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Dieta de Gladiadores (The Game Changers) um documentário pró-vegano?
A provedora de filmes, série e documentários via streaming Netflix incorporou em seu acervo de documentários o "Dieta de Gladiadores" ou "The Game Changers" - título original em inglês. Levando ao pé da letra, o título original da língua inglesa quer dizer "aqueles que mudam a regra do jogo". A produção exalta uma nova vertente na nutrição: o veganismo.
No documentário “The Game Changers”, temos um apanhado de informações bastante pertinentes a respeito da dieta de nossos antepassados. Não se espante com a palavra dieta. Naquela época, não existia nutricionista, mas as pessoas já faziam dieta. Difundida de maneira errada, a palavra “dieta” é originária do latim e significa “estilo de vida”.
O avanço da tecnologia e o crescente estudo na área da alimentação permitiram que pesquisadores fossem capazes de investigar, por meio de ossada humana, a forma com que os homens de civilizações antigas se alimentavam. E é aí que começa o documentário (e isso justifica o título em português: dieta de gladiadores).
Documentário Dieta de Gladiadores (The Game Changers) Os argumentos pró-veganos apresentados no documentário
Resumidamente, o documentário apresenta, dentre outros, os seguintes argumentos a favor de uma dieta vegana (sem proteína de origem animal):
os gladiadores eram veganos; a dieta vegana reduz o colesterol; eliminar a carne da dieta faz emagrecer; muitos atletas de elite são veganos; o corpo humano não está adaptado para uma dieta com proteína animal; dieta vegana aumenta o número de ereções masculinas. Ao longo do documentário, não foi entrevistado nenhum pesquisador da saúde com pensamento favorável a uma dieta com fontes de proteína animal para lançar os argumentos favoráveis a uma dieta diferente da vegana. Isso motivou a elaboração desta matéria, como uma fonte de crítica construtiva, por meio da apresentação de contrapontos à suposta perfeição da dieta vegana.
Halterofilista vegano Conhecendo os argumentos em sentido contrário
Ao longo deste texto serão apresentados os contra-argumentos baseados em estudos científicos de grande relevância no meio acadêmico a respeito de afirmações trazidas pelo documentário, o qual se limitou a exaltar o veganismo. O documentário passou a impressão de que a dieta vegana seria a única forma saudável para se alimentar, sendo omisso quanto aos contrapontos da ciência e dos defensores de outros tipos de dieta (que incluem fontes de proteína animal, tais como carnes de peixes, frangos, suínos e bovinos).
Nesta matéria, você conhecerá os motivos para ser ou não ser vegano, o porquê deve ou não deve ser vegano, a partir de um ponto de vista desinteressado quanto à sua decisão, que é pessoal, sem pender favoravelmente ao veganismo ou contra ele, apenas apresentando a verdade quanto a alguns temas tratados no documentário.
O que é o veganismo?
Ao contrário do que se pensa, o veganismo não se baseia apenas em não comer alimentos de origem animal, mas, representa um estilo de vida voltado a excluir tudo aquilo que de alguma forma tenha contato com animais. 
Roupas, sapatos, produtos de beleza, fármacos e qualquer outro produto que depende de  testes em animais é rejeitado pelo estilo de vida vegano. O veganismo passa a ser uma filosofia de vida.
Por qual motivo contextualizar o estilo de vida vegano? O documentário citou, diversas vezes, o termo “dieta vegana”. Como já foi colocado, para uma dieta ser verdadeiramente vegana, o contato com animais deve ser inexistente.
Com essa consideração em mente, chegou a hora de revelar o quanto o documentário que "The Game Changers" ou "Dieta de Gladiadores" é tendencioso e mal elaborado em suas fundamentações, que são facilmente rebatíveis. Em termos de imagens, elenco e produção, o documentário é impressionantemente bem feito, servindo muito bem ao papel de convencer pessoas leigas sobre a "perfeição" da dieta vegana.
Shape e força de atleta vegano Quem eram os gladiadores? Por qual motivo eram "veganos"? 
Ao se recordar das aulas de história no ensino médio, você certamente terá em lembrança o período da Idade Média, época dos gladiadores, certo? Quem eram os gladiadores? Eram atletas? Deuses? Obviamente que não. 
Os gladiadores eram homens privados de liberdade, ou seja, presidiários! Isso mesmo! Não eram atletas ou deuses, eram inimigos dos reis e imperadores que lutavam pela própria sobrevivência na arena, sendo objeto de entretenimento do público. Matavam seus oponentes para não serem mortos. Os oponentes poderiam ser outros presidiários (gladiadores) ou algum animal feroz. As lutas eram uma espécie de espetáculo, um divertimento para os governadores e para a população livre.
Gladiadores Naquela época, não existiam mercados e nem açougues. Não existiam refrigeradores e nem congeladores. Os alimentos consumidos eram produzidos pela agricultura e a proteína animal era proveniente da caça, e deveria ser consumida de pronto, pois não poderia ser armazenada por muito tempo. 
Você nunca precisou caçar para se alimentar, certo? Mas você já se imaginou lutando (com faca, lança e próprio punho) com um leão, um boi ou um guepardo? Difícil e trabalhoso, não é mesmo?
Em razão dessa dificuldade toda, quem você acha que comia a carne caçada? A proteína animal ainda não era uma "commodity", mas era ainda mais valiosa naqueles tempos. Portanto, os presidiários a ela não tinham acesso. A proteína animal era um luxo para poucos.
De acordo com o documentário, os gladiadores eram fortes por não consumirem carne, apenas tubérculos e legumes. Essa correlação entre vigor físico e dieta vegana por meio de uma realidade passada ou fato histórico não faz nenhum sentido.
Prato vegano apetitoso Os gladiadores tinham vigor físico em razão da dieta vegana?
A “força” dos gladiadores ou presidiários não era proveniente da carne ou da proteína animal pelo simples fato histórico de não haver carne disponível para a alimentação deles.
Há uma enorme forçação de barra no documentário no momento em que se diz que, por comerem legumes e tubérculos, a dentição dos gladiadores era mais forte. 
Você já tentou comer uma mandioca crua? Não dá né! A dentição dos presos certamente sofreu adaptação devido à dificuldade imposta pela alimentação crua, e não por eles não consumirem proteína animal. Não existe evidência científica no sentido de que a dentição de uma pessoa seja mais forte por não consumir proteína animal. Aqueles gladiadores que não tinham a dentição "forte", sequer conseguiriam se alimentar direito e logo seriam eliminados pelos demais.
O primeiro argumento do documentário, baseado em fatos históricos relacionados aos gladiadores, foi facilmente contra-argumentado pelo restante da história que não foi contada na produção, que se revela evidentemente pró-vegana e acientífica.
Portanto, a "força" dos gladiadores "veganos" não é convincente.
Atletas veganos com pleno vigor físico O veganismo e o colesterol
Vamos analisar um segundo argumento favorável ao veganismo apresentado no documentário, que é a redução do colesterol dos indivíduos que adotam o veganismo. 
Aproximadamente 70% (setenta por cento) a 80% (oitenta por cento) do colesterol detectado no exame de sangue é produzido pelo próprio corpo. Somente 20% (vinte por cento) a 30% (trinta por cento) é proveniente da alimentação. 
Fontes de proteína animal (carnes, ovos, queijos e derivados) são ricas em colesterol em sua composição. Por outro lado, a fontes vegetais de proteína (castanhas, amendoim e azeitona por exemplo) possuem bem menos colesterol.
No documentário, 3 (três) jogadores de futebol são convidados a participar de uma experiência. A eles são oferecidos burritos com proteínas de origem animal e, logo em seguida, o sangue deles é coletado para análise o perfil lipídico (colesterol total e suas frações). 
Não precisa ser um gênio para saber que, obviamente, o valor será alto, uma vez que a dieta do dia, como um todo, não foi controlada. Uma única refeição controle (os burritos) foi tomada como base. 
No dia seguinte, os mesmos 3 (três) atletas recebem burritos, dois com proteína de fonte animal, e outro com fonte vegetal. Novamente o sangue foi coletado imediatamente após a refeição. Adivinhe o que aconteceu?
Teste de colesterol com refeição vegana O perfil lipídico daquele indivíduo que comeu o burrito com proteína de fonte vegetal foi menor. Óbvio que seria esse o resultado, pois era a fonte de proteína que possuía menos colesterol. 
Novamente se exalta a "maravilha da dieta vegana", com exames cujos resultados eram esperados, sem qualquer surpresa, baseados numa única refeição, num único dia.
No campo das pesquisas de alta evidência científica, esse estudo não tem relevância para propor mudanças na alimentação de uma população inteira. É necessário ter uma amostra (número de jogadores) maior, separar alguns deles em grupos diferentes (consumidores de proteína vegetal versus animal), controlar a dieta do dia inteiro durante o período da pesquisa, coletar mais amostras de sangue em momentos distintos, e avaliar os resultados por um período considerável (aproximadamente 2 a 3 meses, no mínimo) para se constatar se houve alteração de longo prazo no perfil lipídico.
O documentário também se desenvolve numa intervenção na alimentação de bombeiros, e os resultados apresentados foram benéficos. Os bombeiros avaliados estavam acima do peso.
Teste da dieta vegana em bombeiros acima do peso Pessoas que estão acima do peso ideal certamente possuem alteração no perfil lipídico, e alterando a fonte de proteína animal para a vegetal, esses valores tendem a se normalizar ou chegar próximo ao normal.
Porém, isso não ocorre porque a proteína vegetal é mais saudável do que a proteína animal, mas porque a proteína vegetal possui menos colesterol que a animal, como já citado acima. 
Não existem alimentos vegetais classificados como fontes de proteína
Entretanto, quanto à proteínas vegetais, vale frisar que não existem alimentos vegetais que sejam "fontes de proteína". É isso mesmo! Calma, explico. 
Na nutrição, quando falamos que um alimento é "fonte" de determinado nutriente, isso quer dizer que aquele nutriente está presente em maior quantidade na sua composição.
Por exemplo, o frango é fonte de proteína, o que quer dizer que ele possui mais proteínas do que gorduras e carboidratos (que são zero nesse caso). 
A soja, uma das substituições que vegetarianos e veganos usam no lugar da carne, é fonte prioritária de carboidratos. Ela contém proteínas e gorduras em menor porção na sua  composição.
Como não existem alimentos de origem vegetal que sejam fontes de proteína, ao se retirar da alimentação a carne, deve-se tomar muito cuidado com a quantidade de alimentos que serão consumidos no seu lugar. 
Essa características dos vegetais é um prato cheio para a indústria de suplementos alimentares vegana.
As proteínas vegetais e os aminoácidos essenciais
As proteínas vegetais não possuem a combinação de aminoácidos essenciais em sua composição, e, sem esses aminoácidos, não ocorre a hipertrofia muscular. Os aminoácidos essenciais não são sintetizados pelo corpo, devendo ser obtidos pela alimentação, sendo os seguintes:
histidina; isoleucina; leucina; lisina; metionina; fenilalanina; treonina, triptofano; valina. Como a alimentação vegana não proporciona a combinação ideal desses aminoácidos essenciais, o vegano que busca hipertrofia acaba se socorrendo de suplementação de aminoácidos.
Suplemento de proteína vegano do Arnold Schwarzenegger Dieta vegana hipercalórica e excesso de fibras
Além de se atentar ao teor protéico da dieta, vegetarianos e veganos podem ter problemas ao consumir grandes volumes de comida de uma só vez, já que os alimentos que possuem proteína são ricos, também, em fibras.
Quanto maior o teor de fibras de uma refeição, maior pode ser o desconforto gástrico (gases e dores de barriga, por exemplo), e mais lentamente será o esvaziamento. Como consequência, o consumo alimentar ao longo do dia pode ser menor. 
Essa é mais uma constatação que pode culminar com a necessidade de suplementação alimentar pelo indivíduo vegano, de modo que consiga ingerir mais calorias sem as respectivas fibras alimentares.
A dieta vegana emagrece?
Como visto, em razão do excesso de fibras por refeição, o vegano tende a comer menos (ingere menos calorias ao longo do dia), e um dos resultados pode ser a perda de peso. Esse fato aconteceu com os bombeiros apresentados no documentário.
Portanto, não foi a exclusão da proteína animal da dieta que repercutiu positivamente no estado geral de saúde dos bombeiros que estavam acima do peso, mas a redução de calorias ingeridas e o emagrecimento em direção ao peso corporal ideal.
Por esse motivo, é natural que uma dieta vegana possa conduzir ao emagrecimento, assim como uma dieta devidamente balanceada (menos calórica) com matéria animal.
E os diversos atletas de elite que são veganos? Como conseguem todo seu vigor físico?
Para ressaltar os benefícios do veganismo, num outro momento do documentário, atletas de elite e de esportes de alto rendimento aparecem associando seu sucesso desportivo com a ausência de proteínas animais na dieta. 
Atleta campeão de força vegano A alimentação de atletas de alto desempenho é muito restrita. Atletas têm rotina extremamente regrada: hora certa para dormir, acordar, comer e treinar. Treinam várias vezes ao dia, muitas vezes, para que consigam rendimento ótimo.
Tudo o que atletas de elite consomem é estritamente controlado. Desde alimentos até suplementos alimentares. Nada é consumido porque “deu vontade” ou porque “todo mundo estava comendo e eu não consegui dizer não”. 
Atleta de fisiculturismo vegano Há uma equipe de treinadores, médicos e nutricionistas por trás do sucesso do atleta. Antes de acreditar no documentário e sair retirando da sua alimentação fontes de proteína animal porque os atletas de elite mostrados são veganos, procure orientação especializada. Caso contrário, você poderá ter uma deficiência de vitaminas (principalmente B12) que estão consideravelmente presentes nas proteínas de origem animal.
O que o documentário não mostrou, foi a necessidade de suplementação alimentar desses atletas que não consomem fontes de proteína animal. Geralmente há a necessidade de se suplementar com vitamina B12 e ferro.
Atleta de fisiculturismo vegano Existem foi tipos de ferro: heme e não heme. O ferro heme está presente em fontes de origem animal. O ferro não heme está presente em fonte de origem vegetal. Todavia, o ferro não heme não é tão bem absorvido pelo corpo a partir da alimentação.
O corpo humano é naturalmente adaptado para a dieta vegana?
De acordo com o documentário, a genética humana é adaptada para o consumo de alimentos vegetais, o que se demonstraria pelo nosso tipo de dentição e pelo formato do nosso sistema digestivo. E o consumo de carnes causaria câncer ao ser humano.
Desde o ensino básico e médio aprendemos que o ser humano é onívoro, pode se alimentar de matéria animal e de matéria vegetal. Acerca de quantas dietas você já ouviu falar? Da dieta Atkins (fortemente baseada em gorduras e proteínas animais) até a dieta vegana (sem qualquer matéria animal), o ser humano sobrevive (mantém suas funções fisiológicas) com ambas as dietas, obtendo delas energia para as funções vitais.
A dentição humana apresenta dentes molares para mastigação (assim como os animais herbívoros) e dentes incisivos e caninos para morder e rasgar os alimentos (assim como os animais carnívoros).
Os seres humanos produzem as enzimas proteases que permitem a quebra dos aminoácidos presentes nas carnes, como os animais carnívoros. Por outro lado, não produzimos a enzima celulase, e não podemos digerir a celulose, o que nos afasta dos herbívoros. Mas nosso intestino secreta sucrase, que permite a digestão das frutas.
Precisamos de vitamina B12, que são provenientes apenas de fontes animais ou de determinadas bactérias. Também precisamos de vitamina C, presentes nas vísceras de animais (língua, bucho, fígado e rim) e em frutas cítricas.
O ser humano tem um fígado muito poderoso, e que é considerado um órgão de desintoxicação do organismo, o que nos aproxima dos carnívoros.
Nossos parentes mais próximos, os chimpanzés, são animais onívoros.
O ser humano é herbívoro ou onívoro? Portanto, não é convincente o argumento do documentário no sentido de o ser humano ser geneticamente herbívoro. Somos onívoros. Podemos nos alimentar de fontes vegetais ou animais. Não estamos geneticamente condicionados a uma dieta vegana. Podemos ser veganos se quisermos (com os devidos cuidados quanto à análise de suplementação com vitamina B12 e eventualmente alguns aminoácidos) ou carnívoros se quisermos.
Também é possível um dieta com carnes apenas, sem vegetais. Neste caso, devem ser incluídas as vísceras animais para obtenção das vitaminas e minerais (que poderiam faltar pela ingestão de músculos e gorduras apenas). Todavia, apesar de viável fisiologicamente, recomenda-se uma dieta saudável com vegetais.
Por isso, o argumento apresentado no documentário não é convincente. Ninguém vai morrer por se alimentar apenas com fontes animais e também não vai morrer caso se alimente apenas com fontes vegetais. Um gato (animal carnívoro) não teria a mesma sorte numa dieta vegana. Morreria.
Com relação ao consumo de carne como causa de câncer, não existem estudos científicos que demonstrem essa relação de causa e efeito. Ressalvada deve ser feita quanto às carnes processadas, tais como salame, salsicha, bacon, presunto e assim por diante. Com relação aos alimentos processados, há fortes indícios no sentido de que poderiam causar câncer.
Quanto às carnes vermelhas não processadas industrialmente (como a carne bovina e a suína), não há nenhum estudo que demonstre que podem causar câncer, o que existem são estudos de correlação, não de causa e efeito. Esses estudos correlacionam o consumo de carne vermelha com a incidência de câncer.
A fim de se demonstrar uma causa e efeito, devem ser realizados ainda estudos com ensaios clínicos controlados e randomizandos de modo longitudinal, divindo-se grupos de indivíduos que não consomem carne e grupos que a consomem, por um longuíssimo período de tempo. Ao final, poder-se-ia concluir se o consumo de carne pode ou não causar câncer na forma de causa e efeito.
Atualmente, não se pode afirmar que a ingestão de carne vermelha cause câncer.
Para as carnes brancas, também existem estudos inconclusivos sobre a carne de frango como possível causadora de câncer e estudos que apontam a segurança no consumo de peixes até o momento.
Portanto, não se pode afirmar que o consumo de carnes cause câncer, mas essa probabilidade não pode ser descartada, e o consumo deve ser moderado.
Ser vegano é ser super saudável?
Ao assistir o documentário, a impressão que se tem é que a dieta vegana é a mais saudável do mundo, e que os veganos têm o shape em forma e a saúde em seu melhor estado possível.
Não é bem assim. Existem muitos alimentos processados pela indústria que não são de origem animal, são de origem vegetal (teoricamente veganos), mas que são péssimos para a saúde. Podemos mencionar alguns:
refrigerantes; sucos de caixinha; pipoca de microondas; batata frita; biscoitos recheados; doces; margarina; leites de caixinha de origem não animal; macarrão instantâneo; salgadinhos. O "mal" dos alimentos industrializados também pode atingir uma dieta vegana, sem alimentos de origem animal. O alimentos processados adicionam (geralmente em excesso) sal, açúcar, óleos ou vinagre ao insumo natural e os ultraprocessados, além dos aditivos anteriores, acrescentam gorduras, proteínas de soja e substâncias químicas criadas em laboratório (conservantes, corantes, saborizantes, realçadores de sabor e assim por diante).
E assim como a carne vermelha, esses alimentos de origem vegetal ultraprocessados também são apontados como causa provável de câncer. 
Ademais, o modo de preparo dos alimentos vegetais também pode ser não saudável, tais como a fritura de legumes e a adição de molhos açucarados em saladas.
Portanto, por mais um motivo o argumento do documentário é falho ao condenar o consumo da carne e não fazer nenhuma referência aos produtos de origem vegetal, que podem ser consumidos numa dieta vegana, e que também trazem riscos para a saúde humana.
A dieta vegana e o dilema dos agrotóxicos
Ao enfrentar o tópico acima, a dieta vegana seria a salvação contra o risco de desenvolvimento de câncer, certo? Infelizmente não. A dieta vegana também não é as "mil maravilhas" quando o assunto é câncer, o qual foi abordado no documentário como um argumento para se abandonar o consumo de carnes.
Assim como existem probabilidades no sentido de que carnes vermelhas e de frango possam causar câncer, ainda que de modo inconclusivo, também existem estudos que apontam para o risco de câncer pelo consumo de frutas e vegetais produzidos com a utilização de agrotóxicos.
Nesse sentido, o mesmo argumento utilizado no documentário contra o consumo de carnes pode ser utilizado contra a dieta vegana (risco de causar câncer).
Alimentar a população mundial com frutas e vegetais orgânicos (sem o uso de defensivos agrícolas) é, atualmente, politicamente inviável. Por isso, nem mesmo os alimentos orgânicos podem ser utilizados para um movimento global pró-veganismo.
A dieta vegana proporciona mais e melhores ereções?
Para arrematar a curiosidade e interesse do público masculino, o documentário apresenta um experimento que mediu a quantidade e duração de ereções noturnas de indivíduos antes de uma alimentação livre de matéria animal e com matéria animal.
Foram identificadas mais ereções durante o sono e de maior duração após refeição isenta de matéria animal. O número de participantes foi muito reduzido, não se tratando de um estudo científico.
Teste de ereção com refeição vegetal vs animal Não há notícia de nenhum estudo científico que aponte melhora na vida sexual masculina pela adoção de uma dieta vegana. A dieta vegana pode melhorar o fluxo sanguíneo (reduzir o colesterol e melhorar a função cardíaca), mas não necessariamente a vida sexual.
Os estudos existentes apontam que uma boa vida sexual depende de uma boa alimentação e da prática de exercícios físicos, ou seja, de um estilo de vida saudável, o que pode incluir alimentos de origem animal. 
É notório também que a carne vermelha é rica em zinco (além das vitaminas B3, B12 e B6, e dos minerais ferro e selênio), que proporciona a produção natural de testosterona e o desejo sexual. A ausência da carne vermelha pode reduzir a libido.
Além disso, o colesterol presente na carne vermelha, que tem sido muito demonizado nos últimos tempos, é justamente um dos elementos essenciais para a produção natural de testosterona pelo organismo.
O documentário também trouxe nota da redução do cortisol por meio da dieta vegana, o que não é uma colocação verdadeira. O estudo que apontada para a redução do cortisol revela que é a proporção entre carboidratos e proteínas na dieta que gera esse efeito. Uma proporção maior de carboidratos e menor de proteínas (animais ou não) implicaria num menor nível de cortisol. Isso nada tem a ver com a eliminação da proteína animal da dieta.
Nesse sentido, é interessante o teste de ereção apresentado no documentário, devendo ser melhor estudado. Todavia, num contexto de vida sexual, que envolve libido e testosterona, a dieta vegana ainda não tem nenhum suporte científico para superar uma dieta saudável que inclua matéria de origem animal.
Quem patrocinou o documentário?
O documentário "Dieta de Gladiadores" ou "The Game Changers"  foi produzido por Arnold Schwarzenegger, Jackie Chan, James Cameron e Lewis Hamilton, dentre outros.
Arnold Schwarzenegger a favor do veganismo Há notícia na internet que James Cameron investiu 140 (cento e quarenta) milhões de dólares para produzir proteína vegana por meio da empresa Verdient Foods, cujos sócios são Cameron e sua esposa Suzy Amis Cameron.
Os especialistas que foram entrevistados no documentário são ligados à agenda vegana e vendem livros e DVDs exaltando o estilo de vida vegano:
Dr. Dean Ornish: autor do livro “Undo It!” (é um guia para reversão de doenças crônicas por meio da dieta vegana); Dr. Aaron Spitz: autor do livro “The Penis Book” (onde defende a dieta vegana para um melhor funcionamento do pênis); Dr. Robert Vogel:  é um cardiologista autor do livro “The Pritikin Edge” (baseado na dieta vegana); Dr. Caldwell Esselstyn: vende livros e DVDs onde defende que a dieta vegana pode curar problemas do coração. Além disso, Arnold Schwarzenegger (produtor executivo do documentário) é amigo de James Cameron (que foi diretor da série Exterminador do Futuro), além de estar ligado às causas ambientais (a produção de carne ocupa extensas áreas e gera muitos gases de efeito estufa).
Arnold Schwarzenegger no Olympia, antes do veganismo No entanto, o mais relevante é que Arnold Schwarzenegger é o proprietário da marca Ladder de suplementos alimentares, que vende proteínas de origem vegetal (Ladder Plant Protein).
Quanto a Lewis Hamilton e Jackie Chan, são conhecidas as suas manifestações contra crueldades praticadas contra os animais, tendo adotado dietas veganas.
Lewis Hamilton defende a causa dos animais Conhecendo o corpo de produtores, é possível se indagar se a exaltação à dieta vegana é realmente por conta de seus benefícios para a saúde (impressão que é transmitida pelo documentário), ou se é por conta de uma bandeira de proteção aos animais, ou por conta de interesses financeiros relacionados à venda de suplementos para veganos (indivíduos que provavelmente terão que suplementar, como já visto nos tópicos acima). 
Ao final do documentário é apresentada a logomarca da entidade Better Food Foundation, cujo pilar é "influenciar a sociedade a adotar políticas alimentares saudáveis, justas e sustentáveis, e que sejam gentis com os animais".
Entidades ligadas ao documentário Essas informações poderiam ter sido apresentadas no documentário de modo mais claro, para se evitar qualquer suspeita de promoção ao veganismo por motivo diverso ao daquele apresentado (benefícios para a saúde). Influenciar as pessoas a adotarem uma dieta vegana por ser mais benéfica para a saúde é muito diferente de influenciá-las a serem mais amigáveis com os animais ou a gastarem mais dinheiro com suplementos veganos.
Conclusão
O documentário "Dieta de Gladiadores" ou "The Game Changers" é uma mega produção, com belas imagens, histórias interessantes e com uma apresentação tão favorável ao veganismo que pode facilmente convencer qualquer pessoa leiga nas ciências nutricionais. Com os contrapontos trazidos nesta matéria, você pode optar pela melhor dieta para a sua realidade, sabendo que nem tudo são "mil maravilhas" na dieta vegana, e sabendo que as fontes animais podem sim fazer parte de uma dieta saudável (com vegetais).
Shape vegano de força exuberante Fontes de pesquisa:
How Humans Evolved To Be Natural Omnivores; Miúdos; Como o boi engorda comendo só grama?; Meat and cancer; Processed meats do cause cancer - WHO; Does everything cause cancer now?; Can pesticides or herbicides cause cancer?; In the U.S., one of every two men and one of every three women are likely to develop cancer over the course of a lifetime — and pesticides are part of the reason why.; Organic Farming Could Feed the World, But...; A vegan diet can boost erections, according to a new Netflix documentary. Here's the reality.; Watched The Game Changers? Now, you MUST read this. A look at the evidence: Part 1: Intro & Protein.; Watched The Game Changers? Now you MUST Read This. A look at the evidence. Part 2: Anecdotes, theatrics & health resort.; Game Changers Movie Review: Fact vs. Fiction; Are you a junk food vegan?; Alimentos processados e ultraprocessados; Aumento no consumo de ultraprocessados e câncer; Sex warning: A lack of RED MEAT in in your diet could be causing THIS bedroom issue; The Truth About Red Meat And Testosterone Levels; This New Documentary Says Meat Will Kill You. Here's Why It's Wrong.; James Cameron's Company Joins $140 Million Drive To Create Vegan Protein; Is Arnold Schwarzenegger Vegan? What You Can Learn from His Diet; Avoiding meat and dairy is ‘single biggest way’ to reduce your impact on Earth; Arnold Schwarzenegger Reveals the Details Behind His Supplement Company, Ladder; Lewis Hamilton and Jackie Chan have teamed up with James Cameron to executive produce the vegan documentary "The Game Changers."; Personal trainer slam Netflix's vegan 'Game Changers' documentary; The Game Changer - a scientific review with full citations.
 
O que é stomach vacuum?
O termo stomach vacuum (vácuo no estômago ou vácuo abdominal) pode ser utilizado para designar a técnica que os fisiculturistas usam nos palcos para empurrar a barriga para dentro durante as apresentações (para ficar com o shape em V ou em X) ou para designar o próprio exercício físico que trabalha o músculo abdominal transverso (e que permite o controle do abdome para se empurrar a barriga para dentro).
Nada mais é do que uma sucção abdominal feita após o esvaziamento de ar do corpo e pela contração do músculo transverso abdominal, para empurrar o umbigo no sentido das costas. 
Esse exercício também é conhecido como vacuum abdominal, barriga negativa, abdominais hipopressivos, ginástica hipopressiva ou low pressure fitness (LPF).
Quando surgiu essa técnica da barriga negativa?
A prática dos abdominais hipopressivos ganhou destaque na década de 80 (oitenta). Portanto, é um exercício que não é novo. No fisiculturismo, o stomach vacuum ficou famoso por meio das apresentações do atleta Arnold Schwarzenegger, que já em 1974 conquistava seu primeiro título de Mister Olympia, sendo que em várias poses ele se valia da técnica da barriga negativa para afinar a cintura e reduzir o volume abdominal, exibindo um shape harmonioso para os árbitros dos campeonatos e para o público.

Com a massificação das redes sociais, a ginástica hipopressiva está novamente ganhando destaque por meio dos perfis de atletas de musculação, blogueiras fitness e profissionais da saúde. A barriga chapadinha da blogueira Gracyanne Barbosa foi conquistada com a ajuda nos exercícios de abdominais hipopressivos.
Para demonstrar que a prática dos abdominais hipopressivos está voltando à tona, colamos o vídeo da atleta Ângela Borges, que tem muitos títulos pela IFBB na categoria wellness, em que apresenta à blogueira Gracyanne Barbosa a técnica do stomach vacuum, para afinar ainda mais a cintura cintura da blogueira mais famosa do Brasil:
Para que serve o stomach vacuum?
Esteticamente, esse exercício serve para afinar a linha de cintura, desenhando o shape em V ou em X, que é o visual desejado pelos atletas de fisiculturismo e praticantes de musculação.
Funcionalmente, o stomach vacuum serve para fortalecer o músculo abdominal transverso, o que pode trazer uma série de benefícios.
Benefícios da prática do exercício stomach vacuum
A prática do exercício de contração do músculo transverso abdominal e seu consequente fortalecimento pode trazer muitos benefícios para o praticante, tais como:
melhora na respiração; mais facilidade para evacuar; maior estabilidade do tronco nos exercícios, tais como no agachamento; deixa a barriga chapada (retinha); afina a cintura (shape no formato V ou X). É um exercício muito bom para as mulheres após a gravidez, por passarem pelo processo de diástase abdominal. Também é excelente para os atletas muito hipertrofiados, cuja musculatura abdominal se torna muito avantajada para fora da cintura, prejudicando a estética e harmonia corporal.
Posições para fazer a ginástica hipopressiva
Este exercício pode ser realizado nas seguintes posições:
deitado com a barriga para cima; sentado com as pernas entrelaçadas; de joelhos; quatro apoios; em pé com as mãos para baixo; em pé com as mão atrás da cabeça. Não existe uma posição melhor para todos os indivíduos. Geralmente é mais fácil realizar a sucção abdominal na posição deitado com a barriga para cima, mas isso depende de cada indivíduo. Devem ser tentadas todas as posições inicial para se identificar a mais fácil. Com o domínio da técnica, as posições podem ser variadas a cada dia de treino.

Como fazer o stomach vacuum
Este é o passo a passo para que você faça o stomach vacuum:
Inspire o ar lentamente; Expire o ar completamente (com a boca mais aberta); Faça a sucção abdominal, contraindo o músculo transverso (como se estivesse levando um susto), empurrando a barriga para dentro; Mantenha a contração em apneia por 3 (três) a 10 (dez) segundos; Inspire novamente lentamente, relaxando o transverso abdominal; Recupere o fôlego por alguns segundos se necessário; Repita o procedimento. Para ser executado da melhor maneira, é recomendado estar em jejum, para evitar o risco de enjoos.
Para quem está iniciando, são recomendadas 5 (cinco) séries com apneia de 3 (três) a 4 (quatro) segundos, com manutenção de apneia progressivamente, até o tempo que aguentar.
Para aqueles que já dominam a técnica, são suficientes 10 (dez) séries diariamente, com apneia no tempo máximo que aguentar.
O exercício pode ser feito na cama, em casa, assim que o indivíduo despertar. A prática deve ser diária para se obter os resultados. Todos os dias deve ser praticado o stomach vacuum. Praticar o exercício uma ou duas vezes por semana será ineficaz.
Atletas mais experientes costumam fazer este exercício após o treino de musculação, na academia.
Stomach vacuum faz mal?
Esse exercício de abdominal hipopressivo não faz mal. Executado da maneira correta, traz apenas benefícios, pelo fortalecimento do transverso abdominal. Todavia, caso não seja feito em jejum, ao acordar, é possível que o exercício cause enjoo ou náuseas.
Esse exercício abdominal hipopressivo funciona?
Pelo relato da atleta wellness Gabriela Souza, a prática do vácuo abdominal funciona. Ela relatou melhora na respiração e, pela sua barriga chapadinha, pode se ver que o exercício melhora a estética corporal, tanto por deixar a barriga mais reta, quanto por afinar a cintura. O antes e depois da barriga da atleta após a prática deste exercício revela a sua eficácia.
E se grandes nomes do esporte adotaram essa técnica, como o mestre Arnold Schwarzenegger, dentre outros fisiculturistas daquela época, assim como diversas blogueiras e atletas da atualidade, temos um forte indicativo no sentido de que o stomach vacuum realmente funciona para afinar a cintura e melhorar a estética abdominal.
Stomach vacuum e bracing
Além do stomach vacuum, existe um exercício assemelhado que é chamado de bracing. Ele nada mais é do que uma sucção abdominal semelhante à do stomach vacuum, mas que é feito com uma respiração curtinha e com maior duração de contração do abdominal transverso.
Enquanto o stomach vacuum é feito em apneia (sem respiração), o bracing se inicia como um stomach vacuum e se desenvolve pela manutenção da contração do transverso abdominal e sucção abdominal com um mínimo de respiração, bem curtinha. Essa é a técnica mais utilizada pelos fisiculturistas nas apresentações em campeonatos, assim que não mais é possível manter a apneia.
Álbum de fotos da atleta Gabriela Souza praticando o stomach vacuum
 
Hipertrofia dos membros inferiores: funcionalidade, estética e hormônios
O desenvolvimento dos músculos dos membros inferiores é de suma importância para uma melhor execução das tarefas da vida diária, tais como: sentar-se, levantar-se, caminhar, subir escadas, dentre outras.
Além dessa importância funcional, cada vez mais os praticantes do treinamento de força, principalmente o público feminino, tem buscado exercícios e estratégias para o desenvolvimento dos músculos do membro inferior com foco na estética.
Cada vez mais os homens também têm visto a importância de treinar e desenvolver os músculos do membro inferior para a construção de um físico mais harmônico e, principalmente, para maior liberação de hormônios anabólicos (efeito do treino de membros inferiores) que auxiliam nos ganhos de massa muscular em todo corpo.
Grupamentos musculares dos membros inferiores
Os músculos dos membros inferiores são divididos, basicamente, em 4 grupamentos:
quadríceps (parte da frente da coxa); adutores; isquiotibais (posterior de coxa); glúteos.  Melhores exercícios para membros inferiores
Os melhores exercícios para fazer com que esses músculos se desenvolvam são os exercícios básicos multiarticulares como: 
agachamento; leg press; levantamento terra; afundo. Esses exercícios ativam todos os músculos do membro inferior, com maior predominância do quadríceps e glúteo.
Exercícios isolados para membros inferiores
Tendo em vista a que esses exercícios já recrutam todos os músculos do membro inferior, qual seria a necessidade de realizar alguns exercícios isolados para esses membros? São exemplos de exercícios isolados para membros inferiores:
cadeira extensora; cadeira flexora; mesa flexora. Em um estudo recente publicado por Kubo et all junho 2019, intitulado Effects of squat training with different depths on lower limb muscle volumes", foi avaliada a hipertrofia dos membros inferiores no agachamento em diferentes amplitudes: 90 (noventa) graus e 140 (cento e quarenta) graus.
Nos resultados obtidos, não houve diferença significativa na hipertrofia do quadríceps, especificamente do vasto medial, vasto intermédio e vasto medial, no agachamento completo e no agachamento até 90 (noventa) graus (4,9% e 4,6%). 
Para o glúteo máximo foi encontrada maior hipertrofia no agachamento completo (6,2% e 2,2%).  Para os músculos do reto femoral (um dos músculos do quadríceps) e isquiotibiais não houve diferença significativa na hipertrofia pelas amplitudes (1% em ambas).
O estudo confirma que o agachamento é ótimo para membros inferiores, principalmente para os vastos do quadríceps, sem diferença entre agachamento completo e parcial. Para os glúteos também é um excelente exercício, sendo melhor o agachando com grande amplitude. 
Para o reto femoral e isquiotibiais, o agachamento não é um exercício tão eficiente, o que justifica a inclusão de de exercícios isolados no treino. 
Há evidências científicas (Narici et al., 1996; Ema et al. 2013) de que a cadeira extensora promove maior hipertrofia de RF do que VL quando o treinamento inclui apenas a cadeira extensora. Ela pode ser uma excelente opção para desenvolver o RF.
Além da cadeira extensora, a cadeira flexora e a mesa flexora são exercícios isolados ou específicos para isquiotibiais, sendo essenciais para o desenvolvimento completo de todos os músculos do membro inferior com qualidade.
Posição dos pés na cadeira extensora, na cadeira flexora e na mesa flexora
Pensando na execução desses exercícios específicos ou isolados (cadeira extensora, flexora e mesa flexora), quais seriam as variações de execução capazes de exigir mais ou menos de um determinado músculo? Qual seria a melhor forma de se executá-los com mais segurança e eficiência?
Pés voltados para dentro ou para fora na cadeira extensora? Faz diferença?
Primeiramente, precisamos entender que as articulações dos joelhos realizam movimentos retos, de extensão e de flexão.
As rotações feitas na articulação do joelho a partir da movimentação da ponta dos pés para fora ou para dentro, com suposta intenção de ativar mais vasto medial, ou vasto lateral, são ineficientes para esse propósito.
Apontar os pés para dentro ou para fora provoca um movimento na articulação do quadril. O fêmur rotaciona sobre o acetábulo (local onde fêmur se encaixa). A tíbia e o pé acompanham esse giro do quadril. O joelho não acompanha.
Ao apontar o pé pra fora ou pra dentro, é gerado um aumento de estresse sobre os ligamentos colaterais e sobre o menisco.
Posição dos pés na cadeira extensora Além disso, o giro dos pés não causa qualquer alteração na ativação muscular. Existe estudo científico que comprova que a posição dos pés na cadeira extensora (para fora, para dentro ou neutra) não apresenta qualquer efeito sobre a ativação muscular. Fazer a cadeira com o pé reto, ou rodado para fora ou para dentro é indiferente sobre este aspecto (estudo de Stoutenberg et al "The impact of foot position on eletromyographical activity of the superficial quadriceps muscles during leg extension". Journal of strength and conditioning, 2005).
Todavia, o giro dos pés para dentro ou para fora é prejudicial em termos de estresse sobre os ligamentos e deve ser evitado.
Concluindo, o ideal é realizar o movimento em posição normal, com os pés retos ou neutros, pois, além de não haver qualquer alteração na ativação muscular, é o movimento mais seguro para sua articulação.
Variação possível na cadeira extensora
Uma variação aceitável na cadeira extensora pode ser feita no encosto da máquina. Ao invés de se deixar o encosto reto do banco, pode-se colocá-lo mais para trás para permitir uma inclinação do tronco para trás. Isso diminui a insuficiência passiva dos isquiotibiais, aumentando a relação força e comprimento. Dessa forma, há uma maior solicitação para o reto femoral, por permitir uma maior extensão do joelho nos últimos ângulos da extensão.
Cadeira flexora e mesa flexora: diferenças
Ambos os exercícios são exercícios para o mesmo grupamento muscular: isquiotibiais (conjunto de músculos formados pelo bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso).
Porém, apesar de serem para o mesmo grupamento muscular, são exercícios diferentes e alguns detalhes devem ser observados.
O principal detalhe a ser observado é o grau de flexão de quadril que cada um dos exercícios provoca. Por exemplo, na cadeira flexora o quadril está em maior flexão do que na mesa flexora.
Isso repercute no grau de alongamento da musculatura e altera a produção de força de cada um dos exercícios.
De acordo com Shaefer et al., 2010, há uma maior solicitação do bíceps femoral na mesa flexora do que na cadeira flexora. Quanto ao semitendinoso, não há diferença de ativação dos dois exercícios.
Antes de escolher algum deles, tenha em mente qual é o músculo sobre o qual pretende imprimir maior trabalho.
Caso possa realizar apenas um dos exercícios, opte pela mesa flexora, onde não há diferença de ativação no semitendinoso, e onde há maior atividade de bíceps femoral. Podendo incluir os dois exercícios no seu treino, saiba que ambos são indicados, com as variações de característica já apresentadas.
Pés voltados para frente ou para trás na cadeira flexora e mesa flexora? Faz diferença?
Muda alguma coisa fazer a cadeira flexora e a mesa flexora com o pé em flexão plantar (pé pra baixo) e dorsiflexão (pé pra cima)?
Quando se realiza a cadeira ou mesa flexora com os pés em dorsiflexão (ponta dos pés mais próximas do corpo), há uma maior solicitação dos gastrocnêmios (músculos da panturrilha). 
Posição dos pés na cadeira flexora Os gastrocnêmios se originam no fêmur, portanto, realizam flexão plantar e auxiliam a flexão do joelho. Com os pés nessa posição, o praticante é capaz de colocar mais carga na cadeira flexora e na mesa flexora por ter esse auxílio da panturrilha, que auxilia os posteriores de coxa. O movimento fica mais fácil para ser executado.
Para dificultar o movimento e exigir mais os posteriores de coxa, pode-se realizar o movimento com os pés em flexão plantar (ponta dos pés mais distantes do corpo). Dessa forma, a musculatura dos gastrocnêmios entram em insuficiência ativa. Não contribuirão para realizar o exercício de flexão dos joelhos, aumentando o trabalho sobre os posteriores de coxa. 
Posição dos pés na mesa flexora Com isso em mente, uma boa sugestão de série é realizar o exercício até a falha com os pés em flexão plantar, e, assim que chegar nessa falha, mudar a posição dos pés para dorsiflexao. Assim, os gastrocnêmios auxiliarão o movimento, permitindo a realização de mais algumas repetições até uma nova falha. Essa estratégia de treino aumenta significativamente o tempo da musculatura sob tensão, estimulando a hipertrofia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Effects of squat training with different depths on lower limb muscle volumes (Shaefer et al., 2010) Kubo 2019.
Stoutenberg et al. The impacto of foot position on eletromyographical activity os the superficial quadríceps muscles during leg extension.Journal of strength and conditioning, 2005.
Biomecanica da Musculação, Mauricio de Arruda Campos, 2000.
Hung et al. Effect of foot position on eletromyographic activity of Vastus medialis oblique and vastus laterals during lower-extremity weight- bearing activites 1999.
 
O que são estrias?
São cicatrizes que se formam na pele pelo rompimento das fibras  elásticas, normalmente decorrentes de estiramento da pele. Os atletas de fisiculturismo e musculação estão sujeitos a esse tipo de cicatriz por conta do crescimento muscular muito rápido, que nem sempre é acompanhado pela pele. As estrias podem ser vermelhas (roxas) e brancas. As roxas podem ser eliminadas com mais facilidade, por serem mais novas. As brancas são mais difíceis para se eliminar.
O que é o striort?
Striort é um procedimento estético para remoção de estrias em qualquer parte do corpo por meio de um equipamento que produz vácuo e que faz sangria das estrias, por meio de sucção. Na pele são utilizados produtos ortomoleculares durante o procedimento.
É um procedimento não invasivo (não são utilizadas agulhas) e muito rápido, cujo duração gira em torno de 15 (quinze) a 30 (trinta) minutos por área tratada.
O striort dá resultado no tratamento das estrias?
O tratamento, criado pela pela fisioterapeuta e esteticista Dra. Ana Carolina Almeida, promete a redução de 30% (trinta por cento) a 80% (oitenta por cento) das estrias logo após a primeira sessão.
Antes e depois das estrias na barriga da atleta Gabriela Souza
Para saber se o striort funciona mesmo, acompanhamos o tratamento de estrias brancas da barriga da atleta wellness Gabriela Souza, que foi acometida por essas estrias após a gravidez.
De acordo com a atleta, o striort reduziu as estrias brancas de sua barriga. Porém, não se pode indicar com precisão os resultados por meio de percentual de melhora. Todavia, pelo depoimento pessoal da atleta e pela imagens, é possível ter uma idea da eficácia do procedimento.
Antes e depois do striort Principais áreas tratadas
Qualquer área da pele acometida por estrias pode ser tratada por meio do striort. Contudo, existem áreas que são mais comumente afetadas de acordo com o gênero.
As mulheres comumente tratam as estrias localizadas nos seguintes locais:
seios; interno de coxa; barriga; bumbum. Os homens geralmente fazem o tratamento striort para as seguintes áreas:
costas; braços. Como as estrias são estiramentos das fibras da pele, o crescimento muito rápido dos músculos pode causar estrias, tanto em homens, quanto em mulheres. Portanto, muitos atletas de musculação e fisiculturismo têm se valido do striort para cuidar das estrias decorrentes da hipertrofia muscular rápida e acentuada.
Striort serve para flacidez?
Além de tratar as estrias, o striort também tem sido utilizado para o tratamento da flacidez da pele, sendo um procedimento muito procurado para melhorar a autoestima, na medida em que a pele mais firme e sem estrias é esteticamente mais bonita.
Striort dói?
Esse tratamento pode sim causar dor no momento em que é feita a sucção da pele pelo equipamento. Algumas pessoas sentam mais dor, outras pessoas nem tanto. Todavia, ao se submeter a esse tratamento, o paciente deve estar ciente de que ele pode ser dolorido.
A dor pode ocorrer apenas durante a sucção da pele. Após o término do procedimento, não há mais dor, desde que o procedimento tenha sido bem aplicado.
Qual é o valor do tratamento striort?
O custo do tratamento gira em torno de R$ 150,00 (cento e cinquenta) a R$ 400,00 (quatrocentos reais) por área tratada. O valor do tratamento é determinado por meio da análise da área tratada, dependendo da quantidade de estrias, e de pacotes promocionais que possam ser contratados nas clínicas.
Efeitos colaterais do striort
Além da dor que pode ser sentida durante o procedimento, a pele sofre com hematomas pelo procedimento de sangria das estrias. Também podem ocorrer coceiras na pele em alguns casos.
Contraindicações do striort
Esse procedimento não pode ser aplicado em qualquer pessoa. Existem grupos que não devem se submeter ao striort. São eles:
lactantes; grávidas; diabéticos; pessoas acometidas com câncer;   portadores de doenças autoimunes; pessoas em processo infeccioso ou inflamatório; cardíacos; hipertensos. Qual é o melhor tratamento para estrias?
Existem, atualmente, diversos tratamentos para estria nas clínicas de estética. São eles:
microagulhamento; laser; carboxiterapia; striort. Qual é o melhor deles? Ao que tudo indica, o striort é o melhor pelos seguintes motivos:
não é invasivo (não se utilizam agulhas); a dor é suportável; é rápido (de 15 a 30 minutos por sessão); é eficaz (30 a 80% de redução na 1ª sessão). Os demais tratamentos são invasivos, podem depender de agulhas, e, também, podem ser mais dolorosos.
Cuidados após o procedimento
Apesar de ser um procedimento simples, o striort demanda alguns cuidados do paciente após o tratamento. São eles:
evitar alimentos gordurosos; hidratar a pele; evitar o sol;  tomar muita água. Duração do tratamento
Geralmente são recomendadas 3 (três) sessões de 15 (quinze) a 30 (trinta) minutos por área tratada. O intervalo entre cada sessão é, normalmente, de 30 (trinta) dias. Portanto, é um tratamento muito rápido.
Striort em Brasília/DF
A sessão de tratamento da atleta wellness Gabriela Souza que acompanhamos foi realizada na clínica Let's Estética, que fica localizada em Brasília/DF. A clínica possui duas unidades no DF:
Lago norte: SHIN CA O1 CONJ. A BL A SL 221, Shopping Deck Norte, Lago norte - Brasília/DF.
Conclusão
Quem sofre com estrias na pele não precisa mais conviver com essas cicatrizes. Para tratar o problema pode ser utilizado o striort, que é um procedimento rápido, barato e eficaz. Os atletas de musculação e fisiculturismo não mais precisam se preocupar com as estrias que podem surgir pelo rápido crescimento muscular, pois, existe uma solução simples para o problema. Caso já tenha feito o tratamento, deixe nos comentários a sua opinião sobre os resultados.
Álbum de imagens do tratamento striort
Participaram desta matéria:
Letúsia Araújo (esteticista): Instagram: https://www.instagram.com/letusiaaraujoestetica/ Gabriela Souza (modelo): Instagram: https://www.instagram.com/gabysouzaa___/
Como ganhar massa naturalmente (sem anabolizantes esteroides)? Aqui vai o melhor guia para você ganhar músculos e perder gordura de forma rápida e natural. Você vai ganhar massa, ficar no shape que você quer sem recorrer às drogas perigosas e sem por em risco a sua saúde.
É possível ficar grande, forte e definido sem esteroides anabolizantes?
Você tem dificuldade de ganhar massa muscular de forma natural? Você acha que quem cresce naturalmente é planta? Você está muito enganado. Ficar grande, forte e definido sem esteroides e de forma totalmente natural é possível!
Porém, ganhar músculos naturalmente necessita de muito mais estudo, planejamento e esforço. É claro que com os esteroides anabolizantes o caminho é mais rápido e fácil. Você pode se dar ao luxo de não ser tão exato e ter seus resultados multiplicados pelas drogas anabolizantes. Contudo, inevitavelmente, você corre alguns riscos inerentes às drogas esteroidais. Muitos estão dispostos a correr esses riscos de saúde, muitos não estão.
Para adquirir massa muscular, principalmente de forma natural, não basta ir todos os dias à academia e comprar os suplementos mais caros da internet. 
O ganho de massa muscular de verdade, de hipertrofia miofribrilar, se dá com os treinos intensos, descanso de qualidade (ao menos 8 horas de sono profundo por dia para reparação muscular) e ingestão adequada de micronutrientes (vitaminas e minerais) e macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras). Esse é o tripé do ganho de massa muscular:
treino intenso; descando profundo; alimentação adequada. Gabriel Ortiz no campeonato de fisiculturismo natural Planejamento e conhecimentos básicos
Você precisa saber o básico. É o básico que irá lhe ajudar muito, mas muito mesmo, na musculação. Já para a musculação competitiva natural (fisiculturismo natural), ou para chegar onde poucos chegam (em volume de hipertrofia muscular) você precisará, além de conhecimento mais avançado, de um planejamento estratégico direcionado ao objetivo final. 
O aumento da tão sonhada massa muscular natural por meio da hipertrofia miofribrilar (devidamente planejada), será muito mais duradoura que o ganho somente de hipertrofia sarcoplasmática e de volumização temporária, que geralmente ocorre em fisiculturistas profissionais hormonizados. Esse tipo de hipertrofia não se sustenta definitavamente e perdas enormes de volume são muito comuns.
Treino intenso e focado pelo menos 4 (quatro) vezes na semana
Para alcançar o próximo nível no seu desenvolvimento muscular, você precisa, em primeiro lugar, de muita disciplina para treinar com pesos de forma intensa por no mínimo  4 (quatro) vezes por semana. Intensidade não significa necessariamente cargas elevadas.
A intensidade pode ser aumentada pelo aumento do tempo sob tensão do músculo. Nesse caso, você pode usar a cadência do movimento, aumentando o tempo que você leva para baixar o peso (fase excêntrica) e realizando picos de contração (segurando alguns segundos a mais na contração). 
Para isso, Fernando Sardinha promoveu seu método chamado ponto zero, usando 4 segundos na fase excêntrica (alongamento, porém não total, do músculo).
A intensidade pode ser aumentada também pelo aumento do volume total de treinamento, o que deve ser feito de forma progressiva (sou muito adepto dessa estratégia). 
O aumento do volume total de treinamento não significa passar 2 (duas) horas na academia. É possível conseguir um excelente volume total de treinamento com menos de 1 (uma) hora e 20 (vinte) minutos na academia. 
Nem é preciso comentar que nesse tempo não se deve papear, mexer no telefone, ou se distrair com qualquer outra coisa. Na sessão de treino deve haver foco. Não ir ao banheiro (somente se efetivamente necessário), não conversar, não ficar se olhando no espelho e executar com o tempo adequado todas as séries e exercícios propostos.
Com apenas 50 (cinquenta) minutos a 1 (uma) hora você pode aumentar seu volume total de treinamento. Garanto que se você focar no que está fazendo (treinando) irá conseguir aproveitar muito melhor o tempo que está dentro de uma academia. Leve sua garrafa cheia de água, guarde o celular no armário e, se for com algum amigo, que seja um parceiro de treino que estará lá para lhe ajudar, e não para lhe atrapalhar nas suas séries.
Treine de modo intenso e focado Melhorar a dieta com macronutrientes e micronutrientes planejados
Para que o tempo aproveitado na academia aumente seus resultados você precisará planejar melhor a sua dieta. E aqui não digo cortar todo o chocolate que você come ou comer somente batata doce com frango. 
Melhorar a sua dieta começa por saber o que você come, a quantidade que você come e quais são os macronutrientes e micronutrientes que você está ingerindo com essa comida. Vou explicar melhor.
Comer de forma intuitiva pode funcionar muito bem para quem tem amplo conhecimento do seu próprio corpo e de suas necessidades energéticas. A lei da termodinâmica é a mesma para todo mundo. Para ganhar massa muscular você precisa de um ligeiro superávit calórico, ou comer um pouco mais calorias do que você gasta. Para perder gordura o processo é inverso. Você precisará comer um pouco menos calorias e gastar um pouco mais de energia.
Contando seus macronutrientes
A balança energética não irá mentir para você caso consiga seguir esse planejamento a longo prazo. Para isso, alguns aplicativos poderão lhe ajudar, se não puder consultar um bom nutricionista. Recomendo os aplicativos MyFitnessPal ou FatSecret Brasil.
Com esses aplicativos você poderá controlar melhor os principais macronutrientes, além da ingestão de fibras, açúcar e sódio. Para isso, você precisará saber o quanto você gasta de calorias apenas para sobreviver, o que chamamos de taxa metabólica basal. 
Para esse cálculo existem algumas equações criadas cientificamente e disponibilizadas em alguns sites. Claro que as equações não fornecem valores exatos, são aconselhadas para se ter um parâmetro aproximado (o que já ajuda bastante). Sugerimos este site para cálculo do sua taxa metabólica basal: Calculadora da Taxa Metabólica Basal (Método Harris-Benedict).
Planeje seus macronutrientes e micronutrientes Acompanhe a sua evolução
Considero bastante válido o uso de parâmetros. Os parâmetros para comparação da evolução ao longo do tempo podem ser obtidos por meio de uma avaliação física completa numa consulta nutricional ou por meio de espelho (tirando fotos) e de uma fita antropométrica em casa (anotando-se as medidas).
A avaliação física completa poderá lhe dizer onde você precisa perder mais gordura, quais grupos musculares carecem de mais ênfase ou que tipo de treinamento você precisa mais.
Usando o espelho e uma fita, você poderá ter as mesmas percepções (não tão profundas) e terá uma base (parâmetro) para acompanhar a sua evolução (ou estagnação ou involução).
Com a noção do que o seu corpo precisa, você deve apurar o quanto gasta se exercitando e fazendo suas atividades diárias (valor que deve ser somado à taxa de metabolismo basal, que já foi tratada acima). Com esses dados, basta calcular se você precisa manter o seu corpo, diminuir a gordura, ou ganhar peso. 
Sabendo do que você precisa, fica muito mais fácil pegar massa muscular. Como os ganhos não acontecem do dia pra noite, além de saber tudo isso, o conhecimento deve ser aplicado rotineiramente, durante o tempo adequado para se atingir o objetivo desejado.
As adaptações crônicas (a longo prazo) só são obtidas após a insistência dos estímulos. Alguém que vai 2 (duas) vezes por semana à academia, ou que vai durante 1 (um) mês inteiro todos os dias, e que depois fica 1 (um) mês inteiro sem ir, não conseguirá as adaptações musculares e não irá fornecer os estímulos necessários para um bom crescimento muscular. O principal fator para qualquer resultado sólido na vida (principalmente quando se trata do shape) é a constância.
Tire suas medidas para acompanhar a evolução Durma bem pelo menos 7 (sete) horas todas as noites
Além de treino e dieta ajustados, para ganhar massa muscular de verdade você precisa reparar os tecidos musculares, isto é, recuperar os músculos para gerar um novo crescimento a cada sessão de treinamento. 
A hipertrofia não bate à sua porta depois de 3 (três) séries no supino reto. Você vai precisar reparar esses tecidos, dar nutrientes a eles, e, depois, repetir tudo isso várias vezes por muito tempo.
Para otimizar o ganho de massa você precisará de no mínimo 7 (sete) horas de sono todas as noites. Muitas pessoas precisam de 9 (nove) horas. Muitos fisiculturistas profissionais pelos países árabes estão vivendo um internato de sono induzido, alimentação forçada, e treinos à base de estimulantes e drogas. Não é à toa que o nível PRO está cada vez mais alto.
O segredo (nada secreto) sempre foi:
comer; treinar; dormir. Nos países árabes os fisiculturistas estão maximizando os efeitos desse tripé básico por drogas esteroides anabólicas e drogas que induzem o sono. Os caras estão virando verdadeiros bois de competição.
Porém, o que queremos aqui é ganhar massa magra de forma saudável, logo, teremos que melhorar a qualidade do sono de forma natural também! Para isso, comece deixando seu quarto totalmente escuro para melhorar a produção de melatonina.
Crie uma rotina antes de dormir, seja tomando um chá tranquilizante, como de camomila, ou usando ervas para isso.
Um difusor aromático no quarto pode ajudar no relaxamento. Evite totalmente a luz azul do celular antes de dormir. Os celulares mais novos já possuem filtro de luz azul. Procure essa função nas configurações (Por que você deveria usar o filtro de luz azul no celular).
Tome um bom banho quente e siga sempre a mesma rotina antes de se deitar. Siga a ordem que quiser, mas tenha uma rotina calmante e relaxante ao se deitar. 
Lembre-se sempre de manter o ambiente em silêncio e na escuridão! Ler um bom livro  com o abajur ao lado ou ouvir música calma também pode lhe ajudar a desacelerar.
Não consuma cafeína ao menos 5 (cinco) horas antes de ir para a cama. Na verdade, pelo menos 7 (sete) horas antes de de se deitar, dependendo da sua sensibilidade ao efeitos da cafeína. 
Ao falar de cafeína, incluímos refrigerantes como coca-cola, chá preto, cafés, pré-treinos, energéticos e assim por diante. Caso você faça tudo isso e ainda assim levanta todo o tempo para ir ao banheiro, ou acorda facilmente, recomendaria ir ao médico e fazer um teste de sono. Muita gente não dá muita importância ao sono, mas ele é vital para a transformação do seu shape.
Durma bastante para recuperar a musculatura Conclusão:
De nada adianta se matar na academia e não seguir todos esses conselhos, que são, na verdade, o tripé do crescimento natural. Vamos recapitular:
Treino: 
4 (quatro) vezes por semana no mínimo; intenso; com foco. Dieta: 
conte seus macros e micros ou conheça seu corpo; tenha constância para conseguir resultados; crie parâmetros fixos de avaliação. Sono: 
entre 7 (sete) e 9 (nove) horas pelo menos, de forma profunda; crie uma rotina para dormir; corte tudo o que atrapalha seu descanso. Planejamento é a chave para o sucesso no desenvolvimento do shape dos seus sonhos. Espero que essa pequena compilação lhe ajude bastante. Caso você precise de uma consultoria de treino, ou de health coaching para atingir seus resultados, entre em contato! Muitas vezes um "coach" é essencial para podermos seguir tudo o que já sabemos, a partir de um feedback constante e de um olho crítico técnico.
O que é cafeína?
A cafeína é um ativo do café e integra um grupo de substâncias estimulantes do sistema nervoso, produzindo estado de alerta.
Para que serve a cafeína?
A cafeína é um estimulante das seguintes atividades corporais:
função cardíaca; circulação sanguínea; liberação de adrenalina. A adrenalina, em conjunto com a cafeína, estimula uma variedade de tecidos.
Em razão desse efeito estimulante, a cafeína serve para hipertrofia (ganho de massa muscular) e para emagrecimento (perda de massa gorda).
Outras fontes de cafeína além do café
Além do café, existem outros alimentos e bebidas fontes de cafeína, que pode ser em quantidades menores ou maiores, como:
cacau; cola; chocolate; chás (como verde e mate); energéticos comuns; compostos “pré-treino” vendidos como suplemento (cafeína anidra). Com essa diversidade de produtos, a cafeína pode ser considerada a droga psicoativa mais popular do mundo.
Quantidade de cafeína para gerar efeito estimulante
O consumo em baixas doses, a partir 2 mg de cafeína por kg de peso corporal (ex: pessoa com 70 kg - 140 mg), provoca:
aumento do estado de vigília; respiração; frequência cardíaca; metabolismo; diurese; diminuição da sonolência; alívio da fadiga. Uso no desempenho esportivo como pré-treino (benefícios da cafeína)
No meio científico, os estudos mostram resultados promissores, porém existem controvérsias em relação às dosagens.
Os valores entre 3 a 6 mg de cafeína por kg de peso por dia (ex: pessoa com 70 kg - 210 a 420 mg) se mostram efetivos para melhoria do desempenho. Pode causar um efeito temporário de sensação de força e competitividade, causando capacidade de realizar um exercício físico e mental por um tempo prolongado antes da fadiga.
Há também melhora na performance cognitiva e no alerta e aumento no uso da gordura como fonte de energia.
Portanto, para ingestão como pré-treino, recomenda-se o valor de 3 a 6 mg de cafeína por kg de peso cerca de uma a duas horas antes do exercício.
Em resumo, os benefícios da cafeína são:
aumento da sensação de força; aumento da competitividade; melhora cognitiva e de alerta; aumento do uso da gordura como fonte de energia. Cafeína como termogênico para queima de gordura
Sabe-se também que a cafeína aumenta a mobilização de ácidos graxos (gordura), porém, isto não quer dizer que ela queima gordura. Ela a gordura ou os ácidos graxos disponíveis para serem utilizados, portanto, apenas o café, sem o exercício físico, não irá causar a queima de gordura.
A cafeína causa dependência?
A cafeína é caracterizada sim como uma droga socialmente tolerada, causando dependência física e psicológica.
Cada organismo reage e tolera de uma forma diferente. O consumo exagerado pode ocasionar desconfortos e até prejudicar a saúde de consumidor.
A tolerância a uma droga é caracterizada pela diminuição de seus efeitos depois de uma exposição crônica a ela. Doses de cafeína entre 750 a 1200 mg/dia por poucos dias produzem a tolerância completa, ou seja, os efeitos se mostram quase nulos, semelhantes os efeito placebo. Baixas doses causam uma tolerância incompleta.
Alguns sinais de dependência são a síndrome de ansiedade e depressão, sendo que os estudos demonstram que doses maiores de 350 mg/dia durante um mês podem provocar a síndrome de abstinência, manifestada por:
dores de cabeça; irritabilidade; dificuldade na concentração; náuseas; ansiedade; cansaço;  depressão; sonolência. Recomenda-se, nestes casos, diminuir a dose gradualmente. Dependendo da severidade, pode-se consultar um médico. Caso faça uso de algum medicamento, não consuma cafeína anidra (cafeína em cápsulas ou cafeína em pó) antes de consultar seu nutricionista e/ou médico.
A cafeína faz mal (efeitos colaterais)?
Dependendo da dose, a cafeína pode aumentar os batimentos cardíacos, havendo um aumento no risco de doenças cardiovasculares com o consumo da cafeína de forma isolada ou combinada com outras substâncias, como a taurina, presente em energéticos.
Os efeitos podem variar de aumentos moderados nos batimentos cardíacos até arritmias cardíacas sérias. O consumo também pode causar um efeito negativo na qualidade do sono e causar irritabilidade em pessoas com ansiedade.
Altas doses são consideradas a partir de 10 a 15 mg por kg de peso, porém, recomendo não exceder o limite anteriormente descrito, de 6 mg/kg.
Em altas doses, a cafeína pode causar:
nervosismo; insônia; tremores; desidratação. Estes efeitos colaterais ocorrem mais em pessoas que utilizam a cafeína em excesso, e naquelas com propensão genética para esses efeitos. Há pessoas mais ou menos susceptíveis aos efeitos da cafeína, tanto os bons (efeitos desejados) quanto os ruins (efeitos colaterais).
Como última nota a efeitos colaterais, pode haver também um estímulo da secreção gástrica em doses a partir de 250 mg, sendo contraindicado o uso da cafeína em pacientes com problemas gastrointestinais, como a úlcera.
Como tomar e fontes
Os efeitos da cafeína isolada em cápsula (cafeína anidra) e do café comum são os mesmos, desde que a dose de cafeína seja a mesma.
O café solúvel possui um teor maior de cafeína, seguido pelo café em grãos e, por último, o café em pó. A quantidade de cafeína é variável entre as marcas. Não é possível determinar a quantidade exata de cafeína no café líquido, pois, variará entre as marcas e pela quantidade de água.
Porém, os valores aproximados podem ser considerados entre 0,43 a 0,85 mg/ml de cafeína para os preparados do café em pó.
Como já visto, a dose de cafeína para suplementação pré-treino é de 3 a 6 mg de cafeína por kg de peso por dia (ex: pessoa com 70 kg - 210 a 420 mg). Considerando-se a dose máxima de 420 mg e a concentração máxima de 0,85 mg por ml de café, são necessários aproximadamente 500 ml de café para a dose máxima no pré-treino.
Recomendação de consumo da cafeína pelo café
Prepare o café com o filtro, pois ele retém compostos que, em excesso, podem ser maléficos à saúde.
Cafeína e cálcio
A cafeína interfere na absorção de cálcio, dependendo da quantidade e da proximidade consumo da cafeína e das refeições.
Apesar de controvérsias sobre este tema, sugere-se não ultrapassar limites de 300mg/dia para pessoas com riscos (históricos de osteoporose, mulheres na menopausa, e pessoas com deficiência de cálcio).
Cafeína e creatina
A cafeína anula o efeito da creatina em doses de 2,5 mg por kg de peso corporal (ex: pessoa com 70 kg - 175 mg) quando o consumo é feito em conjunto. Estudos demonstraram que o efeito já conhecido da creatina só é verificado no consumo isolado da creatina, sem a cafeína.
Por ser a creatina um suplemento que possui efeito crônico, não necessita ser administrada no pré-treino. Pode-se optar pelo consumo da cafeína e da creatina em períodos distantes, de modo que a cafeína não interfira nos efeitos da creatina.
Conclusão
A cafeína é sim um ativo com eficácia comprovada cientificamente, e pode dar bons resultados e funcionar como um auxílio na energia para praticantes de musculação, tanto para quem busca hipertrofia, quanto para quem busca emagrecimento.
Porém, não espere efeitos milagrosos. Procure um nutricionista antes de suplementar e mantenha seu consumo de café líquido dentro da média de 400 a 500ml dia, o que equivale a 5 xícaras de café (pequenas). Evite o café expresso e evite adicionar açúcar. 
Fontes:
ALMEIDA, C.; SANGIOVANNI, D.; LIBERALI, R. Cafeína: efeitos ergogênicos nos exercícios físicos. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 3, n. 15, p. 198-209, mai./jun. 2009.
CAMARGO, M. C. R.; TOLEDO, M. C. F. Teor de cafeína em cafés brasileiros. Ciência e Tecnologia dos Alimentos, v. 18, n. 4, out./dez. 1998.
FRANCO, G. de L.; MARIANO, A. C. M. Suplementação de creatina e o efeito ergolítico da cafeína. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 3, n. 13, p. 18-26, jan./fev. 2009.
HODGSON, A. B.; RANDELL, R. K.; JEUKENDRUP, A. E. The Metabolic and Performance Effects of CaffeineCompared to Coffee during Endurance Exercise. PLOS ONE, v. 8, n. 4, abr. 2013.
SANTOS, A. L. P. dos; SANTOS, C. de O.; ROSA, N. R; SOUZA, P. de; MAZETO, T. K. Efeito da cafeína no organismo. Revista Saberes, v. 3, n. Esp., p. 45-52, jul./dez. 2015.
SILVA, C. J. R. S. da.; BENJAMIM, C. J. R.; CARVALHO, L. B.; ROCHA, E. M. B.; MORI, E. Determinação do teor de cafeína em diferentes tipos de cafés. Demetra, v. 13, n. 3, 2018.
 
O que é o agachamento
O agachamento livre é um exercício de musculação multiarticular, é um dos mais utilizados para os mais diversos objetivos, tais como emagrecimento, hipertrofia, performance esportiva ou para, simplesmente, melhorar a funcionalidade do próprio movimento de agachar (é um movimento natural, presente constantemente nas atividades do nosso dia a dia para sentar-se, levantar objetos do chão, entrar e sair de veículo, e assim por diante). Consiste em um movimento natural de sentar e levantar. Pela flexão dos joelhos, abaixa-se e sobe-se o tronco.
Abaixo, indicamos a página da nossa seção de exercícios de musculação que trata da execução mais correta do agachamento livre:
No treinamento resistido, ainda persistem algumas dúvidas sobre a execução do movimento do agachamento livre. As dúvidas mais comuns, que geram mitos e verdades, são:
até onde descer (movimento com amplitude parcial ou amplitude máxima)? o agachamento trabalha todas as musculaturas dos membros inferiores? o joelho pode passar a linha imaginária da ponta dos pés? para uma boa execução do agachamento é necessário ser experiente na musculação? usar calços para agachar é benéfico? o agachamento livre é melhor do que o agachamento no smith? Para responder essas perguntas, apresentamos algumas evidências científicas que nos ajudarão a entender melhor essas questões.
Agachamento completo ou parcial?
Para responder a esta questão, vamos nos basear num recente estudo publicado por Kubo et all em junho 2019. 
No estudo, foram selecionados 17 (dezessete) homens ativos (que já haviam treinado musculação no passado) e que estavam sem treinar exercícios de força há pelo menos 1 ano. Esses homens foram divididos 2 (dois) grupos: 
G1 (grupo 1): amplitude completa (AC) - 140º (cento e quarenta graus) de flexão de joelhos; G2 (grupo 2): amplitude parcial (AP) - 90º (noventa graus) de flexão de joelhos. Os voluntários treinaram durante 10 (dez) semanas, 2x (duas vezes) por semana. 
Na primeira semana, foram realizadas 3 (três) séries de 10 (dez) repetições com carga de 60% (sessenta por cento) de 1RM (uma repetição máxima).  Na segunda semana, 3 (três) séries de 8 (oito) repetições com carga de 70% (setenta por cento) de 1RM (uma repetição máxima). Na terceira semana, 3 (três) séries de 8 (oito) repetições com carga de 80% (oitenta por cento) de 1RM (uma repetição máxima). Na quarta semana, 3 (três) séries de 8 (oito) repetições com carga de 90% (oitenta por cento) de 1RM (uma repetição máxima). Os resultados de hipertrofia foram os seguintes:
quadríceps (vasto medial, vasto intermédio e vasto lateral): sem diferenças significativas (4,9% - quatro vírgula nove por cento - no grupo AC e 4,6% - quatro vírgula seis por cento - no grupo AP); reto femoral (um dos músculos do quadríceps): sem hipertrofia significativa no AP e no AC; isquiotibiais (posteriores de coxa):  1% (um por cento) de hipertrofia no grupo AC e AP;  glúteo máximo:  6,2% - seis vírgula dois por cento - de hipertrofia no grupo AC e 2,2% - dois vírgula dois por cento - de hipertrofia no grupo AP. O estudo mostra que, ao se realizar um agachamento mais profundo, há uma hipertrofia maior de glúteos. Quanto ao quadríceps, não há diferença para hipertrofia entre agachamento 90º (noventa graus) ou 140º (cento e quarenta graus).
Agachamento completo x parcial O agachamento trabalha todos os músculos dos membros inferiores?
Com base no mesmo estudo descrito acima, podemos concluir que o agachamento não trabalha de modo suficiente todos os músculos dos membros inferiores. Quadríceps e glúteo máximo são musculaturas bem trabalhadas pelo agachamento completo.
Todavia, para o reto femoral e para os posteriores de coxa, o agachamento não é suficiente para uma hipertrofia de qualidade, mostrando necessidade, em alguns casos, de exercícios específios para posteriores de coxa, tais como a cadeira e a mesa flexora, e a cadeira extensora (com inclinação no banco, o que favorece a ação do reto femoral).
Em resumo, o agachamento completo trabalha bem:
quadríceps; glúteo máximo. Por outro lado, não é suficiente para a hipertrofia das musculaturas:
isquiotibiais (posteriores de coxa); reto femoral. Músculos dos membros inferiores O joelho pode ultrapassar a linha imaginária da ponta dos pés?
Para responder esta pergunta, vamos nos valer de um estudo, FRY et al 2003, feito na Universidade de Duke. Foram reunidos 7 (sete) indivíduos com experiência de treino e foram criados dois cenários. No primeiro cenário,  eles executaram o agachamento deixando que os joelhos avançassem a linha dos pés.
Posteriormente, no segundo cenário, repetiram o movimento, não permitindo que os joelhos avançassem para além da ponta dos pés.
Ambos os cenários reproduziram o movimento do agachamento completo.

Foram os seguintes os resultados: sem deixar o joelho avançar além da ponta dos pés, a pressão sobre os joelhos foi reduzida em aproximadamente 22%,(vinte e dois por cento), porém, a pressão sobre a lombar aumentou 91% (noventa e um por cento).
O estudo nos mostra que ao agachar sem deixar os joelhos ultrapassarem a ponta dos pés há uma leve redução na pressão sobre os joelhos. Todavia, a sobrecarga sobre a lombar aumenta bruscamente, havendo uma distribuição das cargas sobre as articulações e lombares de modo  totalmente desproporcional.
Ao tentarmos controlar o movimento natural do agachamento para não deixar o joelho avançar além da ponta do pé, temos que inclinar muito o tronco à frente, sobrecarregando demasiadamente a coluna. 
Portanto, é correto deixar que os joelhos avancem levemente a ponta dos pés, para uma melhor distribuição de cargas sobre as articulações e lombares, sempre respeitando o padrão motor de cada um, deixando o movimento mais natural possível.
Ninguém agacha de maneira igual a outro indivíduo. Devemos respeitar a individualidade de cada um, e ajustar o movimento de acordo com a biomecânica e cinesiologia do movimento.
Joelho passando da ponta pé no agachamento Indivíduos bem treinados agacham melhor do que iniciantes?
Zawadka et al. (2018) compararam dados da cinemática do agachamento de 2 (dois) grupos de indivíduos com diferentes níveis de prática de atividade física diária (incluindo esportes ao ar livre, caminhada e pedalada para ir ao trabalho ou por lazer). Assim foram divididos os grupos:
menos ativos: sujeitos que praticam menos de 4 (quatro) horas de atividade física por semana; mais ativos: sujeitos que praticam mais de 5 (cinco) horas de atividade física por semana. Os resultados do estudo permitiram concluir que o grupo de indivíduos mais ativos apresentou:
maior dorsiflexão; menor retroversão pélvica; menor flexão da coluna lombar; maior rotação de quadril. Todos esses fatores observados acima contribuem para uma melhor execução do agachamento.
O estudo nos leva a crer que indivíduos mais ativos (ou mais bem treinados) estão menos suscetíveis, por exemplo, a desenvolver quadros de dores crônicas. O nível de treinamento interfere na execução do agachamento. Quanto mais treinado o indivíduo, maior  a probabilidade de executar o movimento da maneira correta.
Agachamento completo por praticante de nível avançado É indicado o uso de calço no agachamento?
O calço no agachamento é normalmente utilizado por pessoas que possuem graves encurtamentos musculares, principalmente nos isquiotibais (posterior de coxa) e no tríceps sural (panturrilha).
Ao realizar o movimento excêntrico do agachamento (parte mais embaixo do movimento), essas pessoas com encurtamento acabam promovendo uma retroversão pélvica acentuada, inibindo o glúteo neurologicamente, e tirando os calcanhares do chão, na tentativa de realizar o exercício de forma mais profunda. Esse movimento é  potencialmente lesivo, pois, as curvaturas fisiológicas da coluna não são preservadas.
Nesse contexto, surge a opção do calço para tentar aumentar essa amplitude, porém, o calço interfere no movimento, que deixa de ser natural natural. Ele ativa mecanismos compensatórios para realização do movimento, transferindo a carga para a ponta do pé, resultando na projeção do corpo à frente, provocando o aumento da compressão patelofemoral. O calça mascara um problema, e cria outro problema.
A solução adequada para pessoas com encurtamento muscular é realizar um trabalho de mobilidade e flexibilidade para corrigir os encurtamentos. Com o aumento da flexibilidade, o indivíduo estará apto a uma maior amplitude de movimento no agachamento, realizado com eficiência e com segurança, não sendo recomendado o uso do acessório para mascarar o problema.
Agachamento com calço x sem calço O agachamento livre é melhor do que o agachamento no smith?
Schwanbeck S, et all 2009, analisaram a atividade eletromiográfica (EMG) dos músculos primários (que são músculos da parte da frente e de trás da coxa: vasto medial, vasto lateral e do bíceps femoral), dos músculo estabilizadores (gastrocnêmios - panturrilha), do reto abdominal e dos eretores da espinha (lombar) no agachamento livre (AL) e no smith.
Os voluntários realizaram 1 (uma) série de 8 (oito) repetições máximas no AL e no smith, com a maior carga que conseguiam fazer 8RM (oito repetições máximas) em cada um dos agachamentos.
Os resultados foram so seguintes:
os praticantes levantaram mais peso no agachamento no smith, comparando-se com o peso levantado no agachamento livre, porém, ainda que utilizada carga maior no agachamento no smith, o recrutamento de fibras musculares foi aproximadamente 43% (quarenta e três por cento) menor do que no agachamento livre; a atividade dos músculos vasto lateral, vasto medial, do bíceps femoral e do gastrocnêmio foi maior no agachamento livre; não houve diferenças significativas na atividade do no do reto abdominal e dos eretores da espinha em ambos os agachamentos. O agachamento livre é superior ao agachamento no smith por promover uma maior atividade dos músculos dos membros inferiores e mesma ativação dos músculos estabilizadores, além de ser o movimento mais natural.
O agachamento no smith segue uma trajetoria reta na vertical, o que retira a naturalidade do movimento, e provoca ajustes cinesiológicos pelas articulações no decorrer do movimento. Portanto, o agachamento no smith não recomendado para iniciantes.
Porém, não é errado usar o agachamento no smith, que pode ser feito em alguns contextos. Pode ele ser incluído em treinos com maior sobrecarga, ou em treinos cuja meta é atingir a falha. A trava de segurança pode auxiliar o praticante a realizar série sem a ajuda de um treinador ou de parceiro de treino.
Ao ser adotado o agachamento no smith, deve ele ser executado da forma correta. O erro mais comum é colocar o pé muito à frente da barra, o que causa uma retificação da coluna lombar, aumentando muito compressão sobre os discos intervertebrais. O correto é posicionar o quadril e calcanhares na mesma linha da barra do agachamento, deixando o movimento mais natural e com mais liberdade de movimento para o quadril, com uma melhor distribuição das cargas sobre as articulações.
Agachamento livre x smith Considerações finais
O agachamento é um excelente exercício para o membro inferior, especificamente para os três vastos do quadríceps e para os glúteos.
No agachamento com amplitude maior do que 140º (cento e quarenta graus), há um aumento da hipertrofia do glúteo.
No agachamento até 90º (noventa graus) ou  maior que 140º (cento e quarenta graus), não há diferença hipertrófica dos vastos do quadríceps, portanto, limitar amplitude em 90º (noventa graus) e acrescentar uma sobrecarga maior em treinos com ênfase principal no desenvolvimento dos quadríceps pode ser benéfico para uma tensão maior sobre esta musculatura específica.
O agachamento, isoladamente, não hipertrofia de modo significativo o reto femoral e os posteriores de coxa.  São necessários exercícios específicos para esses músculos se objetivo é uma hipertrofia de qualidade de todos os músculos do membro inferior.
Durante a realização do agachamento, os joelhos podem avançar ligeiramente a ponta dos pés, para uma distribuição mais equilibrada da carga sobre as articulações, e, principalmente, para proteger a lombar.
Indivíduos ativos, praticantes habituais de atividades físicas, apresentam melhor técnica de execução do agachamento do que indivíduos sedentários ou menos ativos fisicamente.
Uma observação vale ser ressaltada em relação à amplitude do agachamento. Por mais que o estudo de Kubo tenha mostrado maior hipertrofia de glúteos com o agachamento com amplitude maior, é preciso tomar cuidado com a técnica. A amplitude máxima vai depender e variar de pessoa para pessoa.
Algumas pessoas conseguem realizar o agachamento livre em grande amplitude e com boa postura. Outras pessoas não conseguem executar o movimento com muita amplitude. Em grande parte dos casos, essa limitação de amplitude decorre do encurtamento de músculos da cadeia posterior (panturrilha e posteriores de coxa).
A amplitude do movimento do agachamento deve ter como limite individual o momento em que não ocorra nenhum desvio postural acentuado, como uma retroversão do quadril (bumbum) para dentro no final da fase excêntrica do movimento (quando estamos lá embaixo no agachamento).
Ao fazer essa retroversão do quadril (retroversão pélvica), o indivíduo inverte a curvatura fisiológica da coluna, e o movimento pode se tornar lesivo, pelo aumento de sobrecarga na lombar, e pela inibição e insuficiência passiva do glúteo (que acaba por não ser recrutado como deveria).
Para melhorar o movimento do agachamento, além de praticá-lo com frequência, paralelamente, o indivíduo pode fazer treinos de mobilidade e flexibilidade para os músculos da cadeia posterior (posterior de coxa e panturrilha). Não é recomendado o uso de calço no agachamento.
Por fim, é preferível o agachamento livre sobre o agachamento no smith.
Outros conteúdos selecionados sobre o agachamento
Para facilitar a sua pesquisa sobre o tema, caso ainda tenha dúvidas, selecionamos alguns conteúdos sobre os temas que abordamos nesta matéria.
Agachamento: joelhos não podem passar a ponta dos pés? - nesta matéria é reforçado que é um mito acreditar que o joelho não pode passar da linha dos pés no agachamento; Calço para agachamento, vale a pena usar? - na conclusão desta matéria aponta-se que o calço (geralmente anilha) deve ser evitado no agachamento; A influência do uso do calço na movimentação do complexo lombo-pélvico e no equilíbrio corporal durante o exercício agachamento - neste estudo, foi identificada a retroversão do quadril com ou seu o uso do calço no agachamento; agacho e hipertrofia glúteo.pdf - artigo que trata do agachamento completo de parcial. Neste vídeo, o tema tratado é sobre o joelho ultrapassando a ponta dos pés no agachamento:
Este vídeo apresenta a comparação científica entre o agachamento completo e parcial:
Neste vídeo, Paulo Gentil trata do agachamento no smith:
 
REFERÊNCIAS:
Kubo et all junho 2019, com título effects of squat training with different depths on lower limb muscle volumes
Effect of knee position on hip and knee torques during the barbell squat.
Fry AC, et al. J Strength Cond Res. 2003
Zawadka et al. (2018) Analysis of the Kinematic parameters of squatting in subjects with different levels of physical activy-A preliminary study
Como ocorre a hipertrofia muscular
A hipertrofia muscular  (ou aumento da massa muscular) ocorre pelo aumento da área de secção transversa do músculo, ou seja, o tamanho do volume muscular. Esse aumento é decorrente de um estresse inicial induzido pelo treinamento. São necessários 5 (cinco) fatores essenciais para que a hipertrofia ocorra: 
tensão;  tempo sob tensão;  isquemia (obstrução de fluxo sanguíneo); microlesão; liberação de hormônios locais. O treinamento adequado de musculação proporciona esses 5 (cinco) fatores. Além do treinamento, é necessária uma boa nutrição (planejamento nutricional), com boa distribuição de macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras) e micronutrientes (vitaminas e minerais). O descanso adequado para a musculatura também é necessário para reparar as microlesões e restaurar as reservas energéticas. Esse conjunto possibilita o processo de supercompensação (permite o corpo entrar em equilíbrio, para que no próximo estímulo do treino o corpo esteja num estado melhor do que o anterior e assim se adapte para que aconteça a hipertrofia ou aumento do volume muscular).
Métodos de intensificação do treino de musculação
Existem inúmeros métodos de intensificação de treino na musculação com objetivo de proporcionar esses 5 (cinco) fatores necessários no treinamento para potencializar a hipertrofia muscular.
Nesta matéria, serão abordados, especificamente, 3 (três) métodos:
drop set: manipula a intensidade de carga; rest-pause: manipula o tempo de descanso entre as séries; SST (Sarcoplasma Stimulating Training - Treinamento Estimulador de Sarcoplasma) :  é mais complexo, tem duas variações. Uma é conhecida como SST das contrações, onde  há uma junção do rest pause na manipulação do tempo de descanso entre as séries, do drop set com a redução de carga, e, também, nas mudanças nos tipos de contrações.  A outra variação manipula exclusivamente diferentes intervalos de descanso entre as séries e foi criada por Patrick Tuor, grande treinador de fisiculturistas.  Além de abordar o que é cada método, nesta matéria iremos entender, principalmente, para que, para quem, e quando utilizar cada um deles.
Drop set
O que é drop set
Basicamente, no método drop set, o indivíduo realiza os movimentos do exercício (ou repetições) até a falha concêntrica do seguinte modo:
ajuste uma carga inicial e realize as repetições até a falha; reduza a carga inicial entre 10% (dez por cento) a 30% (trinta por cento) e realize novamente os movimentos do exercício até a falha; reduza mais uma vez a carga entre 10% (dez por cento) a 30% (trinta por cento) e repita os movimentos até a falha. repita essas reduções ou drops sucessivamente.  Em alguns casos, as reduções podem chegar até o ponto em que a carga fique quase zerada, o que se chama de strip set. Esse conjunto de movimentos do exercícios com reduções ou drops seguidos deve ser considerado como uma única série. Ao descansar um determinado período de tempo (intervalo), o indivíduo deve repetir a série em drop, normalmente, mais 1 (uma) ou 2 (duas) vezes. Todavia, a quantidade de séries prescrita pode ser maior.
Para que serve o drop set
O drop set serve para manter a série glicolítica, prolongando a série após a falha concêntrica, aumentando o tempo sob tensão da musculatura, aumentando o número de unidades motoras recrutadas. Há um maior recrutamento de outras fibras musculares após a falha de determinadas fibras. Outras fibras são recrutadas para manter essa contração muscular. Ademais, o drop set serve para proporcionar o aumento do volume de treino num curto espaço de tempo.
Para quem é indicado o drop set
Esse método é indicado para indivíduos com boa experiência com o treinamento de força e que já possuem um bom nível de força muscular. O aumento de intensidade para esse tipo de indivíduo com mais carga, pode sobrecarregar demasiadamente as articulações. Portanto, o drop set permite o aumento da intensidade do treino com um carga pesada sem exageros e permite prolongar o tempo de tensão da série sem um aumento exagerado de carga e com treinamento intenso até a falha muscular.
Quando deve ser utilizado o drop set
Ao se perceber que o treino convencional não está mais criando adaptação no sistema muscular, tendo o indivíduo um bom nível de força, pode ser utilizado o drop set. Também pode ser utilizado numa fase de periodização do treino, onde o objetivo seja realizar séries glicolíticas para aumentar o tempo sob tensão da musculatura, sendo o objetivo principal a hipertrofia, e não força muscular.  O método drop set é excelente, bastante eficiente, desde que aplicado no momento certo, pelo motivo certo e para pessoa certa. 
Rest-pause (pausa-descanso)
O que é rest-pause
O método rest-pause (pausa-descanso) consiste na seguinte técnica de treino:
coloque uma carga inicial em torno de 70 a 80% (setenta a oitenta por centos) de 1 (uma) RM (repetição máxima) e realize em torno de 6 a 15 (seis a quinze) repetições até a falha; mantenha a carga e descanse de 5 a 15 (cinco a quinze) segundos e realize os movimentos até a falha novamente; mais uma vez, mantenha a carga e descanse de 5 a 15 (cinco a quinze) segundos e realize os movimentos até a falha;  descanse entre 1 (um) minuto e 30 (trinta) segundos a 2 (dois) minutos e repita o procedimento mais uma ou 2 (duas) vezes, dependo do seu nível de treinamento. Para que serve o rest-pause
Esse método serve para aumentar o volume de treino, prolongando o tempo sob tensão. A breve pausa é apenas para uma recuperação momentânea do sistema ATP-CP (fosfecreatina), que é a energia necessária para a continuação do exercício de alta intensidade, permitindo mais algumas repetições com mesma intensidade. O que diferencia o método pause-rest do método drop set  é a manutenção da carga no pause-rest, aumentando significativamente o estímulo para a musculatura, havendo um maior estresse tensional para o músculo.
Para quem é indicado o rest-pause
O método rest-pause é indicado para indivíduos com boa experiência no treinamento de força, que possuem um bom nível de força muscular, que se encontram num platô de desenvolvimento muscular.
Quando deve ser utilizado o rest-pause
O rest-pause é recomendado para aumentar o volume de treino, o tempo sob tensão, sem diminuir a intensidade (carga). Ele pode ser utilizado tanto para hipertrofia, como, também, para o aumento da força. Neste caso, por meio de séries clusters, onde o exercício não é feito até a falha. O descanso para a ser de 10 (dez) a 15 (quinze) segundos e a série é repetida com a carga pesada. O método rest-pause é um método mais avançado. Sugiro que o indivíduo inicie com drop set. Em seguida, inclua o rest-pause como forma de progressão do método drop set.
SST das contrações
O que é SST das contrações
O método SST-CT é realizado da seguinte maneira (é uma espécie de combinação do rest-pause com o drop set):
coloque uma carga inicial e realize no máximo 10 (dez) RM (repetição máxima) até a falha, em cadência normal [geralmente 2 (dois) segundos para a fase excêntrica e 1 (um) segundo para a fase concêntrica]; descanse 20 (vinte) segundos, mantenha a carga, e realize os movimentos até a falha novamente; mais uma vez, descanse 20 (vinte) segundos, mantenha a carga, e realize os movimentos até a falha; remova 20% (vinte por cento) da carga, descanse 20 (vinte) segundos, realize novamente o movimento até a falha com 1 (um) segundo para a fase concêntrica (encurtamento do músculo contra a ação da gravidade, por exemplo, a fase de subida no supino reto) e com 4 (quatro) segundos para a fase excêntrica (fase a favor da gravidade, como por exemplo, a fase de descida no supino reto); remova mais 20% (vinte por cento) da carga, descanse por 20 (vinte) segundos, e troque o tempo entre as fases concêntrica e excêntrica. Realize os movimentos até a falha com 4 (quatro) segundos para a fase concêntrica e 1 (um) segundo para a fase excêntrica. remova mais 20% (vinte por cento) da carga, descanse por 20 (vinte) segundos, e faça uma contração isométrica até a falha. Para que serve o SST das contrações
Esse método serve para aumentar o tempo sob tensão, volume, recrutamento de unidades motoras. Serve para variações de estímulos constantes dentro de uma mesma série.
Para quem é indicado o SST das contrações
Esse método somente é indicado para indivíduos extremamente avançados, ou atletas que já têm ótimo nível de força e de consciência corporal.
Quando deve ser utilizado o SST das contrações
Por ser um método extremamente intenso e volumoso, em que se aumenta bastante o tempo sob tensão, o recrutamento de unidades motoras, é indicado quando os indivíduos extremamente avançados entram em platô.
SST de diferentes intervalos de descanso
O que é SST de diferentes intervalos de descanso
O método SST-ID é realizado da seguinte maneira (é uma espécie de  rest-pause com intervalos de descanso decrescentes e crescentes):
coloque uma carga inicial e realize no máximo 10 (dez) RM (repetição máxima) até a falha, em cadência normal [geralmente 2 (dois) segundos para a fase excêntrica e 1 (um) segundo para a fase concêntrica]; descanse 45 (quarenta e cinco) segundos, mantenha a carga, e realize os movimentos até a falha novamente; descanse 30 (trinta) segundos, mantenha a carga, e realize os movimentos até a falha novamente; descanse 15 (quinze) segundos, mantenha a carga, e realize os movimentos até a falha novamente; descanse 5 (cinco) segundos, mantenha a carga, e realize os movimentos até a falha novamente; descanse 5 (cinco) segundos, mantenha a carga, e realize os movimentos até a falha novamente; descanse 15 (quinze) segundos, mantenha a carga, e realize os movimentos até a falha novamente; descanse 30 (trinta) segundos, mantenha a carga, e realize os movimentos até a falha novamente; descanse 45 (quarenta e cinco) segundos, mantenha a carga, e realize os movimentos até a falha novamente. Para que serve o SST de diferentes intervalos de descanso
Nessa variação do SST, a intenção é acumular um alto volume de repetições num curto espaço de tempo, gerar um alto acúmulo de metabólitos e alta isquemia.
Para quem é indicado o SST de diferentes intervalos de descanso
Assim como o SST-CT, o SST-ID é indicado para indivíduos mais avançados, com uma boa experiência com treinamento de força e que já passaram por outras técnicas antes dessa.Porém, é uma variação um pouco menos complexa com relação à outra versão do SST, e alguns indivíduos não tão  avançados também podem se beneficiar dela.
Quando deve ser utilizado o SST de diferentes intervalos de descanso
Esse método é indicado para fases em que se deseja manter a intensidade de carga, prolongar a falha concêntrica, e aumentar bastante o volume de treino, sem ter que aumentar muito o tempo de duração da sessão de treinamento.
Estudo comparativo sobre SST e treinamento tradicional
Foi realizado um estudo sobre o método SST (Efeitos Agudos do Novo Método Treinamento Estimulante de Sarcoplasma Versus Treinamento de Resistência Tradicional no Volume Total de Treinamento, Lactato e Espessura Muscular - autores: Fernando Noronha de Almeida, Charles Ricardo Lopes, Raphael Machado da Conceição, Luan Oenning, Alex Harley Crisp, Nuno Manuel Frade de Sousa, Thiago Barbosa Trindade, Jeffrey M. Willardson e Jonato Prestes) que teve como objetivo a comparação entre os efeitos agudos do treino de força  tradicional (TFT) e os dois tipos de métodos de treinamento estimulante do sarcoplasma (SST) em termos de volume total de treinamento, lactato e espessura muscular.
O estudo contou com 12 (doze) homens treinados com experiência de 4 (quatro) anos com TF (treino de força). Foram seguidos os 3 (três) protocolos de treinamento:
treinamento tradicional (o TFT consistiu de 8 (oito) séries até a falha, com 1 minuto de descanso entre elas, com carga pra 10RM); treino utilizando SST das contrações (como explicado acima); treino SST com intervalos de descanso variados (como explicado acima); Os exercícios realizados foram:
flexão de cotovelo na barra livre (rosca direta - flexores de cotovelo); extensão de polia tríceps (extensores de cotovelo). Ambos os exercícios foram realizados no mesmo dia. Esses dois exercícios foram realizados seguindo cada um dos três métodos de treinamento, com intervalo de 7 (sete) dias para cada sessão de treinamento.
Ao se examinar os resultados desses 12 (doze) homens nas duas variações do SST, verificou-se que apresentaram maior espessura de bíceps e tríceps em comparação ao treino de força tradicional. Os autores concluíram que as variações do método SST podem ser interessantes para indivíduos treinados e fisiculturistas. Seriam métodos indicados para quebra de platô, capazes de proporcionar novos ganhos hipertróficos. Mais estudos são necessários para comprovar essa conclusão de forma crônica (a longo prazo).
Análise do tamanho do músculo (bíceps e tríceps) antes e após o treino em cada método de treinamento. Na barrinha preta, temos o tamanho antes do treino. Na barrinha branca, temos o tamanho pós-treino. O SST-CT foi bem superior. Fonte da pesquisa:
et al. (2019) Acute Effects of the New Method Sarcoplasma Stimulating Training Versus Traditional Resistance Training on Total Training Volume, Lactate and Muscle Thickness. Front. Physiol. 10:579
Conclusão
O treinamento para hipertrofia envolve vários fatores e deve proporcionar para os organismos 5 (cinco) fatores essenciais, que são: tensão, tempo sob tensão, isquemia, microlesão e liberação local de hormonios anabólicos. Os métodos de treino podem ser uma excelente alternativa para obter esses fatores e para contribuir com o processo hipertrófico.
Porém, é preciso saber quem está apto ou não para realizar tais método, portanto, consulte sempre um profissional qualificado da área de educação física para orientação e análise da necessidade ou não de utilização de algum método no seu treino. Quanto aos profissionais, cuidado para não passarem um método para quem não esteja apto e pularem etapa, o que pode prejudicar o aluno com overtraining ou lesão, em vez de beneficiá-lo.
Caso tenha dúvidas sobre os métodos intensificados para hipertrofia, poste-as nos comentários.
Outras matérias sobre métodos de treinamento
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Melhor pré-treino: alimentação completa e equilibrada
Você sabe qual o melhor pré-treino para musculação? O que realmente vai fazer efeito? Não existe uma resposta específica para esses questionamentos. Muita coisa pode ser ótima, ou não. A resposta depende do seu objetivo e de como seu corpo funciona.
Uma refeição completa é o pré-treino mais adequado, com fontes de carboidratos, proteínas e lipídeos. Não é só o que você consome antes do treino que importa. Suas refeições anteriores também são relevantes, inclusive aquelas do dia anterior, na medida em que seu corpo utiliza seu estoque de glicogênio muscular durante o exercício (uma forma de como o corpo armazena energia).
O que realmente importa aqui é que sua alimentação seja totalmente completa e equilibrada. Caso contrário, sua refeição “pré-treino” não vai fazer milagres. Consuma aquilo que te faz sentir melhor e com mais energia.
Suplementos pré-treino
No caso de suplementos, existem no mercado compostos para pré-treino que possuem efeito imediato (recomenda-se ingerir cerca de 30 minutos antes do treino). Entre os ingredientes mais comuns, encontramos os estimulantes, como taurina, ou cafeína. Alguns também contêm carboidratos adicionados para auxiliar no fornecimento energético, como por exemplo, a maltodextrina ou a palatinose.
Esses suplementos pré-treino podem melhorar seu desempenho, porém, cuidado com a composição e com a dose. Se você nunca tomou nada do tipo, o cuidado é redobrado. Ressalto que esses suplementos não são essenciais.
Creatina: não precisa ser tomada no pré-treino
Outro suplemento que melhora a performance e possui maior evidência científica de eficácia é a creatina. Ao contrário dos suplementos “pré-treino”, a creatina não precisa ser tomada exatamente antes do treino. Seu efeito não é imediato, mas crônico, após algum tempo de uso.
Consulte um nutricionista para indicar o melhor horário, orientar suas refeições e recomendar a sua suplementação.
Produtos naturais e combinações caseiras pré-treino
Caso você esteja sem ideias, ou queira algumas sugestões, seguem alguns produtos naturais e combinações caseiras para aumentar a disposição:
Açaí: você pode fazer em forma de vitamina, ou creme: 1 polpa de 100g de açaí levemente descongelada (quanto mais descongelar, mais líquido ficará) + 1 banana madura + 1 colher de chá de guaraná em pó + 50 ml de suco de uva integral + 1 pedaço pequeno de gengibre.  Se quiser, pode adicionar uma ou duas colheres de sopa de whey protein;  Shot: suco de uva integral + gengibre ralado + guaraná em pó;  Suco de abacaxi com hortelã + chá mate ou preto + gengibre;  Chá mate com limão + mel + gengibre em pó;  Vitamina de banana + aveia + canela + pasta de amendoim + guaraná em pó. Além de energéticas, estas combinações também são antioxidantes e anti-inflamatórias.
Atenção: se você utiliza medicamentos de uso crônico, não aplique essas estratégias sem antes consultar um profissional. Não recomendado também para gestantes e lactantes. Consulte um nutricionista. É importante ressaltar que estes posts não são destinados a atletas (o treino deles é totalmente diferente e, portanto, as orientações nutricionais também).
Ficou com alguma dúvida ou tem alguma sugestão? Deixe nos comentários que a Dra. @Talyta Machado poderá lhe ajudar.
Outros conteúdos sobre pré-treino para musculação
Para auxiliar nas suas pesquisas sobre suplementos e refeições pré-treino, sugerimos as seguintes matérias:
Os 5 melhores alimentos energéticos para seu pré-treino: nesta matéria, são apresentados como melhores alimentos energéticos pré-treino: a batata-doce, a tapioca, o açaí, a banana e os cereais integrais; Suco de beterraba antes do exercício: esta matéria é interessante por apresentar a beterraba como pré-treino por conter elevado teor de nitrato que se transforme em óxido nítrico (NO2) e melhora o desempenho na musculação; O que é e para que serve a creatina: o texto faz uma abordagem sobre a creatina e melhora de rendimento de força na musculação. Para finalizar as sugestões de conteúdo na internet, sugerimos este vídeo do YouTube em que a nutricionista faz a indicação de alimentos pré-treino de acordo com o intervalo de tempo entre a refeição e o treino:
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Musculação e risco de lesões
Hoje a academia de musculação se tornou um dos ambientes mais frequentados por pessoas que buscam ter um estilo de vida saudável. Isso é demonstrado pelo número enorme de academias espalhadas de grandes centros a pequenos bairros. Isso é muito positivo, pois, a prática da musculação traz inúmeros benéficos à saúde (FLECK, 2017).
Mas, nesta matéria, não se trata dos benefícios da prática da musculação. Trataremos dos riscos que podemos correr se não tomarmos alguns cuidados na prática dos exercícios de musculação.
Os exercícios contra resistidos, que chamamos popularmente de musculação, são capazes de gerar alterações rápidas no tecido muscular, proporcionando um efeito de super-compensação que damos o nome de hipertrofia muscular (SANTAREM, 2012). No fim das contas, o que todo praticante de musculação busca é esse aumento do volume muscular, que proporciona a um moldelamento do corpo, juntamente com a diminuição do tecido adiposo (gordura), que resulta na definição e aspecto atlético.
A prática da musculação é relativamente segura. Num estudo recente, foi constatado que os praticantes da musculação tiveram 0,12 (doze centésimos) lesões por cada ano de prática, ou 0,24 (vinte e quatro centésimos) lesões por cada 1.000 (mil) horas de atividade (KOGH, 2017).
Comparada a outros esportes, tais como a corrida [em que as lesões passam de 1,5 (uma e meio) por ano de prática] (KIM, 2018), o número de lesões é insignificante.
Risco de lesões na musculação: ombro e tendinites
Ao observarmos algumas características das lesões e entendermos um pouco sobre a mecânica dos movimentos, poderíamos diminuir ainda mais esses números. Por exemplo, o estudo de Kogh, 2017 indicou a articulação do ombro como a mais acometida por lesões, e as tendinites como as principais ocorrências.
Ao nos atentarmos para a articulação do ombro, em especial, vamos perceber que ela é uma das mais complexas do corpo humano, e está ativa em praticamente todos os exercícios da musculação que envolvem os membros superiores.
Causas de lesões na articulação do ombro
Avaliaremos alguns aspectos dos movimentos da articulação do ombro e encontrar possíveis causas das lesões. Anatomicamente, a articulação do ombro é composta por três ossos:
escápula; clavícula; úmero. A articulação do ombro de maior mobilidade é a glenoumeral, articulação que fica entre a cavidade glenoide (escápula) e a cabeça do úmero. Essa é a articulação de maior mobilidade de todo o corpo. Por isso, a complexidade é grande. A sua estabilidade é garantida por um grupo de músculos chamados de manguito rotador, região mais suscetível a lesões tendíneas (NEER,1972).
Os movimentos do ombro dependem de um conjunto de fatores que envolvem o deslizamento de estruturas ósseas associadas a estabilização muscular. Existe um ritmo entre a escápula e o úmero chamado de ritmo escapuloumeral, na proporção de 3:1 (três para um), ou seja, para cada 4 (quatro) graus de abdução (levantar o braço), temos 3 (três) graus da abertura da escapula, para 1 (um) grau de abertura do úmero (IMHOFF, 2019).
Vamos imaginar que alguma coisa mantenha a escápula rígida, sem a possibilidade de realizar esse movimento de abertura e de garantir o ritmo escapuloumeral. O que aconteceria?
Como a articulação é livre, ela faria o movimento às custas de um deslizamento forçado da cabeça do úmero e com a compressão dos tendões dos músculos do manguito rotador.  Em 2 (duas) ou 3 (três) semanas já temos causa suficiente para uma tendinite do manguito rotador.
Espessamento da fáscia muscular como causa de lesão
Entre os fatores que podem fixar a escápula, tornando o movimento rígido, temos o espessamento da fáscia muscular. Ela é uma membrana de tecido conjuntivo que reveste o músculo, como se fosse um envelope. Ela garante o deslizamento perfeito entre cada feixe de fibras musculares, e tem a capacidade de se movimentar juntamente com o músculo.
Porém, a fáscia muscular não tem propriedades contráteis, e pode sofres deformações devido a fatores como traumas e hipoxia (falta de oxigênio).
Musculação e hipoxia
Na prática da musculação, é comum a fáscia passar por situações de hipoxia. É uma situação natural devido ao estilo do estímulo do exercício. Essa hipoxia pode gerar deformações da fáscia, levando ao seu espessamento e rigidez.
O espessamento e a rigidez da fáscia impedirão o deslizamento natural das fibras musculares, bem como o aporte sanguíneo do músculo, essencial para a recuperação e a hipertrofia. Como podemos perceber, qualquer anormalidade no funcionamento do sistema pode comprometer os resultados esperados do exercício e gerar lesão.
Liberação miofascial para prevenir lesões
Atualmente, existe uma maneira muito eficaz de se prevenir esse tipo de lesão, chamada de liberação miofascial (LM). Ela é uma técnica de mobilização digital que se utiliza de manobras de deslizamento profundo no tecido miofascial proporcionando reequilíbrio e melhora da função musculoesquelética.
A técnica se baseia na aplicação de uma tensão, proporcionando alongamento da área de contratura seguida de um relaxamento, aumentando a flexibilidade e reorganizando as estruturas (DA SILVA, 2017).
A LM é considerada uma forma de terapia no tratamento de dor, potencializando a função muscular e auxiliando a extensibilidade tecidual. Pode ser realiza de forma manual (mãos, cotovelos ou dedos) ou com auxílio de instrumentos.
Liberação miofascial e hipertrofia muscular
No mundo do fisiculturismo, considerado um esporte onde os atletas se baseiam no uso de exercícios de resistência com cargas para desenvolver os músculos do corpo, visando por definição, proporção e estética dos músculos, a LM também conquistou o seu espaço.
A liberação miofascial no fisiculturismo contribui para a diminuição da aderência miofascial, melhorando a função muscular, auxiliando no ganho de força e de flexibilidade, além de prevenir dores e lesões. Os resultados de hipertrofia muscular são otimizados (Meloto; Cardoso, 2018).
“Diante do exposto acima, a SOCIEDADE NACIONAL DE FISIOTERAPIA ESPORTIVA (SONAFE) adota parecer que a Liberação Miofascial é de grande auxílio preventivo e terapêutico e, para finalidade da prevenção e tratamento cineticofuncional é de uso inerente da Profissão Fisioterapia, entretanto, entende que o recurso de Liberação Miofascial não é ato privativo da Fisioterapia. Outros profissionais com domínio técnico-científico podem indicar e aplicar os recursos de Liberação Miofascial e de Auto Liberação Miofascial para objetivos inerentes as suas categorias, tais como a melhora do desempenho físico e a prevenção de dor miofascial pós exercício.”
Outras matérias sobre liberação miofascial
A fim de fornecer mais conteúdo sobre o tema, sugerimos mais alguns links de matérias sobre a liberação miofascial para facilitar a sua pesquisa:
Liberação Miofascial na Hipertrofia: potencializando o treinamento de atletas: aponta que a fáscia saudável permite maior hipertrofia por melhorar a flexibilidade da musculatura, o que também permite mais ganhos no aproveitamento de nutrientes da dieta; Liberação Miofascial: apresenta os conceitos básicos dessa técnica de alongamento promovida por massoterapeutas; Mônica Rivero explica tudo sobre liberação miofascial e deep massage: a especialista indica a liberação miofascial para tratar inflamações, microlesões, aplicações locais (uso de esteroides) ou traumas diretos, os quais podem ocasionar perda de elasticidade (e prejudicar a hipertrofia). Por fim, segue um vídeo publicado no YouTube com o fisiculturista Fernando Sardinha sendo tratado com a técnica da liberação miofascial:
Local do consultório para fazer a liberação miofascial
Caso você tenha interesse na liberação miofascial, pode buscar atendimento no seguinte endereço:

Referências
CHARLES S NEER, I. I. Anterior acromioplasty for the chronic impingement syndrome in the shoulder: a preliminary report. JBJS, v. 54, n. 1, p. 41-50, 1972.
DA SILVA, D. A., & Mejia, D. P. M. A Liberação miofascial no tratamento da fascite plantar. Portalbiocursos, 2017.
FLECK, Steven J .; KRAEMER, William J. Fundamentos do treinamento de força muscular . Artmed Editora, 2017.
IMHOFF, Florian B. et al. Glenoid retroversion is an important factor for humeral head centration and the biomechanics of posterior shoulder stability. Knee Surgery, Sports Traumatology, Arthroscopy, p. 1-10, 2019.
KIM, Jong-Soon; PARK, Hye-Sang; OH, Sae-Sook. An analysis of the characteristics of sports activities and injury experiences of leisure sports participants. Journal of exercise rehabilitation, v. 14, n. 3, p. 407, 2018.
KEOGH, Justin WL; WINWOOD, Paul W. The epidemiology of injuries across the weight-training sports. Sports medicine, v. 47, n. 3, p. 479-501, 2017.
MELOTO, F; Cardoso, F. M. Fisiculturismo e Fisioterapia: uma abordagem sobre a liberação miofascial. Ulbra, 2018 .
SANTAREM, José Maria. Musculação em todas as idades. Editora Manole, 2012. SONAFE. Parecer nº 05/2016. Acesso em: 13 de agosto de 2019. 
Obesidade e métodos para medir o percentual de gordura corporal
A obesidade (pessoas com sobrepeso) é cada vez mais presente em nossa população. Segundo dados do Ministério da Saúde, a obesidade chega a 53,9% da população brasileira, incluindo crianças e adultos. Contabilizando-se só população adulta, mais de 50% estão com sobrepeso ou obesos.
De modo rápido e prático, para se avaliar qual é o nível que a pessoa se encontra em relação à proporção de gordura corporal, temos o clássico IMC (índice de massa corporal), que é representado pela seguinte equação: peso dividido pela altura ao quadrado.
Abaixo seguem os valores e a classificação, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para o IMC:
menor do que 18, 5: abaixo do peso; entre 18,5 a 24,9: peso normal; entre 25 a 29,9: sobrepeso; entre 30,0 a 34,9: obesidade grau 1; entre 35,0 a 39,9: obesidade grau 2; maior ou igual a 40:  obesidade grau 3. Existem outros métodos mais específicos para avaliar a composição corporal de uma pessoa, como avaliação física que pode ser feita em bioimpedância e por dobras cutâneas. Para pessoas que não estão tão acima do peso, a avaliação de dobras cutâneas feita por um bom avaliador parece ser a mais precisa. A bioimpedância é mais indicada para pessoas com sobrepeso mais acentuado, aquelas com IMC acima de 30, classificadas com obesidade grau 1.
Motivos que levam as pessoas ao sobrepeso ou a obesidade
Em estudo feito por Porto et al 2002, dados relacionados aos possíveis motivos que levaram 316 pessoas a chegarem ao grau de  obesidade grau 3, os resultados obtidos foram os seguintes:
ansiedade (21,1%); excesso alimentar (12,9%); gestações (11%); hereditariedade (9,6%); casamento (8,5%); inatividade física [sedentarismo] (6%). O emagrecimento é o objetivo principal dos praticantes de exercícios físicos 
O emagrecimento é um objetivo cada vez mais comum e buscado pelos indivíduos. Inclui aquelas pessoas que estão bem acima do peso e que precisam perder gordura para melhorar sua saúde (tendo em vista que o excesso de peso gordo está relacionado com uma série de doenças cardiovasculares, diabetes, aumento do colesterol ruim, triglicerídeos entre outros). 
Também inclui aquelas pessoas que querem reduzir percentual de gordura para ficar com os músculos aparentes, com aquele famoso "tanquinho". É um objetivo mais estético. A grande maioria dos praticantes de exercício físico deseja emagrecer.
Como emagrecer
Quando se fala em emagrecimento, precisamos ter em mente um fator essencial, que é déficit calórico (ingerir menos calorias do que as calorias gastas pelo corpo). Duas são as formas para esse déficit calórico ocorrer. Elas se dão pela: 
restrição acentuada das calorias ingeridas, abaixo da taxa metabólica basal (quantidade de calorias gastas em repouso para manter as funções vitais normais do corpo); restrição acentuada das calorias ingeridas em combinação com o aumento do gasto calórico por meio do exercício físico (opção mais recomendada). Papel do exercício no emagrecimento
O papel do exercício no emagrecimento é basicamente auxiliar no processo dietético. Ao praticar o exercício físico, o indivíduo não precisa restringir tantas calorias e pode emagrecer de forma muito mais saudável e sustentável, sem correr o risco do efeito sanfona (emagrecer e depois reganhar o peso perdido).
Porém, existem algumas características que o treinamento deve proporcionar ao organismo ao se pensar em emagrecimento. As adaptações fisiológicas proporcionadas pelo exercício físico resultam num aumento da metabolização de gordura (lipólise e oxidação), principalmente durante as 24 horas pós-treino.
O treinamento para o emagrecimento não está ligado às adaptações que acontecem durante a prática, mas após o treinamento.  Para isso acontecer, o treinamento precisa ser planejado para proporcionar um aumento da utilização de gordura nas horas seguintes ao treinamento, com um maior impacto  no auxílio à dieta no processo de redução de gordura corporal.
Exercícios e métodos utilizados no treinamento para o emagrecimento
Existem inúmeras atividades e métodos de exercícios que podem ser utilizados no processo de emagrecimento. A seguir, alguns exemplos:
aeróbio continuo de baixa intensidade e longa duração (1 hora ou mais):  caminhada ou corrida (trote); HIIT (treinamento intervalado de alta intensidade): consiste em realizar um estímulo curto de alta intensidade seguido por uma recuperação curta ativa ou passiva, podendo ser feito de inúmeras formas , tais como: correndo, nadando, pedalando, pulando corda, usando a corda naval dentre outros;  AEJ (aeróbio em jejum):  cada vez mais pessoas têm adotado esse método, que consiste em realizar um treinamento aeróbio de baixa intensidade e longa duração, em jejum, normalmente pela manhã, logo ao acordar. O princípio do método é utilizar a gordura como fonte principal de energia a prática da atividade; musculação; cross fit; treinamento funcional; e outras atividades físicas. Dentre essas inúmeras atividades, por muito tempo, acreditou-se, e até nos dias de hoje ainda se acredita, que a única forma de treinamento para emagrecer era por meio de atividades de longa duração, e que gastariam bastantes calorias durante a execução, como os aeróbios de baixa intensidade e longa duração.
Evidências científicas sobre os diferentes protocolos de treinamento para emagrecimento
A seguir, uma lista de comparações científicas de exercícios físicos e resultados na queima de gordura corporal:
Aeróbio contínuo versus HIIT
Mac Pherson et al 2011 compararam o aeróbio contínuo de 30 (trinta) minutos, progredindo até 60 (sessenta) minutos, com treinos intervalados de 4 (quatro) a 6 (seis) tiros máximos de 30 (trinta) segundos com intervalos de 4 (quatro) minutos. A perda de gordura ao final foi de 5,8% (cinco vírgula oito por cento) para o contínuo e de 12,4% (doze vírgula quatro por cento) para o HIIT. 
Shing et al 2013 verificaram que um treino intervalado de 8 (oito) tiros de 2,5 (dois e meio) minutos com 90% (noventa por cento) da FCmax (frequência cardíaca máxima), com intervalos de até 70% (setenta por cento) da FCmax (frequência cardíaca máxima), por no máximo 5 (cinco) minutos, aumentou o VO2 max [volume de oxigênio (O2) máximo], aumento a potência nos testes de 4 (quatro) minutos, e reduziu o percentual de gordura. 
Por outro lado,  sessões contínuas de 35 a 40 minutos não produziram resultados da mesma magnitude.
Ahlert, Mateus comparou dois protocolos de treino. Um deles foi o aeróbio contínuo de 20 (vinte) minutos com intensidade de 70 (setenta) a 75% (setenta e cinco por cento) da FCmax (frequência cardíaca máxima).  O outro foi o HIIT, com 8 (oito) tiros de 20 (vinte) segundos com intensidade máxima e com 10 (dez) segundos de descanso entre cada tiro, por 4 (quatro) minutos. Após um descanso inativo de  3 (três) minutos, o participante repetia mais uma vez a série HIIT, num total de 11 (onze) minutos de de treino.
Ao final do estudo, o protocolo do HIIT foi o que apresentou maior utilização de gordura em repouso, favorecendo o processo de emagrecimento.
AEJ versus aeróbio alimentado versus aeróbio de intensidade mais alta
Marcos Daniel Motta 2014 et al investigaram o efeito de 12 (doze) semanas do treinamento aeróbio em jejum sobre o emagrecimento. O estudo foi composto por 33 (trinta e três) mulheres sedentárias, com média de 1,63 m (um metro e sessenta e três centímetros) de altura, 70 kg (setenta quilos) de peso corporal, e IMC entre 26 a 30.
O estudo foi composto de 3 (três) grupos:
grupo em jejum (GJ); grupo alimentado (GA); grupo de elevada intensidade (GEI). No GJ (grupo em jejum), foi feito o treinamento na esteira com baixa intensidade (50% da FC [frequência cardíaca] de reserva, que é FCmax menos a FC de repouso), com 8 (oito) horas de jejum.
O GA (grupo alimentado) realizou o mesmo treinamento, com mesma intensidade, só que alimentado.
O GEI (grupo de elevada intensidade) realizou o treinamento com intensidade mais alta (70% (setenta por cento) da  FC [frequência cardíaca] de reserva, que é FCmax menos a FC de repouso) e, também, alimentado.
Todos os 3 grupos percorreram a mesma distância.
A média dos resultados foi a seguinte:
grupo em jejum (GJ): -2,3% de gordura; grupo alimentado (GA): -1,8% de gordura;  grupo de elevada intensidade (GEI): -3% de gordura. De acordo com os resultados, praticar atividade aeróbica em jejum não proporciona, significativamente, maior emagrecimento do que alimentado. O exercício com intensidade mais elevada proporciona uma redução maior da gordura.
Dieta versus dieta + musculação versus dieta + aeróbio
Said (2018) avaliou durante 16 (dezesseis) semanas três grupos para analisar a perda de gordura. Foram assim divididos os grupos:
grupo só dieta (D);  grupo dieta e aeróbio (DA); grupo dieta e musculação (DM). O grupo D (só dieta) começou o estudo com a média de 40,07 kg (quarenta vírgula zero sete quilos) de gordura e a reduziu ao final em 10,09% (dez vírgula zero nove por cento).
O grupo DA começou com média de 51,95 kg (cinquenta e um vírgula noventa e cinco quilos) de gordura e a reduziu em 12,51% (doze vírgula cinquenta e um por cento).
Por último, o grupo DM começou com média de 29,88 kg (vinte e nove vírgula oitenta e oito quilos) de gordura e a reduziu em 15,94% (quinze vírgula noventa e quatro por cento), mostrando que, mesmo que os indivíduos do grupo de musculação tenham começado com menor peso médio de gordura que os demais grupos, foi o grupo que mais perdeu gordura.
Em resumo:
grupo só dieta (D): -10,09% de gordura; grupo dieta e aeróbio (DA): -12,51% de gordura; grupo dieta e musculação (DM): -15,94% de gordura. Musculação aumenta a queima gordura em repouso
Allman, et al 2019  avaliaram mulheres treinadas (não sedentárias). Elas fizeram musculação e foram acompanhadas por várias horas no pós-treino. O treino consistia nos seguintes exercícios: agachamento, supino, levantamento terra,  remada, desenvolvimento e afundo, todos com 3 (três) séries de 10 (dez) repetições casa e com descanso de 90 (noventa) segundos entre as séries.
 A intensidade de PSE (percepção subjetiva de esforço), de uma escala de 0 (zero) a 10 (dez), foi entre 8 (oito) e 10 (dez). Ao final, foi encontrado um aumento de 12,5% (doze vírgula cinco por cento) no gasto energético de repouso. 
Durante o treino, apurou-se que a utilização de gordura como fonte energética era de 81% (oitenta e um por cento) e a utilização de carboidrato (CHO) era de 19% (dezenove por cento).  Nas horas seguintes, a utilização de gordura como fonte energética aumentou para 91% (noventa e um por cento) e a de  carboidratos (CHO) foi reduzida para 9% (nove por cento).
Esse estudo demonstrou que  a musculação contribui muito para utilização de gordura no pós-treino.
Aplicação prática
Exercícios feitos com intensidade mais alta como musculação, HIIT, dentre outros, proporcionam uma utilização do metabolismo lipídico em repouso pela diminuição do QR (quociente respiratório), deixando-o num valor mais próximo a 0,7 (sete décimos).
Mesmo com um gasto calórico menor (durante a execução) do que outras atividades de baixa intensidade e de longa duração (que só utilizam a gordura em maior proporção durante a atividade), os exercícios de alta intensidade utilizam mais a gordura no pós-treino.
A musculação auxilia  a um emagrecimento mais sustentável, preservando ou aumentando a massa muscular, acelerando o metabolismo, aumentando taxa metabólica basal, inclusive durante o repouso ou pós-treino.
A prática da musculação proporciona ao corpo um maior gasto calórico em repouso, necessário para a reparação das microlesões e recuperação do estresse causado pelo treino.
Exercícios realizados de forma mais intensa promovem maior liberação de hormônios lipolíticos, como a catecolamina, o GH, e o Glucagon. Isso facilita o emagrecimento.
Considerações finais
Concluímos que os exercícios com intensidade mais alta, sempre respeitada a capacidade física do indivíduo, são os melhores para auxiliar na dieta para o emagrecimento. Porém, é importante que seja indicada a atividade para a qual a pessoa tenha mais aderência. 
Por mais que musculação ou HIIT sejam superiores em termos de queima de gordura, se a pessoa não se identifica com essas modalidades de treinamento, não serão a melhor escolha para ela. Caso a preferência individual seja para a corrida ou para a prática de aeróbio contínuo, logo, para essa pessoa especificamente, essas atividades serão melhores em razão da aderência ou constância dos treinamentos.
Escolha ou prescreva a atividade que de maior aderência e procure progressão constante na intensidade dessa atividade, combinando-a com a alimentação saudável para o emagrecimento.
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Agachamento
O agachamento em si dispensa apresentações. É um exercício excelente para o desenvolvimento de glúteos e coxas. Um movimento funcional que qualquer indivíduo pode executar. Desde iniciantes a avançados, mas, claro, que de acordo com os limites de cada um. Mesmo sendo um movimento funcional, precisamos ter alguns cuidados durante a sua execução. O cuidado principal no agachamento é  com a coluna vertebral e com as articulações do quadril, joelho e tornozelo. A execução correta do agachamento está na seção de exercícios.
Afundo
Por sua vez, o afundo também surge como uma ótima pedida para quem deseja alcançar coxas e glúteos bem desenvolvidos. O afundo é um exercício multiarticular que se assemelha muito ao agachamento pelos músculos envolvidos. A execução correta do afundo está na seção de exercícios. 
Agachamento e afundo
Tanto o agachamento quanto o afundo são exercícios básicos para quem busca hipertrofia de coxas e glúteos (bumbum). Não há fichas de treinos que não incluam esses dois. Ambos são exercícios que possuem diversos tipos de variações para sua execução.
Vamos analisar apenas o agachamento tradicional (pés alinhados, confortavelmente dispostos na linha dos ombros) e o afundo partindo de uma posição neutra com a projeção de um dos membros a frente.
Qual é o melhor para hipertrofia?
Qual é o mais eficiente para hipertrofia: agachamento ou afundo? Vamos comparar a ativação muscular de três grupos musculares:
glúteos; quadríceps; posteriores de coxa. Utilizamos como base três autores que estão referenciados no final dessa matéria. Cada pesquisa se utilizou de métodos diferentes de realização do estudo,  com cargas e números de repetições diferentes. Em todas as pesquisas foi utilizado o exame de eletromiografia para coleta de dados.
Ativação do glúteo
Em relação a ativação do glúteo (bumbum):
Dois dos autores evidenciaram, por conta de exames de eletromiografia (IMG), que o glúteo máximo teve uma maior ativação durante o exercício afundo. Foi constatada uma diferença acima de 20% em favor do afundo em relação ao agachamento. Todavia, um dos autores destacou que não identificou diferença significativa com relação a ativação do glúteo máximo nos dois exercícios.
Ponto para o afundo (afundo 1 x 0 agachamento). Ativação do quadríceps
Em relação ao quadríceps:
Um dos autores afirma que o afundo tem uma maior ativação do quadríceps. Outro autor novamente relata não haver diferença significativa entre os dois exercícios para ativação do quadríceps. O terceiro estudo não realizou esse tipo de comparação para esse grupo muscular.
Ponto para o afundo (afundo 2 x 0 agachamento). Ativação dos posteriores de coxa
Em relação ao grupo muscular dos posteriores de coxa:
Nesse caso, os autores são divergentes. Um estudo aponta o afundo como maior ativador desse grupo muscular. Outro estudo aponta o agachamento. O percentual de divergência foi pequeno. O terceiro estudo conclui que o agachamento tem uma maior ativação durante a fase concêntrica apenas.
Ponto para os dois (afundo 3 x 1 agachamento). Conclusão
Ambos os exercícios são excelentes para os três grupos musculares citados acima. Porém, vale salientar que, segundo esses três autores, o exercício afundo tem um percentual maior de ativação no quadríceps e no glúteo. Há uma pequena divergência em relação ao grupo muscular da região posterior da coxa.
Independentemente disso, os dois são excelentes exercícios que devemos incluir sempre no nosso treinamento, para qualquer objetivo na musculação. A ativação  das musculaturas nesses exercícios também depende de outros fatores como:
amplitude de movimento; carga;  cadência do movimento; seu nível atual de treinamento. Tanto o agachamento quanto o afundo também são exercícios que fortalecem outras regiões do corpo, como, por exemplo, a região do core abdominal. Eles podem ser combinados em séries de Bi Set ou Tri Set, por exemplo. Em resumo, faça os dois exercícios.
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Estudos de referência:
Cinesiologia e musculação / Cláudia Silveira Lima, Ronei Silveira Pinto. - Porto Alegre: Artmed, 2006.
Comparação da ativação mioelétrica do glúteo máximo e bíceps femoral entre os agachamentos paralelo e com passada à frente - Rev. bras. educ. fís. esporte vol.26 no.3 São Paulo July/Sept. 2012.
BRADLEY A. DeFOREST, GREGORY S. CANTRELL, BRIAN K. SCHILLING. Muscle Activity in Single VS. Duble Leg Squats. International Journal of Exercise Science 7(4) : 302-310, 2014.
Hipertrofia muscular
A hipertrofia muscular é o aumento da área da secção transversa do músculo pelo aumento do volume das fibras musculares. Para que que a hipertrofia (ganho de massa muscular) ocorra, além dos fatores nutricionais, hormonais e genéticos, alguns fatores devem ser observados na parte específica do treino.
Durante um treinamento de musculação, para que se possa garantir bons estímulos e para que ocorra de maneira significativa a hipertrofia, os fatores mais relevantes são:
carga utilizada; velocidade de execução; ordem dos exercícios; intervalos de descanso; frequência de treino; volume de treino. Segundo a literatura, das diversas variáveis apontadas acima, o volume de treino é aquela que exerce o fator mais impactante para o processo de ganho de massa magra.
Volume de treino
O volume de treino é, basicamente, a quantidade de trabalho que o individuo realizar na sessão de treinamento. Esse trabalho ou volume de treino é quantificado ou expresso pelo número de repetições, número de séries, carga levantada e frequência de treino.
Shoendfeld et al 2016 confirma que 10 (dez) ou mais séries semanais produzem ganhos superiores a 5 (cinco) a 9 (nove). E que 5 (cinco) a 9 (nove) séries semanais provocam mais hipertrofia do que 5 (cinco) ou menos series semanais, números computados por grupamento muscular treinado.
Colquhoun et al 2018 analisou homens com no mínimo 6 (seis) meses de experiência em treinamento de força. Os participantes realizaram um protocolo periodizado de treinamento com volume equalizado. Um grupo treinou 6 (seis) vezes por semana, realizando a metade do volume por sessão de outro grupo que treinou 3 (três) vezes por semana. Nos resultados obtidos, após 6 (seis) semanas, não foram encontradas diferenças de hipertrofia entre os dois grupos.
Brigatto 2019 analisou homens com 4 (quatro) anos de experiência com TF (treinamento de força). Um grupo trabalhou com volume total equalizado de 1 (uma) série de 16 (dezesseis) repetições  e outro grupo com 2 (duas) séries de 8 (oito) repetições. Após 8 (oito) semanas, não foram encontradas diferenças significativas de hipertrofia entre os grupos.
Número de séries 
Segundo as evidências cientificas atuais, até 5 (cinco) séries por semana para cada grupamento muscular podem ser consideradas como um volume baixo, recomendado para iniciantes. 5 (cinco) a 9 (nove) séries constituem um volume moderado, recomendado para intermediários. 10 (dez) a 20 (vinte) séries representam um volume alto, recomendado para avançados. Atletas de alto nível (normalmente hormonizados) podem realizar entre 20 (vinte) a 45 (quarenta e cinco) séries por grupamento muscular por semana.
Resumo do número adequado de séries semanais por grupamento muscular (músculo trabalhado) de acordo com o nível do indivíduo:
iniciante: até 5 (cinco) séries; intermediário: de 5 (cinco) a 9 (nove) séries; avançado: de 10 (dez) a 20 (vinte) séries; atletas de alto nível: de 20 (vinte) a 45 (quarenta e cinco) séries. Hipertrofia e volume de treino
As evidências científicas revelam que o que determina o resultado final ou hipertrofia é o volume de treino, independente da frequência de treino, repetições ou carga utilizada. O volume de treino ou trabalho é o fato essencial para o resultado hipertrofia.
Por meio da nossa experiência e observação prática, quanto mais dias na semana a pessoa treinar, menor será a necessidade de se colocar um volume tão grande na sessão de treino.
Por outro lado, se a pessoa treina poucas vezes na semana, é necessário um volume um pouco mais elevado para que se apresentem resultados equiparáveis aos de quem treina todos os dias da semana. 
Uma pessoa que treina apenas 3 (três) vezes por semana pode ter os mesmos resultados de hipertrofia de uma pessoa que treina todos os dias, desde que o volume de treino semanal seja o mesmo. 
E esse aumento de volume de treino numa sessão de treinamento pode resultar num treino demasiadamente longo, demorado. Um treino mais volumoso acaba sendo um treino mais longo.
Treinos muito volumosos e longos numa única sessão de treinamento (em torno de 1 hora e 30 minutos) podem ser inviáveis em razão das obrigações cotidianas e consequente falta de tempo. 
Indivíduos muito bem treinados ou avançados na musculação teriam ainda mais dificuldade para aplicar um volume maior de treino num dia, pois a alta intensidade e alto volume não seriam suportados fisiologicamente.
Bom volume de treino em tempo razoável
A questão que deve ser respondida é: como podemos deixar um treino com um bom volume, alta intensidade e com duração razoável (em torno de 50 minutos)?
Algumas estratégias ou técnicas de treino podem ser adotadas (serão objeto de matérias explicativas específicas):
SST (Sarcoplasma Stimulating Trainingou treino estimulante do sarcoplasma ); rest-pause (pausa-descanso);  bi-set (série dupla); 3/7. Essas técnicas ou métodos de treinamento permitem que o treino seja realizado com alta intensidade, com alto volume, sem aumento do tempo da sessão de treino.
Existe uma metodologia que se chama High Density Training (HDT), que é o treino de alta intensidade, alto volume e curta duração. O HDT é basicamente uma combinação de vários métodos na série do treinamento para fugir do tradicional  “fazer a série, descansar, e repeti-la”.
Por exemplo: em 15 minutos uma pessoa pode realizar 4 séries de 10 RM (repetições máximas) com 2 minutos de descanso realizando aproximadamente 40 repetições, ou pode, com a mesma carga inicial, usar uma combinação de intervalos de rest-pause (pausa-descanso), drop set, repetições parciais e repetições isométricas, resultando num total de 120 a 150 repetições, com um volume total muito maior no mesmo espaço de treino.
Leia a matéria de @Gilvan Carlos do Nascimento Júnior sobre métodos de treinamento que podem ser utilizados para aumentar o seu volume de treino e a hipertrofia.
Conclusão
Sempre respeite seu nível de treino. Comece com um volume mais baixo e vá aumentando gradativamente o volume a depender de quantos dias treine na semana (observe o número de séries semanais recomendadas para iniciantes, intermediários e avançados).
À medida que for se aproximando de um nível mais avançado, passe a aumentar gradativamente a intensidade do seu treino com mais volume, para melhores resultados em termos de ganho de massa muscular.
Vale lembrar que é importante periodizar (trocar) corretamente o treino para não entrar em overtraining (fatiga crônica por excesso de treino a longo prazo). Lembre-se que o treino deve ter qualidade e intensidade. O aumento do volume do treino ou da sua quantidade não pode tornar muito extensa a sessão de treinamento (em torno de mais de 50 minutos).
Procure sempre um profissional de educação física competente para orientação e direção acerca da melhor estratégia de treino, de acordo com seu nível, objetivo e tempo disponível, dentre outros fatores pessoais que devem ser observados.
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O que é creatina
A creatina é um dos suplementos alimentares mais vendidos no mundo. É uma substância composta por 3 aminoácidos:
arginina; glicina; metionina. Como é produzida a creatina
A creatina é originalmente sintetizada no fígado e no pâncreas, e pode ser encontrada em pequenas proporções nas fontes de proteínas animais, tais como:
peixes; frango; carne vermelha. Para que serve a creatina
A suplementação de creatina é uma excelente estratégia para pessoas que fazem treinamento de força, corredores de 100 metros, e nadadores de 50 ou 100 metros. A creatina vai repor os estoques do sistema fosfato (ATP-CP). Esse sistema tem duração máxima de 10 segundos. 
Na musculação, é muito importante a utilização da creatina na fase do bulking, que é a fase em que o atleta quer aumentar a massa muscular.
O que influencia no estoque de creatina
Os fatores que influenciam no armazenamento e absorção da creatina no organismo são:
os tipos de fibra muscular, sendo as fibras de contração rápida aquelas que confere força muscular. São elas as mais beneficiadas pela creatina; a idade: o envelhecimento do indivíduo reduz a quantidade de fibras de contração rápida; o tipo de treinamento: treinamento anaeróbico por utilizar o metabolismo anaeróbico favorecendo um aumento das fibras de contração rápida; a dieta consumida: é impossível obter quantidades suficientes de creatina nos alimentos para obtenção dos resultados esportivos (é necessária a suplementação para esse fim). Vegetarianos apresentam menores quantidades de creatina plasmáticas. Macronutrientes como carboidratos, aumentam o pico de insulina, que aumenta a atividade do transporte ativo secundário, favorecendo a entrada de creatina no meio intracelular. Benefícios da creatina
Os benefícios que a creatina pode trazer são:
aumento de massa magra; aumento de força muscular; aumento de quantidade de água intracelular; aumento dos estoques de glicogênio; aumento das cadeias de miosina das fibras tipo 1 e tipo 2; aumento na expressão de RNAm e no fator de regulação miogênica 4 (que induz o aumento da miosina); redução na degradação protéica; aumento na expressão gênica e a ativação de células satélites envolvidas na resposta hipertrófica. Como tomar a creatina (ciclos)
As doses recomendadas dependem do protocolo que você irá utilizar.
1. Primeiro protocolo (Hultman et al, 1996):
Dose de sobrecarga: 0,3g de Cr/kg peso/dia - (duração de 5 dias); Dose de manutenção: 0,03g de Cr/kg peso/dia - (duração de 28 dias). 2. Segundo protocolo (Hultman et al, 1996):
3g/dia - (duração de 28 dias - aumenta em 20% a quantidade total de creatina muscular). 3. Terceiro protocolo (Pearson et al, 1999):
5g/dia - (durante 10 semanas). 4. Quarto protocolo (Burke et al, 2000):
0,1g/kg de massa corporal magra/dia - (durante 21 dias). Período de washout com creatina
A suplementação com creatina deve obedecer a um período de "washout" ou "limpeza" (Febraio et al, 1995; Volek et al, 1997; Maganaris CN, Maughan RJ, 1998). São necessários 28 a 30 dias após o término da suplementação de creatina para que os estoques musculares totais de creatina voltem aos níveis basais (níveis normais sem suplementação).
Preços da creatina
A creatina é um suplemento muito barato. Com a presença de marcas que vendem diretamente ao consumidor, tais como a New Nutrition e a Growth Supplements, é possível adquirir 100 gramas de creatina monohidratada por menos de R$ 20,00 (em 2022 subiu para R$ 50,00), com o selo CREAPURE (produto de origem alemã).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ARAZI, Hamid. Et al. Effects of three, five and seven days of creatine loading on muscle volume and functional performance. Serbian Journal of Sports Sciences, Rasht, v. 5, n. 3, p. 99- 105, jan. 2011.
COOPER, Robert. Et al. Creatine supplementation with specific view to exercise/ sports performance: an update. Journal of the International Society of Sports Nutrition, v. 9, n. 33, jul. 2012
CRIBB, Paul J. et al. Effects of Whey Isolate, Creatine and Resistance Training on Muscle Hypertrophy. American College of Sports Medicine, Launceston, v. 39, n. 2, p. 298- 307, fev. 2007.
A proteína isolada de soja é feita a partir da farinha de soja desengordurada, por meio de um processamento que viabiliza a remoção de outros componentes, tais como carboidratos, fibras e fatores antinutricionais, representando a forma mais refinada e pura da proteína da soja disponível no mercado, sendo praticamente isenta de odor, cor e apresentando sabor neutro. Ela contém no mínimo 88% de proteínas em base seca.
Composição nutricional em 100 g de proteína isolada de soja:
Valor energético (kcal) 335,0 Carboidratos (g) 0 Proteínas (g) 88,3 Gorduras totais (g) 3,4 Gorduras saturadas (g) 0,4 Fibras alimentares (g) 0 Cálcio (mg) 178 Sódio (g) 1 Os compostos responsáveis pelo sabor característicos da soja (isoflavonas e compostos voláteis), considerados muitas vezes como uma barreira para o seu consumo, estão presentes no grão. Eles também são formados durante o processo de obtenção da proteína isolada, tanto pela ação do calor, como pela ação de enzimas presentes no grão, principalmente a lipoxigenase, que catalisa a oxidação da gordura presente na soja. No entanto, o aquecimento úmido ou por vapor direto, utilizados no processo de produção da proteína de soja, são eficientes na inativação da lipoxigenase, o que contribui para redução do sabor amargo no produto proteico final. 
Assim, a remoção da gordura do grão da soja durante o processamento para obtenção da proteína isolada contribui para obtenção de um produto final com sabor mais neutro.
A proteína isolada de soja é fonte de peptídeos bioativos que contêm em média de 3 a 20 aminoácidos e podem ser obtidos quando as proteínas passam por um ou mais processos, como: 
ação de enzimas gastrointestinais;  hidrólise das proteínas da soja através da fermentação por micro-organismos proteolíticos;  digestão in vitro através da ação de enzimas proteolíticas. Estes peptídeos bioativos da soja apresentam potencial ação antioxidante, anti-hipertensiva e imunomoduladora Vantagens da proteína isolada de soja:
Fonte de proteínas de alta qualidade de acordo com o PDCAAS  Sabor neutro em comparação a outros produtos da soja, o que facilita sua adição a alimentos e ingredientes diversos, a fim de aumentar seu valor nutricional Por ser de origem vegetal, não contém lactose e colesterol  O tratamento térmico realizado em seu processamento inativa os fatores antinutricionais, preservando a qualidadeda proteína em sua forma isolada. Compostos bioativos
Os peptídeos bioativos são fragmentos específicos da proteína da soja, liberados após a digestão e/ou fermentação desta. A Glicina e a ß-conglicinina representam de 65% a 80% das proteínas da soja e são as principais precursoras desses peptídeos. Eles possuem funções no organismo relacionadas à redução do risco de doenças crônicas, como diabetes mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares, como a aterosclerose, hipertensão arterial, ganho de peso e obesidade. Tais propriedades estão descritas a seguir:
Diabetes mellitus tipo 2: Estudos em humanos indicam uma relação inversa entre maior frequência do consumo de alimentos à base de proteína de soja (sem adição de açúcar) e o risco de incidência de diabetes tipo 2, com melhora na sensibilidade à insulina. O mecanismo pelo qual a soja influencia o metabolismo da glicose ainda não está completamente elucidado, sendo sugerido potencial efeito dos peptídeos bioativos da soja no aumento da captação da glicose em células hepáticas, através do transportador GLUT1 e ativação do transportador GLUT4. Doenças cardiovasculares: Esses peptídeos também atuam como antioxidantes, diminuindo a formação de espécies reativas de oxigênio e a oxidação de lipídios, como o LDL-colesterol, principal fator de risco para a aterosclerose. Hipertensão arterial: Os peptídeos derivados da proteína da soja contribuem ainda com a redução da pressão arterial, pois inibem a enzima que converte a angiotensina I em angiotensina II, sendo essa última um potente vasoconstritor. Ganho de peso e obesidade: Esses peptídeos ativam os receptores para colecistoquinina (CCK), hormônio responsável pelo aumento da saciedade, o que reduz o apetite. Além disso, eles diminuem as concentrações sanguíneas de triacilglicerol, de colesterol total e de LDL-colesterol, por reduzirem sua absorção no intestino e a lipogênese no fígado, o que contribui com o controle do peso corporal. Micronutrientes
A soja apresenta maior quantidade de micronutrientes em relação às demais leguminosas. Apesar da presença de fitatos que podem reduzir a biodisponibilidade desses nutrientes, os fitatos podem ser eliminados através do tratamento térmico para obtenção de produtos proteicos da soja e também pelo processo de fermentação na produção de alimentos à base soja. Além disso, a indústria dispõe de recursos tecnológicos para fortificação desses produtos a fim de compensar uma menor biodisponibilidade de tais nutrientes, especialmente o cálcio, em bebidas à base de soja. 
Cabe destacar ainda que, por exemplo, a substituição de até 30% da carne por proteína de soja não apresenta impacto negativo relevante na absorção do ferro. Estudos em humanos mostraram que a ingestão de concentrado de soja em quantidade equivalente a 23 gramas de proteína por dia não prejudicou a assimilação do cálcio, magnésio, zinco ou ferro da dieta.
O consumo de uma porção de 30g de soja pode contribuir com até 11% dos valores diários (VD) recomendados para a ingestão de alguns minerais.
Fatores antinutricionais da soja
A soja crua possui fatores antinutricionais em sua composição capazes de provocar efeitos negativos na saúde humana. Dentre eles estão os inibidores de tripsina, que dificultam a digestão das proteínas, as hemaglutininas e as saponinas, que podem estimular processos inflamatórios no organismo; além dos fitatos, que podem interagir com alguns minerais como o ferro, cálcio e zinco e reduzir sua absorção.
No entanto, os efeitos destes compostos podem ser desativados através do tratamento térmico adequado, feito com a proteína isolada de soja por exemplo, ou mesmo pelo processo de fermentação em alguns subprodutos da soja, melhorando a sua qualidade nutricional.
Crescimento e desenvolvimento infantil
As fórmulas infantis de proteína isolada de soja encontradas no mercado não contêm lactose e fornecem 67 kcal/dL. Por serem produzidas a partir da proteína isolada de soja, que sofre processamento térmico para inativação de fatores antinutricionais, mantém a qualidade da proteína no produto final.
São, ainda, suplementadas com os aminoácidos (L-metionina, L-carnitina e taurina) e com alguns minerais como cálcio, para fornecer os conteúdos proteicos e minerais adequados, determinados por órgãos internacionais para a alimentação de lactentes nascidos a termo.
Durante o primeiro ano de vida, de crianças nascidas a termo, embora a fórmula de proteína isolada de soja forneça nutrientes adequados para o crescimento e desenvolvimento normais, ela é indicada apenas nas seguintes circunstâncias: 
grave intolerância persistente à lactose;  galactosemia;  tratamentos de alguns casos de alergia a proteína do leite de vaca;  desordens do metabolismo de carboidratos;  preferência por dieta vegetariana ou ainda por questões religiosas, éticas e fisiológicas que restringem o uso de fórmulas à base de leite de vaca e de outros animais. Para lactentes com alergia a proteína do leite de vaca, é indicada a fórmula com proteína hidrolisada ou com aminoácidos sintéticos caso a hidrolisada não seja tolerada. Devido à possibilidade de reações adversas à proteína de soja em lactentes menores de 6 meses de idade, a fórmula de soja não deve ser utilizada nesse período.
Se o seu uso terapêutico for considerado para depois dos 6 meses de idade, por causa do seu baixo custo e melhor aceitação, a tolerância à proteína de soja deve primeiro ser estabelecida por provocação clínica.
A partir de um ano de idade e após, a alimentação com fórmulas infantis à base proteína de soja isolada e suplementada com aminoácidos é capaz de suprir as necessidades de aminoácidos, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento infantil e para a reparação e manutenção proteica de adultos.
Estudos indicam que, em crianças que receberam fórmulas à base de proteína isolada de soja, a concentração sérica de albumina, um marcador de adequação nutricional, apresenta-se normal, e que a mineralização óssea é equivalente àquela documentada em crianças alimentadas com fórmulas à base de leite de vaca.
Revisões da literatura e de estudos clínicos comcrianças que receberam fórmulas à base de soja também não apresentam evidências de que o uso de fórmulas contendo proteína de soja possa prejudicar a adequação nutricional, o desenvolvimento sexual, neurológico ou ainda interferir na resposta imune a vacinas.
Corroborando estes dados, um estudo prospectivo que acompanhou por cinco anos o desenvolvimento de gruposde crianças que receberam diferentes dietas (fórmula infantil à base de soja, ou fórmula infantil à base de leite ou foram alimentadas à base de leite materno) observou que o crescimento se apresentou dentro dos limites normais em todos os grupos avaliados.
Ao analisar a prevalência de alergia a soja na infância, observa-se que esta é baixa, como elucidado por Katz etal. (2014), que realizaram uma revisão com meta-análise de 40 estudos que avaliaram o índice de sensibilização alérgica a soja em lactentes e indivíduos até os 19 anos de idade. Os resultados indicaram que a prevalência de alergia a soja para a população em geral foi de 0 a 0,5% (0,27), para a população referida foi de 0,4-3,1% (1,9) e para crianças alérgicas de 0 a 12,9% (2,7). A prevalência de sensibilização após a utilização de fórmulas à base de soja foi de 8,7 e 8,8%, respectivamente.
Há evidências de que a alergia a soja na infância possa ser revertida. Um estudo clínico retrospectivo realizado com 133 pacientes com alergia mediada por IgE, observou que aproximadamente 50% das crianças se tornaram tolerantes a soja por volta dos 7 anos.
Vale destacar ainda que o Instituto Nacional de Desenvolvimento de Ciências e do Ambiente corrobora o Painel de Experts em Fórmula Infantil de Soja, ao reforçar que a preocupação com os efeitos adversos relacionados ao conteúdo de isoflavonas da soja sobre o desenvolvimento de crianças é mínima. Os especialistas ressaltam ainda que as evidências sobre potenciais efeitos tóxicos da proteína isolada de soja nesta faixa etária são insuficientes para desencorajar seu uso).
Sistema imune
As proteínas da soja também desempenham papel importante no sistema imunológico, reduzindo processos inflamatórios e fortalecendo a imunidade. Um trabalho publicado em 2014 identificou que os peptídeos derivados da proteína da soja são capazes de inibir a expressão de citocinas pró-inflamatórias, diminuindo, por conseguinte, os processos inflamatórios crônicos no organismo.
Outra pesquisa demonstrou que esses peptídeos são capazes de aumentar as defesas do organismo, reduzir o estresse e melhorar a circulação no cérebro. Tais efeitos decorrem da diminuição da produção de adrenalina e do aumento da concentração de dopamina, um neurotransmissor fundamental para a motivação, foco e produtividade. Contudo, ainda são necessários mais estudos para determinar seu mecanismo de ação.
Saciedade e gerenciamento de peso
Estudos têm demonstrado que as proteínas da soja contribuem para o gerenciamento de peso, uma vez que reduzem a velocidade de esvaziamento gástrico, o que ajuda no controle do apetite. Além disso, seus peptídeos bioativos aumentam a expressão dos receptores do hormônio colecistoquinina (CCK), responsável pelo aumento da sensação de saciedade, potencializando esse efeito.
Uma pesquisa de intervenção realizada com 20 indivíduos obesos observou que a proteína da soja foi capaz de aumentar a sensação de saciedade, auxiliando na redução do consumo de alimentos e na perda de peso . Outro trabalho, realizado com 31 adolescentes saudáveis, identificou maior controle do apetite, com o aumento da saciedade e da qualidade da dieta, após o consumo de snacks ricos em proteína de soja, o que, ainda, contribuiu positivamente para a cognição e o humor.
Síndrome metabólica: perfil lipídico
Segundo dados do Relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre as doenças não comunicáveis, publicado em 2012, as doenças cardiovasculares foram responsáveis por 46,2% das mortes que ocorreram em todo mundo, sendo, assim, um importante problema de saúde pública. Um dos principais fatores de risco para a ocorrência dessas doenças é a síndrome metabólica, caracterizada pela presença de três ou mais fatores dentre oslistados abaixo:
Excesso de gordura abdominal em homens, representado por valores de circunferência da cintura com mais de 102 cm e, nas mulheres, maior que 88 cm. Baixa concentração de HDL-colesterol no sangue: em homens, menos que 40mg/dL e, nas mulheres, menos do que 50mg/dL. Níveis sanguíneos de triacilglicerois elevados: 150mg/dL ou superior Pressão sanguínea alta: 135/85 mmHg ou superior Glicose elevada: 110mg/dL ou superior. Diversos estudos têm demonstrado que as proteínas da soja são capazes de reduzir o risco para o desenvolvimento desses fatores), especialmente no que tange aos níveis sanguíneos de colesterol e triglicérides, conforme descrito a seguir.
Uma pesquisa realizada com 352 adultos constatou que as proteínas da soja diminuem a concentração de colesterol total no sangue e aumentam a concentração de HDL-colesterol em comparação às proteínas do leite. Outro estudo, realizado com mulheres no período pós-menopausa, verificou que o consumo de proteínas da soja contribuiu tanto para o aumento da captação de glicose pelas células quanto para a diminuição da concentração de LDL-colesterol no sangue.
Estudos de revisão e meta-análise publicados entre 2004 e 2007 concluíram que o consumo de proteína da soja reduz a concentração de LDL-colesterol em torno de 3 a 5%. Em estudo de meta-análise com levantamentos de 1996 a 2008, incluindo ensaios clínicos randomizados e que totalizaram 43 publicações, foi observada associação entre o consumo de proteína da soja e a redução da concentração de LDL-colesterol.
A redução média observada foi de 5,5% (-0,23mmol/L) em estudos paralelos e de 4.2% (-0.16mmol/L) em ensaios do tipo crossover, em comparação ao basal. Corroborando estes dados, uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados relatou que o consumo médio diário de 25g de soja contribui para redução média de -0,23mmol/L (8,9mg/dL) na concentração de LDL colesterol (p<0.0001).
Em relação ao colesterol total, a redução média foi de - 0.22mmol/L (8,5mg/dL) (p<0.0001), o equivalente a 3,7% de redução em comparação às concentrações detectadas antes da intervenção.
A redução da colesterolemia, mesmo que pequena, parece ser eficiente na diminuição dos índices de mortalidade por doenças cardiovasculares, uma vez que a diminuição de 10mg/dL de LDL-colesterol reduz o risco cardiovascular em torno de 10% . Assim, evidências apresentadas suportam o benefício do consumo da proteína da soja como parte de uma alimentação equilibrada para gerenciamento da concentração do colesterol plasmático.
Atividade física
A prática de exercícios físicos promove a degradação das proteínas musculares, com a oxidação dos aminoácidos. Pesquisas têm observado que as proteínas da soja contribuem com a síntese das proteínas musculares e reduzem o dano causado às fibras desse tecido, especialmente pela presença de leucina em sua composição.
Uma pesquisa realizada com homens jovens submetidos a treinos de resistência, três vezes por semana, observou que o consumo de suplementos contendo a proteína de soja foi capaz de aumentar a massa magra após três meses de acompanhamento. Um trabalho realizado com 60 mulheres pós-menopausa e com osteoporose constatou que o consumo da proteína isolada de soja, associado a exercícios físicos, realizados quatro vezes na semana por um período de 12 semanas, propiciou aumento significativo tanto da massa muscular quanto da óssea.
Diversos estudos demonstraram também que a proteína isolada de soja aumenta a massa muscular da mesma forma que as proteínas do leite. Ademais, a combinação de soja e leite pode melhorar a síntese de proteínas musculares, aumentando a disponibilidade de aminoácidos.
Envelhecimento
O processo de envelhecimento pode aumentar o risco para o desenvolvimento de algumas doenças, como a osteoporose e a sarcopenia, caracterizadas pela redução das estruturas óssea e muscular, respectivamente.
Um estudo observou que o consumo de 40g de proteína de soja, por um período de três meses, reduziu o risco de fraturas em homens saudáveis. Recente revisão concluiu que a suplementação com a proteína de soja é eficiente para reduzir a degradação das proteínas musculares durante o processo de envelhecimento.
Segurança no consumo da proteína isolada de soja
A soja é um alimento com alta densidade nutritiva, rico em proteínas de alta qualidade, capaz de suprir as necessidades proteicas em todas as fases da vida. Contudo, seu consumo esbarra em uma série de conceitos imprecisos, que serão elucidados a seguir. 
Consumo de soja e as funções endócrinas e reprodutivas
Alguns estudos encontraram fracas evidências sugerindo a relação entre o consumo de fórmulas à base de proteína de soja e o aumento dos níveis urinários de isoflavonas. Entretanto, nenhum dos autores encontrou diferenças significativas entre as concentrações dessas isoflavonas e os níveis de hormônios estrogênicos em crianças. Além disso, uma recente meta-análise relatou que os fitoestrógenos encontrados no sangue dessas crianças estavam na sua forma conjugada, sendo, assim, incapazes de exercerem efeitos hormonais.
Do mesmo modo, não foram encontradas evidências convincentes que comprovem que o consumo da proteína de soja possa alterar a idade da menarca e/ou a duração do ciclo menstrual, e nem tampouco a função tiroidiana.
Consumo de soja e efeito feminilizante e infertilidade em homens
Existe o mito de que, devido ao conteúdo de isoflavonas presente na soja, seu consumo poderia aumentar os níveis de estrogênio e diminuir os níveis de testosterona em homens. Neste contexto, fundamentou-se a teoria de que isso poderia causar ginecomastia, infertilidade e efeito feminilizante.
A ginecomastia pode ser causada por aumento de estrógeno, que leva a proliferação do tecido mamário, e diminuição de andrógeno, hormônio que, normalmente, inibe esse fenômeno. Há relatos de casos sobre o consumo de soja e ginecomastia, porém deve-se lembrar da limitação deste tipo de pesquisa, pois o efeito foi detectado em apenas um único indivíduo.
Martinez e Lewi (2008) publicaram um relato de caso de um homem de 60 anos com ginecomastia e níveis de estrogênio drasticamente elevados. A hipótese era a de que a causa seria o consumo de extrato de soja e isoflavona.
No entanto, o participante consumia 3 litros de extrato de soja por dia, uma quantidade que fornece aproximadamente 360mg de isoflavonas, valor além do consumo habitual e também do encontrado em uma dieta típica japonesa, população que apresenta o maior consumo.
Messina (2014) discute que até mesmo a ingestão excessiva de outros alimentos muito nutritivos pode produzir efeitos indesejáveis. Assim, se um indivíduo consumisse uma quantidade similar de leite de vaca no lugar do extrato de soja, a ingestão de cálcio teria excedido o limite de segurança superior em cerca de 50%, o que poderia ter levado a efeitos adversos graves, como a hipercalcemia.
Em relação ao potencial efeito de infertilidade em homens causados pelo consumo de soja, há evidências sólidas que contrapõem este mito.
Uma meta-análise de 32 estudos com população de homens adultos teve como objetivo determinar se as isoflavonas exercem efeitos similares aos do estrogênio em homens, diminuindo a testosterona biodisponível, a globulina de ligação do hormônio sexual (SHBG), a testosterona livre e o índice de andrógeno livre (FAI). No entanto, o estudo não observou efeitos significativos no perfil hormonal tanto para níveis de testosterona quanto para SHBG.
A média de consumo de isoflavonas nos estudos variou entre 20 e 900mg/dia e a média de proteína de soja foi de 0 a 17g/dia. Embora os estudos avaliados tenham sido de duração inferior a 6 meses, a ingestão de proteína de soja e isoflavona excedeu muito a da dieta típica japonesa, que é de 6 a 11g e de 25 a 50mg, respectivamente.
Estes dados demonstram que o consumo de soja ou suplementos de isoflavona não tem efeitos adversos associados aos níveis mais baixos de testosterona. Os resultados desta meta-análise sugerem que nem os alimentos de soja e nem os suplementos de isoflavonas alteraram as concentrações de testosterona, sendo seu consumo seguro para homens.
Considerações finais
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja e o segundo maior exportador do grão, do óleo e do farelo da soja, atrás somente dos Estados Unidos. É um produto versátil que pode ser consumido tanto na sua forma in natura quanto na processada, como a proteína isolada de soja.
A proteína isolada de soja é a forma mais refinada e pura da proteína da soja, contendo cerca de 90% de proteínas em base seca. Ela é feita a partir de grãos desengordurados, com a remoção de outros componentes, como os carboidratos, e seu processamento térmico permite a inativação dos fatores antinutricionais.
A proteína isolada de soja é fonte de proteínas de alta digestibilidade/disponibilidade e, por ser de origem vegetal, não possui lactose e nem colesterol. Por apresentar sabor neutro, é uma opção para ser adicionada em alimentos e ingredientes diversos a fim de aumentar o valor nutricional da preparação e/ou refeição.
Estudos demonstraram que tanto a proteína da soja como seus compostos bioativos apresentam efeitos benéficos para a saúde, atuando no crescimento e desenvolvimento infantil a partir de um ano de idade, na saciedade e no gerenciamento do peso, na síndrome metabólica e no aumento das massas muscular e óssea.
Seu consumo não é indicado entre zero e 6 meses de vida, sendo potencialmente indicado dos 6 aos 12 meses de vida, com o uso de fórmulas infantis à base de proteína isolada de soja. Mostra-se seguro a partir dos 6 meses de vida e é recomendado especialmente para indivíduos com alergia a proteína do leite de vaca ou intolerância à lactose.
O consumo de 25 g de proteína de soja por dia, associado a uma alimentação equilibrada e a hábitos de vida saudáveis, contribui para ajudar a redução do colesterol.
Proteina-Isolada-Soja.pdf
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Encontramos muitas opções de  suplementos no mercado, porém, alguns deles são os que consideramos de maior importância no processo de saúde, longevidade e, também, performance.
Existe uma épica frase que diz assim: "que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio", Hipócrates - pai da medicina moderna.
Então devemos primeiramente, antes de pensar em remédio, pensar nos "remédios da farmácia de Deus", que são nossos alimentos. A cura e a prevenção da maioria das doenças está tudo na natureza que Deus criou.
Lembrando que este artigo é informativo e de forma alguma tem a intenção de realizar alguma prescrição generalizada, o que seria incabível, antiético e sem sentido.
Segue abaixo uma lista de alguns suplementos que consideramos essenciais para saúde, performance e longevidade.
Magnésio Dimalato
Pode ser manipulado na forma de Dimalato, que é uma forma quelada, deste mineral.
Os minerais só são altamente biodisponiveis se ingeridos na forma quelada. Uma forma interessante é o ZMA, que é a junção de Zinco + Magnésio, contanto que seja de alta qualidade como o ZMA da @blackskullusa, por exemplo.
O Magnésio é considerado um santo remédio. Remédio da farmácia de Deus, melhor antiarrítmico existente no planeta:
bom para o cérebro; bom para combater dores; bom para fibromialgia; ajuda a prevenir diabetes; fortalece os ossos através da fixação de cálcio neles; ajuda a regular o potássio no corpo; rejuvenesce todo o organismo; diminui a insônia por regular o GABA no nosso sistema (ótimo se ingerido com glutamina); participa da regulação e formação do ciclo de Krebs; sintetiza a Glutationa, que é o antioxidante mais poderoso do seu corpo, e ele precisa de magnésio para sua formação; participa de mais de 300 funções bioquímicas do nosso corpo. Aproximadamente 80% das pessoas no mundo são deficientes de magnésio. As melhores formas apresentadas em forma de suplementos são magnésio dimalato, magnésio aspartato (fórmula do Zma @blackskullusa), treonato de magnésio, citrato de magnésio e cloreto de magnésio.
Outro detalhe importante é que não adianta pedir magnésio sérico como forma de exame para deficiência do mineral. Esta base não é das melhores para identificar deficiência.
Temos 9 possíveis sintomas de deficiência de magnésio, que são:
cãibras nas pernas; insônia; dores musculares (fibromialgia); ansiedade; hipertensão; diabete tipo 2; fadiga; dores de cabeça (enxaqueca); osteoporose. A junção de zinco e magnésio também pode ser considerada uma combinação fantástica para estímulo natural de testosterona. Para aqueles que buscam melhora da disposição, melhora da qualidade do sono e melhor recuperação muscular.
Este é um aliado que consideramos vital, não só para benefícios diretos citados acima, como também indiretos. Toda doença hoje tem algum grau de associação com deficiência de magnésio (Dr Normal Shealy, 2013, PhD, Neurocirurgião americano).
DHA 500mg ou Ômega 3 1g
Este é um maravilhoso suplemento que deve fazer parte da dieta de todas as pessoas.
Porém, existem muitos ômega 3 de péssima qualidade no mercado. Para saber a qualidade, primeiramente, devemos avaliar o preço. Produtos que custam menos de R$ 75,00 a R$ 90,00 para 120 cápsulas dificilmente serão de alta qualidade.
Outro marcador interessante é o cheiro. Se você abrir o pote e ele apresentar cheiro de peixe, provavelmente está altamente contaminado.
Ômega 3 deve se ter sua encapsulação com altos padrões de qualidade e isso tem um custo, como citei acima. Estes ômega 3 baratinhos de farmácia são péssimos e ainda podem causar intoxicação com mercúrio, além, de gerar azia e refluxo.
Portanto, tome estes cuidados para garantir os benefícios de melhora da saúde. O ômega 3 é excepcional para:
fornecer ação anti-inflamatória; aumentar o sistema imune; melhorar a qualidade da pele; tem ação antitrombótica; inibe agregação plaquetária; promove a saúde cardiovascular; diminui as chances de alzheimer no futuro; dentre muitos outros benefícios. Iodo Lugol 5%
Considerado um suplemento excepcional para aumentar a capacidade neuronal e cognitiva, saiba que você ingere metade do Iodo que seu pai ingeria no passado.
Japoneses consomem 100 vezes mais iodo por dia  que o brasileiro. É inquestionável a inteligência diferenciada dos japoneses. Hoje o solo é pobre e o iodo que utilizamos no sal é apresentado na forma orgânica, que pode ser cancerígena se consumida em excesso.
Iodo deve ser consumido na forma inorgânica. "Ah, mas eu não tenho bócio", ok, não estamos discutindo saúde básica, sobrevivência, estamos discutindo sobre ter uma saúde de excelência que gere longevidade e menor risco de doenças futuras como câncer de mama, câncer de ovário ou câncer de próstata por exemplo, que são coisas completamente distintas.
O Iodo é desintoxicante, desinfetante, elimina metais pesados, quela mercúrio, quela chumbo, quela cádmio, você não fica gripado, dentre outros benefícios.
Existem vários livros médicos relatando esses benefícios como o Livro do Dr David Bronstein, maior especialista de Iodo e tireóide no mundo. E aqui no Brasil um livro muito interessante do Dr Juliano Pimentel.
Pessoas com hipotireoidismo também podem se beneficiar com o uso conjunto de Lugol, selênio e zinco.
Em muitos casos, pacientes que estão usando doses altíssimas de T4 sem que o problema da tireóide seja resolvido, podem usar conjuntamente com o tratamento medicamentoso estes três suplementos citados acima (Lugol, selênio e zinco).
Eles podem auxiliar a tratar o problema, não deixando ativar o t3 reverso, e com muito menos t4 já se pode resolver o problema.
Uma regra importante é que você necessita ingerir, juntamente com o iodo, o selênio,  para garantir ótima absorção.
Selênio
Uma cápsula em jejum com Lugol 5% é excelente para regulação do sistema endócrino e coadjuvante no processo de absorção do Iodo (LUGOL 5%).
A dose depende de cada pessoa. Benefícios:
combate radicais livres; aumenta a imunidade; auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares; auxilia na perda de peso; auxilia no trabalho nutricional de aumento de massa muscular. Vitamina D3
A dose individual depende do resultado dos exames sanguíneos. A deficiência de vitamina D é verificada em 97% dos brasileiros. Esta vitamina é considerada o melhor anticâncer existente no planeta.
Procure manter altos no sangue os níveis de vitamina D, ele deve estar sempre acima de 50 nanogramas por ml, por isso, a necessidade dos exames, inclusive este dado está publicado na literatura.
A vitamina D protege o organismo de 85% dos cânceres que você poderia eventualmente desenvolver.
Ela deve ser consumida com algum tipo de gordura por ser lipossolúvel.
Tomar sol também pode ser uma opção "natural" para aumentos dos níveis de vitamina D (necessita ser entre 12h e 14h, por 20 minutos por dia, com 70% do corpo descoberto).
Vitamina K2
É a vitamina antienvelhecimento. Afirma-se que 80% das doenças cardíacas e morte súbita poderiam ser completamente evitadas se este nutriente não estivesse deficiente.
Em uma semana sem ingesta já se encontra em deficiência. Anti-rugas, anticáries e anticâncer. É considerada a peça chave que estava faltando no quebra-cabeça da nutrição adequada.
Excepcional captador de cálcio, removendo, por exemplo, uma calcificação da válvula aórtica e sinalizando para os ossos que é onde deveria estar diminuindo o risco de DCV e acabando com a osteoporose, duas doenças consideradas irmãs.
Outro fator importantíssimo, e que deveria ser obrigatório, é o uso da combinação de vitamina K2 (carreador de cálcio, tirando da artéria e enviando pro osso), magnésio (auxilia o cálcio a segurar no osso) e vitamina D3 (garante melhor absorção do cálcio) em pessoas que estão suplementando com cálcio.
E há derivados ainda melhores, como uma Whey Protein de alta qualidade, como é o caso da Whey Zero da @blackskullusa, onde cada 100g de produto fornece cerca de 600mg de cálcio altamente biodisponível.
Essa medida garante que todos os benefícios possam ser desfrutados sem risco de osteoporose, DCV, morte súbita, AVC dentre outros problemas relacionados à calcificação de artérias por deficiência nutricional.
Custos
"”Ah mas essa suplementação é cara?".  Isso depende do que você considera caro. Quem não investe em saúde hoje, investirá na doença amanhã.
Vejo muitas pessoas gastarem R$ 200,00 a R$ 300,00 em uma festa para ficarem 2 a 3 horas. Pergunto: uma suplementação para 30 dias por menos de R$ 500,00  é cara?
Caso sua saúde seja sua prioridade, não é caro.
Vamos analisar a média em reais desse investimento por mês:
vit D3; vit K2; magnésio dimalato; Lugol 5%; selênio; ômega 3 1g. Total deste investimento: R$ 250,00 por mês.
Não são essas fórmulas manipuladas que custam R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00 por mês como algumas pessoas pensam. Não são essas fórmulas caríssimas que são essenciais à saúde.
É possível a suplementação para se ter saúde com produtos com preço infinitamente mais acessível.
As formulações acima citadas podem ser inseridas na rotina nutricional por um custo baixo e são suficientes para a maioria das pessoas.
Espero que tenham gostado do material apresentado. Para saber exatamente quais suplementos tomar e a posologia para prevenção, tratamento e manutenção da sua saúde, procure um nutricionista ou médico nutrólogo.
Sigam no instagram:
@clinicaortomecularbracca @rafaelbracca Referências bibliográficas:
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Sem dúvidas que o suplemento alimentar mais consumido no mundo é a whey protein, em virtude de seus inúmeros benefícios proporcionados para quem busca hipertrofia ou emagrecimento. E não é por outro motivo que no mercado de suplementos há uma diversidade enorme de opções de whey protein.
É muito difícil para uma marca de suplementos ganhar destaque nesse cenário extremamente competitivo, onde a disputa pela atenção do consumidor é cada vez mais complicada.
Na linha de whey isolada, a NewNutrition desponta com dois produtos que conseguem se destacar de forma significativa: Whey All Natural e Whey Isolado sabor amendoim.
Quanto à Whey Isolado All Natural, não se trata de whey protein sem sabor (ou sabor natural), mas de produto naturalmente saborizado e colorizado. São oferecidas as opções de sabor chocolate e baunilha.
O sabor baunilha utiliza o aromatizante natural da respectiva planta (orquídea do gênero Vanilla) e o sabor chocolate é aromatizado naturalmente pelo cacau.
As duas Whey Isolado All Natural contém os edulcorantes naturais glicosídeos de esteviol (compostos doces das folhas do arbusto Stévia), taumatina (adoçante natural feito da mistura de proteínas da planta africana Thaumatococcus daniellii) e espessante goma xantana (espessante natural obtido, geralmente,  pela fermentação de milho).
Portanto, os ingredientes da Whey Isolado All Natural, ainda que sofram um certo grau de processamento industrial, são originalmente obtidos de elementos naturais, isto é, não há a adição de elementos químicos não encontrados na natureza.
Experimentamos os dois sabores naturais. O sabor baunilha é surpreendentemente gostoso. A NewNutrition acertou no ajuste desse sabor, que é suavemente doce, sendo notório o gosto da baunilha natural. O sabor chocolate é agradável, mas não especial.
No que toca à Whey Isolado sabor amendoim, não se trata de produto da linha all natural, isto é, contém substâncias químicas não naturais, identificadas como aromatizantes. Porém, a fórmula também contempla amendoim torrado.
Esse foi o sabor que nos despertou maior curiosidade, por não ser tão comum em outras marcas de suplementos alimentares. Em nossa opinião é muito gostoso, e os pedacinhos de amendoim dão um toque diferenciado, conferindo ao suplemento um gostinho de shakes de fast foods.
Vale lembrar que o sabor amendoim contém 2,9 g de gordura por dose, enquanto que os demais sabores da Whey Isolado não contém gordura.
Com relação ao preço, tanto a linha Whey Isolado All Natural quanto a linha comum de whey isolada da NewNutrition eram oferecidas por aproximadamente R$ 140,00 (cento e quarenta reais), que é um valor aproximado ao da whey mais vendida no mercado, que é a 100% Whey Gold Standard da Optimum Nutrition.
A diferença reside no fato de a whey isolada de NewNutrition ser composta apenas por whey isolada, e o produto da Optimum ser composto por whey isolada, whey concentrada e peptídios do soro do leite.
Nesse sentido, os insumos da Whey Isolado da NewNutrition seriam mais caros, o que justificaria preço em patamar superior. Mas não é o que ocorre. Os preços finais ao consumidor são semelhantes, revelando melhor custo-benefício para a whey da NewNutrition.
Vale lembrar que em nosso site já foi abordado o tema sobre o custo-benefício das whey hidrolisada, isolada e concentrada. Se você ainda tem dúvidas sobre qual é a melhor para as suas necessidades nutricionais, saiba mais em: Vale a pena pagar mais caro pela whey protein hidrolisada?.
Também é digno de nota que a NewNutrition afirma que seus produtos são objeto de testes laboratoriais para garantir que o anunciado no rótulo é efetivamente aquilo que é entregue ao consumidor, conforme o laudo abaixo. Análise da versão isolada da proteína do soro do leite:
Em resumo, para quem é adepto de uma alimentação mais natural, com menos substâncias químicas desenvolvidas em laboratório, o Whey Isolado All Natural da NewNutrition é o produto mais indicado. E para quem já está cansado dos sabores tradicionais de whey, o Whey Isolado sabor amendoim é uma boa opção de sabor diferenciado.
Comprar a Whey Protein Isolate da NewNutrition
 
A Oxandrolona é a droga queridinha das mulheres, sendo muito procurada antes do réveillon, verão e carnaval. Alguns homens dizem que é droga de mulher e os fisiculturistas não gostam muito por ser uma "droga fraca" (a depender da dose). É fato que esta droga está circulando muito nas academias e boxes de crossfit, principalmente entre as mulheres.
Os motivos pelos quais as mulheres "gostam" muito da droga esteroide Oxandrolona são, basicamente:
aumenta a massa magra de maneira significativa; reduz bastante a gordura (aumento da lipólise); pouca aromatização e virilização (ganho de características do corpo masculino, ou masculinização). Isso é o sonho de todas as mulheres: ganhar massa magra e ao mesmo tempo perder gordura (e, sem dúvida, sonho dos homens também).
A Oxandrolona é conhecida por ser um esteroide anabolizante "leve", com menor risco de efeitos colaterais comparada a outras drogas esteroides, apesar de ser uma droga comumente encontrada na forma oral. A forma injetável não é vista no mercado com facilidade. É um 17-alfa-alquilado e pode sobrecarregar o fígado.
Historicamente, os primeiros textos da literatura sobre a Oxandrolona são de 1962, e a droga era conhecida e vendia com o nome Anavar. O Anavar original não é mais produzido, mas, no mercado, há uma série de drogas que contém 17-alfa-alquilado que usam o nome Anavar.
A Oxandrolona pode ser legalmente manipulada em farmácia, desde que haja prescrição médica. Portanto, diferentemente do Winstrol e da Trembolona, cuja compra é proibida (as farmácias de manipulação que vendem essas drogas de forma ilegal cobram um preço muito alto por isso), a Oxandrolona é "liberada". Isso não quer dizer que seja barata, mas é menos cara que as demais drogas mencionadas.
Em sua origem, a Oxandrolona foi desenvolvida para ser um esteroide leve, de uso oral, que poderia ser usado por crianças e mulheres. Ela é uma forma derivada da di-hidrotestosterona, cujas duas diferenças são: adição de um grupo metil no carbono 17 (proteção na primeira passagem pelo fígado) e uma substituição no carbono 2 (aumenta a meia-vida).
Quanto aos efeitos colaterais da Oxandrolona, apesar de ser um anabolizante "leve", a droga não está livre dos efeitos indesejados. São os principais:
aumento da oleosidade da pele (o que pode causar espinhas e acne); queda de cabelo; crescimento de pelos no corpo (rosto, braços, etc); redução do HDL (colesterol bom); alteração do ciclo menstrual. A utilização com a dose correta por diminuir significativamente o risco de efeitos colaterais. Deve-se tomar cuidado com as doses que são geralmente comentadas nas academias e nos fóruns da internet (doses absurdas, muito elevadas). Somente um médico especializado em hormônios pode indicar doses e tempo de uso (não confie no nutricionista, personal ou parceiro de treino para isso).
A Oxandrolona não aumenta o clítoris e não causa o engrossamento da voz, como relatam algumas mulheres.
Em homens muito jovens, com 17 ou 18 anos, fase em que a testosterona natural está muito elevada, o uso da Oxandrolona implica na redução da testosterona no organismo.
Essa droga é muito utilizada pelos atletas que precisam de velocidade e potência (corredores, nadadores, ciclistas e ginastas). A testosterona aumenta a força, performance e diminui o tempo de recuperação entre os treinos. Ela causa aumento de peso pelo aumento da massa magra, mas não é algo muito exagerado, o que é vantajoso para esse tipo de atleta. E é muito comum o uso dessa droga pelos atletas olímpicos, com estratégias para evitar a descoberta pelo antidoping.
Por ser largamente utilizada pelos atletas, o mais sensato seria a liberação para uso pelos atletas, com a estipulação de certas regras, tais como quantidades e tempo de uso (hoje para um "engana trouxa" ou hipocrisia).
E com a massificação das redes sociais, o uso também é muito comum pelas blogueiras fitness, que muitas vezes proclamam que usam somente suplementos alimentares, como whey protein. Não acredite, para a construção daqueles shapes também há esteroides anabolizantes envolvidos, como a Oxandrolona. Exemplo clássico são aqueles das blogueiras que exibem barriga tanquinho 15 dias depois de parir. Não é photoshop apenas, é Oxandrolona também.
Fonte:
FONTENELLE, Gustavo e OLIVEIRA, Ewerton. Tudo sobre Oxandrolona. Youtube, 25 jan. 2017. Disponível em <https://youtu.be/ekxGw7r1adQ>. Acesso em: 16 mar. 18.
O uso da droga, popularmente conhecida como dianabol, sempre foi extremamente difundido entre entusiastas da musculação e de esportes que envolvem força e explosão. Droga essa usada desde meados do século XX.

O antiquado conceito de que a droga viriliza em mulheres, aos poucos vai sendo quebrado. Todas drogas derivadas de testosterona, tem potencial de virilizar.
Testes e experimentos provam que o dianabol não viriliza mais que a oxandrolona, porém, tem muito mais efetividade pra ganho de massa magra.
Também a questão da retenção de líquidos, que é um mito, droga que retém, simplesmente pode ser controlada na dieta.

Enfim, hoje as mulheres vêm percebendo outra opção à famosa combinação de oxandrolona com estanozolol. Que essa sim, acarreta problemas que podem ser graves.

Como o intuito é somente demonstrativo, informativo, e, explicativo, não irei expor dosagens recomendadas para mulheres, mas fica o alerta simples, de que, passando de 30mg/dia, podem vir efeitos indesejáveis. O abuso de drogas não é recomendado.
O uso de anabolizantes geralmente é feito por atletas com vasta experiência e anos de treinamento intenso. 

Falando especificamente para mulheres, quebrando o mito de que é uma "droga muito pesada", na verdade, todas as drogas são muito pesadas, mas o que define o resultado e os colaterais é o abuso.

Usualmente ela é tomada em cápsulas de 10mg, sendo ou não divididas em doses menores no decorrer do dia, porém, não necessária a divisão, devido à concentração plasmática (não entrarei em termos científicos).
O melhor horário pra ganho de força e disposição, é sempre horas antes do treino. Voltando à questão da concentração plasmática, depois de um tempo de uso, ela vai inevitavelmente causar o efeito do ganho de força e de massa.

Dessa droga pode se esperar ganhos sólidos e contínuos, fixos. Não estimulamos o uso de drogas, apenas informamos para que não seja feito de modo errado e abusivo.
Nesta matéria, serão abordados os movimentos básicos de alongamento que devem ser realizados antes e depois do treino de musculação. Exatamente, é recomendável que o praticante realize o alongamento de toda a musculatura corporal antes e depois do treino com pesos.
É importante ser frisado que antes mesmo do alongamento, deve ser aquecida a musculatura. O aquecimento pode ser realizado na bicicleta ou na esteira. Também pode o aquecimento ser realizado por meio de caminhada ou polichinelo. São atividades que elevam a temperatura corporal, de modo a serem prevenidas lesões. O tempo mínimo para aquecimento do corpo é de aproximadamente 5 a 10 minutos, por meio das atividades moderadas acima mencionadas.
É sabido que alguns treinadores não recomendam o alongamento antes e depois do treino. Alguns recomendam apenas o aquecimento antes do treino e o alongamento apenas após o treinamento com pesos.
Defendo que o alongamento também deve ser realizado antes da musculação. Justifico meu posicionamento pelo fato de o alongamento relaxar o corpo e aumentar a amplitude do movimento, melhorando a fibra muscular (alonga a fibra a ser trabalhada), dando maior flexibilidade aos músculos. O alongamento prévio deixa o corpo mais confortável para o treino com pesos. Quanto maior a amplitude do movimento na musculação, maior será o potencial de hipertrofia.
Deve-se lembrar que o alongamento antes do exercício de musculação deve ser suave. Não deve ser o alongamento intenso, que pode antecipar as microlesões musculares, as quais deve ser reservadas ao treino com pesos.
Vale observar que o alongamento da musculatura não deve se limitar aos músculos que serão estimulados na respectiva sessão de treinamento. O alongamento deve ser feito em todas as musculaturas do corpo.
Como exemplo, mencionamos o exercício stiff. O objetivo principal desse exercício é o trabalho das musculaturas posteriores de coxa. Todavia, quase toda a musculatura do corpo é demanda na execução desse exercício: panturrilha, costas, ombro, tríceps, antebraço, pescoço e lombar.
A seguir, indico os exercícios básicos de alongamento que devem ser realizados antes e depois de todas as sessões de treinamento com pesos. Assista ao vídeo explicativo:
A seguir, apresento as fotos das posições, que devem ser mantidas por 20 a 30 segundos.

Ombro:
Alongar um dos braços; Posicionar o cotovelo na linha do ombro; Manter os ombros na mesma linha; Elevar o queixo levemente; Manter o peso distribuído nas duas pernas.
Parte anterior do ombro:
Segurar o espaldar com a mão esticada; Posicionar o tronco para frente com o braço para trás, na mesma altura do ombro; Manter o peso distribuído nas duas pernas.
Parte anterior de ombro e peitoral:
Segurar o espaldar com as duas mãos para trás na altura dos ombros; Contrair o abdome; Flexionar um pouco o joelho.


Braço:
Esticar um dos braços com a palma da mão para fora e dedos para baixo; Puxar a mão pelos dedos para a direção do corpo com a outra mão; Inverter a posição da mão do braço esticado, posicionando a palma da mão para dentro, repetindo o movimento; obs: a mão pode ser apontada para cima ou para baixo.

Posterior de coxa, costas, peitoral, tríceps e bíceps:
Segura o espaldar na altura do umbigo com os braços esticados; Flexionar o tronco de modo que fique alinhado com os braços; Estender bem os joelhos; Manter os isquiotibiais na mesma linha do quadril.
Quadríceps femural (anterior de coxa):
Manter os joelhos alinhados e a perna que fica no chão estendida; Puxar a outra perna bem atrás, segurando com a mão do mesmo lado da perna, pelo peito do pé.
Panturrilha:
Colocar o primeiro terço de um dos pés no espaldar; Deixar a outra perna esticada; Manter o tronco ereto e a respiração leve e profunda.
Tríceps:
Deixar os pés paralelos e o abdome levemente contraído; Estender os braços para cima da cabeça e flexionar os cotovelos; Com uma das mãos puxe o cotovelo do outro braço, mantendo-o flexionado por trás da cabeça. Realize esses alongamentos básicos antes e depois da musculação. Antes do treino com pesos, realize esses movimentos de uma forma bem suave, e, depois do treino, de uma forma um pouco mais intensa. Sempre respeite as limitações articulares do seu corpo.
 
O mercado de suplementos alimentares tem sido agraciado por uma série de novas marcas, o que é muito bom para os consumidores, que ganham uma gama enorme de opções para escolha. Uma das novidades nem tão recentes do mercado, mas que tem se consolidado, é a presença de marcas de baixo custo, tais como a Grownth Supplements e a NewNutrition.
São marcas que se valem das facilidades proporcionadas pela internet para vender seus suplementos diretamente ao consumidor, sem o custo adicional de remuneração de lojistas ou intermediários. Isso proporciona a essas marcas a possibilidade de oferecer suplementos a preços mais atrativos.
Experimentamos a Whey Protein Hidrolisada da NewNutrition. De acordo com o fabricante, em termos de qualidade, o produto não fica devendo nada para os produtos mais famosos do mercado, tais como a VP2 da AST Sports Science e a Hydro Whey da Optimum Nutrition. A matéria-prima seria a mesma: whey isolada e hidrolisada da Glanbia.As diferenças entre os produtos mais famosos do mercado e o produto da NewNutrition se resumem, basicamente, à adição do sabor. A seguir, quadro comparativo da composição de cada um dos produtos:
 
Whey Protein Hidrolisada NewNutriton

VP2 AST Sports Science

Hydro Whey Optimum Nutrition
Composição: Proteína isolada e hidrolisada do soro do leite, isomaltulose, aromatizantes, corantes naturais: beterraba e carmin, goma xantana, edulcorantes: artificial sucralose e natural taumatina (sabor morango). Mistura de proteína isolada do soro do leite e de proteína isolada e hidrolisada do soro do leite, frações de peptídio de whey isolada, sabores naturais e artificiais, lecitina de soja, acesultame de potássio, sucralose (sabor cookies 'n cream). Proteína isolada e hidrolisada do soro do leite, BCAAs micronizados, cacau, goma de celulose, sucralose, acesultame de potássio, mistura de enzimas (sabor chocolate mint). Imagem da composição: Solicitamos laudo de análise de composição da whey hidrolisada, todavia, a NewNutrition nos informou que não dispunha desse laudo para a versão hidrolisada de sua whey, somente para as versões concentrada e isolada (Laboratório Labtec).
Análise da versão proteína do soro do leite concentrada:
Análise da versão isolada da proteína do soro do leite:
A NewNutrition alegou que os valores despendidos com a realização anual das análises dos suplementos estavam muito elevados, o que motivou a descontinuidade dos testes, a fim de não acarretar o aumento dos preços.
Considerados os testes que demonstram a legitimidade das versões concentrada e isolada, é de se acreditar que a "melhor versão" da whey, que é a hidrolisada, também esteja dentro dos parâmetros indicados no rótulo.
Quanto aos valores dos produtos, verifica-se, na data em que redigida esta matéria, que o preço da NewNutrition é mais barato do que os preços das concorrentes internacionais. A seguir, apresentamos uma tabela comparativa para compras realizadas no Brasil:
 
Whey Protein Hidrolisada NewNutriton

VP2 AST Sports Science

Hydro Whey Optimum Nutrition
Preço de 900g (calculado proporcionalmente): R$ 179,00 (R$ 0,198 por grama) R$ 299,90 (R$ 0,334 por grama) R$ 215,94 (R$ 0,239 por grama) Imagem dos preços (na data da publicação desta matéria): É curioso notar que a whey protein da AST é composta por um blend ou mistura entre whey isolada e whey isolada e hidrolisada, isto é, teoricamente com uma composição mais pobre que a whey da NewNutrition e da Hydro Whey (que são compostas apenas com whey isolada e hidrolisada), mas, mesmo assim, é a mais cara das três.
Também é interessante observar que para compras realizadas nos EUA, por intermédio da Shipito (a fim de se evitar o enorme custo de imposto de importação), o preço da whey hidrolisada da NewNutrition é extremamente competitivo, o que pode desencorajar importações, conforme a tabela abaixo, que indica o custo completo das compras nos EUA pela iHerb e no Brasil pela Netshoes, com o frete:
 
Whey Protein Hidrolisada NewNutriton

VP2 AST Sports Science

Hydro Whey Optimum Nutrition
Preço final: R$ 179,00 (whey)
+
R$ 29,00 (frete)
=
R$ 208,00 (R$ 0,231 por grama)
US$ 45,49 (whey)
+
US$ 2,00 (Shipito)
+
US$ 24,90 (frete)
=
US$ 72,39
valor convertido (câmbio a R$ 3,261):
R$ 236,06 (R$ 0,245 por grama)
US$ 63,60 (whey)
+
US$ 2,00 (Shipito)
+
US$ 36,39 (frete)
=
US$ 101,99
valor convertido (câmbio a R$ 3,261):
R$ 332,58 (R$ 0,209 por grama)
 
Imagem dos preços (na data da publicação desta matéria):


Conforme as informações da tabela acima, verifica-se que o valor da Hydro Whey caiu muito nos últimos anos, tornando o produto extremamente competitivo. Seu preço é aparentemente muito maior por conter quase o dobro de whey com relação aos concorrentes, todavia, seu valor por grama é o mais barato.
Uma observação deve ser feita quanto à tabela. A Hydro Whey custa mais de US$ 50,00, que é o valor limite para a isenção de imposto de importação concedida a pessoas físicas. E, como deixamos claro na matéria sobre o uso da Shipito, é possível que o usuário declare valor a menor do que os US$ 62,60, todavia isso não é recomendado, por ser ilegal. Saiba mais em:
Caso a ideia seja importar a Hydro Whey pela Shipito, o ideal é acompanhar promoções especiais de venda do produto a preços até o limite de isenção de imposto de importação.
De qualquer modo, o valor da whey isolada e hidrolisada da NewNutrition (por grama) é muito próximo do valor da Hydro Whey da ON (considerada a isenção hipotética de imposto de importação), o que torna pouco vantajosa a importação pelo critério preço, restando o critério subjetivo de preferência por um determinado produto. As informações nutricionais da whey hidrolisada da NewNutrition também seguem os padrões das melhores whey desse segmento:
 
Whey Protein Hidrolisada NewNutriton

VP2 AST Sports Science

Hydro Whey Optimum Nutrition
Informação nutricional (base de 34 gramas): Calorias: 121 kcal
Carboidratos: 3,6g
Proteínas: 26g
Gorduras: 0g
Sódio: 153mg
Cálcio: 165mg
Potássio: XXX
Magnésio: 30mg
Calorias: 132,62 kcal
Carboidratos: 3,61g
Proteínas: 27,73g
Gorduras: 0,6g
Sódio: 72,34mg
Cálcio: 120,56mg
Potássio: 156,73g
Magnésio: XXX Calorias: 124,39 kcal
Carboidratos: 3,31g
Proteínas: 24,87g
Gorduras: 0,82g
Sódio: 149,26mg
Cálcio: 107,80mg
Potássio: 240,48g
Magnésio: XXX Imagem da composição: Quanto ao sabor, experimentamos a whey hidrolisada de limão. O gosto de limão é bem acentuado, e só devem apreciar o produto aquelas pessoas que realmente gostam do sabor dessa fruta. Até a presente data, esta whey também estava disponível no sabor morango.
No que tange à embalagem, também para proporcionar a redução de custos e de valores cobrados do consumidor, a NewNutriton embala a whey em saquinho do tipo refil, e não naquele pote tradicional de whey, com tampa de rosquear. Nem sempre é fácil ou confiável armazenar a whey nesse tipo de saquinho. Por isso, é interessante que você tenha um pote tradicional e lavado de outra whey já consumida para armazenar o produto.
Em conclusão, pode-se afirmar que a whey hidrolisada de baixo custo da NewNutrition é uma excelente alternativa aos produtos mais tradicionais do mercado, por um preço muito mais acessível (para compras no Brasil), e com preço competitivo para importações pela Shipito. Portanto, caso você deseje comprar o melhor tipo de whey disponível no mercado (que é a whey isolada e hidrolisada), as melhores opções são a whey de baixo custo da NewNutrition ou a importação da Hydro Whey dos EUA pela Shipito.
Oferecemos links para compra rápida dos produtos avaliados nesta matéria, de acordo com as imagens que demonstraram as informações publicadas.
Para compras no Brasil:
Comprar a Whey Protein Hidrolisada da NewNutrition
 
Comprar a Hydro Whey da ON
Para compras nos EUA e importação sem imposto pela Shipito:
Cadastrar-se grátis na Shipito
 
Comprar a Hydro Whey da ON
 
Comprar a VP2 da AST Sports Science
Há mais de cinco anos nós publicamos uma matéria sobre a importação de suplementos pelo site Health Designs que revelou o jeito por ele adotado para que os brasileiros tivessem acesso mais barato a suplementos alimentares importados dos EUA (Health Designs: importação de suplementos com jeitinho brasileiro). Todavia, a conduta adotada era questionável e o site mudou a sua política de envio, deixando de lado o "jeitinho" (remetia como pessoa física e declarava valor a menor na caixa).
Como resultado, os suplementos enviados pela Health Designs passaram a ser tributados, assim como os suplementos adquiridos em outras lojas dos EUA. 
O Brasil adota como base de cálculo do imposto de importação de 60% (sessenta por cento) a soma do "valor efetivo do produto pago nos EUA" e do valor do "serviço de frete" (como se o consumidor final fosse um revendedor). Essa distorção tributária muitas vezes torna a importação desvantajosa, uma vez que há a incidência de imposto de importação sobre o serviço de frete.
Com o serviço prestado pela Shipito, os brasileiros podem ter acesso a um processo de importação legítimo, sem "jeitinhos", e que pode ser interessante para a importação de suplementos alimentares dos EUA, principalmente suplementos mais leves, tais como pré-treinos, multivitamínicos e suplementos em cápsulas em geral.
Essa forma de importação é muito simples. Basta que você se cadastre no site Shipito para obter um endereço nos EUA. Com esse endereço, você pode comprar suplementos em qualquer loja dos EUA (iHerb, Health Designs, Bodybuilding.com, Amazon, etc.) e encaminhá-los para seu endereço no Shipito norte-americano. Assim que os produtos cheguem no Shipito, você pode reencaminhá-los para seu endereço no Brasil.
As vantagens proporcionais pelo Shipito na importação de suplementos ou de outros produtos são diversas:
a obtenção de um endereço na Shipito é gratuita; o site tem versão em português; não há cobrança de mensalidade; pelo envio de cada caixa são cobrados apenas US$ 2,00 e o valor do frete escolhido; a declaração aduaneira é preenchida pelo próprio usuário (recomenda-se que o usuário faça a declaração legítima dos valores, mas não há controle da Shipito sobre a declaração, que é de responsabilidade exclusiva do declarante); o remetente do item é o próprio usuário, pessoa física, enquadrando-se a importação na regra de isenção para pessoa física até US$ 50,00 (§ 2º, do art. 1º, da Portaria MF nº 156, de 24 de junho de 1999). Compras feitas pelos sites iHerb, Health Designs, Bodybuilding.com e Amazon com remessa direta para o Brasil não se enquadram na regra de isenção (porque o remetente é a loja, pessoa jurídica); um endereço nos EUA viabiliza a compra em sites que não enviam produtos para o Brasil. Existem várias opções de frete para envio ao Brasil (DHL, USPS Express Mail, FedEx Priority, Airmail Economy, USPS Priority Mail, FedEx Economy e USPS First Class International Parcel). Os valores cobrados pelo frete não são baratos, portanto, antes de importar, o usuário deve simular o valor do frete para verificar se vale a pena importar pela Shipito ou comprar diretamente no Brasil. 
O site Shipito oferece uma "calculadora de envio" para que o usuário possa simular o valor do frete antes de realizar a compra nos EUA, avaliando se vale a pena a importação do produto desejado.
Para aqueles que desconfiam da autenticidade dos produtos vendidos no Brasil, a importação de grandes sites dos EUA sempre é a melhor opção. Também é interessante acompanhar o preço dos produtos nas lojas dos EUA e aproveitar as "promoções de verdade" que lá são feitas, geralmente com descontos que podem chegar a mais de 50% (cinquenta por cento).
Fizemos duas importações de suplementos para testar o funcionamento do Shipito e o comportamento da alfândega brasileira quanto à remessa do pacote tendo como origem o endereço do usuário, pessoa física, no Shipito, e tendo como destinatário o endereço da mesma pessoa no Brasil. As duas experiências foram bem sucedidas, com a entrega correta dos produtos, sem a cobrança de tributos de importação. 
A seguir, descreveremos cada uma delas.
  Compra #1 Compra #2 Produtos: 2x (Nano Vapor X5 - US$ 20,00) Isopure Low Carb - US$ 42,49, 3x (Cake Bites US$ 1,99), Opti-Man 90 Tablets - US$ 6,51 Valor total da compra: US$ 40,00 US$ 52,98 (com desconto extra de 10%) Valor do frete nos EUA: US$ 4,49 grátis Declaração aduaneira: US$ 40,00 US$ 49,00 Valor do frete para o Brasil: US$ 22,80 (Airmail Economy) US$ 64,31 (USPS Priority Mail) Tempo para entrega: aproximadamente 2 (dois) meses aproximadamente 1 (um) mês Fica claro que a compra de produtos leves e pequenos é bem vantajosa. Por outro lado, a compra de produtos mais pesados e maiores, tais como potes de Whey, nem sempre se mostra interessante, na medida em que o valor do frete fica muito elevado. Ressalva seja feita às compras com preços promocionais. Lembre-se sempre de simular o valor do frente antes de fazer suas compras.
A resposta mais importante para a pergunta "como comprar suplementos alimentares dos EUA pela Shipito sem pagar imposto de importação?" é: atente-se para o valor da declaração aduaneira, o qual não pode superar US$ 50,00.
Caso você tenha se interessado pela importação de suplementos alimentares dos EUA pela Shipito, abaixo fornecemos links de rápido acesso para cadastro na Shipito e para compras de suplementos nos EUA:
Cadastre-se grátis na Shipito
Após obter o seu endereço grátis nos EUA, compre seus suplementos e os encaminhe para a Shipito. Sugerimos a iHerb e sua página de suplementos com desconto especial, além de um desconto extra de 5% (dica: você pode escolher o português como língua no iHerb):
Comprar suplementos na iHerb com 5% de desconto
Compartilhe as suas experiências de compra nos comentários desta matéria, queremos saber se o sistema realmente será respeitado no Brasil.
A maioria das pessoas tem a convicção de que os exercícios aeróbicos são a chave para a perda de gordura e isso é um equívoco. As atividades aeróbicas tem uma utilidade limitada e precisam ser complementadas ou até mesmo substituídas por exercícios mais eficientes e específicos.
O fato de se ter um bom condicionamento aeróbio em nada ajuda o seu metabolismo, o condicionamento aeróbio em si nada tem a ver com o gasto de energia no metabolismo de repouso. Você pode correr na esteira a vida inteira e até mesmo se tornar um maratonista que continuará com o mesmo metabolismo de sempre, a menos que ganhe massa muscular.
Ressaltando, a maioria das evidências sugere que o metabolismo basal é relacionado à quantidade de músculos que você tem. Aqui reside uma inigualável vantagem do treino com sobrecargas, a capacidade de reduzir a gordura corporal e simultaneamente manter ou até mesmo aumentar sua massa muscular, o que evita o ganho futuro de peso, melhora a estética e parâmetros funcionais, principalmente na força, coisas que os exercícios aeróbios não fazem.
A musculação é um excelente meio de reduzir o percentual de gordura, o uso de sobrecarga pode atuar diretamente na redução do tecido adiposo. O treinamento com pesos estimulará a síntese de proteínas musculares melhorando sua estética e as funções do aparelho locomotor. Além disso, os benefícios obtidos com o uso de exercícios sobrecarregados serão mais duradouros devido a manutenção e até mesmo elevação do metabolismo de repouso, que parece ser relacionado com a massa muscular.
A musculação torna-se uma das melhores opções em todos os aspectos além de ser extremamente eficiente para produzir alterações positivas no seu percentual de gordura.
Alguns benefícios da musculação:
a prática da musculação tonifica os músculos e ajuda na perda de calorias. O treinamento com o uso do peso, melhora ainda mais essa resistência muscular; -a pessoa que pratica musculação tem menos chance de desenvolver uma doença chamada de osteoporose, pois ela auxilia no fortalecimento dos ossos do corpo humano; a musculação deixa a pessoa mais forte, auxiliando na resistência para o trabalho diário e possíveis momentos que exijam de você o uso da força; auxilia na prevenção de problemas na coluna vertebral, além de fortalecer a parte inferior das costas, diminuindo dores locais; assim como a prática dos demais exercícios, a musculação também auxilia no funcionamento do sistema imunológico; a prática de exercícios físicos é uma grande aliada à prevenção de doenças como a diabete. A musculação é uma das práticas benéficas, que pode ajudar a evitar o aparecimento da doença e para quem já tem diabete, pode auxiliar no tratamento e equilíbrio da taxa de glicemia sanguínea; a musculação praticada regularmente auxilia a melhorar o equilíbrio e a coordenação motora do praticante; as pessoas que sofrem com prisão de ventre podem notar uma melhora no funcionamento intestinal  nos primeiros dias de prática da musculação, pois ela auxilia no bom funcionamento do sistema digestório; as gestantes que praticam musculação têm uma melhor recuperação pós-parto, menor incidência de câimbras durante a gestação, menor probabilidade de desenvolver varizes e ainda diminuem o ganho de peso; a prática da musculação melhora o humor, a auto-estima e com isso as interações sociais; a musculação podem prevenir as doenças do envelhecimento e, assim, diminuir os efeitos na saúde do mesmo, deixando-o mais magro e jovem; a musculação ajuda nas correções de desvios posturais; a musculação ajuda nos desgaste das articulações. Quando os músculos estão fortalecidos, a estabilidade das articulações é maior, promovendo menor desgaste entre os ossos; pessoas que realizam regularmente exercícios prescritos na intensidade adequada, e no tempo adequado, desfrutam de melhor qualidade do sono. Eles dormem mais rapidamente e mais profundamente. Além disso despertam menos frequentemente à noite, permitindo então um sono reparador. Tal como acontece com a depressão, os benefícios da Musculação Terapêutica no sono são comparáveis com o tratamento com a utilização da medicação, mas sem os efeitos secundários que a mesma oferece; a musculação ameniza, e muito, a celulite, pois aumentando a massa muscular, sua pele fica mais lisa. Só a redução da gordura não melhora a aparência da pele, pode ficar flácida e cheia de furinhos, mas associando exercícios com pesos, evitará a flacidez e definirá os músculos, minimizando a celulite; a musculação pode retardar o relógio do envelhecimento fisiológico. Sabendo os inúmeros benefícios proporcionados pela musculação, procure um profissional capacitado em sua academia para organizar um treino que seja adequado a sua necessidades e disponibilidade.
Ref: Paulo Gentil / forcaeinteligencia
KRAEMER WJ, VOLEK JS, CLARK KL, GORDON SE, PUHL SM, KOZIRIS LP, MCBRIDE JM, TRIPLETT-MCBRIDE NT, PUTUKIAN M, NEWTON RU, HAKKINEN K, BUSH JA, SEBASTIANELLI WJ. Influence of exercise training on physiological and performance changes with weight loss in men. :Med Sci Sports Exerc 1999 Sep;31(9):1320-9
MELBY, C., C. SCHOLL, G. EDWARDS, AND R. BULLOUGH. Effect of acute resistance exercise on postexercise energy expenditure and resting metabolic rate J. Appl. Physiol. 75:1847-1853, 1993
O levantamento de potência ou esporte de força, também é conhecido como levantamento básico ou Powerlifting, é uma modalidade de levantamento de peso que consiste basicamente em força pura. Esse tipo de treino de força é praticado principalmente por atletas de alto nível e não deve ser experimentado por iniciantes da musculação.
É difícil encontrar programas de treino powerlifting que sejam orientados para os atletas iniciantes. Geralmente, são os intermediários e avançados que têm mais intimidade com o universo dos exercícios de hipertrofia que buscam por essa modalidade. Sendo assim, o ideal para um principiante é procurar orientação profissional
Não existe um número fechado de séries ou repetições, tudo deve ser adequado ao ritmo e à capacidade física do atleta.
São 3 exercícios que compõe o powerlifting:
Supino Agachamento Levantamento terra Desta maneira, o powerlifting é um esporte de base. Ele é feito por pessoas que tem um propósito principal em seu treinamento: o aumento da força máxima. No powerlifting o foco do atleta é levantar a maior carga possível.
As aplicações do powerlifting, dentro da musculação são muitos, dentre elas o desenvolvimento de força e melhora no desempenho. Porém, tudo depende de sua periodização, da forma como você está se desenvolvendo e de suas individualidades.
No final tem um anexo com as características do treinamento powerlifting, copiá-lo aqui deixaria muito extenso.
Abaixo um treinamento que fiz retirando informações do anexo citado acima e que me ajudou muito no aumento de força e hipertrofia
Treino de força
Levantamentos básicos:
Agachamento Levantamento terra Supino reto Levantamentos básicos + assistência
Treino A:
Supino reto Supino inclinado Militar Elevação lateral Rosca direta Tríceps paralelas Treino B:
Agachamento Levantamento terra Avanço Barra fixa Extensora Puxada alta ou cavalinho 1ª semana:
Levantamentos básicos 75/85% x 5 x 8 a 10 reps
Seg / quarta / sexta
2ª semana:
Levantamento básicos 85/90% x 2 x 3 reps
exercícios de assistência ( 3 x 8 )
3ª semana:
Levantamentos básicos 85/90% x 3 x 4 reps
Seg / quarta / sexta
4ª semana:
Segunda-feira
Treino A - (85% x 2 x 6-8)
Supino e exercícios de assistência
Terça-feira
Treino B - (85% x 2 x 6-8)
Agachamento, levantamento terra e exercícios de assistência
Quarta-feira
Treino A - (85% x 5 x 3-5)
Supino e exercícios de assistência
Quinta-feira
Treino B - (85% x 5 x 3-5)
Agachamento, levantamento terra e exercícios de assistência
Sexta-feira
Treino A - (85% x 5 x 2-5)
Supino e exercícios de assistência
Sábado
Treino B - (85% x 5 x 3-5)
Agachamento, levantamento terra e exercícios de assistência
5ª semana:
Segunda-feira
Treino A - (85% x 2 x 6-8)
Supino e exercícios de assistência
Terça-feira
Treino B - (85% x 2 x 6-8)
Agachamento, levantamento terra e exercícios de assistência
Quarta-feira
Treino A - (85% x 3 x 3-5)
Supino e exercícios de assistência
Quinta-feira
Treino B - (85% x 5 x 3-5)
Agachamento, levantamento terra e exercícios de assistência
Sexta-feira
Treino A - (85% x 3 x 3)
Supino e exercícios de assistência
Sábado
(85% x 3 x 3)
Agachamento e levantamento terra
6ª semana:
Segunda-feira
supino estilo competitivo ( 85% x 1x5 I 90% x 3x3 )
Terça-feira
agachamento, levantamento terra e exercícios de assistência B ( 90% x 5x5 )
Quarta-feira
supino estilo competitivo ( 90% x 5x5 )
Quinta-feira
descanso
Sexta-feira
85% 1 X 5 I 95% 3 X 3
supino estilo competitivo ( 85% 1X5 I 95% 3X3 )
Sábado
Agachamento e levantamento terra (estilo competitivo) ( 90% 2X5 I 90% X 3X3 )
7ª semana:
Segunda-feira
supino estilo competitivo ( 90% 1x5 I 95% 3x3 )
terça-feira
agachamento e levantamento terra (estilo competitivo ) ( 90% 2x5 I 95% 3x2 98% 2x2 )
Quarta-feira
Repouso
Quinta-feira
supino estilo competitivo ( 90% 1x5 I 95% 3x3 )
Sexta-feira
agachamento e levantamento terra (estilo competitivo ) ( 90% 2x5 I 95% 3x2 98% 2x2 )
Sábado
Repouso
8ª semana:
Segunda-feira
supino estilo competitivo ( 90% 2x5 / 95% 3x3 / 98% 2x2 )
Terça-feira
agachamento e levantamento terra (estilo competitivo) (80% x 3-4repetições únicas)
quarta-feira
repouso
Quinta-feira
agachamento, supino e levantamento terra ( estilo competitivo) (70% x 3-4 repetições únicas)
sexta-feira
repouso
Sábado
agachamento, supino e levantamento terra (estilo competitivo) ( 95% x l / 98% x l / 100% x l )
Segue um anexo com as características do treinamento powerlifting e método de treinamento:
treino powerlifting.pdf
Segue anexo planilha de treinamento :
Planilha Treinamento powerlifting.xlsx
 
Com certeza, a maioria dos leitores segue uma planilha de treino onde os exercícios que tem como alvo grandes grupamentos musculares são realizados primeiro e os exercícios para pequenos músculos ou os isolados são realizados por último na sessão. É a divisão clássica, feita assim sob o argumento de que serem exercícios que demandam maior gasto de energia; portanto, devem ser realizados no início do treino, enquanto ainda se está “descansado”.
Tal justificativa é válida! Também podemos priorizar esta divisão pensando nos aspectos motivacionais (faz logo o mais difícil primeiro e se livra do problema! rsrsrsr). Em particular, eu nunca vi em nenhuma sala de pesos onde já treinei, seja em academias comerciais, de bairro ou old school, uma planilha sequer que fosse montada com uma ordem diferente, exceto por algumas minhas.
Por outro lado, também é bastante comum, principalmente nos horários de pico do salão, as pessoas não seguirem exatamente a ordem dos exercícios proposta pelo professor e fazerem o aparelho que está desocupado. 
Em 2010, um grupo de pesquisadores brasileiros da UFRJ que hoje é referência internacional em pesquisas relacionadas ao treinamento resistido investigou os efeitos da ordem dos exercícios na força máxima e hipertrofia em homens jovens destreinados.
As análises consideraram a evolução de 3 grupos ao longo de 12 semanas:
Um grupo realizava Supino, Pulldown, Extensão de Tríceps na máquina e Rosca Direta com barra, nesta ordem. Outro grupo realizava os esmos exercícios, mas na ordem inversa. Um terceiro grupo, controle, não treinou. O principal achado da pesquisa foi verificar que nos últimos exercícios das sessões não houve aumento de força para 1RM (repetição máxima). Os mesmos pesquisadores continuaram trabalhando o assunto e, em 2012, publicaram uma revisão muito interessante sobre esta questão.
Além de analisarem força e hipertrofia, incluíram percepção de esforço, VO2máx. e grau de atividade neuromuscular. Novamente, os resultados apontaram para melhor desempenho geral nos exercícios que são realizados primeiro durante a sessão de treino, independente de serem multi ou uniarticulares, para grandes músculos ou pequenos. 
Este ainda é um assunto que, na ciência do treinamento de força, foi pouco investigado. Porém, as evidências apontam, simplesmente, para começar de onde você quer melhorar, simples assim! Sabe aquelas panturrilhas que não crescem, aquela carga de snatch que não aumenta, aquele deltóide posterior que não encaroça? Comecem por eles! E bota mais 10!!! ;-D
REFERÊNCIAS:
SPINETI, J.; DE SALLES, B. F.; RHEA, M. R.; LAVIGNE, D.; MATTA, T.; MIRANDA, F.; FERNANDES, L.; SIMÃO, R. Influence of exercise order on maximum strength and muscle volume in nonlinear periodized resistance training. Journal of Sports Science and Medicine, v. 24, n. 11, p. 2962–2969, 2010. 
SIMÃO, R.; DE SALLES, B. F.; FIGUEIREDO, T.; DIAS, I; WILLARDSON, J. M. Exercise order in resistance training. Journal of Sports Science and Medicine, v. 42, n. 3, p. 261–265, 2012.
Chegou 2017. Uns custaram a voltar à rotina treino/dieta, outros nem saíram. Mas, todo praticante sério dos esportes do ferro vive pensando em uma única coisa: superar suas marcas pessoais. Não importa se é 0.50Kg no supino, tracionar um sedã ao invés de um Uno (abração pros praticantes de Strongman! =D) ou aqueles tão sonhados 50cm de bíceps.
Uma das minhas fontes de inspiração se chama Arnold Schwarzenegger. Sou de uma geração que desprezava esse cara. Montanha de músculos e cérebro de biscoito de polvilho foi o que eu ouvi de pais, professores e formadores de opinião, em geral, todas às vezes em que esboçava algum grau de admiração por este ídolo.
Durante a adolescência, até comprei esse discurso pseudo-intelectual, pois nesta fase da vida sofremos bastante influência dos pares. Felizmente, veio o amadurecimento e, hoje, questiono como as pessoas podiam considerar burro um cara tão bem-sucedido em áreas completamente distintas como Artes, Política e Administração (inclusive Pública!) – fora outras.
Sobre Força e Fisiculturismo, várias de suas recomendações de treino são testadas hoje pela ciência e comprovadas como eficazes. Todavia, uma delas, considero de especial interesse - e é sobre ela que vamos falar nesta matéria... Bota mais 10 na barra e me acompanha! ;-D
Todos os leitores aqui do site já devem saber que o velho Arnie se inspirou em Reg Park para construir seus peitorais. Um dia, não me recordo se foi assistindo ou lendo uma das inúmeras entrevistas em que ele falava sobre o assunto, um detalhe me chamou a atenção: ele mencionou que tinha vários pôsteres do ídolo espalhados pela parede e, ao dormir, fechava os olhos e se imaginava com o peitoral igual ou ainda maior que o de Park.
Arnold dedicava algum tempo do seu dia meditando em cima de sua meta. Hoje, em ciência do treinamento, falamos sobre meditação, imagética e prática mental como métodos eficazes para a construção de qualidades motoras, o que comprova mais uma vez (se é que precisa!) a perspicácia deste ídolo em conduzir o caminho para seus objetivos.
A Neurociência do Exercício é uma área relativamente nova, enquanto objeto de estudo, dentro da Educação Física. O que antes era tido como algo etéreo e até meio místico, hoje é apontado como sendo o que diferencia o número 1 do número 10 ou o melhor do esporte na sua cidade de você, praticante dedicado.
Considere potencial genético, recursos financeiros, ergogênicos, dedicação, amor ao treinamento, tudo igual... Saúde e exercício mentais parecem realmente ser o detalhe a mais rumo ao sucesso. Diversos estudos recentes apontam resultados superiores quando a prática desportiva, seja ela qual for, vem acrescida da prática mental. Tal informação não chega a ser uma novidade, pois praticantes sérios de artes marciais, por exemplo, sempre foram exímios meditadores de seus movimentos. Alguns mestres dedicam horas por semana mentalizando seus katas. Justamente por isso, os primeiros estudos sobre o assunto foram conduzidos com atletas de artes marciais.
Em 2016, Slimani e Chéour fizeram um estudo objetivando ganhos de força, potência e motivação que envolveu 44 atletas de Karatê, Kickboxing e Taekwondo. Eles foram divididos em 3 grupos, onde todos treinavam alguns exercícios de musculação e pliometria. Um dos grupos fazia um treinamento mental antes dos exercícios, fechando os olhos e se imaginando fazendo o agachamento, por exemplo, sem contrair os músculos.
Outro grupo fazia o treinamento mental acrescido de uma espécie de verbalização em voz alta de frases motivacionais, tais como “Eu sou capaz de empurrar muito mais que o peso desta barra!” ou “Eu sou muito mais forte do que isso!”.
Já o terceiro grupo apenas treinava. Todos os grupos melhoraram os parâmetros analisados; porém, o grupo que obteve o melhor resultado foi o grupo que adicionou o treino mental mais a verbalização em voz alta das frases motivacionais.
O segundo melhor grupo foi o que adicionou apenas o treino mental e o terceiro grupo, que só treinou, até melhorou a força e potência, mas em níveis bem mais modestos.
Ainda em 2016, Slimani et al continuaram seus estudos, agora somente com kickboxers, e usaram uma metodologia muito similar à anterior para avaliar perfil hormonal, relação testosterona x cortisol pós treino, pressão arterial e frequência cardíaca de repouso ao longo de 12 semanas, a fim de verificar quem obteria melhor recuperação do treino.
Novamente, o grupo que se destacou foi o que adicionou a prática mental mais as verbalizações antes dos exercícios. Aliás, para quem se interessa em se aprofundar um pouquinho mais na ciência da força, o grupo desse pesquisador é bem prolífero neste tipo de trabalho! Vale muito a pena dar uma conferida em suas publicações!
Os estudos em Neurociência do Exercício prosseguem, com grupos de pesquisa comparando a eficácia de diversos estímulos mentais, traçando perfis psíquicos de atletas de alto rendimento, comparando esses perfis com atletas amadores e muitos outros trabalhos! Mas, de uma coisa já temos certeza: quer ficar maior e mais forte? Faça como mestre Arnold: imagine-se maior e mais forte e bota mais dez!  ;-D
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Referências:
ANTONIO, A.; REVECA, F.; RAMOS-LOYO, J. Exploring the Effect of Verbal Emotional Words Through Event-Related Brain Potentials. In: Functional Brain Mapping and the Endeavor to Understand the Working Brain. [s.l.] InTech, 2013. 
GOLBY, J.; WOOD, P. The Effects of Psychological Skills Training on Mental Toughness and Psychological Well-Being of Student-Athletes. Psychology, v. 7, n. 7, p. 901–913, 2009. Disponível em: <http://www.scirp.org/journal/psych>. Acesso em: 19 fev. 2017.
JOURNAL, T.; ASPETAR, L. T.; ME, S.; ASPETAR, K. C.; ME, S.; BIOLOGY, A. Effects of mental training on muscular force , hormonal and physiological changes in kickboxers. n. July, 2016. 
SLIMANI, M.; CHÉOUR, F. Effects of cognitive training strategies on muscular force and psychological skills in healthy striking combat sports practitioners. Sport Sciences for Health, v. 12, n. 2, p. 141–149, 2016. 
SLIMANI, M.; MIARKA, B.; BRIKI, W.; CHEOUR, F. Comparison of Mental Toughness and Power Test Performances in High-Level Kickboxers by Competitive Success. Asian J Sports Med, v. 7, n. 2, 2016. 
WRIGHT, C. J.; SMITH, D. The effect of PETTLEP imagery on strength performance. International Journal of Sport & Exercise Psychology, v. 7, n. June 2013, p. 18–31, 2009. 
A ciência da  Educação Física indica alguns princípios para a execução  de qualquer atividade física. Seguir esses princípios é uma condição indispensável para que a participação de qualquer pessoa nas atividades seja uma experiência proveitosa e, se possível, agradável.
Ao final de um período de execução de qualquer atividade que acompanhe esses princípios, o executante perceberá os benefícios  adquiridos e a provável adoção de um estilo de vida ativo, ou seja, a manutenção desses benefícios.
Esses princípios devem ser observados por qualquer pessoa que se proponha a realização de um programa de atividades físicas. São cinco princípios existentes:
1 - Princípio da individualidade biológica:    
É o princípio que estabelece que não existem duas pessoas iguais. Em termos de condicionamento físico isso significa dizer que o mesmo exercício , na mesma intensidade, na mesma duração e na mesma frequência semanal proporcionará diferentes efeitos de treinamento a depender de fatores como sexo, idade, capacidade máxima, experiência prévia e técnica de execução.
2 - Princípio da sobrecarga crescente:
Para adquirir uma boa aptidão física, o organismo precisa ser submetido a esforços cada vez maiores (mais intensos ou por um tempo maior, ou ainda, em uma maior frequência) de maneira tal que possa  provocar no organismo reações de adaptação que levem à aquisição ou melhoria da aptidão.
A sobrecarga pode ser considerada a quantidade de trabalho que realizamos e a forma mais comum de se quantificar uma atividade física é em termos do total de quilocalorias que ela consome.
Compreendendo a sobrecarga, podemos pensar no seu complemento - crescente. Crescente significa que a atividade deve ser cada vez maior para que possa servir de estímulo ao organismo e provocar a melhoria da sua aptidão física. Em outras palavras, se fizermos sempre a mesma atividade, da mesma forma e em quantidade igual, a nossa condição física permanecerá sempre no mesmo patamar.
Para a melhoria da aptidão física é necessário trabalhar com sobrecargas sempre crescentes. Evidentemente, o aumento da sobrecarga de treinamento deve ser feito com bastante cuidado, pois se houver qualquer exagero, a atividade física pode ser bastante perigosa.
O aumento da sobrecarga pode ser feito através de qualquer um dos fatores a seguir:
Frequência: Quando aumentamos o número de treinamentos em uma semana - três, quatro, cinco vezes por semana. A utilização do corpo ou de suas partes em diferentes tipos de atividades irá melhorar não só a sua eficiência, mas também a qualidade de execução dos movimentos.
Isto indica que os treinamento capacita-nos a : gastar menos energia para execução de um movimento; executar o mesmo movimento de forma mais coordenada e ampla; levantar objetos mais pesados e executar um grande número de repetições de um determinado movimento. A musculatura que é utilizada com regularidade irá hipertrofiar (aumentará). Já aquela que é  pouco utilizada irá atrofiar (diminuirá). 
Os especialistas na área de Educação Física defendem que um programa de atividades físicas que pretenda obter resultados satisfatórios deve ser realizado com uma frequência mínima de três vezes por semana.
Volume: Aumentando a distância na caminhada, o número de repetições de um exercício de ginástica, o tempo de duração de um passeio de bicicleta, estaremos lidando diretamente com o volume de treinamento.
Também chamado de duração, é outro aspecto a ser considerado pelos praticantes de atividades física. Pode ser expresso através de tempo, distância ou número de repetições em que a tarefa deverá ser realizada.
Especialistas na área afirmam que o volume de uma sessão de treinamento deve ser de 15 a 60 minutos contínuos. No entanto, sua duração dependerá diretamente da intensidade da tarefa.
As atividades desenvolvidas com intensidades mais baixas devem ser realizadas durante um período de tempo mais prolongado.
No caso de adultos, com baixos níveis de aptidão física e sedentários, recomenda-se programas de atividades físicas com intensidades baixas e moderadas, realizadas por um período de tempo superior a 15 minutos e realizadas de forma continua. As atividades com essas características são as que apresentam melhor efeito sobre a aptidão cardiorrespiratória total.
Além disso, atividades de longa duração, realizadas em uma intensidade baixa ou moderada diminuem a possibilidade de ocorrência de lesões e melhoram o nível de participação nos programas de atividades físicas.
A duração dever ser aumentada gradativamente e, qualquer que seja o objetivo pretendido, devemos iniciá-lo com sessões não muito longas. Atividades físicas de curta duração e alta intensidade não são recomendadas no início do programa e sim para indivíduos treinados, com aptidão física acima da média.
Intensidade: Passando a correr a mesma distância em tempo menor, aumentando a carga de exercícios com pesos ou diminuindo o tempo de descanso entre uma execução e outra estaremos alterando a intensidade de trabalho.
Podemos classificar a intensidade de uma tarefa em baixa, média, forte e muito forte. Contudo, pode-se dizer que somente há uma melhora na aptidão quando os esforços são de intensidade média à forte, oque trará uma capacidade adaptativa mais eficaz por parte do organismo.
A melhoria dos níveis de aptidão física somente se verifica quando os programas de atividades físicas são bem planejados e, sobretudo, considerada a relação entre duração, a intensidade do programa e a frequência com que ele é realizado.
3 - Princípio da especificidade:
Do ponto de vista do gasto energético é possível estabelecer parâmetros de igualdade entre diferentes atividades físicas. Assim, andar 3 quilômetros em 30 minutos equivale a nadar 20 minutos ou andar de bicicleta 6 quilômetros em 15 minutos. Isto porque todas essas atividades provocam a queima de 150 quilocalorias.
Embora esta relação possa existir, o princípio da especificidade determina que os corredores devem correr, nadadores devem nadar, etc., devido às adaptações especificas que cada uma dessas atividades ocasiona, criando efeitos paralelos específicos.
Outro aspecto a ser considerado neste princípio é o tipo de estímulo ao qual o organismo é submetido.
Embora possamos utilizar os mesmo grupos musculares, a forma como sera considerada a relação entre volume e a intensidade poderá resultar no desenvolvimento de diferentes capacidades. Por exemplo, o desenvolvimento da força dar-se á através de exercícios de alta intensidade e o desenvolvimento da resistência será obtido com estímulos de média intensidade e com durações maiores.
Ainda sobre as adaptações que ocorrem no organismo, como resultado da prática regular de atividades físicas, alertamos para a existência de diferentes tipos de adaptação: no nível muscular, articular, e ósseo e nos grandes sistemas como o respiratório e o cardíaco. Segundo o tipo de atividade, uma dessas áreas será mais solicitada, desencadeando uma adaptação coerente.
Para compreendermos bem este conceito podemos esclarecer o seguinte: nos exercícios de força a adaptação é um nível muscular, articular e ósseo e em corridas de longa duração a adaptação se dá nos sistemas respiratório e cardíaco.
4 - Princípio da continuidade:
Este princípio rege que a atividade física deve ser realizada continuamente, sem interrupções. É a continuidade que desencadeará as adaptações do organismo aos esforços a que foi submetido pelo treinamento e que seja possível uma melhora na aptidão.
A interrupção de qualquer tipo de atividade física leva o organismo ao retorno à situação inicial (antes do início do programa), ou seja, será necessária uma retomada dos níveis iniciais de intensidade e volume.
A retomada e o estabelecimento do novo programa dependerá do nível em que estávamos quando interrompemos e o tempo em que se ficou inativo. de forma geral, quanto maior for o período de interrupção, maiores serão os prejuízos a condição física.
5 - Princípio da reversibilidade:
Este princípio complementa o anterior e, provavelmente, possibilitará uma maior compreensão das consequências da ausência de regularidade em um programa de atividades físicas.
Todos os benefícios adquiridos em vários meses de treinamento podem ser perdidos em poucas semanas de inatividade. Para alguns especialistas, estes benefícios e perdem em três semanas e totalmente em dez.
O desconhecimento deste princípio faz com que, tantas vezes, ex-praticantes estabeleçam para si metas facilmente alcançáveis no passado mas impossíveis no presente. O fato de algumas pessoas considerarem-se melhores que outras (fisicamente falando) por terem participado há algum tempo, pode ser muito perigoso por ocasião de uma retomada na atividade.
Alguns métodos de treinamentos 
Método da pirâmide - (força e hipertrofia) A pirâmide pode ser de dois tipos: crescente e decrescente.
Pirâmide crescente Atualmente, a pirâmide crescente é usada com repetições máximas ou submáximas – sem a preocupação aparente de não gerar fadiga – com uma progressiva diminuição das repetições e aumento das cargas. Desta forma, a pirâmide crescente consiste em aumentar a carga e diminuir o número de repetições ao longo da série.
Pirâmide decrescente Na pirâmide decrescente utilizada atualmente, realiza-se um pequeno número de repetições como cargas elevadas, com progressiva redução da carga e aumento do número de repetições. Lembrando que nesta versão atual, as repetições são realizadas até a fadiga ou próximas a ela, na maior parte dos casos.
Método bi-set - (hipertrofia) Consiste na realização de dois exercícios consecutivos, sem descanso, para o mesmo grupo muscular. O objetivo deste método é gerar um aumento da congestão sangüínea (aumento do fluxo sangüineo) na musculatura, fenômeno relacionado ao aumento da massa muscular.
Método tri-set - (hipertrofia) Consiste na realização de 3 exercícios consecutivos, sem intervalos entre eles, para o mesmo grupo muscular. Sua base é similar à do bi-set, com um estímulo ainda mais prolongado.
Método super-set - (hipertrofia) Consiste na realização consecutiva de vários exercícios para o mesmo grupo muscular – (hipertrofia)
Consiste na realização de mais de 4 exercícios sem intervalo, ou seja, executar os exercícios de forma seguida, um atrás do outro, até completar o total superior a quatro exercícios sem pausa. Após a execução do último exercício, há uma pausa, para então realizar a segunda passagem e depois a terceira.
Neste método, utiliza-se em média 3 séries, com 10 repetições, dando um intervalo de até 2 minutos após os quatro exercícios diretos.
Agonista/antagonista - (força e hipertrofia) Este método lembra o bi-set, porém os exercícios executados são direcionados a grupamentos musculares antagônicos (exemplo: realiza-se extensão de joelhos seguida de flexão de joelhos). Ou seja, consiste na realização de dois exercícios sem intervalo, primeiro o agonista, depois o respectivo antagonista. 
Método do treinamento em circuito - (condicionamento físico e resistência muscular) É, sem dúvida, o método de treinamento de força mais usado com iniciantes. Este método consiste em realizar diversos exercícios com um intervalo controlado mínimo (aproximadamente 15 segundos), ou sem intervalo, entre eles. Este método é um dos únicos em que a carga deve ser moderada. Isso significa trabalhar próximo de 40 a 60% de 1 RM (repetição máxima).
Método da pré-exaustão - (força e hipertrofia) Consiste em realizar um exercício de isolamento (uniarticular) seguido de um exercício composto, ambos envolvendo um grupo muscular em comum. Apesar de não possuir um embasamento científico definido, este método é comumente usado com a finalidade de enfatizar a musculatura trabalhada de forma isolada no primeiro exercício.
Método de repetições forçadas (excêntrica) - (força e hipertrofia) Durante as repetições forçadas, executa-se normalmente o movimento até a impossibilidade de mover a carga. Quando for detectada a falha na fase concêntrica, o ajudante (ou o próprio executante, quando possível) deve utilizar a quantidade de força necessária para que o movimento concêntrico prossiga em sua cadência natural. O movimento “forçado” deverá prosseguir até que es atinja a o objetivo desejado (tempo sob tensão, número de repetições, etc.) ou que haja necessidade de excessiva aplicação de força auxiliar.
Método blitz - (hipertrofia) No método Blitz, diferentemente dos outros, o que se promove é o trabalho sobre apenas um grupo muscular por dia ou sessão de treinamento.
Método drop-set - (força e hipertrofia) O drop-set, ou série descendente pode é a realização do movimento com técnica perfeita até a falha concêntrica, reduzindo a carga (em aproximadamente 20%) após a falha prosseguindo o exercício com técnica perfeita até nova falha.
Deve-se repetir o segundo e terceiro passos até se alcançar o objetivo estabelecido para o treino.
Método de repetições roubadas - (força e hipertrofia) Neste método, o exercício é executado com a técnica correta até a falha concênctrica e, em seguida, altera-se o padrão de movimento com a finalidade de prosseguir por mais algumas repetições. As repetições roubadas só devem ser aplicadas em casos específicos, levando-se em conta a característica do indivíduo e do exercício, do contrário, os resultados serão irrelevantes diante do risco aumentado de lesões.
Método da fadiga excêntrica - (hipertrofia e força) Este método consiste em levar as repetições forçadas ou roubadas até os limites extremos. Para se treinar com fadiga excêntrica é recomendável utilizar cargas elevadas – que permitam repetições entre 3 e 6 completas – realizando o exercício até a falha concêntrica e, em seguida, utilizar um dos 2 métodos acima para prosseguir com o movimento até que haja impossibilidade de sustentar a fase excêntrica.
Devido à elevada intensidade da fadiga excêntrica, ela só deve ser usada em uma ou duas séries por treino, com intervalos de 7 a 10 dias, ou com mais freqüência, durante fases intensivas, conhecidas como microciclo de choque.
Método super lento ou super slow - (resistência muscular e hipertrofia) Este método consiste em realizar repetições de forma extremamente lenta, levando de 15 a 60 segundos para completar um ciclo de movimento. A proposição original de Ken Hutchins, conhecida com superslow, é a realização de repetições com cadências de 5 segundos para fase excêntrica e 10 segundos para fase concêntrica.
Algumas divisões de treinos
AB upper / lower ( inferior / superior ) ou push / pull ( empurra / puxa )
ABC A - peito / ombros / tríceps
B - costas / trapézio / bíceps
C - perna completa.
ABCD A - costas / trapézio
B - peito / ombro
C - perna completa
D - tríceps / bíceps / antebraço 
ABCDE A - tríceps / bíceps
B - Ombros / trapézio
C - Perna completa
D - Costas
E - Peitoral
Abaixo segue para download um controle de treinamento simples para montar e acompanhar os treinos e ganhos:
Controle_de_Treinamento_final.xlsx
 
Referências :
MATTOS, M.G. NEIRA, M.G.
O que fazer quando não se pode consultar um nutricionista?
Nem todos podemos ir a um nutricionista esportivo, seja por falta de dinheiro, seja pela falta de bons profissionais, ou por outro motivo. Este artigo não irá suprir a carência de um nutricionista, pois você dificilmente irá saber como funcionam as interações de alimentos, como podem ser manipulados ao seu favor. Por isso, é tão importante um nutricionista, mas nosso objetivo aqui é dar dicas de como montar uma dieta (repisando: para quem não pode ir a um nutricionista).
Dieta é fundamental
A dieta é o ponto fundamental na construção de qualquer objetivo, seja ela para ganho de massa muscular ou para perda de gordura, definição e etc. Precisamos ter uma dieta que atenda nossas individualidades, que supram nossas necessidades e que sejam feitas baseada em nossos objetivos.
Princípios básicos de dietas
Devemos fazer um levantamento de nossos dados, número de refeições, horários e verificar a adequação de macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (vitaminas e minerais) de acordo com nossas necessidades e levando em conta idade, sexo e estado fisiológico.  
Temos que determinar o valor energético total, estimativa individual das necessidades energéticas, considerando fator atividade.
O número de refeições deve variar entre 4 a 6 refeições/dia, podendo ultrapassar esse número. Devemos planejar e distribuir o valor energético total entre as refeições, deve-se verificar a adequação de macro e micronutrientes de acordo com cada objetivo.
É interessante mantermos uma boa distribuição ao longo do dia e ter uma boa variedade no cardápio e utilizar maior quantidade de alimentos in natura diminuindo o consumo de alimentos muito processados. 
Tipos de alimentos
Alimentos e grãos integrais, como pão integral, quinoa e arroz integral devem ter preferência, ao contrário dos refinados – em geral, brancos. Eles contém uma gama de vitaminas e minerais que, durante o processo de refinamento, são perdidos, assim como as fibras. Sem falar no menor índice glicêmico, ou seja, os carboidratos neles contidos causam menos picos de insulina, que é algo importante para quem tem interesse em reduzir ou manter seu peso.
Frutas e vegetais devem fazer parte de uma dieta balanceada. Frutas como morango, framboesa, ameixa, maçã e melão possuem muitos anti-oxidantes, que são substâncias que ajudam a prevenir a formação de radicais livres no organismo. Radicais livres, em última análise, são danosos e podem causar desde envelhecimento precoce até câncer.
Micronutrientes são importantes
Micronutrientes têm um papel muito importante dentro do organismo e dentro do anabolismo muscular também. São responsáveis por diversos co-fatores dentro do organismo humano e responsáveis também por uma melhor qualidade na vida. Um exemplo de co-fator que os micronutrientes participam é referente a síntese proteica, super importante para nós praticantes de musculação.
Portanto não deixe de incluir legumes, verduras, frutas, folhas em sua alimentação. 
Gorduras também são necessárias
Você precisa de gorduras para sobreviver, especialmente para o funcionamento do cérebro, que é composto de gordura em 2/3, além do sistema nervoso em geral e produção de hormônios.
Coloque ênfase em óleos e gorduras saudáveis na sua dieta: especialmente mantendo o equilíbrio de ômega 3 e ômega 6, que possuem ação anti-inflamatória, ajudando na cura e prevenção de várias condições clínicas. Minimize o consumo de gorduras saturadas de fonte animal: dê preferência a cortes magros, e laticínios desnatados.
Altos níveis de gordura saturada estão ligados a aumento do colesterol ruim (LDL) e doenças cardiovasculares, além de cânceres.
Evite gorduras trans, algumas ocorre naturalmente em carnes e laticínios, mas a maioria é adicionada artificialmente, e essas gorduras não têm qualquer benefício para a saúde, muito pelo contrário, aumentam o colesterol ruim, e como se não bastasse, ainda reduzem o bom (HDL).
Ganho de Massa Muscular
O ideal é que você ganhe 0,5Kg/semana de massa (mais que isso pode passar a ser gordura). Se não estiver conseguindo atingir esse objetivo, aumente em 10 a 20% sua quantidade calórica. Se tiver ganhando mais do que isso, diminua a quantidade de calorias em 10%.
Definição Muscular
Procure perder de 0,5 a 1Kg/semana (mais do que isso pode ser massa muscular). Se não estiver reduzindo o peso diminua em 10% sua quantidade calórica, se estiver perdendo mais do que isso, deixe seu déficit calórico em apenas 10%.
Montando sua dieta
Cada refeição deve ser estruturada para incluir uma fonte de proteína de qualidade e uma de carboidrato complexo e fibroso. Essa combinação de proteína e fibras fará com que a digestão dos carboidratos seja mais lenta, evitando picos de insulina.
Calcule sua quantidade de calorias diárias, depois faça a divisão correta da quantidade de proteínas, carboidratos e gorduras da sua dieta. A primeira regra é: sempre coma proteínas (de qualidade e carboidratos juntos, prestando atenção apenas na quantidade de cada macronutriente que você irá ingerir.
Comer carboidratos sozinhos, principalmente carboidratos simples (doces, pães brancos, biscoitos e etc), causará um rápido aumento da taxa de açúcar no sangue. Adicionando-se proteínas irá diminuir a digestão dos carboidratos, deixando seus níveis de açúcar mais estáveis, além do que, você ficará mais saciado durante mais tempo. O consumo de proteínas em cada refeição aumentará o efeito térmico em seu corpo, acelerando seu metabolismo.
Um bom ponto de partida para a maioria das pessoas na divisão de macronutrientes será algo em torno de:
Carboidratos 50%,  Proteínas 30% e Gorduras 20% - com pequenas variações para mais ou para menos.
Para você montar sua própria dieta é importante que você saiba que:
1 grama de carboidrato possui 4 calorias; 1 grama de proteína possui 4 calorias; 1 grama de gordura possui 9 calorias (não importa o tipo de gordura, boa ou ruim, as calorias são as mesmas). Segue um sistema de  planilhas onde você pode calcular sua Taxa de metabolismo Basal (TMB) - seu valor energético total (VET) - uma planilha de alimentos para pesquisa e outra para montagem da sua dieta. 
Uma planilha para dias "ON" com treinos e outra para dias "OFF" sem treinos e uma planilha para impressão. Há uma introdução na planilha que explica como utilizá-la.
Tabela_Dieta_Alimentos.xlsx
Referências:
Phytonutrients as therapeutic agents
Dietary fats and health: dietary recommendations in the context of scientific evidence.
O que é jejum intermitente
Jejum caracteriza-se como um estado em que o nosso corpo, após ficarmos um período sem nos alimentarmos, utiliza mais substratos energéticos próprio organismo do que  os provenientes da dieta.
Nosso organismo passa a utilizar a gordura estocada no tecido adiposo, além disso, o corpo passa a usar como energia a glicose produzida no fígado, e a utilizar de forma mais intensa o glicogênio muscular e hepático.
A estratégia do jejum intermitente envolve a restrição total ou parcial do consumo de energia, ela acontece em intervalos de tempos pré-estabelecidos. Muitas são as formas de se planejar um jejum intermitente. Ele pode ser praticado todos os dias, dia sim/dia não, a cada 3 dias, 1 vez por semana etc. Pode durar 12 horas, 16 horas e 24 horas.
Em relação à frequência, os protocolos mais comuns envolvem o jejum intermitente diário ou a cada 2 dias, intercalando dia sim/dia não.
Segundo vários estudos relacionados ao jejum (estudos encontram-se nas referências), podemos concluir vários benefícios do jejum intermitente associado à saúde:
Redução peso e gordura corporal; Redução nos níveis de insulina; Manutenção na taxa de metabolismo de repouso; Controle dos níveis de LDLc e triglicerídeos; Manutenção nos níveis de HDLc;  Aumento no tamanho das partículas de LDL; Um exemplo muito comum, na prática, é o jejum intermitente diário de 12 horas. Nele, o indivíduo realiza a última refeição do dia anterior, dorme por aproximadamente 8 horas e, depois, fica mais 4 horas sem se alimentar pelo período da manhã. Esse é um protocolo bastante utilizado porque já aproveita as 8 horas de sono e também porque muitas pessoas não sentem fome pela manhã.
Nos estudos que avaliam o efeito do jejum intermitente, o mais comum é o jejum alternado em dia sim/dia não. No dia de jejum, ocorre a ingestão de até 25% das necessidades energéticas diárias durante um período de 24h. No dia seguinte, sem jejum, o consumo alimentar é irrestrito.
Jejum intermitente associado a exercícios aeróbicos
Alguns dados da literatura científica sugerem que a realização de exercícios num contexto de dieta cetogênica pode gerar adaptações benéficas no desempenho, especialmente em atividades aeróbias.
O jejum intermitente, desde que adequado ao planejamento de treinamento, à ingestão adequada de calorias e nutrientes, ao descanso, à hidratação, parece não afetar a performance em atletas e praticantes de atividade física .
A ingestão de uma dieta cetogênica (reduzida em carboidratos) leva o organismo a um estado fisiológico semelhante ao do jejum (redução na concentração sanguínea de insulina e aumento na utilização de gorduras e corpos cetônicos como fonte de energia).
É possível que o exercício realizado em jejum possa trazer adaptações metabólicas semelhantes, que favoreçam o desempenho em atividades aeróbias de longa duração.

Vale ressaltar que tais adaptações, caso ocorram, certamente serão dependentes da correta adequação do indivíduo ao seu treinamento e ao plano alimentar, pois ambos poderão levar à utilização mais eficiente tanto de carboidratos como de gorduras para a produção de energia durante o exercício; nesse caso, tanto a ingestão de calorias, como a composição da dieta, seriam fundamentais no processo.
Porém seriam necessários mais estudos para uma análise mais completa.

Jejum intermitente associado à perda de massa magra
Estudos mostram que enquanto você estiver exercitando os seus músculos, você não os perderá mantendo curtos períodos de jejum.
Bodybuilders e atletas de fitness naturais ao se prepararem para campeonatos, constantemente se mantêm em dietas de até 16 semanas com baixa caloria, enquanto mantêm toda a sua massa muscular.
Nos estudos podemos constatar que aproximadamente todos revelam que não há diferença significativa entre a massa magra inicial e a massa magra final dos participantes que permaneceram em jejum. E quando ocorre uma redução na massa magra, essa diminuição é mínima, sendo inclusive inferior à perda de massa magra apresentada em praticamente qualquer outro tipo convencional de estratégia para perda de peso.
Podemos concluir algumas hipóteses para essa perda negativa de massa muscular:
Manutenção de glicogênio muscular no jejum intermitente; Pela expressão muscular de genes, tais como a GSK-3 - Responsável pela regulação das vias de síntese de glicogênio = reposição de glicogênio; Aumento do GH; Jejum intermitente sub-regula mTOR; Expressão de carnitina aciltransferase 1 (CPT-1). Considerações importantes
Os estudos avaliam a massa magra como um todo, e não diretamente apenas a massa muscular. Estudos comparando Jejum Intermitente com restrição calórica contínua em indivíduos mais magros com exercício de força e uma ingestão "ótima" de proteína são praticamente inexistentes. Perda de massa magra: especialmente em pessoas com baixa reserva de gordura e baixa massa muscular sem treino de força; O jejum, pode facilmente levar a uma considerável redução nos níveis de glicogênio e, consequentemente, de água, então boa parte da perda de massa magra observada nesses estudos pode ser devido à perda de água, e não necessariamente a uma redução da massa muscular propriamente dita. Conclusão
Jejum intermitente é uma estratégia nutricional válida. Porém, é uma dentre várias.
Não é todo mundo se adapta á ela, por exemplo, se você não tem o hábito de tomar café de manhã e só começa a se alimentar na hora do almoço, é uma boa estratégia para você! Você não vai catabolizar se ficar algumas horas sem comer. 
Faça o que funciona para você, e se você acha que treino em jejum se qualifica, então encare. Treinar em jejum não é uma obrigação.
Mas não se esqueça de que o jejum intermitente precisa ser muito bem planejado. Você deve adequar a dieta ao dia como um todo, e evitar fazê-lo por conta própria, procurando sempre um nutricionista atualizado para te auxiliar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Rothschild J, Hoddy KK, Jambazian P, Varady KA. Time-restricted feeding and risk of metabolic disease: a review of human and animal studies. Nutr Rev. 2014;72(5):308-18.
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Varady KA, et al. Alternate day fasting for weight loss in normal weight and overweight subjects: a randomized controlled trial. Nutr J. 2013;12(1):146.
O que são alimentos termogênicos?
Os alimentos termogênicos são aqueles que potencializam a termogênese processo que é regulado pelo sistema nervoso que leva à transformação da glicose e da gordura em energia.
Simplificando, são alimentos que apresentam um maior nível de dificuldade em serem digeridos pelo organismo, acelerando o metabolismo e aumentando o gasto calórico em processos que, naturalmente, já realizam essa queima.
Existem dois tipos de termogênicos: os naturais e os industrializados.
Naturais: São aqueles que se apresentam da mesma forma como são encontrados na natureza, como é o caso do efeito termogênico que obtemos comendo pimenta vermelha. Industrializados: São cápsulas, conhecidas como suplementos, que contém em sua fórmula o princípio ativo do alimento termogênico. Alimentos termogênicos naturais
Seguem os alimentos termogênicos de maior relevância. Estudos indicam que a quantidade de cada alimento é individual e deve ser feita sob orientação de um profissional.
O exagero no consumo desses alimentos pode levar ao surgimento de sintomas como dor de cabeça, tontura, insônia e problemas gastrointestinais. Hipertensos e indivíduos com problemas cardíacos devem ter uma atenção maior, pois esses alimentos podem aumentar o bati alimentos fazem os batimentos cardíacos aumentarem.
Gestantes e crianças também devem limitar o consumo de alimentos termogênicos.
Pimenta vermelha: As pimentas são estimulantes do apetite e auxiliares da digestão. O seu componente ativo é a capsaicina. O consumo desse aditivo aumenta a salivação, estimula a secreção gástrica e a motilidade gastrointestinal, proporcionando uma sensação de bem-estar. Chá verde: É proveniente Camellia sinensis e não sofre fermentação. O chá verde é rico em polifenóis, sendo a maioria deles os flavanóis, e dentre estes ainda, predominam as catequinas. Gengibre: evita a flatulência e favorece a digestão. Suas propriedades estão mais ativas na raiz fresca e não em formas de balas. Mostarda: previne a formação de radicais livres no nosso organismo (antioxidante) além da sua ação termogênica. Café/guaraná/chocolate amargo: O componente ativo desses dois alimentos é a cafeína. Possui ação digestiva e diurética, combate a formação de gases e estimula o sistema nervoso central. A cafeína atinge níveis máximos de 15 a 45 minutos após a ingestão e permanece ativa no organismo de três a sete horas. Linhaça: é rica em fibras insolúveis, promove a saciedade, acelera a queima calórica, regulariza o intestino e combate o envelhecimento precoce. Canela: Sua ação termogênica garante a contribuição para o emagrecimento. Atua com efeito antioxidante e anti-inflamatório. Suplementos termogênicos industrializados
Os componentes principais dos alimentos termogênicos naturais são isolados e suplementos são criados a partir destes produtos. A composição desses suplementos termogênicos se alterou ao longo dos anos por conta da frequente atualização da lista de substâncias proibidas pela ANVISA. Substâncias que possuem grande atividade estimuladora do metabolismo, como a efedrina e a dimethylamylamine (DMAA), presentes em algumas marcas de termogênicos, foram proibidas no Brasil, devido ao seu elevado risco de complicações cardiovasculares.
Atualmente, os termogênicos mais utilizados são a cafeína e a sinefrina (Citrus auranthium) como substâncias termogênicas principais.
Cafeína – A cafeína é uma substância muito utilizada como recurso ergogênico na prática esportiva com o objetivo de retardar a fadiga, ter efeito estimulante, aumento da performance em exercício de força e aeóbicos, além de aumentar a oxidação de gorduras. Estudos mostram eficácia na utilização de 3 a 6 mg de cafeína\kg de peso corporal. O pico de ação da cafeína ocorre 20 minutos após a sua ingestão.
Alguns produtos termogênicos chegam a fornecer mais de 800 mg de cafeína por dia, o que é mais do que o dobro da dose considerada segura. Doses muito elevadas aumentam o risco de arritmias e isquemia cardíaca.
A cafeína nos termogênicos é geralmente obtida através de pó de café, guaraná ou chá verde.
Efeitos adversos: tremor, insônia, nervosismo, ansiedade, irritabilidade, elevação da pressão, náuseas, desconforto gastrointestinal e problemas estomacais.
Sinefrina – A sinefrina é obtida através da Citrus auranthium, também conhecida como laranja-azeda ou laranja-amarga. A sinefrina tem sido frequentemente utilizada por pessoas que não querem fazer o uso da cafeína. Essa substancia além do efeito termogênico, também controla o apetite. A Anvisa recomenda dose máxima de 30mg por dia, mas vários suplementos comercializados apresentam uma concentração maior na composição.
Efeitos adversos: aumento da pressão arterial, taquicardia e danos ao fígado.
Outras substâncias: chitosan, cromo, ginseng, glucomanano (Amorphophallus Konjac), L-carnitina, psyllium, erva de São João, taurina e ácido linoleico são substâncias que também são usadas na composição de alguns termogênicos, muitas vezes associadas com cafeína e/ou sinefrina. Porém estas substâncias não apresentam evidências concretas de que sejam efetivas para perda de peso ou aumento da performance atlética, e ainda podem causar efeitos colaterais, por isso é sempre importante estar atento ao rótulo.
Cuidado com o consumo de termogênicos!
Nenhum suplemento termogênico deve ser consumido sem apoio de um profissional nutricionista.  Até mesmo os produtos autorizados pela ANVISA podem causar efeitos colaterais graves se forem utilizados por indivíduos com fatores de risco para doenças cardiovasculares ou se as substâncias estimulantes estiverem em concentrações muito elevadas.