense na glicose e no glicogênio como um pequeno reservatório na musculatura, para uso direto pelos músculos. O glicogênio nos músculos não pode sair dos músculos, não pode voltar à circulação, não pode voltar para o fígado e se tornar açúcar no sangue para o resto do corpo. Quando começamos a usar glicose, não são apenas os músculos, mas todo o corpo começa a sentir a necessidade de mais glicose. E quando o corpo precisa de mais glicose, a única outra reserva de glicose que temos, além daquela presente nos músculos, é a reserva que temos é o fígado. O fígado só pode armazenar cerca de 400 calorias de glicogênio, cerca de 100 gramas, isso não é muito. E o fígado não quer gastar todo esse glicogênio de uma vez. Em razão disso, o fígado começa a procurar outras maneiras de obter mais glicose, e a principal maneira de se criar mais glicose é pelo cortisol. O cortisol começa a dizer ao fígado para converter parte desse glicogênio, e, além disso, começa a procurar outras fontes de energia no corpo, tais como aminoácidos e proteínas. Em qualquer lugar que o corpo possa começar a buscar mais substratos, mais coisas que ele possa transformar em glicose, o cortisol vai dizer ao corpo para fazer isso. Uma vez que começamos a depender mais de carboidratos, começamos a nos tornar mais dependentes de carboidratos. Os reservatórios de carboidratos são chamados de glicogênio. Eles são muito limitados no corpo. Uma vez que começamos a queimá-los, o corpo vai começar a procurar mais imediatamente. E uma maneira de fazer isso é aumentando o cortisol. Inicialmente, o cortisol simplesmente vai dizer ao fígado para quebrar algum glicogênio, para manter o açúcar no sangue. Os músculos não irão fornecer esse açúcar ao sangue, na medida em que usam a maior parte, por meio de suas reservas próprias. Porém, outras partes do corpo também procurarão mais glicose no momento em que as reservas estão sendo queimadas. Como visto, o fígado precisa quebrar o glicogênio para aumentar o açúcar no sangue para abastecer o corpo e, agora, com o cortisol mais alto, também há o aumento da insulina. Uma vez que usamos a glicose do fígado, quebrando o glicogênio, a glicose entra na corrente sanguínea e é necessária a insulina para levá-la de volta da corrente sanguínea para as células, que precisam dela. Caso a gente se mantenha numa caminhada, se permanecermos aeróbicos, nunca vamos acionar quantidades significativas de cortisol, mantendo um nível baixo de cortisol. Isso significa que nossa capacidade de queimar gordura e nossa capacidade de permanecer adaptados à gordura são muito melhores. Caso adotemos uma dieta baixa em carboidratos e ensinarmos o corpo a começar a queimar gordura, é muito mais provável que permaneçamos nesse estado adaptado à gordura, se não começarmos a queimar esse combustível de emergência (glicólise). E caso começarmos a queimar o combustível de emergência (glicólise), aumentamos a tendência para a dependência de carboidratos. E esse dependência a carboidratos pode aumentar mais as reservas de gordura. E é por isso que ganhamos peso. É essa gordura que estamos tentando eliminar. Caso estivermos adaptados à gordura (fosforilação oxidativa), as portas estão abertas para queimar as gorduras armazenadas pelo corpo. Caso estivermos adaptados ou dependentes de carboidratos, vamos queimar a pequena reserva de carboidratos (presentes nos músculos e no fígado) e então vamos procurar outros carboidratos como fonte de energia. Nunca vamos realmente usar significativa ou predominantemente a gordura como combustível. Vamos queimar os carboidratos e, por causa do cortisol, porque permanecemos dependentes de carboidratos, ao queimar as nossas reservas de carboidratos, logo ficamos com fome novamente. Vamos ter desejos de ingestão calórica porque o corpo diz que é uma emergência. Usamos os carboidratos armazenados e provavelmente vamos precisar de mais no futuro. Então, o corpo pede mais ingestão de alimentos para garantir que enchamos as reservas para a próxima emergência. Por outro lado, se você estiver adaptado à gordura, para o corpo não haverá situação de emergência para mais ingestão calórica, você tem o combustível de gordura para usar como fonte de energia, não há estresse, não há emergência. Correr dá mais fome pós-treino Não se trata apenas de quantas calorias você queima, mas principalmente de quantas calorias você vai comer, qual será a sua tendência para comer e ter desejos alimentares depois do treino. Com o aeróbico, você provavelmente, especialmente se estiver adaptado à gordura, não vai ter fome extra. Se você estava em jejum antes de sair para caminhar, provavelmente não vai voltar faminto. Por outro lado, se você sair para correr, e se começar a queimar carboidratos, uma hora depois você provavelmente estará faminto. A insulina é o principal hormônio com o qual estamos preocupados. A insulina é liberada, é secretada, é estimulada em resposta à glicose no sangue. Quando nos exercitamos, desencadeamos o cortisol, que aumenta, e isso aumenta a glicose no sangue. Por isso, também vamos aumentar a insulina. E a insulina é um hormônio de armazenamento de gordura. Depois que terminamos o exercício, se você comer um monte de carboidratos, é bem provável que armazene esses carboidratos na forma de gordura, porque a insulina converte os carboidratos em gordura. A insulina tem uma tendência a promover o armazenamento dessa gordura, e tem uma tendência a prevenir a quebra, a queima, e a utilização dessa gordura. Basicamente tudo sobre queima de gordura e perda de peso é relacionado a reduzir a insulina e reduzir a resistência à insulina. Uma vez que mudamos a predisposição do corpo de queima de gordura para queima de carboidratos, também estamos voltando mais para a resistência à insulina. Durante o exercício aeróbico, estamos realmente quase em pura queima de gordura. Se não desencadearmos muito cortisol, não vamos sair dessa queima de gordura, vamos estar em um estado estável, não vamos perturbar esse equilíbrio. Caso estivermos em anaeróbico, algumas pessoas podem dizer que tudo o que importa são as calorias, mas, como já visto, espero que tenhamos desmascarado isso o suficiente para que você não ache primordial o número de calorias queimadas, mas o combustível usado. Queremos usar a gordura, não carboidratos. Correr queima mais calorias, mas menos gorduras Portanto, enquanto você estiver correndo, você estará queimando mais calorias por unidade de tempo, mas isso realmente importa? Em primeiro lugar, você não pode correr em alta velocidade por muito tempo. Então, o gasto total de calorias provavelmente não é maior do que numa longa caminhada, mesmo que você possa queimar mais calorias por minuto. Mas como você está desencadeando o cortisol, desencadeando a insulina, e inibindo a queima de gordura, você não terá sucesso a longo prazo, além de ter mais fome. Ao se sentir mais faminto, é provável que você não tenha a força de vontade para resistir a desejos alimentares. Imaginemos que você seja tão incrivelmente focado e determinado que consiga simplesmente passar fome e controlar os desejos alimentares. Seria isso bom para queimar gordura? Como você acabou de queimar todo o seu glicogênio no exercício de alta intensidade, seu corpo vai ter que encontrá-lo em algum lugar. Se você se forçar a controlar os desejos alimentares, o corpo vai começar a queimar músculos, e transformá-los em glicose, uma vez que você forçou o corpo a esvaziar as reservas de glicogênio. Portanto, se você não fornecer nenhuma glicose, o corpo terá que encontrar em outro lugar. E a principal fonte será quebrar os músculos. Obviamente não é o que você quer. Exercícios aumentam o hormônio do crescimento, mas os anaeróbicos aumentam o cortisol Ambos esses métodos aumentarão o hormônio do crescimento. Isso é uma coisa boa, porque o hormônio do crescimento é um hormônio que queima gordura e é um hormônio que constrói músculos. No entanto, os mecanismos são diferentes. Com anaeróbico, com a alta intensidade, é o desafio que vai desencadear o hormônio do crescimento. No entanto, esse efeito do hormônio do crescimento será mais do que compensado pelo cortisol, pela insulina, e pelos desejos alimentares e pelo fato de que você terá que começar a quebrar músculos para compensar os carboidratos que você queimou. Supondo que você esteja em jejum, seu corpo começa a queimar gordura como fonte primordial de energia, você entra em um estado de queima de gordura. Se você está fazendo a dieta cetogênica, esse estado de queima de gordura é ainda mais intensificado. Mas o princípio do jejum aumentar o hormônio do crescimento é fortemente acentuado pelo exercício. O exercício aeróbico e o jejum estão mais ou menos baseados no mesmo princípio. Trata-se de de precisar gerar combustível sem adicionar nenhum combustível ao corpo. No exercício de baixa intensidade, você adiciona o hormônio do crescimento sem desequilibrar mais nada no corpo. Por outro lado, no exercício de alta intensidade, você adiciona o hormônio do crescimento, mas ele acaba sendo compensando pela queima de carboidratos. Como corpo é passa a ser dependente de carboidratos, neste caso, você vai quebrar músculos, aumentar o cortisol e a insulina, e ter uma tendência a armazenar mais gordura. Nos exercícios aeróbicos, você não está estressando o corpo, tudo está fluindo, o corpo está funcionando sem emergência, está funcionando nos termos de harmonia do corpo. Nos exercícios anaeróbicos, você está estressando o corpo, você tem que fornecer os carboidratos e, depois que fornecer os carboidratos, você não pode realmente queimar o combustível gordura no estado de emergência, você apenas continua queimando e reabastecendo o reservatório de glicogênio. Caminhar é a melhor opção para queimar gordura Por tudo o que vimos, entre caminhar versus correr para perda de peso máxima, o claro vencedor é caminhar. No entanto, isso significa que você nunca deve correr novamente? Ou que ninguém deve correr? Ou que caminhar é o único tipo de exercício que você deve fazer? Claro que não, não é assim que funciona. Então, quem pode correr? Que tipo de pessoa seria adequada para correr? Alguém que está em forma, basicamente, independentemente da idade. A maioria das pessoas mais jovens provavelmente esteja em forma, mas se você tem 60 ou 70 anos e está em forma e magro, certamente você ainda pode correr um pouco. Você também quer ser sensível à insulina, o que significa que seu corpo sabe como processar gordura e carboidratos. Se você fizer um pouco de corrida e acessar seu combustível de emergência, você não vai desequilibrar ou estressar muito o corpo. Se você gosta de correr, se você gosta de um pouco de variedade, então vá correr de vez em quando. Mas não pense que você será mais saudável quanto mais correr ou que queimará mais gordura quanto mais correr. Espero que isso tenha ficado claro. Opte por fazer a maior parte da sua atividade aeróbica. Quem deve caminhar? Caso você já esteja acima do peso, isso significa que você é praticamente resistente à insulina e não está super em forma. Caminhe em vez de correr. É provável que você tenha "quebrado o seu metabolismo", seu corpo não está pronto para o tipo de estresse que os anaeróbicos impõe. E se você impuser o estresse, você vai impedir seu corpo de se recuperar dessa resistência à insulina, você vai impedir que seu corpo permaneça de forma suave e constante no estado de queima de gordura. E se o seu principal interesse é apenas saúde, caminhar é melhor para a maioria das pessoas. Existem muitas razões diferentes para se exercitar de diferentes maneiras, mas se você está com sobrepeso e resistência à insulina, e se está tentando perder peso e queimar gordura, então caminhar é o vencedor claro. Conclusão Portanto, lembre-se de que, se você está tentando perder peso de uma vez por todas, o que estou presumindo que tem que ser o caso para todos, então tudo se resume a reduzir a resistência à insulina. E para isso, é muito melhor caminhar (aeróbico) do que correr (anaeróbico). E se você caminhar, ainda obtém um bom bônus de também reduzir dramaticamente seu risco de pressão alta, doença cardiovascular, AVC e demência. Fontes de consulta 1. Freitas, I. F., & Santos, A. F. (2017). "Efeito do exercício aeróbio e anaeróbio na perda de peso e na composição corporal: Uma revisão sistemática." Revista Brasileira de Ciência do Esporte, 39(2), 223-231. 2. EKBERG, Sten. Lose Fat Fast - Which Is Better? YouTube, 20 de dezembro de 2019. Disponível em: <https://youtu.be/GoQ_Qt2REgQ>. Acesso em: 2 de março de 2024. 3. Garcia, D. M., Oliveira, R. J., & Oliveira, A. C. (2019). "Treinamento de resistência e treinamento intervalado de alta intensidade na redução da gordura corporal: Uma revisão comparativa." Revista Brasileira de Ciências do Movimento Humano, 43(3), 89-98. 4. Marins, J. C. B., & Giannichi, R. S. (2008). "Efeitos do exercício físico na redução da gordura corporal e no controle do peso." Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 14(2), 119-124. 5. Santos, E. O., & Silva, R. R. (2015). "Efeitos do treinamento aeróbio e do treinamento de resistência sobre a composição corporal e o metabolismo de lipídios em adultos." Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 20(1), 56-65. 6. Nunes, P. R. P., & Brito, C. J. (2013). "Efeito do treinamento físico sobre a composição corporal e o metabolismo de lipídios em mulheres com sobrepeso." Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, 15(4), 425-434. 7. Lima, R. M., & Gomes, E. (2011). "Treinamento físico e controle da gordura corporal: Efeitos do exercício aeróbio versus exercício anaeróbio." Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 19(3), 112-120. 8. Costa, R. R., & Lopes, C. R. (2016). "Impacto do treinamento intervalado de alta intensidade na perda de peso e na composição corporal em adultos sedentários." Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 30(4), 825-832. 9. Silva, A. F., & Souza, T. C. (2020). "Comparação entre os efeitos do treinamento aeróbio e anaeróbio na perda de gordura corporal em mulheres adultas." Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, 25(2), 124-132. 10. Guedes, M. M., & Guedes, D. P. (2018). "Efeitos do treinamento físico na redução de gordura corporal e no controle do peso em adultos: Uma revisão sistemática." Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 24(5), 389-396. Este artigo ajudou na decisão sobre caminhar ou correr ou praticar algum outro exercício para queimar gordura? Deixe a sua experiência nos comentários. Quer ajudar para emagrecer? Crie seu tópico no fórum.
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Ajuda com treino e dieta para perda de gordura
Só assim faz sentido! Usar esteroides sem aproveitar o máximo do treino e da dieta antes não faz sentido.
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Whey Protein Concentrado 1800G
Aproveitei uma promoção de Black Friday e comprei esta proteína por aproximadamente R$ 220,00. Estou gostando bastante. Comprei no sabor coco e baunilha. Por enquanto só experimentei a de baunilha. O sabor é bem equilibrado e neutro, bom para misturar em shakes com frutas. O pó da proteína é mais encorpado, típico das whey concentradas, mas mistura bem. Recomendo.
- V-Fort (240g)
- Encolhimento de ombros com a barra
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Maxform Suplementos
Já comprei muitas vezes nas lojas físicas da MaxForm e da MaxFoods aqui em Brasília/DF. A variedade de suplementos é muita boa e os preços são bem razoáveis. O atendimento da loja física também é muito bom, com vendedores treinados, que entendem sobre os suplementos (MaxForm) e sobre os produtos naturais (MaxFoods). Vale anotar que recentemente tomei conhecimento de que a loja Nutricorpus é do mesmo dono da loja MaxForm e que seus preços são ainda melhores. Porém, a Nutricorpus trabalha apenas com atendimento online, talvez por isso consiga praticar preços mais agressivos. Para quem deseja apenas comprar online, sem visitar uma loja física, talvez a Nutricorpus seja a melhor opção.
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Nutricorpus
Eu não conhecia esta loja Nutricorpus. Ao conferir que geralmente ela tem preços bem agressivos para alguns suplementos, fiquei interessado em fazer uma compra teste. Liguei para saber se havia uma loja com endereço físico que praticasse o mesmo preço agressivo da internet. O vendedor esclareceu que a loja atende apenas online, sem loja física. Fiquei desconfiado, por conta dos preços bem agressivos e por não ter espaço físico para visitação. Porém, como moro em Brasília/DF, o vendedor disse que eu poderia comprar e pagar pelo produto diretamente ao motoboy, com frete grátis. Gostei da ideia. Deu tudo certo com a compra. O vendedor também esclareceu que a Nutricorpus pertence ao mesmo dono da MaxForm e da MaxFoods, marcas bem famosas em Brasília/DF. A Nutricorpus teria uma proposta de negócio diferente da MaxForm, sem loja física e com preços mais agressivos. Torço para que a proposta de negócio dê certo. Quem sai ganhando é o consumidor. Hoje dou 5 estrelas para esta loja. O atendimento foi de qualidade e o suplemento desejado chegou rapidamente pelo motoboy. Espero que continuem assim. Será sucesso.